ANO XXIII | Nº 117 | ABRIL A JUNHO DE 2015
O DIALOGO EM PROL DA APRENDIZAGEM Lições de empreendedorismo
Como unir felicidade e trabalho?
Os limites do uso das redes sociais
CEO de 10 anos e destaque na área de negócios visita o Colégio
Alunos discutiram sobre o tema em curso do Clube #daescolapravida
Família deve estar atenta ao comportamento do estudante
EXPEDIENTE
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EDITORIAL
Nº 117 - Edição de Abril a Junho de 2015 da Revista Farroupilha Presidente da Associação Beneficente e Educacional de 1858 – ABE 1858 Fernando Carlos Becker Diretora Pedagógica Marícia Ferri Diretor de Administração e Finanças Milton Fattore Jornalista Responsável Cláudia Oliveira MTB 8138 Textos Cláudia Oliveira Manoela Scroferneker Coordenação Geral Tiago Schmitz Assessor de Criação e Design Marcelo Diehl Comunicação e Marketing comunicacao@colegiofarroupilha.com.br Diagramação e Projeto Gráfico Design de Maria www.designdemaria.com.br Revisão Textual Laboratório de Português Capa Aluna Maria Eduarda Kroeff, do 1º ano A do Ensino Fundamental, no Convescote Crédito: Lucas Saporiti
DIÁLOGO É APRENDIZAGEM E CRESCIMENTO Espaço de riqueza para conhecer o mundo, a escola é um ambiente marcado pelo diálogo como forma de aprendizagem e de crescimento para a vida. É através da conversa com a direção, professores, colegas, colaboradores, pais e familiares que crianças e jovens criam uma base, um lugar fértil, seguro e em permanente construção, com respostas e caminhos para os questionamentos que os acompanham em todas as fases da vida. O diálogo é a chave para fazer perguntas e obter respostas. É aprender a aprender. É ação. O aprendizado baseado no diálogo, na experimentação e na reflexão promove uma participação mais ativa dos estudantes, fazendo com que essa teoria enfatize a comunicação entre os alunos ajudando-os em suas escolhas. Uma aula baseada em questionamentos tem um impacto significativo na performance e na motivação dos alunos, estimulando-os a se engajar nos debates, nas atividades com os colegas e com os professores, bem como no cotidiano da escola, da família e da sociedade. Perguntas abertas que encorajam os alunos, professores e co-
Ouvidoria Farroupilha ouvidoria@colegiofarroupilha.com.br (51) 3455-1889
laboradores a expor seus pensamentos, experiências e opiniões
Tiragem 1.000 exemplares
o processo de aprendizagem para todos. Por isso valorizamos
Versão Online www.colegiofarroupilha.com.br COMO INSTALAR O LEITOR DE QR CODE NO SEU CELULAR Inventado no Japão em 1994, o QR Code foi criado para facilitar o acesso à informação por parte de usuários de celulares, podendo ler qualquer coisa de qualquer lugar. Para ler um QR Code ou Quick Response Code é preciso instalar um software em seu celular. Ele será responsável por decodificar a imagem capturada. Na internet, há muitos softwares gratuitos disponíveis. É preciso que se baixe um de acordo com o modelo do celular. Em português, o http://reader.kaywa.com é um dos melhores sites para baixar leitores de QR Code. Para aqueles que quiserem criar seus próprios QR Codes, em http://qrcoder.kaywa.com, é possível gerá-los facilmente.
sobre aspectos controversos de um tema ou tópico promovem o desenvolvimento do discurso e da linguagem e enriquecem projetos que enfatizam a conversa e a cooperação, os quais ganharam destaque nesta edição da Revista Farroupilha. Iniciativas como o “Fala, Farroups” (bate-papo dos alunos com a Direção Pedagógica), as assembleias escolares, o Grêmio Estudantil, a participação das famílias e eventos como o TEDx Laçador Salon estão retratados na matéria especial e em outras páginas desta edição. Porque enquanto existir o nós na nossa proposta pedagógica sempre haverá espaço para o diálogo.
Fernando Carlos Becker Presidente da Associação Beneficente e Educacional de 1858
SUMÁRIO 3
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36
NESTA EDIÇÃO | #117 4
Nossa vida é pautada no diálogo
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O diálogo em benefício da aprendizagem
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Proatividade e objetividade na escola e na vida
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Fazendo a escolha certa para o futuro
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Sonho de Letícia transforma-se em realidade
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Novas formas de aprendizagem com games
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Experiência para além da sala de aula
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TEDx: conexão com as pessoas e com o mundo
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OPINIÃO
NOSSA VIDA É PAUTADA NO DIÁLOGO Por Arnaldo Bassoli, psicólogo, psicoterapeuta e fundador, facilitador e professor da Escola de Diálogo de São Paulo
Nossa vida social é pautada, entre outras coisas, em conversações. Empregamos diferentes estilos de conversações sem nos dar conta que eles têm resultados diferentes e, inadvertidamente, podemos estar usando garfos no lugar de facas, calças no lugar de camisas – conversações destinadas a um objetivo quando pretendemos outro! Dialogar é muito diferente de debater. A principal característica do diálogo é que ele traz a oportunidade de conhecer o outro sem julgá-lo e de revelar as ligações existentes entre as pessoas e grupos em uma sociedade. Isso não é pouco. Sofremos de uma fraqueza muito grande na “cola” que nos mantêm unidos uns aos outros, em nossa sociedade atual... Isso certamente se deve ao fato de que desaprendemos a dialogar. Diálogo vem das raízes dia e logos. Logos quer dizer, entre outras coisas, sentido, significado. E dia quer dizer através. O diálogo é a situação em que um significado nos atravessa ou atravessa um grupo – quando compreendemos, sem sombra de dúvida, um determinado evento, uma fala, uma atuação. Quando digo, por exemplo, que detesto cachorros, o significado ainda não está muito claro. Cachorros são animais que podem ser até amados, então, por que detestá-los? Porém, quando digo que detesto cachorros porque fui mordido quando era criancinha e tive de fazer duas plásticas para recompor meu queixo, o significado está claro, não está? O diálogo é a conversa em que buscamos compreender completamente o outro – e a nós mesmos. Compreender é o oposto de julgar. Julgamos conforme as nossas experiências passadas e preconceitos; compreendemos conforme o significado que nos atravessa no presente. Ele é sempre vivo! Então, vamos dialogar? Garanto a vocês que compreender o outro, conforme a sua própria coerência (não a minha!), será uma experiência muito importante para todos os momentos da vida!
CUIDAR É BÁSICO
PAIS: O DIÁLOGO É O MELHOR CAMINHO PARA OS JOVENS Por Marcos Muccillo Daudt, presidente do Instituto Cuidar Jovem, pai de Lahaina e empresário “Game over” (o jogo acabou) é a expressão usada pelos jovens quando apagam (desmaiam), normalmente por causa do uso excessivo de álcool ou por motivos associados a ele. Há quase sete anos trabalho junto aos adolescentes de diversas maneiras e com diversas abordagens, incluindo festas, viagens de férias, palestras e consultorias. Sempre é muito gratificante receber a energia, o carinho e a vitalidade características da idade deles. O lado B desta convivência é sombrio e preocupante. Vê-los desmaiando, ou passando mal na enfermaria (quando há enfermaria), é chocante e traumático para todos, assim como presenciar os pais irem buscar seus filhos de madrugada em completo estado de sofrimento. “Me ajuda, tio!”; lembro da menina caída na calçada, muito desfigurada, e até sem seus sapatos, ou do menino sendo carregado com o corpo inerte por seus amigos, em direção à ambulância, quando eu mesmo não os carrego. Entendo que fazer experiências, testar limites, acompanhar o grupo e, até mesmo, transgredir está no DNA da juventude e da adolescência. O Poder Público esforça-se e realiza Fórum Permanente em Porto Alegre há muitos anos, juntamente com outras ações coordenadas de vários órgãos públicos e privados, mas os avanços são lentos frente à grande demanda e ao apelo motivados pelo álcool. O policiamento externo, por exemplo, é ausente na maioria dos eventos. As escolas certamente se preocupam e educam, mas são impotentes para lidar com alunos fora de seus domínios. A sociedade, como um todo, é a maior responsável, pois apologia ao álcool está em toda parte e nas ações dos adultos, induzindo e sendo conivente no aspecto geral. E os pais? O lar é a origem e o lugar apropriado para exemplos e orientações, só que a falta deles também se origina neste local e cobra seu preço. O aparente inocente churrasco de domingo pode ser a sentença de um adulto, mesmo sendo um pai, se permitir ou favorecer o consumo de bebidas alcoólicas. Pais desta rede exemplar de ensino do qual é grande expoente o Colégio Farroupilha: aproximem-se, conversem e dialoguem com os seus filhos, principalmente dando o exemplo daquilo que se pede, aconselha ou exige. Baixem suas guardas e suas defesas, deixando que prevaleça o amor. O respeito conquista-se e não se impõe, principalmente para estes jovens espertos, a cada dia mais precocemente maduros, diferentemente das idades e tempos que os precederam. Ouçam o que o outro diz, pensa e sente, somando as suas experiências e expectativas. O diálogo, o entendimento, o perdão e o exemplo são o caminho para um mundo melhor, com moral, ética e, principalmente, saúde para aqueles que serão, em breve, os gestores do futuro: nossos filhos.
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CUIDAR É BÁSICO
REDES SOCIAIS: APOIO OU ARMADILHA? Famílias e escola devem alertar crianças e adolescentes sobre os cuidados nas relações virtuais Crianças e adolescentes hiperconectados à Internet têm sido uma das principais preocupações das famílias. Monitorar o que os filhos postam e com quem se relacionam virtualmente não é uma tarefa fácil. Se ao mesmo tempo existem redes sociais em que o conteúdo é postado de forma pública —Twitter, Instagram e Facebook, já existem outras ferramentas que permitem uma interação mais privada, como é o caso do WhatsApp. Diante das infinitas possibilidades de comunicação digital, a questão é: como acompanhar, com cautela, o que os filhos postam, não os deixando abandonados no meio virtual? Para a psicóloga do Ensino Fundamental —Anos Iniciais, Luciana Motta, o acompanhamento das famílias é fundamental. “É preciso que os pais saibam com quem seus filhos se relacionam nas redes sociais, de que grupos participam e qual o conteúdo de suas postagens, refletindo com eles e orientando-os para que utilizem as tecnologias com responsabilidade”, afirma. O diálogo sobre o assunto deve ser constante no ambiente familiar. “Os limites devem existir, sim, mas com conversa. E conversar é mudar juntos. Os pais e os filhos precisam chegar a um
Famílias se preocupam com o tempo que os filhos ficam na Internet
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entendimento, colocando-se um no lugar do outro e compreendendo a preocupação de cada um dos envolvidos”, aconselhou o psiquiatra e psicanalista Luiz Carlos Osório, durante o primeiro encontro geral do Programa Cuidar é Básico, realizado no final de abril, com o tema “Redes sociais: apoio ou armadilha?”. Convidado para ser o mediador do encontro, o músico e pai de aluna do Farroupilha, Thedy Corrêa, ressaltou que, muitas vezes, os jovens querem ter a sua liberdade nas redes sociais, e o fato de os pais também estarem conectados pode gerar um desconforto ou até falta de confiança. “O limite é difícil. O filho se abre mais para os amigos. Utilizo bastante as redes sociais e tenho uma vigilância permanente sobre o assunto. Temos o dever de cuidar, mas qual é o limite? Até onde devo ir?”, questionou. A segurança no ambiente virtual também foi uma das preocupações trazidas por Thedy. Se antigamente os pais ficavam tranquilos com os filhos ‘dentro de casa’, hoje o mesmo não ocorre, já que a internet pode representar um canal que traz insegurança para a família. “As crianças e os adolescentes são muito rápidos em tomar contato com agentes externos, que estão presentes nas redes sociais, que trazem insegurança. Você está na sala, o seu filho está no quarto, mas necessariamente ele não está seguro”, afirma. Além da insegurança, as redes sociais se tornaram uma ferramenta de bullying virtual. O advogado e consultor jurídico, Marcelo Oronoz, destaca que os pais devem conversar com os filhos sobre o que mundo digital representa, salientando a importância de se cuidar o conteúdo das postagens para não denegrir a imagem de alguém. “Quando não temos o poder de falar com o filho sobre o assunto, a justiça dá a lição”, afirmou o especialista, lembrando que muitos jovens já sofreram processos judiciais por postarem conteúdos difamatórios. Muito mais do que estarem atentos e monitorarem os filhos nas redes sociais, o advogado sugere que os pais analisem o comportamento do filho como um todo, ou seja, como ele anda interagindo com os seus amigos, parentes e colegas para, em qualquer sinal diferente, ajudá-lo.
Encontros do Cuidar é Básico abordam o assunto com pais de todos os níveis de ensino
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CUIDAR É BÁSICO
O PAPEL DA ESCOLA NA ERA DAS REDES SOCIAIS A conscientização sobre os limites e os cuidados no meio digital deve vir, também, da sala de aula. “A escola também precisa investir em educação para o uso das novas tecnologias, discutindo ética e segurança digital com os seus estudantes, pois precisamos de indivíduos que desenvolvam autonomia no ambiente virtual”, salienta Luciana. Preocupado com a segurança dos alunos nos meios virtuais, o Colégio Farroupilha lançou, em 2012, o Guia de Postura nas Redes Sociais, com dicas do Movimento Criança + Segura na Internet, e realizou uma série de ações com os estudantes. Além disso, anualmente, são promovidos, nos encontros do Cuidar é Básico, discussões sobre o tema com especialistas da área. Em 2014, o publicitário e diretor do curso de Publicidade e Propaganda da ESPM Sul, Alessandro Souza, visitou o Colégio duas vezes: em maio, durante a reunião com os professores, ele falou sobre o tema “Sorria! Você está sendo filmado, seguido e comentado — Reflexões sobre emaranhados nas redes sociais”, destacando que todos são um só sujeito dentro
Em 2012, Colégio organizou ações internas e externas sobre os cuidados com as redes sociais
“O ambiente virtual é rico em informações, mas precisamos aliar a informação à formação”, salienta a psicóloga dos Anos Iniciais, Luciana Motta
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e fora das plataformas digitais. Já em agosto, Alessandro abordou, com os pais de todos os níveis de ensino, o assunto “Quem vê perfil, não vê coração: seu filho na Internet”, trazendo dados de pesquisas e experiências vividas na faculdade. Se bem utilizadas no ambiente escolar, as redes sociais tornam-se espaços de trocas sociais e de conhecimento. “O ambiente virtual é rico em informações, mas precisamos aliar informação à formação, gerando conhecimentos que tenham significado para os alunos e utilidade para a vida”, destaca Luciana.
DICAS DE POSTURA EM REDES SOCIAIS • Manifeste seu pensamento de forma responsável, respeitosa e educada; • Navegue, mantendo uma postura ética, evitando publicar conteúdos ofensivos, difamatórios ou que ridicularizam outras pessoas; • Sempre verifique a veracidade das informações antes de transmiti-las para evitar a disseminação de boatos e conteúdos falsos ou mentirosos; • Cuidado ao publicar informações pessoais. O excesso de exposição na Internet pode atrair pessoas mal-intencionadas – ou até mesmo criminosas – e colocar em risco a sua segurança;
Guia de Postura
• A reputação de cada um é construída diariamente. Os modismos passam, mas o conteúdo fica e perpetua-se. Por isso, preserve sua imagem digital hoje e sempre. Seu futuro, sua carreira e sua família estão vendo você na web.
do Colégio Far-
Fonte: www.criancamaissegura.com.br
Quer saber mais dicas? Acesse o
roupilha!
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LIDERANÇA
LIÇÕES DE
EMPREENDEDORISMO Farroupilha é a segunda instituição no Brasil a receber a visita de Kylee Majkowski, CEO de 10 anos apontada como destaque mundial na área de negócios Aos 10 anos, a norte-americana Ky-
e a conhecerem melhor o trabalho
lee Majkowski torna-se referência
pioneiro realizado pela co-fundadora
internacional ao repassar lições
e CEO da TLS.
sobre empreendedorismo a meninos e a meninas de todo o mundo através da Tomorrow’s Lemonade Stand (TLS), uma comunidade criada por ela, há três anos, que promove, incentiva e capacita crianças de 7 a 12 anos a ingressarem no mundo dos negócios. Os alunos do Colégio Farroupilha foram os primeiros estudantes do Brasil a conversarem
O foco do trabalho da Tomorrow’s, conforme Kylee, é inspirar e provocar a criatividade, a tomada de riscos, a empatia e ajudar meninos e meninas a encontrarem a sua paixão em um mundo em constante evolução. “Queremos que elas aprendam a conhecerem-se a si próprias, a serem mais confiantes, independentes e capazes no mundo dos negócios.
Após encontro, alunos aproveitam para fazer selfies e pedir autógrafos a Kylee Majkowski
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“Kylee nos mostrou que a gente pode criar uma empresa para resolver problemas e suprir carências da sociedade”, Marco Antônio Dallagnese, aluno da 2ª série do Ensino Médio
Assim, aprenderão a importância de
mãe de Kylee, ao comparar o traba-
‘pensar fora da caixa’”, disse a em-
lho da Tomorrow’s com o Programa
preendedora. O nome da empresa é
Miniempresa, experiência prática que
uma referência à primeira experiên-
proporciona, aos alunos do Ensino
cia que as crianças americanas têm
Médio, vivenciar, como miniempresá-
com o empreendedorismo, quando
rios, os fundamentos da economia de
vendem limonada em barraquinhas
mercado e a atividade empresarial,
instaladas nos próprios colégios.
através do método “Aprender-Fazer”.
Os programas oferecidos pela TLS têm duração de dois anos e seguem o modelo de blended learning, com ambiente de aprendizagem mista, na qual os alunos aprendem conceitos básicos para criarem novos negócios e instruem-se a interagirem com empresários de vários segmentos. “A TLS funciona como uma mini Junior Achievement”, sintetiza Amanda,
DICAS REPASSADAS POR KYLEE AOS ALUNOS: • Assuma riscos; • Seja criativo; • Resolva problemas; • Seja apaixonado pelo que você faz.
O lado travesso da menina Kylee é revelado durante visita ao Colégio, quando ela aproveita para brincar e pular entre os pilares da Área Coberta
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LIDERANÇA
PROATIVIDADE E OBJETIVIDADE NA ESCOLA E NA VIDA Programa “O Líder em Mim” trabalha esses e outros hábitos de liderança e empreendedorismo entre os alunos do Ensino Fundamental Ser proativo e ter um objetivo em
do espaço escolar, faz com que eles
mente são dois dos sete hábitos
tenham mais iniciativa, confiança,
importantes para se ter sucesso
consciência, motivação. Também
na escola e na vida que são tra-
os ajuda a fazer boas escolhas, da
balhados com os alunos do Ensino
mesma forma que aprendem a se
Fundamental através do Programa
dar bem com os outros e a trabalhar
“O Líder em Mim”. A independên-
em equipe. O Programa ajuda os es-
cia dos estudantes, reforçada com
tudantes a ter mais capacidade para
dinâmicas realizadas dentro e fora
resolver problemas e desenvolver
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habilidades de planejamento, organização e melhor gerenciamento de tempo. “Desenvolver esses hábitos nos estudantes contribui na construção da autonomia, pois desencadeia o processo de reflexão sobre suas escolhas e influencia a tomada de decisão. As atividades dão a possibilidade de os alunos desenvolverem competências importantes, como: responsabilidade, resolução de conflitos, estabelecimento de metas e cooperação”, afirma a Coordenadora dos Anos Finais, Rafaella Perrone. Apesar de ter sido implantado há poucos meses, os benefícios do projeto entre os estudantes podem ser percebidos tanto pelos professores quanto pelas famílias. Na escola, os índices de desempenho escolar estão melhores, os problemas de disciplina diminuem e a valorização da ética e do caráter marca a convivência diária. As famílias, envolvidas no programa através da colaboração na realização de tarefas e nos relatos dos alunos, percebem e observam mudanças no comportamento e no desenvolvimento de hábitos relacionados ao programa.
PIONEIRISMO EM PORTO ALEGRE O Colégio Farroupilha é a primeira escola de Porto Alegre a oferecer “O Líder em Mim”. Desenvolvido pela Franklin Covey Co., o programa é baseado no livro “Os 7 hábitos de pessoas altamente eficazes” e foi adaptado à realidade brasileira pela Abril Educação. “Relacionamentos, recordações e vínculos são elementos importantes que os alunos levam ao deixar a escola. Nesse programa, criamos oportunidades reais para que os alunos apliquem habilidades e competências fundamentais para o século XXI e valorizadas no mundo corporativo, atribuindo-lhes funções de liderança na sala de aula, na escola e na comunidade”, explica Luciano Meira, vice-presidente da empresa americana. Liderar, conforme afirma o especialista, é possibilitar o crescimento humano, formando pessoas mais capazes, felizes e realizadas. “Diferente da figura de um chefe, o líder tem seguidores. As pessoas precisam trabalhar com o líder, e não para o líder”, explica o executivo.
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LIDERANÇA
PRÁTICAS PROATIVAS Peças teatrais, exercícios práticos,
das com as turmas do 1º ao 8º ano.
momentos de integração e uma sé-
Nos cases abaixo, você conhecerá
rie de atividades, que conta com a
algumas práticas nas quais são
participação das famílias e da co-
enfatizados a proatividade e a ob-
munidade, estão sendo desenvolvi-
jetividade.
“Percebemos que a bagunça nos fez cometer vários erros e nos impediu de alcançar nossos objetivos” Luiza Ungaretti, 7A
“A gincana nos mostrou outro modo de aprender as coisas. Soubemos dividir bem as tarefas e nos mantivemos unidos e proativos o tempo todo”, João Felipe Cunha, 7D, integrante da turma vencedora.
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Rotina escolar da turma do 2º ano B do Correia Lima está melhor organizada após a definição de tarefas para os líderes nomeados pelos alunos
ESCOLHA DE LÍDERES Reunidos em círculo, os alunos do 2º ano B do Ensino Fundamental da Unidade Correia Lima elegeram líde-
• Líder do recreio: Yuri Leite. Tem como função verificar e acompanhar se as combinações estão sendo cumpridas pelos colegas.
res para organizar melhor a rotina das atividades da turma. Proposta pela professora Gisele Fraga Cardoso, a atividade “Escolhendo os líderes” provocou maior engajamento da turma. “Acho legal, divertido e importante para a vida da gente aprendermos a fazer a escolha certa”, disse a aluna Laura Hisami. Confira as novas lideranças:
CONTAÇÃO DE HISTÓRIA A apresentação de um vídeo sobre honestidade recompensada, narrada na fábula “O Pote Vazio”, de Demi, serviu de instrumento para que fosse trabalhada a importância de ser proativo e de ter um objetivo em mente entre os alunos do 2º
• Líder da organização: Leonar-
ano. “A história ajudou para o desen-
do Ramires. Tem como missão
volvimento de três atitudes: fazer
ajudar nos momentos diários da
algo mesmo que o outro não esteja
rotina escolar;
olhando (observando), esforçar-se
• Líder da amizade: Bernardo
para alcançar um bom resultado
Brust. É responsável por ajudar os
bem como pensar como fazer bem e
colegas com dificuldades em dife-
do quanto é importante ajudar”, ana-
rentes momentos;
lisa a professora Simone Vieira.
• Líder das boas-vindas: Samuel
Quer conhecer a fábula “O Pote Va-
da Rosa. Tem como missão rece-
zio”? Faça a leitura do Qr-code ao
ber e recepcionar as pessoas que
lado (veja mais informações na pági-
chegam à sala de aula;
na 2) e assista ao vídeo.
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LIDERANÇA
GINCANA INTERDISCIPLINAR Quizz, desafios esportivos, mímicas e interpretações sobre personagens de história foram algumas das atividades realizadas na gincana organizada pelos professores com as turmas do 7º ano. “Em todos os desafios, trabalhamos os hábitos de ser proativo e de ter um objetivo em mente e o quanto é importante os grupos manterem a união e a organização”, explicou o professor de História, Eduardo Soares.
“Aprendemos a lidar com situações da nossa vida que nos acompanharão para sempre”, Atividades do programa incluem a participação das famílias, como o Convescote dos Anos Iniciais
Gabriella Fontanella, 7C.
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SETE HÁBITOS DO PROGRAMA “O LÍDER EM MIM” • Hábito 1 - Seja Proativo Eu sou uma pessoa responsável. Eu tenho iniciativa. Eu escolho minhas ações, atitudes e humor. Eu não culpo os outros por meus erros. Eu faço a coisa certa sem que me peçam e mesmo quando ninguém está olhando. • Hábito 2 - Comece com o objetivo em mente Eu faço planos e defino metas. Eu faço coisas que têm significado e fazem diferença. Sou uma parte importante de minha classe e contribuo para a missão e a visão de minha escola. Eu procuro ser um bom cidadão. • Hábito 3 – Faça primeiro o mais importante • Hábito 4 – Pense Ganha-ganha • Hábito 5 – Procure primeiro compreender, depois ser compreendido • Hábito 6 – Crie sinergia • Hábito 7 – Afine o instrumento
Hábitos de ser proativo e de ter um objetivo em mente foram trabalhados durante gincana com as turmas do 7º ano do Ensino Fundamental
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OLHOS PARA O MUNDO
SONHO DE LETÍCIA TRANSFORMA-SE EM REALIDADE Aprovada em oito universidades americanas, ex-bolsista conta com a colaboração do Farroupilha e da comunidade para estudar física na UC Santa Bárbara A conversa foi o meio encontrado pela ex-aluna Letícia Mattos da Silva e por sua família para vencer um dos maiores desafios de sua vida acadêmica: arrecadar U$ 58 mil dólares para pagar a anuidade e as taxas do primeiro ano de estudos na UC Santa Bárbara, a casa escolhida por ela para passar os próximos quatro anos. Após contato com a direção do Colégio Farroupilha e com um grupo de dirigentes da Associação Beneficente e Educacional de 1858, mantenedora da instituição, foi iniciada uma campanha de mobilização para arrecadação de recursos para que Letícia pudesse estudar na 12a melhor universidade em Física do mundo, conforme o Academic Ranking of World Universities.
CONQUISTA RARA Impulsionada pelo sonho de ser pesquisadora de física, Letícia candidatou-se para o processo seletivo de algumas das melhores instituições de ensino do mundo nessa área. Em fevereiro, as boas notícias começaram a chegar. Letícia havia sido aprovada em oito instituições: University of California Santa Barbara, Washington University, University of Massachusetts, University of California Irvine, University of California Davis, University of California Santa Cruz, Northeastern University e Massachusetts College of Pharmacy and Health Sciences. Na University of Massachusetts, na University of California Santa Cruz e no Massachusetts College of Pharmacy and Health Sciences, a ex-bolsista alcançou uma conquista rara para estudantes estrangeiros: ser contemplada com um prêmio por mérito acadêmico. Essa foi a segunda vez que o Colégio ajudou Letícia a ir em busca do seu sonho. A primeira foi quando os pais procuraram a direção pedindo que a instituição tornasse a aluna bolsista, pois a família enfrentava limitações financeiras, agravadas por uma doença da mãe de Letícia.
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“Quero mostrar que somos capazes de gerar mudanças e de mudar a trajetória de uma pessoa quando ela percebe que pode contar com o apoio de alguém que já passou por uma situação semelhante”, diz a ex-aluna Letícia Mattos
RETRIBUIÇÃO À SOCIEDADE Letícia pretende retribuir a ajuda recebida da sociedade criando uma organização para apoiar, estimular e capacitar jovens que desejam estudar no exterior. A ideia surgiu a partir das dificuldades enfrentadas por ela própria, quando decidiu buscar formação fora do Brasil. A jovem providenciou sozinha toda a documentação exigida pelas universidades e preparou-se para enfrentar as várias etapas que compõem esses processos seletivos. Conforme Letícia, o trabalho da organização idealizada por ela começaria a ser desenvolvido a partir do 7º ano do Ensino Fundamental para que os alunos tenham mais tempo para planejar o futuro acadêmico e conhecer melhor os cursos oferecidos e os processos seletivos das diversas instituições de ensino de graduação espalhadas pelo mundo. Quer assistir ao vídeo da Campanha de Letícia? Faça a leitura do Qr-code ao lado (veja mais informações na página 02).
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OLHOS PARA O MUNDO
EXPERIÊNCIA PARA ALÉM DA SALA DE AULA Intercâmbios abrem a possibilidade de conviver com pessoas de diferentes culturas Fazer uma viagem de estudos para o
100% do tempo, tu lidas com os teus
exterior é uma opção feita por muitos
próprios problemas, buscando formas
estudantes que querem ter conta-
de resolvê-los, aprende a contar com
to com pessoas de outros países e
a ajuda das pessoas, e faz novos ami-
aperfeiçoar um idioma. Com o pro-
gos”, explica Calcara.
jeto “Olhos para o Mundo”, o Colégio Farroupilha oferece aos alunos intercâmbios para Alemanha, Inglaterra, Canadá e Estados Unidos. Confiança, independência e amadurecimento são alguns dos benefícios resultantes de um programa de intercâmbio, segundo a Gerente do Centro de Cambridge da Escola, Luciane Calcara. “Além da exposição à língua em praticamente
Em 2014, as alunas Aline Scheidegger e Bruna Bresolin, da 3a série do Ensino Médio, passaram uma semana no curso “Leadership in Action”, promovido pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Além de experimentarem viver em um campus de uma das mais renomadas universidades do mundo e participarem de palestras e workshops de liderança, elas fizeram amizades
Bruna e Aline passaram uma semana em Boston, nos Estados Unidos
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com jovens da China, Sri Lanka e Dubai.
bio e contar a experiência de um mês
“Todo o dia, tínhamos de conversar so-
no Jesus College, um dos 31 Colleges da
bre a nossa cultura, compartilhar os nos-
Universidade de Cambridge, conceituada
sos viveres. Foi uma semana de imersão
instituição de ensino do Reino Unido. “É
total no idioma”, conta Bruna. “Batia um
uma experiência gratificante. Voltei mui-
nervoso na hora de se comunicar, mas,
to mais confiante”, revela Isabella. Para
depois de um tempo, tu começas a pen-
Isabelle Moreno, que viajou junto com
sar em inglês e percebes que é melhor
Isabella e que já havia viajado com o Co-
aprender errando do que ter vergonha e
légio para a Alemanha, quando estudava
não falar”, comenta Aline.
no 8º ano, a oportunidade serviu para
O excelente desempenho no Programa The Cambridge Tradition, em 2014, fez com que a aluna Isabella Tonatto Pinto, da 3ª série, fosse convidada a ser “Embaixadora do Programa Cambridge Tradition & Prep” no Brasil. Ela é a responsável por divulgar informações sobre o intercâm-
decidir a carreira que quer seguir no futuro – Publicidade e Propaganda –, fazer novas amizades e praticar a língua inglesa. “Conheci pessoas de todos os países e sinto que voltei mais madura. Quando fui, já tinha um bom nível de inglês, mas voltei com ele mais fluente”, conta.
Isabella (a segunda da esquerda para a direita) e Isabelle (de xadrez) se tornaram Embaixadoras de Cambridge depois do intercâmbio
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ESPECIAL
O DIร LOGO COMO CAMINHO PARA A APRENDIZAGEM A escola deve abrir espaรงos para que o aluno descubra e explore o que hรก em sua volta para tornar-se protagonista
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Curiosidade e descoberta: são esses dois sentimentos que nos movem em direção à aprendizagem. Para que eles aflorem dentro de nós e nos impulsionem a novos desafios e a novos aprendizados, dentro e fora da escola, é necessário que haja diálogo. “O diálogo é a conversa que põe as pessoas em contato consigo mesmas, com o outro, com o mundo e com aquilo que elas precisam aprender. O contato e a comunicação são a base da vida. Se a gente não tem a vida comunicada através do diálogo uns com os outros, não acontece nada, somos uma sociedade morta”, explica o psicólogo, psicoterapeuta e fundador da Escola de Diálogo de São Paulo, professor Arnaldo Bassoli. Diferentemente do debate e da discussão, o diálogo é a troca de experiências onde não há julgamentos e cada um fala o que, de fato, pensa e sente. “A gente não precisa chegar a uma conclusão durante um diálogo. Hoje, no mundo, as pessoas estão mais dispostas à discussão do que a conversar porque estão fechadas e preocupadas em julgarem-se umas as outras, a emitirem pré-conceitos que precisam ser jogados na mesa”, analisa Arnaldo.
ESPAÇOS PARA A APRENDIZAGEM Ambiente de riqueza para se conhecer o mundo, a escola deve abrir espaços para que o aluno possa descobrir e explorar o que há em sua volta, oferecendo oportunidades que conduzam o estudante a se perguntar quem ele é, o que o move, do que ele gosta. “A vida é uma pergunta muito grande e, às vezes, isso assusta e a gente vai procurar certezas em outros lugares quando a escola não percebe que pode ajudar nesse processo de descoberta. O diálogo com a família e com a escola é muito importante para que as crianças e os jovens criem uma base, um terreno muito fértil, tenham lugares de segurança e respostas para que cresçam alinhados”, sugere a psicóloga e psicanalista, Taly Szwarcfiter.
Integração com as famílias (como essa que reúne pais e responsáveis por alunos da Educação Infantil) contribuem para a ampliação de conhecimentos em todos os níveis de ensino
Desejos, sentimentos, defeitos, medos, obstáculos a serem vencidos em busca de objetivos são compartilhados quando se tem um bom diálogo. Ao conversar e interagir com outra pessoa, trazemos à tona questionamentos que contribuem para o nosso aprendizado de vida. Em sala de aula, o professor beneficia-se do diálogo para garantir uma participação interativa dos alunos, conduzindo-os à experimentação e à reflexão. Essa interação, entre os alunos e as suas escolhas, é
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ESPECIAL
parte importante do desenvolvimento da linguagem e do processo de aprendizagem.
GESTÃO PARTICIPATIVA E ABERTA AO DIÁLOGO Promover o desenvolvimento do
Em casa, a conversa franca e aberta
discurso e da linguagem na escola,
com a família abre portas para o enten-
concedendo meios para que os alu-
dimento e serve de estímulos para ven-
nos possam explicitar seus ques-
cer desafios. “O diálogo nos aproxima
tionamentos, pensamentos, experi-
do professor e facilita a nossa compre-
ências, opiniões e se engajem em
ensão, principalmente quando o profes-
debates com os colegas, com os
sor usa uma linguagem mais informal
professores e com a direção peda-
e mais próxima da nossa realidade. A
gógica contribui para a formação
gente precisa ter professores e pais
de cidadãos autônomos e ativos na
que nos apoiem, nos acompanhem, nos
sociedade. No Farroupilha, há uma
ajudem, nos deem explicações e con-
série de atividades que trabalham
selhos”, conta Leonardo Morrudo, aluno
esses aspectos desde cedo. Conhe-
da 2ª série do Ensino Médio.
ça algumas delas:
Turmas da 1ª e 2ª séries do Ensino Médio montam apresentações artísticas nas aulas de Filosofia para aprofundar conteúdos
“Quando algo dentro de mim me move, eu preciso me mover em direção ao mundo onde tem o conhecimento lá fora e dentro de mim. Se não tiver diálogo, não há aprendizagem”, afirma o fundador da Escola de Diálogo de São Paulo, professor Arnaldo Bassoli
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Fala, Farroups Um espaço para o diálogo marcado por percepções e sugestões para o Colégio, sugerido para a Direção Pedagógica por um grupo de alunos, composto também por um representante do Grêmio Estudantil, é o principal objetivo do projeto Fala, Farroups. Todo o mês, durante 30 minutos, estudantes eleitos pelas próprias turmas da sede e da Unidade Correia Lima respondem à pergunta feita pela diretora pedagógica, Marícia Ferri: “Como vocês percebem o Colégio?”. A partir desse bate-papo, realizado com alunos da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, são debatidas questões sobre as aulas e melhorias para o cotidiano escolar.
Assembleias escolares Aprender a pensar, a problematizar, a construir e encadear conceitos, a fazer inferências, analisar pressupostos de ideias e a relacionar-se criativamente com a linguagem e com os colegas, na resolução de conflitos, é a proposta trabalhada durante as assembleias escolares. Elas são realizadas principalmente com alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental. “Abrimos espaços para a construção de alternativas de visão do mundo e de si mesmo, mostrando o quanto é importante a discussão sobre comportamentos e adoção de gestos individuais e coletivos para uma boa convivência”, destaca a professora da Educação Infantil, Cátia Mata. Por vezes, a atividade conta com a participação das famílias em sala de aula.
Durante encontros com a direção, alunos expõem percepções e sugestões para o Colégio
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ESPECIAL
Grêmio Estudantil O Grêmio Estudantil Farroupilha
Orientação Educacional desenvolve
(GEF) é uma organização sem fins
um projeto de identificação, escolha
lucrativos e que recebe assessoria
e acompanhamento destes alunos.
da Orientação Educacional do Ensino Médio. Assim como o GEF é liderança no Colégio, os alunos representantes de turma são líderes que nascem dentro das turmas. O serviço de
Quer conhecer a equipe do GEF? Faça a leitura do Qr-code ao lado (veja mais instruções na página 02) e conheça a diretoria eleita para a gestão 2015/2016.
Atividades especiais, como o “Relaxa Aí”, que marcou o final das provas do primeiro trimestre, e o Recreio Estendido são organizadas pelo GEF
GEF atua como porta-voz dos alunos
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Alunos no TEDx Debates importantes e eventos que ampliam a visão de mundo e instigam ao diálogo e a troca de experiências, como o TEDx Laçador Salon (veja a cobertura completa a partir da página 42), têm a participação garantida dos alunos da
Alunos ampliam visão de mundo durante o TEDx Laçador Salon
sede e da Unidade Correia Lima do Colégio Farroupilha. Essa e outras práticas reforçam a missão da instituição em educar para formar cidadãos que convivam bem em sociedade, respeitando o próximo, cumprindo com suas obrigações, gozando de seus direitos, sendo capaz de bem decidir sobre um assunto que tem profundo conhecimento.
Associação de Pais Instituída inicialmente com o propósito de reunir pais de alunos e amigos do Colégio Farroupilha para partidas semanais de futebol, a Associação de Pais integra famílias e fortalece os laços com a instituição. Com estatuto, código de disciplina, comissão de justiça e regulamento de presenças, a agremiação é mais uma parceira do Colégio na promoção de encontros com as famílias. Quer participar da Associação de Pais? Faça a leitura do Qr-code ao lado e saiba como.
Grupo de pais se reúne toda a semana no Colégio
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INQUIETOS
O DIÁLOGO EM BENEFÍCIO DA APRENDIZAGEM Relação entre o professor e o aluno na sala de aula deve ser de confiança e respeito Um dos grandes desafios da escola, no século XXI, é transformar o espaço da sala de aula em um ambiente mais acolhedor, tornando a relação aluno-professor mais próxima. A criação, há mais de um ano, da Escola de Professores Inquietos veio ao encontro dessa preocupação e hoje é um espaço de diálogo, reflexão e troca de experiências para docentes que buscam respostas para a nova realidade educacional. Carol Bucker, design thinker e uma das principais mediadoras dos cursos livres e workshops, afirma que os professores querem sair do papel de detentores do conhecimento, para o de facilitadores que ajudam os estudantes a construírem o seu aprendizado. “Os alunos querem mais participação, mais diálogo, mais trocas construtivas facilitadas pelo professor”, relata Bucker. A professora de Artes Visuais dos 6º e 7º anos do Ensino Fundamental – Anos Finais, do Colégio Farroupilha, Daniele Fetter, acredita no diálogo como forma de proporcionar uma aprendizagem reflexiva. “Conversar com os alunos e entender as suas necessidades é buscar um vínculo de afeto e empatia para que se estabeleça uma relação de confiança para a formação do indivíduo de
“Os alunos querem mais participação, mais diálogo, mais trocas construtivas facilitadas pelo professor”, afirma a design thinker Carol Bucker
Workshops e cursos livres propiciam troca de experiências entre docentes
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forma plena e integral”. Depois de participar do curso livre “Aprendizagem pela Experiência”, ela percebeu que é fundamental criar momentos nos quais os alunos possam se colocar como agentes do saber. “A qualidade da mediação da aprendizagem está nas mãos do professor, promovendo um espaço em que a construção do conhecimento se dê mediante a troca de experiências, a valorização e o respeito ao outro, no qual todos se sintam mais mobilizados a pensar em conjunto”, frisa a professora. Acreditar na cultura participativa e aproximar as diferentes disciplinas são, para a professora das redes pública e privada de ensino, Vanessa Freitas Nascimento, alternativas para utilizar o diálogo em benefício da aprendizagem. Com experiência de 17 anos na docência, ela participou de todos os cursos e workshops oferecidos pela Escola de Professores Inquietos. “Os desafios atuais exigem que busquemos soluções por meio do engajamento com os outros. Somos agentes de mudanças, devemos ser adeptos a fazer perguntas, conversar e escutar os outros”. O professor de Geografia do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, do Colégio Farroupilha, Cleomar Graeff de Oliveira, relata que, desde o período que começou a lecionar, até os dias atuais, percebe mudanças no diálogo com os alunos. “O desafio, a cada dia, é o de cativar o aluno, ganhar a sua confiança e o seu respeito com naturalidade, a partir da relação cotidiana. Assim, o diálogo se dá de maneira natural, oportunizando um aprendizado significativo”, observa o professor Cleomar. O diálogo, para Carol Bucker, deve ser utilizado de forma ilimitada pelos professores e, segundo ela, “ajuda os alunos a se envolverem na construção do aprendizado, a refletirem e se motivarem na busca por novas ideias. Isso vai gerar confiança entre o grupo para criar o ambiente desejado para a construção do aprendizado de forma mais leve e aberta”.
Velejada no Guaíba integrou programação do curso “Aprendizagem pela Experiência”
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#DAESCOLAPRAVIDA
VAMOS FALAR SOBRE FELICIDADE? Autoconhecimento é necessário para acertar as escolhas profissionais Como unir felicidade e trabalho? Ge-
felicidade como algo etéreo, sobre o
ralmente, as pessoas procuram es-
qual não temos nenhum controle. Se
colher uma profissão de que gostam,
não achamos que podemos elevá-la
mas a questão é: poucas sabem o
de forma consciente e planejada em
que realmente as faz felizes. Quan-
função das nossas atitudes, acaba-
do chegam ao Ensino Médio, os alu-
mos não falando disso. As únicas
nos tendem a pensar mais sobre o
que falam são aquelas pessoas que
assunto e, muitas vezes, recorrem a
sabem que a atitude é determinante
profissionais que possam auxiliá-los.
para o nível de felicidade, e, por isso,
Durante o primeiro workshop do Clube #daescolapravida, Happy Life,
buscam se conhecer para serem elas mesmas”, afirma.
o especialista no tema Felicidade,
O autoconhecimento, segundo Roge-
Rogerio Oliveira, desafiou um grupo
rio, é o primeiro passo para buscar
de estudantes a falar sobre o pro-
atividades que tragam realização
pósito de vida e felicidade em suas
pessoal e profissional. Assim, será
vidas. “A maioria das pessoas trata a
possível achar um trabalho que não
No workshop, alunos falaram sobre profissão, felicidade e propósito de vida
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Ser feliz é o melhor trabalho que você pode ter”, destaca o especialista no tema Felicidade, Rogerio Oliveira
seja diferente da sua vida. “Não pen-
taca. “A ideia de achar a felicidade
se no que seria um trabalho bom.
na rotina do trabalho muitas vezes
Pense no que te faz sentir vivo. Ser
parece impossível, e é muito legal
feliz é o melhor trabalho que você
descobrir que nós podemos escolher
pode ter”, aconselha. Stella de Mi-
uma profissão que realmente nos faz
randa Corrêa, da 2ª série do Ensino
felizes. A minha felicidade depende
Médio, admite que falar sobre o que
de mim e das minhas ações”, com-
a deixa feliz e o que pretende fazer
plementa Alice Córdova, da 1ª série.
depois da escola é difícil, embora converse com amigos mais próximos sobre esses sentimentos. “O que nos faz feliz sempre é um assunto bom de conversar, nos dá prazer saber que os outros têm a mesma ideia do que é felicidade, ou do que nos faz feliz. O mundo está mudando, e os profissionais de sucesso são felizes porque fazem o que gostam”, des-
Em sala de aula, o professor deve estimular o diálogo sobre vida pós-escola e futuro profissional. “O professor, se conhecendo, vai naturalmente incorporar isso no diálogo da sala de aula, trazendo esse tipo de pergunta para os alunos. Se mais cedo estimularmos esse hábito no jovem, mais ele será feliz em suas escolhas”, acredita Rogerio.
CLUBE #DAESCOLAPRAVIDA A iniciativa tem como objetivo executar diferentes programas de formação complementar através de workshops que sejam importantes para o futuro pessoal e profissional dos estudantes do Ensino Médio e que não são contemplados no currículo formal. Agenda de 2015: • We love PPT | 19 de junho • Organi.Z | 14 de agosto • Equilibre | 25 de setembro • Money | 16 de outubro Saiba mais em www.colegiofarroupilha.com.br/ clubedaescolapravida
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PLANO DE VOO
FAZENDO A ESCOLHA CERTA PARA O FUTURO Definir a profissão não deve ser um momento estressante, de acordo com o consultor de carreiras Dorival Pinotti A chegada ao Ensino Médio significa, também, o momento de pensar no futuro depois da conclusão da educação básica. Escolher uma profissão e qual a universidade oferece o melhor curso nem sempre é uma tarefa fácil. Por isso, realizar um trabalho vocacional com os estudantes, promover visitas a faculdades e eventos voltados ao mercado profissional são algumas alternativas que podem ser adotadas pela escola para ajudar na preparação dos alunos, de acordo com o ex-diretor da Les Roches – International School of Hotel Management e consultor de carreiras desde 2009, Dorival Pinotti. Além disso, o lado pessoal também deve ser estimulado, para que eles percebam as suas competências e os seus interesses. Em palestra para pais e alunos do Ensino Médio do Farroupilha, no final do mês de abril, o especialista deu dicas de como os jovens podem escolher uma universidade e orientou como conhecer uma profissão ainda durante suas buscas no colégio. Quanto antes o estudante descobre o que ele gosta de fazer, melhor, mas se for preciso mudar de curso durante a faculdade, isso não deve ser motivo de preocupação. Pinotti destaca que, diferente de antigamente, quando existiam poucas opções de graduações, hoje, as universidades oferecem diversas opções de cursos. “É preferível você errar uma ou duas vezes, do que passar o resto da vida fazendo o que não gosta. Nem tudo acontece em um primeiro momento. Com certeza, vai existir alguma profissão que ele irá gostar e se identificar”, destaca. A escolha da profissão deve ser encarada com tranquilidade, já que normalmente é um período em que o jovem passa por diferentes pressões. “Tem que ser um
Consultor de carreira auxiliou alunos e pais em palestra no Farroupilha
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Para auxiliar os estudantes, Farroupilha promove Jornada das Profissões, Mostra das Universidades e atividades em instituições de ensino
momento divertido, e não estressante. Você está escolhendo uma coisa que gosta. É uma fase em que ele irá se conhecer e descobrir novas profissões”, explica. É somente depois da definição do curso, para o qual irá prestar vestibular, que o estudante deve pensar na carreira, ou seja, na sua trajetória no mercado de trabalho. “A profissão é muito mais ligada a fazer o que você gosta, mas a carreira, ou seja, a maneira de se ter sucesso e ser feliz é quando você começar a gostar do que faz”, orienta Pinotti.
PROJETO PLANO DE VOO Desde o segundo semestre de 2014, os estudantes do Ensino Médio contam com uma iniciativa que auxilia na escolha da profissão, o projeto Plano de Voo. As atividades são variadas e trabalham com situações que despertam a curiosidade e o autoconhecimento. Os estudantes participam de palestras, visitas às universidades e eventos realizados nas dependências do Colégio, como a Jornada das Profissões e a Mostra das Universidades. O projeto proporciona canais de diálogo entre as universidades para que os alunos conheçam o currículo, sua forma de ingresso e suas avaliações.
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MOVIMENTO
O CORPO
TAMBEM FALA Atividades extracurriculares ajudam no desenvolvimento de diferentes habilidades Muito mais do que complemento da rotina escolar, as atividades extracurriculares oferecem benefícios para as crianças e para os adolescentes, como a melhora da autoestima, a desinibição e o desenvolvimento do espírito de equipe. As atividades esportivas estimulam a cooperação e coordenação motora; já as atividades voltadas às artes cênicas utilizam-se de técnicas corporais que trabalham a timidez e os movimentos. “Por serem mais leves e informais, as atividades extracurriculares permitem que o aluno se descubra através da criatividade, da troca de experiências e das conversas com os colegas”, avalia a assessora de serviços, ideias e projetos do Colégio Farroupilha, Gabriela Malafaia. No ano letivo de 2015, a grade de atividades extracurriculares do Colégio ganhou duas novidades. Na Oficina de Design e Programação de Games, o processo de aprendizagem é dividido em quatro etapas – compreensão, imaginação, execução
e compartilhamento – e os alunos criam jogos a partir de técnicas de programação. Malabarismo, acrobacia, dança aérea e equilíbrios acrobáticos são algumas das atividades desenvolvidas na Oficina de Artes Circenses. Para que os exercícios sejam realizados com êxito, é preciso muito diálogo, com os demais colegas e com os aparelhos. “As crianças aprendem que, mesmo sem vida, o objeto tem
Famílias também podem participar das atividades extracurriculares, como as aulas de Pilates
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suas características – peso, tamanho
maior flexibilidade. Agora não consigo
e forma – que permite ou não algu-
ficar sem”, contou Cristiane Bassanesi
mas movimentações, e ele [objeto]
Martins, mãe de dois alunos do Far-
deve ser respeitado”, explica a profes-
roupilha. Para os pais que procuram
sora Cláudia Dutra.
atividade ao ar livre, existe o projeto
Além de contemplarem os alunos dos diferentes níveis de ensino, algumas atividades extracurriculares são voltadas para as famílias. Nas aulas de Pilates da fisioterapeuta Paula Leão, um grupo de mães encontrou uma maneira de conciliar a amizade com o bem-estar. “Foi incrível a mudança que senti no meu corpo em um ano fazendo Pilates. Pude perceber melhora na postura, no alongamento e uma
Farroupilha Running, grupo de corrida que realiza treinos duas vezes por semana na Pista Atlética da escola. “Queremos favorecer as relações de boas práticas geradoras de vida saudável. A prática sistemática de uma atividade esportiva possibilita a satisfação pessoal, a melhora da qualidade de vida e a troca de experiências”, destaca o coordenador do Colégio, Antônio Cimirro.
Atividades extracurriculares oferecem uma série de benefícios para crianças e adolescentes
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CONECTADOS
NOVAS FORMAS DE APRENDIZAGEM COM GAMES Jogos conferem novos cenários de aprendizagem em diálogo e diversão Ambientes repletos de desafios edu-
sibilita o acesso de alunos, famílias,
cativos e estimulantes, em forma de
professores e colaboradores ao ban-
games, para a compreensão da utili-
co de imagens ImageQuest.
zação e da criação de jogos digitais, como recurso do processo de aprendizagem, hábitos de estudo e de colaboração entre os grupos de alunos de todos os níveis de ensino, marcaram a 1ª Semana Farroupilha Digital, realizada em abril. Durante o evento, foi anunciada uma parceria com a Britannica, uma plataforma que pos-
“Os alunos usam plataformas na sala de aula, com a orientação dos professores, para trabalhar competências que queremos reforçar. É uma forma lúdica de aprender. O diferencial da escola é que, em relação ao uso de alguns games, os alunos têm login e senha e podem levar isso para casa, jogando em rede com
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colegas, familiares e alunos de outros países”, conta Débora Valletta, coordenadora de Tecnologia Educacional. A utilização da tecnologia, conforme Débora, traz opções para o professor estimular o aluno a ser protagonista, além de possibilitar o trabalho de conteúdo de maneira direta.
NOVOS CENÁRIOS DE APRENDIZAGEM Pedagogo, pesquisador e professor, Luciano Meira, acredita que a missão da escola é inovar e oferecer novos cenários de aprendizagem em diálogo e diversão. Os jogos digitais educacionais lúdicos são ferramentas importantes para a criação de
Pesquisas apontam que os games
modelos de educação inovadores. “As
influenciam a compreensão de
grades curriculares são herméticas e
mundo das pessoas, de modo que,
a estrutura educacional é cristaliza-
se vistos como ciência, os jogos
da, aceitando pouco a introdução de
ampliam as relações com o conheci-
inovações. É preciso sair desta rigi-
mento, permitindo uma nova manei-
dez de uma arquitetura secularmente
ra de aprendizagem e transforman-
montada”, analisa o pesquisador ao
do, assim, a qualidade do ensino.
elogiar a criação da 1ª Semana Digital.
“A missão da escola não é ensinar, mas criar ambientes imersivos de aprendizagem”, enfatiza o mestre em Psicologia Cognitiva, Luciano Meira
Os jogos digitais, conforme Luciano, trazem grande impacto na aprendizagem de conteúdos específicos
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CONECTADOS
“Os professores devem tratar a sala de aula como startups e os alunos como colaboradores”, acredita Luciano
A inovação, de acordo com Luciano,
cipar ativamente deste processo,
deve ser implementada para tornar
identificando e praticando compor-
o processo de aprendizado mais
tamentos que fomentem a inovação.
eficaz e divertido. “Assim como o
A sala de aula enrijece o aprendiza-
Farroupilha, as escolas deveriam
do e, da forma como foi concebida,
perguntar aos alunos o que gos-
a escola impõe um modelo que não
tariam de aprender e não somente
incentiva a criatividade e dá pouco
impor conteúdos. Os educadores e
espaço para que o professor promo-
gestores das escolas devem parti-
va transformações”, alerta.
Através dos jogos, alunos aprendem a fazer as coisas usando a imaginação
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PARCERIA COM A BRITANNICA
LIÇÕES COM DESAFIOS EDUCATIVOS
Durante a 1ª Semana Farroupilha Di-
Instrumentos poderosos para o
gital, o Colégio anunciou a parceria
aprendizado, os jogos revolucionam
com a Britannica, uma plataforma
a forma como o ensino é ministra-
digital com banco de imagens Ima-
do. Para os estudantes, a inserção
geQuest, que servirá de instrumen-
de games aos conteúdos vistos em
to para tornar a aprendizagem mais
sala de aula traz uma série de benefí-
eficaz, colaborativa e transforma-
cios, tornando a aprendizagem mais
dora, através do compartilhamento
dinâmica, atrativa, colaborativa e
de recursos, da troca de ideias e da
divertida. Nos desafios Math Evolve,
criação de algo novo para alunos,
os alunos são estimulados a memo-
famílias, professores e colaborado-
rizarem fórmulas de adição, subtra-
res. Há opções para complementar
ção, multiplicação e divisão. Já nos
trabalhos de linguagem, ciência, es-
desafios Mangahigh, os estudantes
tudos sociais e matemática.
aplicam conhecimentos de cálculo,
Finalistas dos desafios Math Evolve e Mangahigh contaram com o apoio dos colegas durante a 1ª Semana Farroupilha Digital
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CONECTADOS
“De uma forma lúdica, professor pode trabalhar conteúdos de maneira direta e estimular o aluno a ser protagonista”, diz Débora Valletta
lógica e raciocínio lógico. Além de
Fundamental, participante do Desa-
aprimorarem habilidades, os games
fio Mangahigh com o jogo “Ice, Ice
servem como oportunidade para que
Maybe”, através da gamificação fica
os alunos desenvolvam entre si a co-
mais fácil exercitar conteúdos rela-
laboração e a socialização.
cionados à Matemática. “Achei muito
Durante a Semana Digital, dois representantes de cada turma do 1º ao 4º ano do Ensino Fundamental – Anos Iniciais disputaram as finais dos jogos da 1ª Semana Farroupilha Digital. Os estudantes com melho-
Alunos testam conhecimentos de diversas disciplinas com os jogos
legal porque pratiquei bastante raiz quadrada e exercícios de fração. Isso sem falar na oportunidade de representar os meus colegas”, comentou o estudante sob os aplausos da torcida organizada pela turma.
res pontuações nos desafios Math
Faça a leitura do Qr-code ao lado
Evolve e Mangahigh ganharam o re-
(veja mais
conhecimento dos próprios colegas
informações
e, também, placas de destaque, as
na página 02)
quais foram entregues pela equipe
e conheça
da Tecnologia Educacional. Para o
os alunos
aluno Gabriel, do 4º ano C do Ensino
vencedores.
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QR-CODE NA PRODUÇÃO TEXTUAL Código de barras está sendo usado para complementar estudos Um código de barras com leitura feita pelo celular é a mais nova ferramenta para o processo de ensino e aprendizagem dos alunos do 5º ano do Ensino Fundamental – Anos Iniciais. Proposto pelas professoras Mirna Rodrigues, Elisandra Fagundes e Gabriela Staud, o Qr-Code (sigla em inglês para Quick Response) traz mais interatividade e dinâmica às aulas, já que textos, imagens e sons podem ser facilmente convertidos e usados em diversas atividades da rotina escolar. “Vamos começar pela produção textual. A intenção é de que, gradativamente, possamos utilizar o código como complemento de estudo para trabalhos e provas“, comenta a professora Mirna. Além da utilização por parte dos alunos, a docente conta que a ferramenta também poderá ser usada como forma de acompanhamento dos processos de avaliação por parte das famílias. “Pais e responsáveis vão poder acompanhar os relatórios sobre o desempenho dos estudantes através do Qr-Code”, acrescenta Mirna. A partir de um vídeo, assistido após a leitura do Qr-Code, a turma do 5º ano G, a primeira a experimentar o novo recurso, recebeu o primeiro desafio: escrever uma história sobre uma grande e verdadeira amizade vivida por cada um deles.
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DESTAQUE
TEDX LAÇADOR: CONEXÃO COM AS PESSOAS E COM O MUNDO Farroupilha sediou pela primeira vez o TEDx Laçador Salon, que teve como tema “Re-ação: seja o impulso da mudança” Histórias de superação e de motivação, marcadas pelo diálogo e pela interação com o público, foram apresentadas durante o TEDx Laçador Salon, realizado pela primeira vez no Colégio Farroupilha em 11 de abril. Com o tema “Re-ação: seja o impulso da mudança”, convidados, alunos, famílias e colaboradores da escola compartilharam momentos de reflexão no Auditório. Psicólogo e psicoterapeuta, Arnaldo Bassoli lembrou que não existe certo ou errado durante o diálogo. “Ou eu compreendo ou eu não compreendo o outro”, disse o fundador da Escola de Diálogo de São Paulo ao destacar que o debate, a conexão e a análise formam os três pilares da conversação. “O diálogo é a troca de experiências, onde não há julgamentos, onde cada um fala o que de fato pensa. Para haver um bom diálogo é preciso empatia e igualdade”, explicou.
O diálogo, principalmente no desenvolvimento de lideranças jovens, é foco do trabalho da especialista em Educação Afetiva, Taly Szwarcfiter
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“Aprimoramos conhecimentos e conhecemos histórias que nos inspiram, como a do jogador Tinga”, disse Leonardo Morrudo, aluno da 1ª série do Ensino Médio
Vítima de racismo durante uma partida pela Copa Libertadores da América, o jogador de futebol Paulo Cesar Fonseca do Nascimento “Tinga” transformou a sua aversão contra o racismo em uma bandeira para muitas pessoas com o projeto “Chutando o Preconceito”. “A gente escolhe o que queremos usar como exemplo. Eu sempre tive muita sorte, porque toda a vez que a sorte me encontrou, eu estava trabalhando”, afirmou o jogador ao lembrar do episódio ocorrido durante uma partida no Peru. O diálogo é o principal instrumento de trabalho da psicóloga e psicanalista, Taly Szwarcfiter, no desenvolvimento de lideranças jovens e na educação do jovem pelo jovem. Integrante da rede Ubunto, de São Paulo, Taly dedica seu tempo a acompanhar, a inspirar e a ajudar as pessoas a se conhecerem, a se conectarem consigo mesmas e a fazerem a sua reflexão de propósito de vida. “Quanto mais cedo a gente faz essa reflexão, melhor. Esse caminho vai mais
No palco do Farroupilha, Tinga anunciou o fim de sua carreira no futebol
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DESTAQUE
Através da dança, a estudante Paola Conceição transforma a rotina de meninas da Vila Safira com trabalho voluntário
alinhado, mais perto de mim, da minha essência, fazendo com que eu entenda qual a luz que eu posso trazer para esse mundo ”, explica a especialista em Educação Afetiva. O ballet é a paixão da estudante Paola Conceição Alves e de um grupo de meninas da Vila Safira, em Porto Alegre, que aprendem a dança através de sua ação de voluntariado no projeto Vó Chica. “Nos tornamos melhores quando temos a oportunidade de fazer e ensinar aos outros o que sabemos de melhor. É uma experiência compensadora e fascinante”, conta a palestrante ao lembrar que teve que vencer o seu próprio medo para dar aulas às meninas da comunidade em que mora.
“Tivemos a oportunidade de ver experiências marcadas pela superação e que nos fazem olhar sob outra perspectiva vários aspectos da vida e perceber que sempre é possível vencer as dificuldades”, Giulia Locatelli e Silva, aluna da 2ª série do Ensino Médio
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“Se a gente não se recicla, não tem a vida comunicada através do diálogo uns com os outros, não acontece nada, somos uma sociedade morta”, alerta
Arnaldo Bassoli, psicólogo, psicoterapeuta e fundador da Escola de Diálogo de São Paulo
“Bacana a iniciativa do Colégio de trazer um evento tão importante como esse, que oportuniza a nós a chance de discutir assuntos importantes e que nem sempre são debatidos no nosso dia a dia, fazendo com que tenhamos a chance de ver que as pessoas são capazes de superar obstáculos por mais difíceis que possam se apresentar a nossa frente”, Victória Machado Scheibe, aluna da 2ª série do Ensino Médio
SOBRE O TEDX O TED é uma organização sem fins lucrativos com o espírito de promover ideias que merecem ser espalhadas. Ele começou com uma conferência de quatro dias na Califórnia, há 30 anos, e cresceu para apoiar ideias que mudam o mundo através de iniciativas diversas. Já o TEDx é um evento organizado de forma independente que reúne pessoas para compartilhar uma experiência semelhante ao TED. Em um evento TEDx, TEDtalks e palestras ao vivo estão juntas para promover discussões profundas e conexões. De 2009 pra cá, mais de 11 mil eventos TEDx foram realizados ao redor do mundo e os vídeos postados no canal do YouTube já somam 450 mil visualizações. Assista ao vídeo explicativo sobre o TED.
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+CULTURA
A VIDA IMITA A ARTE, OU QUALQUER SEMELHANÇA COM FATOS REAIS É MERA COINCIDÊNCIA? Por Alexandre M. Martins, professor de Língua Portuguesa do Colégio Farroupilha Vez por outra, surge uma obra artística que nos apresenta um enigma há tempos conhecido, mas nem por isso ultrapassado: qual a diferença entre arte e realidade? Onde está a fronteira que as separa? O filme “Relatos selvagens” (Relatos salvajes, 2014), dirigido por Damián Szifron e estrelado por Ricardo Darín, é mais um dentre uma extensa lista de obras que nos apresentam situações que escapariam à rápida classificação em ficção. Dividida em seis histórias curtas que, aparentemente, não guardam entre si quaisquer semelhanças, a produção do cineasta espanhol Pedro Almodóvar é uma obra que incomoda, que deixa o espectador desconcertado, desconfortável, pois funciona como um espelho em que, a contragosto, muitos de nós enxergam o próprio reflexo. Alguns críticos afirmaram que “Relatos selvagens” equilibra-se na frágil linha que separa a civilização da barbárie. Tal linha pode ser facilmente transposta quando pensamos nos desafios que a vida nas grandes cidades nos oferece, nas situações cotidianas em que somos testados, pressionados, distendidos até o ponto em que algo nos escapa, explode, transcende. Qual seria, então, a fronteira que separa o comedimento de uma reação selvagem? Será que a arte deve ser apreciada com alertas de que se trata de invenção, de criação ficcional e, portanto “qualquer semelhança com fatos reais é uma coincidência não intencional e lastimável”? Que os cinemas da Inglaterra – que antes da exibição do filme, informam o público da terrível coincidência com um acidente aéreo recente – respondam.
Gustavo Reis
Carol Bücker
André Gravatá
Professor, que horas acaba a aula? E se a aula nunca acabasse? Novas práticas educativas, a partir dos pilares da experiência, da troca e dos múltiplos olhares.
CURSO LIVRES E WORKSHOP 2015 08 de agosto
23, 24 e 25 de outubro
Workshop Inovação e Educação
Curso Novas Técnicas Criativas para Sala de Aula
Reflexões sobre novos modelos e propostas de educação, inspirando os docentes a descobrir como inovar em sala de aula.
Metodologias, como design thinking e storytelling, que tornam a interação e a dinâmica da sala de aula mais atrativa.
Especialista: André Gravatá
Mediadores: Carol Bücker, Carlos Idiart e Luciane Bergue
Saiba mais: www.professoresinquietos.com.br inquietos@colegiofarroupilha.com.br (51) 9134.1076 | 3455.1854