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CULTURA

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OBRAS

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BAIÃO É CENÁRIO PARA DUAS PRODUÇÕES CINEMATOGRÁFICAS

As terras de Baião estão a servir de cenário para a rodagem de duas longametragens.

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O filme “Outono ” , da autoria de António Sequeira e o filme “A Sibila” , baseado na obra de Agustina Bessa Luís e realizado por Eduardo Brito.

“Outono ” ,é um filme dramático,cujo argumento, da autoria do realizador António Sequeira, retrata um ambiente familiar onde a dinâmica se altera quando o filho mais velho vai para a universidade. Focando-se nas férias sazonais, retrata momentos da crise de meia-idade do pai, da puberdade da filha, da emancipação do filho ou da maneira como a mãe lida com o “ninho vazio” . O elenco principal é composto por Miguel Frazão e Elsa Valentim, que desempenham o papel de pais e por Salvador Gil e Beatriz Frazão que interpretam os filhos.

Numa primeira fase, estiveram em Baião durante três semanas,nos meses de março e abril e irão regressar em outubro e novembro para a conclusão das filmagens.

O grupo de teatro baionense “Bai’o Teatro ” colaborou com a equipa de realização ao nível de ensaios técnicos, e juntamente com a comunidade local, envolveram-se na figuração.

PAISAGENS BAIONENSES SÃO CENÁRIO DO FILME

A rodagem deste filme está a ser efetuada, praticamente na íntegra, em diversos pontos do nosso território, nomeadamente em duas casas em Vilares e na vila de Baião,na Avenida 25 de abril, na Fundação Eça de Queiroz, na Estação de “Tormes”, em Ribadouro, em Amarelhe,entre outros.

Sendo a cultura uma grande aposta deste Executivo, este tipo de projetos é fundamental, permitindo uma interacção com as nossas populações,que está acarinhar e a envolver-se.

A imagem que será projetada permitirá mostrar as paisagens do nosso território e chegar a muita gente que não conhece Baião.

Da parte do município asseguramos toda a parte logística ao nível do transporte refeições e estadias, não representando um investimento significativo,tendo em conta a projeção que nos irá trazer.

Anabela Cardoso

Vereadora da Cultura e Património Cultural

Falámos com diversas autarquias, mas a que realmente demonstrou verdadeiro interesse foi a de Baião.E só com este tipo de apoios é possível fazer filmes em Portugal. Penso que foi uma escolha acertada, uma vez que as paisagens são deslumbrantes e a hospitalidade das pessoas é incomparável.

Eduardo Brito

Realizador

Faço um personagem muito ligado à terra que esconde os seus sentimentos e descarrega tudo na natureza.Tenho gostado bastante de conhecer Baião,que é uma terra muito interessante e tenho-me deliciado com a gastronomia,que é excelente.

Miguel Frazão

Ator

“ASibila”

Durante o mês de maio,decorreram também em Baião,as filmagens para o filme e minissérie "ASibila" ,baseados na obra de Agustina Bessa Luís e com realização de Eduardo Brito.Do elenco fazem parte nomes como Maria João Pinho,Joana Ribeiro ou Sandra Faleiro.

As filmagens decorreram em locais como a Casa de Arcouce (Loivos do Monte),o Carvalhal de Reixela e a Estação de Aregos.

(MAIS UMA) NOVA VIDA DO MOSTEIRO DE SANTO ANDRÉ DE ANCEDE

O

BENGALAS DE GESTAÇÔ - CÂMARA DE BAIÃO PROMOVEU CURSO DE FORMAÇÃO

AAs Bengalas de Gestaçô são, a par das Cestas de Frende, referências do artesanato do concelho de Baião e caracterizam-se por uma série de técnicas de produção com mais de cem anos, que foram sendo passadas de geração em geração ao longo dos tempos. A Câmara Municipal de Baião, o

Centro de Formação Profissional do

Artesanato (CEARTE) e a Junta de

Freguesia de Gestaçô promoveram um curso de formação para ensinar esta arte centenária baionense. Ministrado pelo artesão Eduardo

Cardoso, este curso de 200 horas de componente teórica e prática, contou com 19 formandos e teve lugar nas instalações da Junta de Freguesia de

Gestaçô.

ARTESANATO BAIONENSE COM TÉCNICAS CENTENÁRIAS

A arte bengaleira surgiu em Gestaçô em finais do século XIX. Alexandre Pinto Ribeiro, seu grande impulsionador, inspirado por uma visita a uma Exposição de Bengalas em Madrid, montou em 1902, a sua primeira oficina no lugar da Mó.

Através do seu engenho,revolucionou o fabrico de bengalas e de mãos de guarda-chuva, ao introduzir uma inovação que em muito contribuiu para a evolução do processo de criação.

Ao adotar a técnica de dobragem, ao invés do corte, poupou na utilização de madeira e começou a criar bengalas menos quebradiças, que rapidamente se tornaram muito requisitadas, originando assim, a proliferação desta arte em Gestaçô.

Com o declínio da bengala como acessório masculino,esta forma de vida foi desaparecendo, restando hoje apenas três artesãos. O objetivo deste curso é preparar mais pessoas que se possam envolver nesta arte, não só criando o seu próprio modo de vida, como manter a tradição viva.

O diretor do CEARTE, Luís Rocha, agradeceu à Câmara Municipal e à Junta de Freguesia de Gestaçô, pelo apoio prestado no decorrer do curso e anunciou a possibilidade de virem a decorrer mais formações deste género no futuro.

CLASSIFICAÇÃO DAS BENGALAS

COMO PATRIMÓNIO IMATERIAL NACIONAL

A Câmara Municipal de Baião, através do Pelouro da Cultura e Património Cultural encetou esforços com o objetivo de classificar as Bengalas de Gestaçô como Património Imaterial Nacional.

No dia 18 de fevereiro deslocaramse a Baião três técnicos da Direção Geral do Património Cultural (DGPC) para aferirem da viabilidade da atribuição deste reconhecimento a este elemento do artesanato baionense.

O processo de classificação seguirá agora os trâmites a que está sujeito.

Na mesma altura, a Vereadora da Cultura convidou os técnicos da DGPC para visitarem as artesãs das cestas de Frende, uma vez que se trata também de um produto artesanal baionense de excelência.

A estratégia tendente à sua classificação está já definida, no entanto, requer a prossecução de mais estudos para que se possa efetuar a candidatura.

Esta formação teve como objetivo formar novos artesãos para manter viva a arte de fazer as Bengalas de Gestaçô,assim como preservar,promover e valorizar este património cultural que constitui parte da identidade baionense.

Espero que quem frequentou este curso possa continuar com esta arte ancestral, aliando a preservação das tradições à promoção do próprio emprego,pois este é ainda um mercado por explorar.

Paulo Pereira

Presidente da Câmara

Acho que foi uma oportunidade interessante e mesmo para quem é daqui foi uma novidade. Gostei muito de aprender esta arte e de conhecer a madeira. Espero que possa ter continuidade porque gostava de fazer vida disto. Vamos ver se haverá oportunidade para isso.

Estefane Sales

Formanda

Este curso foi extraordinário e é, sem dúvida, uma mais-valia para nós. Eu não conhecia muita coisa sobre a arte das bengalas, mas se houvesse possibilidade de criarmos uma equipa, penso que poderíamos ter uma oportunidade para o nosso próprio negócio.

Fátima Azeredo

Formanda

É muito importante que não se percam estas artes e saberes.A Câmara Municipal pretende realizar este trabalho tanto para as bengalas de Gestaçô como para as cestas de Frende, para que estas artes possam perdurar até às gerações vindouras.

Foi necessário desenhar uma oferta formativa específica para o efeito e, nesse sentido, o apoio do CEARTE foi fundamental para a realização desta iniciativa.

Anabela Cardoso

Vereadora da Cultura

A ideia deste curso era que houvesse a possibilidade de formar pessoas com experiência e saber para produzir uma bengala.

Mesmo que não seja a tempo inteiro, ao menos que seja para fazer com que estas técnicas não se percam.

Os formandos mostraram-se entusiasmados e com força de vontade e acho que pode haver a possibilidade de, no futuro, algum deles fazer desta arte o seu negócio.

Eduardo Cardoso

Formador

(A)DOURO - CULTURA E TRADIÇÃO NO MOSTEIRO DE ANCEDE

SUGESTÕES DE LEITURA

OO Mosteiro de Ancede recebeu de 6 a 8 de maio o primeiro evento cultural, denominado (A)Douro. Com a obra do cineasta Manoel de Oliveira como fio condutor, nomeadamente a sua ligação ao Douro e a Baião, este evento foi composto por um ciclo de cinema dedicado ao realizador portuense que se complementou com um conjunto vasto de atividades. Esta iniciativa de caráter experimental serviu para ter uma primeira perspetiva das potencialidades do espaço, assim como de mostrar aos baionenses e a quem nos visitou, a evolução das obras de requalificação neste monumento baionense de referência. Desde o folclore tradicional, às concertinas e grupos de bombos, passando pelo Jazz e pela Banda Marcial de Ancede,tratou-se de um evento eclético,onde o cinema e música se cruzaram com a gastronomia,o vinho e o artesanato. Este evento teve como entidades parceiras a Câmara Municipal de Baião, a

Cooperativa Dolmen e apoio do programa Garantir Cultura. Este evento teve como entidades parceiras a Câmara Municipal de Baião, a

Cooperativa Dolmen,o INATELe o Turismo do Porto e Norte de Portugal e contou com o apoio do programa Garantir Cultura.

Estes livros estão à sua espera na Biblioteca Municipal de Baião

O MEU IRMÃO

Arelação entre dois irmãos, um deles com necessidades especiais, que têm de aprender a viver juntos. Com a morte dos pais, é preciso decidir com quem fica Miguel, o filho de 40 anos que nasceu com síndrome de Down.

NO MEIO DO NADA

Como num palco, e com a unidade temática de um romance, as múltiplas personagens de No Meio do Nada, falam do que as desassossega.

FANNY OWEN

Fanny Owen é um romance de 1979 de Agustina Bessa-Luís. Conta o relacionamento entre José Augusto, homem rico, culto, de hábitos fúteis e de insípido prazer, apaixonado por uma mulher inglesa, a formosa FannyOwen.

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