APADIF - Jornal VOZES - 19º Aniversário

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VOZES 

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Destaques

EDITORIAL Estamos a comemorar o nosso 19º Aniversário, com atividades praticamente por todo o mês. Começou com a exposição de pintura no Polivalente da Biblioteca da Horta, com trabalhos lindíssimos dos utentes do projeto “Moviment’arte” e só terminará no dia 24, com a entrega de prémios das regatas de vela ligeira nas classes de optimist, laser, 420 e Acess. Como tem sido habitual, neste dia surge mais uma edição a 7º, do Jornal VOZES, que irá dar a conhecer a todos, aquilo que tem sido o nosso trabalho, que apenas e só tem por objetivo dotar to(continua na pág. 2)

EDITORIAL

     1.ª Gala Regional da Pessoa com Deficiência, 3 de dezembro de 2011          Faial sem limites - Vela para todos       Inauguração do Centro de Dia da Conceição, 3 de dezembro de 2011 

Como já vem sendo habitual é editado no dia nosso aniversário, Ao jeito dedo uma pincelada Pág. o 7 Destaques nosso jornal VOZES. Esboços Pág. 8 É nossa intenção dar a conhecer aos nossos associados e ao público Centro Dia da Conceição Pág. 2 Trilhos Saudáveis Pág. 9 Faialense, aquilo que fizemos no último ano. Com o apoio da APADIF muitos locais “Flores” do nosso jardim! Pág. 9 São várias as frentes que entrevimos, desde as crianças, jovens e até do Faial acessíveis a invisuais Pág. 4 Vela pata Todos idosos. – Faial Sem Limites Pág. 10 Temos investido bastante na formação dos nossos técnicos, para que ATL “Arco-íris” à descoberta do Centro Trilhos Saudáveis no Mar Pág. 12 possam dar a resposta adequada chamamento. Pág.a4cada de Interpretação do Vulcão Já alguns anos, que temos vindoPlano a trabalhar, várias Municipalrealizando de Prevenção das Férias Ativas 2012 Pág. 5 Toxicodependências da Horta actividades lúdicas, com a finalidade de prevenir o uso e o abuso das Pág. 13 A realidade psicoactivas, atual Pág. parceria 6 substâncias numa com a Direcção Regional da Por uma sociedade melhor Prevenção e Combate com óptimos resultados. Ainda Monitores em regime às Dependências A inclusão é o caminho de voluntariado

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Pág. (continua na pág.14 2)

Confeção Massa Sovada Pág. 14 

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Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e Solidariedade entre Gerações Pág. 15



 Porquê voluntária? Porquê a APADIF? Pág. 16  

Moviment’arte em ação  na Comunidade  Pág. 17

 Exposição da APADIF patente ao  público até ao dia 9 no Polivalente da Biblioteca Pública Pág. 20 


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EDITORIAL (conclusão da pág. 1)

dos os nossos utentes das diferentes áreas de intervenção com competências e conhecimentos com vista à sua inserção na Sociedade. Estamos orgulhosos, pelo trabalho desenvolvido em todas as nossas valências, mas gostaríamos de salientar algumas, que nos terá dado outra visibilidade, estou-me a referir concretamente à primeira Gala regional do dia Internacional da pessoa com deficiência, transmitida pela RTP – AÇORES, diretamente do Teatro Faialense, pena que para este ano nada esteja previsto. A inauguração do Centro de dia da Conceição e a sua entrada em funcionamento foi uma mais-valia para a ilha do Faial, pois veio colmatar uma necessidade que se vinha a sentir à vários anos. Queríamos igualmente enaltecer e vicar o sucesso que tem sido o Projeto FAIAL SEM LIMITES - Vela para todos , que para muitas era mais uma iniciativa falhada , veio provar que afinal estávamos cheios de razão quando andávamos a bater às portas , que se iam fechando, até que o Clube Naval da Horta e Academia do Bacalhau , não só acreditaram como incentivaram e hoje todos estamos felizes pelo êxito, e por termos sido os pioneiros nos Açores. Gostaríamos em 2013,de entre muitas iniciativas, arrancarmos com a Sede dos Trilhos Saudáveis, no Bairro das Pedreiras. Já temos projeto e terreno, falta agora o financiamento. Vamos trabalhar para que isso seja mesmo uma realidade, porque é impossível trabalharmos nas condições em que estamos. A nossa Instituição é uma grande valia no Faial, não só pelos empregos que cria, mas por todo o trabalho que tem vindo a desenvolver, mas se é verdade que muito foi feito, muito mais haverá que fazer. Nós iremos estar atentos, que o Governo agora empossado reforce o papel das IPSS , dando os meios necessários para que possam desempenhar o seu papel no presente e no futuro. BASTA DE INCERTEZAS. José Alberto Fialho

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Centro Dia da Conceição O Centro de Dia da Conceição é uma valência da Associação dos Pais e Amigos dos Deficientes da Ilha do Faial, no qual possui um Acordo de Cooperação com a Secretaria Regional da Solidariedade e Segurança Social. Ao instituir-se Centro de Dia, procurou-se que o mesmo possibilitasse uma oferta diversificada de serviços tais como: cuidados de higiene e conforto, alimentação, tratamento de roupas, convívio/ocupação, férias organizadas, acolhimento temporário. Esta resposta social, desenvolvida em equipamento, contribui para a manutenção dos idosos no seu meio sócio-familiar, visando a promoção da autonomia e a prevenção de situações de dependência ou o seu agravamento.

Pretendemos promover uma forma de ocupação dos idosos que lhes permita sentirem-se saudáveis, capazes de desempenhar funções e atividades, alcançar expectativas e desejos e manterem ativos no seu meio, ou seja, de terem alguma função social que lhes proporcione uma boa qualidade de vida. Sendo assim, este Centro possui diversas atividades/ateliers tais como: • Atelier de Expressão Plástica; • Atelier de Culinária; • Atividade Cultural; • Dinâmicas de Grupo; • Informática; • Jogos de Mesa; • Atelier de Alfabetização; • Atividades de carater social e intelectual; • Visualização de filmes; • Visitas; (continua na pág. 3)


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• Passeios; • Comemoração de dias festivos • Atividade Física. E como a prática de exercício físico é muito importante no dia a dia dos nossos idosos, o Centro de Dia da Conceição aliou-se ao Projeto de intervenção comunitária “Controle a Tensão”, que está a cargo dos alunos do Curso de Pós Licenciatura de Especialização em Enfermagem Comunitária. No âmbito deste projeto foram realizadas diversas atividades físicas tais como visitas ao jardim botânico com jardinagem, prática de exercício físico no Ginásio Corpuseven e aulas com Go gym Lisa Medeiros, e visita ao Club Naval da Horta, com a apresentação “Vela para todos – Faial sem Limites”. A apresentação deste projeto criou bastante entusiasmo nos idosos, uma vez que é uma atividade diferente que nunca imaginaram um dia poder realizar. Os idosos visitaram o Club Naval da Horta no intuito de verem as embarcações Access, e todo o processo envolvente, para comprovarem o conforto da embarcação e a nocção de segurança que transmite. Para finalizar

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a visita, cerca de 15 idosos voluntariaram-se para dar um passeio pela baia da horta, a bordo de um semi rígido “Eric Tabarly”, para a maioria deles a primeira experiencia numa embarcação semi rígida. A felicidade de quem foi no passeio era patente em todos os rostos. É de salientar a pratica de exercício físico pois retarda o processo de envelhecimento. Se a saúde física é muito importante para o bem-estar, as atividades de carácter intelectual e social não podem ser descuradas já que representam uma parte não menos importante. Na verdade, só existe bem-estar quando é atingido o equilíbrio entre a condição física e a intelectual. O contacto social é cada vez mais importante à medida que se envelhece, altura em que aumenta o tempo livre e em que a ajuda mútua e a companhia são fundamentais. No Centro de Dia da Conceição, procuramos possibilitar uma oferta diversificada de serviços, apoiando a família, permitindo que o idoso, permaneça, o maior tempo possível, no seu meio habitual de vida, retardando a institucionalização. Promovemos um envelhecimento ativo e saudável!


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ATL “Arco-íris” à descoberta Com o apoio do Centro de Interpretação do Vulcão

da APADIF muitos locais do Faial acessíveis a invisuais

Fruto de uma estreita colaboração entre a APADIF e o Governo Regional dos Açores , o Centro de interpretação do Vulcão dos Capelinhos, desde Setembro de 2011, passou a estar acessível a um maior numero de pessoas, só possível através de um circuito de apoio aos visitantes invisuais. Assim foi colocada uma sinalética especial no chão que em conjunto com um guia e com legendas em Braille, permite aos cidadãos cegos fazerem uma visita autónoma ao Centro. Este trabalho também já ganhou forma no Jardim Botânico do Faial. A quinta das Buganvílias desde de Abril de 2012, após uma operação e adaptação de todas as placas identificativas para Braille e de alguns textos descritivos em português e inglês, passou a estar acessível a todos os cidadãos. Trabalho idêntico está a ser preparado para a Casa Museu Manuel de Arriaga na cidade da Horta. Podemos considerar que este tem sido um trabalho inédito nos Açores e que muito nos orgulha.

O ATL “Arco-Íris” é uma das valências da APADIF a funcionar desde o ano de 2002, tem capacidade máxima para 40 crianças. Na época de verão 2012, devido às férias de alguns pais ou familiares, apenas frequentaram o ATL aproximadamente 20 crianças diariamente. Após alguns contatos surgiu a oportunidade de visitar o centro de interpretação do Vulcão dos Capelinhos, um passeio diferente, com o objetivo de despertar o interesse das crianças para a história do vulcão dos Capelinhos, a visita foi agendada para 28 de agosto, pelas 11 horas. Nesta manhã de sol, pelas 10 horas, partimos do ATL “Arco-íris” em direção ao centro de interpretação do vulcão dos Capelinhos, na freguesia do Capelo,15 crianças e 5 funcionários. Fomos recebidos pela Técnica Superior Geóloga Salomé Meneses, que nos deu uma breve apre-

sentação sobre o que era um vulcão e as consequências de uma erupção. De seguida, fomos para o tão ansioso momento do filme em 3D! Todas as crianças na sala com os enormes óculos na cara, só em si foi um momento a recordarem. Assistimos assim, ao filme, uns calmamente, outros com as mãos no ar a tentar agarrar os “meteoritos a voar”. Após a visualização do filme, junto com a Técnica passámos a uma visita guiada por entre os corredores do centro de interpretação. Seguimos por várias salas onde descreviam toda formação e atividade do vulcão, de seguida a Técnica proporcionou às crianças um jogo de caça ao tesouro em que tinham como objetivo encontrar o livro da história do vulcão. Encontrado o livro ouviram a história e colocaram algumas questões. Finalmente visitaram a loja do Centro de Interpretação onde ofereceram camisolas a todas as crianças, estas estavam muito felizes pelo passeio e pelo que descobriram sobre o vulcão dos Capelinhos. ATL “Arco-íris” Lúcia Bettencourt e André Rodrigues


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Férias Ativas 2012 O Centro de Desenvolvimento e Inclusão Juvenil – CDIJ Activar – é uma valência da APADIF direcionada para a população jovem, com idades compreendidas entre os 13 e os 21 anos. Neste sentido, este projeto promoveu este ano as “Férias Ativas 2012”, oferecendo ao seu público alvo um vasto leque de atividades divertidas e enriquecedoras. Sendo a população jovem um poço de energia e, ao mesmo tempo, vulnerabilidade, a equipa do CDIJ Activar criou um plano de atividades diferenciadas, onde os jovens puderam expandir-se nas mais variadas áreas, sem desfocar o objetivo principal: a diversão e a aprendizagem. Deste modo, no referido plano, estavam inseridas atividades que focavam a promoção da inclusão social e educação; importância da prática do desporto na adolescência para promoção de hábitos de vida saudáveis; atividades que promoviam um maior e melhor conhecimento das riquezas oferecidas pela fauna e flora da ilha; momentos de expansão artística; troca de experiencias e partilha cultural. Para ir de encontro aos aspetos pretendidos foram desenvolvidos, durante os meses de julho e agosto: passeios pedestres – onde os jovens foram pioneiros no Trilho do “Atum” ( batizado pelos intervenientes...) e seguidores no Trilho do Vulcão; idas às diferentes praias e piscinas naturais da ilha – nomeadamente, praia de Porto Pim e praia do Almoxarife, piscinas naturais de Castelo Branco e do Varadouro; concursos de esculturas na areia; elaboração de artigos para exposição e venda na Semana do Mar; pinturas; jogos de futebol; torneios de ping-pong; torneios de PlayStation; jogos de computador; almoços-convívio; e, muito importante salientar, momentos de conversa fiada e partilha de grandes gargalhadas. Concluído o verão, começaram as aulas. Curio-

sos, pesquisamos juntos turmas e horários, trocando ideias sobre as espetativas do novo ano letivo e debatendo opiniões acerca das férias extintas. Podemos dizer que estamos satisfeitos. Em cada dia que passou sentimos o entusiasmo e a presença ativa de cada um. Concluímos com sucesso e aproveitamento todos os objetivos pretendidos. Restanos desejar que este ano letivo corra bem e que nele seja depositada tanta energia e dedicação como assistimos nas férias de verão. Se assim for, tornaremos as próximas férias ainda mais divertidas. A Equipa do CDIJ Activar


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A realidade atual Vivemos num meio social repleto de problemáticas, que carecem de resolução imediata, no que respeita a respostas concretas baseadas na promoção e soluções exequíveis de acordo com as necessidades do público alvo a atingir. Problemáticas originadas por vários fatores, quer do âmbito económico, quer no âmbito de formação pessoal e social. No âmbito económico constatamos várias carências originadas pela instabilidade económica, causadas também pela mudança de politicas sociais existentes, começando pelos cortes orçamentais, que se refletem no poder de compra da população; se antes as dificuldades existiam em determinados contextos sociais, agora com a atual conjuntura económica veio aumentar essas mesmas dificuldades, crescendo o descrédito das populações e baixando a motivação e respostas imediatas para a resolução dos problemas, que vão surgindo. No que se refere ao contexto de pessoal e social constata-se ainda um baixo nível de habilitações e contextos sociais vulneráveis, por falta de emprego e competências em determinadas áreas. Embora surjam algumas respostas neste âmbito, existe ainda a necessidade de reunir esforços no sentido de encontrar outro tipo de soluções, através de estratégias que sejam exequíveis, mediante a criação de parcerias entre vários Sistemas Organizacionais, com a participação ativa de Técnicos Especializados, com várias áreas de formação, podendo sercriadas equipas multidisciplinares como um meio, onde poderão ser levantados e debatidos vários assuntos, contribuindo para uma melhor sistematização de práticas, que possam ir de encontro às necessidades e satisfação do público alvo, que se pretenda atingir. Nas experiências vivenciadas na APADIF (Associação de Pais e Amigos dos Deficientes da Ilha do Faial), as parcerias criadas com alguns Sistemas Organizacionais têm trazido benefícios entre as partes envolvidas, porque a adoção de mecanismos e estratégias com conhecimento de causa foram um meio de dar respostas adequadas às necessidades e ao maior número de exigências, que vão surgindo nesta Área de Intervenção. As boas práticas deveriam ser um mecanismo de apoio aos Sistemas Organizacionais, porque a sistematização de práticas, poderão ser um meio de atingir-se os objetivos pretendidos.

Leónia Melo

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Monitores em regime de voluntariado A expressão “não tenho tempo” ouve-se com frequência a pessoas com talentos reconhecidos que, por comodismo ou falta de coragem, se recusam a pô-los ao serviço dos outros. Ao contrário destas pessoas, encontramos felizmente outras que, apesar de uma vida bastante preenchida, são capazes de disponibilizar-se, dando-se por completo, quando se trata de causas nobres. Em 2006 a APADIF iniciou o ensino de Trabalhos Manuais a pessoas com deficiência, tendo como monitores voluntários Conceição Quaresma, conhecida artesã faialense, e António Pereira, carpinteiro de profissão. Em 2010 foi criado o projeto Moviment’arte, coordenado pela Dr.ª Marta Faria. Surgiram novos ateliers, entre os quais o de pintura ministrada por outra voluntária, Filomena Pinto, mantendo-se o de Trabalhos Manuais com os mesmos monitores. António Pereira, embora tenha outros compromissos na freguesia onde habita, encontrou tempo para ensinar aos nossos rapazes trabalhos em madeira. “Gosto de trabalhar com eles e quando saio de lá venho sempre bem disposto” diz. Ao organizar os trabalhos “procura ir ao encontro do que gostam de fazer”. Constata com satisfação a evolução que eles têm tido, não só no trabalho, mas também no acréscimo de desenvoltura proporcionado pelo desempenho das atividades partilhadas. Conceição Quaresma esteve connosco até 2011, interrompendo a sua colaboração por motivos familiares. Ensinou diferentes trabalhos artesanais, tendo sempre a preocupação da novidade. Afirma sempre: “Gostei muito de lá estar e se pudesse continuava.” Embora houvesse alguma dificuldade no ensino de certos trabalhos, tudo foi ultrapassado com amor. Fernanda Garcia, sempre cheia de ideias, quando lhe é possível vai ter connosco e ensina algum trabalho diferente com muita dedicação. Mais recentemente chegou Marta Scarlati, com toda a sua alegria, disposta a dar o seu melhor. Ela própria dá testemunho neste número de “Vozes” da experiência junto dos nossos utentes. A todos estes monitores que deram e continuam a dar uma parte importante das suas vidas, ensinando gratuitamente aquilo que sabem, a gratidão da Associação de Pais e Amigos dos Deficientes da Ilha do Faial.

Vanda Ângelo


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Ao jeito de uma pincelada

Ao jeito de uma pincelada

Foi tudo muito simples, assim como uma conversa familiar e já lá vão 2 anos que pela mão de Noémia Pinto entrei nesta Associação como voluntária. Ela acreditou levou maisassim alguém a acreditar em mim, Foi tudoemuito simples, como uma conversa familiar e já para com os utentes do Moviment’arte repartir o meu gosto por telas, pincéis, tintas, enfim combinar cores. lá vão 2 anos que pela mão de Noémia Pinto entrei nesta Associação Ela acreditou levou mais alguém a acreditar em mas a Para quem gosta de desafios, bem que tudo istocomo foivoluntária. isso mesmo para emim e para eles utentes, mim, para com os utentes do Moviment’arte repartir o meu gosto por amizade que se gerou, a alegria que emana de cada pincelada conseguida e agradável ao gosto de cada um, telas, pincéis, tintas, enfim combinar cores. o estímulo da parte e sem exceção de todos os que os acompanham, tornaram tudo isto possível e ser-lhe Para quem gosta de desafios, bem que tudo isto foi isso mesmo dado o nome de “Atelier de pintura” que muito agradeço e honro, porque os respeito muito, bem como a para mim e para eles utentes, mas a amizade que se gerou, a alegria responsabilidade pela ação desenvolvida. que emana de cada pincelada conseguida e agradável ao gosto de Tenho conseguido dar-lhes quase tudo, mais do que e isso muita alegria, essa queosenconcadaesperava um, o estímulo da dá-me parte e sem exceção de todos os que tro na alegria deles, pelos trabalhos conseguidos. acompanham, tornaram tudo isto possível e ser-lhe dado o nome de “Atelier de pintura” que muito agradeço e honro, porque os respeito Sinto-me enriquecida, nada me foi tirado! muito, bem como a responsabilidade pela ação desenvolvida. Em mais um aniversário, parabéns à APADIF por toda a sua ação, votos de continuidade e sempre muita Tenho e conseguido dar-lhes tudo, mais do que esperava e toda iniciativa e entusiasmo para o Moviment’arte, para dar mais mais aos seusquase utentes, justificando assim isso dá-me muita alegria, essa que encontro na alegria deles, pelos a nossa amizade por quem é nosso amigo de verdade. trabalhos conseguidos.

Filomena Sinto-me enriquecida, nada me foi tirado!

Pinto

Em mais um aniversário, parabéns à APADIF por toda a sua

A APADIF celebra mais um aniversário, mais ação, um ano descobertas, de sonhos, de ternura, de devotos de de continuidade e sempre muita iniciativa e entusiasmo para o Moviment’arte, dar maisuma e mais aos seus utentes, safios, de esperanças, palavras que podem caracterizar aquilo que para se chama Associação, que une pessoas por motivos e valores em comum. A este ano, 2012, foi dada a designação de Ano Internacional das Cooperativas ou Cooperativismo e, embora a palavra “cooperativa” esteja mais associada à ideia de algo mais direcionado à parte económica, comercial, do consumo, uma Cooperativa não é mais do que “uma sociedade formada por pessoas com interesses em comum, com o objectivo de conseguir certos fins que beneficiem a todos”, fruto de uma partilha. Por aqui podemos ver a importância da existência de Associações - e não é preciso dizer “ainda mais nos tempos que correm,” pois estas sempre farão a diferença, mesmo em épocas de maior desafogo económico, uma vez que estamos aqui a falar de pessoas, sentimentos, emoções, estamos a falar de outro tipo de riqueza - especialmente como a APADIF, cujo trabalho toca a todos nós, mesmo que indiretamente. Ao vivermos em sociedade todos nos cruzamos uns com os outros e uma sociedade bonita é uma sociedade que cria oportunidades de bem-estar a todos os que a compõem, e todos têm uma quota parte nessa missão. Viver em sociedade pode ser especialmente difícil, no caso de pessoas com experiências de vida ou em situações físicas mais complicadas mas que simultaneamente se comportam demonstrando um grande coração, se não houver alguém que lhes estenda a mão, ajude a ganhar competências, as ajude a sair, a fazer algo, a contatar com a vida! As ajude a sentir e a perceber que a sua existência tem também um valor inestimável. É o direito de todo o bom cidadão ser respeitado, mesmo sendo aparentemente diferente. Um feliz aniversário à APADIF, um bem haja a todos aqueles que tem a força e capacidade de pensar nos outros para além de si, especialmente os que mais precisam pois, sem dúvida, nem sempre é o caminho mais fácil, mas pode fazer toda a diferença. Isto faz-me lembrar uma pequena e conhecida história, que é sempre bonita de recordar, e que ainda há pouco tempo li em algum lado: É a história de um menino que estava a atirar estrelas-do-mar, que tinham vindo parar à areia na ondulação, de volta ao mar. Uma pessoa, que passava, perguntou-lhe o que estava a fazer. Ele respondeu que estava a salvar as estrelas-do-mar. A pessoa, ao olhar o vasto areal e a enorme quantidade de estrelas na areia, disse-lhe que seria impossível salvá-las a todas e indagou-o então porque o fazia. Ele respondeu-lhe que, para cada uma que ele ajudava, fazia toda a diferença. Sara Porto


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Esboços Mais uma vez, neste espaço, a intenção é o traçar Esboços, utilizando o selo da APADIF, o papel da realidade e o lápis da psicologia. O este conceito - “delineamento inicial de uma obra de desenho ou de pintura, uma modelação inicial ou os primeiros traços no toro de uma obra de escultura”. Assim, mais um pedacinho de caminho nestes esboços, sem a pretensão do desígnio artístico do desenho ou da escultura, mas com o intuito de partilhar temas, de interesse para todos, abrangendo a (dis)funcionalidade, de uma forma, ligeira e compreensiva. “Há sempre os que são diferentes!” Numa sala de atividades, uma educadora de infância, que trabalhava o Dia da Árvore, após uma longa sequência de perguntas e respostas, questionou as crianças se todas as árvores teriam raízes. Todas responderam que sim, há excepção de duas que acharam que nem todas precisariam de raízes, pois nem todos tem de ser iguais… “Há sempre os que são diferentes!” Na espontaneidade da resposta e na prontidão deste pensamento, está de facto uma tomada de posição e de aceitação. Esta consciencialização reflete a interiorização do modo de estar e ser, respeitando os outros, iguais e diferentes. Desde pequenitos, vamos assimilando os contos que apelam à tomada de consciência das diferenças, como é o caso do Patinho Feio, entre muitas outras que vão sempre surgindo. Em cada nova história relembramos a anterior, porém se nos passar à frente alguém com o cabelo laranja, uns óculos pontiagudos, um chapéu de cowboy, e com os sapatos ao contrário, logo murmuramos...!? Contudo, no comentar não reside o problema, falar das diferenças, é valorizar que existem. O desleal é não respeitá-la, é quase humilhá-la, fazendo a diferença mais diferente! Aqui vai também uma pequena fábula minha … ...Entremos então pela porta do imaginário e deixemo-nos embarcar na viagem das palavras a caminho dos sonhos… A Eugénia era uma girafa muito bela, elegante e majestosa. Por onde passava, todos ficavam a olhar, contemplando a sua beleza. Toda esta admiração tornoua vaidosa e caprichosa, o que não era apelativo para grandes amizades. E que realmente não as tinha! Com o passar do tempo nem se apercebeu que a sua beleza deixara de ser tão iluminada, ficara embaciada por tamanha vaidade. Até que, num certo dia, no seu passeio matinal, reparou que já ninguém a admirava e,

estonteada com a situação, parou. Observando em pormenor à sua volta, procurou trocar olhares com alguém que reparasse que ela por ali passava… mas nada! E foram-se sucedendo os dias e ninguém mais reparava nela. A princípio desprezou, achou que não mereciam tamanha beleza. Depois amuou, ficou zangada e questionava-se: «Que se passa com esta gente?». Finalmente, frustrada, entristeceu e a partir daí deixou de se sentir tão bonita, deixou de passear e foi-se sentindo cada vez mais só, cada vez mais diferente! Desagradavelmente diferente! Um dia ao passar junto de outras pessoas, que naturalmente ali estavam, sentiu-se envergonhada porque já não era habitual passear, e no meio da atrapalhação, de repente, na inquietude da fuga, tropeçou num ramo caído no chão. Deu umas valentes cambalhotas, bateu com a cabeça num ramo da árvore que logo quebrou e lhe caiu em cima… Fez-se silêncio! Passada a confusão, baixou a poeira da revolução, e lá estava ela, tão frágil, insegura, só… parecia tão pequena, deitada, enrolada no chão… Os outros foram logo em seu auxílio, tiraram-lhe o ramo de cima e tentaram falar-lhe. E nada mais se lembra! Quando acordou, sentiu que nada estava igual. Com a queda tinha partido uma perna e agora tinha uma prótese… Situação estranha e triste, mas que envolta em amigos que a apoiaram, a ajudaram a perceber que tudo estava diferente, mas que podia ser tudo igual. Então, aquele estranho mecanismo, parecia-lhe agora espantoso, com ele podia na mesma, andar, correr, saltar e até mesmo dançar! Mas agora, talvez tivesse com quem! Sentia vontade de passear de novo e, ao passar, tinha de novo todos os olhares nela, todos queriam ver a sua diferença, tinha uma prótese, e era mais simpática e amiga, no fundo estava muito mais igual… e de novo vaidosa, era diferente, mas igual… Trazida pela brisa, a poeira mágica desta história, carrega a mensagem da diferença e do igual, que estão em todo o lado e nas mais pequenas coisas, que se fazem sentir no olhar, no gesto e no sorriso. A importância está no respeitar e no não esquecer que temos todos emoções, umas mais visíveis que outras, umas mais difíceis que outras… Em alguns é mais fácil percebe-las, noutros estão mais escondidas! A diferença é conseguirmos ver pequenas diferenças em coisas simples e que as tornam únicas, mas pertencentes a um todo, e iguais a tantas outras! por Lina Alvernaz Leal (Psicóloga) Out/2012


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“Flores” do nosso jardim! O Projeto Trilhos Saudáveis surgiu em 2007, sendo da responsabilidade da APADIF, e conta com a inscrição de 60 jovens, com idades compreendidas entre os 14 e os 29 anos. Este é financiado pela Direção Regional de Prevenção e Combate às Dependências, sendo a única valência, na ilha do Faial, que funciona de maneira estruturada e com objetivos específicos no âmbito da prevenção das dependências. Assim, tem como objetivos: potenciar a aquisição de hábitos de vida saudáveis; prevenir o mau uso e abuso de substâncias psicoativas; promover o desenvolvimento de padrões de vida funcionais e ajustados; promover a inclusão dos jovens em situação de risco e abandono escolar; promover a inclusão profissional. O Projeto desenvolve-se no Bairro das Pedreiras – Horta, ilha do Faial, das 16h00 às 22h00, onde são implementadas diversas atividades que visam promover uma maior proximidade entre os jovens e a sociedade. Ao longo do tempo, foram-se desenvolvendo um leque bastante diversificado de ateliês, nomeadamente, de trabalhos manuais, dança, mecânica, carpintaria, informática culinária, técnicas de expressão e comunicação, sentimentos, saúde e desporto. Estes têm por objetivo, dotar os jovens de aptidões apropriadas de autoconhecimento, bem como de uma maior responsabilização e consciencialização em relação à própria saúde. Ao longo dos anos o Projeto possibilitou aos jovens uma participação mais ativa junto da comunidade nomeadamente, através da participação em festas locais, na Semana do Mar, na dinamização de matinés, na participação em diversas exposições de pintura, trabalhos manuais, em intercâmbios com idosos e pessoas com deficiência e no Torneio Regional de Futebol de Rua (2008/2009), com uma equipa e o grupo de Hip-Hop. Para além do trabalho já referido procedeu-se ao lançamento de um CD intitulado “Trilhando”; à realização de uma curta-metragem “A minha vida dava um filme” e ao lançamento do filme “Os nossos dias no Bairro”. No ano de 2011 é de salientar a realização de uma viagem à Ilha de São Miguel, possibilitando aos jovens o conhecimento de uma Ilha diferente, bem como umas férias diferentes e a realização de uma viagem, visto que muitos jovens nunca tinham saído do Faial. Atualmente este trabalho está a ser desenvolvido por duas Animadoras Socioculturais. Neste momento, a maior dificuldade dos Trilhos é o seu espaço físico, visto que o atual é um módulo pré-fabricado de reduzidas dimensões e o número de jovens inscritos está sempre a aumentar, o que dificulta, em muito as atividades. Por vezes, um dos maiores dilemas é as ideias erradas que a população em geral, tem sobre os jovens que frequentam o Projeto, assim como o bairro que o acolhe. Ideias pré-concebidas negativas, disfuncionais e desajustadas. Como tem-se verificado, estes jovens têm muitas competências e, como tal, têm muito para dar. Só necessitam que acreditem neles e de motivação para que possam fazer sempre mais e melhor.

Flores enfeitam os jardins, as nossas casas, estão presentes em eventos, prestigiam o Amor, andam nas nossas estradas enfeitando a Natureza, são-nos oferecidas e estão presentes, em sentido figurativo, como os nossos Utentes. A nossa Associação tem em abundância “Flores" que preenchem as diversas valências com os seus ateliês diferentes que, através dos seus Coordenadores e Formadores, são motivados para as atividades que lhes estão destinadas e programadas e que são executadas, com todo o interesse, fazendo-os felizes e preenchidos. A oferta é diversa e acarinhada por todos os intervenientes que tem na sua bagagem tanto para dar e completam-se. Como não há rosas sem espinhos, por vezes, tem que se rever, contornar, ajudar e reorganizar e, com boa vontade, tudo volta novamente ao normal e, com incentivo de grupo e energias positivas, lá seguimos em frente e vão surgindo as surpresas que nos preenchem. Ficamos, assim, com a nossa auto-estima a funcionar a 100% e nosso ego arranca, com grande esperança, porque temos o nosso olhar preso naqueles que, com os seus sorrisos, nos dão o orgulho suficiente para pertencer a este jardim, que colhe flores maravilhosas, através de diversas atividades que se reproduzem na ocupação dos seus tempos! É vê-los chegar a casa e os familiares, com certeza, podem confirmar, realizados por mais um dia onde lhes foi proporcionado a realização de tarefas que muito os estimula e, assim, vão mostrando que têm capacidades para colocar em prática tudo aquilo a que se propõem. Bem hajam todos, incluindo os utentes, “flores” coloridas, que ornamentam as nossas vidas, com todo o amor puro que só eles sabem dar. Noémia Pinto


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Vela Para Todos – Faial Sem Limites Desde Janeiro de 2012, a Associação de Pais e Amigos dos Deficientes da Ilha do Faial (APADIF) em parceria com o Clube Naval da Horta, promovem o Projecto Vela Para Todos – Faial Sem Limites, visando a inclusão de todos na prática da vela, destruindo barreiras e preconceitos que ainda possam existir, dando o seu contributo para a construção de uma Sociedade mais justa e aberta à diferença. Este projecto criou uma escola de vela para todos. Não é uma escola exclusiva para pessoas com deficiência, nem é uma escola de vela só para pessoas ditas normais. Queremos que seja algo de novo e inovador que permita o acesso a todas as pessoas, independentemente do tipo de deficiência, idade, sexo, raça ou religiões, na defesa do direito à diferença e igualdade de oportunidades. A vela como actividade física é um desporto com características muito próprias que desenvolve capacidades variadas, transmitindo ao praticante confiança e autonomia suficiente para ultrapassar situações difíceis que possam surgir no dia-a-dia, favorecendo a auto-estima e a valorização pessoal dos seus praticantes. A vela nos Açores e mais concretamente na Ilha do Faial é mais do que pequenos barcos a navegar no horizonte, congrega em torno de uma prática recreativa, desportiva e terapêutica todos os elementos de uma comunidade. Permite não só integrar as pessoas com deficiência como facilitar a compreensão e aceitação da deficiência pela comunidade em geral. A APADIF e o Clube Naval da Horta defendem uma lógica de inclusão, não só ao nível dos praticantes, mas também ao nível das entidades que podem promover e valorizar os objectivos que estão subjacentes a este projecto. Queremo-nos associar a outras entidades, públicas ou privadas, mobilizando a comunidade em torno desta ideia, construindo e consolidando gradualmente este projecto, que também passa pela mudança de mentalidades e destruição de preconceitos em relação às pessoas com deficiência, valorizando as suas capacidades e contributos para a construção de uma sociedade mais tolerante e inclusiva.

Objectivos

de mentalidades, abrindo portas para uma sociedade mais justa e tolerante, onde todos podemos participar e interagir. Existem outros objectivos mais específicos a alcançar: – Contribuir para o processo de inclusão das pessoas com deficiência, pela prática de uma modalidade desportiva de vela adaptada; – Desenvolver, no âmbito da vela, actividades que possibilitem adaptações às limitações individuais, tendo em vista o ajustamento físico, motor, cognitivo e sócio-emocional do atleta; – Reconhecer as oportunidades e recursos da comunidade, com vista a um melhor aproveitamento e utilização destes no processo de integração do indivíduo com deficiência na sociedade; – Desenvolver no Concelho da Horta, um recurso de cariz lúdico, terapêutico e a longo prazo, de competição desportiva para as pessoas com deficiência; – Contribuir para a implementação e crescimento da vela adaptada nos Açores, através de acções de promoção da modalidade; – Promover a vela nos Açores, com o aumento do número de praticantes, permitindo o acesso à prática da vela a pessoas com deficiência, ou a outros públicos, como a comunidade escolar (1º,2º e 3º Ciclo), vela para adultos e população idosa.

Embarcações As embarcações da classe Access, são uma referência mundial no âmbito da vela adaptada, enquadrando-se nos objectivos do projecto.

Os Access Dinghies são únicos, devido às suas Ao criarmos uma escola de vela para todos que promova o direito à diferença e a igualdade de opor- diversas características originais de concepção: (continua na página seguinte) tunidades, damos o nosso contributo para a mudança


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Está em fase de preparação o alargamento do Projecto Vela para Todos – Faial Sem Limites para 1. O sistema enrolador da vela no mastro, que acolher os alunos da UNECA (Unidade Especializasubstitui os rizos, ajusta a vela a várias condições de da com Curriculum Adaptado) – Ocupacional da Esvento, sem necessidade do velejador sair do lugar; cola Básica Integrada da Horta e os idosos do Centro 2. O patilhão central lastrado, torna o Access quade Dia da Conceição. se impossível de virar; 3. O casco côncavo promove mais estabilidade; Vela Adaptada na Semana do Mar 4. A posição do velejador sentado, virado para a proa e no fundo da embarcação, em vez da posição lateral, promove uma maior estabilidade. 5. Poderá ser equipado com servo-assistência por joystick que opera electricamente o leme, pode ser controlado com a mão, com o pé, com o queixo ou com qualquer outra parte móvel do corpo.

(continuação da página anterior)

O Access 303 “Bacalhau” a primeira embarcação do Projecto, foi financiada na totalidade pela Academia do Bacalhau do Faial. Para a evolução do Projecto, a APADIF e o Clube Naval da Horta adquiriram duas embarcações Access 2.3, em segunda mão, uma enorme mais valia para a evolução da Vela para Todos – Faial Sem Limites.

Na ausência de competição a nível regional, surgiu a oportunidade de incluir no VII Encontro Internacional de Vela Ligeira, a realização de regatas da Classe Access, com a participação de velejadores continentais.

Funcionamento do Projecto O Projecto Vela para Todos – Faial Sem Limites funciona três dias por semana, divididos em duas vertentes; uma lúdico-terapêutica para pessoas com deficiência mental; uma competitiva para pessoas com deficiência física. Vertente lúdico-terapêutica: À sexta-feira participam os clientes do Centro de Actividades Ocupacionais da Santa Casa da Misericórdia da Horta, num total de dezassete velejadores e duas monitoras. Sendo um dia dedicado à vertente lúdica da vela, devido as características dos velejadores. À segunda-feira participam os clientes do Projecto Moviment’arte da Associação de Pais e Amigos dos Deficientes da Ilha do Faial, num total de doze velejadores e três monitores. Vertente competitiva Ao sábado participam no projecto sete pessoas com limitações físicas. Devido às regras da competição em Vela Adaptada, que só permite competição para pessoas com deficiência física, será deste grupo que sairão os velejadores que irão participar nas provas regionais e nacionais.

Esta foi a primeira oportunidade dos velejadores faialenses participarem em regatas da Classe, e logo contra velejadores experientes, nomeadamente o número 2 e 3 do ranking nacional, o que permitiu aquilatarem o seu nível competitivo e do que terão de trabalhar para melhorar, para tal foi fundamental a troca de experiências entre todos. Resultados do VII Encontro Internacional de Vela Ligeira

Pos 1º 2º 3º 4º 5º 6º

Timoneiro Fernando Pinto José Cavalheiro Liberio Santos Rui Dowling Licio Silva Paulo Fernandes

Clube Escola Nacional de Vela Adaptada Clube de Vela de Viana do Castelo Clube Naval da Horta Clube Naval da Horta Clube Naval da Horta Clube de Vela de Viana do Castelo

Final 4.0 9.0 14.0 16.0 16.0 24.0

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Aniversário do Clube Naval da Horta


1º Fernando Pinto 2º José Cavalheiro 3º Liberio Santos 4º Rui Dowling Página 12Silva 5º Licio 6º Paulo Fernandes

Escola Nacional de Vela Adaptada Clube de Vela de Viana do Castelo Clube Naval da Horta Clube Naval da Horta VOZES Clube Naval da Horta Clube de Vela de Viana do Castelo

4.0 9.0 14.0 16.0 16.0 24.0

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Trilhos Saudáveis Aniversário do Clube Naval da Horta no Mar Na Regata do 65º Aniversário do Clube Naval da HorNa Regata do 65º Aniversário do Clube Naval da Horta, os velejadores da

(conclusão da página anterior)

Aniversário do Clube Naval da Horta

ta, os velejadores da competição do Projecto Vela para competição do Projecto Vela para Todos –aFaial Sem Limites, voltaramNo a decorrer do ano de 2012 e aproveitando Todos – Faial Sem Limites, voltaram competir. competir. a época de veraneio, o Projeto Trilhos Saudáveis-APADIF decidiu incluir no seu plano de atividades - dar a conhecer a vida marinha aos Pos Timoneiro jovens que frequentam o Projeto. 1º 2º 3º

Rui Dowling Lício Santos Libério Silva

Aniversário da APADIF

APADIF As Aniversário comemoração doda aniversário da APADIF conta com uma regata onde todas as Classes da Vela Ligeira do Clube Naval da Horta. Para Rui Dowling, Libério As comemoração aniversário Santos e Licio Silva serádo a terceira regata da queAPADIF disputam, conta no entanto, a novidade com uma regata onde todas as Classes da Vela Ligeira do Vítor Cardoso é realização da primeira regata, para os velejadores Jorge Costa, Clube Naval da Horta. Para Rui Dowling, Libério Santos e Carlos Cardoso na Classe 2.3. Considerámos ser importante este tipo de eEstas Licio Silvasó será terceira com regata que disputam, no enregatas sãoapossíveis a colaboração do Clube Naval da Madalena, atividade para despertar o interesse por altanto, a novidade é realização da primeira regata, para os que cede o seu Access 2.3 para a realização das regatas. gumas atividades marítimo-turísticas desen-

velejadores Jorge Costa, Vítor Cardoso e Carlos Cardoso volvidas na Ilha do Faial, tais como whale na Classe Futuro do 2.3. Projecto Vela para Todos – Faial Sem Limites watching e observação da vida subaquática. Estas regatas só são possíveis com a colaboração do Estas atividades possibilitaram a aquisição Clube Navalo Projecto da Madalena, quetrêscede o seu Access 2.3 303 Actualmente conta com embarcações, um Access dois deeconhecimentos da fauna e flora marinhos e para a realização das regatas. da geomorfologia da costa da Ilha. Contribu-

Access 2.3, para completar o desejado será necessário ainda a aquisição de mais duas embarcações, uma Access 2.3 e uma 303. Só com essasíram cincotambém para despertar para uma maior Futuro do Projecto Vela para Todosevoluir, pois os velejadores consciência ecológica e de proteção ambienembarcações os treinos e os velejadores poderiam – Faial Semtempo Limites assim ficaram com mais de treino, actualmente o tempo fica limitadotal, com o como o eventual interesse por parte dos jovens nas atividades mencionadas, como reduzido número de embarcações. Actualmente o Projecto contaSem com três embarcações, atividade profissional. O Projecto Vela para Todos – Faial Limites irá colaborar com opossível Clube Naval um Access 303 e dois Access 2.3, para completar o deAs atividades refeda Madalena, que está a arrancar com o seu Projecto de Vela Adaptada, sejado seráexperiências, necessário de ainda a aquisição de mais duas ridas foram realizadas partilhando vela adaptada, organizativas.

embarcações, uma Access 2.3 e uma 303. Só com essas com o apoio das emcinco embarcações os treinos e os velejadores poderiam presas Norberto Diver, Na ausência de competição a nível regional, o Projecto Vela para Todos – Faial evoluir, poispretende os velejadores com mais tempo de que proporcionou a obSem Limites participarficaram em três provas a nível nacional, treino, actualmente o tempo fica limitado com o reduzido servação de baleias e nomeadamente, em duas Provas de Apuramento Nacional, para a atribuição do número de embarcações. golfinhos e da empresa Ranking Nacional e consequente participação em competições internacionais e O Projecto Vela para Todos – Faial Sem Limites irá Ocean Eye, que possicolaborar com o Clube Naval da Madalena, que está a arbilitou um passeio lúrancar com o seu Projecto de Vela Adaptada, partilhando dico-educativo em que experiências, de vela adaptada, organizativas. foi possível ver no seu Na ausência de competição a nível regional, o Projecto habitat natural castaVela para Todos – Faial Sem Limites pretende participar nhetas, vejas, estrelas-do-mar, ouriços, algas em três provas a nível nacional, nomeadamente, em duas entre outras espécies de vida marinha. Provas de Apuramento Nacional, para a atribuição do Estas atividades só foram possíveis graças Ranking Nacional e consequente participação em com- aos descontos oferecidos pelas empresas que petições internacionais e no Campeonato Nacional de proporcionaram a sua realização, às quais os Vela Adaptada, que consagra o campeão Nacional, se os nossos agradecimentos. apoios financeiros assim o permitirem. Nilda Garcia


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PLANO MUNICIPAL DE PREVENÇÃO DAS TOXICODEPENDÊNCIAS DA HORTA Apesar de existirem umas populações mais em risco do que outras, o fenómeno da toxicodependência afeta pessoas de classes e níveis diferentes (Moreira, 2004). De tal forma, que a droga se tem transformado, como sugere Becoña (1999), no principal problema de saúde pública nos países desenvolvidos e a principal preocupação dos portugueses, de acordo com Moreira (2004). De acordo com os dados da ONU, 5% da população mundial é dependente de drogas e segundo Wysowsky (1993), nenhuma outra condição provoca tantas mortes e tantas incapacidades e doenças daí resultantes. Segundo os resultados obtidos no estudo, realizado em 2008, pelo Dr. Alberto Peixoto, sobre as dependências na ilha do Faial, os sinais de preocupação prendemse primordialmente com o fato de estar a aumentar a prevalência de consumo de tabaco e de drogas abaixo dos 15 anos de idade. Assim sendo, e conhecendo a realidade das dependências no Faial, urge a criação, pela Câmara Municipal da Horta, do Plano Municipal de Prevenção das Toxicodependências da Horta. Este plano assume-se, desde 2010 (data em que a APADIF assumiu a coordenação do mesmo, na pessoa de Marta Faria), como um processo ativo de implementação de duas grandes ações tendentes a promover o empowerment do cidadão – o Programa “Pinta o Futuro” e a intervenção noturna em contextos festivos da Semana do Mar. Promovendo o empowerment do cidadão estarse-á a prevenir as consequências diretas e indiretas da toxicodependência – os danos físicos, psicológicos e sociais, assim como o fenómeno da escalada, ou seja, a passagem do uso ao abuso de substâncias psicoativas lícitas e ilícitas. O Programa “Pinta o Futuro” tem sido implementado, junto dos alunos do 1º ano do 1º Ciclo do Ensino Básico da Escola do Pasteleiro, visando a promoção do desenvolvimento sócio-afetivo dos alunos, bem como a adoção de comportamentos para a saúde. Nestes últimos dois anos, esta ação contemplou cerca de 50 alunos, no qual constatou-se: elevados índices de motivação e participação; um autoconceito mais realista, ajustado e positivo; uma maior desinibição quer comportamental quer comunicacional; um sentido crítico mais ajustado e funcional e um conhecimento mais aprofundado sobre as emoções e sobre os comportamentos para a saúde. No presente ano letivo, para além de intervirmos junto dos alunos do 1º ano, alargaremos a nossa ação aos alunos do 2º, potenciando, assim, continuidade ao trabalho desenvolvido no ano letivo transato. Esta intervenção consubstancia-se num conjunto de dinâmicas que visam a promoção do desenvolvimento sócio-afetivo, assim como numa panóplia de tarefas atraentes e de carácter

lúdico, que permitem desenvolver as aptidões implicadas na aprendizagem escolar, entre elas a psicomotricidade, orientação espacial, lateralidade, linguagem, a atenção, a discriminação, o auto-controlo e as competências de resolução de problemas. Sabendo que as festas da Semana do Mar são um espaço recreativo onde os jovens assumem diversos comportamentos de consumo abusivo de substâncias psicoativas lícitas e ilícitas, outra ação contemplada neste Plano, e com resultados bastante positivos, consubstancia-se na intervenção noturna efetuada pela equipa de animadores de rua da APADIF, com o apoio da Direção Regional das Dependências e da Câmara Municipal da Horta, em todo o contexto recreativo da festa da Semana do Mar, em prol de se promover a diversão sem risco e reduzir os danos associados ao consumo excessivo de estupefacientes. Praza-me referir que, neste últimos dois anos, intervimos junto de 1.500 indivíduos, aproximadamente, de ambos os sexos, verificando-se uma grande aderência, por parte dos mesmos. Dada a diversidade e a complexidade da sociedade faialense, torna-se impreterível adequar e adaptar os meios e recursos no sentido de uma intervenção concertada e eficaz. De salientar, que todos nós (enquanto civis, profissionais e comunidade) temos a beneficiar com a implementação de esforços de concertação nos vários níveis e agentes de reabilitação psicossocial, visando uma potenciação mútua das intervenções desenvolvidas pelos diversos profissionais e a consolidação de um modelo mais consensual de intervenção reabilitadora psicossocial. Assim sendo, torna-se impreterível o trabalho em equipa, a envolvência de um número grande de instituições com este projecto, a abertura e disponibilidade dos técnicos das diferentes instituições, o respeito e o gosto pelo que se faz para que consigamos alcançar os resultados pretendidos. De facto, o trabalho concertado entre diferentes técnicos especialistas torna-se, cada vez mais, uma ferramenta indispensável na construção de um papel que se pretende pró-activo, promocional e desenvolvimental. Este é o verdadeiro desafio e o rumo a seguir na equipa da prevenção primária do Plano Municipal de Prevenção das Toxicodependências da Horta: a redução progressiva de respostas reativas em favor de um investimento mais sólido na prevenção como forma mais eficaz e rentável de dar respostas. O caminho é exigente, como pude constatar neste período de intervenção, mas o resultado que se avista no horizonte é recompensador e aliciante! Marta Faria A Psicóloga


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Por uma sociedade melhor A inclusão é o caminho Sendo este o jornal da APADIF, sublinho em primeiro lugar o papel importantíssimo destas associações na promoção da integração e respondendo às necessidades manifestadas pelos cidadãos, melhorando o acesso a produtos e serviços adequados a pessoas com deficiência ou perturbações de desenvolvimento, contribuindo assim para uma melhor inclusão na escola e na sociedade. A educação inclusiva é a chave principal de qualquer sistema educativo de qualidade para todos. A atual legislação regional impõe a utilização obrigatória da CIF (Classificação Internacional, incapacidade e saúde), o que significa um perigoso retrocesso com enormes riscos de exclusão no desenvolvimento da escola inclusiva com custos sociais elevados. A utilização da CIF na identificação das necessidades educativas especiais reintroduziu critérios de foro clínico na avaliação técnico-pedagógica que são irrelevantes no âmbito da Educação Especial, pois não explicita o funcionamento dos alunos nos diferentes contextos, não contém toda a informação necessária e pertinente para a elaboração dos Projetos Educativos Individuais nem sugere estratégias e metodologias de ensino. Por outro lado, a alteração do conceito de Necessidades Educativas Especiais e a aplicação da CIF, afasta da Educação Especial inúmeras crianças e jovens com verdadeiras necessidades educativas especiais, que deixaram de ter o apoio especializado que seria necessário ao seu desenvolvimento e inclusão escolar, social e profissional. Criaram-se turmas especiais, tendo por critério a idade, o ano de escolaridade, a aplicação de medidas do regime educativo especial e o insucesso escolar, retirando os alunos com N.E.E’s e com insucesso escolar das turmas regulares, juntando-os e turmas, supostamente de nível, em sala de aula muitas vezes exíguas e sem o mínimo de condições e dignidade. Tendo presente a crise atual que o país atravessa, é urgente estarmos atentos na defesa destas minorias sociais pois são estas que mais sofrem com as políticas que têm sido implementadas pelos Governos. A educação inclusiva não são assuntos do passado. Do passado é a exclusão. A inclusão é um tema central do presente e do futuro. Maria Clotilde Duarte

Confeção Massa Sovada O Projeto Trilhos Saudáveis da responsabilidade da APADIF, destina-se a jovens provenientes de famílias numerosas com baixos rendimentos, baixos níveis de instrução, baixos níveis de higiene, condições habitacionais precárias, dinâmicas familiares disfuncionais, insucesso escolar, consumos de substancias psicoactivas, baixa motivação e comportamentos desajustados. Este Projeto, tem sido um “suporte” indispensável no desenvolvimento pessoal, familiar e social dos jovens, proporcionando aos mesmos a promoção do seu desenvolvimento integral. Assim no decorrer deste ano, o Projeto Trilhos Saudáveis tem como um dos seus objetivos, a promoção e aquisição de hábitos de higiene oral. Com base neste objetivo o Projeto procedeu à confeção de Massa Sovada nos dias 12 e 27 de Setembro para angariação de fundos de forma a financiar os tratamentos dentários. A concretização desta atividade foi possível com a participação das funcionárias do Projeto, da Srª Graça (também ela funcionária da APADIF) e dos jovens beneficiários dos tratamentos. A todos o nosso agradecimento por permitirem que atividades como esta contribuam para uma melhor saúde oral aos jovens.


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Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e Solidariedade entre Gerações O ano de 2012 fica assinalado como o Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e Solidariedade entre Gerações. Ao longo do ano, a APADIF em parceria com outras entidades realizou uma série de iniciativas que chamaram a atenção para a importância do contato e convívio entre várias gerações etárias. Destaca-se como atividade de maior envolvência o Dia Mundial das Florestas, 21 de Março de 2012. Esta iniciativa baseou-se na plantação de árvores e outras plantas no jardim do novo espaço do Centro de Dia da Conceição. Com uma organização da APADIF em parceria com a Camara Municipal da Horta, contámos com a presença de todas as valências da Associação, membros da Direção, órgãos municipais e de freguesia, a Diretora e Secretário Regional dos Recursos Florestais e a participação especial de uma turma da Escola da Vista Alegre. Foi sem dúvida um encontro intergeracional onde crianças, jovens e idosos puderam, unidos, dar o seu contributo para o crescimento de novas plantas que darão vida a um novo espaço. Outra grande atividade foi a "Tarde Fixe": Encontro Intergeracional na discoteca Eryclub, que esteve a cargo da APADIF e da Escola EBJI Praia do Almoxarife. Proporcionaram uma tarde diferente a cerca de 150 pessoas, onde estiveram presentes os Centros de Convívio da Praia do Almoxarife, da Conceição, da Feteira, bem como os utentes dos projectos Trilhos Saudáveis, Moviment'arte, CDIJ Ativar e as crianças, pais e avós da Escola EBJI Praia Almoxarife. O objetivo foi cumprido, proporcionando aos idosos, jovens e crianças uma tarde fixe na discoteca EryKlub, onde muitos entraram pela primeira vez. Foram atividades que ficarão para sempre no pensamento e nas experiencias de cada um, proporcionando a promoção do convívio e partilha de saberes.

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Porquê voluntária? Porquê a APADIF? Desde há mais de um ano, que eu andava com um “bicho de pé de orelha” que me dizia: - Marta! O que é que andas a fazer? Porque não fazes mais? Onde é que podes fazer mais? No final do ano passado, assisti à Gala da Pessoa com Deficiência e foi com muito orgulho e admito algum espanto que assisti a diversos vídeos e apresentações sobre as diferentes associações e respetivas atividades em todas as ilhas dos Açores. Admito que a surpresa foi enorme, pela grande capacidade e empenho demonstrado quer pelos utentes, quer pelas pessoas que se envolvem, trabalham e orientam estes grupos, dando sempre o máximo de si. Lembro-me que saí do Teatro Faialense, com muito orgulho da APADIF e sempre com este pensamento: Quero fazer parte disto! Quero pertencer a este grupo! Quero fazer alguma coisa também! Depois começaram a vir as ideias mas também os receios. Não pelo possível grupo com que iria trabalhar, pois a deficiência nunca me “assustou”, mas sim receio de mim própria, de por alguma razão criar espectativas nestas pessoas e depois não as poder cumprir! Depois em Abril, tive a felicidade de estar presente numa das conferências do TED - Technology, Entertainment, Design, (www.TED.com) na cidade do Porto (www.tedxoporto.com) cujo tema das conferências foi “Fazer das tripas coração”. Ali vi e ouvi vários conferencistas falarem das suas experiências pessoais, sobre dar o seu máximo no alcance dos seus objetivos, quer na vida profissional, pessoal ou como voluntários em diversas áreas. Mais uma vez a tal vozinha me dizia: “ e tu Marta? O que andas a fazer? O que podes fazer?” Finalmente enchi-me de coragem e contactei por e-mail com a APADIF mostrando a minha vontade de fazer alguma coisa, de ser voluntária, de alguma forma pertencer a este grupo de trabalho fantástico.

Numa primeira reunião mostrei os meus pontos de vista e as minhas ideias. Comecei então a conviver com parte deste grupo fantástico às quintasfeiras ao início da noite. Fazemos trabalhos manuais, por vezes jogamos com a consolda de jogos wii, e ultimamente, começámos com aulas de alfabetização. Toda esta experiência leva-me a várias conclusões: - Já devia ter começado há mais tempo! - Tudo corre sempre melhor do que eu espero e os meus novos amigos ultrapassam sempre as minhas espectativas! - As quintas-feiras em que estou com este meu novo grupo de amigos é o meu melhor dia da semana, e sempre que acabo um destes encontros, venho para casa feliz e de alma “lavada”! A todos quantos possam estar a ler estas minhas linhas, apenas digo: se no vosso íntimo têm vontade de fazer alguma coisa como voluntário, mesmo que não seja pela APADIF, mas por outro grupo qualquer, não tenham receios! Arregacem as mangas! Aproximem-se! Tenham coragem! À APADIF, quero deixar aqui o meu agradecimento público por esta oportunidade que me deram, e pelo enorme carinho com que todos me receberam e aceitaram as minhas ideias. Obrigada por terem arriscado acreditar nas minhas capacidades. Julgo ser um exemplo a ser seguido por outras instituições. Abrir as portas de casa à boa vontade e à ajuda voluntária. Abrir a porta a novos desafios, a novas ideias! Todos crescemos um pouco mais com todas estas oportunidades. É justamente com esta partilha de saberes que todos nós ficamos mais ricos. Um abraço a todos e o meu muito obrigado! Marta Scarlati


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Moviment´arte em ação na Comunidade O papel do Projecto Moviment´arte, na ilha do Faial, assume-se cada vez mais de eminente importância. Saber respeitar, integrar, potenciar a igualdade de oportunidades para todos e todas, desmistificar mitos e preconceitos relativos ao cidadão com deficiência, potenciar a concertação das intervenções entre diversos profissionais e instituições, contribuir para a construção de uma sociedade mais coesa, justa e equitativa, assim como para o desenvolvimento integral dos utentes, entre outros, torna-se o desafio maior na ação diária dos profissionais do Moviment´arte. O Moviment´arte (contempla 35 indivíduos com idades compreendidas entre os 16 e os 78 anos e com deficiências bastante heterogéneas) tem tido um papel de importância incontornável, no Faial, ao sensibilizar os faialenses para a temática da deficiência, através da implementação de inúmeras actividades dirigidas à população em geral, preparando e sensibilizando, desta forma, a comunidade faialense para olhar diferente a diferença, para incluir, respeitar e aceitar todos da forma como são, porque afinal, todos somos diferentes uns dos outros! A intervenção diária dos profissionais deste projeto tem sido no sentido de potenciar o olhar das possibilidades e sensibilizar a sociedade faialense como um todo para estar aberta e se adaptar para a inclusão social, alertando que não basta ser uma sociedade aberta e acessível a todos os grupos, mas acima de tudo, uma sociedade que encoraja a participação e aprecie a diversidade e a experiência humana. Escrever este artigo cumpre a função de juntar pedaços de histórias de vida, sonhos, ambições e experiências inesquecíveis, junto da comunidade, num único texto, em que motivação, enorme persistência e muita dedicação ditaram o caminho para uma sociedade faialense mais aberta à diferença e mais inclusiva.

Clube de Pesca Ilha Azul proporciona uma tarde de pesca com os utentes do Moviment´arte O Clube de Pesca Ilha Azul organizou, na tarde do dia 9 e 30 de Junho, no Porto da Horta, um convívio de pesca desportiva com os utentes do Projeto Moviment´arte. Este evento proporcionou momentos de enorme alegria e satisfação, tanto por parte dos utentes como dos colaboradores. Os utentes participaram desde a preparação dos utensílios necessários à concretização da atividade à efetiva realização da captura do peixe. Este momento foi motivo de grande felicidade por parte de cada um, e foi visível a satisfação do grupo com a realização desta atividade, uma vez que lhes proporcionaram um dia diferente e uma oportunidade única, que jamais será esquecida.

Moviment´arte tem a oportunidade de dar passeio em jipes de todo o terreno A convite da Secção de Todo o Terreno do Clube Automóvel do Faial, os utentes do Moviment´arte tiveram a oportunidade de usufruir, uma vez mais, de uma experiência inesquecível, pautada por um passeio de jipes de todo o terreno, visitando diversos pontos turísticos da ilha e efectuando a simulação de provas em diversos troços.

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(continuação da pág. 17)

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Mais uma vez, é de evidenciar e valorizar esta iniciativa da PSP e agradecer o carinho transmitido aos utentes durante todo o evento.

Torneio de Futsal Adaptado No passado dia 11 de Junho foi realizado um torneio de futsal adaptado, organizado pela Associação de Futebol da Horta, no pavilhão do Fayal Sport. O torneio foi disputado entre os utentes do Moviment´arte, o CAO da Horta e uma turma da Escola Secundária da Horta.

Visita à Ilha do Pico O Moviment´arte visitou a ilha do Pico, no dia 6 de Julho de 2012, onde puderam passear pela Vila d aMadalena, usufruir da piscina municipal, bem como do comércio tradicional.

Torneio de “Amizade” com PSP da Horta No passado dia 3 de Julho de 2012 foi realizado, no pavilhão do Fayal Sport, um torneio de futebol, entre a equipa feminina da PSP da Horta, os utentes do Moviment´arte e o CAO da Horta. Após o torneio, a PSP brindou os participantes com um lanche convívio, que decorreu nas instalações deste comando.

(continua na pág. 19)


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práticas de integração social, uma vez que associouse ao Moviment´arte, disponibilizando, aos seus utentes, a utilização das diversas modalidades existentes, bem como um acompanhamento profissional exímio, sem contrapartidas financeiras, ao longo de todo o ano.



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

Dia 5/11/2 Livro “ Fin Regional Texto de utentes do

Corpuseven em colaboração com o Projeto Moviment´arte

Dia 10/11

09:30 hor da Direcç - Evolução - Enquadr dos CAOS - Inclusão

No dia 6 de Março, do presente ano, os utentes do Moviment´arte visitaram o ginásio Corpuseven para praticar exercício físico, no qual usufruiram dos mais recentes e diversos equipamentos desportivos, assim como de um extraordinário acompanhamento individual e profissional, por parte do Pedro Mendonça e do Pedro Rodrigues. O Corpuseven para além de ser um ginásio dinâmico, ativo e versátil é um bom exemplo de boas

11:15 hor 11:30 ho cidade pa - Resulta Arquitectó

Marta Faria e Ana Luís INSCREVA-SE COMO SÓCIO…. POR APENAS 1 /MÊS Nome: ______________________________ Morada: ____________________________ Tlm: ________________________________ Data de Nascimento: _____/____/______ Sexo:

F

M

B.I/C.C.:____________________________ NIF:________________________________________ Forma de Pagamento: Cobrança:

Sede

Sede APADIF: 292 292 011

Mensal – 1

Anual – 12

Domicílio

12:30 hor 14:00 hor venda do 14:30 ho trabalho valências

16:30 hor Excelênc Igualdad Gaspar.

Dia 13/11 Feteira –

Dia 20/11 Ribeirinha Artistas d Movimen

Dia 27/11 Feteira – VARIEDA

Contactos:

Projecto Trilhos Saudáveis:

292 391 410 www.apadif.blogspot.co


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EXPOSIÇÃO DA APADIF PATENTE AO  VOZES  PÚBLICO ATÉ AO DIA 9 NO POLIVALENTE DA BIBLIOTECA PÚBLICA     VOZES    Foi inaugurada na passada Sexta-Feira uma VOZES exposi- que todos os utentes , estão mais autónomos , prontos a

ção de pintura do Projeto Moviment’arte , intitulada “A ARTE ESTÁ NA DIFERENÇA” perante uma assistência bastante curiosa por verem os trabalhos ali exposto.

encarar o futuro de forma diferente . Dia 5/11/2010 – 21.00 Horas – La A monitora Filomena Pinto, agradeceu a oportunidade “ Finalmente Árvore”, na Bibliot de poder estar envolvida de almaLivro e coração no projeto, de Regional João José da Graça. ter tido a oportunidade de conhecer aquele grupo puro,   VOZES  Sara Porto, ilustrações empenhado em aprender coisas Texto novas, de onde a competiDia 5/11/2010 – 21.00 21.00 Horas – Lançamento Lançamento do utentes Moviment’arte. Dia 5/11/2010 – Horas – do ção não existe, existindo sim. a partilha edo alegria coletiva Livro “ Finalmente Árvore”, na Biblioteca e Arquivo Livro “ Finalmente Árvore”, na Biblioteca e Arquivo de cada um alcançar o seu objetivo. Regional João João José José da da Graça. Graça. Regional Diaaquele 10/11/10 No Auditório da Biblio Filomena Pinto reconheceu que é Capa um– trabalho  Texto de de Sara Sara Porto, Porto, ilustrações e e Capa dos Texto ilustrações dos em que todos aprendem e que todos ensinam e que tudo utentes do do Moviment’arte. Moviment’arte. utentes 21.00 são Horas – Lançamento do de abertura 09:30 horaspela – Discurso seDia torna5/11/2010 mais fácil,–quando estimulados, equipa Livro “ Finalmente Árvore”, na Biblioteca e Arquivo Dia 10/11/10 – No Auditório Biblioteca Pública. da Direcção da Apadif. Dia 10/11/10 – No Auditório da Biblioteca Pública. técnica e pelos seusJosé dirigentes. Regional João da Graça. - Evoluçãoe histórica do (Pre)conceito Texto de Filipe Sara Menezes, Porto, ilustrações Capa dos Por fim, representante da Câmara 09:30 horas – Discurso Discurso de de abertura abertura do do Presidente Presidente 09:30 horas – utentes do Moviment’arte. -evento, Enquadramento legal - Conceitos Municipal da Horta, enalteceu o elogiou o trabada Direcção Direcção da da Apadif. Apadif. da dos CAOS. lho da 10/11/10 Instituição, afirmando que a Biblioteca Câmara é,- eDr. iráJoão con- Duarte. – No Auditório da Pública. Evolução histórica do (Pre)conceito (Pre)conceito da deficiência deficiência --Dia Evolução histórica do da Inclusão – a Escola Enquadramento legalativa Conceitos e objectivos objectivos tinuar a ser uma parceira , porque ser evidentede o Hoje - Dra L -- Enquadramento legal -- Conceitos e 09:30 horas – Discurso de abertura do Presidente dos da CAOS. Dr.concelho João Duarte. Duarte. DEBATE dos CAOS. Dr. João papel Apadif-- no da Horta. da Direcção da Apadif. Inclusão – –a a Escola Escola de de Hoje Hoje 11:15 - Dra Dra horasLina Alvernaz. Alvernaz. ---Inclusão Lina Intervalo. A exposição irá estardoaberta, até ao dia do corEvolução histórica (Pre)conceito danove deficiência DEBATE DEBATE - Enquadramento legal - Conceitos e objectivos 11:30 horas - trinta Paraàsquando a Ho rente mês, das dez ao meio dia e das catorze e 11:15 horas--Intervalo. Intervalo. 11:15 horasdos CAOS. Dr. João Duarte. cidade paraserá todos?dezassete horas. 11:30 horas Para de quando aDra Horta umaVanda Ângelo 11:30 horas -- Para quando Horta uma - Inclusão – a Escola Hoje -a Linaserá Alvernaz. Resultado do levantamento da cidade para todos?Vanda Ângelo. DEBATE Abriu a sessão o Presidente da Instituição, José Fiacidade para todos?- Vanda Ângelo. 11:15 horas- do Intervalo. Resultado do levantamento das Barreiras Arquitectónicas – Apresentada pel Resultado levantamento das Barreiras lho, que depois de fazer as saudações habituais, manifes11:30 horas - – Para quando a pela Horta será uma Arquitectónicas – Apresentada pela PSP. Arquitectónicas Apresentada PSP. DEBATE tou o seu contentamento pela iniciativa, dizendo mesmo, cidade para todos?-DEBATE Vanda Ângelo. DEBATE 12:30 horas – INTERVALO PARA A - Resultado do levantamento das Barreiras que aquele terá sido um dia de felicidade, por estar obser12:30 horas – – INTERVALO INTERVALO PARApela ALMOÇO. 12:30 horas PARA ALMOÇO. Arquitectónicas – Apresentada PSP. 14:00 horas – Distribuição do Jor var o fruto do trabalho de mais de dois anos e meio, com 14:00 horas horas – – Distribuição Distribuição do Jornal Jornal VOZES VOZES e 14:00 do e DEBATE venda do Livro “ Finalmente árvo venda do Livro Livro Finalmente árvore”. venda do ““ Finalmente árvore”. quadros lindíssimos, dignos de serem visto pelos faialen12:30 horas – INTERVALO PARA ALMOÇO. 14:30 horas – Apresentação de todos os 14:30 horas – Apresentação d 14:00 horas do Jornal VOZES 14:30 horas––Distribuição Apresentação de todos ose ses.INSCREVA-SE Aproveitou para elogiar e enaltecer o desempenho COMO SÓCIO…. venda SÓCIO…. do Livro “ Finalmente árvore”. INSCREVA-SE COMO trabalhos desenvolvidos nas diferentes trabalhos desenvolvidos nas diferentes trabalhos desenvolvidos nas da monitora Filomena Pinto, uma voluntária com mui14:30 horas – Apresentação de todos os valências, no último último ano. valências, no ano. valências, no último ano. COMO SÓCIO…. trabalhos desenvolvidos nas diferentes tas INSCREVA-SE horas POR dadas à Instituição e aos1utentes, que aceitou o APENAS /MÊS DEBATE DEBATE POR APENAS 1 /MÊS valências, no último ano. DEBATE desafio, sabendo não seria fácil, com um final 16:30 horas horas – – Discurso Discurso de de Encerramento Encerramento por por sua sua 16:30 PORque APENAS 1 mas /MÊS DEBATE Nome: ______________________________ ______________________________ Nome: 16:30 horas – por Discurso Excelência a– Senhora Senhora Directora Regional da de Encerram Excelência Directora Regional da compensador e dignificante paraNome: o ser humano. Com os 16:30 horasa Discurso de Encerramento sua ______________________________ Nome: ______________________________ Igualdade de Oportunidades Dra. Natércia Excelência a Senhora Directora Igualdade de Oportunidades Dra. Natércia Excelência a Senhora Directora Regional da olhos fixos nos utentes, José Fialho, chamou-lhes de “arMorada: ____________________________ Morada: ____________________________ Gaspar. Igualdade de Oportunidades Dra. Natércia Gaspar. Igualdade de Oportunidades Dr Morada: ____________________________ tistas” e de “figuras principais” do evento e____________________________ elogiou toda Morada: Gaspar. Tlm: ________________________________ ________________________________ Tlm: Gaspar. a equipa técnica, reconhecendo um trabalho de grande

 

 

Tlm: ________________________________

Dia 13/11/10 13/11/10 – – 20:00 20:00 Horas Horas -- Na Na Filarmónica Filarmónica da da Dia

Dia 13/11/10 – 20:00 Horas - Na Filarmónica da Tlm: ________________________________ profissionalismo, incentivando-os a continuarem e a conFeteira – NOITE NOITE DE FADOS. FADOS. Feteira – DE Data de de Nascimento: Nascimento: _____/____/______ Data _____/____/______ Feteira – NOITE DE FADOS. Data de Nascimento: _____/____/______ Dia 13/11/10 – 20:00 Horas - Na F vidarem os familiares e amigos a virem ver os trabalhos Sexo: F M Dia 20/11/1020:30 horas –– Na Na filarmónica da Sexo: F M Feteira – NOITEmuitas DE Dia 20/11/1020:30 horas – filarmónica da Data de Nascimento: _____/____/______ M Dia 20:30 horas Nainaugural, filarmónica daFADOS. Das20/11/10pessoas presentes, na sessão aliSexo: expostos. F Ribeirinha Espectáculo de Variedades com Ribeirinha Espectáculo de Variedades com Ribeirinha - Espectáculo de Variedades com aquelas, que quiserem adquirir algumas das obras Antes de terminar o sua intervenção o Presidente da foram B.I/C.C.:____________________________ B.I/C.C.:____________________________ B.I/C.C.:____________________________ Artistas do Faial eecom com os nossos utentes do Artistas nossos utentes do Artistasdo doFaial Faiale comos os nossos utentes dohoras – Na fi Sexo: F M Dia 20/11/1020:30 Instituição, mostrando estar comovido e emocionado expostas. Moviment’arte. Moviment’arte. Moviment’arte. NIF:________________________________________ NIF:________________________________________ Ribeirinha - Espectáculo de Vari NIF:________________________________________ Este foi o primeiro evento das comemorações do 19º agradeceu aos familiares dos utentes ali presentes, por B.I/C.C.:____________________________ Dia 27/11/10 – 20:30 Horas – Na Filarmónica da Artistas do Faial e com os nosso Dia 27/11/10 27/11/10 – 20:30 20:30só Horas –24 Na Filarmónica da Dia – Horas Na Filarmónica da Forma de Pagamento: Pagamento: Mensal Anual 12 aniversário, terminando noDO dia–ESPECTÁCULO com entrega de préterem acreditado no projeto, na equipa de tudo Forma de Mensal ––1 11 e acima Anual ––12 12 Forma de Pagamento: Mensal – Anual – Feteira – REPETIÇÃO DE Feteira – – REPETIÇÃO REPETIÇÃO DO ESPECTÁCULO DE Moviment’arte. Feteira ESPECTÁCULO das regatas da APADIFDO – Vela ligeira no ClubeDE NaporCobrança: terem acreditado, que, com NIF:________________________________________ um trabalho empenhado mios VARIEDADES. Sede Domicílio VARIEDADES. VARIEDADES. Cobrança: Sede Domicílio Cobrança: Sede Domicílio de todos o futuro será melhor, e mais risonho, uma vez val da Horta. Dia 27/11/10 – 20:30 Horas – Na F Contactos: Forma de Pagamento: Mensal – 1 Anual – 12 DO ESPEC ATL: CDIJ Activar: Feteira – REPETIÇÃO Sede APADIF: Projecto TrilhosContactos: Saudáveis: ATL: CDIJ Activar: Activar: VARIEDADES. Sede APADIF: APADIF: Projecto Trilhos Saudáveis: Saudáveis:Domicílio CDIJ ATL: Sede Projecto Trilhos Cobrança: Sede

292 292 011

292 292 292 011 011 292 Centro de dia 292 292 265 Impressão: Impressão: Impressão:

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292 391 391 145 145 292 391 410 410 www.apadif.blogspot.com 292 292 391 www.apadif.blogspot.com www.apadif.blogspot.com www.apadif.mundopt.com

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- Rua Conselheiro Medeiros, n.º 30 - 9900-144 Horta - Telef. 292 292 245 - Tiragem: 750 ex.

Sede APADIF:

Projecto Trilhos Saudáveis:

CDIJ Activar:

Rua Conselheiro Conselheiro Medeiros, Medeiros, n.º n.º 30 30 -- 9900-144 9900-144 Horta Horta -- Telef. Telef. 292 292 292 292 245 245 -- Tiragem: Tiragem: 750 750 ex. ex. -- Rua

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292 391 145 292 391 410 www.apadif.blogspot.com

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