Revista Claudia 666 edição digital

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Básicos da culinária

Pão de queijo O quitute mineiro já virou marca registrada do país. Para deixá-lo mais fofinho, o segredo é adicionar um mix de queijos logo no primeiro passo RECEITA ANA LUIZA TRAJANO TEXTO BEATRIZ KOCH FOTOS BRUNO GERALDI PRODUÇÃO FLORISE OLIVEIRA

1 XÍCARA DE ÁGUA

2 XÍCARAS DE POLVILHO AZEDO

1/4 DE XÍCARA DE MANTEIGA

1 XÍCARA DE LEITE INTEGRAL 1/2 COLHER (SOPA) DE SAL

4 XÍCARAS DE POLVILHO DOCE

2 ½ XÍCARAS DE QUEIJO MEIA CURA RALADO

4 OVOS

2 ½ XÍCARAS DE QUEIJO DO REINO RALADO

1/2 XÍCARA DE ÓLEO DE MILHO

1 XÍCARA DE QUEIJO PARMESÃO RALADO

Pronto em 30 minutos + tempo de descanso / Rende 40 unidades


1 Em um bowl, junte os dois tipos de polvilho, os queijos e o sal. Reserve.

4 Mexa com uma colher de pau ou espátula e deixe descansar por dez minutos para hidratar o polvilho.

2 Em uma panela, em fogo médio, adicione a água, o leite, o óleo e a manteiga e deixe até levantar fervura.

5 Junte os ovos e misture até incorporar.

3 Despeje a mistura da panela sobre a mistura do bowl.

6 Misture bem com as mãos. No ponto ideal, a massa deve ficar homogênea.

Jarra medidora e bowls brancos, Camicado

OPÇÕES DE RECHEIO

7 Forme bolinhas com a massa. Se preferir, nesta etapa você pode congelar os pães de queijo para assar depois.

8 Em uma assadeira, leve ao forno preaquecido a 180ºC por 20 minutos ou até dourarem. Sirva.

Pão de queijo já é delicioso sozinho, mas pode ficar ainda melhor recheado. Experimente complementá-lo com Catupiry, pernil desfiado, carne louca e até com linguiça grelhada e picada na ponta da faca. Como a massa é neutra, também admite doçuras no meio: vá de goiabada ou doce de leite.

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Corpo em equilíbrio

BATALHA À MESA

De tempos em tempos, novas pesquisas colocam em xeque (ou absolvem) o consumo de determinado produto. Consultamos especialistas para saber, afinal de contas, quem é mocinho e quem é vilão na guerra pela alimentação saudável

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elatórios recentes da Organização das Nações Unidas e da Organização Mundial da Saúde trazem dados alarmantes: mais da metade da população brasileira está com sobrepeso; no mundo, o número de adultos diabéticos quase quadriplicou nos últimos 35 anos. “Considerando que alimentação saudável nunca esteve tão em alta, os índices mostram que ainda existe uma grande discrepância entre a maneira como as pessoas estão se alimentando e o que é realmente

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recomendado quando o objetivo é emagrecer ou comer bem”, afirma o nutrólogo Joffre Nogueira, de São Paulo. Entre os grandes culpados por esses resultados está o consumo crescente de alimentos processados e pobres em nutrientes. Açúcar, sal e gordura em excesso estão no topo da lista dos malfeitores, assim como conservantes, aditivos químicos, realçadores de sabor e fast foods em geral. “Além disso, há baixa ingestão de produtos frescos e naturais, que possuem alto poder nutritivo, fibras, vitaminas e minerais, essen-

ciais para o bom funcionamento do organismo”, aponta a nutricionista Michelle Mileto, do Kurotel Spa, em Gramado (RS). Para dificultar a decisão diária do que incluir ou banir do cardápio, uma avalanche de pesquisas parece alternar entre enaltecer e condenar alguns alimentos – o ovo, por exemplo, já voltou à liberdade, enquanto o leite e o glúten entraram na berlinda. Conversamos com especialistas e analisamos as últimas descobertas para ajudar você a decidir qual lado tomar nas seguintes batalhas do dia a dia:

Foto Getty images

TEXTO FERNANDA MORELLI


AÇÚCAR X ADOÇANTE

BARRA DE CEREAL X FRUTA

MANTEIGA X MARGARINA

De acordo com pesquisadores da universidade americana Johns Hopkins, adoçantes artificiais (que já vêm em produtos diet e zero ou são adicionados à parte em bebidas e pratos) podem levar a um consumo maior de alimentos calóricos e, consequentemente, a ganho de peso. Funciona assim: o sabor adocicado engana o cérebro, levando-o a entender que vai receber açúcar (energia). Como, na verdade, ele não é consumido, o corpo passa a procurar por alimentos calóricos que compensem esse alarme falso. Isso, porém, não quer dizer que a troca para o açúcar, mesmo que em pequenas quantidades, esteja liberada. Ao menos não para o refinado, que é vazio em valor nutricional. “Prefira o açúcar de coco. Ele não passa por refinação e, portanto, preserva nutrientes e é rico em fibras”, diz a nutricionista Michelle Mileto.

As barrinhas seriam boas opções, não fossem, em geral, incrementadas com chocolate, caramelo e derivados de açúcar. “Embora as frutas também tenham açúcar (a frutose), só por ser natural já é mais saudável”, diz a nutróloga Alice Amaral, especializada em nutriendocrinologia funcional e gerenciamento do envelhecimento saudável, de Juiz de Fora (MG). Para que a frutose não seja absorvida pelo organismo muito rapidamente e acabe estocada como gordura, a dica é reduzir o índice glicêmico da fruta. “Polvilhe por cima dela um pouco de linhaça ou castanha. Assim, você aumenta a quantidade de fibras e de gordura boa da refeição”, sugere Amaral. Essa estratégia ajuda a prolongar a sensação de saciedade, adiando a necessidade de nova ingestão calórica.

Produzida artificialmente por meio de óleos vegetais, a margarina ganhou fama de vilã principalmente por conter gordura trans, inimiga do coração e coadjuvante da obesidade. Hoje, porém, as grandes marcas já eliminaram esse componente do produto. “Ainda assim, para chegar à consistência cremosa, ela passa por um processo químico intenso em que aditivos, realçadores de sabor e branqueadores são adicionados à receita”, diz Alice Amaral. A manteiga, por sua vez, é de origem animal. “Embora contenha gorduras, a concentração da poli-insaturada, considerada boa por diminuir o colesterol ruim e proteger o coração, prevalece”, afirma Mileto. Há, ainda, uma versão preferível: a manteiga ghee. Submetida a um processo de clarificação, ela é livre de lactose e das toxinas presentes no leite.

REFRIGERANTE (MESMO ZERO) X SUCO DE CAIXINHA

SALGADO INTEGRAL X TAPIOCA

PEITO DE PERU X MUSSARELA LIGHT

Ainda que o suco (e até o néctar) de caixinha leve muito mais açúcar que o suco natural, perca dele no quesito nutrientes e contenha conservantes, é uma escolha menos prejudicial ao organismo do que qualquer refrigerante, com ou mesmo sem açúcar. “Além de não oferecer nenhum benefício, o refrigerante zero ou light ativa o mecanismo de compensação (descrito no item acima)”, avisa Joffre Nogueira. Um estudo recente publicado pela Sociedade Europeia de Endocrinologia mostrou que, por causa de seu efeito estimulante, o refrigerante zero, assim como o açucarado, também pode potencializar o risco de desenvolvimento de diabetes. Quem não abre mão de bebidas gaseificadas deve optar por versões que levem adoçantes naturais (como xilitol e estévia) ou misturar frutas (in natura ou suco) à água com gás.

“A tapioca leva vantagem por ser menos calórica, apresentar menor percentual de gordura e não conter glúten – proteína que pode causar inflamações no organismo”, afirma Nogueira. Atenção redobrada aos recheios, porém: embutidos, queijos gordos e especialmente ingredientes açucarados (é comum o uso de doce de leite, banana com leite condensado e até Nutella) são a grande armadilha. Dê preferência às proteínas magras (como frango desfiado e atum) e aos queijos leves. Se puder incluir vegetais, como alface e cenoura, melhor ainda. No caso dos salgados integrais, também é necessário cuidado com o recheio e, mais ainda, com as opções fritas – prefira os assados. “O salgado integral possui fibras, que ajudam na saciedade”, acrescenta.

Por mais que seja indicado em dietas, o peito de peru não é tão inofensivo assim. Apesar de ser uma carne magra e de não conter muitas calorias, é um embutido. Ou seja, agrega aditivos químicos, sódio e conservantes, que, segundo estudos, podem aumentar os riscos de problemas cardíacos, câncer e hipertensão, além de causar inchaço e possíveis inflamações no organismo. “O queijo, portanto, leva a melhor. Mas fique com os menos gordurosos, como mussarela de búfala, minas frescal ou ricota”, indica Mileto. Outras boas opções de proteína para compor lanches e refeições sem lactose é o peito de frango e o ovo cozido. “Eles são fontes de proteínas puras e carregam nutrientes sem somar substâncias nocivas à saúde”, finaliza Alice Amaral. claudia.com.br março 2017

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Cinema

Princesa verossímil

CLAUDIA foi a Nova York conversar com Emma Watson e parte da equipe da nova versão de A Bela e a Fera. Com o filme, que chega no dia 16 aos cinemas, a Disney promete mexer com o imaginário dos fãs antigos, já adultos, e das crianças TEXTO ISABELLA D’ERCOLE


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Fotos filme, divulgação; Emma Watson, Art Streiber

m um castelo escuro e isolado vive um príncipe amaldiçoado. E a única pessoa que pode salvá-lo é a corajosa Bela, jovem curiosa e fanática por livros. Assim, em 1991, com A Bela e a Fera, começou a trajetória da Disney para criar personagens femininas mais fortes – as verdadeiras heroínas das tramas. “A Bela é subversiva. Ela não está esperando ninguém resgatá-la”, diz a atriz Emma Watson, que passou de fã a intérprete da protagonista na versão live-action da história, que chega às telas neste mês. Em uma sala de hotel em Nova York, Watson, 26 anos, concedeu entrevista a CLAUDIA acompanhada por Dan Stevens (o Matthew Crawley da série Downton Abbey), que vive a Fera, e pelo diretor Bill Condon. Os três admitiram certa pressão nas filmagens – afinal, o título é queridinho de uma geração e foi a primeira animação indicada ao Oscar de melhor filme. “Jamais encarei como uma refação. Prefiro pensar que é uma transferência de mídia. Mas, claro, fizemos adaptações. Por exemplo: Gaston e LeFou, que são a dupla cômica da trama, ganharam uma interação menos caricata”, diz Condon (diretor dos dois últimos episódios da saga Crepúsculo).

estão enfeitiçados. “Criamos uma Fera que é refinada, gosta de ler e de dançar, mas torna-se um bruto após a maldição. A Bela não lhe ensina as coisas, como no original, mas resgata nele paixões”, diz Stevens.

ALTA TECNOLOGIA Uma das vantagens de reviver o clássico 26 anos depois é poder contar com avanços tecnológicos para aprimorar as criaturas mágicas da história. Stevens não precisou de horas de maquiagem pesada e colocação de próteses para se transformar na Fera. Para gravar quase todas as cenas, ele usou uma roupa de enchimento com sensores capazes de registrar e exibir seus movimentos corporais. “Ela era tão quente que foi instalado um sistema de refrigeração parecido com o dos uniformes dos pilotos de Fórmula 1: caninhos passavam pelo tecido e recebiam jatos de água gelada nos intervalos das gravações, diminuindo a temperatura interna”, lembra o ator. Já para o rosto, o processo foi mais complicado. A cada duas semanas, ele ia para um estúdio refazer as cenas com sensores ligados ao rosto. Suas expressões eram gravadas e depois recebiam as feições da Fera no computador. Na pós-produção, as movimentações do corpo e do rosto foram combinadas digitalmente.

MÚSICAS MEMORÁVEIS

NOVO PÚBLICO

Outra novidade aparece na trilha sonora. Embora faixas emblemáticas tenham sido mantidas – Ariana Grande e John Legend gravaram a nova versão da música-tema –, outras três canções foram incluídas. “Uma delas fala da relação de Bela com a mãe, que morreu antes de a história começar a ser contada e nem é citada no desenho”, afirma Condon. As outras músicas revelam traços da Fera e as expectativas dos funcionários que vivem no castelo e também

Apesar da ajuda gráfica, são alguns detalhes reais que fazem os olhos brilharem. O salão de baile do castelo, por exemplo, é uma recriação de um castelo alemão no estúdio. “Parecia Versalhes”, conta Stevens, que levou a filha de 7 anos para assistir à gravação da cena final. “Ela disse que foi o melhor dia da vida dela. E acho que vai ser assim: a geração que assistiu ao desenho vai ter boas recordações, enquanto a atual ganhará uma nova referência”, completa o ator.

FEMINISTA, SIM! Por que aceitou fazer esse papel? Bela é minha princesa favorita. Eu a acho mais profunda do que as outras. Ela não aceita noções preconcebidas, enxerga além do exterior das pessoas e não é facilmente influenciada. Muito se falou de que você deixaria a Bela mais poderosa do que na versão do desenho. No que você pôde mexer? Não tentei transformá-la, mas me preocupei em ter ali uma mulher verossímil. Bela trabalha no jardim do pai, é inventora e anda a cavalo; então, não faz sentido ela usar sapatilhas, por exemplo. Depois de se tornar embaixadora da ONU Mulheres, você discursou sobre feminismo em vários países. Quais impactos do seu trabalho já notou? Reservei o último ano para me dedicar a essa função e foi incrível. Vi pessoas compreenderem o que é feminismo, palavra que desconheciam ou temiam. Vi espaços se abrindo para conversas sobre o tema onde antes parecia improvável. Quando há igualdade, as mulheres se sentem empoderadas e os homens mais livres de estereótipos. claudia.com.br março 2017

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Decoração

lugar MarCaDO

Para o bom anfitrião, o convidado é o que há de mais importante na festa. Veja maneiras diferentes de surpreendê-lo à mesa com criatividade e elegância. Charme extra: todas as ideias servem como lembrança do dia TEXTO BEATRIZ KOCH

Pratos e copos metalizados acrescentam sofisticação. Aqui, a graça está no nome cortado a laser em MDF – feito sob encomenda por empresas especializadas

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Fotos Natureza Selvagem, Elisa Correa; as demais, Rogério Voltan

NatuREza SElVagEM

dEtalhE ÚNiCo

pintado com tinta spray metálica e finalizado com pequenos cascalhos, o vasinho vira um suporte original. o cartão segue a mesma paleta de cores da decoração e é encaixado no arranjo.

o bowl de cerâmica pode ser personalizado no ateliê (com óxido e depois levado ao forno em alta temperatura) ou em casa, com uma caneta própria para cerâmica. adapte a fonte usada à ocasião.

dupla afiNada

RECado-SuRpRESa

Monte miniarranjos (com uma flor grande e outras menores, do tipo mosquitinho, ou buquezinhos artificiais) em tubos de ensaio e amarre a tag de papel-cartão com sisal, ráfia ou barbante. disponha-os sobre o prato ou ao lado do talher.

Receba os convidados com mensagens de boas-vindas que combinem com o clima do evento – pode ser uma frase inspiradora ou até o verso de uma música. Enrole o papel e coloque dentro de uma garrafinha com rolha. claudia.com.br março 2017

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Foto Getty Images

FIQUE DE OLHO NO FUTURO

PROCURE RECURSOS

Com a velocidade da evolução tecnológica, negócios e produtos se tornam obsoletos rapidamente. Dedique-se a pesquisar as novidades que estão no horizonte para a sua área. Assim, você não corre o risco de estrear já ultrapassado. Se o produto for digital, prepare-se para atualizações constantes. “Uma sugestão é lançar uma versão de teste, em menor escala, e entender o terreno antes de tornar a empresa oficial, além de ter ideia de quão relevante será o que você oferece”, acrescenta Quintella.

Se o empreendimento exige compra de máquinas e equipamentos caros, é provável que você precise contar com um investidor-anjo ou com o financiamento de um banco. Preste atenção nos juros cobrados, pois eles podem inviabilizar seu orçamento. “Algumas instituições oferecem linhas específicas para micro e pequenas empresas. Há ainda bancos de microcrédito, que costumam cobrar taxas menores”, diz Aurora Zen, professora de empreendedorismo e inovação do curso de administração de empresas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Se o intuito for empregar um capital menor, uma saída será recorrer a uma franquia. claudia.com.br março 2017

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