BOLETIM CTEO DE CONJUNTURA ECONÔMICA E ORÇAMENTO Nº 17
Novembro 2011
1. Conjuntura Econômica
Sumário: 1. Conjuntura Econômica
1
2 . Acompanhamento da Execução Orçamentária do Município
5
2.1 Receita Arrecadada da PMSP
5
2.2 Despesa Liquidada da PMSP
9
1.1 Atividade Econômica
Em setembro, a atividade econômica, medida pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central IBC-Br, apresentou variação de 0,02% em relação a agosto, considerando os dados com ajuste sazo-
3. Evolução das Despesas da CMSP
14
4. Estudos Diversos - CTEO-FIPE 16 Recursos Municipais Recebidos pelas Famílias da Cidade de São Paulo com Serviços de Educação Básica
nal, representando uma continuação do processo de desaceleração observado nos últimos meses. O Gráfico 1.1 ilustra a evolução mensal do IBC-Br.
Gráfico 1.1 - IBC-Br – Mensal - 2008 a 2011
Gráfico 1.2 - IBC-Br – Mensal - 2008 a 2011
Base jan/02 =100
Base set/08, 09, 10, 11 = 142,13
Fonte: Banco Central do Brasil
Fonte: Banco Central do Brasil
O Gráfico 1.2 apresenta a dinâmica mensal
O crescimento acumulado em 12 meses per-
do IBC-Br de 2008 a 2011, com os valores
manece em uma trajetória declinante. Nos
dos meses de setembro dos demais anos
últimos 12 meses (out/10 a set/11), o indica-
equalizados com o setembro/2011, permitin-
dor registrou um crescimento de 3,55%. As
do visualizar qual seria o curso da economia
expectativas de mercado quanto ao cresci-
no final de 2011, se se repetisse a trajetória
mento do Produto Interno Bruto-PIB em 2011
desses 3 últimos anos.
permanecem sendo revisadas para baixo.
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Segundo o mais recente Relatório Focus/
tado sucede a queda de 1,22% verificada no
BCB - 11/novembro, a expectativa de merca-
mês anterior (Gráfico 1.3).
do mediana é que o PIB encerre 2011 com
No acumulado em 12 meses, observa-se,
crescimento de 3,16%.
igualmente, uma contínua desaceleração da
A atividade econômica paulista, medida pelo
economia paulista. Nos últimos 12 meses
Índice de Atividade Econômica Regional -
(out/10 a set/11), o crescimento acumulado
São Paulo do Banco Central - IBCr-SP, regis-
desacelerou para 4,62%.
trou queda, em setembro, de 0,12%. O resul-
Gráfico 1.3 - IBCr - SP – Var. % Mensal e Acumulada em 12 meses
Fonte: Banco Central do Brasil
1.2 Política Monetária e Fiscal.
Na reunião do dia 19 de outubro, o Comitê de
processo de diminuição da taxa básica de ju-
Política Monetária - COPOM continuou o
ros, a Selic, que foi reduzida em
Gráfico 1.4 - Taxa SELIC % a.a
0,5%,
para
11,5%. Segundo o COPOM, a redução dos juros tem por objetivo incentivar a atividade econômica, de forma a mitigar os efeitos sobre a economia brasileira da deterioração do ambiente externo.
Fonte: Banco Central do Brasil
Elaborado pela Consultoria Técnica de Economia e Orçamento - CTEO
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As operações de crédito do sistema financeiro
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Gráfico 1.6- Superávit Primário do Setor Público Consolidado - acumulado em 12 meses - % do PIB
apresentaram em setembro um ritmo de crescimento bastante acentuado, de 2,1% em relação a agosto, influenciado, em grande parte, pelos efeitos da depreciação cambial nos estoques indexados em moeda estrangeira (financiamentos do BNDES e operações de adiantamentos sobre contratos de câmbio)
Fonte: BCB - Depec
(Gráfico 1.5). Como resultado, o crédito como
No cenário internacional, a economia ameri-
proporção do PIB atingiu, em setembro,
cana mostrou uma leve recuperação no 3º
48,4%, ante 47,8% em agosto.
trimestre do ano, crescendo a uma taxa anualizada de 2,5% (últimos quatro trimestres em
Gráfico 1.5 - Op. de Crédito - Cresc. Mensal % relação aos quatro trimestres anteriores). No trimestre anterior, havia registrado expansão anualizada de 1,3%. A economia da zona do euro, compreendida pelos países europeus que adotam essa moeda, apresentou crescimento anualizado de 0,2% no terceiro trimestre. No segundo trimestre, o avanço também
Fonte: Banco Central do Brasil
havia sido de 0,2%. Em relação à política fiscal, o superávit primá-
Na China, a atividade econômica permanece
rio (diferença entre as receitas não financei-
em uma desaceleração suave. O PIB no ter-
ras e as despesas não financeiras) do setor
ceiro trimestre registrou expansão de 2,3%,
público consolidado foi de R$8,1 bilhões em
ante trimestre anterior. No segundo trimestre
setembro.
o crescimento havia sido de 2,4%. No acumu-
No acumulado nos últimos 12 meses, o supe-
lado até setembro, a atividade econômica re-
rávit primário do setor público consolidado
gistrou crescimento de 9,4% ante o mesmo
atingiu
período de 2010, ano em que o PIB cresceu
R$129,4
bilhões,
3,25% do PIB (Gráfico 1.6).
representando
10,4%.
Elaborado pela Consultoria Técnica de Economia e Orçamento - CTEO
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1.2 Taxa de Inflação
Em outubro, a taxa de inflação,
segundo o
A taxa de inflação acumulada pelo IPCA
IPCA/IBGE, registrou uma queda, fixando-
em 12 meses apresentou a primeira redu-
se em 0,43%. Em setembro, havia apresen-
ção no ano, registrando, em outubro,
tado variação de 0,53%. O IPC-FIPE apre-
6,97%. Nesta mesma medida, o IPC-FIPE
sentou, em outubro, variação de 0,39%. Em
registrou uma significativa queda, de 6,55%
setembro, o IPC-FIPE havia registrado au-
em setembro para 5,87% em outubro.
mento de 0,25%.
(Gráfico 1.7)
Gráfico 1.7 - IPCA/IBGE e IPC-FIPE - Variação Acumulada em 12 Meses (%)
Fontes: IPCA / Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE IPC-FIPE / Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas
A expectativa do mercado para o fecha-
Gráfico 1.8 - Meta e Expectativas para IPCA 2011
mento do IPCA em 2011 tem se mantido próxima dos 6,5% (Relatório Focus/BCB 11/novembro), que é o limite estabelecido pelo regime de metas de inflação, que fixou uma meta de 4,5% de inflação anual com tolerância de 2% para mais ou para menos. (Gráfico 1.8) Fonte: Relatórios Focus/BCB
Elaborado pela Consultoria Técnica de Economia e Orçamento - CTEO
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2. Acompanhamento da Execução Orçamentária da Administração Direta 2.1 Receita Arrecadada - PMSP
A receita arrecadada pela Administração
de 2010. Considerando que a inflação acu-
Direta (PMSP), de janeiro a outubro de
mulada em 12 meses, medida pelo IPCA/
2011, totalizou, descontadas as deduções
IBGE, foi de 6,97%, o aumento, em termos
da receita corrente, R$ 25.067 milhões, o
reais, da arrecadação, alcançou 5,7%.
que representa um aumento de 13,1% em
(Tabela 2.1).
relação ao arrecadado no mesmo período
Tabela 2.1 - Comparativo Receita Acumulada - PMSP (Fonte: SOF - posição em 17/11/2011)
Rec. Correntes (A) IPTU ITBI ISS ICMS IPVA FUNDEB SUS FPM Demais Rec. Correntes (-) Deduções da Rec. Correntes Rec. Correntes menos Deduções Rec. Capital (B) Total de Receitas (A+B)
Jan - Out / 10
Jan - Out / 11
22.473.271.527 3.712.009.252 753.945.779 5.676.559.204 4.370.003.227 1.625.834.559 2.018.406.765 868.951.311 99.284.329 3.348.277.100 -1.252.429.092 21.220.842.435 945.267.793 22.166.110.228
25.670.337.971 4.129.544.977 895.314.325 6.573.346.485 4.766.071.740 1.739.454.630 2.171.820.573 907.982.319 150.635.532 4.336.167.390 -1.354.730.151 24.315.607.820 751.567.292 25.067.175.113
Var Var. Nom % Real% 14,2% 6,8% 11,2% 4,0% 18,8% 11,0% 15,8% 8,3% 9,1% 2,0% 7,0% 0,0% 7,6% 0,6% 4,5% -2,3% 51,7% 41,8% 29,5% 21,1% 8,2% 1,1% 14,6% 7,1% -20,5% -25,7% 13,1% 5,7%
O Gráfico 2.1 ilustra o comparativo da evo-
(corrente + capital) pela PMSP em 2010 e
lução mensal da receita arrecadada total
2011.
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Gráfico 2.1 - Receita Arrecadada Mensal - valores em R$ bilhões
Fontes: NovoSeo e SOF - posição 17/11/2011
Em Outubro/11, a arrecadação apresen-
dação
tou um crescimento de 15,5% em relação
“Programa de Parcelamento Incentivado -
a Outubro/10 (Tabela 2.2). As receitas
PPI”, no valor de R$ 121 milhões, em fun-
correntes, descontadas as deduções, a-
ção da reabertura do prazo de adesão,
vançaram 14,4%. Na Tabela 2.2, destaca-
autorizado pela Lei nº 15.406, de julho de
se o crescimento das “Demais Rec. Cor-
2011. Em Outubro/2010, o PPI arrecadou
rentes”, 44,9%, determinado pela arreca-
R$ 31 milhões.
de
recursos
referentes
Tabela 2.2 - Comparativo Receita Mensal - PMSP (Fonte: SOF posição em 17/11/2011)
Var Nom %
Outubro / 10
Outubro / 11
2.148.781.537 277.660.625 98.320.286 612.803.076 457.199.768 42.899.370 196.047.596 90.292.975 9.779.020 363.778.821
2.440.436.844 13,6% 310.610.476 11,9% 98.154.720 -0,2% 677.474.825 10,6% 479.937.365 5,0% 37.083.048 -13,6% 204.561.448 4,3% 90.691.157 0,4% 14.832.844 51,7% 527.090.960 44,9%
(104.597.072)
(102.301.059)
-2,2%
2.044.184.465
2.338.135.785
14,4%
38.983.919 Rec. Capital (B) Total de Receitas (A+B) 2.083.168.384
68.830.230 2.406.966.015
76,6% 15,5%
Rec. Correntes (A) IPTU ITBI ISS ICMS IPVA FUNDEB SUS FPM Demais Rec. Correntes (-) Deduções da Rec. Correntes Rec. Correntes menos Deduções
Elaborado pela Consultoria Técnica de Economia e Orçamento - CTEO
ao
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Dentre os itens discriminados na Tabela
a ela. Desta forma, quanto maior a arreca-
2.2, “Demais Rec. Correntes” é aquele
dação de um item, maior será o tamanho
que mais tem contribuído para aumento
da sua bola representativa.
da arrecadação municipal em 2011.
O eixo horizontal do gráfico informa a taxa
No Gráfico 2.2 (página abaixo), o tama-
de crescimento do item de receita no perí-
nho de cada bola expressa o montante de
odo de janeiro a outubro de 2011, em rela-
arrecadação do item de receita associado
ção a este mesmo período de 2010.
Gráfico 2.2 - Contribuição das Receitas Correntes - acumulado até outubro/2011: Participação no Crescimento da Receita Corrente (Eixo Vertical), Crescimento até Outubro (Eixo Horizontal), sendo o Tamanho da Bola Proporcional à Arrecadação
Fontes: NovoSeo e SOF - posição 17/11/2011
Elaborado pela Consultoria Técnica de Economia e Orçamento - CTEO
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O eixo vertical informa a contribuição do
ceita corrente . Destaca-se dentro deste
item para o crescimento total da receita
grupo, o crescimento da arrecadação de
corrente. Por exemplo, o ISS (bola azul
multas de trânsito e de PPI (Programa de
clara) foi responsável por 28,1% do cres-
Parcelamento Incentivado), respectiva-
cimento da receita corrente, o IPTU (bola
mente, 37,2% e 106,2% ao longo de
verde) respondeu por 13,1%, o ICMS
2011, que responderam por 4,9% e
(bola roxa) por 12,4% e o grupo ‘Demais
12,8% do aumento total das receitas cor-
Rec. Correntes’ (bola azul escura) por
rentes.
30,9%% do total de crescimento da re-
Elaborado pela Consultoria Técnica de Economia e Orçamento - CTEO
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2.2 Despesa Liquidada - PMSP 2.2.1 Acompanhamento da Despesa Liquidada - PMSP
A
despesa liquidada pela Admi-
em termos nominais. Descontada a
nistração Direta (PMSP), no perío-
inflação do período, houve um au-
do compreendido entre janeiro e
mento real de 2,7%, sendo que as
outubro
de
despesas correntes tiveram au-
R$ 20.141,8 milhões. Em relação
mento real de 4,4%, enquanto as
ao mesmo período de 2010, a
despesas de capital, queda de
despesa liquidada cresceu 9,8%,
7,8%. (Tabela 2.3)
de
2011,
foi
Tabela 2.3 - Comparativo da Despesa Liquidada - PMSP (Fonte: SOF - Dados Provisórios - posição 09/11/2011)
Despesas Correntes Pessoal e Encargos Sociais Juros e Encargos da Dívida Outras Despesas Correntes Despesas de Capital Investimentos Inversões Financeiras Amortização da Dívida Total Despesas
Jan - Out / 10
Jan - Out / 11
15.783.120.641 5.418.071.129 1.885.810.773 8.479.238.739
17.624.144.393 6.026.556.787 2.124.857.345 9.472.730.262
2.553.662.136 1.429.142.432 758.136.717 366.382.987 18.336.782.777
Var %
Var. Real%
11,7% 11,2% 12,7% 11,7%
4,4% 4,0% 5,3% 4,4%
2.517.727.753 -1,4% -7,8% 1.738.049.561 21,6% 13,7% 40.812.935 -94,6% -95,0% 738.865.257 101,7% 88,5% 20.141.872.146
9,8%
2,7%
Em relação ao mês de outubro de
pesas de capital. Quando compara-
2011, a despesa liquidada foi de
das com outubro de 2010, as despe-
R$ 2.298,3 milhões, representando
sas correntes tiveram aumento real
aumento nominal de 19,8% frente a
de 10,2%, enquanto que as despe-
outubro de 2010. Desse montante,
sas de capital apresentaram cresci-
R$ 1.978 milhões foram despesas
mento de 24,3%. (Tabela 2.4).
correntes e R$ 320,1 milhões, des-
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Tabela 2.4 - Comparativo da Despesa Liquidada no Mês - PMSP (Fonte: SOF - posição 09/11/2011)
Out / 10 Despesas Correntes Pessoal e Encargos Sociais Juros e Encargos da Dívida Outras Despesas Correntes Despesas de Capital Investimentos Inversões Financeiras Amortização da Dívida Total Despesas
Out / 11
1.677.992.332 519.611.744 200.677.015 957.703.573 240.717.826 180.949.452 5.640.691 54.127.683 1.918.710.158
1.978.175.282 597.169.359 215.065.700 1.165.940.223
Var % 17,9% 14,9% 7,2% 21,7%
Var. Real% 10,2% 7,4% 0,2% 13,8%
320.169.692 33,0% 24,3% 238.611.375 31,9% 23,3% 3.899.033 -30,9% -35,4% 77.659.284 43,5% 34,1% 2.298.344.973
19,8%
12,0%
O Gráfico 2.4 ilustra o comparati-
dada pela PMSP, mês a mês, em
vo da evolução da despesa liqui-
2010 e 2011.
Gráfico 2.3 - Despesa Mensal Liquidada - valores em R$ bilhões Fonte: NovoSeo - posição 09/11/2011
A Tabela 2.5 compara as despe-
gão para o período de janeiro a ou-
sas liquidadas detalhadas por ór-
tubro, nos anos de 2010 e 2011.
Elaborado pela Consultoria Técnica de Economia e Orçamento - CTEO
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Tabela 2.5 - Comparativo da Despesa Liquidada por Órgão (Fonte: Novo Seo, SOF - posição 09/11/2011)
Cod.
Órgão
Jan - Out 2010
Jan - Out 2011
Var.%
09
Câmara Municipal
207.920.498
242.626.266
16,7%
10
Tribunal de Contas
126.222.610
145.766.973
15,5%
11
Secretaria do Governo Municipal
251.065.378
279.266.092
11,2%
12
Secretaria Mun. de Coordenação das Sub-
274.878.987
393.559.029
43,2%
13
Secretaria Municipal de Planejamento
14
Secretaria Municipal da Habitação
15*
Secretaria Mun. de Modernização, Gestão e Desburocratização
16
Secretaria Municipal de Educação
17
Secretaria Municipal de Finanças
Secretaria Municipal da Saúde / Fundo Mun. de Saúde Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e 19 Recreação
18
5.520.240
150.163.635 2620,2%
729.032.613
477.010.439 -34,6%
89.620.412
-100,0%
4.062.131.345
4.679.337.503
15,2%
165.723.301
162.969.117
-1,7%
3.351.716.353
3.798.577.123
13,3%
114.200.525
149.149.138
30,6%
20
Secretaria Municipal de Transportes
21
Secretaria Municipal dos Negócios Jurídicos
114.447.398
110.807.821
22
Secretaria Municipal de Infra-Estrutura Urbana e Obras
247.170.079
197.002.694 -20,3%
23
Secretaria Municipal de Serviços
762.796.759
806.455.611
24
Secretaria Mun. de Assist. e Desenvolvimento Social
236.748.407
195.516.621 -17,4%
25
Secretaria Municipal de Cultura
176.198.537
226.229.661
28,4%
27
Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente
110.699.928
116.682.703
5,4%
28
Encargos Gerais do Município
3.838.032.451
4.745.166.543
23,6%
30
Secretaria Municipal do Trabalho
33.126.132
44.970.749
35,8%
31
Secretaria Municipal de Relações Internacionais
2.821.552
32
Ouvidoria Geral do Município de São Paulo
1.986.300
2.095.220
5,5%
43.432.749
51.670.005
19,0%
3.701.238
4.713.617
27,4%
26.981.099
40.077.964
48,5%
Secretaria Municipal de Participação e Parceria Secretaria Mun. da Pessoa c/ Deficiência e 36 Mob. Reduzida Secretaria Municipal de Desenvolvimento 37 Urbano
34
1.475.568.182
769.663.061 -47,8% -3,2%
5,7%
11.107.861 293,7%
(*) Órgão 15 foi integrado ao órgão 13 - Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão.
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Cod.
Órgão
Jan - Out 2010
38
Secretaria Municipal de Segurança Urbana
41
Subprefeitura Perus
13.002.572
13.532.709
4,1%
42
Subprefeitura Pirituba
19.044.634
19.209.905
0,9%
43
Subprefeitura Freguesia/Brasilândia
19.221.109
17.928.968 -6,7%
44
Subprefeitura Casa Verde/Cachoeirinha
13.935.836
13.862.481 -0,5%
45
Subprefeitura Santana/Tucuruvi
17.686.127
18.704.843
5,8%
46
Subprefeitura Jaçanã/Tremembé
14.835.752
15.934.252
7,4%
47
Subprefeitura Vila Maria/Vila Guilherme
18.043.184
20.437.068 13,3%
48
Subprefeitura Lapa
19.419.044
20.468.745
49
Subprefeitura Sé
33.525.062
37.385.573 11,5%
50
Subprefeitura Butantã
23.477.908
22.579.131 -3,8%
51
Subprefeitura Pinheiros
22.496.919
25.465.100 13,2%
52
Subprefeitura Vila Mariana
19.307.175
20.935.832
8,4%
53
Subprefeitura Ipiranga
20.065.551
21.535.283
7,3%
54
Subprefeitura Santo Amaro
22.891.157
20.413.162 -10,8%
55
Subprefeitura Jabaquara
16.722.760
15.729.693 -5,9%
56
Subprefeitura Cidade Ademar
16.303.423
16.783.535
57
Subprefeitura Campo Limpo
25.979.922
25.132.005 -3,3%
58
Subprefeitura M´Boi Mirim
22.743.830
20.167.420 -11,3%
59
Subprefeitura Capela do Socorro
25.995.497
22.524.782 -13,4%
60
Subprefeitura Parelheiros
13.253.313
13.307.844
0,4%
61
Subprefeitura Penha
24.373.854
24.988.659
2,5%
62
Subprefeitura Ermelino Matarazzo
14.357.903
15.638.966
8,9%
63
Subprefeitura São Miguel
20.924.424
22.240.781
6,3%
64
Subprefeitura Itaim Paulista
18.217.763
16.784.697 -7,9%
65
Subprefeitura Moóca
20.290.115
22.436.296 10,6%
66
Subprefeitura Aricanduva/Formosa/Carrão
19.930.476
18.781.559 -5,8%
171.330.531
Jan - Out 2011
Var.%
214.131.065 25,0%
Elaborado pela Consultoria Técnica de Economia e Orçamento - CTEO
5,4%
2,9%
BOLETIM CTEO DE CONJUNTURA ECONÔMICA E ORÇAMENTO
Cod.
Órgão
Página 13
Jan - Out 2010
Jan - Out 2011
Var.%
67
Subprefeitura Itaquera
24.146.988
22.938.883
-5,0%
68
Subprefeitura Guaianases
18.329.678
19.376.260
5,7%
69
Subprefeitura Vila Prudente/Sapopemba
20.964.558
20.396.207
-2,7%
70
Subprefeitura São Mateus
24.746.206
22.916.431
-7,4%
71
Subprefeitura Cidade Tiradentes
13.120.629
13.343.390
1,7%
0
269.859.229
472.884.866
535.172.211
0
0
0
0
86 87 88 89 90
Fundo Municipal de Saneamento Ambiental e Infraestrutura Fundo Municipal de Desenvolvimento de Trânsito Fundo de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural Fundo Municipal de Esportes, Lazer e Recreação Fundo Mun. dos Direitos da Criança e do Adolescente
91 Fundo Municipal de Habitação 93 Fundo Municipal de Assistência Social Fundo Esp. do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Fundo Especial de Promoção de Atividades 95 Culturais 94
96 Fundo Municipal de Turismo 97
Fundo de Proteção do Patrimônio Cultural e Amb. Paulistano
98 Fundo de Desenvolvimento Urbano 99 Fundo Municipal de Iluminação Pública Total geral
13,2%
25.662.685
20.957.497 -18,3%
6.242.016
0 -100,0%
360.709.556 36.145.228
440.740.211
22,2%
6.816.293 -81,1%
2.803.519
4.609.893
64,4%
400.000
550.000
37,5%
0
0
70.803.442
107.495.932
51,8%
120.704.495
119.073.904
-1,4%
18.336.782.777
20.141.872.146
9,8%
BOLETIM CTEO DE CONJUNTURA ECONÔMICA E ORÇAMENTO
Página 14
3. Evolução das Despesas da CMSP
Conforme o art. 29-A da Constituição Fede-
de competência) da CMSP estão divididas em
ral - CF, o total de despesas do Legislativo três grupos: pessoal (despesas liquidadas, Municipal não poderá ultrapassar, no caso de excluindo inativos), grandes despesas e ouSão Paulo, município com população acima tras despesas (ambas despesas liquidadas de 8 milhões de habitantes, 3,5% da base de com ajuste pelo valor de empenho anual). receitas, relativa ao ano anterior, composta Com base em série histórica com início em pelo somatório da receita tributária e das 2002, foram definidos como “Grandes Despetransferências previstas no § 5º do art. 153 e sas CMSP” os itens de gastos que corresponnos arts. 158 e 159 da CF. Até 2009, o limite dem a cerca de 80% das despesas da Câmade despesas era de 5% da mesma base de ra, excetuando pessoal, quais sejam: prograreceitas.
mas televisivos, vale-refeição, estagiários,
O gráfico abaixo ilustra a evolução anual do correio, limpeza, Eletropaulo, publicidade, percentual de despesas de janeiro a outubro Prodam, sistema de RH, conservação predial, da CMSP e do Tribunal de Contas de São vale-transporte, telefonia, locação de veícuPaulo – TCMSP em relação à base de recei- los, digitalização, combustível e verba de gatas do art. 29-A da CF.
binete (elemento de despesa Indenizações e
As despesas liquidadas (adotando o regime Restituições).
Gráfico 3.1 - Evolução da Despesa Liquidada até Outubro - CMSP e TCM em % da Base de Receitas do art. 29A
Fonte: GIAP e CETIL para dados da CMSP - despesas liquidadas por competência - dados provisórios
Elaborado pela Consultoria Técnica de Economia e Orçamento - CTEO
BOLETIM CTEO DE CONJUNTURA ECONÔMICA E ORÇAMENTO
Página 15
A despesa liquidada pelo Poder Legis-
trando a responsabilidade da execução
lativo (CMSP + TCMSP) nos primeiros
orçamentária na gestão fiscal, o que se-
dez meses de 2011 foi de 1,93% da
gue o padrão histórico das execuções
base de receitas. Considerando a dinâ-
anteriores, como pode ser observado no
mica de despesas dos dois órgãos, a
Gráfico 3.1.
previsão é que não seja ultrapassado o percentual de 2,85% neste ano, mos-
BOLETIM CTEO DE CONJUNTURA ECONÔMICA E ORÇAMENTO
Página 16
4. Estudos Diversos - CTEO-FIPE - Recursos Municipais Recebidos pelas Famílias da Cidade de São Paulo com Serviços de Educação Básica 4.1 Introdução
Dando sequência ao Acordo de Coopera-
nica de Economia e Orçamento – CTEO
ção Técnica entre a FIPE e a Câmara Mu-
da Câmara Municipal de São Paulo foi a
nicipal de São Paulo, assinado em feverei-
educação básica. Atualmente os municí-
ro deste ano, apresenta-se o primeiro re-
pios possuem um papel ativo na oferta de
sultado da pesquisa relacionada ao recebi-
bens e serviços relacionados à educação.
mento de serviços da Prefeitura de São
Esses bens vão desde o fornecimento de
Paulo pelas famílias paulistanas. Até então,
uniformes e transporte escolar até o provi-
apenas estudos relacionados ao pagamen-
mento direto de escolas e outras estrutu-
to de tributos municipais tinham sido divul-
ras de ensino e aprendizado, principal-
gados, mais especificamente em março
mente nos grandes municípios como é o
com a apresentação do trabalho sobre IP-
caso de São Paulo. O estudo procurou es-
TU, e depois em agosto com a pesquisa
timar quanto, em média, as famílias paulis-
sobre ISS. O Acordo de Cooperação Técni-
tanas receberam em termos de serviços
ca foi instituído com a intenção de desen-
que podem ser incluídos sob o rótulo de
volver estudos tanto sobre quanto o poder
“educação básica”. De acordo com a no-
público municipal arrecada das famílias
menclatura vigente, a educação básica
paulistanas, como também sobre quanto
compreende o ensino infantil, que engloba
esse mesmo ente, com os impostos que
crianças em creches e pré-escola, o ensi-
recebe, devolve em serviços a essas famí-
no fundamental, que inclui estudantes do
lias.
primeiro ao nono ano, e o ensino médio,
Dada sua relevância social e econômica, a
que corresponde a mais três anos posteri-
área escolhida para este primeiro trabalho
ores ao fundamental.
por técnicos da FIPE e da Consultoria Téc-
Elaborado pela Consultoria Técnica de Economia e Orçamento - CTEO
BOLETIM CTEO DE CONJUNTURA ECONÔMICA E ORÇAMENTO
Página 17
4.2 Gastos com Educação – Visão Geral
No Brasil, os gastos governamentais com
transferências, não apenas na manuten-
educação seguem legislação nacional es-
ção e desenvolvimento do Ensino Funda-
pecífica. A Constituição Federal de 1988,
mental e da Educação Infantil, mas tam-
por meio de aprovação da Emenda Cons-
bém na Educação Inclusiva.
titucional n° 14, de 1996, teve seu artigo
A Lei n° 13.245, de 26 de dezembro de
211 alterado, determinando que os Muni-
2001, define as despesas que podem ser
cípios deveriam atuar prioritariamente na
consideradas como destinadas à Educa-
educação infantil e no ensino fundamen-
ção, nos termos dos artigos 200, 203 e
tal, enquanto os Estados e o Distrito Fede-
208 da Lei Orgânica.
ral focariam o ensino fundamental e mé-
O art. 2° da citada lei define especifica-
dio. Também ficou estabelecido que os
mente aquelas que seriam despesas es-
municípios devem aplicar, na educação, a
tritas com manutenção e desenvolvimen-
parcela mínima de 25% da receita resul-
to do processo de ensino-aprendizagem,
tante de impostos, compreendida a prove-
dentre elas:
niente de transferências, na manutenção e
(i) remuneração e aperfeiçoamento do
desenvolvimento do ensino.
pessoal docente e demais profissionais
No caso especifico do Município de São
de educação;
Paulo, a Lei Orgânica do Município, pro-
(ii) aquisição, manutenção, construção e
mulgada em 1990, determinava a aplica-
conservação de instalações e equipa-
ção de um mínimo de 30% daquela recei-
mentos necessários ao processo de ensi-
ta na manutenção e desenvolvimento do
no-aprendizagem;
Ensino Fundamental e da Educação Infan-
(iii) uso e manutenção de bens e serviços
til. No final de 2001 (27/12/01), quando foi
vinculados ao ensino;
aprovada Emenda 24/01 à Lei Orgânica, o
(iv) concessão de bolsas de estudo para
município passou a ter o dever de aplicar
aperfeiçoamento e capacitação do pesso-
no mínimo 31% da receita resultante de
al docente e demais profissionais da edu-
impostos, compreendida a proveniente de
cação;
Elaborado pela Consultoria Técnica de Economia e Orçamento - CTEO
BOLETIM CTEO DE CONJUNTURA ECONÔMICA E ORÇAMENTO
Página 18
(v) aquisição de material didático escolar e
(ii) programas voltados para a educação
manutenção de programas de transporte
profissionalizante visando o desenvolvi-
escolar;
mento de aptidões para a vida produtiva;
(vi) proventos pagos aos servidores munici-
(iii) manutenção e criação de centros inte-
pais inativos oriundos do quadro de educa-
grados de educação e cultura, instalação
ção.
de telecentros para acesso a novas tecno-
É importante notar que as regras desse
logias de informação e comunicação;
artigo relacionam-se diretamente com a
(iv) provisão de alimentação em creches,
regra nacional explicada anteriormente.
escolas de educação infantil, ensino fun-
Portanto, as despesas por esse artigo defi-
damental e supletivo.
nidas devem compor no mínimo 25% da
Para a confecção do presente estudo, fo-
receita resultante de impostos, compreen-
ram considerados os gastos com educa-
dida a proveniente de transferências.
ção básica no ano de 2010. Dos itens aci-
Além dos 25% alocados para as despesas
ma, não foram considerados na estimativa
explicitadas acima, o art. 3° dessa mesma
dos serviços de educação recebidos por
lei (Lei n° 13.245 de 2001) adicionalmente
família a construção de escolas, pois en-
elenca despesas relativas à Educação. Es-
tendemos que este é um serviço que retor-
sas despesas, somadas aos gastos referi-
nará a população no futuro, não estando
dos no art. 2°, devem totalizar no mínimo
efetivamente disponível agora. Também
31% da receita resultante de impostos,
não foram considerados programas de
compreendida a proveniente de transferên-
compensação tarifária (meia passagem
cias. São consideradas despesas que com-
em ônibus para estudantes), programas
põem os 6% adicionais (para fechar os
como Renda Mínima, Bolsa Trabalho e
31% determinados na Emenda 24/01 da
nem serviços relacionados às bibliotecas e
LOM), dentre outros itens:
telecentros. A principal razão é que tanto a
(i) programas voltados à educação de jo-
tarifação especial quanto as bibliotecas e
vens e adultos que não tiveram acesso ou
telecentros não são serviços exclusivos
continuidade de estudos no ensino funda-
para alunos da rede pública de ensino mu-
mental e médio na idade própria;
nicipal, podendo ser usados por qualquer
Elaborado pela Consultoria Técnica de Economia e Orçamento - CTEO
BOLETIM CTEO DE CONJUNTURA ECONÔMICA E ORÇAMENTO
Página 19
aluno, inclusive da rede privada.
dores inativos também não foram incluí-
Dada a insuficiência de dados para uma
dos no cômputo de gastos, pois entende-
alocação adequada desses gastos entre
mos que são gastos não relacionados di-
as famílias (principalmente os valores de
retamente ao serviço de educação presta-
compensação tarifária e dos programas de
do hoje para os usuários do sistema públi-
assistência social) e o seu montante redu-
co.
zido diante do total de gastos, optou-se
A Tabela 4.1 elenca todas as exclusões
por desconsiderar esses valores. Por fim,
aplicadas às despesas com educação:
pagamentos de aposentadoria aos servi-
Tabela 4.1 - Exclusões às Despesas com Educação Despesas Excluídas Pagamentos a Inativos Construção, Ampliação e Reformas de Unidades Educacionais Programas Sociais (Bolsa-Família, Bolsa-Trabalho) Difusão Cultural (Bibliotecas, Ônibus-Biblioteca, Bosques de Leitura) Compensações Tarifárias/Renovação da Frota (Outros Ensinos) Telecentros (Operação, Manutenção e Reforma) Serviço da Dívida Pública Interna – Refinanciamento
Fora as exclusões, todas as despesas
ção inclusiva) da receita resultante de
restantes enquadradas nos 31% (25%
impostos foram consideradas.
constitucionais + 6% referentes à educa-
4.3 Dados da Pesquisa
Para
a realização deste trabalho foram
de 2008-2009 do IBGE foi utilizada como
usadas basicamente duas bases de da-
amostra da população paulistana e pos-
dos, além de informações obtidas através
sibilitou uma estimativa do número de
da Secretaria Municipal de Educação. A
famílias com crianças que frequentam o
POF (Pesquisa de Orçamento Familiar)
ensino público e quantas crianças em
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BOLETIM CTEO DE CONJUNTURA ECONÔMICA E ORÇAMENTO
Página 20
escola pública cada família possui, em
Em relação às informações da Secretari-
média, por faixa de renda.
a Municipal de Educação, foram utiliza-
A outra base utilizada foram os microda-
dos o número médio de matriculas em
dos do Censo Educacional 2010 do
2010, disponibilizado no site do órgão, e
INEP. Esta base serviu para estimar,
a distribuição, por faixa de renda, dos
dentro do grupo dos frequentadores do
estudantes do Ensino Fundamental mu-
ensino público obtidos com a POF, quan-
nicipal, gerada a partir dos questionários
tos realmente eram do ensino municipal.
da Prova São Paulo 2010.
4.4 Metodologia e Conclusões Para o presente estudo, mantiveram-se
Procurou-se identificar, nas amostras
as mesmas faixas de renda para as famí-
disponíveis, os frequentadores do ensino
lias usadas nos trabalhos anteriores so-
público municipal por tipo de ensino
bre IPTU e ISS,
até
(Ensino Infantil, Ensino Médio e Ensino
R$ 900,00; II) mais de R$ 900 até
Fundamental). Obteve-se o seguinte re-
R$ 1.800; III) mais de R$ 1.800 até
sultado, dividido por faixa de renda:
a saber: I)
R$ 3.000,00; IV) mais de R$ 3.000,00.
Gráfico 4.1 - Proporção de alunos do ensino público municipal por faixa de renda Ensino Infantil
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Página 21
Gráfico 4.2 - Proporção de alunos do ensino público municipal por faixa de renda - Ensino Fundamental
Realizada a identificação, estimou-se o
do valor das despesas com educação
gasto público municipal médio por aluno
utilizada para este estudo. A tabela abai-
em cada tipo de ensino de acordo com a
xo contém os resultados:
metodologia utilizada na determinação
Tabela 4.2 - Estimativa de Gasto por Aluno da Rede Pública Municipal Tipo de Ensino Ensino Infantil Ensino Fundamental Ensino Médio
Gasto por Aluno - 2010 (R$)
Gasto Mensal - 2010 (R$)
7.629,84 6.039,70 4.157,14
635,82 503,31 346,43
Fontes: SME (Número de matrículas médias - 2010 / Elaboração: FIPE/CTEO
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Página 22
Concluídas as etapas anteriores, foi alo-
prefeitura em serviços de “educação bá-
cado, para cada família, o gasto público
sica”.
municipal médio por aluno em determina-
Já uma família sem nenhum usuário da
do tipo de ensino, multiplicado pelo nú-
rede pública nada estaria recebendo.
mero médio de frequentadores do ensino
Desse modo, o recebimento médio das
público das famílias por faixa de renda.
famílias (coluna “Valor Médio – Educa-
Os frequentadores médios foram estima-
ção Básica Municipal – R$ Mês”) é a mé-
dos com base na POF 2008-2009. Assim,
dia aritmética dos recebimentos de todas
utilizando um exemplo simplificado, se o
as famílias da amostra (tanto as que efe-
gasto por aluno fosse de R$ 200,00 men-
tivamente recebem algo, quanto as que
sais, e uma família tivesse dois membros
nada recebem). Os resultados finais es-
na rede pública municipal, esta família
tão na tabela abaixo:
estaria recebendo R$ 400,00 mensais da
Tabela 4.2 - Devolução - Educação Básica Municipal
Faixa de Renda
Até 900 De 900 até 1.800 De 1.800 até 3.000 Mais de 3.000 Total
Renda Média Familiar R$/Mês (I)
% Famílias
Valor Médio Educação Educação Básica Básica / Renda Municipal Média Familiar R$/Mês (II) * (II/I)
645,17
9%
591,75
91,72%
1.333,84 2.362,66 7.438,39 4.188,37
23% 24% 44% 100%
268,57 102,54 35,93 155,66
20,14% 4,34% 0,48% 3,72%
* - Estimativa baseada em gastos com educação para o ano de 2010 e estimativa de famílias através da POF 2008-2009 e Censo IBGE 2010 Fonte: POF - IBGE (2008-2009), INEP (Censo Escolar 2010), SME e Censo IBGE 2010 Elaboração: FIPE/CTEO
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BOLETIM CTEO DE CONJUNTURA ECONÔMICA E ORÇAMENTO
Página 23
Como era de se esperar, as famílias de
Por fim, o estudo conseguiu captar um
menor renda recebem, em valores abso-
resultado considerado desejado pelos
lutos, mais em serviços de educação bá-
formuladores de políticas públicas edu-
sica do que as famílias com maior renda;
cacionais: a de que estas políticas de-
R$ 591,75 contra R$ 35,93. Esse resul-
vem beneficiar principalmente aquelas
tado pode ser explicado pelo conhecido
camadas da população mais carentes,
fato de que as famílias de renda superior
de mais baixa renda, que não teriam
costumam colocar seus filhos em esco-
condição de pagar por escolas e servi-
las privadas e não utilizam a rede pública
ços relacionados à educação para seus
municipal, exatamente o contrário do que
filhos. Os resultados mostram exata-
ocorre entre as famílias com menor ren-
mente essa característica: quanto menor
da que acabam tendo na rede pública
a renda da família, maior o recebimento.
sua única alternativa. Em termos de por-
Por outro lado, também ficou evidente
centagem da renda mensal, as famílias
que, dentre as famílias que possuem
da primeira faixa de renda (até R$ 900)
condição de pagar por educação priva-
recebem, em média, valor equivalente a
da, esta é preferida à educação munici-
mais de 90% das suas rendas mensais
pal, o que pode indicar a percepção en-
em serviços educacionais da Prefeitura
tre a população de que a escola privada
Municipal, enquanto as famílias da faixa
oferece um melhor serviço que as esco-
mais elevada (mais de R$ 3.000) não
las municipais.
chegam a receber o equivalente a 1% de suas rendas mensais.
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MESA DIRETORA DA CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO 2011:
CONSULTORIA TÉCNICA DE ECONOMIA E ORÇAMENTO DA CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO:
Presidente: José Police Neto 1º Vice-Presidente: Antônio Goulart 2º Vice-Presidente: Claúdio Prado 1º Secretário: Netinho de Paula 2º Secretário: Atílio Francisco 1º Suplente: Ushitaro Kamia 2º Suplente: Adolfo Quintas
Consultores Técnicos Legislativos Economistas: Adriano Nunes Borges, Alexandre Henrique Cardoso, Bruno Nunes Medeiro, Emerson Rildo Araújo de Carvalho, Fernanda Graziella Cardoso, Gilberto Rodrigues Hashimoto, Márcia Akemi Endo, Regina Eiko Kimachi, Rodrigo Mantovani Policano, Sidney Richard Sylvestre e Thiago de Carvalho Alves.
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