Revista Farroupilh | Edição de Abril a Junho de 2020

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ANO XXVIII | N. 137 | ABRIL A JUNHO DE 2020

ESTUDOS DOMICILIARES: RESSIGNIFICAÇÃO DO ENSINO E DA APRENDIZAGEM

Veja as fotos enviadas pela comunidade escolar durante a quarentena

Como a tecnologia foi fundamental para as atividades on-line

O Clarim: estudantes do GEF refletem sobre o momento de isolamento social


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EXPEDIENTE N. 137 – Edição de Abril a Junho de 2020 da Revista Farroupilha

READAPTAÇÕES NA FORMA DE ENSINAR E APRENDER

Vice-Presidente no exercício da Presidência da Associação Beneficente e Educacional de 1858 – ABE 1858 Christian Voelcker

A rotina semanal de ir ao Colégio Farroupilha para estudar ou lecio-

Diretora Pedagógica Marícia Ferri

um mês após o começo do ano letivo de 2020? Rapidamente, e ali-

Diretor de Administração e Finanças Milton Fattore

excelência, disciplina e organização, eficiência e empreendedorismo

Jornalista Responsável Manoela Andrade Scroferneker (MTB 13648) Textos Cristiane dos Santos Parnaíba Manoela Andrade Scroferneker Criação e Design Matheus Luiz Abreu Menezes Monica Figueiredo Dawud Roberto Osiris da Silva Filho

nar foi bruscamente interrompida, no dia 17 de março, pelos reflexos bíamos que este dia poderia chegar, mas como imaginar que seria nhados aos valores da instituição – bom relacionamento, busca pela e compromisso com a sustentabilidade – a equipe pedagógica e os educadores pensaram em estratégias para manter as atividades por meio dos estudos domiciliares. É, sem dúvida, um período de readaptações, com a busca incessante por alternativas que garantam um ensino de qualidade.

mostra como o Colégio organizou-se diante do isolamento social de toda a sua comunidade escolar, além de depoimentos de famílias, estudantes e educadores sobre os desafios e as lições aprendidas neste período e, também, compartilha iniciativas realizadas pelo Farroupilha virtualmente. A publicação traz, ainda, alguns artigos de educadores

Na edição de O Clarim, os estudantes do Grêmio Estudantil Farroupilha

Tiragem 2.500 exemplares Versão Online www.colegiofarroupilha.com.br

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cipal este novo cenário da educação – os estudos domiciliares – e

Diagramação e Projeto Gráfico Carolina Fillmann – Design de Maria www.designdemaria.com.br

Ouvidoria Farroupilha ouvidoria@colegiofarroupilha.com.br (51) 3455-1889

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A edição de abril a junho da Revista Farroupilha tem como tema prin-

sobre saúde mental, o uso da tecnologia, a importância da brincadeira

Capa Estudantes João Pedro Crippa, do 2º ano E do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, e Sofia Crippa, do 7º ano D do Ensino Fundamental – Anos Finais, com o pai, José Crippa Jr.

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da pandemia causada pelo coronavírus. Todos, de certa forma, sa-

Comunicação e Marketing comunicacao@colegiofarroupilha.com.br

Revisão Textual Laboratório de Português

SUMÁRIO 3

EDITORIAL

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durante este período, entre outros assuntos.

(GEF) propõem uma reflexão sobre a situação pela qual as pessoas, em todo o mundo, estão passando, especialmente os adolescentes. No encarte da Revista Farroupilha Kids, as crianças e os estudantes da Educação Infantil e do Ensino Fundamental – Anos Iniciais podem

NESTA EDIÇÃO | #137

se divertir e aprender com atividades sobre a prevenção de doenças virais e a importância da higienização das mãos. O Colégio Farroupilha reconhece que não é um momento fácil para

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Convivência, autonomia e estudos na quarentena

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Minha vida, um livro aberto

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Higiene, a chave para a prevenção

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Um espaço de muitas recordações do Farroupilha

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Alimentação saudável na quarentena

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Trabalho é premiado nacionalmente

ninguém e, por isso, agradece a compreensão diante das medidas adotadas e o apoio recebido de muitas famílias. Boa leitura! Christian Voelcker Vice-Presidente no exercício da Presidência da Associação Beneficente e Educacional de 1858 – ABE 1858


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OPINIÃO

APRENDER EM TEMPOS DE PANDEMIA Por Marícia Ferri, Diretora Pedagógica do Colégio Farroupilha

Vivemos um período de mudanças e novas adaptações. A comunidade escolar, de um modo geral – famílias, professores e equipes – tem vivido diferentes experiências nesse momento de isolamento social, a saber: inseguranças, medos, incertezas frente à complexidade do cenário socioeconômico, bem como o desenvolvimento de certa resiliência diante da realidade que se apresenta. As escolas, em todo o mundo, revisaram e adaptaram suas metodologias para que crianças e jovens seguissem empenhados em seus processos de ensino e aprendizagem. No Rio Grande do Sul, o Conselho Estadual de Educação publicou o parecer 01/2020, amparando as atividades domiciliares durante o período da pandemia, o que fez com que muitas instituições de ensino optassem pela continuidade do desenvolvimento de competências e habilidades previstas em seus currículos na modalidade on-line. No Colégio Farroupilha, já utilizávamos a plataforma Google Classroom com os estudantes dos anos finais e do ensino médio. Nesse contexto extraordinário, foram também incluídos, no aproveitamento desse recurso, os demais níveis de ensino, o que permitiu o trabalho com as crianças, reconhecendo-se sempre os diferentes graus de autonomia dos estudantes no uso dessa tecnologia educacional. Nessa perspectiva, nota-se que os adolescentes, possuem maior autonomia, ao passo que as crianças necessitam do suporte familiar para o uso da ferramenta.

Marícia Ferri

Cabe destacar que a formação dos professores para o uso de tecnologias já ocorre há anos em nossa escola e, embora isso seja uma realidade em nossa prática, decidimos intensificar o apoio aos docentes a fim de que pudessem desenvolver suas aulas com maior segurança. Muitos docentes têm sido multiplicadores, dispo-

DIMINUINDO DISTÂNCIAS EM TEMPOS DE COVID-19: CHEGA MAIS PERTO DA CÂMERA Por Leonardo De Boita, professor de Química do 9º ano do Ensino Fundamental do Colégio Farroupilha

Cada vez que entramos em sala de aula com uma turma diferente, embora seja para ensinar o mesmo tema, damos outra aula. A interação entre as pessoas, os comentários, as trocas de experiências vividas estão entre os motivos de as aulas seguirem por rumos diferentes. A aproximação entre as pessoas permite a criação de vínculos importantes no processo de aprendizagem. As brincadeiras, os sorrisos, as reações gestuais são formas importantes de comunicação. Aula a distância não é novidade, e muitos estudos já foram feitos a respeito

nibilizando-se a assessorar seus colegas. Ainda, como registro, salientamos o papel

disso. O diferencial são as etapas de desenvolvimento de cada idade. O uso

fundamental dos estudantes representantes de turmas que se mostraram incan-

de recursos digitais para o aprendizado auxilia, entre outras habilidades,

sáveis no sentido de apoiar os colegas, sinalizando quais apresentavam maiores

a sua autonomia como estudante. Reforço que as interações pessoais são

dificuldades para que pudéssemos auxiliá-los.

fundamentais para a orientação, a avaliação e o aprendizado como um todo.

Para além disso, reiteramos a importância das dimensões do equilíbrio emo-

Faço a videoaula pensando nos meus estudantes. A aula é para eles! Sei quem

cional, da autodisciplina, da empatia e da sensibilidade, como fatores que

são, pois tivemos aulas juntos. Fico imaginando de que forma receberiam o

contribuem para uma boa administração das inúmeras incertezas que se im-

assunto, como entenderiam melhor os fenômenos estudados, de que maneira

põem nesse período de pandemia. Quando pensamos na aprendizagem que

trazer o cotidiano deles para a aula e somo às dúvidas mais comuns, resultado

queremos construir nesse ínterim, devemos considerar tais fatores associa-

da experiência de sala de aula. Alguns falam que somos bons atores ou um

dos ao Plano de Estudos que baliza nosso currículo. Certamente, o mundo será

pouco loucos, pois falamos sozinhos. Na verdade, falamos para eles! Não tem

diferente após essa pandemia. E, de fato, já estamos vivenciando essa realidade

como não os imaginar ali, participando da aula.

distinta, mas com a certeza de que, dela, sairemos fortalecidos, entendendo os reais valores da vida. A saudade - que tem sido manifestada pelas crianças e tam-

Nas primeiras aulas ao vivo, compartilhei minha tela com os estudantes: um

bém pelos adolescentes, jovens, educadores, pais e colaboradores – revela-nos

monte de letrinhas. Cadê vocês? Cadê a troca de olhares? Agora, ao entrar na

um pouco do espaço ímpar que ocupamos e remete-nos à função da escola. Tais

sala de aula, os estudantes conectam suas câmeras, e isso faz toda a diferença

manifestações evidenciam, ainda, a complexidade de uma instituição, como é o

durante nossos encontros. É um resgate daquele momento de chegar à classe

Colégio Farroupilha, cuja base é o cuidado para com toda a comunidade escolar e

do estudante, ouvir suas ideias e suas dúvidas, e dar a atenção que ele precisa.

cujo princípio é assegurar a formação de cidadãos competentes, éticos e globais.

Leonardo Santos de Boita

É aproximar-se da câmera e chamar o estudante pelo nome.


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OPINIÃO

COMO PROPICIAR O BEM-ESTAR DAS CRIANÇAS DURANTE A QUARENTENA Por Diana Santos, psicóloga escolar do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, e Nadine Cabral, psicóloga escolar da Educação Infantil do Colégio Farroupilha

Por Leticia Gasparetto Maccari, psicóloga escolar do Ensino Fundamental – Anos Finais, e Lisiane Alvim Saraiva, psicóloga escolar do Ensino Médio

Estamos vivendo um momento delicado e desafiador em todo o cenário mundial. Essa situação atípica, sem precedentes na história da sociedade contemporânea, tem influenciado a todos nós, principalmente no que se refere à educação das crianças. Durante o período de suspensão das aulas, surgiu a necessidade da comunidade escolar - professores, estudantes e famílias – de se adaptar a essa realidade, buscando, juntos, estratégias para lidar com essa nova demanda. Estudos recentes (Bartlett, Griffin e Thomson, 2020) mostram que as crianças são

A pandemia que estamos atravessando, no presente momento, não encontra

mais sensíveis emocionalmente a eventos que interferem em seu cotidiano, se

precedentes na História recente capazes de fornecer registros simbólicos aos

comparadas aos adultos. Dependendo da faixa etária, podem ter dificuldade em entender os ajustes de rotina necessários diante do cenário que se apresenta, o que

Diana Leonhardt dos Santos

COMO MANTER A SAÚDE MENTAL DOS ADOLESCENTES EM TEMPOS DE ISOLAMENTO SOCIAL

quais possamos nos remeter como recursos de enfrentamento - considerando Leticia Gasparetto Maccari

pode afetar a sua sensação de segurança. Os adolescentes e as crianças, inclusive

aprender a tolerar a angústia do não saber: não saber quando tudo passará;

as bem pequenas, observam atentamente as pessoas e o ambiente em que estão

não saber quando retomaremos nossas vidas; não saber como o mundo vai

inseridos e, por vezes, podem reagir ao verem os adultos mais mobilizados.

ficar após esta grande e grave crise.

Diante das incertezas relacionadas à falta de previsibilidade e para evitar o es-

Para os adolescentes que vivem em um tempo imediatista, cuja necessida-

tresse e a ansiedade que podem ser desencadeados por essa situação adversa,

de de pertencimento aos diferentes grupos é fundamental para o fortaleci-

é fundamental cuidar da nossa saúde emocional e, principalmente, do bem-estar

mento e desenvolvimento da sua personalidade, a tarefa de esperar pode

das nossas crianças. A manutenção de uma rotina é importante, intercalando

ser ainda mais complexa. Não frequentar o espaço escolar, não conviver com

as atividades de estudos domiciliares fornecidas pelo Colégio, os momentos de

os amigos, não praticar esportes e não ir a festas, por exemplo, são fatos que

relaxamento, de brincadeiras, de contação de histórias, assim como o auxílio

restringem muito o campo social. Tais restrições, algumas vezes, podem ser

nas tarefas de casa (organizar o quarto ou preparar uma refeição com a família, por exemplo). Na medida do possível, é interessante proporcionar o contato da

Lisiane Alvim Saraiva Junges

de situações às quais somos expostos e que exigem de nós adaptações e respostas emocionais que não estamos prontos para dar. Vale ressaltar que a

aproximação. Encontros por videochamadas auxiliam na manutenção dos vínculos

ansiedade é uma característica normativa dos seres humanos e surge quando

afetivos e diminuem os impactos relacionados ao distanciamento físico.

nos deparamos com situações de medo, preocupação ou tensão. É importante, assim, atentar para a intensidade do estresse e da ansiedade, avaliando o quanto estão interferindo na execução das tarefas cotidianas.

características da idade, colabora para que ela compreenda o que está acontecendo. Por mais desafiador que possa ser, a segurança e a tranquilidade transmi-

Algumas dicas que podem auxiliar neste momento: estabeleça uma rotina, ain-

tidas pelo adulto, nesse diálogo em família, ajuda na expressão de seus medos e

da que em alguns dias estejamos mais dispostos do que em outros, pois é

de suas curiosidades. Além disso, o acesso a alguns livros, sites e desenhos in-

importante tentar manter um cronograma de afazeres; pratique uma atividade

fantis que abordem a temática propiciam o esclarecimento dessas dúvidas. Cabe Referência Bartlett, J.D., Griffin, J., Thomson, D. (2020). Resources for Supporting Children’s Emotional Well-being during the COVID-19 Pandemic. Disponível em https://www.childtrends. org/publications/resources-forsupporting-childrens-emotional-wellbeing-during-the-covid-19-pandemic.

desencadeadoras de ansiedade e de estresse, sintoma geralmente resultante

criança com os seus colegas e amigos, usando a tecnologia como ferramenta de

Conversar com a criança, com uma linguagem clara e objetiva, respeitando as

Nadine Friedrich Cabral

que a gripe espanhola ocorreu há mais de 100 anos. Diante disso, precisamos

salientar que a exposição dos pequenos às notícias dos meios de comunicação deve ser limitada, pois, muitas vezes, elas não possuem uma linguagem adequada à faixa etária. Se, para nós, adultos, já é tão complexo lidarmos com nossas angústias e expectativas, para as crianças, pode ser ainda mais desafiador. Por isso, escutá-las, auxiliá-las a compreender as suas emoções e acompanhá-las neste período de mudança de vida e de rotina são ações que poderão colaborar para que vivenciem seus sentimentos de forma mais segura.

Referência COMO adolescentes podem proteger sua saúde mental durante o surto de coronavírus (Covid-19). Unicef, 2020. Disponível em: https://www. unicef.org/brazil/historias/comoadolescentes-podem-proteger-suasaude-mental-durante-o-surto-decoronavirus. Acesso em: 20 de abril de 2020.

física, é bom para o corpo e para a mente; mantenha a conexão com amigos e familiares, utilizando a tecnologia a seu favor; desfrute de momentos prazerosos com você mesmo - dance, cante, toque algum instrumento, desenhe; seja criativo e arrisque desenvolver novas habilidades; aprimore a empatia, ofereça e peça ajuda nos momentos mais difíceis, nos quais o dia parece não render e a saudade fica mais evidente. E lembremos todos que o momento é de cooperação e solidariedade, pois apenas unidos e pensando no bem comum é que conseguiremos vencer este importante capítulo de nossa História.


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OPINIÃO

O USO DO GUIA DO BRINCAR Por Fabíola Horst e Gabriela Santos, professoras da Educação Infantil do Colégio Farroupilha

A Educação Infantil do Colégio Farroupilha entende que brincar é fundamental para o desenvolvimento da criança. Ao brincar, a criança interage com o mundo à sua volta, desenvolve a sua identidade, a autonomia, a interação, a vivência e entende a importância das regras. Diversificadas propostas são realizadas anualmente no Colégio, contemplando o olhar dos educadores e estimulando a brincadeira, entre elas, o Guia do Brincar, composto por sugestões de atividades. Neste ano, o Guia foi reestruturado com propostas para também serem exploradas no ambiente domiciliar, sendo utilizado pelos professores em diferentes situações de aprendiza-

COMO A TECNOLOGIA É/FOI FUNDAMENTAL NESTES NOVOS TEMPOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM Por Ednei de Bem, gerente do setor de Tecnologia Educacional (TE) do Colégio Farroupilha

gestões de brincadeiras. Nos encontros on-line com as crianças, é possível perceber o envolvimento das famílias na realização das propostas sugeridas no Guia. A brincadeira com descarte criativo pode ser citada como exemplo, sendo inserida em diferentes atividades do planejamento e contemplando o projeto que está sendo deFabíola Horst

ficando e interagindo com os colegas e as educadoras. Cantando com o jacaré, as crianças identificaram as partes do corpo, e, com o binóculo, foi explorada a visão durante a contação de história. Expressões, como “Olha a boca do meu jacaré” e “Eu quero ver o passarinho”, são algumas das participações das crian-

sores e milhares de estudantes tiveram que encontrar novas formas de ensinar e

ças durante a atividade, externando sua alegria ao brincar.

de aprender. Neste novo cenário mundial, a tecnologia educacional tem um maior

Enquanto educadores, desejamos que o Guia do Brincar possa favorecer vivên-

destaque no processo de ensino e aprendizagem, apesar de sempre ter estado pre-

cias significativas na infância de cada criança, tornando o aprendizado lúdico e

sente nas escolas e nas casas. Com a possibilidade proporcionada pelo Ministério

prazeroso. Esperamos que as famílias sigam explorando-o e que, através dele,

da Educação de poder realizar as atividades escolares de forma domiciliar, esses recursos estão sendo primordiais para o bom andamento desse processo.

centes desde muito cedo, e isso se torna um grande desafio para o educador. Para o desenvolvimento dos estudos domiciliares, é preciso reinventar-se a cada planejamento com criatividade e inovação, fazendo o uso das mais diversas tecnologias educacionais. Além disso, faz-se necessário, também, desenvolver nas crianças e nos adolescentes habilidades necessárias para que esses recursos tecnológicos não se tornem inimigos na trajetória educacional. É importante ressaltar que, no ensino remoto, mesmo com o auxílio de smartphones, iPads, notebooks, aplicativos e ferramentas tecnológicas, o professor continua sendo peça importante nesse processo de ensino e aprendizagem. Cabe ao professor planejar, preparar, organizar, disponibilizar, explicar e avaliar os conteúdos e as tarefas propostas. Essa interação através de ferramentas tecnológicas ameniza a distância e mantém o vínculo fascinante entre professor e educando. Como dizia nossa incrível poetisa brasileira Cora Coralina: “Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”.

senvolvido nos grupos. Crianças do Nível 2 compartilharam suas construções, como jacarés e binóculos, para explorar, de forma lúdica, partes do corpo, signi-

Com a chegada da pandemia do coronavírus ao Brasil, de um dia para outro, profes-

Sabe-se que a tecnologia está presente na vida das crianças e dos adoles-

Ednei de Bem

gem, como nos encontros on-line das turmas e no planejamento com su-

Gabriela Rodrigues Ferreira dos Santos

surjam novas possibilidades de brincar, cultivando os laços afetivos e resgatando brincadeiras de diferentes épocas.


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OPINIÃO

REGISTRO FARROUPILHA

REFLEXÕES SOBRE A SAÚDE EMOCIONAL EM TEMPOS DE PANDEMIA

DO FARROUPILHA PARA MINHA CASA Nesta edição, recebemos fotos de estudantes, em estudos domiciliares, enviadas por suas famílias e seus responsáveis.

Por Greicy Boness de Araujo, psicóloga escolar do Ensino Fundamental – Anos Finais do Colégio Farroupilha Vivemos um momento diferenciado na história e que tem apresentado inúmeras situações desafiadoras para nossa saúde emocional. Tivemos uma interrupção no fluxo das nossas vidas. A pandemia inaugurou uma nova temporalidade,

Camila Stapenhorst Napp, do 2º ano A.

uma nova lógica. A lógica de um novo ritmo, do afastamento, da tecnologia, dos cuidados extremos, das proximidades intensas em casa e do tempo de espera. A tecnologia, concebida, muitas vezes, como desfavorável ao convívio, passa a

Henrique Malmann Bremm, do Nível 5G. Bernardo Rodrigues Gomes, do 4º ano A da unidade Correia Lima.

Greicy Boness de Araujo

ser um caminho possível para a realização de tarefas, estudo, trabalho, lazer e socialização. Todos estamos aprendendo. Precisamos reconhecer nossa vulnerabilidade, respeitar essa nova lógica e aceitar que não será tudo igual. Precisamos encontrar novos caminhos e novas alternativas. Manter-se afastado ou em isolamento social é diferente de manter-se confinado, no sentido que remete a “fim” (na etimologia da palavra), ou seja, com a ausência de vida, de caminhos, de sentido. Ocorre uma mudança em nossos papéis e em como usamos os espaços. Como pais, até onde vamos? Como posso ajudar e até onde posso interferir nos estudos e no espaço dos meus filhos? Estão em casa, mas não é período de férias. Como profissional, trabalhando em casa, até onde eu vou? Como uso o meu espaço de casa para trabalhar e o horário de trabalho para dar conta

Guilherme Giannechini Lopes, do 3º ano H.

Rafaela Mallman Faccin, do 4º ano C.

de outras demandas domésticas? Preciso respeitar os sentimentos e o espa-

Lucas Mallman Faccin, do 6º ano E.

ço do outro. Precisamos reconhecer os diferentes tempos e ritmos. Dar tempo para mim e para o outro. Tempo para processar os sentimentos, as emoções, os pensamentos. Precisamos ressignificar nossos papéis e exercitar a tolerância. 2020 ficará marcado para sempre e terá registro importante na história. O ano que tivemos muitas outras aprendizagens: sobre tecnologia; sobre família; sobre os papéis parentais, educacionais, profissionais; sobre o que é a saudade; sobre o que é ceder. O que conseguimos tolerar? A certeza que ficará de tudo isso é que nada substitui, verdadeiramente, a presença do outro, a interação, o encontro. É essencial, portanto, que não se perca a conexão com o outro e com nós mesmos.

Felipe Tavares Neuhaus, do 3º ano H.

Foto tirada pelo estudante Tha yson Wolff Rosa, da 1ª série D.

se, do Beatriz Signor Es 1º ano H.

Rafael Martins Correa da Silva, do 4º ano A.

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REGISTRO FARROUPILHA

Marina Soster Pascal, do Nível 3B.

Rafaela Borges Peixoto, do 6º ano E.

Arthur Beckel Zimmermann, do 1º ano C.

nghelli Maria Eduarda Mi B. rie sé 1ª da Sebben,

Léo da Silva Hunecke, do 3º ano E.

Pedro Dias Batezini, do 4º ano A.

Helena Dias Batezini, do Nível 4A.

Bruna Czerner Steffen, do 5º ano F.

Martina Guarita, do 1º ano E.

Matheo Toigo Monaco Moreira, do 4º ano E.

Vitória Toigo Monaco Moreira, do 2º ano F.

4º ano A Poliana Paes, do ia Lima. rre Co de da unida

Julia Torres Hartmann, do 1º ano A.

Júlia Soares Dalle Grave, do Nível 5E.

22. Dênic Ferreira Lacorte, do 4º ano C.

Dornelles, 23. Alarico Tortelli do 5º ano G.

Valentina de Oliveira Garcia Padilha, do 4º ano A da unidade Correia Lima.

Joana Hillesheim Marques, do 5º ano B.

Joana Siqueira Borille, do Nível 5F. Valentina Gonçalves Alves, do 2º ano A da unidade Correia Lima.

André Soares Dalle Grave, do 4º ano E.

Sofia Mancio Nunes, do 4º ano D.

Pedro Schmal, do 3º ano F.

Isabella Mori Boeira, do 3º ano F.

Antonela Marin Bley, do 1º ano D.

Max Wentzel Boschetti, do 3 ano A.

Catharina Almeida Sarti de Oliveira, do 5º ano A.

nges, Bruna Pereira Foer C. o do 6º an

Maria Eduarda Lessa Busato de Souza, do 5º ano G.

Derick Evangelista Nunes, do 1º ano B da unidade Correia Lim a.


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REGISTRO FARROUPILHA

Arthur Galski Slawski, do 2º ano G, e Luísa Galski Slawski e Isadora Galski Slawski, do 2º ano H.

Joana da Costa Turra, do 4º ano C.

Deivid Bittencourt de Sá, do 5º ano A da unidade Correia Lima.

dos Santos, Roger Clementel do 3º ano G.

Arthur Fabris Gonçalves, do Níve l 4D.

Valentina Quatke Knorr, do 4º ano D.

João Miguel Souza da Luz Boschi, do Nível 5C.

Gabriel Mosmann Melere, do Nível 1D.

Felipe Fabris Gonçalves, do 4º ano C.

Os gêmeos André Mota da Silva e Isabelle Mota da Silva, do Nível 1C, com a irmã, Cecília Mota da Silva, do 2º ano A.

o Quintana, Francisco Corvell do 1º ano A.

Larissa Jardim Krug, do 1º ano B da unidade Correia Lima.

Bárbara de Oliveira Valente, do Nível 5C.

49. Clara Anselmo Oldemburg, do Nível 5G.

tto Gallina, Martina Campeza do Nível 5D.

Lucas Campezatto Gallina, do 3º ano F.

Clarissa de Ávila Baruffaldi, do 2º ano E.

Ricardo Gemelli Fernandes, do 4º ano D.

Helena Gemelli Fernandes, do 4º ano B.

Leonardo Ramires, do 7º ano B da unidade Correia Lima.

Mateus Daudt Ramos, do 1º ano A da unidade Correia Lima.

Valentina Corrêa Oliveira, do 3º ano G.

Lucas Fogliatto Luz, do Nível 5C.

63. Tales Ritter Marques, do 6º ano E.

Thomas Koch Zingalli, do Nível 5D.

66. Manuela Ramires, do 3º ano B da unidade Correia Lima.

64. Bernardo Bassanesi Martins , do 3º ano C.

Zingalli, João Pedro Koch E o do 4º an

Laura Vallim, do 3º ano A.

Marina Vallim, do 1º ano B.


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CUIDAR É BÁSICO

todos os conflitos, mas faremos deles aprendizados: podemos ver caminhos para que eles não aconteçam mais ou entender o movimento do outro”, afirma. Além disso, a convivência traz descobertas. “Os pais estão conhecendo como é o filho ‘estudante’, estão vendo a dinâmica do filho na escola. Até então, os pais conheciam os filhos estudando em casa, fazendo um trabalho etc. Muitos pais estão se angustiando com uma dinâmica que não era para eles conhecerem. Mas a boa notícia é que muitas dessas descobertas sempre foram assim”, destacou. O momento de isolamento social permitirá que os pais ajudem as crianças e os adolescentes no desenvolvimento da autonomia, observou o especialista. “Esta é uma grande chance. Uma criança ou um adolescente, agora, precisa ter mais disciplina, organização e planejamento para as aulas on-line darem certo. É óbvio que os pais precisam acompanhar e estar atentos, mas é preciso ajudá-los a desenvolver a autonomia, o momento é este”. O ócio dos filhos também deve ser aceito pelas famílias, pois faz parte da vida e pode trazer benefícios. “Nos últimos anos, colocamos tantas atividades para os nossos filhos que eles não convivem mais com o tédio. Mas ele pode ser construtivo; ele traz reflexão, revi-

CONVIVÊNCIA, AUTONOMIA E ESTUDOS NA QUARENTENA Primeira edição on-line do Cuidar é Básico teve como convidado o psicólogo Tiago Tamborini No ano em que completa dez anos de existência no Colégio Farroupilha, o programa Cuidar é Básico teve a sua primeira edição on-line no início do mês de maio, no canal oficial da escola no YouTube. O convidado foi Tiago Tamborini, psicólogo especializado em comportamento de crianças e adolescentes e autor do livro Como educar no século XXI? O guia antipânico para pais e mães, que

são e descanso. Tudo bem não fazer nada. A vida está nos dizendo: ‘Calma. Conviva em família, troque, fique ao lado do outro sem fazer nada. Isso faz parte do desenvolvimento saudável do ser humano: cognitivo e emocional”, aconselhou. Sobre o momento dos estudos domiciliares, Tiago enfatizou que os pais não precisam assumir o papel dos professores, e, sim, devem se tornar “egos auxiliares”, ou seja, as pessoas que estão junto dos filhos para ajudá-los. “O que os professores precisam é que vocês organizem a rotina dos filhos, ajudem a desenvolver uma rotina de estudos, cobrando de vez em quando, olhando se eles estão seguindo as atividades. E, se não estiver dando certo, peçam ajuda para a escola. Vocês vão criar um processo de ego auxiliar em casa, que troca, que dá e recebe feedback da escola e que entende o filho. A escola entrega o que é certo, e vocês fazem o que dá certo. Confiem na escola, no que ela está entregando, é por isso que vocês a contrataram para educar o seu filho. E deem feedback do que vocês estão sentindo, com ideias, sugestões e possibilidades”, finaliza.

falou sobre o tema “Crianças e adolescentes na quarentena: reflexões sobre o cotidiano da família e os nossos sentimentos”. O encontro foi mediado pelas psicólogas escolares Luciana Motta, dos Anos Iniciais, e Greicy Boness de Araújo, dos Anos Finais. Tiago iniciou a palestra fazendo uma reflexão sobre um aprendizado que teve quando ainda estava na faculdade. “Um palestrante muito hábil disse que, na faculdade, aprendemos o que é certo, mas, no mercado de trabalho, na vida real, existe o que dá certo. E nem sempre são a mesma coisa. Em momentos de crise como este que estamos vivendo, devemos considerar o que dá certo. As crianças e os adolescentes estão em casa, os pais precisam cuidar dos afazeres domésticos e estão vivendo o home office, ou seja, todos estamos vivendo realidades específicas, mas difíceis, e vamos ter que adaptar o que é certo para o que dá certo”, ressaltou.

RETORNO POSITIVO DE FAMÍLIAS E EDUCADORES Criado com o objetivo de promover ações saudáveis a toda comunidade escolar e em todos os níveis de ensino, da Educação Infantil até o Ensino Médio, os encontros do programa Cuidar é Básico sempre aconteceram de maneira presencial, nos Auditórios principal ou da Educação Infantil do Colégio e, desde 2013, a iniciativa passou a trabalhar em três frentes de atuação: aprendizagem, saúde e convivência. A primeira edição no formato on-line foi bem recebida por famílias e educadores que acompanharam, ao vivo, a transmissão. “Ótima fala para orientar e tranquilizar nossas dúvidas na condução do processo de ensino-aprendizagem neste momento singular”, declarou o professor do Laboratório de Física, Gentil Bruscato, no chat disponível no YouTube. “Parabéns

Ao falar sobre convivência e conflitos, o psicólogo alertou que o conflito é uma con-

ao Colégio. Nunca ninguém estudou, pesquisou ou amadureceu pensamentos

dição da convivência e que ele pode gerar mudanças. “Se estamos convivendo mais,

para situações como a que vivemos. Estamos todos aprendendo. Esse tipo de

teremos mais conflitos. E, se nós entendermos dessa forma, nós não evitaremos

iniciativa ajuda muito”, opinou Paulo André Carrard, pai de estudante do 2º ano.

Acesse o QR Code para assistir à palestra na íntegra.


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CUIDAR É BÁSICO

HIGIENE, A CHAVE PARA A PREVENÇÃO No Colégio ou em casa, existem alguns cuidados básicos que nos protegem contra fungos, vírus, germes e bactérias

A chegada do inverno traz, consigo, o aumento da possibilidade de contrair doenças típicas da estação, como a gripe. Com o coronavírus, a prevenção é a grande aliada para evitar sintomas indesejados. A enfermeira do Ambulatório do Colégio Farroupilha, Renata Endres, explica que as doenças virais possuem diferentes formas de transmissão e de prevenção, contudo, a higienização correta das mãos, o sistema imune fortalecido por meio de uma alimentação saudável, a prática de exercícios físicos e o cuidado com as aglomerações e com o contato com pessoas doentes são algumas estratégias de prevenção. “A prevenção é importante para evitar a doença. Uma criança doente não brinca, não vai à escola, não se alimenta e não dorme adequadamente e, portanto, pode ter problemas no seu desenvolvimento, além de fazer uso de medicamentos com efeitos colaterais que podem trazer outros problemas de saúde. A prevenção nos traz qualidade de vida, proporcionando-nos conviver com familiares e amigos, passear, viajar, estudar, brincar”, afirma. Segundo a educadora, a higienização das mãos, por exemplo, precisa ser incorporada desde cedo na rotina das crianças. A família deve proporcionar autonomia, facilitando o acesso da criança à pia, por meio de uma escadinha ou de um banco antiderrapante próprio para isso, ao sabonete e à toalha. “Estabelecer uma rotina de higiene das mãos antes das refeições, ao chegar em casa, após brincar na pracinha e após ir ao banheiro, auxilia na memorização da criança. Os adultos precisam dar o exemplo e explicar para a criança o porquê de lavar as mãos mesmo quando aparentemente elas não estão su-

Oficina de higienização das mãos realizada com o Nível 2D no início do ano letivo

VOCÊ SABE HIGIENIZAR CORRETAMENTE AS MÃOS? VEJA O PASSO A PASSO*:

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Molhe as mãos com água.

Aplique na palma da mão uma quantidade suficiente de sabonete para cobrir todas as superfícies das mãos.

Ensaboe as palmas das mãos, friccionando-as entre si.

Esfregue a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda, entrelaçando os dedos e vice-versa.

Entrelace os dedos e friccione os espaços interdigitais.

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Esfregue o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com movimento de “vai e vem” e vice-versa.

Esfregue o polegar esquerdo com o auxílio da palma da mão direita, utilizando-se de movimento circular e vice-versa.

Enxague bem as mãos com água.

Seque as mãos.

O procedimento deve ter duração de 40 a 60 segundos.

jas. Estabelecer algumas ‘regrinhas’ básicas e assimilá-las cantando alguma música infantil são ações que auxiliam nesse processo”, sugere. Outra dica é a vacina da gripe que, apesar de não proteger contra o coronavírus, protege as demais gripes, evitando, desse modo, a baixa da imunidade, com o contágio de outras doenças.

CONFIRA ALGUMAS DICAS DE PREVENÇÃO: • Evite levar as mãos aos olhos, ao nariz ou à boca; • Lave bem as mãos, higienizando-as entre os dedos, embaixo das unhas e na parte de trás; • Utilize álcool gel 70% sempre que possível; • Não compartilhe copos, talheres, toalhas e/ou alimentos; • Mantenha os ambientes ventilados, com as janelas abertas; • Dê preferência ao uso de escadas, evitando os elevadores; • Ao tossir ou espirrar, cubra a boca e o nariz com o cotovelo flexionado ou com um lenço descartável; • Cozinhe bem a comida, especialmente carne e ovos.

Fonte: Blog da Saúde – Ministério da Saúde


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CUIDAR É BÁSICO

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NA QUARENTENA

RECEITAS QUE AJUDAM A AUMENTAR IMUNIDADE:

A nutricionista do Colégio, Joseane Mancio, dá dicas de alimentos e de receitas para este momento

Ficar em casa durante a quarentena pode gerar ansiedade e estresse, e mui-

INGREDIENTES

tas pessoas “descontam” na comida os seus sentimentos. A nutricionista do

Massa

Colégio, Joseane Mancio, alerta, contudo, que não é hora de descuidar da ali-

• 3 ovos

mentação. O ideal é dar preferência aos alimentos in natura ou minimamente

• 1 ½ xícara de chá de leite

processados, já que os alimentos ultraprocessados são ricos em açúcar, sal,

• 2 xícaras de chá de farinha de trigo

gorduras e pobres em fibras. “Prefira preparar os alimentos em casa. Não deixe

• 1 xícara de queijo parmesão ralado

de comer frutas e legumes: eles devem estar presentes diariamente na nossa alimentação”, opina. Confira mais dicas:

Torta de legumes com suco de abacaxi, gengibre e maçã Torta de legumes:

• sal a gosto • 1 colher de sopa de fermento químico

• No café da manhã, inclua ovos e cereais, que são alimentos com um bom valor nutricional e fáceis de preparar. • Consuma fibras (probióticos) que servem como alimentos para as bactérias

Recheio • 1 cebola pequena picada

intestinais, como iogurte, quefir de leite, quefir de água e kombucha. Frutas,

• 1 dente de alho picado

verduras, legumes, aveias e outros cereais integrais são fontes de fibra para

• 1 xícara de chá de brócolis picado

nosso organismo.

• 1 xícara de chá de couve-flor picada

• O estresse oxidativo deve ser combatido, pois pode prejudicar o sistema imunológico. Frutas e hortaliças contêm compostos antioxidantes. • A Organização Mundial da Saúde recomenda o consumo de cinco tipos de frutas, verduras e hortaliças por dia. Portanto, o prato colorido é sempre a melhor opção. Os alimentos em destaque que poderão contribuir para nossa imunidade são alho, cebola, gengibre, castanha-do-pará, vegetais verdes-escuros e frutas cítricas (laranja, kiwi, morango, acerola e bergamota).

• ½ xícara de ervilha • 1 xícara de espinafre picado MODO DE PREPARO 1. Bata no liquidificador os ovos, o óleo e o leite. 2. Aos poucos, adicione a farinha de trigo e o queijo ralado. 3. Desligue o liquidificador e adicione o fermento e o sal. Ligue o liquidificador novamente. 4. Recheio: refogue a cebola picada e o alho. Depois, adicione os legumes já cozidos, exceto o espinafre. Tempere a gosto.

Cookies integrais com iogurte de morango Cookies: INGREDIENTES • 1 xícara de aveia em flocos • 1 xícara de açúcar mascavo • 1 xícara de farinha de trigo integral • 2 ovos • 100 g de manteiga sem sal (ou 2 colheres de sopa) • 1 colher de chá de fermento • ¼ de xícara de gotas de chocolate

5. Em uma forma untada e enfarinhada, coloque metade da massa. 6. Depois, coloque os legumes e cubra-os com o restante da massa. Salpique com queijo ralado. 7. Leve ao forno preaquecido a 180 graus por aproximadamente 40 minutos.

MODO DE PREPARO 1. Misture todos os ingredientes secos (aveia, farinha, açúcar e fermento). 2. Adicione os ovos e a manteiga. Misture a massa até que fique bem homogênea (use as mãos).

Suco de abacaxi, gengibre e maçã:

3. Por último, adicione as gotas de chocolate.

INGREDIENTES • 1 colher de chá de gengibre

4. Coloque a massa em uma forma untada e enfarinhada. Leve para assar em forno preaquecido (180 °C). Asse por 20 minutos ou até que os cookies fiquem dourados.

• ½ maçã fuji

Rendimento aproximado: 40 unidades.

• 2 fatias de abacaxi

• 1 copo de água e gelo Iogurte natural com morango MODO DE PREPARO Bata todos os ingredientes no liquidificador. Se necessário, coe o suco antes de servir.

Os ingredientes são iogurte natural de sua preferência + ½ copo de morangos. Para o preparo, bata-os no liquidificador.


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ESPECIAL

Ressignificação DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM Com as aulas presenciais suspensas desde o mês de março, educadores, famílias e estudantes tiveram que se reinventar durante a pandemia do coronavírus

Dezessete de março de 2020. Uma data que marcou um

e de Alunos e o roteiro semanal de estudos, que contém o

novo período para toda a comunidade escolar do Colégio

planejamento semanal e as informações de todas as discipli-

Farroupilha. O tão conhecido movimento dos finais e dos

nas. Já no Google Sala de Aula de cada um dos componentes

inícios das manhãs e das tardes deu lugar ao silêncio. As

curriculares, são disponibilizados orientações, detalhamento

salas de aula e os corredores, tão acostumados ao vai e

de atividades e materiais necessários. As salas de aula vir-

vem dos estudantes e dos educadores, ficaram vazios. Uma

tuais são gerenciadas, acompanhadas e supervisionadas pe-

situação atípica em todo o mundo – uma pandemia – fez

los professores, que ficam disponíveis para o esclarecimen-

com que todas as situações fossem repensadas, entre elas,

to de dúvidas e para o auxílio durante o período regular da

a forma de ensinar e a de aprender.

aula, conforme a grade de horário das turmas. Os estudantes

Os abraços e as conversas com os colegas e os professores foram adiados e, em seu lugar, vieram as atividades on-line e os encontros virtuais. “Em tempo recorde, tivemos que nos adaptar a uma nova forma de fazer o Colégio. Sabemos da importância do presencial, mas tivemos que pensar em propostas que contemplassem a aproximação e o desenvolvimento de todos”, afirma a Coordenadora da Educação Infantil, Cleusa Beckel. Cada nível de ensino procurou diversas formas e propostas para levar o conteúdo do ano letivo para as

também têm à disposição videoaulas com explicações dos conteúdos e correções das atividades. “Mudou a rotina das famílias, dos estudantes e dos educadores. Estamos muito engajados, revendo os processos o tempo todo, a cada dia reinventando-nos e buscando soluções e alternativas. Organização e planejamento têm nos guiado. É um momento de diálogo e de transparência com as famílias, os estudantes e os educadores”, pondera a Coordenadora dos Anos Finais, Rafaella Perrone.

crianças e os estudantes. Na Educação Infantil, os pequenos

Na casa da família do José Crippa Jr. e da Daniela Cidade,

têm encontros on-line com as professoras e os colegas três

pais do João Pedro, do 2º ano E, e da Sofia, do 7º ano D, a

vezes por semana, com duração de 20 a 30 minutos, assim

rotina mudou bastante e de forma rápida: de repente, todos

como as aulas com os professores especializados. Para que

estão em casa o dia todo, compartilhando atividades que

todos possam ouvir, falar e interagir, as aulas acontecem em

antes eram cumpridas em outros locais, exigindo da par-

grupos de três crianças. Além disso, há o envio de vídeos

te deles mais paciência, flexibilidade e menos julgamentos.

semanais com atividades diversas. “Foi uma forma que en-

“Estamos aproveitando este tempo para conhecer como

contramos para fortalecer o vínculo com as crianças. É um

eles lidam com os novos aprendizados, com os desafios

momento de interação, escuta e trocas”, comenta Cleusa.

propostos e com a disciplina de estudo. É também um pe-

Os estudantes de 1º a 5º ano do Ensino Fundamental – Anos Iniciais também participam de aulas on-line, além de receberem blocos de atividades que contêm videoaulas, atividades de sistematização e correções, enviados semanalmente a todos. Os recursos utilizados pelos professores e estu­dantes são sistematizados no Google Sala de Aula e na plataforma UNOi. “Este momento nos deu a possibilidade de nos reinventarmos para gerar outras formas de conhecimento. É sair da sala de aula, de onde sabemos dar aula, e pensarmos em formas de fazer materiais a partir dos quais as crianças de seis a 10 anos possam ter autonomia, entender e fazer. Estamos em uma aprendizagem colaborativa: nunca trabalhamos tanto em equipe e nunca aprendemos tanto com o outro”, explica a Coordenadora dos Anos Iniciais, Letícia Bastos Nunes.

ríodo para refletirmos sobre como podemos contribuir com o aprendizado integral deles, o que cabe à escola, e com o que devemos nos responsabilizar enquanto pai e mãe. Este momento também nos faz reconhecer ainda mais o quão imprescindível é o papel do educador. As aulas on-line têm sido excelentes momentos para reencontros. Eles ficam felizes e motivados. Queremos preservar essa leveza, sem estresse”, destacou José, que é o responsável pelo acompanhamento dos filhos nos estudos domiciliares. A filha mais velha, Sofia, tenta manter a rotina das aulas presenciais. As aulas on-line têm ajudado a rever os amigos e os professores, além de ser um momento para tirar dúvidas do conteúdo. “Nesta quarentena, estou aprendendo a me organizar melhor. Sempre fui organizada, mas estou ficando melhor nisso. Um ponto positivo de que eu me dei conta é o traba-

As aulas on-line também acontecem com as turmas do En-

lho que todos os professores e educadores estão passando

sino Fundamental – Anos Finais e do Ensino Médio. Para as

para manter o nosso aprendizado. Isso é essencial”, disse.

atividades, os estudantes recebem, nas salas de aula virtuais e no roteiro de estudos, as datas e os horários dos encontros, que acontecem no Google Meet. Semanalmente, todos recebem, via aplicativo, o que foi postado no Portal dos Pais

Confira nas próximas páginas depoimentos de estudantes, famílias e educadores, além de iniciativas realizadas pelo Farroupilha neste momento.


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ESPECIAL

HELENA FISSEL FERRUGEM VELLOSO, ESTUDANTE DO 9º ANO E DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS

GIOVANA MARTINS, PROFESSORA DE ARTES DO ENSINO FUNDAMENTAL - ANOS FINAIS

“Um dos principais desafios para me adaptar a estudar em casa foi a gestão do tempo, mas, agora, toda semana, eu faço um calendário com as aulas on-line e as atividades, colocando em cada dia duas ou três tarefas para fazer além das aulas. Eu aprendi a organizar melhor o meu tempo e vi que, independente da distância, existem inovações que permitem que nós sejamos capazes de aprender o conteúdo, mesmo estando em casa.”

“A maior mudança quanto à preparação das aulas foi a busca imediata de alternativas tecnológicas que atendessem à demanda da disciplina, já que, em Artes, os conteúdos estão ligados a práticas, e o contato presencial faz muita diferença. Aprendi que nada supera o contato entre professor e estudante na sala de aula, mas aprendi, também, que existem inúmeros recursos tecnológicos que podem aprimorar esse processo de busca pela excelência. As aulas presenciais certamente serão enriquecidas pelos novos conhecimentos.”

GABRIEL THIESSEN, ESTUDANTE DA 2ª SÉRIE C DO ENSINO MÉDIO

LIZBETH VOLKER, PROFESSORA DE LÍNGUA PORTUGUESA DO ENSINO FUNDAMENTAL - ANOS FINAIS

“É visível que, neste tempo de ensino a distância, consegui achar novos métodos de aprender conteúdos de forma mais independente do contato com professores e orientadores, tornandome, de fato, mais apto para entender matérias de variadas formas, seja pela visualização de videoaulas, seja pela leitura de artigos que contenham o conteúdo desejado. Acho que grande parte das pessoas conseguiu evoluir, tornando-se mais autônoma e criativa, buscando meios de reinventar suas rotinas e seus hábitos.”

“Ministrar aulas on-line é desafiador, e as aulas ao vivo estão facilitando o ensino a distância, pois, por meio delas, posso provocar debates sobre os conteúdos e as leituras indicadas pela escola. O professor, além de mediador, deve ser sempre professor de si mesmo, ou seja, deve se ensinar diariamente. Isso ficou muito mais evidente no contexto atual.”

EDUARDO SCHUH DA TRINDADE, ESTUDANTE DO 9º ANO A DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS

SURIAN SEIDL, PROFESSORA DE LÍNGUA PORTUGUESA DO ENSINO FUNDAMENTAL - ANOS FINAIS

“Desenvolvi habilidades não antes exploradas, principalmente aquelas voltadas às novas responsabilidades impostas pela inédita modalidade de estudo, como melhor gerenciamento do tempo, buscando o meu melhor e minimizando perdas em relação às aulas presenciais. A busca do equilíbrio entre o tempo de lazer e o de estudo foi um grande desafio para mim, assim como amenizar a falta da convivência diária com professores e colegas.”

“Com a quarentena, precisei aprender a operar novas ferramentas tecnológicas, e as aulas on-line, neste momento, têm sido uma das formas mais legais de interagir e de poder amenizar a saudade que sinto dos estudantes. Vê-los através da tela, ouvi-los perguntar suas dúvidas e poder respondê-las deixa-me mais tranquila em relação à aprendizagem deles. Penso que todos nós – Colégio, estudantes e famílias – estamos fazendo um esforço muito grande para que as coisas deem certo. Este novo momento trará, sim, grandes ensinamentos sobre o meu papel como professora.”

NAILÊ CARDOSO MELO, ESTUDANTE DO 9º ANO B DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS

TIAGO PIRES, PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA DO ENSINO MÉDIO

“A minha forma de aprender mudou muito, agora tenho mais autonomia e sou mais proativa para fazer minhas atividades com antecedência e evitar acumulálas. Retiro deste momento alguns aprendizados, posso notar um sentimento de união agora dentro da minha turma, em que buscamos ajudar uns aos outros.”

“Quando fomos avisados que iríamos passar algumas semanas com aulas a distância, a minha primeira preocupação foi em como dar continuidade às aulas. Reinventar-se, estar em constante aprendizado e disposto a adaptações são condições necessárias, e este momento mostra-se uma prova incontestável disso. Estar disponível a esses novos desafios é uma consequência de estar disponível ao aprendizado. Como educador, se pretendo ensinar, tenho de, antes de tudo, aprender.”

LAURA FRIZZO WILGES, ESTUDANTE DO 7º ANO D DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS

LUCIANA JANTSCH, PROFESSORA DO NÍVEL 1 DA EDUCAÇÃO INFANTIL

“Alguns dias antes da quarentena, eu e minhas amigas nos perguntávamos como seria ficar trancado dentro de casa todos os dias, como na China ou na Itália. Na prática, a quarentena nem é tão ruim como eu pensava. Claro que, no início, demorou um pouco para eu me acostumar, principalmente com as atividades do Colégio, mas agora está tudo mais fácil! Na verdade, foi um bom momento para refletir. Refletir não somente sobre situações pessoais, como, também, coletivas, que envolvem o mundo todo.”

“Sempre fazemos planejamentos, mas, diariamente, replanejamos com as crianças, observamos o avanço de cada uma e damos encaminhamentos individuais de acordo com as suas necessidades. Essas interações estão acontecendo nos encontros on-line e estão sendo muito boas para que possamos interagir e estreitar as relações de afeto e amizade e para que as crianças pequenas vejam que estamos aqui, em casa como eles, assim como os colegas, esperando este período de cuidados passar, mas ligados uns aos outros.”


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ESPECIAL

PRISCILLA DE SOUZA PITTA, PROFESSORA DO 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS

RAFAEL LOUZADA, PROFESSOR DE MATEMÁTICA DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS

“Com certeza, estou vivendo, ou melhor, os professores estão vivendo um novo jeito de ensinar e aprender com as novas tecnologias. Creio que, de alguma forma, estamos trabalhando em rede. Sejam redes familiares, sejam redes educacionais, todas tornaram-se, ao mesmo tempo, redes tecnológicas. Creio que a educação não será mais a mesma após este período que estamos vivenciando, e o planejamento das aulas, de agora em diante, será muito mais dinâmico, tecnológico e diferenciado. Desse modo, estou vivendo, em minha rotina, uma profunda adaptação a um novo momento de aprendizagem, educação emocional e formação pessoal.”

“Tem sido um tempo de descobrir e de desenvolver novas habilidades, tenho aprendido e me divertido muito. Sinto muita falta da sala de aula, é um dos melhores lugares do mundo, na minha opinião. Estar com os estudantes, compartilhar, ter aquele feedback instantâneo deles, os corredores cheios… a escola é vida, transpira o conhecimento e a curiosidade. Para os estudantes, também tem sido um tempo de descobertas, eles são protagonistas do seu processo de aprendizagem, e as aulas ao vivo têm sido um momento de troca que nos proporciona novos olhares e aprendizados.”

MARLAINE BRANDI CORREA, PROFESSORA DO 4º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS

CHRISTIANE BANDARRA, PROFESSORA DO 2º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS

“Hoje, acredito que aprendi formas criativas de transmitir a aprendizagem e certamente voltarei para a sala de aula com um olhar diferente em relação ao meu método de ensinar. Penso que o maior aprendizado que podemos tirar deste momento é que não há como negar a importância da troca que se faz todos os dias entre professores e estudantes na sala de aula, que são momentos únicos e que, a partir de agora, certamente serão ainda mais valorizados.”

“É uma dinâmica muito diferente da que fazemos normalmente, por isso, a lógica na preparação das aulas precisa acompanhar este novo jeito de ensinar. As aulas on-line têm sido desafiadoras, há um mundo tecnológico que estamos desvendando e já colocando em prática nesses encontros virtuais. Os estudantes têm sido muito comprometidos na realização das tarefas e na participação das aulas on-line. Estamos aprendendo juntos neste período, aliando a tecnologia à nossa experiência.”

GIANE RAMOS, PROFESSORA DE MÚSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS “A aula virtual é diferente da presencial, claro. Na escola, temos o espaço, os materiais, o toque das mãos, o olhar expressivo, a voz, os sentidos aguçados e expressos voluntariamente. O recurso principal das aulas on-line é a voz, nosso primeiro instrumento musical. Vamos, aos poucos, descobrindo novas maneiras para fazer dos encontros virtuais momentos de criação, expressão, diversão e criatividade.”

DANIELLE WERTONGE, PROFESSORA DO NÍVEL 4 DA EDUCAÇÃO INFANTIL “Os encontros on-line ajudam a manter o vínculo entre as crianças e os professores, além de ter a possibilidade de levar um pouco da rotina escolar para dentro da casa de cada uma, por meio de ações planejadas e leves, promovendo interações e aprendizagens. Acredito que as lições aprendidas são muitas, mas o aprendizado mais importante de todos é valorizar a presença diária das pessoas com as quais temos a oportunidade de conviver.”

ELISABETE BRAGA, PROFESSORA DE MATEMÁTICA DO ENSINO MÉDIO “A minha rotina mudou bastante. Precisei me organizar para elaborar apresentações, gravar vídeos, editar e revisar todo esse processo para depois disponibilizar o conteúdo para os estudantes. Sinto falta dos estudantes, porque, às vezes, na interação presencial, percebemos no olhar que eles não estão entendendo. As aulas on-line são grandes recursos para superarmos essas dificuldades e fazem com que eu me aproxime mais dos estudantes e possa acompanhá-los de uma maneira melhor. Com certeza não sairei a mesma professora que entrou na quarentena. Sairei modificada e utilizando as potencialidades do Google for Education que aprendi para melhorar as minhas aulas on-line e presenciais. O professor tem a capacidade de se reinventar continuamente. Adaptamo-nos a essa nova realidade de forma imediata.” LEDI PIRES DE OLIVEIRA CHIOBATTO, PROFESSORA DO 1º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS “O retorno recebido das aulas on-line tem sido bem positivo por parte dos estudantes, que vibram quando nos veem, nos ouvem e interagem com os colegas. Sinto que eles estão motivados e comprometidos, e isso me estimula a produzir ainda mais. Outro ponto importante foi o de sair da zona de conforto e entrar em uma zona de desafios tecnológicos. Foi preciso reinventar, ressignificar a nossa prática pedagógica.”

CAROLINA FARIAS, PROFESSORA DO NÍVEL 5 DA EDUCAÇÃO INFANTIL

RAFAEL TRINDADE, PROFESSOR DE HISTÓRIA DO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS

“O contato nos encontros on-line é importante para mantermos o vínculo e a motivação das crianças em pesquisar e aprender. Uma das maiores lições aprendidas foi perceber que podemos nos reinventar e conseguimos realizar coisas que não imaginávamos. Acredito que, depois desta experiência, sairemos mais unidos enquanto equipe e na relação família e escola, pois aprendemos, todos juntos, uma nova forma de nos adaptarmos às diferentes situações.”

“O maior desafio é preparar uma boa aula sem ter o contato com o estudante, sem essa interação presencial, em que o professor vai sentindo as dúvidas, as certezas e as descobertas diante dos temas. Este momento será um legado para nossa atividade docente, que é a nossa capacidade de adaptação perante as necessidades. Trabalharemos de forma muito mais interativa, e teremos outras metodologias para serem utilizadas, além de novas ferramentas e técnicas para melhorar o processo de ensino e aprendizagem.”


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ESPECIAL

ALINE RULLIAN GERMANN WOLOSKI, PROFESSORA DE LÍNGUA PORTUGUESA DO ENSINO FUNDAMENTAL - ANOS FINAIS

“É a minha primeira experiência com aulas on-line. O que mais me faz falta como

professora é o contato com os estudantes (e a falta é do todo – ‘bom dia’, dúvidas, barulhos de idas e voltas do recreio, cumprimentos na troca de período, ‘até logo’ ou ‘até a próxima aula’). Apesar do momento delicado que vivemos, posso ver como positivas as novas aprendizagens que, com certeza, farão parte do meu trabalho – a tecnologia dispõe de ferramentas que diversificam as formas de passar os temas estudados, auxiliando na complementação e variação dos métodos. Além do aprendizado envolvendo novas metodologias, destaco o quanto a capacidade de doação tem sido importante, seja para auxiliar a resolver uma dúvida, seja apenas para escutar quem está ao nosso lado.” CARLA SCHWINGEL, PROFESSORA DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS “A Educação Física é uma disciplina essencialmente prática, então é um grande desafio termos que adaptá-la a um contexto de aula on-line, especialmente porque priorizamos a segurança dos estudantes. Temos que planejar a aula para que ela possa ser feita em qualquer espaço. Minha filha Manoella tem participado de todos os vídeos comigo para explicar para as crianças as atividades, e meu filho João me ajuda a filmar as aulas. Tem sido bem legal, uma experiência bem bacana.”

ADRIANA DE MEDEIROS FARIAS BINOTTO, MÃE DA ANA CLARA FARIAS KLOCK PEREIRA, DO NÍVEL 5F DA EDUCAÇÃO INFANTIL “Neste momento, vou fazer o melhor que eu posso junto ao que a escola está me propondo, para que a Ana Clara possa se manter envolvida e motivada. São tantas atividades simples que o Colégio vem propondo, mas que trazem uma oportunidade única e rica de vivenciar tal experiência com a família, tantos aprendizados e descobertas incríveis. A escola tem-se mostrado disponível em dar apoio aos pais, o conteúdo é trazido de forma organizada e objetiva. O Colégio está preocupado em oferecer o melhor possível, de forma criativa e com afetividade. Estamos todos em transição: filhos, pais e professores.” NATACHA TONIAZZI UCHÔA, MÃE DA HELENA TONIAZZI UCHÔA, DO 9º ANO B “A Helena está muito bem adaptada à rotina da escola, desde o início gostamos que o Colégio a manteve ocupada, porque, com essas atividades, ela interage com as colegas, e isso as integra mais. Ela sempre foi bem organizada, sempre quis fazer as coisas dentro do prazo, para, no final de semana, não ter tema. Eu não acho que ela esteja estudando menos porque não está indo para o Colégio, até acho que, em algumas semanas, ela teve mais atividades do que se estivesse em aula.” CAMILA WAIT HAUCK, MÃE DA NINA WAIT HAUCK, DO NÍVEL 1A “Toda a adaptação é um pouco complexa, mas o mais importante é que não queríamos que a Nina perdesse o ritmo da escola, porque ela já tinha o horário para tomar o café, acordar e fazer as atividades, então fizemos questão de manter. E foi legal que rapidamente a escola foi mandando materiais, e nos organizamos para fazer as atividades. Um desafio no início foi a saudade; ela acordava e perguntava pela professora, pegava a mochila e queria ir para a escola. Nesses momentos, temos que nos unir ainda mais e ter a tranquilidade para entender que esta é uma situação temporária. Vamos nos adaptando, um dia de cada vez.”

SABRINA ANDREOLI HEXSEL HOFFMEISTER, MÃE DO PEDRO HEXSEL HOFFMEISTER, DO 3º ANO B, E DO MATHEUS HEXSEL HOFFMEISTER, DO 7º ANO A “Meus filhos sempre se organizam de segunda a sexta-feira: acordam cedo e fazem a logística como se eles estivessem em sala de aula. Quando eles estão com sono, falamos que esse momento não são férias, mas, sim, uma forma diferente de estudar. Eu digo para eles: isso aqui é questão de prova, quando as aulas presenciais voltarem, vocês terão avaliação, precisam saber, devem prestar atenção. Quando você está fazendo uma tarefa, ela não tem que ser feita no piloto automático, você tem que aprendê-la. Os professores respondem rapidamente às dúvidas, as ferramentas estão no caminho certo. O Colégio sempre teve uma postura muito adequada em relação à tomada de decisões, tudo é novo para todos, não podemos exigir nem do Colégio nem de nós. Nunca vivemos isso.”

AGNES FRANÇOISE STRAGGIOTTI SILVA, MÃE DA GABRIELA STRAGGIOTTI GRECO, DA 1ª SÉRIE B DO ENSINO MÉDIO “A Gabriela se instalou em um espaço de estudo, onde ela pôde se organizar melhor, deixando disponíveis o computador e os livros. No início, ela se sentiu ansiosa com a quantidade de atividades que surgiram, mas a escola teve um papel ímpar na receptividade, pois é um grande desafio para a escola se reinventar diante do contato digital. O início aconteceu de forma abrupta, com muitas atividades, mas o Colégio se reinventou e fez propostas que foram muito mais acolhedoras, com o contato direto com os professores, com a possibilidade de conversas. A Gabriela está o tempo todo envolvida, portanto, eu considero que o aproveitamento do ano letivo está contemplado com esse fato. Ela sente falta dos colegas, e isso é o maior desafio: superar a vontade de estar próximo, é preciso trabalhar a resiliência.”

IVELI ROSSET DE ALMEIDA, MÃE DA MARTINA ROSSET DE ALMEIDA, DO 3º ANO H, E DO MIGUEL ROSSET DE ALMEIDA, DO 6º ANO A “Com a Martina, estamos construindo esse aprendizado conforme cada semana vai passando. Ela está bem, quer caprichar muito na letra, porque depois a professora vai pegar o caderno. Temos o hábito de ajudá-la na correção dos temas e orientamos, pois ela está em processo de alfabetização. O Miguel tem mais conteúdo e, desde o início, ele usa o Google Classroom, e isso ajuda bastante, porque ele gosta de tecnologia. Ele aprende fácil, mas acompanhamos também. O pai [Jefferson Souza de Almeida] acabou assumindo bastante esse papel de professor, ajudando a ler, interpretar, dar exemplos. Ficamos bem contentes com a competência e a qualidade dos professores. Comparamos muito com a nossa época, como é diferente. Gostamos de assistir às aulas, porque ficamos felizes que eles conseguem trazer uma aula leve, descontraída, que atrai, que mantém o estudante atento, muito explicativa.”

ANA LUCIA OLIVEIRA DA MOTTA, MÃE DO FILIPE MOTTA CLAMER DOS SANTOS, DO 8º ANO D, E DO LUCAS MOTTA CLAMER DOS SANTOS, DA 2ª SÉRIE D “Assim como muitas famílias, o Colégio Farroupilha entendeu que o seu papel diante desta nova realidade era de suspender as aulas. No início, os estudantes puderam até pensar em ‘férias’, mas a nova rotina se impôs e aos poucos os estudantes e a escola foram se adaptando e aprimorando técnicas digitais para, no meio desta pandemia, darem seguimento aos estudos. Acredito que encontrar o equilíbrio é o foco principal. O ano letivo em 2020 não seguirá o padrão curricular. Todavia, não será também improdutivo. As famílias encontrarão uma maneira de priorizar, não o conteúdo didático, mas os valores como afeto, respeito, cooperação, gratidão e convívio leve e pleno entre aqueles que se pertencem.”


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DESTAQUE

FERNANDA TONDOLO MARQUES, MÃE DO LUCAS MARTINS TOMASETTO, DO NÍVEL 5B, E DA LAURA MARTINS TOMASETTO, DO 3º ANO A “Tivemos, em um primeiro momento, uma readaptação, tentando manter os horários – meus filhos estudam pela manhã – e garantimos que as atividades ocorressem nesse turno. E reservamos a tarde para atividades de lazer e de leitura. Foi necessário muito diálogo para mostrar a importância de continuar fazendo as atividades, que todos estão em casa, inclusive a professora. O lado bom desta parada da vida foi a possibilidade de estar mais próximo dos filhos, acompanhar, ressignificar o tempo e o dia a dia com eles e, ao mesmo tempo, valorizar as pessoas que fazem parte do nosso entorno e da nossa rede de apoio, e eu acho que a escola é muito importante nessa rede, porque ela promove, além do aprendizado formal, essa socialização.”

COMPARTILHANDO EXPERIÊNCIAS PELO MUNDO Durante algumas aulas de Língua Inglesa e Alemã, as turmas puderam ouvir estudantes de outros países falarem sobre a experiência da quarentena. Os estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental – Anos Finais das unidades Correia Lima e Três Figueiras assistiram aos irmãos Clara e Finn, que estudam na Scoil Naithí, em Dublin, na Irlanda. Eles falaram sobre como a rotina deles foi alterada e como a escola tem-se organizado com as aulas. Já os estudantes das 1ª e 2ª séries do Ensino Médio com nível FCE receberam o vídeo da estudante Isabella Nunes, que cursa o 7º ano na Puget Sound Community School, em Seattle, nos Estados Unidos. Ela relatou a sua rotina e as apreensões que sente com relação a este momento. Após assistirem aos vídeos, todos os estudantes produziram podcasts para responderem aos colegas estrangeiros. “Os estudantes tiveram algumas habilidades trabalhadas, pois exercitaram o ouvir e o falar”,

DÉBORAH MADRUGA COSTA LUNARDI, MÃE DO JOÃO OTÁVIO COSTA LUNARDI, DO 5º ANO F, E DA MARIA ANGÉLICA COSTA LUNARDI, DO 7º ANO E

afirma a professora do 6º ano Cristina Fontanella. “O debate gerou muita empa-

“Em condições normais, como regra, produzimos fora de casa. Estudamos nas escolas e universidades; trabalhamos em escritórios, gabinetes, consultórios etc. Nesse contexto, como regra – reitero, a casa se apresenta como um refúgio: o local em que nos desconectamos das responsabilidades imbricadas com aquelas atividades. Neste inusitado contexto, as atividades produtivas de seus integrantes passaram a ser executadas nas respectivas casas, concorrendo com aquelas que, tradicionalmente, lá já eram efetuadas. Aqui reside o primeiro desafio: ter concentração e disciplina. Parece algo simples, mas não é. É preciso muita disciplina para isto: todos têm de aprender uma nova forma de convivência que viabilize a compatibilização de todos os interesses e responsabilidades de cada um.”

dos nossos estudantes e dos estudos domiciliares”, completa a professora do

RESUMOS ON-LINE EM TEMPOS DE QUARENTENA Desde o 7º ano, a estudante Bruna Paim Zanini, da 3ª série B do Ensino Médio, tem o costume de elaborar resumos para estudar. No 9º

tia e reflexão, além de ter sido uma ideia rica e apropriada para uma adaptação Ensino Médio, Joelma Borsoi.

CONVERSAS VIRTUAIS COM A DIRETORA PEDAGÓGICA Os estudantes do Grêmio Estudantil Farroupilha (GEF) e os representantes de turma do Ensino Fundamental – Anos Finais e do Ensino Médio participaram de encon-

Também no Ensino Médio, os estudantes da 2ª série conversaram com Lisa

tros virtuais do Fala Farroups com a Dire-

Jacobi, Lucas e Leonie Büchert, Magda Warner e Pia Wachs, estudantes da Eco-

tora Pedagógica, Marícia Ferri, e com ou-

lea, de Rostock, na Alemanha, e com Heidi Franck e Heike Kittle, professoras da

tros educadores. “Penso que, mais do que

Ecolea, sobre quais os desafios de estudar em casa, os aspectos positivos da

nunca, é importante buscarmos recursos

vida em quarentena, quais atividades são solicitadas pela escola e como elas

para estarmos perto das pessoas. E, no

são avaliadas, entre outras questões. “O domínio de uma língua estrangeira

caso dos estudantes, procurarmos enten-

une diferentes países e, dessa forma, os estudantes conseguiram aplicar o que

der quais são os aspectos que estão fun-

aprendemos em aula na parte da oralidade. Foi um exemplo do uso da língua

cionando nos estudos domiciliares e como

com falantes nativos, que os entenderam com naturalidade”, conta a professora

ajudá-los nesse processo”, explica Marícia.

de Língua Alemã Luciane Genehr.

A proposta do Fala Farroups é ouvir as percepções dos estudantes sobre os dife-

ENCONTROS ON-LINE COM OS PROFESSORES CONSELHEIROS

rentes aspectos do cotidiano escolar. Nos encontros, eles também fazem solicitações, que são avaliadas pelas direções do

ano, porém, ela resolveu aprimorar a técnica e deixou de lado a ‘forma

Além das aulas virtuais, as turmas do Ensino Fundamental – Anos Finais parti-

tradicional’ dos resumos – texto com canetas de cores diferentes – e

cipam de encontros semanais com os professores conselheiros e as psicólogas

passou a fazê-los mais coloridos, com mapas conceituais, tabelas e

escolares para dar suporte e auxílio aos estudantes. “A pauta segue a ideia de

desenhos, e sempre dividia com os colegas que pediam. Bruna conta

saber como estão se sentindo, como estão se organizando, pontos favoráveis a

que, assim que se formasse no Colégio, ela divulgaria para outros es-

melhorar nas aulas e atividades escolares. Também conversamos sobre os me-

tudantes os resumos, mas com a suspensão das aulas presenciais,

dos, os receios, os desafios e as preocupações nos âmbitos social e emocional”,

ela percebeu que poderia colocar a ideia em prática e ir mais além.

avalia a psicóloga Greicy Boness de Araújo.

Bruna, então, conseguiu com uma professora de inglês o contato de

O professor conselheiro do 7º ano D da unidade Três Figueiras e do 7º ano B da

dos planos para a continuidade do ano

duas professoras de escolas públicas, criou uma sala de aula virtual

unidade Correia Lima, Rodrigo Bitelo Woloski, acredita que, em tempos de estu-

letivo, o que nos tranquilizou bastante.

no Google Classroom, chamada Resumindo, e digitalizou todos os seus

dos domiciliares, os encontros são mais necessários. “Perto ou longe, na aula

Sou muito grata por ter esse espaço de

resumos. “Neste momento, vi o quão importante é estar organizada.

presencial ou virtual, não importa, o conselheiro com seu carinho e sua dedi-

contato direto com a direção do Colégio”,

Estou tentando perceber o quanto é necessário esse equilíbrio entre

cação e sua turma com o espírito de pertencimento a um time estarão sempre

relata a estudante da 3ª série A, do En-

fazer as atividades do Colégio e participar de uma videochamada com

conectados na busca de uma educação de excelência e no compartilhamento

sino Médio, e presidente do GEF, Camila

os amigos, ou assistir a um filme com a família”, revela.

de emoções”, frisa.

Milman.

Colégio e da ABE 1858. “Em uma escola tão grande quanto a nossa, momentos como o Fala Farroups são muito importantes para representar nossos colegas, passar feedback e tirar dúvidas. Apesar de ser diferente do usual ‘cara a cara’, conseguimos relatar dificuldades e ouvir um pouco


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O LIVRO DA MINHA VIDA

MINHA VIDA, UM LIVRO ABERTO Confira o bate-papo com duas pessoas da comunidade escolar sobre a relação com o mundo da leitura e da imaginação*

ALICE RIGONI JACQUES, EDUCADORA RESPONSÁVEL PELO MEMORIAL DO COLÉGIO FARROUPILHA. Como você descobriu os livros? Desde pequena fui incentivada a ler. Tínhamos em casa muitos livros de contos, de literatura brasileira e estrangeira, revistas e enciclopédias. Então os livros sempre me acompanharam desde a minha infância até os dias de hoje.

FERNANDA DE AMORIM GOLEMBIEWSKI, AUXILIAR DE ENSINO DO LABORATÓRIO DE HISTÓRIA

O primeiro livro - qual foi e quem leu pra você? O primeiro livro foi uma obra infantil. Não lembro o título, mas lembro do formato, dos personagens e da história com muita lucidez. Meus irmãos, que

Como você descobriu os livros?

também gostavam de livros, liam as histórias para mim. Depois, quando já es-

Descobri os livros na minha casa, a partir da companhia e do

tava alfabetizada, eu mesma lia as histórias e escolhia os livros que queria ler.

incentivo dos meus pais.

Qual foi o primeiro livro que você leu sozinha?

histórias que abordam o lado humano, sob uma

Quando pequena, lia muitos livros infantis, mas lembro, já na adolescência,

perspectiva universal.

de um livro que me marcou muito, O Lobo da Estepe, de Hermann Hesse.

Qual a importância dos livros hoje na sua

A descoberta dos livros marcou sua vida?

vida?

citar duas: um livro chamado Otis, que conta a história de um

Com certeza. Foi o acesso que sempre tive aos livros que me motivou a

Penso que cada história me complementa como

elefantinho; e a coleção Leia e toque, composta por quatro

gostar de ler. O fato de ser uma educadora provavelmente tenha relação

livros de histórias infantis, que emitiam sons.

com o contato e o incentivo que sempre tive com a leitura. Esses objetos de

Qual foi o primeiro livro que você leu sozinha?

conhecimento tornaram-me uma profissional da educação, apaixonada pela

O primeiro livro - qual foi e quem leu pra você? Não sei precisar qual foi o meu primeiro livro, mas tenho lembranças de algumas obras que me acompanharam desde muito pequena e que eram lidas pelos meus pais. Vou

Acredito que tenha sido o Alfabeto dos Pingos, quando eu estava aprendendo a ler, no colégio. A descoberta dos livros marcou sua vida? Sim. Ainda hoje, guardo com carinho os livros que me acompanharam na infância e que fizeram parte dessa descoberta, a qual é capaz de promover inúmeras conexões e aprendizagens em nossa vida.

Qual a importância dos livros hoje na sua vida? Os livros são indispensáveis na minha vida. Acompanham-me nos momentos de lazer e, sobretudo, na minha atuação profissional. Como educadora e professora de História, a leitura é um dos pilares da mi-

dos anos. Não são obras feministas, mas são

ser humano. Fizemos descobertas, nos transportamos para as histórias. Bons livros nos trazem conhecimentos e saberes. Através da leitu-

pesquisa e pelas histórias que eles nos oportunizam.

ra, podemos conhecer detalhes surpreendentes

Quais os primeiros três escritores que vêm a sua mente quando você

livros pode nos ajudar a desenvolver nossos ar-

pensa em leitura e literatura?

do mundo ao nosso redor. O hábito da leitura de gumentos, o vocabulário, o uso do idioma, entre

A primeira escritora é Cecília Meireles, pois me lembro de vários poemas

outros recursos tão importantes para o desen-

lidos durante minha adolescência. O segundo escritor que eu destaco é Ma-

volvimento de uma redação aceitável.

chado de Assis. Suas obras Memórias Póstumas de Brás Cubas e Quincas

Você tem sempre um livro aberto em sua

Borba foram referências para a literatura brasileira. E o terceiro é John Boyne, escritor irlandês que escreveu O Menino do Pijama Listrado.

vida?

Quais os primeiros três escritores que vêm a sua men-

nha formação e do meu trabalho cotidiano.

te quando você pensa em leitura e literatura?

Você tem sempre um livro aberto em

Qual é, hoje, sua obra preferida?

Érico Veríssimo, Chimamanda Adichie e Machado de Assis.

sua vida?

Atualmente, são as que tratam da coragem das mulheres durante as gran-

do. Também tenho um aplicativo que se chama

Qual é, hoje, sua obra preferida?

Sempre, para me possibilitar refletir sobre

des guerras mundiais. Nesse sentido, cito o livro A Rede de Alice, de Kate

Cabeceira. Nesse aplicativo, consigo inserir os

Minha leitura preferida, atualmente, é o romance Satolep, do

o mundo, me proporcionar novas aprendi-

Quinn, que trata de duas mulheres que se unem para desvendar um mistério

livros que estou lendo, os que quero ler, os que

escritor e compositor pelotense Vitor Ramil.

zagens e me fazer ótima companhia.

ocorrido na 1ª Guerra Mundial. E o outro é Herdeiras do Mar, de Mary Lynn

já foram lidos e os que por alguma razão pa-

Bracht, que aborda a história em detalhes sobre a coragem das mulheres

rei de ler. Também posso programar o número

coreanas durante a 2ª Guerra Mundial.

de páginas que me proponho a ler a cada dia.

Por que você indicaria essa obra para outro leitor?

Sim, sempre estou lendo. Quando termino um livro, já tenho dois ou três na lista me esperan-

Porque ela narra um lindo percurso de reflexões e descober-

* A iniciativa conta com a parceria da professora

tas da personagem principal, que, ao completar trinta anos,

de Língua Portuguesa do Ensino Médio, Ludmilla

Por que você indicaria essas obras para outro leitor?

retorna a sua cidade natal para reencontrar-se consigo e

Mazzini, da orientadora pedagógica do Ensino

com a sua história.

Médio, Sharlene Marins Costa, e da bibliotecária

Indicaria essas duas obras porque falam do universo feminino, do quanto as

e o próximo será A Livraria Mágica de Paris, de

mulheres foram esquecidas e não receberam a devida relevância ao longo

Nina George.

do Colégio, Maricélia Cezar.

Atualmente, estou terminando de ler As Sete Mortes de Evelyn Hardcastle, de Stuart Turton,


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MEMÓRIA FARROUPILHA

recordações UM ESPAÇO DE MUITAS

DO FARROUPILHA

UM NOVO MEMORIAL Em 2002, o Memorial ocupava uma sala na entrada do Colégio. Nove anos depois, em 2011, com a ampliação do acervo e de suas funções, mais duas salas foram destinadas ao espaço, que foi reorganizado com uma divisão entre reserva técnica e espaço de exposição. É dessa época que surge a exposição de uma pequena sala de aula do primeiro ano do curso primário dos anos 1950. Foi em 2013, contudo, que o Memorial passou a ocupar novas instalações, especialmente projetadas para dar mais visibilidade às funções museológicas, educacionais e de pesquisa. Com 90 m², o Memorial está dividido em três ambientes por painéis que trazem os nomes dos estudantes formandos desde 1920: um espaço de trabalho, para a coordenação e os pesquisadores, com computadores, scanner e um armário contendo parte do acervo documental; o outro ambiente com a réplica da sala de aula do primeiro ano do curso primário dos anos 1950; e um espaço para o atendimento aos estudantes em oficinas e outras atividades. Além dos documentos, o local guarda uniformes e outros materiais da cultura escolar de diferentes épocas.

quisas e análises, o grupo publicou dois livros: Do Deutscher Hilfsverein ao Colégio Farroupilha: Memórias e histórias (1858 – 2008), em 2013, e o segundo volume, em 2015, que reúne

ESPAÇO DE MUITAS APRENDIZAGENS O Memorial é uma “parada obrigatória” aos educadores que começam a trabalhar no Colégio Farroupilha, às novas famílias que matriculam os seus filhos na instituição, e aos ex-alunos que, nos encontros anuais, visitam o Memorial e que, posteriormente, podem doar materiais e deixar registrados depoimentos do seu tempo de estudante. Já as crianças e os estudantes de todos os níveis

Desde 2002, o Memorial Deutscher Hilfsverein preserva e divulga a história do Colégio e de sua mantenedora, a Associação Beneficente e Educacional de 1858 (ABE 1858) Grande parte de toda a história do Colégio Farroupilha está

ção “Memorial”, uma vez que ele entendia que o espaço seria

localizada em um espaço envidraçado no 1º andar do Prédio

um “lugar de memória”.

B da instituição. Criado em 5 de junho de 2002, o Memorial Deutscher Hilfsverein recebe visitas de estudantes de universidades e famílias, além de ser um local de desenvolvimento de atividades pedagógicas, de pesquisa e de exposições. A sua criação decorreu-se da necessidade de preservar e divulgar a história da mantenedora do Colégio, a Associação Beneficente e Educacional de 1858 (ABE 1858), e da Knabenschule des Deutschen Hilfsvereins, escola para meninos. O Colégio sempre se mostrou preocupado em preservar a história da instituição e mantinha parte do patrimônio histórico escolar em salas chamadas de “arquivos mortos”. Tal fato foi fundamental para a criação do Memorial. O seu nome - Deutscher Hilfsverein – deriva do nome original da ABE 1858 em alemão (Sociedade Beneficente Alemã). Jorge Guilherme Bertschinger, presidente da mantenedora à época, escolheu a denomina-

Para começar a pensar no Memorial, inicialmente, foram coletadas informações com os museus escolares já existentes, o do Colégio Americano, em Porto Alegre, e o do Colégio Sinodal, em São Leopoldo. Após recolher os materiais e tombar o arquivo inativo, todos os documentos, objetos e materiais escolares foram separados, higienizados e restaurados e, posteriormente, catalogados, registrados e arquivados. Formado o acervo, o Colégio realizou a inscrição no Sistema Estadual de Museus (SEM/RS) e no Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM). A organização inicial do acervo adotou um sistema de registro de letras e números em cadernos e pastas com as fichas de doação e de tombamento. Atualmente, o processo de catalogação do acervo está sendo realizado com o mesmo sistema on-line utilizado pela Biblioteca do Farroupilha.

de ensino participam de oficinas e aulas temáticas no Memorial.

uma série de estudos sobre a história do Colégio. Muito do que se conhece e tem-se hoje no Memorial é resultado do trabalho da educadora Alice Rigoni Jacques. “Considero o Memorial do Colégio Farroupilha um lugar privilegiado de ensino, de pesquisa e de coleção. Ele é importante para a insti-

Entre os anos de 2008 e 2018, o Memorial esteve inserido no grupo de pesquisa

tuição, pois é um dos alicerces que dá

do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), “En-

sentido à vida. Preservar a memória

tre Memórias e Histórias da escola do Rio Grande do Sul: Do Deutscher Hilfsve-

institucional é manter o Colégio vivo e

rein ao Colégio Farroupilha (1858-2008)”, que integrou professores, graduandos,

uma forma de fortalecer suas bases e

mestrandos e doutorandos de diferentes universidades gaúchas. Além de pes-

suas diretrizes”, destaca.


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SOU FARROUPILHA

FAZEMOS PARTE DO COLÉGIO FARROUPILHA! Leia, abaixo, o bate-papo com uma família, um estudante, um educador e um ex-aluno da instituição. Para participar, envie um e-mail para comunicacao@colegiofarroupilha.com.br com as respostas das perguntas e uma ou mais fotos.

SOU ESTUDANTE FARROUPILHA SOU FAMÍLIA FARROUPILHA

Meu nome é Paula Nunes Paglioli. Sou estudante da 3ª série A do Ensino Médio.

Nossos nomes são Albano Mayer e Márcia Kuck.

Estudo no Farroupilha desde 2007.

Somos pais da Manuela Kuck Mayer, estudante do 6º ano E do Ensino Fundamental – Anos Finais.

O(s) meu(s) professor(es) preferido(s) é(são): todos os

Escolhemos o Colégio Farroupilha porque, quando a Manuela saiu do maternal, nós fomos buscar

mação. Cada um, do seu jeito, acrescentou algo que foi fun-

em Porto Alegre um colégio que tivesse valores que combinassem com os nossos, como o comprometimento com o estudo, o desenvolvimento pessoal, a busca pelas oportunidades e esses princípios identificamos no Colégio Farroupilha, como um potencial no desenvolvimento da nossa filha. O que mais gostamos na escola é da disciplina, do processo de formação integral, da convivência com as pessoas no ambiente escolar. Nós nos sentimos parte da escola a ponto de não acharmos que somos apenas um número, e sim alguém conhecido, que é valorizado pelos funcionários, pelos colaboradores, pelos professores. As pessoas sabem quem somos dentro do ambiente escolar, e isso, para nós, é bastante importante na formação da nossa filha. Outro fator importante da escola, que se destaca no nosso ponto de vista, é a capacitação da equipe funcional. O tempo todo, o Colégio está preocupado com a formação profissional e o desenvolvimento dos estudantes. A escola conhece, estuda e aplica, principalmente, as principais práticas de estudos que nós podemos identificar.

meus professores foram muito importantes na minha fordamental para o meu crescimento. Sou extremamente grata a todos. Talvez seja injusto mencionar apenas um. Tenho certeza de que muitos ficarão eternos dentro de mim. O que eu mais gosto do Farroupilha são dos encontros tão especiais e das trocas que o Colégio me proporcionou durante toda a minha jornada. Um ambiente seguro, que me estimulou um aprendizado maravilhoso. Aqui, encontrei direção, coordenação, professores, colegas e funcionários, enfim, pessoas muito especiais que me marcaram e que vou levar para sempre com gratidão e muito afeto no meu coração. Fiz amizades para a vida toda! Saudade que já começa a florescer.

Se você tem interesse em participar, envie um e-mail para comunicacao@colegiofarroupilha.com.br.

Paula com com o ex-aluno, escritor e ilustrador Carlos Augusto Pessoa de Brum, o Cadu


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SOU FARROUPILHA

SOU EX-ALUNO FARROUPILHA Meu nome é Ana Paula Pereira. Estudei no Farroupilha entre a metade de 2015 – ingressei na 1ª série do Ensino Médio – e me formei em dezembro de 2017. A minha melhor lembrança do Colégio são as que tenho com a turma C. É difícil resumir a minha experiência no Farroupilha em uma lembrança só. Porém, devo todas as minhas lembranças boas à minha turma. Fui acolhida pelos meus colegas no Farroupilha em 2015 e guardo a maioria das minhas amizades até hoje, mesmo morando longe. Uma educadora marcante foi a professora Gabriela Donadel. Ela alimentava o meu gosto por escrita nas aulas de redação, sempre trazendo temas interessantes para a sala de aula. Ela me motivou muito a seguir meu sonho de ser jornalista. Atualmente, estou fazendo uma dupla graduação na Universidade de Toronto em Administração e Literatura. Moro em Toronto.

SOU EDUCADOR FARROUPILHA Meu nome é João Batista Barreto. No Colégio Farroupilha, sou recepcionista. Minha função é a que eu mais amo. Trabalho no Farroupilha há 21 anos. O que mais gosto no Farroupilha é do atendimento aos estudantes, aos pais e aos educadores.


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O Clarim

DESTAQUE

Porto Alegre, junho de 2020 - Edição nº 9

Recado do GEF TRABALHO É PREMIADO NACIONALMENTE Grupo de estudantes da 3ª série do Ensino Médio conquistou o 4º lugar, na categoria Ciências Exatas e da Terra, na 18ª FEBRACE

Fabiana Luft Bavaresco, Fernanda Luft

e amarelado, está tudo certo com a

Bavaresco e Maria Eduarda Baroni da

bebida. Sob orientação da professora

Rosa, estudantes da 3ª série do Ensino

Alessandra Faedrich Martins Rosa, as

Médio do Colégio, foram premiadas, com

três trabalharam durante dois anos

medalhas e certificados digitais, em 4º

até chegar ao novo método para de-

lugar, na categoria Ciências Exatas e da

tectar a fraude. “Foi muito gratificante

Terra, na 18ª edição da Feira Brasileira

receber o prêmio. Toda a vez em que

de Ciências e Engenharia (FEBRACE),

as nossas pastilhas são reconhecidas

realizada virtualmente no mês de abril,

em mostras como essa, sentimos que

em função da pandemia do coronaví-

o público quer, de fato, ter acesso a

rus. Ao todo, o evento contou com 345

um método que garanta a sua segu-

projetos finalistas, desenvolvidos por

rança alimentar. Acabamos impactan-

761 estudantes de 27 unidades da Fe-

do várias pessoas ao longo desses

deração. “Acredito que a escola, a partir

anos de pesquisa”, afirma Fabiana. “A

da pesquisa, pode e deve incentivar a

nossa participação na 18ª FEBRACE é

curiosidade dos estudantes que serão

motivo de muito orgulho, e a conquista

os protagonistas do futuro, promoven-

do 4º lugar representa uma realização

do o capital científico”, declara a Direto-

institucional e profissional. Fazemos

ra Pedagógica do Colégio, Marícia Ferri.

parte de uma instituição que estimula

As estudantes desenvolveram uma pastilha efervescente, de baixo custo, capaz de identificar uma fraude comum em um dos produtos mais frequentes na mesa dos brasileiros:

Fala, galera! Que loucura este momento que estamos vivenciando, né? A nossa normalidade foi por água abaixo, e estamos tentando nos adaptar o máximo possível a este novo modo de viver. Por isso mesmo, esta edição de O C larim vai ser um pouco diferente. O GEF está bem pensativo neste período, então, ao invés das entrevistas e dos perfis usuais, nós criamos uma reflexão para mostrar um pouco do que estamos sentindo e talvez ajudar vocês! Sabemos que tudo que está fora da zona de conforto é um desafio, e, agora, mais do que nunca, temos o desafio de não apenas cuidar dos outros, mas também de nós mesmos. Cuidem-se! Nós vamos passar por isso juntos, firmes e fortes! Um abração do GEF!

e orienta os seus estudantes a serem pesquisadores nas diferentes áreas do conhecimento, com projetos criativos e inovadores”, complementa a professora Alessandra.

o uso do amido para mascarar a adi-

Além do prêmio na 18ª FEBRACE, as es-

ção de água no leite. Basta colocar a

tudantes também já foram destaque no

pastilha no produto. Se a coloração

Salão UFRGS Jovem, em 2018 e 2019, e

mudar para azul ou roxo, significa que

conquistaram o 3º lugar na área de Bio-

está adulterado. Se ficar entre branco

química da MOSTRATEC 2019.

*Publicação feita pelos estudantes do Grêmio Estudantil Farroupilha.


Longe dos outros, perto de si mesmo Com os recentes acontecimentos envolvendo a pandemia de coronavírus, não é errado se sentir desamparado e estressado com a falta de controle sobre toda a situação global à nossa volta. De maneira única, esta crise tomou todos de surpresa, crianças ou adultos, e foi capaz de mudar completamente a maneira como víamos nossa própria vida em poucas semanas. Assim, nos separamos de nossos amigos, familiares, professores e de todas as outras pessoas importantes para nós. Esse é um desafio que pode parecer grande demais para ser combatido, principalmente naqueles momentos em que a saudade aperta nosso coração e o tempo parece não passar.

No entanto, diante deste cenário, é impossível não realizar algumas reflexões sobre o mundo em que estávamos vivendo há meras semanas. Mesmo que muitos de nós só tenhamos percebido agora o quanto era bom viver em um cotidiano com mais liberdade, este espaço de isolamento social é diferente de qualquer outro, onde a vida nos dá a chance de reavaliar e realmente compreender a grandiosidade de cada ocasião ao lado das pessoas que são importantes para nós, e de qual forma a ausência desses indivíduos nos afeta. Além disso, mais do que uma situação de isolamento, em que podemos sentir como se estivéssemos em uma ilha, exilados de nossas rotinas e de nossos

planos, é essencial que voltemos nossa atenção não apenas para as pressões do dia a dia, mas também para aquele que nos acompanha durante toda esta quarentena, e além do fim dela: nós mesmos. Não só é um tempo de voltar a ter contato com essa pessoa tão querida, que muitas vezes acaba por não receber nossa prioridade, tendo seus desejos e sonhos muito frequentemente deixados de lado em função da urgência inevitável de uma rotina corrida, mas também um momento perfeito para buscar desenvolver a si mesmo, entender o que realmente faz cada um ser feliz, de encontrar novos hob b ies, novas paixões, novos eus.

PROGRAMA

2020 Você se lembra dos anos vividos no Colégio Farroupilha? Faça parte do programa Alumni!

#EXPEDIENTE: quem fez o jornal e dicas de livros e séries para a quarentena.

O que é o Alumni Farroupilha? É um Programa de Relacionamento que tem como principal objetivo aproximar Carolina Fragomeni O Homem de Giz

Camila Milman Úrsula

Daphine Possebon The Letter to the King

Fabrício Pfitscher Brooklyn Nine-Nine

Luiza Dotti O doador de memórias

Natália Ferrão Gossip Girl

ex-alunos do Colégio Farroupilha. Reúne ações, atividades e eventos voltados para esse público, como reencontros de formandos, visitas e utilização de espaços do Colégio e acesso a eventos promovidos pela instituição. A participação no programa Alumni Farroupilha é gratuita.

bernardo Frota How I met your mother

Gustavo Sperb Whiplash

Luisa Leão The Crown

Martina Teichmann Locke & Key

Sobre O Clarim O Clarim é uma publicação dirigida aos estudantes do Colégio Farroupilha, de Porto Alegre/RS. A publicação é do Grêmio Estudantil Farroupilha (GEF) e conta com o apoio da equipe do Ensino Médio e do setor de Comunicação e Marketing do Colégio. S U & P E R V IS Ã O : Fábio Parise. A P O IO : Débora Vallis e Cristiane Parnaíba. D IA GR A M A Ç Ã O : Carolina Fillmann – Design de Maria.

Saiba mais em colegiofarroupilha.com.br


COMPARTILHAR É da natureza humana. É tornar abundante. É dar acesso. É multiplicar o que você tem de melhor. Há mais de 130 anos, o Colégio Farroupilha constrói e compartilha conhecimento. Agora, vai compartilhar parte desse conhecimento com a comunidade escolar e com a sociedade. Acesse colegiofarroupilha.com.br/farroupilha/compartilha


encarte_farroupilha_kids_revista_137.pdf

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