Ir_ao_mar - Nº48 - Março 2018

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REVISTA MENSAL SOBRE A ATIVIDADE DO CLUBE NAVAL DA HORTA

Nยบ 48 Marรงo 2018 JOSร MACEDO | CNH 2018


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APNEIA SECÇÃO REUNIU PARA DEFINIR OBJECTIVOS DE TRABALHO E FORMAS DE ORGANIZAÇÃO

Paulo Nóbrega e Simone Martins são os Monitores dos treinos

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efinir objectivos de trabalho e formas de organização a adoptar de imediato, foram, essencialmente, os assuntos versados na reunião da Secção de Apneia do Clube Naval da Horta (CNH), realizada na tarde de segunda-feira, dia 5, nas instalações do Clube. Participaram 8 apneístas e dois elementos da Direcção do CNH: o Presidente, José Decq Mota; e a Vice-Presidente, Olga Marques. Deste encontro de trabalho, que, segundo José Decq Mota, foi “muito participado”, sairam algumas conclusões, entre elas, o facto de os treinos continuarem, por agora, a ser à quarta-feira, pelas 19 horas, na Piscina da Escola Secundária Manuel de Arriga (ESMA), da Horta, sob a orientação de Paulo Nóbrega e Simone Martins, na função de Monitores.

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Sempre que o tempo permitir, os treinos serão realizados no mar. Foi, igualmente, decidido criar um um grupo fechado no Facebook – Apneia do CNH – funcionando como canal de comunicação entre os apneístas, forma de preparar previamente os treinos e meio de cada um comunicar a sua participação nos treinos. ‘Meeting’ de Apneia, em Maio, na Horta O quarto ponto estabelecido nesta reunião foi a organização de um ‘Meeting’ (Prova Local), a realizar nos dias 4 e 5 de Maio próximo, cujo programa será divulgado posteriormente. “Cumprida esta fase de actividade regular e treino orientado, a Secção voltará a reunir para definir novos objectivos e ponderar formas organizativas adequadas a esses objectivos”, adianta o Presidente da Direcção do CNH. Fotografias de arquivo cedida por: Paulo Nóbrega

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CANOAGEM PROVA DE CONTROLE DECORREU BEM E CONTOU COM 11 ATLETAS

Os exercícios da Prova de Controle foram registados por Francisco Garcia, Juiz Árbitro de Canoagem (na fotografia de blusão azul)

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al como previsto, realizou-se na manhã de sábado, dia 24, a Prova de Controle da Secção de Canoagem do Clube Naval da Horta (CNH), que contou com 11 atletas. De acordo com o Treinador de Competição do CNH, Hugo Parra, “a Prova decorreu bem”, tendo os canoístas “dado o seu melhor”. Primeiro realizou-se a corrida, ao que se seguiram os exercícios de flexões, abdominais e paralelos, encerrando com uma regata no mar, num percurso de 500 metros. No Clube Naval da Horta, a Prova de Controle – que acontece em todas ilhas onde a modalidade da Canoagem é praticada – foi acompanhada e registada por Francisco Garcia, Juiz Árbitro de Canoagem (e antigo Treinador desta Secção no CNH).

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Os resultados agora alcançados, e que servem para aferir as capacidades dos atletas em termos de preparação física, serão enviados para a Associação Regional de Canoagem dos Açores (ARCA), na ilha Terceira.

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“CONHECER OS NOSSOS ATLETAS” JOSÉ GOMES: “A CANOAGEM EXIGE MUITA CONCENTRAÇÃO POR CAUSA DO EQUILÍBRIO”

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á 3 anos experimentou a Canoagem com o intutito de acompanhar o filho (Pedro Gomes), mas o gosto pela modalidade ganhou de tal forma intensidade que já adquiriu três caiaques, sinónimo de um investimento pessoal significativo. Confessa que o equilíbrio é o mais difícil neste desporto, o que é possível de alcançar com concentração, treino e um bom caiaque. Apresentamos José Gomes, Veterano A, da Secção de Canoagem do Clube Naval da Horta (CNH), que, no seu 1º Regional, realizado em 2017, na ilha Terceira, conquistou algumas medalhas. “Experimentei e fiquei fã deste desporto, pois sempre gostei muito do mar. Meu pai era faroleiro e eu passava as férias no calhau e com amigos na pesca. Portanto, o contacto com o mar foi uma realidade sempre presente na minha vida. Considero que, fisicamente, a Canoagem não é uma actividade pesada, embora exija treino, o que tento manter com regularidade”.

A corrida faz parte das preferências deste atleta, que é adepto do ‘trail’. “Em 2017, fiz a prova de ‘Trail Run’, de 42 quilómetros, e estou a pensar fazer novamente este ano. Correr ajuda bastante na preparação de cardio, também importante para a Canoagem”. O ginásio é outra componente do plano de treinos desta modalidade – que até é oferecido pelo CNH aos canoístas, mediante acordo com um Ginásio local – mas a actividade profissional de José Gomes não lhe permite essa frequência. Nesta mesma vertente, o próprio Clube Naval da Horta dispõe de um mini-ginásio para treinos em terra, o que ajuda em termos de preparação física. Lacunas José Gomes enaltece a competência e o ‘know-how’ dos Treinadores (Hugo Parra: Competição e David Mila: Iniciação), bem como o empenho da Directora da Secção (Susana Rosa), mas diz

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ser impossível passar por cima das muitas lacunas existentes. “A Secção funciona num contentor a precisar de reforma, onde está montado o mini-ginásio, servindo, ainda, como armazém para grande parte dos caiaques e restante material. O equipamento, na sua quase totalidade, está muito ultrapassado, como é o caso dos caiaques (já bastante desgastados pelos anos e pelo uso), das pagaias e dos coletes, que precisam de ser substituídos devido à intensa utilização”. Além do material, este canoísta também gostava que “houvesse mais atletas, o que permitiria competição e, consequentemente, evolução”. “Por causa da idade, este ano já passo a ser Veterano B, mas a verdade é que continuo a não ter contra quem competir no meu escalão. Por isso, o que faço é tentar melhorar os tempos, pois, competição propriamente dita, só acontece nos Campeonatos Regionais (apenas há um por ano). Ainda só participei num Regional – na Terceira – em que fiquei em 2º lugar na Velocidade e em 3º lugar na Prova de Fundo (5 mil metros), mas deu para perceber que, tanto na Terceira como em São Miguel, as hipóteses de crescimen-

to são maiores pelo facto de haver mais clubes, que realizam provas entre si. Naturalmente que as instalações e o material nessas ilhas são, de longe, muito melhores do que aquilo que temos no Faial”. Apesar de estarmos a falar de deslocações inter-ilhas e a locais já muito conhecidos, José Gomes garante que “toda a gente gosta de ir”, realçando o convívio com atletas de outras ilhas e as amizades que se estabelecem. Material novo/semi-novo = incentivo e segurança Este canoísta defende que a existência de material novo ou semi-novo funcionaria como “um incentivo não só para os que já praticam, como para cativar novos atletas”. Além disso, frisa, também, a questão relacionada com a segurança. “Os caiaques mais modernos, como é o caso dos ‘surfsky’, já estão preparados para enfrentar o mar e a ondulação e têm a vantagem de, sempre que reviram, conseguirem libertar autonomamente a água que entrou à medida que se deslocam. Estamos a falar de aspectos fundamentais e que fazem toda a diferença, se tivermos em

“Ir para a água relaxa-me fisicamente e faz-me sentir bem”

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“Era bom que houvesse mais canoístas no meu escalão, possibilitando a competição”

conta que o maior receio que um canoísta enfrenta é precisamente o de revirar. Tudo porque, no caso dos caiaques antigos – e temos muitos, totalmente ultrapassados – sempre que reviram, o canoísta necessita de ajuda para a embarcação se voltar e para eliminar a água que entrou. A acrescentar a tudo isto, há, ainda, o perigo de os mais antigos poderem afundar-se, o que já não acontece com um ‘surfsky’. Claro que tudo isto constitui um estímulo tanto nos treinos como nas provas, pois todos sabemos que uma coisa é ter equipamento obsoleto que não ajuda, e, outra, é possuir material novo ou semi-novo que, por si só, alicia quem pratica e até mesmo quem experimenta, visando a continuidade. Todos sabemos que quem se sente mais seguro tem maior à vontade, podendo sobressair em termos de desempenho”. “Canoagem do CNH evoluiu” Mesmo no actual cenário – falta de equipamento e de instalações – José Gomes considera que “a Canoagem que se pratica no CNH evoluiu nos últimos anos” e atribui essa evolução à divulgação e ao trabalho levado a cabo. “A prova de que o nosso esforço produziu resultados, é o facto de o Clésio ter sido Campeão Regional na Terceira, no ano passado. Aliás, ele é o melhor canoísta do Clube Naval da Horta, constituindo uma referência para mim. O CNH teve uma boa prestação neste Campeonato Regional – onde estavam os melhores canoístas dos Açores – e conseguiu várias medalhas. Na Terceira, penso que ninguém estava à espera de que os atletas do Faial alcanças-

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“O ‘surfksy’ permite estabilidade, segurança e confiança”

sem os resultados obtidos. Foi uma surpresa e todos nos elogiaram. Fomos bem tratados. Recordo-me que, neste Campeonato Regional de Canoagem, os caiaques estavam todos alinhados e que os das outras ilhas, sobretudo Terceira e São Miguel, eram quase todos modernos, com bom aspecto, ao passo que os do Faial eram velhos, remendados, esfolados e desactualizados. Mas, mesmo assim, demos o nosso melhor e chegámos ao pódio. Isto demonstra, sem dúvida, a grande vontade que temos de trabalhar, já que as condições, como se percebeu, estão muito longe das ideais. Naturalmente que nesta evolução destaco a experiência e o ‘know-how’ do Hugo Parra (Treinador), que fez canoagem desde miúdo. Embora fosse em rio, as bases são as mesmas”. Os convites feitos a outras pessoas para aderir à Canoagem, também pesaram neste incremento da modalidade. “Sugeri ao meu miúdo que falasse deste desporto a outros da idade dele e sei que essas conversas deram frutos, pois antes éramos 6/7 e agora somos mais de 12. E tenho observado que os mais novos têm muito jeito para

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a Canoagem, adaptando-se perfeitamente. Já reparei que quando se começa mais novo neste desporto, se ganha equilíbrio mais rapidamente. O facto de termos dois Treinadores também é importante para os atletas se sentirem apoiados e seguros”. Instado a fazer uma comparação entre o antigo (Carlos Pedro) e o actual Treinador, José Gomes responde que “são estilos diferentes”. E prossegue: “O Carlos Pedro era bom treinador e mais exigente, enquanto que o Parra tem mais experiência, porque foi atleta desta modalidade durante muitos anos. O Carlos Pedro e eu já éramos amigos, foi meu colega de trabalho, e claro que teve influência na minha vinda para a Canoagem. Como ele era treinador e já nos conhecíamos, falei com ele e um sábado levei o meu filho a experimentar e aproveitei para acompanhá-lo. Posso dizer que foi amor às primeiras pagaiadas”. Evidentemente que o bom tempo do Verão apela ao mar, daí os treinos serem mais agradáveis do que no Inverno.

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CLUBE NAVAL DA H “Quando há bom tempo, fazemos expedições e treinos passando por detrás do Monte da Guia. Contamos com mais gente e com treinos mais longos. Tenho pena de não poder treinar mais, por causa do trabalho, mas, sempre que posso, faço treinos fora do calendário. Aos domingos, quando encontro alguém que queira acompanhar-me, gosto de treinar. Antes do Regional de 2017 fiz vários treinos com o Clésio e os resultados foram muito bons. Sem dúvida que cansa, mas primeiro fazemos aquecimento. Começamos com um ritmo calmo e vamos intensificando. A Canoagem é um desporto que exige muita concentração por causa do equilíbrio. Se não estás atento, quando dás por ti, já reviraste”. Investimento por conta própria José Gomes começou a praticar no “Azores”, um caiaque largo e pesado, que, por ser pesado, não tinha tanta tendência a revirar, mas, também condicionava a velocidade. Depois, transitou para um caiaque mais leve, que, atingindo maior velocidade, era mais propenso a revirar, o que representava menos estabilidade. E é quando o mar está mais mexido que se sente melhor a instabilidade. “Como o maior pavor de qualquer canoísta é o caiaque revirar”, todos gostariam de ter um ‘surfsky’ como tem o Clésio, o único que o CNH adquiriu até à data. Este Veterano A decidiu atenuar as lacunas acima expostas e investiu por conta própria. “Adquiri dois ‘surfsky’ no fim de 2016 – um novo e um semi-novo – assim como dois coletes novos. Decidi apostar nesta modalidade, por mim e pelo

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meu filho, e sinto que valeu a pena, pois deixei de revirar, tenho estabilidade, maior conforto e segurança, o que também me deu mais confiança”. Nos Açores, ainda se encontra pouco disseminada a filosofia de cada um investir no seu próprio equipamento, o que é prática recorrente no Continente português e até mesmo noutros países. A roupa utilizada nos treinos é da responsabilidade de cada canoísta, passando a aposta por camisolas térmicas e calças de ‘lycra’. Bom ambiente Este atleta enfatiza “o bom ambiente e a camaradagem” que existe entre todos na Secção de Canoagem do CNH, prevalecendo a amizade. “Nas Provas, naturalmente que é cada um por si, mas nos treinos há inter-ajuda. O saldo é sempre muito positivo e fazemos um convívio no final de cada Prova Local. A Organização é da Directora, mas todos contribuem, incluindo o próprio Clube, destacando-se a presença de alguns Responsáveis, como é o caso do Presidente (José Decq Mota) e da Vice-Presidente (Olga Marques), sentindo-se o apoio do CNH. Os Pais também são sempre convidados a participar nestes convívios, e comparecem, sendo uma boa maneira de os envolver nas actividades dos filhos e na vida desta instituição náutica. A relação dos canoístas com a Susana é boa e sempre que solicitamos algo, ela anota e tenta resolver. Nesse sentido, foram feitos alguns melhoramentos no espaço dedicado à Secção de Canoagem, com a colocação de suportes para guardar uma parte dos caiaques. Também foram adquiridas mais algumas peças de treino para o mini-ginásio”.

Angariar fundos para material José Gomes adianta que já sugeriu à Directora da Secção organizarem actividades com vista à angariação de fundos para aquisição de material, designadamente caiaques (um caiaque novo, em carbono, ultrapassa os 2 mil euros). “Poderíamos pensar em comprar equipamento semi-novo (como ‘surfsky’s’ em carbono, que, apesar de custarem um pouco mais do que os outros compensa, por serem mais leves e resistentes) que saía mais em conta e representaria uma grande melhoria e evolução para os nossos “Decidi apostar nesta modalidade, por mim e pelo meu filho” atletas.

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É claro que também podemos encontrar patrocinadores locais, mas, além disso, sei que alguns pais têm vontade e disponibilidade para ajudar nesse sentido. Aliás, penso mesmo que há quem gostaria de comprar um caiaque novo ou semi-novo para o filho ou filha praticar. É tudo uma questão de conversarmos e pôrmos em marcha um plano de trabalho. Outra questão importante e que representa pouco dinheiro, seria todos os atletas da Secção terem ‘t-shirt’s’ personalizadas, o que até funcionaria como uma forma de promoção do CNH fora do Faial. Podemos ser levados a pensar que se trata de pormenores, mas, na realidade, têm um peso determinante na auto-estima de quem representa este Clube com orgulho”.

de Canoagem do CNH, que mantém o “bichinho” pela modalidade. “Ele tem vários caiaques e continua ligado a este desporto. Aliás, acho que todos os que experimentam a Canoagem ficam ligados para sempre, mas, infelizmente e por motivos profissionais, ele já não poderá participar, pelo que terei de encontrar um novo parceiro”. Esta dupla adquiriu um caiaque (K2) usado, tendo contado com o apoio da “Sipre Kayaks” (Esposende) que ofereceu dois coletes novos, e da “Nelo - M.A.R. Kayaks, Lda.”, (Vila do Conde), que fabricou dois saiotes propositadamente para esta embarcação, que já não se encontravam disponíveis no mercado, tendo em conta a idade do caiaque. Esta empresa ofereceu, ainda, ‘gel coat’ para reparação do mesmo.

‘Trail’ e Canoagem A corrida sempre fez parte da vida deste atleta que, tal como na Canoagem, também aqui aprecia correr na companhia de alguém, o que é mais desafiante. “Já no Liceu, na Escola Domingos Rebelo, em São Miguel, fazia velocidade. É algo de que gosto bastante”. Com a moda do ‘Trail’, juntou-se à turma dos aficcionados, “que são cada vez mais (eles e elas)”, assevera. Depois de um interregno na corrida, foi pela Canoagem que José Gomes voltou a correr, precisamente por causa da preparação física. “Voltei a correr, mas não com a regularidade que gostava e também não faço todas as provas do ‘Trail Run’. Contudo, este ano vou participar pela terceira vez no “Açores Trail Run”, que será a 26 de Maio próximo”. No âmbito das comemorações do centenário do Peter Café Sport – assinalado a 25 de Dezembro deste ano – este atleta está a pensar fazer, em Julho, a Travessia da Terceira para o Faial em Canoagem, na vertente de K2 (embarcação para duas pessoas). Esta será uma travessia para fazer em três dias, dividida por várias etapas: Terceira/São Jorge, São Jorge/Pico e Pico/Faial. Na organização desta aventura, está o terceirense Eliseu (Veterano A), “o melhor canoísta dos Açores”. Inicialmente, José Gomes ia ter como parceiro Francisco Garcia, antigo Treinador da Secção

Outras paixões Andar de moto, é outra das paixões deste atleta do Clube Naval da Horta, que revela ter duas de grande cilindrada. Ainda no mundo das duas rodas, destaque para a prática do BTT (Bicicleta Todo-o-Terreno), com a particularidade de possuir igualmente duas bicicletas. “Gosto de pescar de pedra e às vezes vou com o meu filho”, desvenda José Gomes, que, sempre que tem tempo, ainda se dedica à jardinagem e a namorar. “O difícil nisto tudo é encontrar tempo”, admitindo que, pela Canoagem, deixa de fazer outras coisas, embora valha a pena. “Sinto falta quando não vou a um treino. Ir para a água relaxa-me fisicamente e faz-me sentir bem”.

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Fotografias cedidas por: José Gomes

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NATAÇÃO 3ª TRAVESSIA DO CANAL EM ÁGUAS ABERTAS, MARCADA PARA 2 DE AGOSTO

A Travessia será no sentido Pico/Faial, no tempo máximo de 5 horas

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Clube Naval da Horta (CNH) organiza e promove, pelo terceiro ano consecutivo, a Travessia do Canal em Águas Abertas – no sentido Pico/ Faial – calendarizada para quinta-feira, dia 2 de Agosto próximo. Este evento, integrado no Festival Náutico da 41ª edição da Semana do Mar, destina-se a todos os nadadores filiados/não filiados em Águas Abertas pela Federação Portuguesa de Natação (FPN), com idade superior a 16 anos à data de realização do percurso. A Prova será disputada no Canal, entre as Ilhas Faial/Pico, saindo da Madalena com regresso à Cidade da Horta, numa distância de aproximadamente 5 milhas náuticas. A partida será dada na Areia Larga (Pico), sen-

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do a ponta da doca (Faial) o ponto de chegada. Os percursos apresentados poderão ser alterados no dia da Prova por motivos de segurança, más condições atmosféricas ou outras situações que possam pôr em causa o decorrer da Travessia, tal como aconteceu em 2017. Inscrições até 1 de Julho A Organização poderá cancelar o evento por motivos de segurança, como tempestades, más condições do mar, ou outras situações que manifestamente possam colocar em perigo a integridade física dos participantes, não havendo lugar à restituição da taxa de inscrição (25 euros). As inscrições devem dar entrada no CNH até às 20 horas do dia 1 de Julho deste ano. Os nadadores utilizarão toucas, sendo permitido o uso de fato isotérmico. Neste caso, haverá uma classificação própria. A classificação individual será feita de forma Ab-

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CLUBE NAVAL DA H soluta e Mista (1ª - sem fato isotérmico; 2ª - com fato isotérmico). Para que o nadador obtenha um lugar na tabela classificativa, deverá completar a distância da Prova dentro do tempo limite: 5 horas. A Arbitragem é da responsabilidade do Conselho de Arbitragem da Associação de Natação da Região Açores. Apoios e segurança Na realização desta iniciativa, o CNH conta com os seguintes Apoios Institucionais: Capitania do Porto da Horta, Portos dos Açores, S.A., Hospital da Horta, Direcção Regional do Turismo (DRT), Câmara Municipal da Horta (CMH) e Associação de Natação da Região Açores (ANARA). No dia 30 de Julho haverá um Briefing destinado aos Skippers das embarcações de apoio e aos Nadadores, com vista a acertar pormenores relativos à Travessia. De realçar que o Clube Naval da Horta tem contado sempre com a colaboração dos Sócios que disponibilizam as suas embarcações no apoio aos participantes, já que, de acordo com as regras, é necessário um barco de apoio para cada nadador. A segurança e apoio ao longo da Prova serão da responsabilidade da Organização. Para além dos barcos de apoio, o CNH colo-

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cará ao serviço dos participantes os seguintes meios: barco de apoio equipado com serviço de primeiros socorros, médico, enfermeiros e nadadores-salvadores. Prémios A Cerimónia de Entrega de Prémios está marcada para a noite do dia 4 de Agosto (domingo), no CNH, ao longo do Caldo de Peixe, evocativo das raízes da Semana do Mar, que oficialmente decorrerá de 5 a 12 de Agosto (embora a Festa já comece na sexta-feira, dia 3). Serão atribuídos Prémios aos 3 primeiros classificados, bem como ao 1º classificado feminino, excepto aos nadadores com fato isotérmico. Serão, ainda, entregues Medalhas de Participação a todos os nadadores participantes.

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NATAÇÃO FESTIVAL DE TÉCNICAS SIMULTÂNEAS E TORREGRI II PARA CADETES CONTOU COM 22 ATLETAS

Sílvia Mendonça afirma que os objectivos desta Prova foram cumpridos

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s 22 Atletas da Secção de Natação do Clube Naval da Horta (CNH) que participaram – prova de estreia para alguns dos nadadores das Turmas de Aprendizagem – no Festival de Técnicas Simultâneas e Torregri II para

Cadetes, realizado sábado, dia 3, no Faial, cumpriram os objectivos traçados. A Prova, organizada pela Associação de Natação da Região Açores (ANARA), decorreu na Piscina da Escola Secundária Manuel de Arriaga (ESMA), da Horta. Sílvia Mendonça, Treinadora de Grau II e Coordenadora da Natação do CNH, refere que “a Equipa agradece a colaboração dos membros da Arbitragem, sem os quais este Torneio não poderia ter-se realizado”. A competição que se segue é o Torneio Zonal de Infantis, nos dias 9, 10 e 11 (sexta, sábado e domingo próximos), em que a nadadora Diana Neves, do CNH, irá competir em 4 Provas.

Esta Prova constituiu uma estreia para alguns dos Atletas das Turmas de Aprendizagem, na fotografia com a Monitora, Alexandra Morais

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NATAÇÃO DIANA NEVES PARTICIPOU NO TORNEIO ZONAL DE INFANTIS - ZONA SUL

Diana Neves representou o Clube Naval da Horta, nas Caldas da Rainha

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iana Neves, atleta da Secção da Natação do Clube Naval da Horta (CNH), participou no Torneio Zonal de Infantis - Zona Sul, que decorreu de 9 a 11 de março (de sexta a domingo), nas Caldas da Rainha. Sílvia Mendonça, Treinadora de Grau II e Coordenadora da Natação do CNH, acompanhou a nadadora faialense nesta competição, sublinhando que a participação foi “positiva”. Esta Técnica explica que “apenas têm acesso a Torneios Regionais, Zonais, Nacionais, ‘Mee-

Sílvia Mendonça com a sua atleta, Diana Neves

tings’, Jogos das Ilhas, entre outros, os atletas que atingem o TAC (Tempos de Acesso aos Campeonatos)”. Felgueiras e Caldas da Rainha receberam (de sexta a domingo) os Torneios Zonais de Infantis: Zona Norte e Zona Sul, organizados, respectivamente, pela Associação de Natação do Norte de Portugal (ANNP) e pela Associação de Natação do Distrito de Leiria (ANDL). Nas Caldas da Rainha participaram 379 nadadores (182 Masculinos e 197 Femininos) em representação de 66 clubes do Centro, Sul e Ilhas, enquanto que, em Felgueiras, competiram 244 nadadores (116 Masculinos e 128 Femininos) representando 46 clubes, provenientes da zona Norte do país. Este Torneio contou com a participação das seguintes Associações Distritais: Associação de Natação de Lisboa (ANL); Associação de Natação do Distrito de Leiria (ANDL); Associação de Natação do Distrito de Santarém (ANDS); Associação de Natação do Interior Centro (ANIC); Associação de Natação do Alentejo (ANALEN); Associação de Natação do Algarve (ANALG); Associação de Natação da Região Açores (ANARA); e Associação de Natação da Madeira (ANAM).

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A Treinadora partilha com todos nós os resultados alcançados pela sua atleta, Diana Neves: - 6º lugar nos 100m Livres com a marca de 1.07.52, baixou 2 segundos relativamente ao seu recorde pessoal - 6º lugar nos 200m Livres com a marca de 2.28.10, baixou 7 segundos relativamente ao seu recorde pessoal - 10º lugar nos 100m Costas com a marca de 1.17.40, baixou 1 segundo relativamente ao seu recorde pessoal - 23º lugar nos 200m Costas com a marca de 2.51.92

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NATAÇÃO FESTIVAL REGIONAL DE CADETES E ESTÁGIO PARA CADETES A, NA TERCEIRA

Os nadadores do CNH alcançaram bons resultados e destacaram-se na sua prestação na ilha Terceira

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ecorreu sábado, dia 17, na Praia da Vitória, ilha Terceira, o Festival Regional de Cadetes, em que participaram 14 atletas da Secção de Natação do Clube Naval da Horta (CNH). Foram eles: Francisco Rodrigues, Henrique Feio, João Cabral, Vasco Alexandrino, Gonçalo Costa, Alexandre Lima, Gustavo Nazaré, Diogo Bandeira, Santiago Melo, Inês Fontes, Margarida Vieira, Rita Rodrigues, Mariana Silva e Beatriz Leonardo. De acordo com Sílvia Mendonça, Treinadora de Grau II e Coordenadora da Natação do CNH, os objectivos foram cumpridos e “os nadadores obtiveram bons resultados, tendo-se registado excelente espírito de equipa e companheirismo”. Esta Técnica sente-se, por isso, “satisfeita” com o desempenho dos nadadores faialenses. Nesta deslocação, os atletas do CNH foram acompanhados pela Treinadora, Sílvia Mendonça, e pelo Treinador-Adjunto, Davide Castro. No dia seguinte, ou seja domingo (18), decorreu no mesmo local o Estágio para Cadetes A,

tendo participado 3 nadadores do CNH, designadamente, Francisco Rodrigues, Henrique Feio e João Cabral, que se fizeram acompanhar pela Treinadora. Esta Técnica refere que novamente se cumpriraram os objectivos traçados, explicando que “o Estágio teve como objectivo aferir a condição técnica dos nadadores – Cadetes A – e promover o seu convívio”. Assim sendo, foi organizado um jantar, que contou com todos os atletas deste Escalão, assim como um treino conjunto com base em exercícios técnicos das Técnicas Simultâneas. Estas provas foram organizadas pela Associação de Natação da Região Açores (ANARA), tendo visado a preparação dos atletas deste Escalão (Cadetes). “Com a ajuda dos pais presentes conseguimos ainda surpreender o treinador Davide no seu aniversário”, revela Sílvia Mendonça. A próxima prova será o Torneio de Natação em Coimbra, no dia 27 do corrente (terça-feira próxima), em que a nadadora Diana Neves irá representar o Clube Naval da Horta.

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“CONHECER OS NOSSOS ATLETAS” LUÍS NEVES: “A NATAÇÃO NO CNH MUDOU RADICALMENTE COM A CHEGADA DA SÍLVIA”

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omeçou na Natação (aos 11 anos) por aconselhamento médico, mas o gosto fez com que continuasse, pois, trata-se de um desporto que é individual mas, também, colectivo, sendo “muito importante o apoio da equipa”. Para Luís Neves, a competição é uma realidade desde 2014, altura em que se sentiu chamado a dar o salto. Hoje, com 17 anos e algumas vitórias, tem na Treinadora uma confidente. “A Sílvia é muito boa Treinadora. Motiva e ajuda o atleta a desenvolver-se. Notou-se uma diferença muito grande desde que está à frente da Secção de Natação do Clube Naval da Horta (CNH). O facto de ter sido nadadora, faz com que consiga compreender-nos. Com ela, os tempos melhoraram e evoluímos. Até na união dos atletas se nota uma melhoria enorme! Agora, sim, funcionamos como uma verdadeira equipa, contando com o apoio de todos e puxando uns pelos outros. Antes, era cada um por si. Confiamos uns nos outros e até já preparámos uma festa-surpresa. Também organizamos convívios ou jantares depois das provas”.

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Sílvia Mendonça: uma Treinadora e uma Amiga Este atleta sente-se motivado e descreve, com entusiasmo, o ambiente que é vivido na Secção de Natação do CNH: “Conseguimos criar laços de amizade, confiança e desabafamos com quem devemos treinar no sentido de alcançar os objectivos. A Treinadora está sempre lá. Ela sabe ouvir e apoiar e fora da Natação também nos ajuda na nossa vida pessoal, sempre que precisamos. Não vejo a Sílvia só como uma Treinadora mas, também, como uma amiga. A Natação mudou radicalmente com a chegada dela. Já nos sentimos num patamar inferior, mas com esta Treinadora estamos ao mesmo nível dos atletas de outros clubes dos Açores. Há muita motivação na nossa equipa e mesmo com resultados menos bons, não nos deixamos ir abaixo. Criámos laços muito grandes com a Sílvia e quando ela foi colocada (enquanto professora) no Continente, houve quem chorou. Ficámos muito felizes por ela ter continuado no Faial, onde já se sente em casa. A Sílvia é espectacular e, mesmo com obstáculos, está sempre em cima. Admiro muito isso nela, além de ser uma pessoa disposta a ajudar-nos na altura certa”.

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Luís Neves, que também se dedicou ao futebol, vai mais longe e confessa que anteriormente não gostava de Natação. “Rejeitei a competição ao longo de 2 anos por não me sentir ao nível dos outros para treinar e só em 2014 senti que era chegado esse momento”. “Temos orgulho no que fazemos” Mas hoje revela, sem medo: “Estou aqui para ganhar e para ter futuro. Consegui bons resultados nos Regionais e considero mesmo que essas provas já se tornaram uma rotina. Agora, estamos a treinar para os Nacionais. Mas claro que nos Regionais aprendemos sempre”. Necessidades Quando se fala de necessidades, este atleta aponta o equipamento e não só. “Algumas toucas são dadas pelo Clube, bem como o fato de treino – usado nas deslocações – que está um bocado antigo. Nas provas realizadas na água não temos equipamento igual. Em termos da imagem que é projectada para o exterior, ajudava bastante termos equipamento novo e igual. E se o CNH pudesse dispôr de um fisioterapeuta para nos ajudar nas lesões, era muito bom. Diria mesmo, fundamental!” O restante equipamento – fatos de banho, calções, óculos e chinelos – são da responsabilidade dos nadadores.

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RTA Motos: o outro amor O ‘youtube’ e os jogos são ‘hobbys’ deste jovem, que tem uma paixão por motos, herdada do progenitor: “Meu pai – que era o meu herói – participava em provas e tem muitas taças lá em casa. Como tal, eu cresci nesse ambiente e desde pequeno que ando de moto e posso dizer que é viciante. Minha mãe tinha receio, mas agora acredita em mim”. No mundo das duas rodas naturalmente que há rivalidades, “mas também existem amizades”, garante este piloto, que gostava de poder conciliar todas as suas paixões, diferentes, é certo, mas complementares.

“Poucos, mas bons!” “Continuar na Natação ajuda-me a mim próprio, a manter a equipa, os amigos, contribui para a saúde e promove o convívio”, adianta. Luís Neves sublinha o “grande apoio dos pais” e vinca: “Sem apoio familiar não era possível, mas a nossa motivação tem de existir também”. “Temos orgulho no que fazemos”, frisa. Fora do Faial, são centenas aqueles que assistem às provas, “mas essas pessoas não nos dizem nada”, afirma este nadador, que salienta: “No Faial, praticamente só temos os pais nas bancadas, mas são as pessoas de quem mais gostamos. Por isso, o que interessa é poucos, mas bons!” Quando se pede que partilhe um desejo para a modalidade, diz: “Gostava de melhorar e de alcançar sempre os objectivos”. E avança: “Para isso, há que saber gerir o tempo”.

Luís: a nossa conversa permitiu conhecer-nos um pouco melhor e perceber que, na piscina, na tecnologia ou no motocross, o que é importante é acreditares em ti e seguires o caminho em que te sintas realizado. Com a tua motivação, a compreensão familiar e o apoio dos amigos em quem confias, podes brilhar no espaço que escolheres como teu, mantendo sempre o orgulho no que fizeres. Fotografias cedidas por: Luís Neves

Apaixonado por tecnologia Este jovem assume-se um apaixonado por tecnologia. “Gosto de reparar ou construir. Tenho jeito para questões de electricidade e sou um engenhocas”. Esta pode ser uma saída profissional para Luís Neves, que tem particular apetência por “dar uma vida nova a peças já velhas”. Fazer um Curso na Área Desportiva poderá ser outra opção para este atleta, não descartando a hipótese de um dia vir a ser treinador. “A Natação é algo fundamental. E para além de ser um desporto, também pode ser sinónimo de uma carreira. Acredito plenamente que sem desporto não há saúde”.

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PESCA DESPORTIVA DE BARCO “TITOU”, “SENHORA DA GUIA” E “ABITO” NO PÓDIO DA 1ª PROVA DE PESCA DE FUNDO

Grupo de pescadores da 1ª Prova de Fundo do Campeonato de Pesca Desportiva de Barco do CNH 2018, patrocinado pela empresa “Delfim Vargas, Lda”

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ecorreu dentro das expectativas a Prova de Pesca de Fundo – a 1ª do Campeonato de Pesca Desportiva de Barco do Clube Naval da Horta (CNH) da Época de 2018 – realizada na noite de sábado, dia 10. Luís Carlos Rosa, Director da Secção de Pesca Desportiva de Barco do CNH, refere que, participaram 6 barcos – com a estreia do “Santo Cristo” – e mais de 20 pessoas. O pódio ficou preenchido pelas embarcações “Titou” (1º lugar), de João Pereira, com o maior número de capturas; “Senhora da Guia” (2º), de Renato Azevedo; e “Abito” (3º), de Tibério Silva. Este Dirigente recorda que a maior dificuldade prendia-se com as previsões meteorológicas (que poderiam ter conduzido ao adiamento da Prova), razão que levou “a um contacto permanente com a Autoridade Marítima, que foi inexcedível

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em termos de informações prestadas e acompanhamento da situação. Mesmo com algumas restrições, a competição aconteceu, uma vez que as espécies pontuáveis – besugo e sargo – permitiam uma pescaria costeira”. Luís Carlos Rosa congratula-se com o número de inscritos e com o facto de ter havido uma nova embarcação participante, realçando “o bom ambiente” registado assim como “a camaradagem entre todos”. Como habitualmente, o Clube Naval da Horta ofereceu o lanche a cada um dos elementos em Prova. O Campeonato de Pesca Desportiva de Barco do Clube Naval da Horta (CNH) da Época de 2018 conta com o patrocínio da Empresa “Delfim Vargas, Lda” – tal como aconteceu em 2017 – sendo composto por 8 Provas: 4 de Pesca de Fundo e 4 de Pesca de Corrico. A 2ª Prova de Fundo (diurna) está calendarizada para o dia 25 deste mês.

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A embarcação “Santo Cristo” estreou-se nas pescarias promovidas e organizadas pelo CNH neste ano de 2018

Participaram 6 embarcações, que envolveram mais de 20 elementos

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PESCA DESPORTIVA DE BARCO “ZEUS”, TITOU” E “XARK”, FORAM AS EMBARCAÇÕES VENCEDORAS DA 2ª PROVA DE FUNDO

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eus”, “Titou” e “Xark”, foram as embarcações vencedoras da 2ª Prova de Fundo, do Campeonato de Pesca Desportiva de Barco do Clube Naval da Horta (CNH) - Época de 2018, que decorreu na manhã de domingo, dia 25. Foram 9 os participantes na luta pelo título, tendo o maior exemplar – um gaio, com 1.940 quilos – sido capturado pela embarcação “Xark”. Luís Carlos Rosa, Director desta Secção, congratula-se com a adesão registada e refere que “a competição decorreu bem”. “O tempo ajudou, o

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mar estava óptimo e posso dizer que esta Época de 2018 começou bem”, salienta. “Conversa e convívio” foram, também, componentes desta Prova – o que já vem sendo habitual na Secção de Pesca Desportiva de Barco do Clube Naval da Horta – onde não faltou o lanche oferecido pelo CNH. O Campeonato de Pesca Desportiva de Barco do CNH - Época de 2018, é composto por 8 Provas, sendo 4 de Pesca de Fundo e 4 de Pesca de Corrico, e conta novamente este ano com o patrocínio da Empresa “Delfim Vargas, Lda”.

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PESCA DESPORTIVA DE COSTA JOSÉ SILVA, JOSÉ ESCOBAR E CARLOS MEDEIROS NO PÓDIO DA 2ª PROVA DO CAMPEONATO DE 2018

Esta Prova Nocturna contou com 7 participantes

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oram 7 os pescadores que participaram na 3ª Prova de Pesca Desportiva de Costa do Clube Naval da Horta (CNH) - Campeonato de 2018, realizada na noite de sábado, dia 17, na Marina da Horta. Carlos Medeiros, Moisés Sousa e José Armando Silva foram os vencedores desta Prova, tendo o primeiro sido o pescador que captu-

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rou maior quantidade. Como habitualmente, os participantes contaram com o lanche oferecido pelo CNH, acompanhado pelo convívio, onde não faltou a indispensável pesagem do pescado. O Campeonato de Pesca Desportiva de Costa do CNH - Época de 2018, é composto por 6 Provas, tendo arrancado em Janeiro, com término no próximo mês de Julho. A 4ª Prova está marcada para o dia 15 de Abril.

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MINI-VELEIROS 1ª E 2ª PROVAS DO “TROFÉU OURIVESARIA OLÍMPIO 2018”

Estas duas Provas contaram com 8 velejadores, destacaram-se João Nunes, João Sequeira e José Gonçalves

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oi com “tempo excelente, aragem boa e um campo de regatas bem posicionado”, que decorreram domingo, dia 25, a 1ª e 2ª Provas do “Troféu Ourivesaria Olímpio 2018” - Mini-Veleiros do Clube Naval da Horta (CNH), refere o Responsável interno por esta Secção, João Sequeira. Com o Pico como cenário de fundo e a internacional Marina da Horta a servir de palco, os velejadores mostraram os seus dotes, proporcionando um belíssimo espectáculo a todos quantos por ali passavam ou, a partir das embarcações, apreciavam a elegância dos Mini-Veleiros, conduzidos pela mestria dos seus navegadores. As desfavoráveis condições climatéricas registadas a 11 deste mês – dia em que deveria ter-se realizado a 1ª Prova deste Troféu – ditaram o seu adiamento para este domingo, razão pela qual decorreram ambas este domingo. Participaram 8 velejadores – com destaque para um novo adepto – tendo sido realizadas 8 regatas.

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João Nunes, João Sequeira e José Gonçalves partilharam o pódio nestas duas Provas, que marcaram o arranque da temporada de 2018 da Secção de Mini-Veleiros do CNH. O ‘fairplay” e a boa camaradagem acompanharam os velejadores que, após as Provas, rumaram, como habitualmente, até à “70”, de Mário Carlos (também velejador). “O facto de haver uma certa rivalidade dá luta a quem participa”, sublinha João Sequeira, destacando “a inter-ajuda entre os elementos da Secção e, ao mesmo tempo, a vontade que todos têm de competir e ganhar”. O “Troféu Ourivesaria Olímpio 2018” é composto por 6 Provas, sendo, uma vez mais, patrocinado pela Ourivesaria Olímpio. O Gabinete de Imprensa do CNH agradece a prestimosa colaboração dos fotógrafos que registaram excelentes momentos do antes e do durante destas competições, e que gentilmente acederam partilhá-los com todos nós. São eles, José Macedo, de regresso ao activo, o que muito nos alegra, e António Fraga, outro amante da fotografia e sempre disponível a colaborar.

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Os Mini-Veleiros emprestaram, ainda, um maior colorido à mais movimentada Marina dos Açores

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ATLANTIS CUP - REGATA DA AUTONOMIA JORGE MACEDO E LUÍS COSTA APRESENTAM REGATA NA BTL E NA ANC

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Director de Prova da “Atlantis Cup - Regata da Autonomia” 2018, Jorge Macedo, e o Vice-Presidente da Direcção do Clube Naval da Horta (CNH), Luís Costa, apresentaram, em Lisboa, a 30ª Edição da “Atlantis Cup - Regata da Autonomia”, a principal Regata de Vela de Cruzeiro realizada nos Açores e uma das mais importantes de Portugal, organizada pelo Clube Naval da Horta. A Apresentação, que decorreu no dia 2 do Março, foi feita no Stand Açores da (30ª) Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), no Parque das Nações; e na Associação Nacional de Cruzeiros (ANC), em Belém. Jorge Macedo considera esta acção “fundamental, caso contrário não seria possível chegar a meios ligados ao sector”. Na BTL, além de algum público – onde pontuavam o Presidente e Vice-Presidente da Câmara Municipal da Horta, respectivamente José Leonardo e Luís Botelho – estiveram presentes diversos representantes de diferentes Órgãos de Comunicação Social (OCS). “Na Associação Nacional de Cruzeiros já havia

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mais gente ligada ao mundo náutico, tendo mesmo estado presentes os 3 participantes da ANC já inscritos na “Atlantis Cup - Regata da Autonomia” 2018”, refere o Director de Prova. Jorge Macedo salienta a importância destas acções de divulgação e defende mesmo que “também deveriam acontecer no Sul e Norte do País, sendo imprescindível dar a conhecer esta Regata nos centros náuticos nacionais”. E neste contexto aponta a Nauticampo - Salão Internacional de Navegação de Recreio, Desporto, Aventura, Caravanismo e Piscinas, que decorrerá de 4 a 8 de Abril próximo, na Feira Internacional de Lisboa (FIL). Luís Costa: “Abriram-se portas à participação de novas embarcações” Na opinião do Vice-Presidente da Direcção do CNH, “a Apresentação da 30ª Edição da “Atlantis Cup - Regata da Autonomia” em Lisboa, decorreu muito bem e contou com a presença de um número considerável de OCS. Esta acção aconteceu nos moldes habituais, no Pavilhão dos Açores e na

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as suas actividades no exterior da Região”. “Penso que devemos equacionar o alargamento destas acções a outras regatas que o CNH organiza de forma muito competente e eficiente, como é o caso da “Horta-Velas-Horta”, que merece ser promovida no exterior do Faial”, frisa este Responsável. A 30ª Edição da “Atlantis Cup - Regata da Autonomia” completa o objectivo de tocar em todas as 9 parcelas açóricas, tendo como foco as Ilhas do Grupo Central, nomeadamente Faial, Pico, Terceira e Graciosa, envolvendo os Portos da Madalena (Pico), Angra do Heroísmo e Praia da Vitória (Terceira), Praia da Graciosa, e Horta (Faial). Como habitualmente, a “Atlantis Cup - Regata da Autonomia” conta com o Alto Patrocínio da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA), e, neste ano de 2018, tem os seguintes clubes como co-organizadores: Clube Naval da Madalena, do Pico; Angra Iate Clube e Clube Naval da Praia da Vitória, da Terceira; e Clube Naval da Graciosa. De registar, ainda, a colaboração dos Clubes Navais co-organizadores e das Câmaras Municipais por onde a Regata passa, o apoio da Portos dos Açores, S.A., e a cooperação de todos os outros patrocinadores e apoiantes, onde se inclui a NOS Açores.

ANC, e contribuiu sobremaneira para a divulgação desta importante Regata”. Luís Costa sublinha “a belíssima recepção por parte de quem assistiu”, considerando que se “abriram portas à participação de novas embarcações” na Prova Raínha de Vela de Cruzeiro nos Açores. E realça: “O impacto foi maior pelo facto de a edição deste ano da “Atlantis Cup - Regata da Autonomia” ficar circunscrita ao Grupo Central do Arquipélago, o que faz com que as embarcações mais pequenas demonstrem interesse em participar”. Para este Dirigente, a divulgação na BTL e na ANC é, “sem dúvida, uma mais valia,” e, como tal, “o Clube Naval da Horta cada vez mais deve promover

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VELA LIGEIRA CAMPEONATO NACIONAL UNIVERSITÁRIO DE VELA - RAQUERO, EM AVEIRO

Avarias e vento forte marcaram a prova. Pedro Costa (em primeiro plano, à direita, de casaco azul) e a sua equipa já pensam no Campeonato de 2019

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ábado de manhã (dia 3) não havia vento, tendo sido necessário esperar pelo início da tarde para os atletas se fazerem ao mar. No segundo dia – domingo, dia 4 – a forte intensidade do vento fez com que não tenha havido finalistas. Como tal, o que prevaleceram foram os resultados do primeiro dia do Campeonato Nacional Universitário (CNU) de Vela - Raquero, marcado por muitas avarias e vento forte. O relato é feito por pelo antigo velejador do Clube Naval da Horta (CNH), Pedro Costa, cuja equipa se classificou em 8º lugar.

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O 1º e 2º lugares do pódio foram arrebatados pela Universidade do Porto e o 3º pela Escola Naval Infante D. Henrique. “Se tudo corresse como estava planeado, apesar de no primeiro dia termos acabado em 8º lugar, no segundo dia do Campeonato íamos ser apurados. Estávamos todos próximos em termos de classificação e contávamos com o dia de domingo para melhorar os resultados. Como isso não aconteceu, o pessoal ficou um bocado desiludido, já que tínhamos hipóteses de fazer uma boa prestação neste último dia e dar uma reviravolta na tabela classificativa”, explica. Esta foi a segunda participação de Pedro Costa no Campeonato Nacional Universitário (CNU) de Vela - Raquero, que revela nunca ter andado com estas condições (correntes). Tratando-se de um evento anual, o velejador

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CLUBE NAVAL DA H faialense garante que a sua equipa – de que também fazem parte Rui Borges e Pedro Marques – já está a planear participar no Campeonato do próximo ano. O vento intenso e a falta de manutenção das embarcações, estiveram na origem das sucessivas avarias assinaladas pelos diversos velejadores. “Os Raqueros são usados para passeios e, como tal, não estão preparados para este ambiente dominado por pessoal de alto nível competitivo”, salienta Pedro Costa, que, durante mais de uma década foi velejador do Clube Naval da Horta. Este faialense mantém contacto com o Treinador de Competição da Escola de Vela do

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CNH, Duarte Araújo, a quem telefonou esta sexta-feira (dia 2), no sentido de esclarecer uma dúvida. “Sempre que vou ao Faial conversamos e costumo colaborar no Verão, no Festival Náutico da Semana do Mar”, afirma Pedro Costa. O Campeonato Nacional Universitário (CNU) de Vela - Raquero foi promovido pela Federação Académica do Desporto Universitário (FADU) Portugal, com organização local da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv), em parceria com o Sporting Clube de Aveiro. Este ano, o Campeonato contou com 9 equipas das Universidades de Aveiro (2), Coimbra, Porto e Lisboa, e cerca de 30 velejadores.

O vento intenso dificultou muito a realização desta Prova, em que apenas contou o primeiro dia

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VELA LIGEIRA 3ª PROVA DO CAMPEONATO REGIONAL NA HORTA

Boas regatas, excelente Organização e acérrima competitividade marcaram a prova organizada pelo Clube Naval da Horta

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oi em ambiente festivo que decorreu a Cerimónia de Entrega de Prémios da 3ª Prova do Campeonato Regional (PCR) de Vela Ligeira dos Açores, realizada na noite deste domingo, dia 18, no Bar do Clube Naval da Horta (CNH). A 3ª PCR, que foi promovida pela Associação Regional de Vela dos Açores (ARVA) e pela Federação Portuguesa de Vela (FPV), tendo o CNH como Clube Organizador, desenrolou-se ao longo de sábado e domingo – dias 17 e 18 – na Baía da Horta, tendo sido realizadas as 8 regatas previstas (5 no primeiro dia e 3 no segundo). Foram convidados para a festa – que integrou jantar e reuniu mais de 100 pessoas – o Presidente da Câmara Municipal da Horta, que se

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fez representar pela Vereadora Ester Pereira; o Capitão do Porto da Horta, Rafael da Silva; o Presidente da Portos dos Açores, Fernando Nascimento; o Presidente da Associação Regional de Vela dos Açores, Jorge Macedo; o Director do Serviço de Desporto do Faial, Bruno Leonardo; o Presidente da Comissão de Regatas, Bruno Rosa; o Presidente da Comissão de Protestos, Nuno Santos; os Representantes dos Clubes participantes nesta 3ª PCR, os Velejadores, Dirigentes do CNH e Convidados. Na sua intervenção, o Vice-Presidente da Direcção do CNH, Luís Costa, começou por dar os Parabéns a toda a Organização desta Prova do Campeonato Regional de Vela Ligeira, endereçando, também, uma palavra de apreço às Comissões de Regata e de Protesto e à Segurança da Prova que, “em muito contribuíram com as suas decisões para o sucesso destes dois dias de regatas e que serviram como um excelente veículo de propaganda da Vela Ligei-

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Os Prémios foram patrocinados pela Empresa “Martipereira”

ra a que assistimos neste Canal Faial/Pico”. “A todos os clubes navais participantes – CNH, Santa Maria, Ponta Delgada, Vila Franca do Campo, Praia da Vitória, Angra Iate Clube, Madalena e São Roque do Pico – quero, em nome do Clube Naval da Horta, agradecer a vossa presença. À Capitania do Porto da Horta, à Portos dos Açores, S.A., à Associação Regional de Vela dos Açores e a todos os Voluntários que em terra e no mar colaboraram, um agradecimento muito especial e um bem-hajam”, frisou este Dirigente, destacando o desempenho de todos os atletas: “A todos os Velejadores que contribuíram para o enorme sucesso desta Prova, o meu sincero obrigado. Aproveito esta ocasião para dar os parabéns aos vencedores nas diferentes Classes e honra seja feita aos vencidos, porque no desporto existem sempre uns e outros. A estes, deixo uma palavra de estímulo para que continuem a trabalhar e a treinar afincadamente. A todos aqueles que se apuraram para participar

no Campeonato Nacional nas diferentes Classes, o meu desejo é que consigam alcançar os resultados a que se propõem”. “Votos de Bons Ventos e muito obrigado”, rematou Luís Costa. Na tarde deste domingo, Olga Marques, também Vice-Presidente da Direcção do CNH e simultaneamente Directora da Secção de Vela Ligeira desta instituição náutica lembrou, ainda, “o precioso apoio” dado pela “Padaria Popular” e pelo “Fayal Kompra” no que se refere aos lanches de mar distribuídos ao longo destes dois dias de prova. Uma palavra de agradecimento à Empresa “Martipereira”, que patrocinou os Prémios.

“Os velejadores do CNH lutaram muito” Em declarações ao Gabinete de Imprensa do CNH, o Treinador de Competição da Escola de Vela do Clube Naval da Horta, Duarte Araújo, salientou “a excelente Organização do CNH”, congratulando-se com o facto de terem sido realizadas as 8 regatas constantes do programa. Relativamente ao desempenho dos atletas

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Vencedoras da Classe Laser 4.7 - Feminino: 2º lugar - Ana Matos, do Clube Naval de Vila Franca do Campo, São Miguel; e 1º lugar - Mariana Luís, Clube Naval da Horta

faialenses, referiu que “alguns conseguiram atingir e até mesmo ultrapassar os objectivos traçados, ao passo que outros ficaram aquém do esperado”. “Estou satisfeito porque os velejadores do CNH lutaram muito e têm treinado imenso para melhorar, e conseguiram. Sem dúvida, que esta Prova constituiu um belíssimo aquecimento para os Nacionais que aí vêm (férias da Páscoa)”, vincou este Técnico, que acrescentou: “Mostrámos que estamos a aproximarmo-nos na qualidade (na quantidade ainda não), e estou orgulhoso de todos”.

Impressões de alguns velejadores do CNH Leonor Porteiro: “A PCR correu bem. Neste segundo dia (domingo) foi mais difícil, porque houve menos vento, com muitos saltos, mas decorreu dentro das expectativas. Deu para aprender com os erros e para ver o

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andamento dos outros”. Maísa Silva: “Estou satisfeita e para mim estes dois dias de Prova foram iguais, com boas condições, embora hoje (domingo) o vento tenha estado mais fraco do que ontem (sábado). Foi melhor do que aquilo que eu estava à espera e deu para aprender. Aprende-se sempre com uma frota destas. Percebi que estamos todos ao mesmo nível”.

Bernardo Melo: “Ontem (sábado), foi pior do que hoje (domingo), em que o vento esteve mais fraco. Mas correu bem em ambos os dias. Deu para aprender e para comparar, percebendo quem está ao nosso nível. É bom ter uma frota grande, o que deveria acontecer sempre”. Mariana Luís: “Correu bem. Hoje (domingo) foi melhor porque

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Maísa Silva, 1º Optimist Feminino, Clube Naval da Horta; Xavier Novo, 1º Optimist Masculino, Clube Naval de Ponta Delgada; Diogo Melo, 2º Optimist Masculino, Clube Naval de Ponta Delgada

estive a dominar em duas regatas e o vento erame favorável, por estar com menos intensidade do que ontem (sábado). Sem dúvida que foi uma boa forma de acabar este Regional, com uma frota já conhecida. Decorreu dentro das expectativas, embora considere que tenha sido duro do ponto de vista psicológico. Acho que todos evoluiram: os velejadores do CNH e os das outras ilhas que estiveram a competir no Faial. Gostava que das próximas vezes as raparigas fizessem boa figura”.

Jorge Pires: “Correu-me melhor no primeiro dia (sábado) em que consegui ficar em 1º lugar nas duas primeiras regatas, mas depois foi decaindo. Hoje (domingo), as condições não estavam boas: houve pouco vento e a rondar, mas na última regata ficou mais constante e tirei um 3º lugar.

Este segundo dia foi pior do que aquilo que eu estava à espera. Naturalmente que melhoramos sempre com a prática e seria bom podermos ter habitualmente uma frota desta dimensão. Temos amigos nas várias ilhas e usamos os Regionais para nos encontrarmos, o que é bom. Entendo que em termos regionais o nível dos velejadores é semelhante e em termos nacionais não há tanta diferença como já houve. Esta 3ª PCR foi o aquecimento para o Nacional que aí vem”.

António Valério: “Níveis equiparados entre Horta, Ponta Delgada e Praia da Vitória” “Esta PCR correu muito bem. A participação foi extremamente positiva. Os objectivos foram alcançados e a Organização está de parabéns. Só consigo encontrar factores positivos. Ontem (sábado) foi melhor, porque as condições eram mais propícias à prática da modalidade. Hoje (domingo), o vento oscilava de intensidade.

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Luís Costa, Vice-Presidente da Direcção do Clube Naval da Horta, e José Maria Silva, 1º Laser 4.7 Masculino, Clube Naval de Ponta Delgada

Vencedores da Classe 420: André Gomes/Gonçalo Melo, 1º lugar, do Clube Naval de Ponta Delgada; Vasco Luz/Gonçalo Melo, 2º lugar, também do Clube Naval de Ponta Delgada; e André Neto/Maria Aysa, 3º lugar, do Angra Iate Clube

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Olga Marques, Vice-Presidente da Direcção do Clube Naval da Horta, e Gonçalo Lucas, 3º Laser 4.7 Masculino, Angra Iate Clube

A vertente social destes eventos também é muito importante, pois os atletas fazem amigos, o que é fundamental. Há uma boa relação entre os clubes e isso ficou bem patente no jantar deste sábado, em que estiveram todos juntos. Considero que vale sempre a pena participar. Os níveis são equiparados entre estes 3 clubes: Horta, Ponta Delgada e Praia da Vitória”.

José Medeiros: “Organização foi o habitual por parte do CNH - muito ponderada e sempre a pensar no bem dos velejadores” “A Prova superou as expectativas. Sábado esteve óptimo e o número de regatas realizadas nos dois dias foi ideal, registando-se um bom nível competitivo. Houve bastante diversidade com vencedores em todas as classes. Registou-se competitividade acérrima com luta intensa. Neste desporto, assiste-se a uma aprendizagem constante, relativamente ao tempo, ao estado do mar e à diversidade dos atletas. Em termos sociais, são eventos que valem muito.

Verificou-se um convívio excelente entre os diversos clubes. Os atletas interagiram bem. No que concerne à Organização, foi aquilo que é habitual por parte do Clube Naval da Horta: muito ponderada e sempre a pensar no bem dos velejadores”. Aqui ficam as Classificações relativas aos três primeiros lugares em cada Classe. As Classificações completas podem ser consultadas no site do CNH.

Optimist Feminino: 1º lugar: Maísa Silva, do Clube Naval da Horta (CNH) 2º lugar: Leonor Porteiro, do CNH 3º lugar: Ana Silva, do CNH Optimist Masculino: 1º lugar: Xavier Novo, do Clube Naval de Ponta Delgada (CNPDL) 2º lugar: Diogo Melo (CNPDL) 3º lugar: Miguel Mendes (CNPDL)

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RTA Laser 4.7 Feminino: 1º lugar: Mariana Luís, do CNH 2º lugar: Ana Matos, do Clube Naval de Vila Franca do Campo (CNVFC) Laser 4.7 Masculino: 1º lugar: José Maria Silva (CNPDL) 2º lugar: Jorge Pires (CNH) 3º lugar: Gonçalo Lucas, do Angra Iate Clube (AIC) Classe 420: 1º lugar: André Gomes/Gonçalo Melo (CNPDL) 2º lugar: Vasco Luz/Nuno Câmara (CNPDL) 3º lugar: André Neto/Maria Aysa (AIC)

José Medeiros, Treinador de Juniores - Laser e 420, e António Valério, Treinador de Juvenis - Optimist, ambos do Clube Naval de Ponta Delgada

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VELA LIGEIRA CLASSIFICAÇÃO DOS VELEJADORES DO CNH NO RANKING REGIONAL

Leonor Porteiro, Tomás Pó e Jorge Krug Pires (na fotografia com o Treinador Duarte Araújo) figuram entre os melhores no Ranking Regional

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ealizadas que estão as 3 Provas que compõem o Campeonato Regional de Vela Ligeira dos Açores - Época Desportiva de 2017/2018, já são conhecidos os Campeões Regionais em cada uma das Classes. No Ranking Regional, em Femininos, Leonor Porteiro é Campeã dos Açores de Optimist; Maísa Silva é Vice-Campeã e Ana Luísa Silva ocupa o 3º lugar. Em Laser 4.7, a velejadora Mariana Luís é Campeã Regional, enquanto que em Absolutos, Tomás Pó é Vice-Campeão e Jorge Krug Pires é 3º classificado. Com estes resultados, encontram-se apurados os Campeões Regionais que irão representar a Região Açores nos Campeonatos de Portugal, a decorrer nas férias da Páscoa. O Clube Naval da Horta participa no Campeonato Nacional de Laser, que terá lugar em Sesimbra, de 28 a 31 deste mês, e no Campeonato Nacional de Optimist, em Vilamoura, de 2 a 5 de Abril.

Mariana Luís integra o grupo como Campeã Regional na Classe Laser 4.7

Ana Luísa Silva e Maísa Silva também se encontram no pódio das melhores dos Açores

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“CONHECER OS NOSSOS ATLETAS” DANIEL MOIMEAUX: “A VELA TROUXE-ME PACIÊNCIA, FORÇA E VELOCIDADE”

Cristina Silveira | CNH 2018

Daniel Moimeaux pratica vela, futebol e esgrima, além de tocar guitarra

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osta da Vela (Ligeira) porque lhe permite estar no mar. Tem 11 anos e há 2 que pratica a modalidade – a mãe inscreveu-o – tendo como desejo “ganhar muitas provas”. Falamos de Daniel Moumeaux (Infantil - Optimist) que tem na Vela o seu desporto favorito, acompanhado pela esgrima. Na lista surge, ainda, o futebol e a guitarra: há 3 anos que anda no Conservatório. Daniel gosta do Clube Naval da Horta (CNH) e do ambiente que ali se vive. Para ele, “a Vela é competitiva” e um desporto onde fez

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Daniel Moimeaux: “Na Vela posso fazer amigos e conviver”

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Daniel Moimeaux: “A Vela permite-me estar no mar”

amigos e pode conviver. Alguns são, também, colegas da Escola, meio onde já tentou captar novos velejadores, o que ainda não aconteceu por acharem que “é uma modalidade que ocupa muito tempo”. A Educação Física é, em contexto escolar, a disciplina preferida, encontrando-se no 6º ano de escolaridade. Este atleta da Secção de Vela do CNH confessa que tem medo de ser o último em prova, mas sabe que pode contar com o incentivo do Treinador (Duarte Araújo), que, “às vezes é fixe”. Já não é tanto assim, quando está vento e diz que os velejadores têm de ir para o mar. Claro que isso resulta em cansaço, mas o nosso entrevistado diz que “vale a pena”, garantindo que quer continuar na Vela, desporto que lhe trouxe “paciência, força e velocidade”. No que toca a experiências fora de casa, conta com uma participação na Terceira, afirmando que deu aprender, sendo um sítio diferente. E quando se pede para fazer uma comparação entre o nível dos velejadores de lá e os de cá, responde sem pestanejar: “A

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gente somos melhores”. Este atleta da Escola de Vela do CNH aprecia mais quando o número de velejadores em prova é superior ao habitual (sempre que há atletas de outras ilhas ou os faialenses participam em competições fora de casa), o que permite “aprender mais, evoluir e fazer amigos”. Se pudesse, fazia umas obras no Clube, a começar pelos balneários, que “há muito deixaram de ter as condições necessárias”. Daniel: a tua vontade de evoluir fará de ti um velejador capacitado, que encontra na amizade e no convívio estradas igualmente importantes na aprendizagem que é o percurso chamado vida.

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“A FIGURA DO MÊS” JOSÉ SALEMA: “O VOLUNTARIADO MARCOU SEMPRE MUITO O CNH”

O Comandante Salema com o seu amigo, Rogério Feio

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osé Salema ou o Comandante Salema como é tratado e conhecido, é uma presença habitual no Clube Naval da Horta (CNH), instituição a que está ligado desde há largos anos. Depois de passar à reserva da Armada, com a patente de Capitão-de-Fragata, o Comandante Salema regressou ao Faial/Pico nos anos 80, onde tem vivido desde essa altura. Aproximou-se

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muito do CNH, colaborando sistematicamente com a Secção de Vela de Cruzeiro desde o início dos anos 90. Integrou, durante muitos anos, a Comissão de Regata da então “Atlantis Cup” (actual Regata da Autonomia) e as Comissões de Regata de muitas regatas locais. “No início, a Atlantis Cup ligava apenas Faial, Terceira e São Miguel. O objectivo era juntar os estrangeiros que vinham até ao Faial e levá-los para São Miguel. Mais tarde, os estrangeiros deixaram de participar e a Regata passou a tra-

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As Comissões de Regata foram um dos focos de trabalho de José Salema, no CNH

zer os açorianos para o Faial. Desde há alguns anos que atrai continentais, além dos locais, que sempre participaram. Antes da 2ª Atlantis Cup, Mário Soares, Presidente da República de então, esteve no Faial, no âmbito da Visita Aberta que fez aos Açores, e a Entrega de Prémios decorreu a bordo do “Creoula”, em São Miguel, presidida pelo Primeiro-Ministro, Cavaco Silva”. Memórias partilhadas por este marinheiro, que realça a componente competitiva da mais importante Regata de Vela de Cruzeiro realizada nos Açores e organizada pelo Clube Naval da Horta. “A Regata destina-se à competição e não a passear. A envolvente deste evento náutico cativa imenso e este ano é muito aliciante por se realizar no Grupo Central, o que é sinónimo de ser mais pequena. Claro que muita coisa mudou ao longos destes 30 anos de Regata. Só para termos uma ideia, naquele tempo o barco do António Luís era dos

bons. Fazia-se a “Atlantis Cup” nesses barquinhos. Desde há alguns anos que participam barcos bons, de médicos e de pessoas com dinheiro. Também há quem alugue barcos para fazer esta competição. A gente nova gosta disto e faz a Regata, mas com amigos, pois não tem dinheiro para comprar barcos. É por isso que não há ninguém novo”. “Horta/Velas/Horta”: a Regata da Marinha José Salema recorda “o grande sucesso” que foi a “Horta/Velas/Horta”, organizada pela Marinha e que era mesmo “a Regata da Marinha”. “A Comissão de Regata seguia na Corveta assim como muita gente, que ia passear. Era a festa da Regata nas Velas, que contava com o grande apoio do Presidente da Câmara Municipal das Velas, Frederico Maciel. Havia muitos estrangeiros a participar e os prémios eram colchas, muito bonitas, feitas no tear. Conheço alguns faialenses que têm várias colchas dessas.

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“Gosto de ver as manobras das regatas e passo horas nisto”

Com o tempo e o crescimento dos barcos, os estrangeiros deixaram de participar, pois isso significava perder o lugar na Marina, além de que nem todos tinham essa disposição após terem chegado ao Faial, cansados de uma longa viagem. Mais tarde foi criada a Semana Cultural e passaram a juntar a Regata à festa e, por fim, desligaram da Regata”. “O que aprecio verdadeiramente é ver as regatas” Nas Comissões de Regata, o Comandante Salema recorda a presença habitual de Jorge Macedo, que o acompanhou desde o início, e de Alzira Luís. “Andei muita vez na ponta da Doca com a Alzira. Trabalhámos bem juntos. Eu sempre acompanhei as regatas por terra, porque aquilo que aprecio verdadeiramente é ver as regatas. Gosto de ver as manobras das regatas e passo horas nisto. Também tiro fotografias, que constituem recordações. Quando era miúdo, durante a II Guerra Mundial, observava sempre as manobras no Porto da Horta. E a minha predilecção era ficar a ver a manobra de atracação de navios”. Para o nosso entrevistado, “quando há bom ven-

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to, todas as regatas são boas”. E frisa: “Aí é que se vê quem tem unhas!” Primazia pela disciplina O mar é algo que sempre fez parte da vida deste faialense que, quando era miúdo, passava os 3 meses de Verão no Pico, a pescar. “Passava os dias na costa e só interrompia quando me iam chamar para almoçar e para jantar”. Na Areia Larga usava as chatinhas para fazer ‘surf’ e depois de ter praticado Vela (Vouga) no CNH, revelou-se um ás na Escola Naval, tendo-se dedicado à Vela de Cruzeiro no Clube Náutico dos Cadetes e Oficiais da Armada (CNOCA). Perante este historial marítimo e talvez um pouco também por influência do avô paterno, José Pacheco da Costa Salema – Capitão do Porto da Horta – foi com naturalidade que José Salema abraçou a vida de marinheiro. Sempre controlado pelo relógio, desde pequeno que é disciplinado e não gosta nada que se atrasem e que o façam esperar. Marinheiro já aos 18 anos de idade, o nosso Comandante considera a Marinha em termos de treino e eficiência. “A Comissão de que mais gostei foi a Hidrografia, ou seja, a produção de cartas marítimas”.

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Eu, o Dr. Tomás Azevedo e o José Gonçalves queríamos ir até às Canárias – no “Inês” – mas quando já tínhamos passado a Madeira, tivemos problemas no barco e não concluímos a viagem. Isto para dizer que gostaria de dar a volta ao mundo mas no meu próprio barco”.

José Pacheco da Costa Salema, avô paterno do Comandante Salema

Em terra, a vinha constituia o seu ‘hobby’, e não descurando os arranjos da casa, evidencia-se como electricista. José Salema é solitário por opção mas gosta das pessoas e dá-se bem com todos. Divide o seu tempo entre as comunidades do Canal, privilegia a leitura – algo de que sempre gostou – e concorda que só apreciamos verdadeiramente o que temos (a nossa terra) depois de termos saído, com a oportunidade de regressar. “Gostava de dar a volta ao mundo no meu barco” Estando ligado à Organização de Regatas, às Comissões, à Marinha e ao meio náutico, o Comandante Salema revela o seu sonho: “Gostava muito de participar numa regata como ‘skipper’, no meu barco!

Decq Mota e João Garcia: dinamizadores mais recentes José Salema foi Vice-Presidente da Direcção do CNH de 1999 a 2001, tendo sido o primeiro Coordenador Pedagógico dos Cursos de Navegador de Recreio do Centro de Formação de Desportistas Náuticos do Clube Naval da Horta, responsabilidade que manteve a partir de 1997 e ao longo de vários anos. “Fiz parte de uma Direcção com o José [Dec Mota], que delira com tudo isto e se tem dedicado muito ao Clube. Ele gosta e tem tempo. Aliás, nos anos mais recentes, ele e o João Pedro Garcia foram os grandes impulsionadores da actividade e dinamismo do Clube Naval da Horta, que se tornou num barco muito grande para gerir. As pessoas não têm ideia do volume de trabalho desta casa. O CNH tem um papel muito importante no Faial e há que haver responsabilidade, pois sabemos que alguns usam o cargo de Presidente como questão política, fazendo dele um trampolim para montar a sua capacidade de acção estratégica. O Clube tem muitas actividades e quantas mais, melhor. O que é preciso é ter capacidade para aguentar isso tudo. E dinheiro! Porém, tenho de destacar o enorme trabalho dos Voluntários. O que é a “Atlantis Cup - Regata da Autonomia” e o Festival Náutico sem essa gente toda que dá de si e do seu tempo ao CNH? O Voluntariado marcou sempre muito esta instituição e ajudou a fomentar e desenvolver esta gigantesca actividade”. Em 2011, a Direcção do Clube Naval da Horta homenageou o Comandante Salema, atribuindo o seu nome à segunda embarcação de instrução da Classe Raquero. José Salema foi e é um Sócio activo, com um permanente sentido de colaboração, a bem da actividade do Clube.

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SCHOOL AT SEA “THALASSA” ENFRENTA TEMPESTADE PARA CHEGAR ÀS BERMUDAS

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Mariana Rosa: “O clima a bordo foi muito bom e todos nos apoiámos” A velejadora do Clube Naval da Horta (CNH), Mariana Rosa, e os colegas enfrentaram, a bordo do “Thalassa”, uma violenta tempestade, entre Cuba e as Bermudas. Susana Rosa – mãe da velejadora faialense – conta que o navio-escola enfrentou “uma grande depressão, com rajadas entre os 48 e os 68 nós e ondas de 10 metros”. O “Thalassa” saíu de Cuba no dia 22 de Fevereiro último e chegou às Bermudas este domingo, dia 4, de onde deverá partir no próximo domingo (11) rumo à ilha do Faial, última paragem deste itinerário. Prevê-se que dê entrada no Porto da Horta no dia 25 do corrente, devendo partir a 1 de Abril com destino a casa: Holanda. O Faial é, como habitualmente, a única paragem que este Projecto contempla no Arquipélago dos Açores. Uma vez mais, o Clube Naval da Horta – que tem acompanhado a viagem e dado conta das diferente etapas, com a colaboração da sua velejadora – está a preparar uma recepção muito especial para acolher esta comitiva de alunos, marinheiros e professores, quase todos holandeses. Mariana Rosa e Miriam Pinto (algarvia), ambas alunas da Escola Secundária Manuel de Arriaga (ESMA) da Horta, são as únicas portuguesas neste grupo de 34 estudantes, que integram o “School at Sea” (no ano lectivo de 2017/2018), Projecto educativo holandês, que reúne alunos de todo o mundo, do ensino secundário, com idades entre os 14 e os 17 anos. Esta viagem de sonho, com a duração de 6 meses, teve início a 21 de Outubro de 2017 e termina a 21 de Abril próximo. Recorde-se que, do Faial, já participaram neste Projecto, Júlia Vieira Branco, Bartolomeu Ribeiro, Emília Vieira Branco, Carolina Salema e Jorge Medeiros, com a particularidade de todos terem frequentado a Escola de Vela do Clube Naval da Horta. No e-mail enviado aos pais (Susana e Fernando Rosa), Mariana Rosa relata: “No dia 1 [de Março] já estava a ficar mau e à noite fecharam todas as portas, porque podia entrar água… só as pessoas do turno é que podiam ir lá para fora e tinham que ir com arnês e,

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quando estavam lá em cima de vigia, tinham de estar com o arnês preso a algum sítio. As ondas e o vento começaram a crescer tanto que um cabo da buineKluiver (1 das 3 velas da frente) partiu-se a meio e então ficámos só com 2 velas. Mas eu ainda não expliquei bem: as ondas passavam por cima da parte de cima do barco e entravam pelas bordas do barco, mas só mesmo visto, porque não dá para imaginar. De vez em quando vinham ondas que entravam pela porta de trás do barco e pela janela também, apesar de estar tudo fechado. Fui dormir por volta das 8h, mas como estou na cama de cima e as ondas estavam muito fortes, estava com medo de cair, e então pus o saco-cama no chão, peguei nas minhas almofadas e no lençol e tentei dormir. Não dormi grande coisa, mas ao menos estava melhor. À meia-noite e 45 foram acordar-me para o turno. Vesti-me e eles disseram que já não precisávamos de ir lá para fora. Só tínhamos de ficar no salão com a roupa de vela ao nosso lado, caso fosse preciso irmos lá fora. A Fieke (uma das tripulantes) foi dormir para o salão e disse-nos que com as 2 velas estávamos a dar 14 nós”.

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Durante a tempestade, o barco foi comandado pela tripulação

O “Thalassa” atracou nas Bermudas no passado dia 4, com todos em segurança, mas ainda com rajadas de 40 nós. Em mensagem enviada aos pais, o capitão, Sam Dubois, explicou porque tomou a decisão de atravessar a tempestade: “1 - Não duvido da equipa do navio nem dos seus filhos. 2 - Vimos a depressão (mau tempo) com bastante antecedência e temos crianças e um navio bem preparados. 3 - Enfrentámos essas depressões de acordo com as previsões: rumando para Norte e deixando o vento entrar para que possamos fugir do vento e isso foi conseguido plenamente. 4 - As crianças estiveram fechadas durante 36 horas, não por causa do perigo no convés, mas pelo facto de a tripulação estar a comandar. Assim sendo, não fazia sentido as crianças estarem no convés. 5 - Houve alguns danos no navio, como uma vela para reparar e, além disso, pequenas coisas que já foram ou serão resolvidas”. Já em terra (Bermudas), Mariana Rosa explicou aos pais que ela e os colegas nunca tiveram medo, porque têm “muita confiança na equipa do navio”. “O clima a bordo foi muito bom e

todos se apoiaram uns aos outros”, sublinha a velejadora do CNH. Quando chegaram às Bermudas, tiveram “um grande trabalho de limpeza, porque estava tudo revirado e muita coisa partida”. Nesta paragem, Mariana e os companheiros da aventura que está a chegar ao fim, tiveram a oportunidade de conhecer a Bermuda – e a sua capital, Hamilton – que é uma região autónoma sob a dependência da Grã-Bretanha, com uma área de aproximadamente 53 quilómetros quadrados. Itinerário da viagem: De 21 a 26 de Outubro de 2017: Amsterdão De 27 de Outubro a 16 de Novembro de 2017: Navegação De 17 a 23 de Novembro de 2017: Santa Cruz, Tenerife De 24 a 30 de Novembro de 2017: Navegação De 1 a 3 de Dezembro de 2017: Cabo Verde

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De 4 a 19 de Dezembro de 2017: Navegação De 20 a 24 de Dezembro de 2017: Dominica De 25 a 29 de Dezembro de 2017: Navegação De 30 de Dezembro a 6 de Janeiro de 2018: Curaçao De 7 a 12 de Janeiro de 2018: Navegação De 13 a 18 de Janeiro de 2018: San Blas Eilanden (Panamá) De 19 a 20 de Janeiro de 2018: Navegação De 21 de Janeiro a 1 de Fevereiro de 2018: Costa Rica De 2 a 12 de Fevereiro de 2018: Navegação De 13 a 24 de Fevereiro de 2018: Cuba De 25 de Fevereiro a 4 de Março de 2018: Navegação De 5 a 10 de Março de 2018: Bermuda De 11 a 24 de Março de 2018: Navegação De 25 de Março a 1 de Abril de 2018: Açores (Ilha do Faial) De 2 a 17 de Abril de 2018: Navegação De 18 a 21 de Abril de 2018: Ijmuiden (Holanda)

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SCHOOL AT SEA “THALASSA” CHEGOU AO FAIAL, ONDE DECORRE UM PROGRAMA SOCIAL

O “Thalassa” chegou ao Porto da Horta terça-feira, dia 27, após uma viagem de 5 meses, em que foram percorridas 10.500 milhas náuticas

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indo das Bermudas, chegou ao Faial pelas 9 horas da manhã de terça-feira, dia 27, o navio-escola holandês “Thalassa”. Uma comitiva do Clube Naval da Horta (CNH) saiu de barco para receber estes visitantes muito especiais, onde se encontra Mariana Rosa, velejadora do CNH, e aluna do Projecto “School at Sea” deste ano lectivo de 2017/2018. Além dos restantes companheiros holandeses, a faialense conta, ainda, com a colega Miriam Pinto (algarvia), ambas estudantes da Escola Secundária Manuel de Arriaga (ESMA) da Horta, e as únicas portuguesas do grupo. Os pais de Mariana e Miriam organizaram um Programa Social, que, de acordo com Susana Rosa – mãe de Mariana Rosa – inclui uma recepção na Câmara Municipal da Horta; uma visita turística pela ilha do Faial, com visita guiada ao

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Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos; um jantar-convívio no CNH; e uma visita à Escola Secundária Manuel de Arriaga. Depois do Faial – a única paragem que a Fundação “School at Sea” prevê anualmente, no Arquipélago dos Açores, no decorrer deste programa educativo – o “Thalassa” ruma a casa (Holanda) no dia 2 de Abril próximo, onde deverá chegar por volta do dia 18. Esta experiência única decorre no âmbito do “School at Sea”, Projecto holandês destinado a alunos de todo o mundo, do ensino secundário,

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com idades compreendidas entre os 14 e os 17 anos de idade. Em jeito de retrospectiva, lembramos que, do Faial, já participaram neste Projecto – que anteriormente era realizado a bordo do “Regina Maris” – Júlia Vieira Branco, Bartolomeu Ribeiro, Emília Vieira Branco, Carolina Salema e Jorge Medeiros, com a particularidade de todos terem frequentado a Escola de Vela do Clube Naval da Horta.

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SCHOOL AT SEA JANTAR DE RECEPÇÃO AOS ALUNOS E TRIPULANTES DO “THALASSA”, NO BAR DO CNH

A festa de recepção foi muito animada, tendo incluído discursos, jantar e música ao vivo

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ecorreu na noite de quarta-feira, dia 28, no Bar do Clube Naval da Horta (CNH), um Jantar de Recepção a todos os elementos que integram o Projecto “School at Sea” neste ano lectivo de 2017/2018. Os 34 alunos – onde se encontra a velejadora do CNH, Mariana Rosa – e os 10 tripulantes do “Thalassa”, foram recebidos na Marina da Horta esta terça-feira (28) de manhã, depois de uma viagem de vários dias com origem nas Bermudas. A noite festiva de quarta-feira começou com um discurso de boas-vindas, proferido pelo Vice-Presidente da Direcção do CNH, Luís Costa, que elogiou este Projecto holandês, destinado a alunos de todo o mundo, do ensino secundário, com idades compreendidas entre os 14 e os 17 anos de idade. Luís Costa enalteceu a participação das duas únicas portuguesas a bordo – a faialense Mariana Rosa e a algarvia Miriam Pinto,

ambas alunas da Escola Secundária Manuel de Arriaga (ESMA) da Horta – salientando o prazer que é para o CNH receber todos aqueles que integram este Projecto na actualidade. Presentes estiveram, ainda, o presidente da Câmara Municipal da Horta, José Leonardo Silva; o director regional da Juventude, Lúcio Rodrigues; patrocinadores das duas participantes portuguesas; professores e colegas da ESMA; além de amigas de Mariana Rosa e Miriam Pinto. Por seu turno, o coordenador pedagógico deste Projecto, Pascal Tak, agradeceu a recepção e convidou dois alunos holandeses – a Enora e o Caya – a falarem da sua experiência, tendo, os mesmos, recordado todas as etapas da viagem, que incluíram várias peripécias vividas ao longo destes 5 meses. Após o jantar, os visitantes foram brindados com a actuação do grupo local “Marca Branca”. Segundo Susana Rosa, mãe de Mariana Rosa, “foi uma noite bem animada”, em que alunos, tripulação, dirigentes e convidados “desfrutaram e gostaram muito” destes momentos de boa

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Luís Costa, Vice-Presidente da Direcção do CNH, saudou todos os visitantes

convivência e grande partilha de experiências e mundividências. De salientar que o Programa Social de recepção ao “Thalassa” na ilha do Faial foi organizado pelos pais de Mariana e Miriam. Além do jantar, o programa inclui, também, uma recepção na Câmara Municipal da Horta, que aconteceu esta quinta-feira, dia 29, um passeio turístico pela ilha do Faial, com visita guiada ao Centro de Interpretação do Vulcão dos Capeli-

Dirigentes e Sócios do CNH, além de familiares e amigos de Mariana e Miriam, participaram neste Jantar de Recepção

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Mariana Rosa e Miriam Pinto partilharam experiências

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Foi em ambiente festivo que os holandeses do “School at Sea” foram recebidos no Faial

nhos; e uma visita à Escola Secundária Manuel de Arriaga. A partida do Faial – última paragem do “Thalassa” – rumo à Holanda está prevista para a próxima segunda ou terça-feiras (dias 2 ou 3 de Abril). Susana Rosa refere que, o comandante ainda não garantiu o dia certo, o que está dependente do estado do tempo. Consoante a direcção do vento, o navio-escola poderá, ainda, fazer uma paragem em França ou Inglaterra. Prevê-se que a chegada à Holanda aconteça no dia 18 de Abril, dando-se o desembarque a 21. Mariana e Miriam saíram do Faial em Outubro de 2017 rumo a Lisboa e daí até à Holanda, de onde zarparam no dia 21 (de Outubro), tendo passado por Espanha (Corunha); Portugal (Porto Santo, na Madeira); novamente por Espanha (Tenerife, nas Canárias), Cabo Verde (São Vicente); Dominica; Martinica; Santa Lúcia; Curaçao; Panamá (San Blas, Portobelo e Bocas del Toro); Cuba, Bermudas e agora Faial. Aliás, a ilha do Faial é a única paragem que a Fundação “School at Sea” prevê, anualmente, no Arquipélago dos Açores.

Os alunos Enora e Caya recordaram as várias etapas desta viagem

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SCHOOL AT SEA PROGRAMA SOCIAL DE RECEPÇÃO AO “THALASSA”, NO FAIAL

Alunos da Escola de Vela do Clube Naval da Horta visitaram o “Thalassa”. Neste grupo encontram-se, também, a Treinadora Susana Garcia, e a velejadora, Mariana Rosa

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ecorreu quarta e quinta-feiras (dias 28 e 29), o Programa Social de Recepção ao navio-escola holandês “Thalassa”, que aportou ao Faial terça-feira, dia 28. Este Programa foi organizado pelos pais das únicas duas portuguesas que integram o Projecto “School at Sea”, neste ano lectivo de 2017/2018, e que são Mariana Rosa, faialense e velejadora do Clube Naval da Horta (CNH), e Miriam Pinto, algarvia, ambas alunas da Escola Secundária Manuel de Arriaga (ESMA), da Horta. Recorde-se que o “School at Sea” é um Projecto

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holandês, destinado a alunos de todo o mundo, do ensino secundário, com idades compreendidas entre os 14 e os 17 anos de idade. Programa no Faial Quarta-feira (28), o Programa incluiu uma visita guiada ao Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos e à Câmara Municipal da Horta, tendo terminado com o Jantar no Bar do CNH. Na quinta-feira (29), e no âmbito do intercâmbio com a Escola Secundária Manuel de Arriaga, houve uma visita a este estabelecimento de ensino da parte da manhã e, à tarde, alunos da ESMA e da Escola de Vela do Clube Naval da Horta visitaram o “Thalassa”. Ainda na tarde de quinta-feira, a Empresa “Horta Cetáceos” fez uma apresentação sobre ‘Whale Watching’ nos

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Intercâmbio dos alunos do “School at Sea” com os alunos da Escola Secundária Manuel de Arriaga

Açores, a bordo deste navio-escola. Sexta (dia 30) e sábado (dia 31), os alunos do Projecto “School at Sea” foram divididos em grupos e colocados em diferentes locais, fora da cidade, onde se encontram a acampar. De acordo com Susana Rosa – mãe de Mariana Rosa – estes dois dias funcionarão como um tempo destinado a reflectir sobre estes 5 meses de viagem pelo mundo. Mariana e Miriam saíram do Faial em Outubro de 2017 rumo a Lisboa e daí até à Holanda, de onde zarparam no dia 21 (de Outubro). Ao longo destes meses, já passaram por Espanha (Corunha); Portugal (Porto Santo, na Madeira); novamente por Espanha (Tenerife, nas Canárias), Cabo Verde (São Vicente); Dominica; Martinica; Santa Lúcia; Curaçao; Panamá (San Blas, Portobelo e Bocas del Toro); Cuba, Bermudas, encontrando-se actualmente na ilha do Faial, única paragem que a Fundação “School at Sea” prevê, anualmente, no Arquipélago dos Açores. A partida do Faial rumo à Holanda está prevista para a próxima segunda ou terça-feiras (dias 2 ou 3 de Abril), de acordo com o estado do tempo. Consoante a direcção do vento, o navio-escola poderá, ainda, fazer uma paragem em França ou na Inglaterra. Estima-se que a chegada à Holanda aconteça no dia 18 de Abril, dando-se o desembarque a 21.

Miriam Pinto, José Leonardo, Mariana Rosa e o coordenador pedagógico do Projecto “School at Sea”, Pascal Tak, na visita à Câmara Municipal da Horta

ir_ao_mar - Nº48, março de 2018

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DESDE 1947 PRÉMIO DE EXCELÊNCIA DESPORTIVA 2011 INSÍGNIA AUTONÓMICA DE MÉRITO CÍVICO 2017 WWW.CNHORTA.ORG

MONTAGEM: ARTUR SIMÕES TEXTOS: CRISTINA SILVEIRA


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