NEGÓCIOS
Por quê existe incentivo de brasileiros a novas origens de produção de café? Fonte: Assessoria de Comunicação (CNC) / Camila Xavier
O
mercado cafeeiro passou por diversas mudanças após a queda das cláusulas econômicas do Acordo Internacional do Café (AIC) em 1989. Desde então, o período foi marcado pela rápida transformação do setor. O café é uma commodity em expansão e o Brasil, como maior produtor, exportador e segundo maior consumidor, teve desempenho diferenciado nas últimas décadas. Em 20 anos, a produção mundial aumentou mais de 50% e a demanda continua crescente, apesar das dificuldades impostas pela pandemia de covid-19. A produção brasileira, que alcançou volume de 63,08 milhões de sacas em 2020, se destacou devido aos investimentos em pesquisa, tecnologia, desenvolvimento de políticas para o setor, qualidade e renda digna ao produtor, fatores essenciais para garantir a competitividade do nosso fruto, frente ao mercado mundial. O Brasil, como país continental, apresenta produção cafeeira em 16 estados, sendo os principais produtores:
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R E V I S TA C O C A P E C - F E V / M A R / A B R 2 0 2 2
Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia e Paraná. Destacando-se a diversidade de biomas e de indicações geográficas dentro do próprio país. A ciência foi responsável pela condução da cafeicultura nacional ao posto de mais sustentável e competitiva do mundo, status que só conseguirá manter com um programa de pesquisa ativo, fortalecido e dinâmico. Dessa maneira, com investimento em tecnologia, que somaram mais de R$ 200 milhões nos últimos 20 anos, através de nossas cooperativas os produtores foram preparados para lidar positivamente com adversidades, tal como mudanças climáticas, por meio de melhoramento genético, controle de pragas, biotecnologia, nutrição e fertilidade de solos. Assim, não há que se falar em desabastecimento devido à concentração de origens. O aumento da produção, com consequente elevação da produtividade e qualidade, sem expansão de área plantada, com foco na sustentabilidade, são resultado de investimentos em tecnologia, estrutura