Contato! EDIÇÃO 2014
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CAPA O DESCANSO DO GUERREIRO
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CONVIVÊNCIA #SEM PERDER O CONTROLE
ARTIGOS 6. ERNESTO STADTLER
O PODER DA ESCRITA
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MEMÓRIAS EM ALGUM LUGAR DO PASSADO
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COMPETIÇÃO ESPÍRITO ESPORTIVO
7. JOÃO TOMAZ
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OLIMPÍADAS MENTES BRILHANTES
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LITERATURA JOGADA DE LETRA
8. MANOEL MESSIAS MELO
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ENTREVISTA AMAURI BARROS
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CULTURA SESSÃO DE ARTE
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EMPREENDEDORISMO O SEGREDO DO SUCESSO
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MÚSICA ALTO E BOM SOM
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IDIOMAS NA PONTA DA LÍNGUA
A ARTE DE APRENDER E ENSINAR
UMA NOVA REALIDADE
EDITORIAL / CARLOS NEALDO
AS NOVAS FRONTEIRAS DO CONHECIMENTO Você está recebendo a edição da Revista Contato!, que reúne reportagens sobre o colégio em diversas áreas de ensino. Ao longo desta edição, será possível conferir o que de melhor vem sendo feito no estado no tocante à educação. Somos, notadamente, a instituição de ensino de Alagoas que mais aprova alunos nas universidades. Mais que isso: conquistamos os primeiros lugares em cursos concorridos como o de Medicina, por exemplo. Prova disso é o aluno Tácio Coradine, que com disciplina e metodologia conquistou o topo da lista dos aprovados em Medicina da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Além do mérito do aluno, tudo isto é fruto de um trabalho sério, feito por uma equipe de profissionais altamente capacitada, que não poupa esforços para fazer com que os nossos jovens alcancem sempre seus objetivos. Durante todo o ano, mantemos no nosso colégio uma rotina fascinante de ensino, que passa por projetos como o Achieve Languages – um modelo participativo de ensino que prepara jovens para enfrentarem as
COLÉGIO CONTATO Ernesto Stadtler Diretor Pedagógico do Ensino Médio João Tomaz Diretor Pedagógico do Ensino Fundamental
experiências profissionais e do dia a dia – e o Café com os avós, que resgata a história das famílias dos nossos alunos com a ajuda de seus próprios parentes. Temos ainda o Contato Empreendedor, projeto que ensina finanças pessoais e empreendedorismo com a participação de empresários locais, e o AltoFalante, que revela talentos entre alunos e abre portas para o conhecimento por meio da música. Mas não é só isso. A qualidade do nosso ensino já rompeu, por diversas vezes, as fronteiras do estado e do país. Que o digam os alunos Rodolfo Farias e Erick Tavares, medalhistas, respectivamente, na Olimpíada Internacional Júnior de Ciência (realizada na Índia) e na Olimpíada de Ciências Júnior Americana (realizada na Argentina). E tudo isto é apenas uma parte do que fazemos no Colégio Contato. Tenha certeza de que nosso universo é bem maior e fascinante. E isso nos enche de orgulho. E é com este orgulho que desejamos a você uma boa leitura.
Mayara Barros Reportagens Pedro Ivo Euzébio Diagramação e Fotografia Daris Rocha Revisão
Manoel Messias Melo Diretor Administrativo
Imprensa Oficial Graciliano Ramos Impressão
Juliana Melo Coordenadora de Marketing
A revista Contato! é uma criação do Departamento de Marketing do Colégio Contato. Tiragem: 3.300 exemplares. Colégio Contato
Carlos Nealdo dos Santos Editor
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Rua Professor Silvio de Macedo, 125 Stella Maris - Jatíuca, Maceió/AL CEP 57036-740 Reprodução proibida. Todos os direitos reservados.
ARTIGOS
O poder da escrita
ERNESTO STADTLER DIRETOR PEDAGÓGICO ENSINO MÉDIO
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Sabemos muito bem que se nossos alunos tiverem facilidade para escrever e obedecer às competências exigidas por determinado concurso, terão um diferencial bastante elevado em relação aos seus concorrentes. Porém, é visível a dificuldade para os professores de Produção de Textos ensinarem a escrever corretamente, haja vista que, além do desinteresse por parte dos alunos, nós, brasileiros, não temos o hábito de ler, o que impede a boa prática da Redação. Durante muito tempo, tentamos resolver tal problema usando métodos que não davam resultados. O aluno continuava achando que quando recebesse a prova, conseguiria escrever a quantidade de linhas exigidas com o mínimo de erros de acentuação e pontuação e que iria obter o resultado desejado, pois “Redação não era tão importante”. Hoje, com a valorização da disciplina, o contexto é outro. Com a redação valendo, no mínimo, 20% de sua nota no Enem, quando não chega a 50% de toda a prova, os vestibulandos começaram a se preocupar mais com a produção textual. Fomos buscar, então, saídas para essa nova realidade. Começamos a trabalhar Redação como uma ciência, desenvolvendo laboratórios nos quais os alunos não eram mais só ouvintes, pois agora interagiam, produzindo textos e sendo acompanhados in loco pelo professor, não mais levando temas para casa e trazendo redações prontas. Aumentamos os plantões de professores da disciplina com horário fixo para os alunos virem tirar suas dúvidas quando estas surgiam.
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Em todos os testes, sejam mensais, bimestrais ou simulados, passamos a cobrar uma redação. Levamos os textos criados por nossos alunos para participarem de concursos, exposições, mostras etc. Além disso, produzimos livros em gráfica, tendo como autores os próprios alunos, e depois convidamos os pais e a comunidade para conhecerem tais trabalhos. Colocamos um professor por série para a disciplina a partir do 9º ano, o que resultou em algo bastante satisfatório, pois trabalhando apenas uma série de cada vez, o profissional ficou com mais tempo para corrigir as redações, dar apoio às oficinas e conhecer melhor seus discentes. Quanto ao material, além de ser de excelente qualidade, agregamos a ele temas atuais encontrados em jornais, revistas, televisão e mídia em geral, despertando, assim, o interesse do aluno em também acompanhar as novidades que aparecem nos cenários nacionais e internacionais. Sabemos o quanto é difícil mudar. Quebrar paradigmas é coisa que não se consegue da noite para o dia. Mas temos a certeza de que além de melhorarmos a qualidade dos nossos alunos e, consequentemente, transformá-los em candidatos mais competitivos, também estaremos ajudando na sua formação como cidadãos, pois uma pessoa que sabe se expressar, não só por meio da oratória, mas também por meio da escrita, terá muito mais facilidade para encarar seus desafios: seja o de agora, que é o Enem, ou qualquer outro que venha a aparecer no futuro.
A arte de aprender e ensinar
JOÃO TOMAZ
DIRETOR PEDAGÓGICO ENSINO FUNDAMENTAL
O ato de educar nos ensina que a dúvida, a insatisfação, a inexistência de um caminho definido é o grande motor de toda atividade criadora humana. Aprendemos a partir das incertezas que nos são apresentadas, das constantes mudanças que ocorrem em uma determinada época e lugar. O mundo contemporâneo nos confronta, a todo instante, com desafios que nos induzem à busca de adaptação incessante, seja dentro ou fora do ambiente escolar. No tocante à escola, educadores, estudantes e familiares devem buscar novas formas de ensinar e aprender, a fim de responder às demandas exigidas pela sociedade. É com este espírito que o Colégio Contato Maceió busca continuamente implementar mudanças dentro do ambiente escolar, caso contrário, este espaço terá dificuldades para atrair e educar plenamente seus alunos. Acreditamos, firmemente, que a necessidade e a busca de novas aprendizagens mobilizam diferentes maneiras de ensinar e de aprender. Devido a isto, não abrimos mão dos grupos de estudo junto aos professores, nos quais discutimos temas relacionados à educação com especialistas da área, procurando compreender as questões envolvidas no processo educacional. Acreditamos também na importância de incentivar a expressividade e a capacidade comunicativa dos alunos. Para tanto, desenvolvemos ações de leitura e escrita em sala de aula, permitindo que os discentes opinem
e defendam um ponto de vista sobre determinados assuntos. Àqueles que conseguem se expressar melhor por meio da arte, é dada a oportunidade de representar idéias por meio de desenhos nos corredores da escola, ou mesmo de “soltar a voz” em projetos como o Altofalante e o Contato Musical. Na verdade, o grande desafio de uma instituição de ensino certamente reside em proporcionar meios para que ocorra aprendizagem no meio coletivo, na interação entre estudantes, colegas e professores, como tão bem nos ensina Lev Vygotsky. Afinal, aprender e crescer com o outro pode ser considerado um desenvolvimento maior do que o fazer isolado, já que alia o ato de aprender ao convívio coletivo. E a comunicação é essencial nesse processo. Por meio de todas essas ações, temos como principal objetivo fortalecer o diálogo entre a escola, a família e a sociedade, levando o aluno a desenvolver a capacidade de trocar, criar, ampliar horizontes e refletir sobre os fatos que o rodeiam, tornando-o sujeito crítico no ambiente do qual faz parte. Não se trata de uma tarefa simples. E como sabemos que todo processo educacional, no seu sentido mais amplo, tem início no grupo familiar ao qual o sujeito pertence, reafirmamos a nossa imprescindível aliança com os pais e responsáveis pelos nossos alunos, uma vez que sem esta rica parceria o ato de ensinar não atinge seu pleno sentido.
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ARTIGOS
Uma nova realidade
MANOEL MESSIAS
DIRETOR ADMINISTRATIVO
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Atualmente, o mundo passa por muitas e rápidas mudanças. Temos a necessidade constante de renovar nossa forma de pensar para nos adaptar e lidar com esse novo cenário. O mesmo acontece no mundo corporativo, o dinamismo do mercado nos coloca em uma busca incansável por inovações e tecnologias que possam contribuir de forma significativa para a qualidade do produto, crescimento do negócio e atendimento da demanda do cliente, cada vez mais exigente. O fato de a empresa ter a obrigação de se reinventar para acompanhar o mercado não é algo que surgiu no mundo moderno. Segundo historiadores, de dois em dois séculos, mais ou menos, surge na história do Ocidente uma transformação nítida que envolve toda a sociedade. Peter Druker, no The New Realities, chamou estes períodos de viragem de “separadores”. São períodos de ruptura, nos quais tudo se modifica. Hoje, essas mudanças estão bem menos espaçadas, forçando nós, gestores, a fazer os seguintes questionamentos: o que há de novo no mercado? Como deixar meu cliente cada fez mais satisfeito? Como diferenciar meu produto do concorrente? A instituição de ensino que pensa em manter bons resultados tem que estar preparada para esse ritmo de evolução do segmento educacional e não apenas pensar em se manter no jogo. A escola precisa estar atualizada para formar indivíduos aptos a entrarem, no futuro, no mercado, bem como
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estarem prontos para resolver os problemas desta nova sociedade. Nestes 21 anos de colégio, muita coisa mudou, não só no mundo, mas também dentro do ambiente escolar. Já mudamos de sede, depois de marca, expandimos para o Ensino Fundamental II, abrimos a nova unidade no Farol, e as transformações na área acadêmica também foram muitas. Um exemplo é de como nossa equipe e material didático tiveram que se atualizar aos novos formatos de vestibulares ao longo desses anos. Foram quatro grandes mudanças no processo seletivo da Universidade Federal de Alagoas (Ufal): em 1997 o vestibular mudou a primeira fase para questões de verdadeiro ou falso; em 2007 mudou para PSS (Processo Seletivo Seriado); em 2010 continuou o PSS, mas as questões eram de múltipla escolha, e em 2011 a Universidade de Alagoas aderiu ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e ao Sistema de Seleção Unificado (SiSU). Uma escola é um mundo infinito de possibilidades, mas é necessário que todos estejam abertos às mudanças, toda comunidade envolvida, para possibilitar que nosso aluno receba cada vez mais informação, conhecimento e se torne mais criativo. Esta é a maior gratificação do educador: ver o aluno se destacando no futuro, fazendo o seu melhor e buscando também o melhor para a sociedade. Reconhecemos e agradecemos os professores e toda equipe por fazerem do Colégio Contato uma referência no ensino básico.
Irineu Gomes, avô do Lucas Martins.
EM ALGUM LUGAR DO PASSADO Projeto “Café com os avós” resgata a história com a ajuda das famílias dos estudantes
Na primeira vez em que o aposentado Irineu Gomes de Souza, avô do aluno Lucas Martins, veio à Maceió, em 1964, o mundo passava por transformações. Os Estados Unidos viviam a euforia da primeira visita dos Beatles ao país. No Brasil, os militares destituíam o presidente João Goulart – eleito democraticamente pelo voto popular – e instituíam o Golpe Militar no País. Mas seu Irineu não pensava nisso. Seu foco – e principal motivo da vinda a Alagoas – era uma namoradinha de juventude que residia em Murici, a 51 km da capital. Para chegar mais rápido ao encontro, escolheu se hospedar no antigo Hotel Central,
na Praça dos Palmares, próximo à estação de trem. Antes de ir, quis conhecer a bela capital que o recebeu. Passou as instruções para o taxista: queria ver todo o litoral da cidade. “Mas a corrida terminou na Pajuçara, na Praça Lyons”, relembra com humor do curto passeio. Jatiúca e Ponta Verde ainda não tinham orla, não eram sequer bairros. “Eram a praia das acanhadas, das meninas que tinham vergonha de mostrar o biquíni na praia da Avenida, para onde todo mundo ia”, conta seu Irineu, aos 71 anos – 16 deles morando em Maceió. Sua história em Alagoas, porém, começou mesmo nos anos 70, em Penedo.
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MEMÓRIAS
Seu Irineu saiu de Petrolândia, Pernambuco, para ser radiotelegrafista na histórica cidade alagoana, na época em que o lugar era um importante centro de cultura nacional. Viveu o auge da Penedo do Festival de Cinema e dos encontros dos governadores do Nordeste, promovidos pela Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste). “Em 1975, eu fui responsável por transmitir o encontro para o Recife por telégrafo”, orgulha-se. Admirador das belezas naturais do nosso Estado e contador de história por dom, seu Irineu compartilhou seus causos com bom humor e orgulho no Café com os avós realizado pelo Contato em maio deste ano. O evento teve ainda exposição de fotografias feitas por alunos, oficina com rendeiras e apresentações de folguedos regionais. O Café com os avós é a conclusão do projeto pedagógico Conhecendo nosso estado e as belezas naturais, desenvolvido com os alunos do 6º ano do Ensino Fundamental. “A proposta é trazer o passado para o presente com ajuda das famílias”, explicou a coordenadora pedagógica Mauricéa Nascimento. Mauricéa explica que o projeto é feito em etapas, com apresentações em sala de aula, atividades para serem feitas em família, e é finalizado com o encontro entre professores, alunos e familiares. Na primeira fase, é trabalhada a geografia e a história de Alagoas em sala de aula, com material didático específico. “Nas aulas, é transmitida aos alunos a história dos primeiros bairros da capital e a origem do nome Maceió”, explica. Depois de ter aprendido sobre a origem do Estado e de sua capital, os alunos devem
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entrevistar seus avós. Na entrevista, os avós relatam memórias da juventude vividas aqui em Alagoas. Em seguida, o colégio os convida a compartilhar essas histórias com toda a turma. O projeto, no entanto, não acaba com o fim do ano letivo. É dada continuidade ao conteúdo nas turmas de 7º e 8º anos, agora com foco nas belezas naturais de Alagoas e nas questões ambientais. Nesse período escolar, os alunos conhecem reservas naturais e pontos turísticos do Estado. O objetivo pedagógico, ainda de acordo com a coordenadora do Ensino Fundamental do Contato, é estimular os alunos a desenvolverem ações locais de cidadania. “Apesar de não ser um conteúdo complementar, queremos que os alunos conheçam a cidade para se tornarem cidadãos cada vez mais responsáveis”, ressalta Mauricéa. Seu Irineu também acredita que conhecer o local onde vive pode fazer a diferença. Por isso, resolveu colocar em versos o que vê diariamente durante suas caminhadas pela orla de Maceió. Com estilo literário de trova e cordel, o aposentado reuniu 12 poemas no livreto Belezas de Maceió, que trata sobre as praias e outros pontos turísticos da capital alagoana. Mesmo depois de aposentado como bancário, ele resolveu continuar em Alagoas, onde criou raízes, dois filhos e quatro netos, que aprendem e se divertem com as histórias do avô. Para contar seus versos e causos para o neto Lucas, seu Irineu até trocou o velho telégrafo pelas novas tecnologias. “Ele me manda poesia até pelo Whatsapp”, revelou Lucas com bom humor, e afirma achar divertido não só o café, mas qualquer hora com o avô.
MENTES BRILHANTES Alunos do Colégio Contato conquistam medalhas em competições internacionais de conhecimento Rodolfo Farias, aluno do Ensino Médio do Colégio Contato, conquistou a medalha de bronze na Olimpíada Internacional Júnior de Ciência (IJSO, da sigla em inglês), disputada entre os dias 3 e 11 de dezembro de 2013, na Índia. Classificado em segundo lugar na etapa nacional da olimpíada, entre 200 candidatos, ele foi o único alagoano escolhido para disputar a fase final da competição, com mais quatro estudantes de São Paulo e um do Ceará. Rodolfo já colecionava mais de 15 medalhas em olimpíadas de conhecimento regionais e nacionais, mas ao saber da IJSO decidiu que estava na hora de conquistar seu primeiro pódio internacional. “Conversei com a direção do colégio, disse que queria participar da competição e formamos uma turma específica de preparação para IJSO com aulas em horários alternativos”, conta. Com o apoio da equipe pedagógica
da instituição, dos colegas que também se prepararam para a competição e do pai, o professor de química José Rodolfo Farias, o estudante quebrou a tradição de apenas paulistas e cearenses representarem o Brasil na fase internacional. “Rodolfo é um aluno muito determinado e sempre teve um excelente desempenho em olimpíadas. Sabíamos que na Índia não seria diferente”, elogiou Ernesto Stadtler, diretor pedagógico do Ensino Médio do Contato. A IJSO surgiu em 2004 com a proposta de integrar os conhecimentos em Física, Química e Biologia em uma só competição. Os participantes são selecionados na Olimpíada Brasileira de Ciência, disputada por estudantes de até 15 anos, que passam por duas etapas classificatórias até chegarem à fase internacional. Na Índia, os estudantes enfrentaram mais três etapas. No primeiro dia, passaram por uma prova www.contatomaceio.com.br / EDIÇÃO 2014 / CONTATO!
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OLIMPÍADAS
com 30 questões de física, química e biologia; no segundo, responderam um teste dissertativo dessas disciplinas e, na última fase, foram divididos em dois trios e realizaram missões práticas envolvendo conhecimentos em ciências. Desde o início do evento, o Brasil envia delegações para competir e os estudantes nunca voltaram para a casa sem uma medalha. Na edição de 2013, em Pune, na Índia, não foi diferente: foram cinco pratas e um bronze. A novidade era que, naquele ano, uma medalha viria para Alagoas, que pela primeira vez classificava um estudante para a etapa internacional da olimpíada.
OLIMPÍADA DE CIÊNCIAS JÚNIOR AMERICANA
Rodolfo Farias conquistou bronze na IJSO.
Também pela primeira vez um estudante alagoano representou o estado na Olimpíada de Ciências Júnior Americana (OCJA). Erick Tavares, aluno do 2º ano do Ensino Médio no Contato, competiu este ano em Mendonza, na Argentina, entre os
dias 26 de setembro e 2 de outubro. A medalha de prata conquistada na Olimpíada Brasileira de Ciências garantiu ao estudante a participação na equipe de seis competidores selecionados para a OCJA de 2014. Assim como Rodolfo, Erick tem um histórico de sucesso nas olimpíadas de conhecimento. Desde o Ensino Fundamental, o jovem já participou de competições de astronomia, robótica, informática, física e química. Além do alto desempenho nesse tipo de competição, ambos compartilham de sonhos promissores e fazem das olimpíadas uma preparação para o que está por vir. Rodolfo está na reta final da preparação para o vestibular do Instituto Tecnológico da Aeronáutica, um dos mais difíceis do país. Já Erick pretende cruzar nossas fronteiras. “Quero estudar no MIT”, revela o estudante, que já se prepara para a seleção do Massachusetts Institute of Technology, nos Estados Unidos.
CONQUISTAS OLÍMPICAS OLIMPÍADA BRASILEIRA DE ASTRONOMIA 1 OURO + 6 PRATAS + 1 BRONZE
OLIMPÍADA BRASILEIRA DE FÍSICA 2 PRATAS + 3 BRONZES
OLIMPÍADA NORTE/NORDESTE QUÍMICA 1 OURO
MAIOR NOTA
OLIMPÍADA BRASILEIRA DE ROBÓTICA 4 PRATAS
Erick Tavares coleciona mais de 20 medalhas de Olimpíadas de Conhecimento.
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OLIMPÍADA ALAGOANA DE QUÍMICA 2 OUROS + 3 PRATAS +2 BRONZES
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O DESCANSO DO GUERREIRO Com disciplina e metodologia, Tácio Coradine conquista o primeiro lugar no curso de Medicina da Universidade Federal de Alagoas www.contatomaceio.com.br / EDIÇÃO 2014 / CONTATO!
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CAPA
Às 10 horas do dia 13 de janeiro de 2014 já estava disponível online, no site do Ministério da Educação (MEC), o resultado da primeira chamada do SiSU (Sistema de Seleção Unificada), mas Tácio Coradine ainda dormia. Precisava repor as energias depois de passar um ano inteiro acordando cedo para estar, às sete horas da manhã, na sala de aula do pré-vestibular Contato. O sono do aspirante a estudante de Medicina era tranquilo, de quem tinha – sempre teve – a certeza da aprovação. Na noite do terceiro dia de inscrições no sistema, horas antes da divulgação da primeira chamada, já dava para saber que com os 800,94 pontos que fez no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) ele conseguiria a vaga no curso de Medicina na Ufal (Universidade Federal de Alagoas). A última atualização diária do SiSU já mostrava Tácio entre os classificados. Era só esperar o dia amanhecer e ver a palavra “Aprovado” na tela do computador. Coube ao pai acordá-lo com a surpresa: Tácio tinha ficado em primeiro lugar entre os aprovados. “No início das inscrições do SiSU, eu cheguei a ficar em segundo lugar na classificação. Esperava uma boa colocação, mas quando meu pai me acordou falando que eu tinha ficado em primeiro foi uma surpresa. Aí foi só comemorar”, lembra. Até chegar o dia da sua aprovação, na segunda vez que prestou o Enem, Tácio enfrentou uma rotina intensa de estudos. Aluno egresso do colégio, a preparação para se tornar um estudante de Medicina começou em 2012, quando decidiu se matricular no Contato para cursar o último ano do Ensino Médio. “Escolhi o Contato porque a escola realmente prepara o aluno para o vestibular, e resolvi continuar no prévestibular porque me adaptei bem à forma de preparação”, ressalta. Tácio fez parte da turma NAVE (Núcleo Avançado para Vestibulares Especiais) do prévestibular Contato e, além das aulas em horário integral no cursinho, ainda reservava um horário à noite para fixar o conteúdo. “Minha rotina era ir para a aula pela manhã, almoçar e voltar à tarde. À noite ainda tirava uma hora para estudar e depois ia descansar para começar tudo de novo no outro dia”, conta. Ele lembra que também fazia com frequência os simulados do pré-vestibular, mas afirma que nem sempre se saía bem nas provas. “Meu desempenho variava muito, mas o mais importante
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não é a nota do simulado. O que importa mesmo é estar sempre treinando, fazendo questões e se preparando para a hora do vestibular realmente”, recomenda. Para não desacelerar o ritmo da preparação, Tácio também estudava algumas horas nos fins de semana. “Tem que estudar todos os dias, mas sem se esquecer de ter tempo para relaxar, sair com os amigos”, aconselha o universitário, que também assistia aos aulões especiais realizados pelo cursinho. Essa rotina da preparação obedecia a uma estratégia convencional de estudos, sem nenhuma forma especial de estudar. Para Tácio, era sentar, pegar o livro e ler, fazer resumos e exercícios. Mas ele acredita que cada um tem que encontrar o seu estilo, “[...] achar a melhor forma de se preparar” e redobrar os esforços na reta final. “Tem que ter mais foco, mais dedicação”, diz. As táticas usadas deram certo. No primeiro dia de prova do Enem, Tácio não chegou sequer a ficar nervoso. “No
dia da prova estava mais tranquilo do que eu imaginava. A preparação me deixou seguro”, conta. Ao ler as questões, o estudante lembrava com frequência das aulas, dos professores discutindo o assunto e saber que já tinha estudado aquilo “[...] tranquilizava um pouco”, relembra. Ao fim do dia, confiante, aproveitava para corrigir as questões assim que chegava a casa. “Não aguentava esperar pelo gabarito oficial”, brinca. No segundo dia de prova, Tácio achou que tinha ido mal, mas ainda esperava uma nota boa. Depois de um ano inteiro de estudos, o estudante conseguiu a aprovação e o primeiro lugar no curso mais concorrido nas universidades públicas. Durante uma preparação intensa, acreditar no próprio esforço foi sua grande motivação. “O mais importante disso tudo é ter só uma certeza: que você vai chegar ao final do ano e vai ser aprovado. Você não pode duvidar disso nunca”, aconselha. Cursando o segundo semestre de Medicina na Ufal, ele garante que valeu a pena.
PÓDIOS!
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ENTREVISTA / AMAURI BARROS
“VAMOS DISPONIBILIZAR 5.480 VAGAS NA Ufal” Uma novidade para quem pretende ingressar no Ensino Superior no estado: a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) disponibilizará 312 vagas a mais na próxima edição do Sistema de Seleção Unificado, o SiSU. A informação foi passada com exclusividade para o Colégio Contato pelo pró-reitor de graduação, Amauri Barros. Para se ter uma ideia do que isso significa, no último processo seletivo foram 5.168 vagas para 106 cursos. Com o aumento, a instituição de ensino passará a oferecer 5.480 oportunidades aos vestibulandos. Além disso, a Ufal também vai aumentar o percentual de vagas reservadas para estudantes de escola pública, passando dos atuais 30% para 40% o índice de cotistas em cada curso. Nesta entrevista exclusiva, Amauri Barros revela ainda que outras mudanças serão feitas para corrigir a demora no preenchimento das vagas ofertadas, mas fez suspense sobre a novidade. Colégio Contato – Quantas vagas a Ufal disponibilizará para o SiSU em 2015? Amauri Barros – Vamos disponibilizar
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5.480 vagas pelo processo Enem+SiSU em 2015, com certeza. Teremos mais 31 vagas para Música pelo Enem, com prova de Habilidades, e 30 vagas para Letras/ Libras Licenciatura num processo seletivo diferenciado. Existe ainda a possibilidade de disponibilizarmos mais 100 vagas para dois cursos novos em Porto Calvo (Matemática e Física/ Licenciaturas). Como será a política de reserva de vagas para a próxima seleção? Decidimos recentemente que vamos reservar 40% do total de vagas ofertadas por curso/turno para estudantes oriundos de escolas públicas (como garante a Lei nº 12.711, conhecida como Política de Cotas). Desde que aderiu ao Enem, em 2011, a universidade chegou a fazer até sete chamadas para preenchimento de vagas remanescentes. Qual o principal motivo de desistência dos aprovados? São vários fatores que provocaram essa situação. Podemos destacar: 1. A mobilidade permitida pelo sistema, a possibilidade de concorrer em qualquer instituição que está no SiSU; 2. A falta de afinidade com o curso, escolhido, muitas
Foto: Renner Boldrino
vezes, para garantir a vaga; 3. Antes não tínhamos todas as IFES [Instituições Federais de Ensino Superior] no SiSU, especialmente as mais próximas de nós, aqui no Nordeste. Esse fenômeno mudou consideravelmente a partir de 2013 com adesão da maioria das IFES vizinhas, um calendário unificado no processo e nossa experiência. No segundo semestre de 2014 tivemos apenas 3 chamadas, e para 2015 podemos ter apenas uma chamada e a lista de espera, conforme será anunciado em breve. O longo processo de preenchimento das vagas prejudica o andamento do ano letivo dos cursos? Sim, mas isso é passado. Em 2014 já não tivemos mais isso, e para 2015 teremos boas novidades. Este ano, a porcentagem de alagoanos aprovados foi mais de 50% no geral. Em cursos de maior concorrência, como Medicina e Direito, esse percentual diminui. A que o senhor atribui essa
procura dos estudantes de outros estados pelos cursos mais disputados? Com certeza à qualidade dos nossos cursos. Basta ver os conceitos. Esse fenômeno já ocorria no curso de Medicina com o antigo PSS [Programa Seletivo Seriado]. Não é um problema apenas do Enem/SiSU. A proposta do Enem, por meio do SiSU, é justamente unificar a seleção, dando mais opções aos estudantes. Por outro lado, o sistema mostra disparidades de ensino de região para região. Essa diferença de nível entre os estudantes influencia o ensino dentro da universidade? Em alguns cursos sim, mas para a maioria não tem reflexo. Estamos adequando os currículos para corrigir possíveis deficiências de formação básica dos alunos ingressantes, com assistência pedagógica (nivelamentos) e assistência estudantil.
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O SEGREDO DO SUCESSO “Contato Empreendedor” ensina finanças pessoais e empreendedorismo com a participação de empresários locais bem-sucedidos
Administrar custos, cortar despesas, escolher investimentos, manter sempre dinheiro em caixa. Montar uma empresa pode trazer lições valiosas sobre finanças pessoais e empreendedorismo. É exatamente isso que os alunos do Ensino Fundamental do Contato aprendem já no 8º ano, por meio do projeto pedagógico Contato Empreendedor. Aos estudantes, é lançado o desafio de escolher a área de negócio de maior interesse e montar uma empresa no segmento escolhido. O primeiro passo para abrir uma empresa é pensála com um plano de negócios, elaborado na disciplina de Matemática Financeira. As estudantes Maria Eduarda Lôbo e Larah Feijó, por exemplo, decidiram planejar uma clínica estética. “Queríamos um negócio que não fosse muito popular em Maceió”, ressalta Larah. “E como a que planejamos, não existe nenhuma aqui”, complementou Maria Eduarda. Sobre os desafios de se montar uma empresa,
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as duas concordam que o risco financeiro do investimento é o maior obstáculo. Durante o projeto, para saber mais sobre a implantação e gerenciamento de uma empresa, os alunos começam uma pesquisa de campo visitando empresas já consolidadas no mercado alagoano. Eles também entrevistam os proprietários para identificar as principais dificuldades do empreendimento. Os empresários que recebem os estudantes em suas empresas são convidados a passar um pouco mais de suas experiências em um workshop organizado pelo colégio. Na edição de 2014, foram convidados os empresários do restaurante Akuaba, hotel Radisson, posto de combustível Sobral, boutique Hômani Moda Masculina e da pizzaria Domino’s. A manhã de palestras foi realizada no dia 1º de novembro, na unidade Farol do Colégio Contato.
André Tavares, aluno do 8º ano C, participa do projeto.
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NA PONTA DA LÍNGUA Modelo participativo de ensino do “Achieve Languages” prepara jovens para enfrentarem as experiências profissionais e do dia a dia Falar uma segunda língua deixou de ser um diferencial entre estudantes e profissionais. Atualmente, dominar o inglês é essencial para a trajetória escolar, acadêmica e profissional. Que o diga Arthur Pontes de Miranda, estudante de Engenharia Química da Ufal (Universidade Federal de Alagoas). Para ele, saber inglês ajuda até a estudar os conteúdos vistos na faculdade. “Vejo muitos vídeos online em inglês quando estou estudando em casa e consigo entender tudo sem legenda”, ressalta. Arthur está no nível intermediário do Achieve Languages, o curso de inglês do Colégio Contato, conveniado à Oxford University. O universitário iniciou as aulas quando ainda estudava na escola e optou por continuar mesmo depois que concluiu o Ensino Médio. Arthur ressalta que escolheu aprender inglês no colégio pela credibilidade da
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universidade britânica parceira do curso, bem como pela conveniência das aulas serem no mesmo local onde estudava. Já a decisão de continuar no Achieve Languages se deu pela boa adaptação à forma de ensino. “O professor conversa sobre vários assuntos, não fica só no conteúdo do livro, o que deixa a aula mais interessante”, elogia. Além da linguagem jovem dos professores e material exclusivo da Oxford University Press, o Achieve Languages também trabalha com uma plataforma online, mesclando as aulas presenciais com o aprendizado autônomo do aluno por meio de um portal de conteúdo interativo. Este modelo participativo de ensino tem como objetivo preparar jovens como o Arthur para enfrentarem as experiências do dia a dia, seja na hora do lazer ou na carreira profissional.
#SEM PERDER O CONTROLE Projeto do Contato orienta pais e alunos sobre o uso responsável das redes sociais A sala de casa é o local de onde a maioria das crianças e adolescentes acessa a internet, de acordo com a pesquisa TIC Kids Online 2013, realizada pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC.br). O estudo revela ainda que 79% dos jovens entre 9 e 17 anos mantém perfil próprio em redes sociais e 63% conectam-se diariamente, o que corresponde a um crescimento de 16% na frequência de uso em relação aos dados obtidos em 2012. Segundo o CETIC.br, esses jovens têm como principal fonte de orientação de uso os pais ou responsáveis. De acordo com o estudo, 70% deles afirmaram que conversam com os pais sobre o que fazem na internet. Mas a pesquisa revela que 38% dos pais têm pouca ou nenhuma capacidade de ajudar o filho a lidar com situações que o incomodem ou o constranjam na internet. Ainda segundo a pesquisa, 59% dos pais desejam receber da escola do filho informações sobre o uso seguro do meio digital. Compreendendo seu papel nesse cenário, o Colégio Contato realizou um projeto voltado para a orientação de toda a comunidade escolar no uso das redes sociais. As ações tiveram início já no ano letivo de 2013, quando o colégio promoveu, em novembro, o encontro dos pais de alunos do Ensino Fundamental com a jornalista e mestranda em Educação e Redes Sociais Sílvia Falcão, e com o advogado Leandro José Lima do Rêgo. Na ocasião, foi discutido sobre a responsabilidade do jovem pelo que publica em seus perfis online
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e como os pais podem orientar e fiscalizar o uso desse novo meio. Reflexão e monitoração foram os principais conselhos da professora Sílvia Falcão. Para ela, acompanhar os filhos no uso da internet e fazêlos refletir sobre o que tornam público em seus perfis é fundamental. “Os pais devem incentivar o pensamento ético dos filhos e fazê-los se perguntarem: eu faria isso na rua?”, sugere. A especialista acrescenta que, além de orientar os filhos, os pais devem também se familiarizar com os meios online para monitorar a atuação deles por meio dos seus próprios perfis. “O pai deve estar também nas redes sociais para entender melhor esse mundo e acompanhar as interações dos filhos”, orienta. Já o advogado Leandro José Lima do Rêgo chamou a atenção para os crimes que podem acontecer no ambiente digital e para a responsabilidade legal de pais e jovens. Ele ressaltou que a criança ou adolescente que pratica alguma infração poderá ser punido pela Justiça, mesmo sendo menor de 18 anos. “Porém, a punição terá um caráter educativo e será de acordo com a sua condição”, explicou, acrescentando que nos casos em que houver danos a terceiros, os pais serão responsabilizados. O direito digital voltou a ser debatido no Contato na segunda etapa do projeto sobre o uso das redes sociais, desta vez com os alunos. Os estudantes do Ensino Fundamental e Médio participaram de palestras elaboradas pela Em Contexto Comunicação, que desenvolveu ações interativas e bem-humoradas, que surpreenderam
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CONVIVÊNCIA
os participantes. Os humoristas Rafael Alves e Fernando Perón foram chamados para introduzir o assunto de forma descontraída e também apresentar a primeira surpresa preparada para os alunos. No início do encontro com as turmas, para ajudá-los a falar sobre a potencialidade das redes sociais, Rafael e Fernando chamaram ao palco o pai de um dos alunos presentes – que havia sido convidado para participar do projeto sem que o filho soubesse. Quatro pais e um avô aceitaram o desafio de surpreender os alunos mostrando que conhecem o meio digital, transmitindo esse conhecimento para eles. A iniciativa de trazer a família para participar do projeto reforça também a questão da responsabilidade legal compartilhada com os pais perante a Justiça sobre tudo o que é postado pelos filhos, aspecto lembrado pela jornalista e professora Sílvia Falcão, que voltou ao projeto para dar orientações de uso das redes sociais aos
Marcelo Malta, pai da Marcela, elogiou o pioneirismo do projeto.
Sílvia Falcão, especialista em redes sociais, alerta que não existe anonimato online.
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estudantes. Para ela, compreender a potencialidade desses novos meios de comunicação é essencial para se proteger das armadilhas do uso indevido. “Os jovens acham que o espaço se restringe aos amigos deles, mas a verdade é que uma postagem pode atingir milhões de visualizações em que nem todos são amigos”, alertou. A professora ressaltou ainda que é possível não só capturar e compartilhar no meio digital, mas também modificar e criar situações irreais, que podem causar prejuízo aos próprios usuários ou a terceiros. Sobre o anonimato das postagens, que muitos pensam protegê-los da exposição, Sílvia revelou que “[...] não existem anônimos no espaço digital. Tanto o IP [Protocolo de Internet] do computador, quanto o número de série do celular que originou a publicação podem ser identificados”. Ao final das palestras, os humoristas voltaram a causar surpresa nos alunos exibindo fotos tiradas por smartphones durante o evento sem que eles percebessem, mostrando a vulnerabilidade de todos na internet. “Não temos controle sobre o que colocamos nas redes sociais, nem sobre o que colocam sobre a gente”, alertou Sílvia Falcão. A professora afirmou que a pouca experiência de uso e os conteúdos nocivos que são publicados nas redes sociais estão preocupando escolas e familiares cada vez mais, por isso foi essencial para o sucesso da ação o envolvimento dos pais, que também aprenderam sobre segurança online. Para a mãe da Carolina Moura, do 2º ano, o projeto fortaleceu também os laços familiares. “Foi um ganho para o meu relacionamento com a Carol e para o aprendizado dela como pessoa nessa fase tão difícil que é a adolescência”, afirmou Fernanda. O advogado Marcelo Malta, pai de Marcela, do 3º ano, acredita que quanto mais orientação os estudantes receberem, melhor. “Os jovens buscam informações do mundo que está em seu entorno, e a escola, ao fomentar esse debate, demonstra um pioneirismo com um instrumento tão influente nos dias de hoje”, elogiou. A coordenadora de marketing do Colégio Contato, Juliana Melo, ressalta que o projeto conseguiu mostrar para os alunos os benefícios da internet e também os perigos das redes sociais, mas acredita que a orientação deve ser contínua tanto na escola quanto no ambiente familiar. “Agora vamos pensar em dar continuidade a esse projeto nos anos seguintes”, revelou.
ESPÍRITO ESPORTIVO Alunos do Contato fortalecem os estudos e a solidariedade com a prática de esportes no colégio
Os benefícios que o esporte pode trazer para o nosso corpo já são conhecidos por grande parte da população. O que pouca gente conhece é que a prática regular de atividade física também pode melhorar os estudos. Especialistas atestam que disciplina, concentração e até a capacidade de raciocínio rápido podem ser desenvolvidos em treinos e competições. Para Gabriela Barbosa, professora de educação física do Colégio Contato, além de ser uma válvula de escape na rotina do aluno, a prática de atividade física oxigena o cérebro, melhorando o poder de concentração. Ela assegura ainda que a rotina dos treinos também pode ajudar o estudante a ter mais disciplina nos estudos. “O aluno reserva sempre o mesmo horário durante a semana para praticar o esporte. Para estar no colégio na hora do treino, ele tem que se planejar e definir as atividades do dia previamente”, ressalta. O número de Alunos Destaque que praticam esporte no colégio comprova a relação da prática esportiva com o bom desempenho nos estudos. Daniele Lucila, capitã do time infantil de vôlei e estudante do 9º ano, afirma que o esporte sempre a ajudou a ficar entre os alunos com melhores notas. “Desde o 6º ano [do Ensino Fundamental] que ganho o certificado de Aluna Destaque”, informa ela, que chega a treinar duas vezes por dia sem, ressalta, nunca lhe atrapalhar nos estudos. A parte teórica da educação física no colégio também contribui para o aprendizado dos alunos por meio da
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interdisciplinaridade. Tanto nas quadras como em salas de aula, os professores trabalham com matemática, ciências e conhecimentos do dia a dia. “Falamos sobre alimentação, ensinamos a calcular o índice de massa corpórea e tentamos explicar a relação entre a prática de atividade física e a prevenção de doenças”, explica Gabriela Barbosa.
VALORES DO ESPORTE De acordo com o professor Ivens Suruagy, além do bem-estar físico e do aprimoramento do aprendizado, o esporte também transmite valores sociais importantes para a educação. Entre esses valores, destaca a capacidade de conviver com o coletivo e de lidar com a derrota. “Tentamos fazer com que eles aprendam a trabalhar em grupo e entender que quando se é derrotado numa partida, quem perdeu foi a equipe e não um jogador. O importante é não desistir”, incentiva. No Contato, o esporte pode ser sinônimo de saúde e também de cidadania quando o objetivo é competir em solidariedade. Nos tradicionais Jogos Internos, o colégio propõe a participação dos alunos não só na competição esportiva, mas também em projetos sociais e educativos. Para se ter uma ideia do que isso significa, somente na edição deste ano dos jogos, os estudantes arrecadaram mais de 27 toneladas de alimentos. As doações não pararam por aí. Além dos 27.485,5 quilos de alimentos, foram arrecadados 5.942 materiais escolares (entre
lápis, canetas, borrachas e cadernos), 1495 livros de literatura e 1028 gibis, que foram distribuídos entre 43 instituições filantrópicas do Estado. Em 2013, os alunos arrecadaram 62.261,5 quilos de alimentos, 6.092 materiais escolares, 1.683 roupas e 600 gibis, numa prova de que a união faz realmente a força. Na prática, os Jogos Internos são divididos em três etapas: social, desportiva e cultural. Durante a competição, os alunos devem arrecadar o máximo de doações possíveis, competir entre si nas modalidades de esporte oferecidas pelo colégio e, no final, desenvolver uma apresentação artística dentro do tema proposto. Este ano, os jogos tiveram como tema a solidariedade, o respeito, a responsabilidade, a honestidade e a justiça. Cada temática foi atribuída a uma série específica e usada como orientação para a montagem dos espetáculos de cada grupamento, apresentados no encerramento da competição que aconteceu no dia 26 de agosto, no Ginásio do Sesi. Já na etapa desportiva, os alunos competiram entre si no futsal, vôlei, basquete, handebol, judô e xadrez. Realizado nesse formato há dez anos, os Jogos Internos – idealizados pelo diretor pedagógico do Ensino Fundamental, João Tomaz, e pelo coordenador de eventos, Beto Brito – são a junção de dois projetos pedagógicos tradicionais no colégio: a Feira de Ciências e a competição esportiva interna. Os organizadores ressaltam que eles têm como objetivo fortalecer os valores sociais transmitidos aos estudantes. “Queremos que os alunos aprendam a conviver no ambiente coletivo, a compartilhar bens materiais e a gostar de servir uns aos outros”, ressalta João Tomaz.
Daniele Lucila é aluna destaque e capitã da equipe de vôlei feminino.
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JOGADA DE LETRA Premiado no Programa de Incentivo à Cultura Literária 2014, o estudante Mateus Magalhães lança livro de crônicas sobre futebol
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“Que diabo, eu venho de outras eras. Sou dos tempos em que o futebol brasileiro sabia refinar sua técnica, elevando-a às culminâncias da arte: o drible era poesia, o passe era prosa, o chute era êxtase e o gol, delírio pleno”. O trecho da crônica O gol da ressurreição, escrita por Armando Nogueira, incitava o garoto Mateus Magalhães. O aluno do último ano do Ensino Médio do Contato tinha apenas 10 anos quando se deparou com o texto do cronista esportivo e, resolvendo levar a metáfora ao pé da letra, transformou o esporte favorito em fonte inesgotável de inspiração literária. “Percebi a ponte entre o futebol e a vida”, revela. Hoje, com 17 anos, Mateus se prepara para lançar seu primeiro livro pelo Programa de Incentivo à Cultura Literária 2014, realizado pelo Governo de Alagoas. Coletânea de crônicas futebolísticas escritas por Mateus, o livro reúne textos inéditos e já publicados pelo estudante no site Toca e Passa, do qual é fundador. Entre os inéditos, a crônica Quem tabelar com Toni ganha um fusca, que dá título ao livro, conta a história de um centroavante ruim de bola, motivo de chacota entre comentaristas e torcedores, mas “[...] que tem estrela e decide a partida de forma inesperada”, garante o autor. O pícaro Toni é inspirado em Dadá Maravilha, jogador que atuou entre as décadas de 1970 e 1980, e Tony, do CSA, o time que conquistou Mateus já aos três anos, quando o tio Cristiano o levou para o estádio Rei Pelé – o velho Trapichão. “Não me lembro de muita coisa, só da sensação de estar no meio da torcida”, conta Mateus. Já seus gostos literários começaram a se desenvolver em 2009, aos 12 anos, quando publicou uma poesia no livro do 7º ano do Ensino Fundamental do Contato pelo projeto Ler e Escrever é Viver. No ano seguinte, na mesma atividade pedagógica, Mateus ensaiava para o futuro escrevendo uma dissertação sobre a Copa do Mundo de 2010. Foi no 9º ano do Ensino Fundamental, no entanto, que a
preferência pela crônica e pelo futebol ganhou força. “Um dos textos do livro foi escrito nesse ano”, revela Mateus. Quando passou para o Ensino Médio, o estudante sentiu dificuldade com a nova didática aplicada em sala de aula. Agora o foco era a preparação para o vestibular, mas Mateus garante que seu processo criativo nunca foi interrompido. E foi a produção contínua de bons textos que aproximou o aluno do professor de interpretação textual Tainan Costa Canário, sua referência na produção literária. “Foi no 1º ano que mostrei um texto ao professor Tainan pela primeira vez. Na hora ele não falou nada, mas no dia seguinte ele olhou para mim e disse que tinha identificado no meu texto a verve da palavra”, lembra. Além de professor, Tainan Costa Canário também é escritor e foi quem incentivou Mateus a reunir suas crônicas e submetê-las ao edital do programa do Governo. “Mateus é um prodígio e escreve sobre um assunto que poucas pessoas desenvolvem um raciocínio crítico, construtivo e social”, elogia. Entre as qualidades literárias do aluno, Tainan destaca não só a capacidade de análise, mas também “[...] a criação de ambientes e, principalmente, a sensibilidade de dar valor ao pequeno fato, como os grandes cronistas fazem”, ressalta. Agora, no final do terceiro ano do Ensino Médio, tanto o foco do professor quanto o de Mateus estão voltados para o Enem. O estudante se prepara para as provas na revisão intensiva no Contato, o Previsão. Ele vai tentar uma vaga no curso de jornalismo na Ufal (Universidade Federal de Alagoas) e aposta no talento literário para conseguir uma boa nota na redação. “São estilos diferentes, mas acredito que vou me sair bem”. O primeiro livro do estudante também deve ser lançado até o final do ano. O material está sendo editado pela Imprensa Oficial Graciliano Ramos e a capa – já pronta – é assinada pelo ilustrador Chico Medeiros.
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SESSÃO DE ARTE Colégio Contato incentiva alunos para a cultura com aulas de desenho, sessões de cinema e excursões a museus e cidades históricas
Desde que, no início do século XIX, o filósofo alemão Friedrich Hegel classificou as principais formas de artes, a arquitetura, escultura, pintura, música, dança e poesia (pela ordem ascendente) têm ganhado status em diversas sociedades no mundo todo. Isso não mudou quase cem anos depois, quando o italiano Ricciotto Canudo acrescentou o cinema à lista. Em pleno século XXI, as sete artes ganham ainda mais dimensões no Colégio Contato, que realiza sessões de cinema, aulas de desenho e excursões a museus e cidades históricas. No Ensino Fundamental, por exemplo, os alunos do 7º ano fazem uma excursão a Pernambuco para ver os resquícios históricos da invasão holandesa no estado. Apreciar o mais expressivo legado da Nova Holanda no Brasil – as telas de Frans Post – é a primeira atividade do grupo no Instituto Ricardo Brennand. O pintor fazia parte da comitiva de Maurício de Nassau e registrou a Olinda dos holandeses antes de ela ser incendiada e abandonada por eles. De lá, os estudantes seguem para Olinda,
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com o objetivo de entender por que a geografia da cidade – principalmente por sua distância do porto – influenciou a decisão dos invasores de seguir para o Recife. Já nos corredores do colégio, num clima mais descontraído, os alunos desenvolvem a criatividade desenhando com o artista visual e também professor Pedro Lucena, que resolveu aproveitar a hora do intervalo das aulas do Ensino Fundamental para distribuir folhas de cartolina e pilotos para os estudantes. O professor tenta alinhar a prática com outros projetos pedagógicos do colégio, propondo para os alunos temas que também são trabalhados em outras disciplinas. Mas a única regra mesmo é não poder usar lápis e borracha. “Não pode apagar o desenho. A proposta é que eles descubram outros caminhos a partir do erro. Sempre digo a eles que lápis e borracha são para os fracos”, brinca. A derradeira arte da lista, o cinema, ganhou espaço na conscientização dos alunos do Ensino Médio e na preparação para a faculdade. Depois de levá-los para assistir ao filme Tropa de Elite, numa sessão exclusiva num
dos cinemas da cidade, o professor de geografia Ricardo Correa teve a ideia de promover debates no auditório do colégio. “Escolho obras que abordam temas complementares ao conteúdo transmitido em sala de aula. Geralmente, os próprios professores trazem sugestões de filmes”, explica. Para debater com os alunos, Ricardo traz especialistas no assunto escolhido, com o cuidado de que nenhum deles tenha ligação a partidos políticos. “O objetivo é exercer a liberdade de expressão e prepará-los para o ambiente acadêmico”, afirma. Ele conta que os alunos são livres até para fazer críticas aos debatedores, como
na sessão do filme Meninos Não Choram. “Durante o debate, um aluno se levantou e disse que nós não estávamos discutindo direito. Ele disse que trabalhava numa ONG que atendia homossexuais e transexuais e que cada um sofria um tipo de violência diferente”, contou Ricardo. “Nós reconhecemos que era ele quem devia estar conduzindo o debate”, salienta o professor, que sempre se surpreende com a participação dos estudantes. Além da homossexualidade, esse ano já foram discutidos temas como a pobreza no Brasil, globalização e comportamento jovem.
Ilustração: Pedro Lucena para Alexandre Herchcovitch.
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ALTO E BOM SOM Projeto revela talentos entre alunos e abre portas para o conhecimento por meio da música Seja pelos corredores ou nas salas de aulas, todos os dias há pelo menos um violão sendo tocado no Contato. Com aulas de música na grade curricular e projetos pedagógicos com apresentações musicais, a instituição de ensino revela jovens talentos todos os anos, o que explica a efervescência sonora e a qualidade do som que é produzido no colégio. Esses novos músicos e artistas são apresentados no Altofalante Contato, um concurso que premia não só os alunos que fazem música, mas também os poetas e prosadores do colégio. No evento, os estudantes dos Ensinos Fundamental e Médio têm a oportunidade de subir ao palco e mostrar sua produção para toda a escola. Este ano, os inscritos no Altofalante se apresentaram no Maikai, em evento realizado no dia 25 de outubro. A produção textual do Ensino Fundamental seguiu o tema Conviver com a diversidade, e cada série teve um gênero literário predefinido. Os alunos do 6º, por exemplo, apresentaram poemas livres; os do 7º fizeram sonetos; os do 8º ficaram com as fábulas, e os do 9º, com os contos fantásticos. Na categoria “Música”, o professor da disciplina escolheu um representante de cada ano. Para os alunos do Médio, tanto a poesia quanto a música tiveram tema livre.
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MÚSICA
Na sua 8º edição, o Altofalante já foi o palco inicial para alunos que resolveram seguir na carreira musical. As bandas Além de Nós, Pure Reggae, Dof Láfá e o músico Chase foram alguns dos talentos que fizeram parte do projeto e hoje seguem fazendo música. “Sempre nos surpreendemos com a qualidade dos inscritos”, exalta o professor de literatura e coordenador do evento, Beto Brito. O talento e conhecimento musical dos alunos também surpreendem César Vasco, auxiliar de disciplina e um dos organizadores do Contato Musical. Ele e o professor de geografia Melquiades Souza recrutam alunos de todas as séries para tocar no pátio do colégio uma vez por semana. Para Melk, como o professor é mais conhecido, a ideia é “[...] promover música e cultura na hora do intervalo”. O projeto, ainda segundo o professor, foi criado a partir do envolvimento dos professores com a música. “Nós estávamos reunidos na casa de um colega aqui da instituição, fazendo um som, e surgiu a ideia
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de tocar no colégio. Começamos com os professores se apresentando para os alunos, mas logo percebemos que seria muito mais bacana se eles tocassem também”, contou Melk. “E assim estreitamos a relação com os alunos”, completou César. Dessa forma, o Contato Musical tomou o formato que é hoje e virou um espaço democrático para a música dentro do colégio, com apresentações individuais ou com banda – de covers ou autorais. A diversidade é grande e contínua no pátio da escola. Para 2015, Melk e César pretendem inovar ainda mais propondo a regionalização dos repertórios. “Pediremos aos alunos que apresentem músicas de determinada região do país. Assim, além de ajudar nas aulas de geografia, nós vamos descobrir novas produções nacionais”, planeja o professor. Ainda para o próximo ano letivo, os organizadores do Contato Musical também querem trazer a poesia para fazer parte do projeto, com a música acompanhando a declamação, proporcionando, assim, um grande sarau no pátio do colégio.