Ir_ao_mar - Nº46 - Janeiro 2018

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REVISTA MENSAL SOBRE A ATIVIDADE DO CLUBE NAVAL DA HORTA

ARTUR FILIPE SIMÕES © 2015

Nº 46 Janeiro 2018


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CANOAGEM CELEBRAÇÃO DA AMIZADE, APÓS O TREINO DE SÁBADO

Por iniciativa de Carla Martins (a 5ª na fila da frente, a contar da esquerda para a direita), a Secção de Canoagem do CNH celebrou a Amizade sábado, dia 27

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Secção de Canoagem do Clube Naval da Horta (CNH) comemorou a Amizade, num convívio realizado na tarde de sábado, dia 27. No calor das comemorações do Dia de Amigas – assinalado esta quinta-feira, dia 25 – a canoísta Carla Martins – Veterana – sugeriu que, após o treino deste sábado (em que estiveram 12 atletas) todos se juntassem para comemorar a Amizade. E foi o que aconteceu, no Pavilhão Multiusos do CNH, tendo as iguarias e a bebida ficado por conta da mentora da iniciativa. De realçar que esta Secção tem por hábito organizar um beberete após a realização das Provas. Além dos canoístas habituais, este treino registou a participação de duas novas pessoas, que

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aceitaram o repto e vieram experimentar a modalidade, revelou a Directora da Secção de Canoagem do CNH, Susana Rosa. Por isso, o convívio deste dia contou com as duas caras novas, além dos atletas da casa, do Treinador de Iniciação, David Mila – que também dá apoio aos restantes canoístas sempre que se revela necessário – e da Directora da Secção. O Treinador de Competição, Hugo Parra, esteve ausente por motivos de saúde. O Gabinete de Imprensa do CNH agradece o convite formulado e faz votos para que iniciativas desta natureza, ou outras, aconteçam mais vezes, sinal de que o desporto além de trazer benefícios ao corpo e à mente, é, também, um excelente meio para fazer novas amizades e cimentar as que já existem. O ambiente que se vive na Secção de Canoagem do Clube Naval da Horta, e os resultados alcançados, dão bem prova disso.

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“CONHECER OS NOSSOS ATLETAS” LUCAS MARTINS: “ATRAVÉS DA CANOAGEM, VEJO O MAR COMO UMA SEGUNDA CASA”

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oi por incentivo do antigo Treinador – Carlos Pedro – que Lucas Martins decidiu dar uma oportunidade à Canoagem, já lá vão 3 anos. “Dei um empurraozinho no sentido de a minha mãe também começar a praticar, o que foi bom, pois é uma companhia”, sublinha este canoísta (Cadete Masculino) do Clube Naval da Horta (CNH). Lucas recorda que o primeiro contacto que teve com a modalidade foi quando era pequeno – agora, já tem 15 anos de idade – no decorrer de umas Férias Desportivas e, apesar de também ter experimentado Vela e Natação, “a Canoagem foi sempre o que mais puxou”. Confessa que no início “foi difícil” lidar com as técnicas, mas percebeu que tudo é uma questão de tempo. “Tinha medo de revirar, o que acontece com diferentes condições de vento e de mar, mas agora já acho isso normal”, sublinha, para logo de seguida acrescentar: “Para aprender, temos de revirar”.

Considera que tanto o anterior Treinador como o actual – Hugo Parra – são “excelentes”. Contudo, diz que “o Hugo é mais calmo”, salientando que “o Carlos Pedro tinha os seus pontos bons. O Parra puxa por nós e ensina-nos muitas coisas. Às vezes tenta passar-nos aquilo que tinha lá no seu Clube, no Continente, onde a Canoagem é muito diferente. Não há comparação entre o que fazemos aqui e o que se vive nos Nacionais. O Clésio confirmou-nos isso mesmo”. Lucas também gosta do trabalho de David Mila – Treinador de Iniciação – quando os treinos decorrem de forma conjunta. Quando questionado sobre o grupo, responde de forma rápida e espontânea: “O nosso grupo tem um espírito de família. Somos amigos. A gente ajuda-se e motiva-se. Puxamos uns pelos outros. Há inter-ajuda”. Sempre que há Provas – locais ou regionais – prevalece “o espírito de competição”, centrando-se o foco em “cada um trabalhar para melhorar

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os seus tempos”. E, a propósito de competições, Lucas esclarece: “Dou a mesma importância tanto às provas locais como às regionais, embora os Regionais nos dêem a motivação para treinar todas as semanas”. Mesmo quando, localmente, há mais canoístas em prova, como acontece sempre que os vizinhos de São Roque do Pico vêm ao Faial, impera a amizade e o convívio e as conversas não se cingem a este desporto. Mas, naturalmente, que esse factor aguça “o espírito competitivo”, embo-

ra “todos sejam amigos”. “Na Terceira, sentimos que alguns canoístas estão mais bem preparados, mas isso passa não só pelo treino, como, também, pelo facto de terem caiaques mais leves e rápidos”. “Ajudava bastante se tivessemos caiaques novos e melhores instalações” E como principal problema, Lucas aponta precisamente “o cansaço do material” do Clube Naval da Horta. “Ajudava bastante se tivessemos caiaques novos, bem como pagaias e coletes. Há poucos caiaques para a fase a seguir à Iniciação. Os nossos Millenium, Katabatic e Thunder Kid estão danificados. Nos Regionais, o que mais se vê são os Surfski (o mais usado e moderno) e alguns Tsunami. Claro que o ideal seria todos termos Surfski’s, pois dão segurança ao canoísta e é mais uma forma de ganhar confiança em nós próprios”. Este jovem atleta sabe que a segurança está sempre presente e todo o grupo usa o colete, a pagaia e o saiote. O saiote impede a entrada de vento e água no caiaque, o que dá estabilidade ao barco, ao mesmo tempo que prende o canoísta. “Sentimo-nos mais seguros, porque a água não entra e o vento não abana o caiaque”, realça. O plano semanal inclui treinos no mar e em terra. Além da corrida, o trabalho de ginásio ajuda a criar resistência e a ganhar massa muscular. “Fazemos ginásio no barracão/contentor, mas o espaço é bastante reduzido. Era bom ter melhores instalações, pois, para arrumar o material e treinar, torna-se apertado, e então quando recebemos os do Pico, nem se fala!” Lucas recorda que houve um mini-projecto proposto pela Secção de Canoagem à Direcção do CNH no sentido de ser adquirido mais algum material de treino, “fundamental no ginásio (halteres, fitas, etc), o que foi importante”. “A Susana é uma Directora com quem podemos contar” Este canoísta sente que “o Clube apoia e ajuda” a sua Secção, vendo com bons olhos o habitual convívio a seguir a cada uma das provas. “É bom, pois é uma forma de unir mais o grupo, fun-

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“O Surfski dá segurança ao canoísta e é mais uma forma de ganhar confiança em nós próprios”

cionando como motivação. Além disso, também é positivo para não ser só o espírito de prova/ casa. Desde que a Susana é Directora da Secção, juntamo-nos e convivemos mais. É uma Directora com quem podemos contar e conversar sempre que é preciso. Escuta-nos e actualiza-nos em termos de informação”. “Ao sábado, passo excelentes momentos em grupo” Embora a Secção de Canoagem do CNH conte com 12/13 atletas, a verdade é que, “podia ter

mais”, na opinião deste jovem. E quando tudo puxa os canoístas para não irem aos treinos, Lucas deixa a receita mágica: “Mesmo não apetecendo, por causa do vento, da chuva ou do frio, o gosto pela modalidade leva-nos a vir treinar. Vimos pelo grupo!” “Tenho Escola durante toda a semana e ao sábado passo excelentes momentos em grupo. A Canoagem é, também, uma forma de conviver”. Instado a formular desejos para a Canoagem, o nosso entrevistado pensa um pouco e diz que gostava que o grupo tivesse mais canoístas, que a Secção contasse com equipamento novo e que pudesse ganhar no Regional.

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Perder o medo do mar Recorde-se que este atleta do CNH já participou em dois Regionais: o primeiro decorreu em São Miguel e o segundo na Terceira, “a ilha que está mais avançada na Canoagem e tem muitos canoístas experientes”. As deslocações permitem “aprender, passear e fazer amigos”. “A experiência que ganhamos ao longo da época desportiva é vantajosa noutras situações, pois se me convidarem para ir dar uma volta de barco ou até mesmo um mergulho, vou”, realça. Foi quase no fim desta conversa – no âmbito da rubrica “Conhecer os Nossos Atletas” – que Lucas Martins revelou o seu grande segredo: “Um dos motivos por que vim para a Canoagem foi para perder o medo do mar e hoje vejo o mar como uma segunda casa”. Captar novos canoístas Lucas Martins frequenta o 10º ano na Escola Secundária Manuel de Arriaga (ESMA), da Horta, na Área de Economia. Educação Física e Economia são as disciplinas de eleição, embora ainda

não tenha definido o caminho profissional. Ainda assim, sabe que o futuro o levará para fora do Faial, pelo que garante que vai procurar praticar Canoagem no clube que ficar mais perto da universidade. Certo será o facto de nas férias vir “matar saudades ao CNH”. Embora coloque os estudos em primeiro lugar, assevera que “há tempo para tudo”, o que também inclui o futebol: jogou no Fayal, na época passada foi para o Atlético pelo facto de o seu Clube não ter tido equipa no escalão pretendido, e este ano regressou ao Fayal. Mesmo assim, o CNH nunca é preterido. “Estou sempre a ver se consigo trazer mais pessoas para a Canoagem. E estou quase a convencer alguns dos meus colegas, que me perguntam se é difícil e se eu não tenho medo. Digo-lhes que têm de experimentar como é bom estar no mar”. Definir numa só palavra o que representa a Canoagem, foi algo que Lucas preferiu não dizer, pelo facto de a expressão que ia utilizar já estar muito batida. Por isso, inspirou-se e deixou esta mensagem: “A Canoagem é um bom desporto e todos deviam praticá-lo. Dá-nos a conhecer o mar, fazendo com que percamos o receio dele, e permite-nos conviver”.

“O nosso grupo tem um espírito de família, somos amigos”

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Os prémios ganhos são um estímulo no sentido de crescer como canoísta Da esquerda para a direita: José Decq Mota, Presidente da Direcção do CNH; Lucas Martins, canoísta do CNH, exibindo a prova de mais uma conquista; Susana Rosa, Directora da Secção de Canoagem do CNH; e Olga Marques, Vice-Presdente do CNH

“A vida está diferente” Lucas Martins considera que mudou desde que começou a praticar Canoagem no CNH. “A vida está diferente. Criei novas amizades e posso contar com eles [colegas canoístas] fora da Canoagem. Este desporto ajuda-me não só a fazer exercício e a manter-me activo como, também, a divertir-me. Se o Clube Naval da Horta não existisse no Faial, o cenário seria pior, pois não havia tantas actividades relacionadas com o mar. Os meus colegas do futebol sabem da existência do CNH e das muitas actividades que promove e organiza. Na perspectiva deles, o que custa mais é enfrentar a água e, realmente, até aquecermos, é um esforço entrar na água fria. Por vezes, o tempo impede-nos de treinar no mar, mas em terra há sempre algo a aprender”. Lucas: foi um gosto conhecer-te e poder conversar abertamente contigo. Espero que a Canoagem nos faça cruzar mais vezes e que a tua apos-

ta neste desporto se mantenha, paralelamente a outros sonhos que acalentas. A tua coragem e força de vontade devem ser exemplos a seguir, sobretudo por aqueles que precisam de vencer medos, afirmando-se num rumo onde há sempre Norte e mar seguro.

“O Parra puxa por nós e ensina-nos muitas coisas”

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NATAÇÃO ESTÁGIO DE CAPACITAÇÃO TÉCNICA NA TERCEIRA

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ntónio Leal, Diana Neves, Francisco Ro- particular, foi mais um momento em que os nadrigues e João Cabral foram os atletas dadores do Faial tiveram a oportunidade de inda Secção de Natação do Clube Na- teragir com outras equipas”. val da Horta (CNH), que participaram A selecção para este evento foi feita com base no Estágio de Capacitação Técnica, que decor- nos regulamentos da Federação Portuguesa de reu nos dias 12 e 13 de janeiro, na Praia da Natação (FPN). Vitória, ilha Terceira. De acordo com Sílvia Mendonça, Treinadora de Grau II e Coordenadora da Natação do CNH, este Estágio teve como objectivo “a análise técnica de cada nadador e a possibilidade de conhecer vários treinadores e atletas de diferentes equipas dando lugar a troca de conhecimentos”. Questionada sobre os frutos desta participação, a Técnica de Natação do Clube Naval da Horta sublinha que “o Estágio foi importante essencialmente pelo contacto que os atletas tiveram com diferentes treinadores”. E vinca: “No nosso caso Os nadadores faialenses tiveram a oportunidade de aprender e interagir com outras equipas e treinadores

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NATAÇÃO FESTIVAL DAS TÉCNICAS DO FAIAL

Treinadora sente-se “feliz” com o desempenho dos atletas de todos os Escalões da Secção de Natação do CNH

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e um modo geral, os atletas tiveram boas prestações e melhoraram os seus resultados. Os nossos Cadetes apresentaram-se bem-dispostos e com um espírito competitivo saudável. Relativamente aos mais velhos, destaca-se o atleta Rodrigo Pereira, que alcançou o tempo mínimo de acesso aos campeonatos na prova de 100 m Mariposa. Os momentos em que podemos juntar todos os Escalões numa mesma prova, constituem uma experiência rica para todos”. É este o balanço que Sílvia Mendonça, Treinadora de Grau II e Coordenadora da Natação do Clube Naval da Horta (CNH), faz ao Festival das Técnicas do Faial, que decorreu na manhã e tarde de sábado, dia 20. Tratou-se de um evento organizado pela Associa-

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ção de Natação da Região Açores (ANARA), que teve como cenário a Piscina da Escola Secundária Manuel de Arriaga (ESMA) da Horta. Participaram 28 atletas de todos os Escalões da Secção de Natação do CNH. Instada a pronunciar-se sobre a forma como se sente relativamente ao desempenho dos seus alunos, esta Técnica responde: “Feliz!” E realça: “Gostaria de aproveitar este momento para agradecer a todos os Pais, Familiares e Amigos que estiveram presentes, bem como à Equipa de Arbitragem. Nota-se que a nossa bancada está cada vez mais cheia. Obrigada a todos!” O Festival das Técnicas do Faial é uma competição que se realiza a meio da época desportiva, sendo a penúltima prova antes dos Campeonatos Regionais. A próxima competição será o Campeonato de Ilha do Faial, no início de Fevereiro, que conta com 3 sessões, sendo a prova que antecede o Campeonato Regional.

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“CONHECER OS NOSSOS ATLETAS” TOMÁS OLIVEIRA: “GOSTAVA QUE A NATAÇÃO FOSSE UM DESPORTO MAIS VALORIZADO”

“Acho que ganhei um carinho maior pela Natação, por ser a modalidade que acompanho há mais tempo”

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trabalhador por natureza, obsessivo por bons resultados e responsável todos os dias. Tem 15 anos, mas o futuro já está traçado. Começou na Natação aos 3 anos devido à asma, mas aos 5 decidiu manter-se nesse desporto por opção e não por imposição médica. Depois, veio a Vela aos 6 anos, uma mistura entre gostar e adesão por causa das “Férias Desportivas”, Projecto antigo do Clube Naval da Horta (CNH), que decorre no mês de Julho, de cada ano. Certamente que muitos já perceberam que estamos a falar do talentoso Tomás Fraga Oliveira, atleta da Secção de Natação do CNH (Juvenil A). Até ao início de 2017, Tomás conseguiu equilibrar a balança, mas logo a seguir venceu o primeiro amor, que é como quem diz, a Natação. “Já não estava a conseguir conciliar tudo.

Como tal, deparei-me a abdicar de muitas coisas em ambos os lados, pelo que tive de fazer uma opção”, explica este jovem atleta. No entanto, confessa que não foi fácil, pois “gostava muito dos dois”. Na hora de decidir, pesou a Natação, por ser a modalidade que acompanha há mais tempo. “Acho que ganhei um carinho maior pela Natação”, refere, em jeito de justificação. Nesta escolha pesou decisivamente o factor Escola, atendendo a que se encontra no 10º ano. “Este ano já é mais complicado. A entrada no Secundário dificultou a conciliação de todas as actividades”. Ciências e Tecnologia dominam a Área de eleição, o que não é sinónimo de certezas quanto ao caminho profissional, que deverá passar por “algo relacionado com o mar”. Engenharia Naval, quem sabe!... Sendo “bom aluno”, certamente que vai conseguir manter a Natação e os estudos superiores. Para tal, já pondera federar-se nalgum clube “que fique perto da universidade” para onde for daqui a algum tempo.

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“Sou masoquista” Para Tomás Oliveira, cumprir regras ou horários não é problema, encarando as exigências como desafios. “Nunca faltei a um treino matinal”, afirma, orgulhoso, referindo-se aos treinos de Natação das 7 da manhã, instituídos em Novembro de 2016 pela Treinadora Sílvia Mendonça, grande aficcionada da modalidade e impulsionadora do nível de crescimento dos atletas. E engane-se quem pensa que este ritmo alucinante é assim somente de segunda a sexta, pois além de tudo o que foi descrito, ao sábado há provas ou treinos e ao domingo outras obrigações, pelo que, na vida deste jovem, “não há dias livres”. Tomás é mesmo obstinado e de ideias fixas. “Normalmente mantenho a minha ideia e é raro mudar”, admite. É com naturalidade que se assume como “masoquista”, título conferido pelos professores, pelo facto de treinar 12 horas por semana. “Mas é o que eu gosto. A Natação é uma das minhas

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paixões. A outra é o Sporting”. Leva a Natação tão a sério que afirma gostar de sofrer, “porque é a sofrer que se cresce como nadador”. “Conseguimos crescer muito mais”, atesta. Como tal, não é de admirar que, se pudesse, dedicaria a sua vida por inteiro à Natação, acreditando que “poderia ser profissional nos Açores”. “Claro que além da força de vontade e do trabalho, teria de haver apoio”, sustenta este faialense, que gostava que “a Natação fosse um desporto mais valorizado, como acontece com o futebol, o basquetebol e outros”. “A Natação – frisa – é a modalidade onde se encontram os atletas mais medalhados da história e onde podemos (como país) ganhar mais”. “A Treinadora compreende-nos e veio unir a Secção” Sílvia Mendonça é vista como “uma Treinadora exigente”. “Mas compreende-nos, porque prati-

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Tomás não tem dúvidas em que afirmar que “agora o ambiente está melhor”. E vinca: “A Sílvia veio unir-nos e somos mais amigos. Antes dela chegar, notava-se que era cada um para seu lado. Éramos poucos e nem todos tinham os mesmos interesses. Conseguimos aprender a conviver uns com os outros de melhor forma”. “O Guilherme é a minha referência” Apesar da Natação ser um desporto individual, este nadador considera que “é necessário o apoio da equipa”. “Gosto muito mais de treinar com os nadadores dos escalões acima do meu, porque assim consigo um ritmo de treino mais elevado. Sigo sempre o Guilherme, que é o mais velho e funciona como uma referência para mim. Ele é muito bom no que faz e motiva toda a gente. Tento “competir” nos treinos e claro que seria muito bom se houvesse mais nadadores no meu escalão. O Clube seria mais rico na diversidade”, salienta esta jovem promessa, que tem trabalhado no sentido de cativar mais pessoas para a Secção de Natação do CNH. “Os meus colegas da Escola dizem que a Natação é um desporto difícil, mas sei que o que lhes falta é força de vontade”, destaca Tomás Oliveira. “Participar em maior número de competições fora do Faial para poder ter a possibilidade de contactar com os melhores”, é um dos grandes focos deste atleta faialense, que sabe que “é assim que se vê quem é que é bom, se esforça e trabalha muito para ser nadador”.

Afonso Santimano, Guilherme Nunes, Tomás Oliveira e Diogo Vieira: os mais novos contam com o incentivo dos mais velhos

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Michael Phelps como ídolo Para Tomás Oliveira, participações em São Miguel e Terceira – ilhas onde fez amigos, dentro do grupo daqueles que “não inferiorizam os faialenses” – estão a revelar-se “monótonas”, pelo que a ambição já passa pelos Nacionais e Jogos das Ilhas. “Ainda tenho o sonho de ir aos Jogos das Ilhas, embora este seja o último ano em que me é dada essa possibilidade atendendo ao escalão em que me encontro. Quanto aos Nacionais, há mais hipóteses. A Treinadora disse-nos que se mantivermos este ritmo, poderemos alcançar essa meta”. Tomás é “muito competitivo” e reconhece que cresceu. “Percebi que foi a perder (nem sempre se pode ganhar) que consegui aprender e evoluir. Sempre que erro, tento melhorar da vez seguinte. A idade faz-nos crescer como atletas e ganhamos maturidade”, realça este nadador, que tem em Michael Phelps o seu ídolo. “Ele perdeu algumas provas estupidamente, mas, depois, com maior maturidade, já soube evitar os erros anteriores. Vi-o ganhar 8 medalhas em Pequim, nos Jogos Olímpicos de 2008”. E foi precisamente por causa do mais medalhado atleta olímpico de sempre, que Tomás adoptou a Mariposa como estilo preferido. “É um estilo

lindo de se ver”, defende, sorridente. Na opinião deste atleta, “o Clube Naval da Horta tem crescido bastante”. E memora: “Há 2 anos só tínhamos 8 nadadores na Competição. Actualmente são cerca de 20”. Conquistas Este jovem está na competição desde os 7/8 anos, tendo participado no 1º Regional de Competição em 2010, na altura como Cadete. É com um brilhozinho no olhar que revela: “Tenho melhorado significativamente os meus tempos. O ano passado foi de adaptação à Treinadora e ultimamente o treino é diferente. Treinamos a um nível bastante elevado. Sentimo-nos motivados e orgulhosos por atingirmos melhores tempos e conseguirmos realizar exercícios que antes não nos eram possíveis. Melhorei muito nos últimos 2 anos. Na Natação, precisamos de um treinador que puxe por nós. É um desporto de que temos mesmo de gostar, pois não estamos a falar de algo intermédio”, destaca. E quando se pede para elencar os treinadores favoritos, os óscares vão para Lúcio Rodrigues e Sílvia Mendonça.

“Fico chateado quando vejo pessoal de outros clubes a inferiorizar os nossos”

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“A Natação é uma das minhas paixões. Melhorei muito nos últimos 2 anos”

Apadrinhar os mais novos Tomás Oliveira sugeriu que os atletas mais velhos apadrinhassem os Cadetes, o que aconteceu em Maio passado. “Eles vêem sempre os mais velhos como uma referência e assim sendo, achamos que com o nosso apoio, vão ter um futuro melhor”. A sugestão teve a benção da Treinadora. Nesse contexto, os afilhados escolhidos por este nadador foram António Leal, Vasco Alexandrino e Maria Rita. Como bom padrinho, Tomás apoia-os. “Gosto de lhes dar conselhos e apontar-lhes os aspectos em que podem melhorar. Acho que foi uma forma de perceberem que têm alguém em quem podem confiar, motivando-os. Os padrinhos são uma espécies de conselheiros”, esclarece Tomás no decorrer desta Entrevista destinada a dar a “Conhecer os Nossos Atletas”.

“Sinto orgulho em representar o Clube da minha Ilha” Tendo em conta que este jovem dá tudo pela Natação, entende que seria bom poder contar com mais equipamento, extensivo aos restantes colegas. “Poderia haver mais uma t-shirt e uns calções no período destinado ao aquecimento e os fatos de treino – que já são velhinhos – bem mereciam ser substituídos. Gosto de vestir o equipamento do CNH, porque sinto que estou a carregar algo importante e bom. Sinto orgulho em representar o Clube Naval da Horta, pois é o Clube da minha Ilha, mas ao mesmo tempo estou, também, a representar a minha Região”. Além do equipamento, no rol dos desejos surge, ainda, a figura do fisioterapeuta para acompanhar os nadadores, o que poderia acontecer “de vez em quando”, ou seja, quando há lesões. Tomás aposta – por conta própria – na ginásio por saber que o faz “ganhar mais força muscu-

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lar e também mais resistência, conseguindo melhorar”. No ginásio, o atleta tem um plano de treino que trabalha aquilo que a Natação exige e que “é tudo, porque estamos a falar do desporto mais completo que se pode ter”. E aqui também se inclui o esforço mental, “sobretudo em provas longas”. Temos de estar concentrados. O stress só entra na câmara de chamada, antes de irmos para a zona de partida”, confidencia. Tomás: o teu sorriso continua a dizer tanto ou mais do que a primeira vez que te entrevistei, eras tu menino, mas já muito senhor de ti mesmo. A tua persistência, exigência e capacidade de trabalho cresceram contigo, fazendo de ti uma preciosidade humana, com reflexos em tudo aquilo a que te dedicas com paixão. Sei que és muito duro contigo próprio para conseguires estares à altura dos valores que elegeste como bandeiras na tua vida: excelência, responsabilidade e entrega sem limites. Tenho a certeza de que irás longe na concretização dos teus projectos, ainda que isso implique sofrimento e trabalho árduo. É assim quando nos regemos por objec-

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tivos. O que interessa é que te sintas realizado e feliz, ainda que os outros não percebam onde se situa a tua fasquia. Sê fiel a ti próprio e confia no teu coração, onde moram sentimentos muito nobres.

“A Natação é um desporto individual, mas é necessário o apoio da equipa”

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PESCA DE COSTA JOSÉ ARMANDO SILVA GANHOU A 1ª PROVA DO CAMPEONATO DE 2018

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osé Armando Silva, José Silva e Carlos Medeiros, foram os vencedores da 1ª Prova do Campeonato de Pesca Desportiva de Costa do Clube Naval da Horta (CNH) época de 2018, que decorreu na manhã de domingo, dia 21, na Lajinha. Carlos Medeiros, Director desta Secção, explica que, “apesar do tempo estar bastante mau para o peixe-rei (e bom para os sargos), a Prova decorreu bem”. “Não choveu, mas estava vento e a ondulação na costa fez o peixe fugir”, sublinha. Participaram 7 pescadores nesta Prova, tendo José Armando Silva capturado o maior exemplar: uma garoupa, com 310 gramas. Como habitualmente, a pescaria encerrou com a pesagem do pescado e o convívio. O Campeonato de Pesca Desportiva de Costa do Clube Naval da Horta (CNH) de 2018 é composto por 6 Provas. A 2ª está marcada para o dia 18 de Fevereiro.

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VELA LIGEIRA REGATA DOS REIS CONTOU APENAS COM VELEJADORES DA CLASSE HANSA

A Classe Hansa realizou as regatas dentro da Baía da Horta

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Regata dos Reis da Secção de Vela Ligeira do Clube Naval da Horta (CNH), marcada para a manhã de sábado, dia 13, ficou marcada pela falta de vento. Apenas os velejadores da Classe Hansa conseguiram realizar a Prova. Decorreram duas regatas da Classe 2.3 e outras duas da Classe 303. As regatas tiveram como cenário a Baía da Horta tendo, para o efeito, sido aproveitada uma aragem que apareceu, refere o Treinador da Classe Hansa do CNH, João Duarte. Este Dirigente classifica os seus velejadores como “exemplares”, já que foram as únicas estrelas a brilhar nesta Regata dos Reis.

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Compareceram velejadores de São Roque (2) e da Madalena do Pico (outros 2), no seguimento do convite que havia sido feito pelo Clube Naval da Horta. “Fomos para o mar e estivemos 2 horas à espera que entrasse vento, o que acabou por não acontecer. Naturalmente que esta espera se tornou bastante cansativa, com ondas muito grandes, o que deixou os velejadores maldispostos”, subli-

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nha o Treinador de Competição da Escola de Vela do CNH, Duarte Araújo. Ainda assim, os treinos de preparação para esta competição foram importantes, tendo em conta a participação dos velejdadores faialenses na 2ª Prova de Apuramento Regional, que irá decorrer em Vila Franca do Campo, na ilha de São Miguel, nos dias 27 e 28 do corrente.

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VELA LIGEIRA 2ª PCR EM VILA FRANCA DO CAMPO

Os velejadores do CNH adaptaram-se bem às condições difíceis que encontraram e deram o seu melhor. Tomás Pó ocupa o 1º lugar do Ranking Regional de Laser 4.7 e Leonor Porteiro o 7º em Optimist

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francamente positiva a participação da comitiva faialense na 2ª Prova do Campeonato Regional – Vela Ligeira – que decorreu sábado e domingo (dias 27 e 28), em Vila Franca do Campo, na ilha de São Miguel. Apurados os resultados da 1ª e 2ª Provas do Campeonato Regional, é com grande satisfação que percebemos que Tomás Pó ocupa actualmente o 1º lugar do Ranking Regional na Classe Laser 4.7 e Leonor Porteiro o 7º na Classe Optimist. Nesta prova participaram 6 Optimists e 4 Lasers

Tomás Pó, velejador do CNH, ocupa o 1º lugar do Ranking Regional de Laser 4.7

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“Os velejadores do CNH estão cheios de vontade para treinar mais e melhor a fim de terem um desempenho superior na próxima regata”

da Secção de Vela Ligeira do Clube Naval da Horta (CNH) e, de acordo com o Treinador de Competição, Duarte Araújo, “o Campeonato decorreu bem e foi muito bem organizado”. Realizaram-se 8 regatas para cada classe, tendo “os atletas do CNH se adaptado bem às condições difíceis que se fizeram sentir e dado o seu melhor”. Quanto às metas traçadas, o Técnico diz que “a maior parte conseguiu cumprir os seus objectivos”. E quando se pergunta o que correu menos bem, Duarte Araújo explica: “Na Classe Laser, alguns pormenores podem ser melhorados e certos azares evitados. Nos Optimists, tivemos duas velejadoras que não estavam na melhor forma fisica e as condições difíceis do mar não perdoaram. Os adversários também estiveram muito fortes e não deram hipótese de fazer melhor”. Por tudo o que foi descrito, é natural que os velejadores faialenses se sintam “muito cansados”, mas “cheios de vontade para treinar mais e melhor a fim de terem um desempenho superior na proxima regata”. Por seu turno, o Treinador afirma-se “cheio de vontade para treinar e ajudá-los a melhorar”. Duarte Araújo destaca a forma como a comitiva faialense foi acolhida em Vila Franca do Campo:

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“Fomos muito bem recebidos”. A Secção de Vela Ligeira do CNH volta a competir daqui a pouco mais de um mês, naquela que é a última Prova de Apuramento Nacional, a realizar na cidade da Horta, nos dias 10 e 11 de Março próximo.

A velejadora do CNH, Leonor Porteiro, é 7ª, na Classe Optimist

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“CONHECER OS NOSSOS ATLETAS” ANA LUÍSA SILVA: “SEMPRE GOSTEI DE ESTAR NO MAR”

“Quero continuar sempre na Vela”

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er um iate para dar a volta ao mundo de forma a que possa viajar e explorar, foi o desejo revelado por Ana Luísa Silva no momento em que foi entrevistada para a nova rubrica “Conhecer os Nossos Atletas”. Esta velejadora (Juvenil - Optimist) de 11 anos, confessa que foram as Férias Desportivas do Clube Naval da Horta (CNH) – um Projecto com vários anos e centenas de inscritos – que despertaram nela o gosto pela Vela, fazendo com que tenha desistido da Equitação. Ana Luísa Silva começou a velejar aos 7 anos e o gosto pela modalidade está de tal maneira incutido, que sonha ser skipper. Quando lhe perguntamos em que reside esta pai-

xão, dispara: “Sempre gostei de estar no mar”. Como tal, não é de estranhar que diga que “a Vela é para sempre”. Dentro da sua frontalidade não tem dificuldade em assumir que, por vezes se torna “difícil por causa do mau tempo”, admitindo que “a Vela é cansativa quando está vento”. Para ela, o Treinador (Duarte Araújo) “é fixe e divertido” e os colegas são igualmente “fixes”. Em termos de vitórias, já alcançou a primeira posição em diversas regatas, tendo, também, experimentado os restantes lugares do pódio. No Regional de Escolinhas foi a número um. Esta atleta do CNH aprecia as regatas em que participam os vizinhos da ilha do Pico, o que permite “competição e convívio”. Para tudo ser perfeito, apenas faz falta “mais

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algum equipamento”, mas não será certamente essa questão que vai influenciar a forma como Ana Luísa Silva encara a Vela. O desporto e as aulas têm uma boa convivência e sempre que é preciso uma maior dedicação, sobretudo “em tempo de testes”, os treinos contam com menor adesão, o que não significa um amor menor. Na Escola, as preferências passam pela matemática e educação física, o que ainda não permite desenhar o futuro. Ana Luísa: continua a velejar e a sonhar, sempre de olhar fixo no horizonte, e com os pés bem assentes no mar que te faz crescer, descobrir e aprender!

Ana Luísa Silva e Maísa Silva: amigas e velejadoras

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1º BANHO DO ANO DE 2018 MAIS DE UMA CENTENA DE PESSOAS EM PORTO PIM

Banhistas de todas as idades mantiveram a tradição neste novo ano de 2018

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e contarmos com banhistas e mirones, pelo menos duas centenas de pessoas acorreram à praia de Porto Pim, na ilha do Faial, na manhã de segunda-feira, primeiro dia de Janeiro de 2018. De acordo com António Fraga, actualmente no papel de fotógrafo como ‘hobby’, mas que foi o mentor da iniciativa nos moldes actuais, os corajosos ultrapassaram as 100 pessoas. António Fraga recorda que o 1º Banho do Ano começou há mais de 30 anos, na praia da Conceição. “O João Ribeiro e o João Ângelo Lopes eram os mentores oficiais, os angariadores de rua, que andavam a convidar as pessoas para esta iniciativa. Cada um levava uma garrafinha de bebida (licor, Porto, etc) e no fim todos se brindavam e acabava assim o mergulho. Inicialmente, como eles iam sozinhos, vinham pedir apoio aos Bombeiros, e lá íamos com a ambulância e

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a Chevrolet. Eles mudavam de roupa no próprio Quartel. Quando comecei como Comandante dos Bombeiros Voluntários Faialenses, em 1987, decidimos transferir o 1º Banho do Ano para Porto Pim, por uma questão de segurança. Tendo em conta que senhoras e crianças começaram a aderir,

A Chevrolet fazia (e continua a fazer) as delícias da pequenada nos desfiles de Natal

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Nesta fotografia, pertencente ao álbum de António Fraga, é possível distinguir Carlos Silveira e Teresinha Constantino

entendemos que era melhor assim, por ser uma praia mais segura. Uma das primeiras banhistas deste evento foi a senhora Teresinha Constantino, casada com o Carlos Silveira. Nos primeiros tempos, íamos até à Bombardeira e era ali que o irmão do Belmiro montava a tasca. Também se chegou a fazer isso junto aos Balneários. Com o tempo, este evento foi-se alargando e hoje são centenas os envolvidos no 1º Banho do Ano. Lembro-me muito bem disto e das primeiras animações de rua, em que nós, os Bombeiros Faialenses, íamos pela cidade com as crianças e o Pai Natal na Chevrolet”. Desde há alguns anos que o 1º Banho do Ano no Faial integra o Programa “Natal com Tradição”, da Câmara Municipal da Horta. O Clube Naval da Horta (CNH) associou-se, uma vez mais, a esta iniciativa, que terminou com almoço no Bar da Fábrica da Baleia, onde não faltou caldo de peixe, peixe frito e iguarias próprias da quadra natalícia. Este evento contou, ainda, com o apoio das seguintes entidades/empresas: Bico Doce, Juntas de Freguesia da Conceição, Matriz, Angústias, Capelo, Salão, Pedro Miguel, Padaria Nova

Era, ImoFaial, Padaria Popular, Hotel do Canal, Construções Varadouro, Novo Rumo, Casa dos Capelinhos, Casal do Vulcão, Fayal kompra, Modelo, Zurich e Câmara do Comércio e Indústria da Horta. O 1º Banho do Ano tem vindo a ganhar, ano após ano, um número crescente de adeptos, de todas as idades, empenhados em manter a tradição e dar as boas-vindas a um novo ano, onde os maiores desejos passam por saúde, trabalho e paz.

Os banhistas contaram com o incentivo de uma vasta assistência

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“AZORES TRIANGLE SEAS PHOTO CHALLENGE” ENTREGA DE PRÉMIOS DA EDIÇÃO DE 2017

Martijn Schouten, Antoine Louvel e Chris Vyvyan-Robinson são os vencedores do “Azores Triangle Seas Photo Challenge”, edição de 2017 - Kim tem Wolde foi distinguido com uma Menção Honrosa

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á um ano, a Direcção do Clube Naval da Horta (CNH) deixou-se entusiasmar com a proposta feita pelo nosso colega Dirigente, Jorge Fontes, no sentido de organizarmos o Concurso de Fotografia Subaquática “Azores Triangle Seas Photo Challenge”. E ainda bem que assim foi, pois concorreram fotografias de muita qualidade, como é possível observar”. Foi assim que o Presidente da Direcção do CNH, José Decq Mota, começou a sua intervenção na Sessão de Entrega de Prémios do “Azores Triangle Seas Photo Challenge”, edição de 2017. A Sessão decorreu na noite de sexta-feira, dia 12, no Bar do Clube Naval da Horta. Concorreram 9 pessoas, cada uma com 3 fo-

tografias: Tiago Castro, Luís Campos, Laurence Fauconet, Ambre Soszynski, Steve Carter, Martijn Schouten, Antoine Louvel, Chris Vyvyan-Robinson e Kim tem Wolde. Os vencedores foram conhecidos na noite desta sexta-feira, sendo os seguintes: 1º Prémio: Martijn Schouten (tubarão azul em bola de isco – Prionace glauca); CW Azores 2º Prémio: Antoine Louvel (Cachalote juvenil – Physeter macrocephalus); Norberto Diver 3º Prémio: Chris Vyvyan-Robinson (“chicote” tubarão azul – Prionace glauca); CW Azores Menção Honrosa (conservação): Kim tem Wolde (tubarão azul – Prionace glauca) Pico Sport Jorge Fontes, membro da Direcção do CNH e porta-voz no que ao projecto diz respeito, referindo-se à fotografia vencedora do 1º Prémio, captada no Canal Faial/Pico, disse que retrata “um tubarão azul com uma bola de isco de chicharro, a alimentar-se”.

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Martijn Schouten: Vencedor do 1º Prémio do Concurso de Fotografia Subaquática “Azores Triangle Seas Photo Challenge” 2017 (tubarão azul em bola de isco – Prionace glauca), captada com a Empresa CW Azores


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Martijn Schouten, vencedor do 1º Prémio, espera que este Concurso continue e se torne “cada vez maior”

A fotografia vencedora do 2º Prémio captou um cachalote juvenil, no Pico, “um animal icónico da nossa fauna”, sublinhou este elemento do Júri, que revelou que o autor (Antoine Louvel) é dentista de profissão. Quanto ao 3º Prémio, a fotografia mostra-nos um tubarão azul “numa perspectiva diferente, pouco usual”. Atendendo a que os vencedores são todos estrangeiros, nenhum se encontrava presente no momento da Entrega dos Prémios, tendo os Certificados sido recebidos por um amigo dos vencedores, concretamente o 1º e o 3º. O Certificado do 2º vencedor foi entregue ao operador Marco Medeiros, da Empresa Norberto Diver. Martijn Schouten, foi convidado de honra, tendo, através do Skype, se reunido à festa da Entrega de Prémios, que terminou com um beberete. Jorge Fontes referiu que todos estavam “impressionados” com as fotografias a concurso e em especial com esta, vencedora do 1º Prémio. Por seu turno, o vencedor agradeceu e referiu que já fez fotografias noutros locais, como por exemplo na África do Sul, e que aprecia “muito” os Açores.

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Recordou que tinha começado com uma “pequena câmara” e, que, com o passar do tempo, foi comprando outras maiores. Martijn Schouten sublinhou que “estas iniciativas também contribuem para melhorar a vida nos oceanos e, consequentemente, a de todos nós. Constituem razões para protegermos estes habitats”. E, a terminar, desejou que este Concurso continue e se “torne cada vez maior!” “Considero estas fotografias um mimo” Tanto o Presidente da Direcção do CNH como Jorge Fontes agradeceram a presença de todos, “muito particularmente” dos participantes, operadores das Empresas Marítimo-Turísticas, mergulhadores, todos os Parceiros, bem como o Governo Regional, através da Direcção Regional do Turismo. Jorge Fontes direccionou as suas primeiras palavras de agradecimento aos participantes, pois, “sem eles não haveria Concurso”, e frisou: “Todos gostamos de ver imagens bonitas da nossa Terra e estas são raras. Considero-as um mimo

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CLUBE NAVAL DA H com que nos estão a presentear”. Este Dirigente realçou que o Concurso de Fotografia Subaquática organizado e promovido pelo CNH constitui “um excelente veículo de divulgação turística dos Açores” e as imagens captadas no seu contexto “prestam-se a um grande serviço em termos de oceano aberto e vida selvagem. Esquecemo-nos disto com frequência, pelo que é bom lembrar”. Falando em nome da entidade promotora e organizadora, Jorge Fontes vincou a “grande satisfação sentida pelos resultados obtidos” e garantiu que “seguramente esta iniciativa é para continuar”. “Já me perguntaram se é para manter e eu posso asseverar que queremos uma 2ª, 3ª, 4ª edições e sempre por aí fora”, rematou. Aliás, a 2ª edição (2018) já se encontra a ser preparada. Apesar de sempre terem sido anunciados 3 prémios, a verdade é que se encontravam 4 fotografias em destaque na Sessão de Entrega de Prémios. Por isso, Jorge Fontes esclareceu que foi decidido atribuir uma Menção Honrosa pelo fac-

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to de a fotografia em questão (um tubarão azul) ter “grande impacto e valor do ponto de vista da conservação e educação ambiental”. E referindo-se ao tubarão azul, este biólogo de profissão explicou que se trata “do tubarão mais espectacular de nadar e observar. Embora não nos possamos esquecer de que estamos a falar de um tubarão, o facto é que este é dócil. Provoca um impacto muito grande em quem vem mergulhar. Os tubarões azuis são graciosos, gentis e elegantíssimos”. Como tal, Kim tem Wolde, fotógrafo holandês, foi distinguido com um prémio extra, que se traduziu na atribuição de uma Menção Honrosa. “Vou colaborar sempre” Através do mesmo sistema de comunicação, o consagrado fotógrafo Nuno Sá, também elemento do Júri, pôde entrar em directo, começando por agradecer o convite endereçado pelo CNH para se associar a esta prova, que reputou de “muito original, para resultados muito diferentes,

Nuno Sá, em directo através do Skype, lançou o desafio para que a edição de 2018 deste Concurso conte, também, com uma categoria de vídeo

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Antoine Louvel: Vencedor do 2º Prémio do “Azores Triangle Seas Photo Challenge” 2017 Cachalote juvenil - Physeter macrocephalus, captada com a Empresa Norberto Diver

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Marino Silva representou a Direcção Regional do Turismo, entidade que patrocinou este Concurso, enquanto Luís Botelho, Vice-Presidente da Câmara, esteve em representação da Autarquia Faialense

num formato muito interessante”. “Todos concorreram em pé de igualdade”, sustentou, salientando a particularidade de o Concurso ter decorrido “num lugar único, como os Açores, e na melhor altura do ano (Agosto e Setembro). E os resultados reflectem bem isso”. Este especialista em fotografia realçou o facto de o “Azores Triangle Seas Photo Challenge” ter mostrado “um bocadinho do melhor que os Açores têm” e confessou que teria “muito orgulho” em ter conseguido a fotografia vencedora. A encerrar a sua intervenção especial nesta Sessão de Entrega de Prémios, Nuno Sá formulou votos para que “haja muitas edições a seguir a esta”, deixando a garantia de que vai “colaborar sempre”. E despediu-se lançando o desafio para que “na próxima edição deste Concurso passe, também, a haver uma categoria de vídeo”. Jorge Fontes apressou-se a dizer que Nuno Sá parecia ter-lhe lido os pensamentos. A avaliar pela sintonia destes jurados, presume-se que a edição de 2018 conte com novidades nesta

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matéria. No início da Sessão, este Dirigente do CNH havia realçado que, “tratando-se do fotógrafo mais talentoso – pelo menos em fotografia subaquática – com actividade em Portugal”, Nuno Sá conferia “grande credibilidade a este Concurso”. O “Azores Triangle Seas Photo Challenge” é uma competição de fotografia digital subaquática com tema livre. As 27 fotografias apresentadas a concurso foram captadas em qualquer momento, em qualquer recanto subaquático das ilhas do Triângulo e bancos adjacentes, desde a baixa dos Rosais até a banco Princesa Alice, do Porto Pim à Piedade. O Concurso de 2017 decorreu durante os meses de Agosto e Setembro, “de forma a permitir captar os aspectos mais espectaculares da nossa vida marinha”, assinalou Jorge Fontes, que prosseguiu: “Apesar de ser uma competição, é aberta a amadores e profissionais e conta com as Empresas de Mergulho do Triângulo como parceiros da iniciativa”.

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CLUBE NAVAL DA H O Governo Regional dos Açores apoiou a iniciativa através da Direcção Regional do Turismo. “Esta competição sem categorias, foi desenhada para divulgar imagens com forte impacto visual e com grande relevância para a divulgação/sensibilização e conservação dos Oceanos”, notou este biólogo. Empresas de Mergulho do Triângulo como Parceiras Este Concurso foi aberto a todas as pessoas, residentes ou visitantes de todo o mundo, “tendo constituído uma oportunidade para o amador, o principiante ou o premiado poderem ser reconhecidos pelo seu trabalho fotográfico mais original”. Dos objectivos deste evento fazem parte “retratar os valores naturais e a divulgação turística das paisagens e animais marinhos mais espectaculares dos Açores”. “Criar um veículo de promoção dos valores naturais dos Açores através de imagens de grande impacto e sem os constrangimentos das competições de fotosub clássicas, aberta a todos os interessados”, é o maior objectivo do “Azores Triangle Seas Photo Challenge”, alerta a Organ-

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ização. As Empresas de Mergulho do Triângulo foram Parceiras do CNH nesta Prova, tendo constituído o principal meio de divulgação do Concurso e angariação de concorrentes ao darem conhecimento deste evento junto dos seus clientes. Os vencedores receberam prémios pecuniários no valor de 1.000 euros, montante que foi patrocinado pelo Turismo dos Açores, no âmbito do projecto que se destina a apoiar actividades de divulgação do destino e marca Açores. O 1º classificado recebeu 700€, o 2º: 200€ e o 3º: 100€.

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Chris Vyvyan-Robinson: Vencedor do 3º Prémio do “Azores Triangle Seas Photo Challenge” 2017 (“chicote” tubarão azul – Prionace glauca), captada com a CW Azores

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Esta foi a fotografia com que o holandês Kim tem Wolde arrebatou a Menção Honrosa (tubarão azul – Prionace glauca) captada com a Empresa Pico Sport

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CNH SITE DO CNH ULTRAPASSOU AS 200 MIL VISITAS EM 2017

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o ano de 2017, o site do Clube Naval da Horta (CNH) ultrapassou as 200 mil visitas (200.627), número substancialmente superior ao registado em 2016, e que se situou nas 151.634 presenças online. Este é, sem dúvida, um indicador de que o trabalho que é produzido pelo (reduzido) Gabinete de Informática e Comunicação do CNH tem ‘feedback’ junto do público. E é precisamente a esse público – vasto e diversificado, que está tão longe e tão perto graças à tecnologia – que queremos agradecer, pela fidelidade e preferência. Este é o reflexo público não só da actividade mas, sobretudo, da persistência e perserverança dos nossos Atletas (e Famílias), Treinadores, Monitores, Dirigentes, Funcionários, Colaboradores e Sócios. Somos uma grande Família que sempre tem chegado a bom porto, porque tem presente valores fundamentais como a formação, o res-

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peito mútuo, a disciplina, o companheirismo, a inter-ajuda e a amizade. A garantia que podemos dar é de que faremos tudo o que estiver ao nosso alcance – dentro e fora de horas como habitualmente – para que a cobertura da diversificada e abundante actividade do Clube Naval da Horta seja cabal e satisfatória. Trabalhamos com as pessoas e para as pessoas. São elas a razão de ser da motivação e do empenho desta equipa, que conta com a colaboração de todos vós. E são muitos os que voluntária e espontaneamente dão o seu contributo para que os resultados atinjam este somatório. Não se trata apenas de números, mas de dedicação, disponibilidade, vontade e, acima de tudo, ligação ao Clube Naval da Horta, aquele que nos Açores já provou, pelo seu dinamismo, que está sempre disposto a colaborar, participar, organi-

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CLUBE NAVAL DA H zar e trabalhar, mesmo que as condições sejam muitas vezes para lá de imperfeitas... Somos assim e gostamos de ser porque temos prazer no que fazemos e sabemos ao que vamos. Contamos com as vossas visitas, sugestões e divulgação para aumentarmos a fasquia neste ano de 2018. Facebook: Página CNH - 7548 gostos Página Atlantis Cup - 1338 gostos Youtube: 175 subscrições 82015 visualizações desde Setembro de 2009 404 vídeos

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Faial Náutico: Canal Meo dedicado a Desportos Náuticos Visualizações: 9526 Visitantes: 3066 FAVORITOS: 62 NÚMERO DE “GOSTOS”: 63 Visualizações página pública: 2776 Duração Média das visualizações (hh:mm): 00:11 TEMPO TOTAL DE VÍDEOS: 88 horas Número de vídeos: 743 Vídeos de 2005 a 2018 Estatística desde a criação do canal em 24-042012

Twitter: 327 seguidores 4811 tweets desde dezembro de 2009 Issuu: Revistas online (Atlantis Cup, Ir ao Mar) Estatística desde Junho de 2011 59 publicações 6848 leituras – nº de vezes que um utilizador abriu uma publicação 88508 impressões – nº de vezes que uma publicação foi mostrada a utilizadores. 39 partilhas

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CNH “ATLÂNTIDA” VAROU PARA MANUTENÇÃO ANUAL E PINTURA GERAL

José Decq Mota | CNH 2018

A “Atlântida” regressa ao mar no próximo mês de Março

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ecorreram na manhã desta segunda-feira, 29 de Janeiro, os trabalhos de varagem da “Atlântida”, lancha de apoio do Clube Naval da Horta (CNH). De acordo com o planeamento feito, a embarcação regressará ao mar na segunda quinzena do próximo mês de Março. Durante este período, a lancha em causa será sujeita à manutenção anual e a uma pintura geral. A “Atlântida”, datada de 1991, é uma lancha cabinada, de 7 metros, estando equipada com um motor de 100HP. Segundo informações do Presidente da Direcção do CNH, José Decq Mota, “esta lancha foi, inicialmente, usada como embarcação dedicada à Pesca Desportiva, mas actualmente está envolvida no apoio a toda a actividade náutica e logística do Clube. Como tal, é utilizada nas aulas práticas e exames das Cartas de Navegador de Recreio, encontrando-se equipada e preparada para ser a Lancha da Comissão de Regata nas

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provas de Vela Ligeira locais, regionais, nacionais e internacionais, que se realizam no Faial. Embora seja de 1991, a “Atlântida” sofreu “uma grande reparação em 2012 e 2013 e está em perfeitas condições de utilização nas tarefas que lhe estão atribuídas”, sublinha este Responsável. A operação de varagem levada a cabo na manhã desta segunda-feira, contou com a colaboração da Portos dos Açores, SA, a quem agradecemos bem como aos 3 trabalhadores daquela Empresa envolvidos na operação. Da parte do CNH participaram 3 funcionários e um dirigente.

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SCHOOL AT SEA DO PANAMÁ PARA CUBA, COM POSSÍVEL PARAGEM NA JAMAICA

Mariana Rosa sente que o tempo está a passar muito depressa!

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la sente que a viagem está a caminhar depressa para o seu fim”, revela Susana Rosa, mãe da velejadora do Clube Naval da Horta (CNH) – Mariana Rosa – no contexto da conversa mantida na tarde deste sábado, dia 27, após uma semana de expedição pelo Panamá. Recorde-se que Mariana Rosa se encontra a realizar a viagem do “School at Sea” – no âmbito do Projecto educativo holandês que reúne alunos de todo o mundo, do ensino secundário, com idades entre os 14 e os 17 anos – na temporada 2017/2018. Com ela, está, também, a algarvia Miriam Pinto, ambas alunas da Escola Secundária Manuel de Arriaga (ESMA), da Horta. Questionada sobre a vertente escolar, a mãe da velejadora faialense diz que “está a correr bem”, acrescentando que, “até agora, ela ainda rece-

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“Ficámos 3 horas a dar comida aos macacos, muito bonitos, de pêlo amarelo”

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CLUBE NAVAL DA H beu poucos resultados de testes”. Este domingo, 28, será, precisamente, um dia dedicado às aulas. O “Thalassa” zarpa esta segunda-feira, dia 29, rumo a Cuba. “Se o vento estiver de feição, poderá parar na Jamaica”, adianta Susana Rosa. Mariana partilha com todos nós as aventuras vividas ao longo desta semana de expedição, cujo balanço é muito positivo, atendendo a que “o grupo dela conseguiu fazer tudo dentro das regras estipuladas”. “1 semana pelo Panamá 27.01.2018 Durante uma semana fomos de Portobelo a Bocas del Toro, no Panamá, num percurso de cerca de 700 km. Cinco grupos de 7 alunos e 1 professor, tinham por dia 25 dólares e tinha que dar para tudo:

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comer, dormir, transportes, etc. Saímos do barco pelas 9h do dia 21 e regressámos pelas 17h do dia 27. Mal chegámos a Portobelo, o meu grupo foi logo em direção a Panamá City e encontrámos de imediato um hotel onde passámos a noite por 45$. O quarto não tinha camas, mas como tinhamos sacos-camas e esteiras ficámos bem. Passámos a tarde a passear e à noite jantámos num restaurante local por 20$. No dia seguinte fomos em direção a Penonomé, uma cidade no interior, onde conseguimos ficar de noite no jardim de uma casa de uma grande família, que até nos ofereceu o jantar. No dia seguinte partimos para Mariato, que fica no litoral. Ficámos lá 3 dias e pudémos tomar banho no oceano Pacífico! No dia 24 fomos de Mariato para Bocas del Toro, que é um arquipélago praticamente na

“Conseguimos ficar de noite no jardim de uma casa de uma grande família, que até nos ofereceu o jantar”

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“O meu grupo foi logo em direcção a Panamá City”

fronteira com a Costa Rica. Foram cerca de 7h de autocarro e 30mins de barco. Quando chegámos lá, quase de noite, fomos à procura de lugar para dormir e depois de muito procurar, encontrámos um bom hostel dentro do nosso orçamento e passámos lá as 3 noites que nos restaram. Entretanto, no dia 25 alugámos pranchas de bodyboard e fomos para uma outra ilha com ondas boas e muito sol. No dia seguinte decidimos visitar a ilha dos macacos, também com um bom desconto. Ficámos lá 3 horas a dar-lhes comida e a tirar fotografias, porque eles eram muito bonitos, de pêlo amarelo. À noite fomos a um bom restaurante e, com o dinheiro que poupámos, comemos o que nos apeteceu. No último dia tivemos a passear pela cidade de bicicleta e às 17h fomos para o Thalassa que nos esperava na baía. Foi uma semana

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inesquecível!” Fotografias cedidas por: Susana Rosa Itinerário da viagem: De 21 a 26 de Outubro de 2017: Amsterdão

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CLUBE NAVAL DA H De 27 de Outubro a 16 de Novembro de 2017: Navegação De 17 a 23 de Novembro de 2017: Santa Cruz, Tenerife De 24 a 30 de Novembro de 2017: Navegação De 1 a 3 de Dezembro de 2017: Cabo Verde

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De 19 a 20 de Janeiro de 2018: Navegação De 21 de Janeiro a 1 de Fevereiro de 2018: Costa Rica De 2 a 12 de Fevereiro de 2018: Navegação De 13 a 24 de Fevereiro de 2018: Cuba

De 4 a 19 de Dezembro de 2017: Navegação

De 25 de Fevereiro a 4 de Março de 2018: Navegação

De 20 a 24 de Dezembro de 2017: Dominica

De 5 a 10 de Março de 2018: Bermuda

De 25 a 29 de Dezembro de 2017: Navegação

De 11 a 24 de Março de 2018: Navegação

De 30 de Dezembro a 6 de Janeiro de 2018: Curaçao

De 25 de Março a 1 de Abril de 2018: Açores (Ilha do Faial)

De 7 a 12 de Janeiro de 2018: Navegação

De 2 a 17 de Abril de 2018: Navegação

De 13 a 18 de Janeiro de 2018: San Blas Eilanden (Panamá)

De 18 a 21 de Abril de 2018: Ijmuiden (Holanda)

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“A FIGURA DO MÊS” FRANCISCO GONÇALVES: “O CNH TEM UMA MÁQUINA DIABÓLICA”

Na foto: Francisco Gonçalves e o irmão Jorge, em 1946, no “charuto” feito de criptoméria

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rancisco Gonçalves nasceu (em 1938) nas Angústias, a 100 metros da praia. O mar fez parte do seu ambiente de menino e moço, assim como a Vela. Com 8 anos já possuia o seu “charuto” – caiaque – com que treinava, juntamente com o irmão, Jorge (que veio a ser médico). “O meu “charuto” era feito de criptoméria e tinha sido construído pelo Mestre Manuel da Silva, que trabalhava nas oficinas da ‘Fayal Coal’. Por isso, quando acabava os treinos, levava-o para casa”, recorda. Em 1949 inscreveu-se na Escola de Vela da Mocidade Portuguesa (criada em 1947) que possuia 7 Lusitos, 2 Vougas e 1 Snipe, sendo que parte desta frota veio do Continente português e os outros foram construídos no Faial, nas oficinas da ‘Fayal Coal’. “O Piloto João Lucas e o irmão, o professor José

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Lucas, e outros, organizavam competições com “charutos” pintados com as cores do Atlético”, memora Francisco, que costumava passar as férias no Areeiro (Capelo), na “Vila Maria”, residência de veraneio da família. A Escola de Vela da Mocidade Portuguesa – cuja inscrição era facultativa – organizava acampamentos e outras actividades. As aulas, ou melhor, a instrução, estava a cargo do Patrão-Mór da Capitania. Castelo de Santa Cruz como sede Em 1947, o Castelo de Santa Cruz foi cedido ao Clube Naval da Horta para aí funcionar a sede. “Alugámos a esplanada, onde havia cinema. O cadeiral era em madeira com uma lotação considerável. Em pé, à volta, ficavam os peões, cujo bilhete custava 2$50. As exibições estavam a cargo de Mário Frayão e outros, que projectavam cinema. Nunca me vou esquecer que o filme

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Dia da inauguração dos barcos da Escola de Vela da Mocidade Portuguesa, em 1947

mais lucrativo de sempre foi o “Oklaoma”, que rendeu 1.500 escudos. Como a Direcção do CNH ficava com 10% das receitas, encaixámos 150 escudos, o que era muito dinheiro.” Outra memória dessa altura está relacionada com o filme intitulado “Chuva”, cuja exibição foi por duas vezes interrompida precisamente por ter chovido torrencialmente. “Tenho presente que os corpos gerentes eram compostos somente pelo Presidente, Secretário e Tesoureiro. Eu era sempre escolhido para Tesoureiro. Tínhamos um estivador, mestre Arnaldo, que trabalhava apenas alguns dias por semana e no Inverno tinha como missão assoalhar as velas dos barcos bem como tomar conta dos mesmos sempre que os Sócios quisessem bordejar. Um dos benefícios dos Sócios – havia poucos – era precisamente poderem passear nas embarcações disponibilizadas pelo Clube: 2 Snipes e a chalupa “Ilha Azul”. Rui Menezes era a pessoa encartada para monobrar a chalupa, mas havia também outros como o sr. Labescat, Eurico Silva, José Maria Gonçalves e o Sargento Carreiro. Nesse tempo – década de 60 – em que usáva-

mos o Castelo como sede, o Governador Civil era o Dr. Freitas Pimentel, que, ao falar com a Direcção do CNH, revelou que ia ser feita uma Estalagem no Castelo, mas que ficássemos descansados que iam construir uma sede nova para o Clube”. Como se pode perceber, trata-se de uma promessa antiga, com pelo menos 60 anos de atraso. “No tempo do senhor Eurico Silva, fazíamos piqueniques a bordo da chalupa. Íamos para a Praia do Almoxarife, onde lançávamos ferro, e se tomava banho. Cada um levava o seu farnel e passávamos dias muito agradáveis. Também íamos muitas vezes passear para as Caldeirinhas, pois ainda não era proibido como hoje. Muita gente tinha botes à vela e, após o fecho do comércio, davam passeios. Com bom tempo, o trajecto podia ser até à Areia Larga, no Pico. Lembro-me perfeitamente do “Cavalo Preto”, um barco muito bom, que era do sr. Luciano Terra. Mas havia outros botes particulares, entre eles, o “Quo Vadis”, o “São Gabriel”, o “Sporting”, e os “Estrelas”.

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A cerimónia de baptismo das embarcações da Mocidade Portuguesa foi noticiada no jornal “O Telégrafo”, de 26 de Agosto de 1947, páginas 1 e 2, conforme pesquisa feita na Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça, Horta (BPARJJH)

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“O Telégrafo”, de 17 de Dezembro de 1947, anunciava que o Castelo ia ser usado como sede do Clube Naval da Horta. Retirado da colecção patente na BPARJJH

Em pé, da esquerda para a direita: Patrão Lima; Carlos Vasques; Jorge Terra, (os dois a seguir não foram identificados); Manuel Duarte; Patrão-Mór (fardado, de boné); José Victor Alves; Dias; Mourão Correia (o pai era reitor do Liceu); António Ramos e o irmão; a seguir não foi identificado; e Arrais Ferreira (fazia a manutenção dos barcos da Mocidade Portuguesa). À frente, da esquerda para a direita: Eleutério Soares; Vitor Simas; Francisco Gonçalves; David Bettencourt; Alvernaz (dos Cedros); La Cerda; António Carmo; não identificado

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“O Telégrafo”, de 17 de Dezembro de 1947, anunciava que o Castelo ia ser usado como sede do Clube Naval da Horta. Retirado da colecção patente na BPARJJH

Aspecto da esplanada do CNH no Castelo de Santa Cruz

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A embarcação “Leopoldina” encalhou na Horta e aqui foi desmantelada

“Brincávamos com os tabuões” Sendo um homem ligado ao mar e à vida do Clube, com uma paixão pela fotografia, é normal que Francisco Gonçalves registasse tudo o que acontecia na baía. Como tal, aqui fica um apontamento histórico, datado de 1947, altura em que esteve muito tempo encalhado na baía um barco chamado “Leopoldina”, que o nosso estrevistado presume que era um bacalhoeiro. “Com o demantelamento do barco, houve muitas peças de madeira a boiar no mar, e como éramos rapazes, andávamos por ali a brincar em cima dos tabuões, mas também nos entretínhamos a retirar as peças metálicas que valiam algum dinheiro”, narra Francisco Gonçalves, neto paterno de Manuel Emídio Gonçalves, fundador do saudoso jornal “O Telegrapho”, (2 de Setembro de 1893). Da Mocidade para a Direcção dos Desportos Em 1978, a Escola de Vela da Mocidade Portuguesa – que funcionava ao sábado, à tarde – passou para a Direcção-Geral dos Desportos,

tendo Francisco Gonçalves assumido a função de Coordenador. “O Delegado dos Desportos no Faial era o José Victor Alves. Para tanto, fomos a São Miguel a fim de fazer formação para passarmos a ser instrutores, tendo a mesma sido ministrada pelo professor Afonso Santos, que era o Coordenador Nacional da Vela. Foi, também, por iniciativa da Direcção-Geral dos Desportos, que passámos a ter Vauriens no Faial”. 1º Encontro de Escolas de Vela a nível nacional Nesse ano (1978) realizou-se um acontecimento marcante na ilha do Faial: o 1º Encontro das Escolas de Vela a nível nacional, em que participaram 48 Escolas de Vela dos Açores e do Continente, e 24 barcos. Este antigo dirigente menciona a vinda de alguns Optimist da Terceira e de São Miguel e o facto de terem sido feitas eliminatórias por forma a apurar os 24 melhores velejadores, correspondentes ao número de barcos existente. O lote dos colaboradores integrava nomes como João Carlos Fraga, o irmão, José Fraga, António

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Lusitos em treino, no ano de 1974

Vauriens em prova, no ano de 1983

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Atletas a bordo de um Vouga, no ano de 1974

Luís e João Luís Andrade. Posteriormente, a Escola de Vela foi regionalizada, tendo sido integrada no Clube Naval da Horta. Na origem do maior cartaz turístico do Faial e da primeira grande festa concelhia a surgir nos Açores, nos anos 70 do século passado, esteve a recepção à Regata Internacional de Veleiros Portsmouth/Horta/Portsmouth, em Agosto de 1975, o que motivou grandes festejos. Luís Gonçalves, então Presidente do Clube Naval da Horta – cargo que assumiu por mais do que uma vez – tomou a iniciativa de receber os velejadores. Estes festejos duraram uma semana e transformaram-se num acontecimento marcante e mobilizador de todos os faialenses. Ao que parece, tudo começou com as delícias de um caldo de peixe, o que permaneceu ao longo dos anos como arranque desta Semana e símbolo das suas raízes. Os velejadores estrangeiros gostaram da recepção e, agradecidos pela hospitalidade demonstrada, voltaram ano após ano. Curiosamente, o momento festivo mais concorrido na altura, de acordo

com os relatos da imprensa local, contava com a presença de 500 pessoas! Nesse mesmo ano, realizou-se a primeira Regata do Canal, um concurso de pinturas no molhe do Doca, esculturas na areia, bem como a projecção de filmes e actuação de um grupo folclórico no Forte de Santa Cruz. Numa primeira fase, a organização esteve a cargo do Clube Naval da Horta e da então Comissão Regional de Turismo da Horta – que era presidida por Ricardo Madruga da Costa – com o apoio da Capitania do Porto da Horta. Para a história do Faial, dos Açores e de Portugal, fica a recepção a essa Regata Internacional, que marcou o início daquele que viria a ser o maior Festival Náutico do País: a Semana do Mar.

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Ano zero da Semana do Mar Francisco Gonçalves baptizou a edição de 1975 como sendo “a Semana do Mar zero”. E resgata esta memória de um passado recente: “Na ponta do cais fizemos, pela primeira vez, bifanas – de carne de baleia – num grande grelhador, que distribuímos por todos os “aventureiros” que aí se encontravam. Nesse tempo, a Comissão existente – presidida por Luís Gonçalves – contava com a colaboração do Eddy, um americano que havia chegado ao Faial de iate e que por aí ficou durante vários anos. Como moradia, adoptou as casas do istmo de Porto Pim. Era muito cooperante e foi dos que mais colaborou nestes primeiros anos. Durante algum tempo, o Eddy também tomou conta dos barcos de alguns iatistas que chegavam cá de Inverno e, como não tinham tempo de regressar a casa, deixavam as suas embarcações no Faial. Este americano andava, ainda, com a lancha “Maria José”, propriedade da Alfândega da Hor-

ta, que depois passou para o Turismo, entidades que sempre colaboraram com o CNH. Quando se fala no início da Semana do Mar ninguém se lembra do Elmano Azevedo, mas ele foi incansável e muito trabalhou, sobretudo na cozinha. Noutra altura também fizemos bifanas de albacora e voltámos a convidar os iatistas, que ficavam admirados por ser tudo oferecido. No decorrer da Semana do Mar punhamos o vouga (barco maior) à disposição dos estrangeiros para poderem passear. Lembro-me de que apareceu um casal americano, com um filho, a perguntar se podia ia passear de barco. Eu disse que sim e chamei o Rui Serpa, porque era aluno da Escola de Vela e sabia velejar. A senhora ficou em terra, mas o marido foi com o filho e estiveram no mar durante uma hora. Terminado o passeio, dirigiram-se a mim querendo saber quanto custava. Quando lhes disse que era gratuito, ficaram maravilhados mas, também, estupefactos, com a oferta. Sei que à conta disso o Rui Serpa recebeu uns dólares”.

A Regata vinda de Portsmouth

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Esta famosa imagem marca a realização da 1ª Semana do Mar, integrando o espólio do CNH

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Ano de 1977: lancha “Maria José” no apoio a provas de Vela

“O Eddy era um americano que aportou à Horta de iate e que colaborava connosco”

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1981: as provas da Semana do Mar já contavam com muita assistência. Ao fundo, pode ver-se a barraca da Mocidade Portuguesa, onde era guardado o equipamento náutico

Barracas da Semana do Mar, na década de 80

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Ano de 1982: “Davamos apoio às regatas em barcos a remos” Da esquerda para a direita: João Luís Andrade, filho de João Andrade; António Luís e Francisco Évora (dono do barco)

Velejadores no ano de 1982 Atrás, o único que foi identificado é João Sequeira (de chapéu) À frente, da esquerda para a direita: Fernando Rodrigues; Luís Carlos Terra; Herberto Terra (irmãos); Emídio Gonçalves; João Vieira; Filipe Porteiro; não identificado

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CLUBE NAVAL DA H As primeiras Semanas do Mar “Organizávamos as regatas da Semana do Mar mas não tínhamos a capacidade de hoje. Basta dizer que o apoio dado às regatas era feito em barcos a remos”, vinca Francisco Gonçalves, que acrescenta: “Tínhamos um mestre carpinteiro por nossa conta, o senhor Francisco Cardoso, que foi quem construiu aquele barco que se encontra actualmente na Secretaria do Clube Naval da Horta (CNH). Esse barco foi feito para o meu filho João Gonçalves, mas posteriormente decidi oferecê-lo ao CNH por achar que lá era o sítio adequado para esta peça”. A propósito desta relíquia, refira-se o que narramos em 2014: “Este mini-veleiro tem uma história de vida relacionada com a de Francisco Gonçalves, se tivermos em conta que este faialense ministrava aulas teóricas na Escola de Vela da Direcção-Geral de

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Desportos, na década de 70 do século passado. Através deste modelo eram dadas muitas explicações aos formandos. Francisco Gonçalves era o Responsável pela Escola, que teve como colaboradores António Luís, José Fraga e João Andrade. Paralelamente às aulas teóricas, este mini-veleiro, feito em madeira, também chegou a andar no mar, complementando, assim, a vertente prática da Escola. Mestre Francisco Cardoso, que era carpinteiro, disse um dia a Francisco Gonçalves que ia fazer um mini-veleiro para oferecer ao filho deste, que era uma criança. Mas como o filho era pequeno, enquanto Francisco Gonçalves foi Responsável pela Escola de Vela fez sempre uso do modelo. Fora de rota há vários anos, Francisco Gonçalves decidiu oferecê-lo ao Clube Naval da Horta, por considerar que aqui “tem mais utilidade”, com a particularidade de ter sido reparado pelo afilhado”.

Cristina Silveira | CNH 2014

Francisco Gonçalves ao lado do seu antigo mini-veleiro

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Praia de Santa Cruz, que desapareceu com o tempo

1982: a artista Dayle Duffy (loira) com um grupo de amigos na esplanada do CNH, fora da antiga sede

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Sem a Marina da Horta – que só veio a ser uma realidade em 1986, tendo mesmo sido a primeira dos Açores – os muitos iates que sempre aportaram à Horta, ficavam na baía

Sessões de slides para os iatistas

“O CNH tem uma máquina diabólica”

Em 1982, Francisco Gonçalves era colaborador de Luís Gonçalves, que explorava o Bar do Clube – onde “havia sempre umas sandes muito boas” – que nessa altura funcionava no edifício que hoje se destina a Centro de Formação de Desportistas Náuticos. “Como colaborador, vinha todas as semanas fazer uma sessão de projecção de ‘slides’, ou seja, diapositivos, destinadas aos iatistas. Para tal, fazia uns quadros com imagens da ilha e acrescentava a estatística anual dos iates que escalavam o porto da Horta. Era uma forma de fazermos divulgação turística. Num desses grupos de “aventureiros” encontrava-se uma artista chamada Dayle Duffy, que, ao ver os ‘slides’, pediu a João Carlos Fraga – que sempre falou línguas estrangeiras e fez amigos na comunidade iatista – se podia usar alguns para fazer quadros. Eu concordei, com a condição de ela fazer um quadro com a imagem do meu filho. E ela pintou um quadro grande, que ainda hoje guardo e admiro”.

“Para a dimensão do Faial, o apoio que na altura dávamos aos iatistas era muito importante”, enfatiza Francisco Gonçalves, destacando “a máquina diabólica” que o Clube Naval da Horta tem actualmente, “com muita gente voluntária a trabalhar”. Por isso, o Sócio número 2 do CNH – em bom rigor é o associado 18, mas como à sua frente apenas se encontra o Dr. Luís Carlos Decq Mota, que é o 16, tendo todos os outros já falecido – considera que “o Clube Naval precisa é de uma sede!” “Quando eu e o António Luís estávamos na Escola de Vela, na década de 80, altura em que o Pacheco de Almeida era Secretário Regional do Turismo, apresentámos um projecto – que tinha, inclusivamente, um tanque para treino de remo – e que custava cerca de 25 mil contos. Mas, infelizmente, não saiu da gaveta”. Fotografias cedidas por: Francisco Gonçalves

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DESDE 1947 PRÉMIO DE EXCELÊNCIA DESPORTIVA 2011 INSÍGNIA AUTONÓMICA DE MÉRITO CÍVICO 2017 WWW.CNHORTA.ORG

MONTAGEM: ARTUR SIMÕES TEXTOS: CRISTINA SILVEIRA


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