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A Capela de São Sebastião, o templo mais antigo da vila de Sesimbra, datado do século XV, e o único que ainda não se encontrava recuperado pela Câmara Municipal, está a receber obras de reabilitação e restauro. A autarquia prossegue assim uma estratégia de valorização do património, de que são exemplo a Fortaleza de Santiago, a Moagem de Sampaio, a Casa da Água ou o aqueduto do Cabo Espichel.
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A Capela de São Sebastião, junto ao cemitério, é o templo mais antigo da vila e marca a passagem da povoação do Castelo para a Póvoa de Sesimbra.
Devido ao simbolismo do edifício e ao seu valor histórico, a Câmara Municipal decidiu avançar com a obra de reconstrução da ermida.
O projeto dá continuidade ao trabalho de valorização do património no concelho, de que são exemplos recentes as intervenções na Fortaleza de Santiago, na Casa do Bispo ou na Casa da Água do Cabo Espichel.
A obra em curso prevê consolidação estrutural de todas as paredes, colocação de novos revestimentos, reposição do arco em cantaria para capela-mor, execução da cobertura em telha tradicional com o teto interior em madeira, restauro das cantarias do portal, coro alto e cunhais, e colocação de pavimento tradicional.
Para além da importância cultural e patrimonial que esta intervenção assume,
devolve à ermida funções religiosas, com a criação de uma nova capela mortuária. A Capela de São Sebastião terá também um pequeno jardim interior com vista sobre o vale e a vila.
A reabilitação está orçada em mais de 800 mil euros, com um investimento municipal de 624 mil euros e a comparticipação financeira de 226 mil euros por parte do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, no âmbito de uma candidatura apresentada pela Câmara Municipal.
Com esta intervenção, a Capela voltará a fazer parte da vida da vila de Sesimbra e será um novo ponto de interesse cultural e turístico do concelho.
A Capela de São Sebastião terá sido edificada em 1484, a expensas dos mareantes e mandadores sesimbrenses, numa altura em que se verificava uma desocupação acentuada da vila estabelecida no Castelo e um franco desenvolvimento económico e
social na póvoa, junto à baía. Foi dedicada ao santo mártir Sebastião, protetor das povoações castrejas, e invocado no auxílio contra a peste e doenças originadas por via marítima
Em 1741, recebeu obras de beneficiação promovidas pelos mandadores das armações da vila. Depois disso, as Memórias Paroquiais de 1758 dão nota de que, e embora não tenha ruído com o terramoto de 1755, ficou bastante danificada. Em 1877, passou para a Junta da Paróquia de Santiago, e em 1920 foi incorporada na Fazenda Nacional do Ministério das Finanças. Posteriormente, foi adquirida por Abel Gomes Pólvora, presidente da Câmara Municipal, por 2.000$00, para aí estabelecer um hospital de isolamento em caso de epidemia, o que nunca chegou a acontecer.
Com o passar dos séculos, foi-se degradando até chegar a um avançado estado de ruína O
¬ Localização
Rua D. Sancho I, Sesimbra
¬ Investimento total
850 mil euros
¬ Comparticipação
FEDER - Portugal 2020
226 mil euros
¬ Investimento municipal
624 mil euros
¬ Restauro do edifício ¬ Capela mortuária