Cobaia #144 | 2016

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Cobaia JORNAL-LABORATÓRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVALI

Itajaí, maio/junho de 2016 - Edição 144 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Foto: Estúdio de Foto e Vídeo da Univali

Portal de notícias: uma novidade no curso de Jornalismo Professores e profissionais da imprensa prestigiam o lançamento da Agência Prefixo Página 3

Marcílio Dias treina para a Segundona Página 11

Evento de cosplay é destaque em Itajaí Página 5


Itajaí, maio/junho de 2016

Editorial

Crônica

Bodas

A segunda pessoa mais importante

do mundo do futebol

é uma mulher

de prata F C aros leitores, o Curso de Jornalismo da Univali completa seus 25 anos em 2016. São as Bodas de Prata! Mais de mil alunos passaram pelas salas do Bloco C3 deste curso de graduação no Campus Itajaí... Muitas histórias para contar e outras tantas ainda para registrar! Sim, seguimos firmes e fortes diante de novos desafios e empreendendo em caminhos pouco explorados. Prova disso é a Agência Prefixo – o portal de notícias do Curso de Jornalismo – lançada no dia 9 de junho nos Estúdios da TV Univali com a presença de representantes da imprensa local e regional. A inauguração da Prefixo marca uma nova etapa do Curso, ainda mais atuante nas redes sociais. As notícias deste portal são produzidas por estudantes do 7º período, orientados pelos professores André Pinheiro, Gustavo Zonta e Vinicius Batista, numa aproximação cada vez maior com a realidade do mercado de trabalho. O diretor do Ceciesa-CTL, professor Renato Buchele Rodrigues, salienta a importância desta iniciativa encabeçada pelo coordenador Carlos Praxedes, junto com o corpo docente do Curso de Jornalismo, desde os anos 2012. Confira detalhes da solenidade de lançamento na matéria da página 3, também chamada de capa desta edição do Cobaia. E voltando aos 25 anos do Jornalismo na Univali, confira as reportagens feitas pelos alunos do 1º período, na disciplina de Técnica de Reportagem, sobre as palestras realizadas nos dias 16 de maio – Ângela Bastos, jornalista do DC; 20 de maio – Rogério Christofoletti, pesquisador da UFSC e ex-professor do curso; 23 de maio – Jefferson Puff, ex-aluno e correspondente da BBC no Brasil; e 1º de junho – Guto Kuerten, fotojornalista do DC. Além disso, temos uma série de outras matérias relacionadas a violência no trânsito, o serviço do CVV em Balneário Camboriú, o cinema de terror, o comportamento dos jovens apaixonados por games e cosplaiers na 10 º edição do Aniventure em Itajaí e a vida de uma árbitra de futebol catarinense. Também vale destacar os perfis fotográficos de uma policial e de um estudante de jornalismo nos palcos da cidade produzidos por acadêmicos do professsor de fotografia Eduardo Gomes.

Rodrigo Rodrigues - 5º período de Jornalismo

atma Samba Diouf Samoura. A segunda pessoa mais importante na política do futebol mundial. A notícia divulgada pela Fifa, que uma mulher seria a secretária-geral da entidade, pegou o mundo da bola de surpresa. Além do fato de ser mulher, num âmbito totalmente machista, assim como em quase todos os setores do planeta, é uma mulher negra e africana. Conjuntura perfeita para os homens medievais execrarem mais uma dama. A senegalesa vai assumir o posto deixado por Jérôme Valcke, imoral safado destituído por envolvimentos em corrupção. É fato que tal nomeação pode ser apenas uma jogada de Gianni Infantino, presidente da entidade, para mudar a imagem

sórdida e nefasta que possui a Federação. Pelo certo ou errado, também é fato que lá ela está. A senegalesa de 54 anos, que ainda depende de um comitê independente para determinar a sua elegibilidade – o que não deve ser problema, tem um currículo invejável. Diouf Samoura, por 21 anos, atuou na ONU, na ajuda do Programa Mundial de Alimentação na África. Doutora em relações internacionais e comércio exterior no Institut d’Etudes Supérieures Spécialisées, de Estrasburgo, na França, também tem experiência no setor comercial, onde trabalhou em uma multinacional no Senegal. No mundo contemporâneo totalmente machista, mulheres na liderança é coisa rara. Não saindo da

Foto: ANP/AFP Pius Utomi Ekpei

Boa leitura e até julho!

Vera Sommer - editora Reg. Prof./DRT-RS 5054

política, mas com os olhos no Brasil, essa discrepância entre gêneros se torna mais abissal. Em novembro do ano passado, um texto da jornalista Amanda Klein, no blog do Jamil Chade, no Jornal Estado de S. Paulo, trouxe um número mais que vergonhoso. O Brasil ocupa a 118ª posição no ranking da União Inter-Parlamentar de mulheres na política no mundo. Na Câmara, menos de 10% das cadeiras são ocupadas por elas. Mais homens que mulheres no Legislativo culminam com projetos de leis tendenciosos. Uma comissão especial da Câmara aprovou o projeto do deputado Eduardo Cunha que dificulta o acesso ao aborto legal. Isso significa que mulheres estupradas e grávidas terão dificuldade de atendimento no SUS, a pílula do dia seguinte não estará mais disponível em todas as farmácias e o médico que orientar a paciente a abortar pode ser processado. A lei que facilita o acesso a armas de fogo já foi aprovada em outra comissão especial da Câmara. Será que isso é tendencioso? A mulher só é vista importante em campanhas políticas. Claro, são maioria, 52% dos eleitores do país são mulheres. E ainda tem gente que acha que não é necessário discutir pautas como gêneros!

UNIVALI - Universidade do Vale do Itajaí

Expediente:

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - COMUNICAÇÃO, TURISMO E LAZER Diretor: Prof. M.Sc Renato Büchele Rodrigues

Agência Integrada de Comunicação

Cobaia

CURSO DE JORNALISMO DA UNIVALI Rua Uruguai, 458 - Bloco C3 Sala 306 | Centro, Itajaí - SC - CEP: 88302-202 Coordenador: Prof. M.Sc Carlos Roberto Praxedes dos Santos JORNAL LABORATÓRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVALI Edição: Vera Lucia Sommer/Reg. Prof./DRT-RS 5024 Tiragem: 2 mil exemplares | Distribuição Nacional PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Gabriel Elias da Silva

Todas as edições do Jornal Cobaia estão disponíveis online. Acesse: issuu.com/cobaia! Você tem alguma sugestão para fazer, ou alguma matéria que gostaria de ver publicada? Conte com a gente! cobaia@univali.br

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Itajaí, maio/junho de 2016

Conquista

Curso de Jornalismo

lança portal de notícias Renata Rutes Henning – 7º período de Jornalismo

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Acadêmicos do 7º período e professores André Pinheiro, Gustavo Zonta e Vinicius Batista apresentam a agência experimental Prefixo

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vivência das redações jornalísticas agora está mais próxima dos acadêmicos de Jornalismo da Univali. Com a criação da Prefixo - Agência Experimental de Notícias (www. agenciaprefixo.com), os estudantes do 7º período vivem na prática, com aulas três vezes por semana, a realidade de um portal de notícias online. O lançamento oficial da Prefixo aconteceu na noite de 9 de junho nos estúdios da TV Univali, reunindo acadêmicos, professores e profissionais da comunicação da região. Os aproximadamente 30 acadêmicos que fazem parte dessa turma entraram para a história do curso, que completa 25 anos. Dentre eles, Marcelo Martim, 21, para quem a agência serve para

mostrar aos estudantes de Jornalismo como é o real mercado de trabalho. “O prazo (deadline) na Prefixo é maior do que nas redações, mas, com certeza, serve para nos prepararmos”, diz. Thamiriz Garcia, 21, concorda com o colega e salienta que a experiência é incrível. “Estamos tendo a oportunidade de conhecer a fundo como realmente funciona uma redação, pois atuamos não só como repórteres, mas também como editores. A Univali precisava de um projeto como esse e tenho certeza de que ele irá crescer cada vez mais”, pontua ela. Os apresentadores do projeto foram os alunos Bruna Bertoletti, Thiago Julio e Bárbara Porto Marcelino. Eles mostraram como a Prefixo funciona e

relataram suas experiências junto aos colegas, destacando a importância do trabalho em equipe e da divisão de tarefas. Os grupos são formados por dois repórteres e um editor, que se revezam a cada média avaliativa. Ao fim do semestre, todos os acadêmicos terão sido repórteres e editores. Cada dia de aula (segunda, quarta e sexta-feira) é comandado por um professor: André Pinheiro, Gustavo Paulo Zonta e Vinicius Batista de Oliveira, respectivamente. Os professores também aproveitaram a noite para agradecer ao coordenador Carlos Praxedes e à instituição pela liberdade e apoio ao projeto. Zonta defendeu que, de fato a agência é experimental, principalmente por estar recém começando. “Já estamos conseguindo

atingir os nossos objetivos e isso tudo graças aos alunos, que abraçaram a causa e trabalharam duro. Esperamos que essa semente cresça e renda bons frutos”, diz. Praxedes agradeceu à imprensa presente e também elogiou os acadêmicos e professores envolvidos no projeto, salientando que, mesmo com essa novidade para o curso, o Cobaia continua forte, pois os dois veículos de comunicação são distintos e acabam se complementando. “A Prefixo é multimídia e inovadora. É o Jornalismo da Univali se reinventando a cada dia”, afirma ele. O diretor do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (Ceciesa – CTL), Renato Buchele Rodrigues, também marcou presença no evento e rasgou elogios à iniciativa que nasceu em 2012, com a criação da nova matriz curricular do curso. “É um projeto arrojado e inovador. Defendo que, para saber fazer, é necessário praticar. Vejo que cada vez mais estamos inseridos no mundo digital e os portais online são uma tendência que precisávamos acompanhar.

Hoje 60% das residências do país possuem computador com acesso à internet, então esse conteúdo criado pelos nossos acadêmicos poderá ser acessado por todas essas pessoas”. Opinião da imprensa A diretora de Jornalismo da RIC TV Record, Flávia Jordão, elogiou a iniciativa e defendeu que o mais bacana no projeto é a experiência dos estudantes. “Os alunos estão atuando na prática. A RIC contrata acadêmicos que saem da Univali, pois trabalhamos com Itajaí e região. Então, para nós, é excelente que os estudantes tenham essa vivência desde cedo”. A jornalista e assessora de imprensa Luciana Zonta concorda com Flávia, salientando que, para ela, a vivência prática é essencial para o aprendizado e o engajamento dos acadêmicos que, desde cedo, saberão como é o mercado de trabalho. “Na minha época (ela cursou na Univali na década de 1990) não havia esse tipo de coisa. É uma iniciativa sensacional!”.

Foto: Estúdio de Foto e Vídeo da Univali

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Campanha

Por que matamos tanto

no trânsito? Fernando Rhenius – 4º período de Jornalismo

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inais de festa costumam terminar do mesmo jeito. Jovens, em sua maioria, bebem mais do que o bom senso permite, embarcam em seus carros e acreditam que vão para casa com segurança. Na verdade, entram numa roleta russa que resulta em tragédias – senão mortes, feridos com sequelas para sempre - que abalam famílias inteiras em diferentes cidades brasileiras. As mortes no trânsito brasileiro não se restringem a festas e ao consumo de bebida alcoólica. Segundo dados do Ministério da Saúde, 45 mil pessoas morreram em acidentes de trânsito no país em 2015. O “grupo de risco” compõe-se de motociclistas, que acabam correspondendo a 28% do montante. A Or-

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Maio Amarelo busca conscientizar e educar os motoristas para pouparem vidas

ganização Mundial de Saúde (OMS) aponta o Brasil como o quinto em número de mortes provenientes do trânsito. Em Itajaí, os dados da Coordenadoria de Trânsito (Codetran) não são diferentes de outras cidades. Somente em 2016, ocorreram 1.591 batidas resultando em 10 mortes. Paralelo às campanhas educativas promovidas pelo Ministério da Saúde, que trata estas mortes como epidemia, nasceu o Maio Amarelo, movimento que chama a atenção para o elevado número de vidas perdidas todos os anos no trânsito. Assim como o Outubro

Rosa, que alerta para o câncer de mama, e o Novembro Azul, para saúde do homem, este movimento é uma iniciativa de organizações não governamentais com apoio pela iniciativa privada, sem fins lucrativos. O símbolo é novamente uma fita, mas agora amarela nos mesmos moldes das utilizadas em outras campanhas. O Maio Amarelo baseou-se numa resolução das Nações Unidas, que definiu o período de 2011 a 2020 como a “década de ações para a segurança do trânsito”. Estudo da OMS aponta que, em 2009, último ano do levantamento, 1,3 milhão de mortes, e 50

milhões de pessoas ficaram com sequelas. “Foi um grande susto. Nasci de novo”. Assim Thais Dantas se refere ao acidente que sofreu na avenida Adolfo Konder, em Itajaí, em 2013. A vendedora de 21 anos escapou praticamente ilesa da batida. “Estava a uns 60 km/h atrás de dois carros. Do nada, numa reta, o primeiro parou não dando para segurar. Só vi uma luz forte e senti uma dor no peito. Na hora, quebrou a viseira do capacete e caí na outra pista. Quase outro carro passou por cima da minha cabeça. Senti muita dor no peito. Fiquei com alguns ar-

ranhões e a moto, destruída. Saí no lucro.” Mais sorte teve Thiago Furtado, estudante de Jornalismo, que, em 2010, teve danos materiais por conta da falta de atenção de um motorista de caminhão. “Uma caçamba da Prefeitura de Canelinha cruzou uma rua geral em que eu transitava. O cara estava errado. Bati na lateral da caçamba e estragou bastante o carro. Porém, eu e uma moça, que estava comigo, saímos ilesos. Não tive nada mesmo.” O Maio Amarelo foi lembrado em Itajaí no dia 17 de maio com uma ação no parque Ecológico Alessandro Weiss, no bairro São João. O evento contou com blitz educativa, distribuição de material didático e palestras oferecidas pelos agentes do Codetran.

Regras de segurança

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Todos os ocupantes do veículo, adultos e crianças, devem usar o cinto de segurança. Inclusive no banco traseiro.

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Crianças de até 7 anos e meio nos carros devem usar os equipamentos de proteção adequada a idade (bebê conforto, cadeirinhas ou assentos de elevação).

Pedestre deve sempre ser respeitado. Lembre-se: você também é pedestre. Dê passagem a vida!

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Dirigir embriagado reduz em até 25% o tempo de reação, aumentando o risco de acidentes. Se beber, vá de ônibus,táxi ou carona.

Bicicleta também é veículo, portanto deve respeitar a sinalização de trânsito. Motorista, mantenha uma distância de segura de 1,5 m ao ultrapassar ciclistas.

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Respeite os limites de velocidade. Reduza a velocidade em frente a escolas ou lugares de grande concentração de pedestres. Motociclista use sempre os equipamentos de proteção: capacete, luvas, botas e jaqueta.

Respeite as vagas reservadas para idosos e deficientes. A gentileza melhora a convivência no trânsito.

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Não use o celular enquanto dirige. A distração é um dos principais fatores de risco para quem está ao volante.

Dirigir cansado ou com sono é tão perigoso quanto dirigir alcoolizado. Pare e descanse antes de pegar a estrada.

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*Fonte: Projeto Vida no Trânsito do ministério da Saúde

10 ao volante

ATENÇÃO Perfil das vítimas * 78,76% - Motociclistas do sexo masculino entre 20 e 39 anos * 19,6% - Fizeram uso de bebidas alcoólicas * 19,7% - Não utilizam capacete


Itajaí, maio/junho de 2016

Cosplay

10º Aniventure ganha

destaque em Itajaí Maicon Rech – 2º período de Jornalismo

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Apaixonados pela cultura japonesa brincam, jogam e apresentam seus cosplaiers

os gamers, com televisões montadas para jogar entre duplas e animar os participantes. Na tarde de domingo, foi realizado um pequeno campeonato de vídeogame, com inscrições limitadas, em que o ganhador levou um troféu e uma medalha como prêmios. A atração principal ficou por conta dos cosplaiers, que se vestem como seus personagens favoritos para participar do concurso de cosplay, que julga o desfile, a apresentação e a fabricação da fantasia de cada competidor. “O concurso é uma atividade bem elaborada e envolvente. Traz a possibilidade de muitas pessoas participarem, pessoas que ficam dias, meses montando seus cosplaiercosplayes para apresentar ao público. Porém, ninguém sabe os critérios avaliados. Isso me faz acreditar em vários vencedores, que, no final, não atingiram minhas expectativas”, disse Isabelle Paim, participante do concurso. O público saiu satisfeito do Aniventure de 2016, esperando ansiosamente pela sua 11ª edição, quando virão com mais expectativas e ideias para participar das atrações e jogos do próximo evento.

Fotos: Maicon Rech

rianças, jovens e adultos brincaram, trocaram jogos, falaram de videogame e prestigiaram as palestras proferidas pelos seus ídolos da internet. Esse foi o clima do Aniventure que chegou à 10° edição, com a cidade de Itajaí sendo palco para o evento voltado para os apaixonados pela cultura pop japonesa. Ele aconteceu entre os dias 27 e 28 de maio, no Centro Multiuso de Itajaí, com a participação de pessoas vindas de todo o Brasil. Rodrigo Augusto, um dos organizadores do evento, disse que o Aniventure é feito para trazer atrações que estimulem o intelectual, o esportivo e o social dos adoradores da cultura pop japonesa. Brincadeiras foram desenvolvidas especialmente para esse público, estimulando estudos sobre a cultura, musicais e trabalho em equipe, que valoriza a amizade e a socialização. Além disso, os participantes puderam apreciar apresentações teatrais, artes marciais, danças, concursos, palestras, workshops, gincana, show de cantores, grupos e bandas. O evento contou com uma grande estrutura para

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Itajaí, maio/junho de 2016

Cinema

Mikael Melo – 3º período de Jornalismo

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uitas franquias de terror mexeram e mexem com a cabeça dos adolescentes, mas uma delas tem a proeza e ousadia de brincar com o próprio gênero. Conhecido no Brasil como “Pânico”, Scream foi um filme inovador na década de 90. A produção de 1996 custou apenas 14 milhões de dólares e faturou mais de 170 milhões no mundo inteiro. Até hoje, é o filme do estilo slasher (obras que abordam uma matança feita por um assassino psicopata) com a maior arrecadação nas bilheterias – Scream 2 ocupa a segunda colocação. A primeira parte dessa década teve filmes de hor-

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ror pouco memoráveis, porém, o projeto roteirizado por Kevin Williamson (“Eu Sei O Quê Vocês Fizeram no Verão Passado”, The Vampire Diares, The Following) e dirigido pelo mestre Was Craven marcou a geração. Além de mostrar as costumeiras cenas de perseguição e morte, todos os quatro filmes e a série utilizam da metalinguagem. São citadas regras baseadas nos clichês do gênero, que mudam a cada continuação. O segundo e, principalmente, o terceiro longa ainda satirizam a si mesmos. Na forma do também fictício ‘’Apunhalada’’, que no contexto da produção é baseado na história da personagem de Neve Campbell, a emble-

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Fotos: Dimension Films

Revisitando a franquia “Pânico” Franquia de Wes Craven inovou no terror dos anos 90 e continua com seu legado

mática Sidney Prescott. Aliás, “Pânico” reforça o conceito da ‘’Final Girl’’, que é muito utilizado no cinema de horror – após um massacre realizado por um serial killer, apenas uma garota sobrevive e combate o assassino. Geralmente essas moças apresentam boa conduta e tem ligação com o psicopata. Jamie Lee Curtis, em Halloween, e Jennifer Love Hewitt, em “Eu

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Sei O Quê Vocês Fizeram no Verão Passado”, são algumas das mais conhecidas. O terror sempre abordou questões sociais – esse gênero é mestre na utilização de metáforas. Ao contrário do que muitos pensam, esses filmes vão além dos sustos e do sangue. Muitas críticas implícitas podem ser encontradas, como ao racismo e ao consumismo. O subgênero zumbi é o mais enraizado de significados. Eles também podem ser doutrinadores, exemplificando-se na morte daqueles que fazem sexo durante a história. Com a morte de Was Craven, dificilmente teremos um “Pânico 5”. Isso, é claro, se os produtores não colocarem nas mãos de outro diretor, o que pode trazer resultados desastrosos. Na verdade, o fraco desempenho financeiro do quarto longa é mais um empecilho. Craven foi um dos principais responsáveis por popularizar os slashers, em 1984, com Freddy Krueger e, nos

anos 90, com o Ghostface. Toda a sua obra fica como legado e inspiração para os novos prodígios. Inúmeros clássicos fazem parte de seu portfólio, que vão de “Aniversário Macabro” (The Last House on the Left, 1972) e “Quadrilha de Sádicos” (The Hills Have Eyes, 1977) até suas duas franquias mais conhecidas. Como muitas obras, Scream foi transferida das telonas para as telinhas. Com a supervisão de Was e Kevin, Jay Beattie (Revenge e Criminal Minds) idealizou o seriado. Apesar da polêmica quanto à qualidade do produto, o futuro da franquia deve ser mesmo na TV. Para o bem ou para o mal dos fãs. Toda adaptação para outra mídia é complicada, quase sempre há a pressão pela fidelidade ao material original. Fatores orçamentais e o ritmo que a história foi contada geraram discussões, apesar de ter ganho a renovação pouco tempo depois do término da primeira temporada.


Itajaí, maio/junho de 2016

Palestra

Determinação é fundamental na carreira Caetano Oliveira, Filipe Carvalho, Gustavo Fuhr, Gilmar Castro, Matheus Veríssimo e José Paulo – 1º período de Jornalismo

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oragem e humildade podem fazer alguém subir degraus importantes na carreira? Para Jefferson Puff, essas características foram cruciais para a realização de um sonho acalentado desde criança: ser correspondente internacional. Jornalista obstinado, nunca se abalou diante das dificuldades que se colocavam a sua frente. Com muita ousadia, persistência e, pelas palavras do próprio, uma bela cara-de-pau, conseguiu se colocar profissionalmente num dos maiores sistemas de comunicação do mundo – a British Broadcasting Corporation (BBC). Não foi fácil, mas o sonho tornou-se realidade.

Egresso da Univali, Puff veio do Rio de Janeiro para Itajaí conversar com os estudantes como uma das atrações previstas dentro das atividades comemorativas dos 25 anos do Curso de Jornalismo. Com apenas 32 anos de idade e muita história para contar, ele falou, de forma leve e irreverente, sobre algumas de suas experiências profissionais que o credenciaram a ser correspondente internacional da BBC no Brasil. “Ele conseguiu mostrar as oportunidades do jornalismo e suas portas para o caminho do sucesso’’, comenta Gabriela Azevedo. Desde favelas até o cenário político atual brasileiro, Jefferson é um dos respon-

sáveis por informar tudo que acontece aqui para a BBC e o mundo, com muita qualidade e coragem. Por não ser natural da Grã-Bretanha, e sem o sotaque da região, fica limitado a certas emissoras de TV que aceitam estrangeiros, mas isso não reduz a capacidade de Puff de repercutir seu trabalho. Com as Olimpíadas chegando, ganhou destaque junto ao público britânico com entrevistas exclusivas realizadas sobre problemas envolvendo, por exemplo, o terreno onde os atletas ficarão hospedados. O bate-papo, ocorrido no dia 23 de maio, serviu como injeção de ânimo e motivação aos acadêmicos que dão os primeiros pas-

sos em busca da realização de seus próprios sonhos. Afinal, Puff pediu que não desistam diante da primeira adversidade, porque é difícil conquistar espaço num meio de constante mudança e muita concorrência. Isabella Camargo comentou a respeito: “Ele incentivou as pessoas a amarem suas escolhas e mostrou sua paixão pelo jornalismo. Foi inspirador’’. Apesar das dificuldades, colocar-se como figura importante e representativa nessa profissão gera uma enorme satisfação profissional. Poucos estudantes sabiam dessa possibilidade de ser tornarem correspondentes internacionais, e a conversa com Puff foi

uma maneira de refletir e colocar o assunto em pauta entre os acadêmicos. “Eu achei legal porque ele nos mostrou um caminho legal do jornalismo. Acredito que muitos não conheciam ou nem sabiam como era’’, disse Aimee Silva. Além disso, a mensagem que o correspondente internacional da BBC no Brasil deixou é que se deve persistir no objetivo pessoal, porque, assim como cada acadêmico espectador da palestra, ele também já esteve ali e sabe da todas as dificuldades que aparecem no caminho da realização profissional. A determinação, segundo Puff, é fundamental para se prosperar na carreira.

Foto: Gilmar Castro

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Itajaí, maio/junho de 2016

Palestra

Repórter: profissão

sublime

Aline Amanda, Amália Agatha, Bruna Maira, Beatriz Nunes, Julia Vieira, Juliane Ferreira, Louise Lamin, Marília Gabriela, Morgana Fernandes, Nicolle Prado, Patricia Pimenta, Rachel Schneider, Thayná Costa, Vanessa Fagundes e Vitória Caroline – 1º período de Jornalismo

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Cobaia

Todos moram em Timbó Grande, no planalto norte de Santa Catarina, e sobrevivem do campo onde a internet não chega, nem mesmo telefone ou carteiro. Os pais são agricultores e a maior esperança da família é que os filhos cresçam saudáveis e tenham melhores condições de vida. A repórter conviveu com a família por dois anos e sete meses, presenciou o cotidiano e até algumas desavenças. Descobriu segredos e registrou tudo o que pôde para compor sua matéria e relatar a escassez na qual essa e muitas outras famílias se encontram, quando na situação de miséria. Sobre as lembranças e a saudade da família Canofre, a jornalista admitiu que pretende visitá-los quando estiver naquela região, e justifica: “Vínculos se criam, mas não se amarram”. No projetor do auditório, Ângela reproduziu alguns vídeos de suas reportagens para compor suas falas e exemplificar o trabalho conjunto de repórter e sua equipe. Também exibiu alguns arquivos de mídia de outras matérias, tais como “Mariazinha - A Filha da Guerra”, que retrata a história de uma mulher de mais de 90 anos. Ela carrega consigo memórias da Guerra do Contestado, a maior luta camponesa no país, e todo o sofrimento vivido. Outro grande trabalho da repórter é “O Amor é Cego”, que se tornou uma grande reportagem multimídia depois de Ângela se aprofundou no tema e descobriu que mais de 13 mil cegos vivem em Santa Catarina. A ideia de escrever sobre como o amor acon-

tece entre pessoas com deficiência visual surgiu após a jornalista se deparar com um casal de cegos que caminhava pela rua, próximo da estação de ônibus urbanos no centro de Florianópolis. Ângela comentou também sobre a necessidade

de “reportear” a todo momento, brincando com o verbo criado por ela mesma, e enfatizou: “O mais sublime do jornalista é ser repórter”. Dos momentos mais marcantes, aos elogios atribuídos a Ângela após o bate-papo que durou cerca

de três horas, ficou o reconhecimento de um bom trabalho jornalístico, deixando diversos ensinamentos aos estudantes de Jornalismo presentes em sua palestra proferida no dia 16 de maio, no auditório da Farmácia, na Univali.

Foto: Gilmar Castro

e é Deus ou o Diabo que me apresenta isso, eu não sei. Espero que seja uma força melhor.” Já imaginou acompanhar uma família durante dois anos e sete meses? Ou então conversar com uma testemunha da Guerra do Contestado? E fazer um vídeo para cego “ver”? A jornalista Ângela Bastos já fez tudo isso, enxergando pautas onde ninguém mais as vê. Inovação, qualidade e expressividade são os resultados da dedicação e amor da repórter na produção de suas matérias jornalísticas. Ângela explica que fazer reportagem é, além de executar a pauta, viver a pauta. É sentir na pele a realidade das fontes entrevistadas e, com profissionalismo e ética, ampliar as fronteiras da informação. Marcada como a primeira atividade prevista para a comemoração aos 25 anos do curso de Jornalismo da Univali, a repórter do Diário Catarinense mostrou aos futuros jornalistas o que existe de mais prazeroso nessa profissão. A jornalista tem em seu currículo inúmeras matérias de destaque que se transformaram em grandes reportagens para capas de jornal e rendem prêmios importantes no Jornalismo brasileiro. “As quatro estações de Iracema e Dirceu” foi uma matéria veiculada no jornal impresso, teve uma versão para rádio e disponível em plataforma online. Essa reportagem retrata a vida da família Canofre, composta por pai, mãe e seus 14 filhos, que vive em situação de extrema pobreza, com renda per capita de R$54.

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Palestra

A casa caiu

Bruna Letícia Gerhard, Gabriela Azevedo, Isabela Camargo, Karina Morillo, Lídia S. Lobe, Nathália Borges e Sarah E. Pereira – 1º período de Jornalismo

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contraste entre lágrimas e risadas marcou a palestra do fotojornalista Guto Kuerten, que deixou transparecer o imenso amor que sente pela profissão. Apesar da seriedade exigida, ele continua sendo gente, e, mesmo sem querer, se envolve além da conta com algumas personagens de suas matérias. Bem à vontade em frente aos acadêmicos e professores de Jornalismo, ele falou sem papas na língua sobre o trabalho de ser repórter fotográfico e emocionou profundamente os calouros. Quando contou a história de João Pedro e sua luta

contra a leucemia, Guto não conteve as lágrimas. Com voz embargada e sensibilizado, deu um conselho aos aspirantes a repórter: “Não se envolvam demais com o seu trabalho”. A palestra também teve momentos divertidos, arrancando risadas da plateia ao encenar algumas de suas histórias. A frase “a casa caiu” foi a mais repetida em seus relatos. Seu bom humor prendeu a atenção de todos. Houve uma grande troca de experiências e conhecimento ao contar sobre o desenvolvimento de suas reportagens, demonstrando que é possível encarar as dificuldades da profissão com positivi-

dade. Busca, em cada pauta, um aprendizado diferente, pois, segundo ele, o jornalista cresce por meio de oportunidades oferecidas e encaradas. Guto é um jornalista premiado com vários trabalhos de reconhecimento internacional, mas mantem-se humilde e receptivo com quem admira sua produção. Sentado no chão e sempre voltando a dizer o quanto não é bom em palestras, deu um show de declaração de amor ao fotojornalismo. A primeira foto dele divulgada no Diário Catarinense foi sobre um grave acidente de automóveis que ocorreu na região de Tubarão.

Quando a viu publicada, quase nem acreditou, chorando de felicidade. O bate-papo com Guto foi no no dia 1º de junho, Auditório de Farmácia, onde a plateia ficou além das 22 horas. Um fato raro, pois os alunos costumam sair em torno das 21h30. Sinal de que a conversa estava mais do que interessante. Depoimentos Gabriel Fidélis, de 18 anos, conta que a palestra superou todas as suas expectativas e que, sem perceber, se envolveu com os depoimentos de Guto, passando a

admirar seu trabalho, encantando-se ainda mais pelo fotojornalismo. “Foi sensacional. Um tapa de sentimentos na cara de todo mundo que estava lá para aprender a ser uma pessoa mais humana e valorizar as pessoas que têm uma história para contar”, disse Victor Loja, de 19 anos. Para ele, colega de Fidélis no 3º período de Jornalismo, não foi simplesmente uma palestra, foi uma aula para todos os presentes. “Ele é uma pessoa com carisma imenso e diferente de qualquer outra que você pode encontrar.”

Foto: Gilmar Castro

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Itajaí, maio/junho de 2016

Palestra

Tá tranquilo, tá favorável?

A gente sabe que não Aline Ribeiro, Bianca Ávila, Jennifer Prado, Luana Isabel, Paulo Roberto e Roberto Ribeiro – 1º período de Jornalismo

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Cobaia

Foto: Gilmar Castro

jornalista e professor Rogério Christofoletti, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), perguntou se o jornalismo ainda é importante hoje na sociedade brasileira. Dividindo opiniões e fazendo reflexões sobre a importância da profissão, imparcialidade e necessidade de formação acadêmica para seguir carreira, ele proferiu palestra para acadêmicos, professores e profissionais de jornalismo na noite do dia 20 de maio, no auditório do Bloco E1 da Univali. Na oportunidade, lançou dois livros: “Questões para um jornalismo em crise” e “Jornalismo, crítica e ética”. Christofoletti começou falando de sua indignação com o Ministério da Comunicação, enumerando o que considera “pontos perigosos” que afetam o ramo da comunicação, como a demissão do diretor da Empresa Brasileira de Comunicação - EBC. “Minha fala para o jornalismo vai ser um misto de otimismo com preocupação. Com relação à crise política, vai ser mais com preocupação”. O jornalista também deixou claro seu sentimento de indignação à atual situação política e jornalística do país. De acordo com ele, cabe apenas usar a expressão “golpe midiático” em relação à cobertura da imprensa sobre a crise, pois a mídia não tem se preocupado muito em investigar a veracidade dos fatos veiculados. Christofoletti citou como exemplo a revista IstoÉ, uma das maiores revistas do país, que vem publicando reportagens com tons sexistas sobre a presidente afastada Dilma Rousseff, sem amparo jornalístico e, muitas vezes, sem nenhuma fonte. Allan Franzoi Junior, de 18 anos, aluno do segundo período concorda com as afirmações feitas por Christofoletti. “Os assuntos abordados pelo professor são de extrema importância e realmente precisam ser debatidos e expostos, mesmo que desagradem alguns”. Mais do que despertar a admiração dos presentes, o jornalista inseriu questões polêmicas e relevantes no âmbito profissional para os acadêmicos.

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Itajaí, maio/junho de 2016

Esporte

Marinheiro pronto

para a batalha Caetano de Oliveira Menezes Júnior – 1º período de Jornalismo

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Cortês; laterais Renan Menegazzo e Wesley Nascimento; volantes Emerson Forgati e Gustavo Tinelo. Além dos remanescentes do Sub-20, foram anunciados alguns jogadores vindos de outros clubes, que são: goleiros Rudy e Éder Henrique; zagueiros Fernando Salvan, Rodrigo Paganelli, lateral Sebá; volantes Yamil Gonzáles, Werley Pacheco e Souza; meio-campo Diego Souza; e os atacantes Ariel Germiniani e Valério Vieira. O técnico José Macena mostra-se tranquilo e espera uma competição equilibrada a partir de outros reforços até o início da competição. Não é um elenco de encher os olhos, até porque é para a Segunda Divisão do estadual. Quase todos os

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Marcílio Dias apresenta contratações para atuar forte na Segundona

jogadores apresentados tem rodagem pelo futebol de SC, o que é positivo. Difícil dizer o quanto os jovens poderão ajudar nesta competição. A principal novidade, para alegria da cidade, foi a volta de Valério (23). Ele é “cria” do Marcílio, lá da Itaipava. Está de volta ao Marinheiro após atuar no Rio Branco, do Acre, e ser destaque em um jogo do campeonato acreano, pedindo música no Fantástico,

por ter marcado três gols. O Clube Náutico Marcílio Dias estreia fora de casa contra o Operário de Mafra no dia 17 de Julho. Lembrando que o formato da Segundona compõe-se de dois turnos de pontos corridos. Os dois melhores times pontuados, dentre os 10 participantes, garantem vaga na Serie A de 2017 e ainda disputarão o título em uma final de dois jogos. O time com menor pontuação

será rebaixado para a Série C do Catarinense. Todos os jogos serão no final de semana e alguns terão transmissão da Record News SC. A Rádio Univali 94,9 FM também transmitirá os jogos do Marinheiro, informando sobre o futebol local, nacional e internacional, de segunda a sexta, às 12h10, no Programa Show de Bola, com Caca Oliveira e Jânio Flávio.

Foto: Caetano de Oliveira Menezes Júnior

pós mais de um ano sem futebol em Itajaí, a torcida marcilista pode comemorar em parte. Jogar uma Serie B de Campeonato Catarinense não é muito animador para a camisa Marcílio Dias. Mas 2016 será diferente para Itajaí. Além do Marcílio, o maior rival de todos os tempos, o Barroso, também esta na parada. Com certeza, será uma competição espetacular e terá mais uma novidade. A Record News irá transmitir alguns jogos e dará prioridade para os times de Itajaí e região. A diretoria do Marcílio Dias apresentou, no início de junho, boa parte dos jogadores que vestirão o Manto Rubro Anil a partir de julho. O presidente José Carlos do Santos e o vice Douglas Vinicius estão desde dezembro de 2014 sob o comando do Marcílio. Tiveram de montar o time rebaixado em 2015, muito por conta da falta de tempo, dinheiro e experiência. Neste ano, acabaram se aliando com o Superintendente de Futebol, Egon da Rosa, com a promessa de que seu time será campeão de ponto a ponto. O mandato de José Carlos termina no final do ano e, colocar novamente o Marcílio na Elite do futebol catarinense, virou praticamente uma obrigação de sua gestão. Da categoria sub 20, os atletas que disputaram a Copa SC seguem defendendo a camisa Rubro Anil: goleiros Grison, Alonso e Bruno Rocha; zagueiros Bruno Miguel e Tiago

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Itajaí, maio/junho de 2016

Foto: Gustavo Zonta

Perfil

Boa posição é boa decisão Danilo Vieira e Henrique Grandi - 4º período de Jornalismo

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Itajaí, maio/junho de 2016

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Destaque da Confederação Brasileira de Futebol – CBF, a árbitra catarinense Tainan Bordignon Somensi faz do seu sonho uma realidade

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Logo estava apitando a terceira divisão do Campeonato Estadual, foi promovida para a Segunda Divisão e hoje é a principal mulher apitando o maior Campeonato Catarinense. “Nunca imaginei que seria tudo tão rápido, mas estudei muito as regras, além do curso da federação que durou oito meses. Estou sempre querendo aprender”. Enquanto faz uma pausa para tomar água, sobe na cadeira com os joelhos. “Sou inquieta, não liguem”. Com o característico brilho nos olhos de quando fala do que escolheu para trabalhar para o resto da vida, ela interage sem receios com os acadêmicos da Univali. Logo é questionada sobre o espaço da mulher no esporte. “Sou nova e mulher. Eu não ligo para o preconceito, sei que estou fazendo, me sinto confiante e tenho uma longa jornada pela frente”, diz a jovem de personalidade forte. As perguntas continuam: “E como é a reação dos jogadores com a árbitra?” Tainan tira o celular do bolso, pesquisa rapidamente uma foto que ilustra como é seu desempenho dentro de campo – uma imagem dela dando uma bronca em um jogador da Chapecoense, que impressiona. “Já fui ameaçada na várzea, onde não tinha policiamento. Mas hoje tenho calma, não sou mais afobada como eu era antes. Se querem brigar é lá fora, dentro de campo não. Tenho que construir uma imagem séria”, afirma. Inquieta e extrovertida, Tainan fecha o semblante quando questionada sobre a árbitra Ana Paula Oliveira, destaque da arbitragem feminina na década passada. Ela teve a carreira manchada por erros, que com homens seriam comuns, mas com mulheres não passam despercebidos pela mídia esportiva. “Vocês da mídia tem que ter responsabili-

dade e ética na hora de falar. Estamos em evidência e qualquer coisa que falem sobre nós toma proporções gigantescas”. O clima permanece sério e ela finalmente aborda o assunto da primeira árbitra que fez sucesso no Brasil: “A Ana Paula foi a primeira a apitar uma Copa Libertadores masculina. Ela vive Futebol, está na Escola Nacional de Arbitragem, no curso da Granja Comary, como instrutora e é maravilhosa, tem um conhecimento incrível”. Questionada sobre os erros da árbitra antes de ser colocada na “geladeira” pela Confederação Brasileira de Futebol, em 2007, Tainan dispara: “O erro vem pra aprender. Tudo é aprendizado. Não vejo relação nenhuma com

revela que teve uma falha grave em uma semifinal de um campeonato de escola: “Não dei um pênalti e o time perdeu no final. Até hoje não entendi porque não dei aquela falta, era clara. Após a partida, fui falar com o treinador da equipe que perdeu e humildemente pedi desculpas, reconheci que errei”, disse. Filha de Antoninho e Mariline, Tainan se orgulha ao falar de sua cidade natal, Videira, Meio-Oeste de Santa Catarina. A jovem conta do apoio de sua família na nova profissão e sonha um dia chegar ao quadro de arbitragem da FIFA. “Eu amo o que eu faço, apitaria todos os dias se pudesse”. Mas como é a árbitra Tainan? Em poucas palavras, a jovem extrovertida e simpática procura se descrever em campo. “Mandona, chata, quero tudo certinho, milimetricamente. Assim sei que as coisas funcionam. Sei que vou ter o jogo na minha mão. Sou criteriosa e rigorosa”. Ela ainda emenda com a frase que ouviu nas aulas de arbitragem e mais gosta de usar: “Boa posição é boa decisão”.

Mandona, chata, quero tudo certinho, milimetricamente. Assim sei que as coisas funcionam. Sei que vou ter o jogo na minha mão. Sou criteriosa e rigorosa - Tainan, árbitra

Foto: Henrique Porto/Agência Esportes

ulho de 2007, a árbitra Ana Paula Oliveira encerrava o que poderia ser uma das mais pro missoras carreiras de uma mulher apitando futebol no Brasil. Ela foi afastada dos gramados após posar nua para a revista Playboy – sabia que ali dava seu último respiro no esporte mais popular do país. Naquele ano, Tainan Bordignon Somensi tinha apenas 12 anos de idade e ainda não sonhava em trilhar os mesmos passos de Ana Paula, dessa vez sem as surpresas pelo caminho. Hoje, aos 21 anos, Tainan é árbitra profissional e foi eleita a segunda melhor do Brasil em 2015. Virou sensação do Campeonato Catarinense das últimas duas temporadas e uma referência no quadro de árbitros da Federação Catarinense de Futebol (FCF). Timidez não está entre as características de Tainan. Extrovertida e hiperativa, ela não deixa espaço para distrações quando começa a falar sobre o seu maior amor: apitar partidas de futebol. Descoberta para o mundo da arbitragem ao acaso, largou a bola e agarrou com todas as forças o apito. “Comecei com 18 anos, em 2013. Fui descoberta em uma academia quando corria. Um homem que eu jamais havia visto ficou observando meu desempenho em cima da esteira e se disse impressionado com a minha resistência”. O convite foi feito e não demorou muito para a jovem se apaixonar pela ideia de arbitrar um jogo. “Comecei a ir aos jogos e ficava observando os árbitros, não via mais a partida da ‘bola’, via a partida do árbitro”, conta Tainan, com brilho nos olhos. A ascensão veio em pouco tempo. Após fazer o teste de árbitros na Federação Catarinense de Futebol, foi aprovada e ficou três meses com árbitra assistente.

o erro da Ana Paula em 2006, na partida entre Corinthians e Palmeiras, com o sumiço dela”. O clima ameniza, o jeito carismático volta à cena e ela fala com sorriso no rosto do respeito que vem conquistando dentro de campo: “O pessoal está se acostumando, cada vez mais a mulher está tendo espaço no esporte. As pessoas estão abertas e não ouço mais essa diferença de homem e mulher no esporte”. Talvez uma coisa que explique o sucesso de Tainan seja seu foco na profissão e a vida de atleta que vive. Não costuma sair para baladas, tampouco beber com amigos. Assim, se resguarda do assédio do público, que já começa a reconhecer seu rosto: “Não bebo, não vou à balada, tento fazer coisas que não me comprometam. Também porque realmente não gosto de sair. Gosto mais de ir à praia e jogar futevôlei com meu namorado”. Ela completa: “Eu não posso ir a bar. Vai ter alguém vendo e se eu beber vai dar problema”, avalia. No entanto, ela não esconde o seu lado humano. Questionada sobre erros,

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Itajaí, maio/junho de 2016

Missão

Pela valorização

da vida

Anna Paola Paraná, Carolina Santana, Daiane de Souza, Gustavo Vasconcelos e Maria Eduarda Cagneti Silveira – 5º período de Jornalismo

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Cobaia

mo ou com alguém próximo. Porém, o que se sabe é que esta já é a segunda maior causa de morte de jovens no mundo, e no Brasil a média anual é de 10 mil mortes propositais. A presença de distúrbios mentais como depressão, quadros de transtorno bipolar e esquizofrenia, por exemplo, apontam um risco maior de suicídio. Apenas no ano de 2015, em Balneário Camboriú, foram registrados cerca de 20 suicídios, sendo que apenas um, entre dez casos, acaba notificado aos órgãos de saúde. Devido ao grande número de ocorrências na cidade, foi implantada uma sede do Centro de Valorização da Vida (CVV). O CVV é uma ONG com 53 anos de existência que conta com mais de 71 postos espalhados em todo território nacional. Foi criada com o objetivo de diminuir o número de suicídios, e hoje possui mais de 1800 voluntários em todo Brasil. José de Arimateia, voluntário e coordenador do projeto CVV, em Balneário Camboriú, garante que este já era um tema bastante conhecido e discutido na cidade nos últimos tempos. “Há dez anos, se tentava instalar uma sede do CVV em Balneário. Agora conseguimos!”, comemora o voluntário. Ter um caso de suicídio na família é bastante complicado. A culpa tende a estar presente entre os entes queridos, que muitas vezes não conseguem conviver com tamanha dor. Auxiliar estas famílias também faz parte da missão do CVV. “Como eu tive um caso de suicídio na família, pensei em unir isso à vontade

que tinha de ser voluntária e ajudar outras pessoas. Fazer pelos outros aquilo que eu talvez não tenha conseguido fazer junto da minha própria família”, esclarece uma das voluntárias do CVV. Terceira Idade e a qualidade de vida Procurando qualidade de vida e bem estar, a terceira idade representa 20% da população de Balneário. Infelizmente, também é a faixa etária em que acontece a maior parte dos suicídios registrados na cidade. A Secretaria da Pessoa Idosa de Balneário Camboriú começou suas atividades em abril de 2015, e tem como objetivo estimular a vida. “Estes números fazem parte de uma estatística que nós não gostaríamos de ter. Mas ela existe, é uma realidade”,

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Balneário Camboriú dispõe do CVV, um serviço para orientar pessoas com distúrbios emocionais

admite Dão Koeddermann, diretor da Secretaria do Idoso. Segundo ele, por se tratar de uma cidade que atrai muitos idosos, justamente pela expectativa de vida, é preciso prevenir e orientar este público, através de projetos culturais e recreativos. “Devemos tratar do assunto, orientar tanto as famílias quanto os próprios idosos. Assim poderemos de fato suprir esta deficiência”,

conclui o diretor. Apesar do alto índice de suicídios, não é um dia de tristeza que leva as pessoas a pensarem nessa possibilidade. Os motivos são muitos, mas é possível ficar atento aos sintomas de transtornos que normalmente aparecem antes. O correto é procurar um especialista, e aproveitar tudo de bom que a vida tem para oferecer.

Foto: Anna Paola Paraná

alneário Camboriú é referência no quesito qualidade de vida. Em setembro de 2015, a cidade do litoral catarinense ganhou em seis categorias do prêmio “Melhor Cidade do Brasil”, realizado pela revista IstoÉ. Muito procurada por idosos, devido aos seus diferenciais, tem um dos maiores Índices de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de todo país. Além disso, constitui um dos principais pólos turísticos do sul do Brasil. Apesar dessas qualidades, Balneário Camboriú enfrenta problemas. A psicóloga Giovana Delvan explica porque o município, tão conhecido pela sua qualidade de vida, registra um alto índice de suicídios. “Balneário Camboriú é uma cidade que é de todo mundo e não é de ninguém”. Segundo Giovana, muitas pessoas vêm a Balneário em busca de um diferencial, das festas que agradam a todos os estilos e outras vantagens de se viver no litoral. Ao mesmo tempo, porém, se deparam com problemas existentes em qualquer cidade: habitação, trânsito, saúde, educação e segurança. “Muitas vezes, esses fatores fazem com que a pessoa se decepcione ao comparar a expectativa e a realidade. E isso pode vir a ser um dos motivos que agravam os índices”. A palavra suicídio significa o ato de pôr fim intencionalmente à própria vida. Como em outros temas polêmicos, as pessoas sempre pensam que o suicídio é algo do interesse alheio, só acontece com os outros, nunca consigo mes-

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Itajaí, maio/junho de 2016

Coletivo Fotográfico

Foto Negativo

fotonegativo.tumblr.com Acadêmicos: Dienifer Mânica, Iolario Neto, Karine Amorin, Thais Lamin e Thayná Barretto

M

ulher, vaidosa e dedicada ao trabalho. Cristiane Gonçalves de Almeida, a sargento Cristiane, nasceu no dia 18 de julho de 1984, em Fraiburgo, cidade situada no meio-oeste de Santa Catarina. Hoje com 31 anos de idade está casada com um bombeiro militar e reside em Balneário Camboriú. Antes de ser policial, trabalhava como atendente num posto de gasolina em sua cidade de origem. Cristiane ingressou na Polícia Militar (PM) em 2006 como soldado. A decisão foi apoiada e incentivada por amigos que já faziam parte da instituição. Aliás, ela é a única policial da família, fato foi aceito sem restrições. Após prestar concurso interno, conquistou a graduação de sargento. Concluiu sua formação em Tecnologia em Gestão Ambiental e realizou sua pós-graduação em Segurança Pública. Já sofreu preconceito por parte dos homens, até mesmo pelos próprios companheiros de farda, que não aceitavam a presença feminina na polícia. Mas isto é coisa do passado. Nos dias de hoje, ela é reconhecida por prestar serviço de excelência na unidade em que desempenha suas funções, o 12º Batalhão de Polícia Militar (BPM). A Sargento Cristiane já foi 1ª princesa da Maçã, uma antiga e tradicional festa de Fraiburgo. E coleciona elogios pela sua beleza e simpatia contagiantes. A timidez também é uma de suas características. Quando veste a farda de cor cáqui, com os cabelos amarrados e de cobertura, irradia charme. Por onde passa, é impossível não notar seu sorriso cativante. Mesmo com toda a seriedade que a profissão exige e lhe impõe, ela consegue cumprir sua missão com dedicação sem deixar de lado o bom humor e seu jeito positivo de levar a vida. Grávida de seis meses, ela espera ansiosa pela sua primogênita, Laura, que deve vir ao mundo em meados de setembro próximo. No momento, a sargento encontra-se em férias para cuidar melhor de sua saúde e de sua gestação, já que agora tem uma responsabilidade ainda maior em seu ventre. Conciliar casa, família, filhos e carreira militar não será tarefa fácil, porém ela gosta mesmo é do desafio e este será mais um estímulo. Em uma mão, segura o batom. Na outra, a arma. Tonfa, algemas e colete à prova de bala são mais alguns “acessórios” - essenciais que leva consigo. O risco que corre não chega nem perto do amor que tem pela profissão. Engana-se quem pensa que “lugar de mulher não é na polícia”. Lugar de mulher é onde ela bem quiser!

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Coletivo Fotográfico

Daguerreótipo

Acadêmicas: Dieize Coimbra, Helena Moreira, Kerolaine Rinaldi, Marília Cordeiro

Gabriel Fidelis

O

e

Victória Severo

sorriso largo desse rapaz pode facilmente dar lugar a uma careta. O acadêmico de Jornalismo divide sua vida e tempo entre os estudos e o teatro. Sua paixão pela arte é de muito tempo atrás e, hoje, com 18 anos, dá aula para adolescentes. Desde 2013, Gabriel ajuda com ideias para as peças infantis do Colégio de Aplicação da Univali (CAU). As aulas começaram com técnicas de desenvolvimento corporal e, logo depois, passou às teatrais. Uma, de várias ideias suas para peças, foi a mistura entre poesia e teatro num jogo. Ele conta que precisou de quase quatro meses para terminar os ensaios. No cinquentenário da Universidade do Vale do Itajaí – Univali, a apresentação tinha como tema “Cinquenta coisas que você tem que fazer antes que as cortinas se fechem”, em que seus colegas do CAU representavam sentimentos bons e ruins, que davam lição de vida à plateia. Sua maior dificuldade foi com alunos menores de 12 anos de idade, pois eram mais agitados e menos maleáveis. Gabriel conta que, entrar para o musical, foi uma consequência de acontecimentos e oportunidades que surgiram a partir do trabalho que desenvolve no teatro.

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