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Revista do Colégio Farroupilha - Ano XXI - N° 108 - Julho/Agosto de 2013
Expediente: Nº 108 – Julho e agosto de 2013
PALAVRA DO PRESIDENTE
Revista Bimestral do Colégio Farroupilha Presidente da Associação Beneficente e Educacional de 1858 – ABE 1858 Fernando Carlos Becker Diretora Pedagógica do Farroupilha Marícia Ferri Jornalista Responsável Cláudia Oliveira MTB 8138 Coordenação Geral Tiago Schmitz Comunicação e Marketing comunicacao@colegiofarroupilha.com.br Diagramação Design de Maria www.designdemaria.com.br Revisão Textual Laboratório de Português
Seja protagonista da história “Temos energia para fazer a diferença e pensar na coletividade”. A frase mencionada por uma aluna do Ensino Médio, na matéria especial, demonstra o quanto os nossos jovens estão conscientes e predispostos a transformar a realidade e melhorar a vida em sociedade através da adoção de atitudes que valorizam o bem-estar de todos. Essa filosofia está alinhada com a missão de educar para formar cidadãos competentes. O fato de nossos jovens sentirem-se engajados em processos de mudança, como os que presenciamos nas últimas semanas, nos traz vida e esperança, revelando que essa geração está assumindo o papel de protagonista da história, e de que o Colégio contribui para a formação de alunos-empreendedores, responsáveis e criativos. A educação inovadora que defendemos tem a vida como centro da discussão do currículo. O processo educacional está alicerçado na autonomia, na valorização das diferenças de visões de mundo, de valores, de grupos,
Capa
em que o aprendizado é construído a partir de inúmeras ramificações e
Alunos do Ensino Médio: Pedro Mônaco
opções, que trazem à tona temas importantes para o debate, ligados às
Karst (2A) e Gabriela Vieira (3D).
searas de direito, urbanismo, economia, ciências políticas e psicologia. Algumas dessas práticas que colocam os alunos como verdadeiros agentes
Ouvidoria Farroupilha
de transformação estão relatadas nesta edição. Como bem lembra o psi-
ouvidoria@colegiofarroupilha.com.br
cólogo suíço Philippe Perrenoud, a escola deve preparar os alunos com
(51) 3382 1889
saberes úteis para enfrentar os desafios da vida do século XXI.
Tiragem 1.500 exemplares Versão Online www.colegiofarroupilha.com.br
Preparar novas gerações exige uma nova postura dos educadores orientada para a Sociedade do Conhecimento, que busca desenvolver estudantes motivados e prontos para enfrentar os desafios de hoje e do futuro; enxerga o aprendizado como uma ação continuada, que não se restringe às oportuni-
Como instalar o leitor de QR Code no seu celular Inventado no Japão em 1994, o QR Code foi criado para facilitar o acesso à informação por parte de usuários de celulares, podendo ler qualquer coisa de qualquer lugar. Para ler um QR Code ou Quick Response Code é preciso instalar um software em seu celular. Ele será responsável por decodificar a imagem capturada. Na internet, há muitos softwares gratuitos disponíveis. É preciso que se baixe um de acordo com o modelo do celular. Em português, o http://reader. kaywa.com é um dos melhores sites para baixar leitores de QR Code. Para aqueles que quiserem criar seus próprios QR Codes, em http://qrcoder.kaywa.com, é possível gerá-los facilmente.
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Revista Farroupilha n° 106
dades apresentadas pelo professor; acredita que o aprendizado é para todos e que ninguém deve ser excluído; reconhece que as pessoas aprendem de forma diferente; e provê uma infraestrutura necessária para o aprendizado, que ainda é físico, mas torna-se cada vez mais virtual. Nesse contexto, a capacidade de posicionar-se, elaborar projetos pessoais e participar enunciativa e cooperativamente de projetos coletivos, ter discernimento, organizar-se em função de metas eleitas, governar-se, participar das gestões de ação coletivas, estabelecer critérios e eleger princípios éticos, como menciona o educador português José Pacheco, são frutos da autonomia incentivada pela escola e orientam a transformação da sociedade. É por isso que propiciamos aos nossos jovens experiências de aprendizado que levarão para o resto de suas vidas, como o Movimento #daescolapravida, o projeto Olhos para o Mundo e o Grupo de Voluntariado, dentre muitas outras. Fernando Carlos Becker Presidente da Associação Beneficente e Educacional de 1858
sumário
Opinião
05
Cidadãos atuantes e comprometidos com uma nova dinâmica social
Fique por Dentro
06
Aluno como protagonista da educação
Fique por Dentro
08
Soluções que transformam e melhoram a nossa vida
Cuidar é Básico
12
Como a família pode despertar a formação cidadã?
Idiomas
14
Única instituição do Brasil a figurar no livro comemorativo do Centenário de Cambridge
Especial
16
Educação colaborativa: essência para o desenvolvimento de competências fundamentais para a vida
Saúde
23
Participação social é sinônimo de saúde
Eventos
27
Conhecer o passado para pensar no futuro
Variedades
29
Liberdade criativa em forma de tecnoarte
Farroupito
32
A cooperação está presente no nosso dia a dia
Nossa Comunidade
44
Gerencie o tempo e garanta boas notas o ano inteiro
Nossa Comunidade
46
Dos jogos para a vida real
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espaço DO do LEITOR leitor ESPAÇO
Pensando em
uma nova escola Por Caroline Milman, psicanalista, mãe de Guilherme e Gustavo, alunos dos Anos Finais e da Educação Infantil
H
á muito tempo, pensamos e discutimos em
mo preparados para enfrentar o fato de que cada um
família sobre o sentido das propostas de
é singular? Se é assim, de onde vem e quem define a
ensino, o ambiente escolar, as desconexões
estrutura a ser “imposta”? E aquele que não se adapta
e lacunas que percebemos em vários âmbitos entre
tem um problema de adaptação ou um problema de
as diretrizes pedagógicas tradicionais de um lado e a
receber a devida adaptação? Era uma pergunta, virou
criança e o adolescente com seu potencial de aprendi-
três e poderia desdobrar-se em muitas outras. Há um
zagem de outro. Foi, portanto, com muita alegria, que
risco, apontado pelo professor Pacheco, de que as
soubemos da vinda do professor José Pacheco para
crianças não aprendam por causa do professor. Não
um bate-papo no Colégio Farroupilha. José Pacheco, o
podemos deixar de perceber, com espanto, que mui-
criador da Escola da Ponte, em Portugal, tem se firma-
tas vezes é exatamente isso o que ocorre. Se em toda
do como um nome de destaque na proposta inova-
área educacional é consenso que vários caminhos le-
dora e corajosa de desconstruir os modelos formais e
vam à aprendizagem, por que ainda somos vinculados
clássicos de escola. Sem ser o objetivo aqui expor suas
a modelos estáticos?
ideias, que estão acessíveis por vários canais, inclusive com entrevista especial reproduzida nas páginas 06 e 07 desta edição, cabe de forma simples dizer que, para ele, alavancar a aprendizagem depende de um espaço e de pessoas. Assim, o sistema em séries e com currículos enquadrados e métodos de avaliações por provas, tudo isso passa a ser desnecessário. O que toma a dianteira de modo chamativo é o gosto pela aprendizagem que brota naturalmente e por caminhos que são individuais. Seu trabalho tem despertado a atenção na área da educação a nível mundial, onde tem sido chamado a desenvolver projetos.
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Mais do que sair jogando fora tudo o que se tem, essas questões deveriam servir de inspiração. É urgente que se pense em formas de aproveitar plenamente o potencial que os jovens têm, e mais ainda hoje, com seus cérebros tão ativados desde cedo. Quem sabe devemos nos focar em proporcionar um espaço afetivo e seguro onde o professor serve como um fundamental mediador e transmissor daquilo que a sociedade mais precisa hoje aprender. Ética e direitos humanos. Aprender na prática como exercer a democracia e a cidadania, as regras e as leis e sua função na civilização, enfim... como bem disse o professor Pacheco: conteú-
Como ex-aluna, mãe de alunos em diferentes séries e
do se pode aprender sozinho, em casa, de várias ma-
também como profissional da área emocional, tenho
neiras, mas estar em comunidade, compartilhando o
realmente me inquietado. A pergunta que acabei me
que se sabe e aprendendo com o outro, isso é a essên-
formulando com o passar do tempo é: estamos mes-
cia dos encontros transformadores.
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Opinião
Cidadãos atuantes e comprometidos com uma
nova dinâmica social Por Andrea Ramal, doutora em Educação pela PUC-Rio e escritora.
N
a época em que o conhecimento cir-
-las criativamente são saberes estratégicos para
culava lentamente e não havia tanta
a vida cidadã. O contexto atual exige a formação
geração de informação nova, as pesso-
de pessoas capazes de apresentar soluções cria-
as estudavam apenas um período da vida. “Me
tivas e eficazes para os desafios de hoje. Ainda
formei” era a frase que representava o passapor-
mais do que isso, deseja-se formar cidadãos atu-
te de entrada para o mercado de trabalho, e a
antes e comprometidos com uma nova dinâmi-
provável permanência nele pelo resto da vida.
ca social. Isso se traduz numa metodologia ativa,
Hoje, ao contrário, a quantidade de informação e
na qual o aluno não é repetidor nem especta-
conhecimento novo levam as pessoas a precisar
dor, mas sim interlocutor e construtor de saber.
aprender continuamente.
Aprende a partir da ação, da mobilização cogni-
Domenico de Masi afirma que na sociedade pós-industrial, o trabalho passou da atividade física para a intelectual, e da atividade de tipo repetiti-
tiva, dos sentidos e da inteligência, instigado por desafios intelectuais que o motivam a construir soluções novas para situações-problemas.
vo para a de tipo criativo. O trabalho braçal passa
Defendo a democratização do ensino, a refor-
a ser feito por máquinas. Para as pessoas resta
ma da qualidade na educação básica brasileira,
o trabalho intelectual, criativo, o que faz a dife-
e a qualificação e valorização dos educadores,
rença. Por isso não é mais necessário memorizar
através de políticas públicas consistentes e
conceitos (pois eles mudam!), mas sim aprender
continuadas. Entendo a escola articulada com
a pensar e a criar. Trabalho e aprendizagem são
a comunidade e a vida concreta. Defendo a
conceitos cada vez mais integrados.
formação integral do estudante, voltada para
O exercício da cidadania só é completo se a pessoa for capaz de aprender. Dominar as linguagens, compreender o entorno e atuar nele, ser um receptor crítico dos meios de comunicação, locomover-se bem em grupos de trabalho e produção de saber e localizar informações e utilizá-
a autonomia intelectual e a cidadania ativa e comprometida. Acredito numa sala de aula dialógica, inclusiva e plural, espaço de construção de novas identidades, capazes de se engajar na construção de uma sociedade justa, democrática, solidária e sustentável.
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FIQUE POR DENTRO
Aluno como protagonista da educação
A
utonomia. Essa é a palavra-chave para o sucesso
responsabilidade e solidariedade. O resultado desse tra-
do modelo de educação proposto pelo profes-
balho é considerado “um milagre” como o mentor mesmo
sor português, José Pacheco, para a Escola da
o classifica. “Hoje, não temos qualquer situação de con-
Ponte, em Portugal, considerada a primeira escola públi-
flito, de indisciplina e os resultados são surpreendentes.
ca do mundo que é autônoma com o estado português e
Realizamos a Prova Brasil com alunos de oito anos e obti-
que é dirigida pela comunidade. Olhares de especialistas
vemos a média 10 em um município que apresenta Ideb
do mundo todo se voltaram para a práxis inovadora, que
(Índice de Qualidade da Educação) de 3,4. Nossas crianças
quebra paradigmas ao deixar que o próprio aluno escolha
e toda a comunidade têm respeito pelo patrimônio”, con-
o conteúdo que deseja aprender, através da realização de
ta com orgulho o colaborador da escola paulista.
projetos de pesquisa, e na qual a escola não possui ciclos,
Atendendo a convite do Colégio, esse homem de fala
anos ou séries, tão pouco salas de aulas com as quais es-
mansa, considerado uma das maiores referências mun-
tamos familiarizados.
diais em educação, conversou com professores da ins-
Há 12 anos residindo no Brasil, esse educador continua
tituição e também com docentes das redes pública e
revolucionando o sistema educacional, só que desta vez
privada, conheceu o projeto político pedagógico do Far-
os privilegiados são os brasileiros. Há um ano e quatro
roupilha e visitou a Unidade Correia Lima. “O Farroupilha
meses, Pacheco implantou modelo semelhante no proje-
pode manter a tradição e a qualidade que tem e introdu-
to Âncora, escola situada em Cotia, na Grande São Pau-
zir, gradativamente e com grande sentido de responsabi-
lo, que atende alunos dos sete aos 21 anos. O sistema de
lidade, um novo paradigma na educação que é a chama-
ensino está alicerçado em três grandes valores: liberdade,
da comunidade de aprendizagem”, sugere o especialista
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Revista Farroupilha n° 108 106
ao falar sobre a unidade de responsabilidade social. Na
comunitário de solidariedade entre família/escola, família/
entrevista concedida abaixo, você conhece o significado
tutor. Para estabelecermos uma relação de colaboração,
de comunidade de aprendizagem e de que forma esse
precisamos de dois princípios básicos: mediação e comu-
modelo pode aprimorar a qualidade da educação.
nicação (saber me comunicar com qualquer tipo de pai). A partir disso, tudo passa a ser simples.
O senhor aplica no Âncora o princípio de autonomia dos alunos. Na prática, como funciona esse modelo?
Como se forma um professor autônomo?
Exerce-se autonomia relativamente ao outro, na prática
pios têm a ver com valores; valores têm a ver com pes-
se reflete em um velho princípio: minha liberdade come-
soas. Se dissermos aos pais que vamos fazer de seus
ça onde começa a liberdade do outro. Quando se fala em
filhos pessoas autônomas, responsáveis, solidárias, os
autonomia, fala-se em trabalho de equipe, e a escola tra-
professores têm uma carta de princípios que obedecem
balha nessa base de projeto e de equipe. O aluno que en-
a esses valores. O professor não ensina aquilo que diz.
tra em projeto sabe construir seus roteiros de pesquisa,
Ele transmite aquilo que é. Isso é aprendizagem antro-
selecionar a informação, trabalhá-la, sintetizá-la, compa-
pofágica: eu absorvo o que o outro é e não o que ele
rá-la e avaliá-la. Ele tem pensamento próprio, criatividade
faz. Autonomia se exerce em equipe e com fundamento,
e empreendedorismo.
com base científica naquilo que se faz. As crianças são
Nosso perfil de educador obedece a princípios; princí-
espelhos do professor.
A eficácia desse sistema está ligada a, pelo menos, dois fatores: fatores educativos dispostos a mudanças e famílias de alunos que aprovam o seu modelo de escola. Qual a fórmula usada para contar com o apoio de públicos tão distintos e tão importantes para uma instituição de ensino?
O senhor conheceu a Unidade Correia Lima, onde o Farroupilha desenvolve um trabalho de responsabilidade social. Qual a sua avaliação sobre a escola? Deixei-me sentir quando passeei pela escola porque nada do que via me influenciava, mas sim tudo o que sentia. Vi um sentimento de curiosidade. O Correia tem
É a parte mais difícil dos projetos porque não basta definir
tudo o que precisa para dar um grande salto qualitativo
um quadro de valores na escola. É preciso pensar se esses
e muito grande que é alcançar a excelência acadêmica e
valores são os mesmos das famílias e da sociedade, o que
a inclusão social. Quando falo que pode melhorar, que-
normalmente não são, porque há um conflito muito gran-
ro dizer que mantendo essa tradição e qualidade que
de. Resolvemos criando figuras intermediárias, articulado-
o Farroupilha tem, pode introduzir na Unidade Correia
res chamados tutores ou mentores, elementos de ligação
Lima, gradativamente, com grande sentido de responsa-
entre escola e família, que facilitam a articulação de valo-
bilidade, algo mais que tem a ver com o novo paradigma
res e essa relação de colaboração entre a escola e as famí-
em educação, que é chamada comunidade de aprendi-
lias. A maioria das escolas está completamente isolada do
zagem, formas de aprendizagem de um futuro próximo,
mundo, em guetos. Quando ficamos autônomos, propu-
e o Farroupilha poderia se antecipar. Ela é criada a partir
semos aos pais que dirigissem a escola, que se sentissem
da participação dos pais. Eu observei o modo como uma
parte da escola. A escola é da comunidade e dos pais, que
família se aproximou da direção do Farroupilha, o que
sente a escola como sua. Os pais percebem que a escola
demonstrou uma convivência muito positiva, respeitosa,
não é um depósito de alunos, onde colocam os seus filhos
afável. Quando virem os resultados provenientes dessa
porque necessitam trabalhar, que a escola não matricula
mudança, os pais vão apoiar a escola, porque ela só tende
filhos, matricula alunos e que a tarefa de educar não cessa
a melhorar os seus índices de avaliação. É nesse sentido
quando a família entrega o filho à escola. Existe um sistema
que falo com os professores do Âncora.
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FIQUE POR DENTRO
Soluções que transformam e melhoram a nossa vida ngajados em ações e projetos que resultam em
E
fira a seguir alguns projetos que trazem inspiração aos es-
benefícios para toda a sociedade, os alunos do
tudantes de todas as idades para transformar realidades e
Farroupilha são bons exemplos do que os cida-
buscar soluções inovadoras para as suas comunidades e
dãos e as pessoas conectadas com a escola e com a vida
também para as de outros países. Lembre-se: se cada um
em sociedade podem fazer para agregar mais qualidade
de nós fizer a sua parte, teremos um futuro melhor para
às suas vidas e as daqueles que convivem com eles. Con-
várias gerações.
Grupo de Voluntariado com o público beneficiado pelas entregas de donativos, feitas diretamente por eles, e os resultados obtidos também com a ajuda de entidades parceiras. O Grande Desafio da Campanha do Agasalho, encerrado no dia 05 de julho, fez com que quase duas mil peças de roupas e muitos calçados fossem doados. Toneladas de alimentos foram arrecadados durante as ações realizadas no Show de Talentos, na Festa Junina e também pela Bamboom, miniempresa criada pelos estudantes do Ensino Médio. Todos esses itens ajudaram crianças e adultos atendidos pelas seguintes instituições: Recanto da Infância Tititi Sociedade Beneficente Espírita Bezerra de Meneses Casa Menino Jesus de Praga Casa da Criança São Vicente de Paulo Hospital Presidente Vargas Através da colaboração e do envolvimento de toda a comu-
Escola Infantil Tecnobaby
nidade, os estudantes do Grupo de Voluntariado fecham o
Escola Infantil Pé de Pilão
primeiro semestre comemorando a convivência mantida
Algumas famílias da unidade Correia Lima.
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Projeto Olhos para o Mundo
Simulações da ONU
Através do projeto Olhos para o Mundo, os alunos têm a
Estudar e entender as relações internacionais dos países,
oportunidade de participarem de saídas de estudos op-
buscando soluções inovadoras para assuntos relevan-
cionais, visitando, na companhia de professores e guias
tes no cenário internacional. Esta é a ideia do Grupo de
especializados, destinos que proporcionam uma experi-
Relações Internacionais (GRI) do Colégio Farroupilha,
ência de aprendizagem. Os locais têm relação direta com
proposta pelos próprios alunos. O GRI permite que os
conteúdos estudados nas disciplinas em sala de aula. En-
estudantes do Ensino Médio participem de um Modelo
quanto o Colégio é o responsável por montar a proposta
das Nações Unidas, conhecido internacionalmente como
pedagógica da saída de estudos, identificar os pontos a
MUN (Model United Nations), evento de simulação das
serem visitados, preparar o material de estudo e designar
reuniões de Comitês especializados da ONU e de outras
professores especializados para acompanhar os alunos,
Organizações Internacionais, como União Europeia, Or-
a Ponto do Turismo, empresa parceira, encarrega-se de
ganização Mundial da Saúde, entre outros.
toda a logística do projeto, desde o processo de inscrição
O MUN propicia aos estudantes vivenciar o papel de
e cobrança, até a contratação do transporte aéreo ou ter-
diplomatas dos diversos países e discutir tópicos pre-
restre, do alojamento em hotéis, da contratação de guias
viamente selecionados pelos organizadores do evento,
locais e alimentação.
de acordo com a política externa de cada país. Durante a Simulação, eles se inserem na realidade internacional e desenvolvem habilidades essenciais para o seu cresci-
Acompanhe as saídas previstas para as turmas:
mento, como a oratória, capacidade de negociação, preparação de estratégias e resolução de conflitos.
1ª série do Ensino Médio: Cidades históricas de Minas Gerais (Congonhas, Mariana e Ouro Preto). Quando: de 31 de agosto a 01 de setembro. 2ª série do Ensino Médio: Museus de São Paulo (MASP, Museu da Língua Portuguesa e Museu do Futebol). Quando: dia 05 de outubro. 3ª série do Ensino Médio: Rio de Janeiro (Centro Histórico, Serra dos Órgãos e Petrópolis Imperial). Quando: dias 05 e 06 de outubro.
Ficou interessado em saber mais? Então faça a leitura do QR-Code ao lado (veja mais instruções na página 02) e conheça melhor o projeto De Olhos para o Mundo.
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FIQUE POR DENTRO
Movimento #daescolapravida
alunos vão incentivar as pessoas a compartilhar elogios,
O Movimento #daescolapravida abre espaço para a dis-
através de um megafone, para quem estiver por perto.
cussão dos alunos sobre as suas percepções sobre a cida-
Com a ação Descarregue sua Alegria, os estudantes vão
de e possíveis soluções para os seus problemas. Entre as
atirar bexigas com tintas coloridas em um mural, no qual
ideias levantadas pelos estudantes, três foram escolhidas
uma mensagem será revelada no final da atividade.
e realizadas desde o ano passado, quando o movimento
A realização de um fórum voltado aos coletivos urbanos
foi lançado. As ações tinham como tema a mobilidade
do Brasil, que será promovido e organizado pelo Colégio
urbana, o despertar para uma consciência ecológica e a
e por outras entidades da sociedade, também integra o
importância de se promover saudações alegres entre os
cronograma para 2013.
usuários do transporte coletivo. Workshops, palestras e ações sociais, nas quais os alunos do Ensino Médio atuam como agentes de transformação, estão em pleno desenvolvimento. Duas ações já foram eleitas através de votação no grupo #daescolapravida no Facebook e devem ser realizadas nos próximos dias. São o Auto-Falante do Elogio e Descarregue sua Alegria, que serão executadas em parques da cidade. Na primeira, os
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Quer assistir as ações do Movimento #daescolapravida realizadas? Então, faça a leitura do QR-Code ao lado (veja mais instruções na página 02) e confira o vídeo.
Sistema solar
dentro do Farroupilha
I
magine um conjunto de corpos celestes que se
me ao contar que os alunos usaram escalas para medir a
encontram no mesmo campo gravítico e que esse
distância entre o sol e os planetas. “Antes de executar a
campo pertence à área do Colégio Farroupilha. Para
simulação, a gente fez uma tabela no caderno para cal-
os alunos do 6º ano do Ensino Fundamental da sede e da
cular direitinho as distâncias”, acrescentou a colega Lui-
Unidade Correia Lima, essa experiência tornou-se possí-
za, responsável pela posição do planeta Vênus durante
vel com a orientação do professor Christian Sperb. Esca-
a simulação.
las numéricas e geométricas ajudaram os estudantes a compreender a realidade do espaço geográfico existente entre o sol e os oito planetas do sistema solar. Bola de basquete, grãos de soja, pimenta do reino, noz, avelã e grãos de bico foram usados pelos grupos para representar cada elemento do sistema solar. Na sede, a simulação foi realizada no campão. A turma do Correia Lima reproduziu o sistema solar na área situada ao lado do campo de futebol da unidade. “A ideia era fazer com que os alunos percebessem as distâncias reais e os tamanhos dos planetas em relação ao sol”, explicou Christian. Para todos os alunos, a experiência contribuiu para facilitar a compreensão de um tema que, para alguns, traz um pouco de perplexidade. “Quando se pratica, a gente aprende melhor. Deu para perceber que os planetas ficam muito distantes do sol. Olhando no livro, parecia que eles ficavam pertinho um do outro”, disse Guilher-
Conheça os materiais usados pelos alunos para a simulação do sistema solar: Sol Terra Marte Júpiter Mercúrio Vênus Saturno Urano Netuno
Bola de basquete Grão de soja Pimenta do reino Noz Pimenta do reino Grão de soja Avelã Grão de bico Grão de bico
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CUIDAR É BÁSICO
Como a família pode despertar
a formação cidadã? Por Marilinda Jaques da Silva e Sumaia Fuchs, orientadoras educacionais do Ensino Médio.
ção e do respeito às individualidades. A Escola e a família
A família tem papel insubstituível no processo de for-
vem dentro e fora de casa, as intervenções e as reflexões
mação cidadã. Ela é o primeiro contato do ser humano
que os pais realizam são exemplos de ações que podem
com o mundo do qual agora ele faz parte. A educação
ajudar neste processo.
recebida dentro de casa garante uma base sólida e segu-
A escola, através do ensino de qualidade, é desafiada a de-
ra no contato com as adversidades culturais e sociais. Os
senvolver no aluno a ousadia, o conhecimento, a criativi-
conhecimentos e as experiências adquiridos na infância
dade, a compreensão de mundo, a empatia, a autonomia
serão levados para toda a vida e influenciarão significati-
e a formação do indivíduo que faça a diferença na socie-
vamente no processo de desenvolvimento da cidadania.
dade, buscando efetivamente a mudança para um mun-
Um caminho importante a ser percorrido é o da valoriza-
do melhor com valores e práticas para a paz e o respeito.
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devem ser parceiras, unindo forças, através da educação, para o crescimento pessoal das crianças e dos jovens. O acompanhamento nas atividades que os filhos desenvol-
A escola e a família, comprometidas com o aluno, esta-
dizado, espaço das primeiras trocas afetivo-emocionais
belecem a mediação entre o conhecimento e as vivên-
e da construção da identidade.
cias pessoais. Esse trabalho se dá por meio de projetos
A família pode exercitar a cidadania e desenvolver a
que objetivam as relações sociais, a saúde e aprendiza-
formação cidadã no momento em que analisa, junto ao
gem, pressupostos do Projeto Cuidar é Básico, que é de-
filho, situações do dia a dia, utilizando-se da reflexão,
senvolvido pelo Colégio em todos os níveis de ensino.
da crítica e da empatia quando o ajuda a lidar com as
As ações conjuntas entre família e escola fortalecem
frustrações que a vida proporciona, e, também anali-
a autoconfiança, que impulsiona o aluno a buscar co-
sando situações e buscando soluções para as diversas
nhecimentos e a estabelecer melhores relações com os
questões da rotina diária. Conversas com os filhos sobre
colegas e, concomitantemente, com a sociedade que o
filmes, reportagens e vivências individuais possibilitam
cerca. É na família que se estabelecem as primeiras rela-
trocas saudáveis e importantes para a relação familiar
ções e é nela que se reconhecem as diferenças, o apren-
e social.
Temáticas das Reuniões de 2013 DATA
nível de ensino
TEMÁTICA
20/08
TODOS
Como aprendem as novas gerações?
29/08
Educação Infantil
Acompanhando o desenvolvimento da criança do zero aos seis anos
10/09
Ensino Médio
E de mim, quem cuida?
12/09
Ensino Fundamental Anos Finais
Novos tempos e diferentes formas de aprender: como acompanhar os estudos dos filhos?
08/10
Ensino Fundamental Anos Iniciais
Hábitos para melhorar o aproveitamento escolar
05/11
Ensino Médio
Aprendizagem: desatando os nós
03/12
TODOS
Bem-estar e qualidade de vida de quem cuida
UNIDADE CORREIA LIMA DATA
nível de ensino
TEMÁTICA
12/09
Ensino Fundamental Anos Finais
Saúde escolar
08/10
Ensino Fundamental Anos Iniciais
Saúde escolar
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IDIOMAS
Dramatização e Música
em Língua Alemã
Alunas do 5º e do 6º anos do Ensino Fundamental, que participam do Ateliê de Teatro do Colégio Farroupilha, representaram a instituição no XII Festival de Teatro e Música em Língua Alemã, realizado em 05 de julho, no auditório do Instituto de Educação Ivoti, em Ivoti. O festival valoriza dramatizações e musicais didáticos realizados em escolas, bem como o estudo da Língua Alemã, melhorando o domínio do idioma e promovendo a integração por meio da troca de experiências entre estudantes e instituições de ensino. As alunas Gabriela Peña Dellvalle Pieretti, Julia Cirelli
14
da Silveira Diamante, Laura Farias Machado, Luísa
integram o Ateliê de Teatro. As professoras Luciane
Vallim de Leão, Maria Eduarda Baroni da Rosa, Prisci-
Panisson, Valesca Altenhofen e Aline Schonhorst
la Krause, Sofia Pletsch Borba e Julia Schmidt Maestri
orientaram os ensaios.
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Única instituição do Brasil a figurar no livro comemorativo do Centenário de Cambridge Primeira escola regular privada do Brasil a integrar os
O documento ressalta ainda que, em 2010, o
exames de Cambridge em seu currículo, aplicando as
Colégio reestruturou o currículo escolar para in-
provas em cada ano escolar a partir do 4º ano do Ensi-
corporar os exames de proficiência e que os es-
no Fundamental – Anos Iniciais, o Colégio Farroupilha é
tudantes do Farroupilha são preparados para os
a única instituição brasileira a ser mencionada no livro
exames de Cambridge até o final da vida escolar.
comemorativo do centenário dos Exames de Cambrid-
O Farroupilha é a única escola do Brasil a
ge. A experiência inovadora do Centro Aberto Autoriza-
receber a certicação de Centro Aberto Autoriza-
do de Cambridge English Language Assessment no Co-
do de Cambridge English Language Assessment.
légio Farroupilha é citada na página 310 da publicação
Os alunos são preparados para se comunicar em
inglesa assinada por Roger Hawkey e Michael Milano-
inglês nos moldes da instituição desde a Educa-
vic, CEO da Cambridge English Language Assessment.
ção Infantil.
Calendário dos Exames de Cambridge NÍVEL
Dia do exame
Prazo p/ inscrição
26.10.2013
06.09.2013
26.10.2013
06.09.2013
26.10.2013
06.09.2013
KET for Schools
19.10.2013
13.09.2013
PET for Schools
19.10.2013
13.09.2013
FCE
09.11.2013
04.10.2013
12.06.2013 (escrito)
Encerrado
09.11.2013
04.10.2013
YLE Startes, Movers e Flyers
CAE
CPE
15.06.2013 (oral) 09.11.2013
04.10.2013
TKT 1
14.12.2013
19.10.2013
TKT 2
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TKT 3
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19.10.2013
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ESPECIAL
>>Educação colaborativa: essência para o desenvolvimento de competências fundamentais para a vida
C
ontribuir para a formação moral e ética
sultora educacional com mais de 30 anos de experi-
dos alunos-cidadãos é um dos desafios
ência em clínica, supervisão e docência, Rosely Sayão.
contemporâneos da escola. É fundamen-
Há dois fatores importantes que faltam às institui-
tal que, nos espaços educativos, seja construída e
ções de ensino nos dias de hoje, na avaliação da
problematizada a participação do indivíduo na vida
especialista. “Elas precisam saber lidar com os jo-
pública – o que demanda a consciência de realida-
vens, ter a capacidade de entender que eles estão
des, conflitos e interesses individuais e sociais, o co-
no auge, quase na passagem para o mundo adul-
nhecimento de mecanismos de controle e defesa de
to e que antes eles vão procurar o embate com o
direitos e a noção dos limites e das possibilidades de
mundo adulto para conseguirem realizar essa pas-
ações individuais e coletivas. Enquanto instituição
sagem. Nas escolas, o embate precisa ser entorno
socializadora, cabe à escola desenvolver ações que
das ideias porque, quando o jovem não consegue
tenham sempre um caráter formativo e nunca mora-
manifestar suas ideias, ele vai agir em contrarieda-
lizador, nas quais as práticas pedagógicas contribu-
de ao pensamento da instituição da qual faz par-
am para a ampliação das possibilidades de reflexão
te. Claro que a escola tem normas e princípios que
e ação dos alunos dentro e fora do contexto escolar.
precisam ser respeitados, mas não apenas no ‘cum-
O mais importante é assegurar que o princípio ético
pram-se’, mas, sobretudo, na conversa, no debate e
que rege essas práticas forme cidadãos comprome-
na escuta dos seus alunos”, alerta Rosely.
tidos com a elucidação dos problemas do mundo e com soluções que busquem uma vida digna para toda a sociedade. “As escolas têm uma responsabilidade grande na formação para a cidadania, em discutir os assuntos que estão em pauta na sociedade, os movimentos que assolam o país em geral, para que os estudantes possam discuti-los com os professores e se inteirar sobre a situação”, explica a psicóloga e con-
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A
//Construção coletiva de um modelo integrado opinião de Rosely Sayão é compartilha-
sociedade e a pensar em soluções para os questio-
da pelo professor de Filosofia e Sociolo-
namentos dos nossos jovens. Questões essas que
gia, Clândio Cerezer. “Vivemos em uma
estão inseridas no currículo escolar e que são ex-
sociedade de muita mudança, de verdades provisó-
ploradas intensamente e com muita profundidade,
rias, na qual as coisas não são 100% certo ou 100%
principalmente, pelas áreas das ciências humanas e
errado. Daí a necessidade de incentivarmos sempre
da natureza”, enfatiza.
o diálogo na vida dos jovens, de mostrarmos a eles
Conforme as orientadoras educacionais do Ensino
que precisamos aprender a aprender a todo o ins-
Médio, Marilinda Jaques e Sumaia Fuchs, os traba-
tante e que é fundamental construir coletivamente
lhos interdisciplinares são exemplos práticos de
essa mudança de vida da sociedade através da inte-
educação colaborativa. “Existe um caráter coletivo,
gração de projetos”, acredita Clândio. A convivência
não-hierárquico, afetivo e solidário nessa relação de
em sala de aula o faz perceber que os jovens estão
aprendizagem”, enfatizam Marilinda e Sumaia. Para
muito críticos e que a todo o instante emitem sinais
o estudante Frederico Bredemeier, da 2ª série D, o
de que não aceitam mais o modo de viver fechado e
Colégio busca cada vez mais essa prática de ensi-
isolado. O que essa geração deseja, conforme o do-
no para desenvolver o modo de pensar dos alunos.
cente, é pensar em um modelo de desenvolvimento
“Esses espaços abertos à discussão proporcionados
integrado entre o pessoal, o social e o econômico.
pelos projetos interdisciplinares, despertam ques-
“Através da educação colaborativa, a escola convida
tionamentos na nossa mente que nos fazem pensar
os alunos para discutir os assuntos e os desafios da
no que é certo e no que é errado”, afirma Frederico.
Professores Karina e Clândio instigam alunos a desenvolverem olhares transformadores sobre a vida em sociedade através da educação colaborativa.
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ESPECIAL
//Aprendizagem compartilhada
A
construção de uma cultura que promova a cidadania, a capacidade empática, as práticas solidárias e o respeito aos demais,
conforme a orientadora educacional do Jardim, Lu-
ciane Jordan, deve ser trabalhada desde a Educação Infantil, através de situações criadas pelos professores para que as crianças prestem ajuda umas às outras, em uma relação de cooperação e reciprocidade. Ati-
Empatia, cidadania, práticas solidárias e respeito são conceitos incentivados desde a Educação Infantil.
vidades em rodinha e que envolvam trabalhos manu-
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ais, por exemplo, contribuem para a troca de ideias e
possuem um objetivo em comum”, afirmam as orien-
a discussão sobre pontos de vista variados para que
tadoras Camila Arruda e Sandra Peixoto e as psicólo-
as crianças percebam que suas opiniões são diferen-
gas Diana Santos e Luciana Motta.
tes e que pode haver uma relação de cooperação.
As famílias desempenham importante papel nesse
Para o grupo de orientadoras e psicólogas educa-
processo, já que o desenvolvimento da moralidade,
cionais dos Anos Iniciais, a educação colaborativa
dos valores, do respeito às normas e regras sociais
propicia ao aluno a vivência de experiências com
são iniciados pelos pais e responsáveis. “A família
seus pares que possibilitam a troca de ideias, a lide-
precisa respaldar e legitimar esses mesmos valores,
rança compartilhada e a responsabilidade coletiva
reforçados em parceria com a escola, para que os
já que não há um modelo diretivo a ser seguido.
conceitos de cidadania sejam trabalhados e de fato
“Os alunos precisam compartilhar decisões e todos
vivenciados pelos jovens”, afirmam Greicy Boness de
se tornam responsáveis pelo resultado final, pois
Araújo e Patrícia Moreira, psicólogas dos Anos Finais.
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>>Olhar transformador sobre a sociedade
P
ara a professora de Literatura do Ensino Médio, Karina Marques Predebom, a realização de atividades que oportunizam a troca de ex-
periências contribuem para que os alunos tenham um olhar transformador sobre a sociedade e reforçam valores, como honestidade, dignidade e lealdade. “Quando promovemos seminários e simulamos a realização de um julgamento, como o que fizemos para debater a obra O Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, na qual é representado o juízo final católico de forma satírica e com forte apelo moral, estigamos os alunos a exporem os valores nos quais acreditam. Através da literatura, revelamos o contexto histórico e social de cada época: a diferença social, o papel da mulher, do homem e da criança”, conta a professora ao mencionar que a essência humana se repete ao longo da história. A formação de opinião, para a estudante Gabriela Vieira, da 3ª série D do Ensino Médio, ocorre principalmente durante as aulas de Sociologia, Filosofia e Redação. “Temos energia para fazer a diferença e pensar na coletividade. Os jovens estão mostrando ao país que são capazes de promover uma revolução porque estão descontentes com várias situações. Não queremos mais presenciar nossos políticos colocando para debaixo do tapete o que está errado e se privilegiando da condição e dos cargos que exercem para favorecer a si mesmos”, ressalta Gabriela. O trabalho no Grupo de Voluntariado a fez repensar várias coisas. “A gente vive em uma sociedade que esconde dos nossos olhos uma parte cruel e triste da realidade de grande parcela da população. Quando visitei duas entidades que atendem crianças carentes, demorei muito para dormir naquela noite. Me deu um aperto no coração pensar naquelas crianças que não tinham as mínimas condições para sobreviver, que sofriam
Família Patulé incentiva a adoção de atividades colaborativas como forma para enriquecer o aprendizado para a vida. para conseguir aprender alguma coisa naquela escola cheia de problemas”, relembra a estudante. Ter contato com realidades opostas às quais os alunos estão acostumados, para a mãe e analista de sistemas, Sheila Salerno Patulé, é muito importante para o desenvolvimento de crianças e jovens e da escola como um todo. “Nossos filhos têm insights, novas percepções, novos pontos de vista quando realizam atividades colaborativas. Elas enriquecem o aprendizado, ajudam a formar e a criar uma consciência de que cada um tem que fazer a sua parte e não ficar delegando para o outro o que é seu dever”, disse Sheila ao mencionar o Grupo de Voluntariado como exemplo. “Quando a pessoa ajuda, ela fica feliz e isso é uma forma de se realizar, de descobrir que essa alegria é importante para canalizar energia e criatividade para a construção de algo melhor. Tomara que esse espírito contagie a todos”, deseja a mãe de Gabriela e de Mariana, do 5º ano do Ensino Fundamental.
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ESPECIAL
P
>>Assembleia que dá voz aos alunos romover debates sobre assuntos relacio-
a assembleia é realizada, a professora abre os enve-
nados ao cotidiano escolar e ao relaciona-
lopes e lê os bilhetes, um a um. O tema é colocado
mento interpessoal dos alunos do 3º ano
em discussão com a turma, e os alunos apontam as
A e do 4º ano do Ensino Fundamental da Unidade
soluções para o que está sendo colocado em pauta.
Correia Lima. Esse é o objetivo da Assembleia de
Grande parte dos elogios e das sugestões envolvem
Alunos, instituída pelas professoras Évelin Albert
as atitudes dos colegas em sala de aula e durante as
e Daniela dos Santos, no final de junho. Todas as
atividades realizadas. “Nem imaginava que as mi-
sextas-feiras, no primeiro período, as turmas se
nhas brincadeiras durante as aulas atrapalhavam o
reúnem em algum lugar que não seja a sala de aula
rendimento dos colegas”, conta Bruno ao comentar
para elogiar, discutir sugestões ou criticar situações
que aceitou a sugestão dos colegas e mudou a pos-
que envolvem o dia a dia da escola. “A intenção é
tura em sala de aula. Para Wesley, a prática o ajuda
mostrar que somos capazes de resolver os nossos
a melhorar o relacionamento interpessoal, principal-
conflitos e os problemas que surgem na sala de
mente durante as partidas de futebol. “Costumava
aula”, destaca a professora Daniela.
agredir os meus colegas com as minhas atitudes. De-
A ideia de fazer assembleias partiu dela própria, após
pois que conversamos, percebi que estava errado e
atuar como auxiliar de ensino na sede do Farroupilha
que fazer isso machuca as pessoas e nos impede de
e de observar a atuação de uma professora dos Anos
nos relacionar bem”.
Iniciais, que seguia esse modelo de trabalho democrático e que dá voz aos alunos. “Percebi que se implantasse esse projeto com a turma iria qualificar ainda mais a convivência e contribuir para que eles tenham capacidade de resolver situações semelhantes quando chegarem à idade adulta”, analisa Daniela. A forma de participação dos alunos é simples e, ao mesmo tempo, eficiente. Todos os dias, no início e no término da aula, os alunos podem escrever bilhetes e depositá-los em um dos três envelopes indicados: Eu Felicito, Eu Sugiro e Eu Critico. Na sexta-feira, quando
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Alunos reúnem-se toda a sexta-feira para resolver conflitos de relacionamento, elogiar os colegas e sugerir mudanças para o Colégio.
//Movimento estimula crianças a transformarem realidades locais
C
rianças atuantes, responsáveis e ativas nas co-
transformando realidades. A metodologia do Design
munidades nas quais estão inseridas. Esse é o
For Change permite que cada escola, organização não-
principal resultado do trabalho desenvolvido
-governamental, associação ou entidade possa adaptar,
pelo movimento global Design For Change (DFC), presente
sem custo de implementação, o projeto às demandas
em 38 países, dentre eles o Brasil. Para alcançar esse ob-
curriculares, normas e requerimentos específicos. A DFC
jetivo, as crianças são convidadas a SENTIR um problema
também realiza workshops para educadores e parcerias
que as incomode, IMAGINAR como solucioná-lo, FAZER
para monitorias.
isso acontecer e COMPARTILHAR sua história. “Percor-
São Paulo, Santana do Parnaíba e Ceará foram as primei-
rendo esses quatro verbos do DFC, as crianças vivem, de
ras cidades a implantarem projetos de forma colabora-
fato, os significados de empatia, colaboração, inovação,
tiva. “A criança vê os resultados de uma ação sua na re-
pensamento crítico e empoderamento”, destaca Angélica
solução de um problema e sente que pode promover a
Gonçalves Garcia, uma das fundadoras da DFC Brasil.
mudança, pode ser protagonista de sua própria história.
O programa é direcionado a crianças de 7 a 14 anos e
Colocar em prática uma ação para resolver algo que par-
trabalha conceitos-chave para a formação de cidadãos
tiu do coração e que foi investigado, pensado e planeja-
preparados para lidar com os desafios atuais e futuros.
do faz muito bem a elas”, ressalta Angélica ao mencionar
As crianças atuam como protagonistas, apontando e
que o movimento escolheu São Paulo e Rio de Janeiro
resolvendo os problemas do entorno em que vivem,
como cidades-foco do DFC.
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ESPECIAL
>>Conheça algumas histórias protagonizadas pelas crianças: O rio dos meus sonhos Uma história escrita e encenada pelas crianças da ONG Girassol, em Santana do Parnaíba, foi a forma encontrada por elas para conscientizar a população na adoção de gestos e atitudes que promovam a limpeza do rio Tietê.
Queremos mais amigos Alunos da Escola Politéia, situada no bairro da Água Branca, em São Paulo, montaram uma campanha para atrair novos estudantes para o colégio.
Fim do lixo na praia Crianças de Redonda, no Ceará, organizaram um mutirão para recolher o lixo que sujava a praia e com o material confeccionaram enfeites, brinquedos e fantasias. Em um cartaz, expressaram seus desejos para o lugar e saíram em caminhada para mostrá-lo a toda a comunidade.
Funk contra o desrespeito Para conscientizar os colegas da Associação Girassol a mudarem o comportamento que priorizava briga, zoação e xingamentos, as crianças compuseram e gravaram um funk que “viralizou” por Bluetooth e contagiou mais pessoas.
Origem do DFC Criado pela designer indiana, Kiran Bir Sethi, o programa nasceu na Índia, em 2006. Kiran dirige até hoje uma escola na cidade de Ahmedabad, usada como laboratório no qual as ferramentas do design integram o currículo e estimulam as crianças a participarem ativamente dos processos de aprendizado. O Design For Change nasceu como um concurso entre escolas, considerado hoje a maior competição entre as instituições de ensino da Índia. Kiran se debruçou sobre o processo desenvolvido e adotado em sua escola e, junto com sua equipe, o transformou nos quatro verbos que são o coração do programa: Sentir, Imaginar, Fazer e Compartilhar. Eles redigiram um guia e enviaram para milhares de escolas na Índia, com a promessa de premiar as histórias mais impactantes. A história deu tão certo que hoje, o DFC está presente em 38 países, dentre eles o Brasil. Ficou curioso para saber mais sobre o trabalho desenvolvido pelo Design for Change no Brasil? Faça a leitura do QR-Code ao lado (veja mais instruções na página 02).
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saúde
Participação social é sinônimo de saúde. Por Sandra Fagundes, psicanalista, psicóloga e professora da Residência Multiprofissional em Saúde Mental Coletiva, do Educasaúde/Faced/Ufrgs
A
participação ativa nas próprias mudanças e no contexto social é indicativa de saúde. Participar de uma cultura é condição para que nos torne-
mos humanos. Nascemos desprotegidos, necessitamos dos cuidados do outro para nos criarmos, aprendemos a decifrar e criar códigos para sermos sujeitos, ou seja, somos gerados por e geradores de cultura. Um dos trabalhos ao longo de nossa existência é conquistarmos graus de liberdade para produzirmos autonomia, autoria, protagonismo em projetos de vida e de presente. Conquista que inclui poder-aprender-saber-fazer o cuidado de si, do outro e do entorno. Processo que denomino de pedagogia da implicação, na qual se engendram agregadores de coletivos, disparadores de circuitos desejantes e ativadores de mudanças. No setor da saúde a autonomia, o autocuidado, a possibilidade de gestão compartilhada do tratamento assim como a participação social são indicadores de saúde. A produção de sujeitos de direitos é uma exigência ético-política atual para uma sociedade mais democrática, mais equitativa, mais solidária e sustentável. Neste sentido, a escola que desenvolve projetos de participação social está cumprindo sua função de educação para a vida.
23
EVENTOS
Miniempresas se reúnem em rodada de palestras
//De olho nas melhores escolas de São Paulo Práticas educacionais e projetos pedagógicos implantados pelos Colégios Bandeirantes, Visconde de Porto Seguro, Vértice e Dante Alighieri, sediados em São Paulo, foram conhecidos pela delegação do Colégio Farroupilha, composta pelo Presidente da ABE de 1858, Fernando Carlos Becker; pela Diretora Pedagógica, Marícia Ferri; pela Assessora Pedagógica, Márcia Beck Terres, e pelo Coordenador do Ensino Médio, Rubem Corso. O grupo realizou visitas às instituições paulistas nos dias 11 e 12 de junho. “Temos que pensar em alternativas que coloquem o nosso aluno como protagonista do processo educacional. Nessa perspectiva, o Farroupilha deve estimular a pesquisa, trabalhar mais com a curiosidade dos estudantes para que eles sejam instigados a ler e a escrever mais”, enfatizou a Diretora Pedagógica, Marícia Ferri, durante apresentação aos professores e colaboradores da Instituição, feita na tarde de 1º de julho, na sala 19. O estímulo para que o aluno adquira conhecimento e forme sua própria opinião foi destacado pelo Coordenador do Ensino Médio. “Observamos, principalmente no Vértice e no Bandeirantes, que os alunos constroem os projetos e que nenhum professor repassa conceitos prontos para os estudantes”, contou Rubem. Presentes nas quatro instituições de ensino, os atendimentos dos laboratórios de aprendizagem foram destacados pela Assessora Pedagógica. O plantão e as aulas de reforço, conforme Márcia, são feitos individualmente e realizados de acordo com os horários sugeridos pelos próprios alunos.
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Revista Farroupilha n° 108 106
Com o objetivo de integrar as miniempresas de Porto Alegre em um só evento, a Bamboom, miniempresa dos alunos do Colégio Farroupilha, realizou uma Rodada de Palestras em 28 de junho, no Auditório. O evento contou com profissionais da ESPM, XP Investimentos e AGCO do Brasil, que abordaram conteúdos relacionados às áreas de marketing, vendas, finanças e indústrias. “A Junior Achievement sempre oferece aos estudantes diversos momentos como este, então resolvemos organizar um evento para auxiliar os que pretendem seguir esse caminho do empreendedorismo”, explicou a presidente da Bamboom, Julia Jacociunas. Promovido há 15 anos no Colégio Farroupilha, o Programa Miniempresa Junior Achievement proporciona a estudantes da 2ª e 3ª séries do Ensino Médio a experiência prática em economia e negócios, na organização e operação de uma empresa. Os estudantes aprendem conceitos de livre iniciativa, mercado, comercialização e produção. O Programa é acompanhado por quatro profissionais voluntários das áreas de Marketing, Finanças, Recursos Humanos e Produção. Durante o Miniempresa, são explicados os fundamentos da economia de mercado e da atividade empresarial através do método “aprender-fazendo”, no qual cada participante se torna um miniempresário.
>>Chance para aprimorar os trabalhos Uma forma de aprimorar a qualidade dos trabalhos que serão apresentados na Mostra Científica prevista para setembro. Foi desta forma que os alunos da 1ª e 2ª séries analisaram a Pré-Mostra realizada no Colégio, na manhã de 06 de julho. “A Pré-Mostra oportuniza um aprendizado significativo aos nossos alunos porque eles têm a chance de aperfeiçoar a sua postura e também o conteúdo dos trabalhos que serão expostos à comunidade durante a Mostra. Muitos estudantes apresentaram dificuldades de falar em público”, destacou o professor Clândio Cerezer, integrante de uma das três bancas que analisaram os trabalhos da 1ª série. Para o professor Aknaton, há diferença entre o trabalho feito pelas alunas e pelos meninos. “As meninas apresentaram muito mais qualidade e um nível de maturidade muito superior aos meninos”, explicou o docente. Para os grupos da 1ª série, os trabalhos foram realizados por disciplina: física, sociologia, geografia, química, biologia e história. Já os estudantes da 2ª série apresentaram trabalhos por temáticas que envolveram drogas, valorização do outro, alimentação saudável, disciplina, espiritualidade e civilidade e cidadania. “Achei muito bom ter essa oportunidade para incrementar o trabalho, porque, a partir desta análise, a gente tem ideia do que fazer e de como apresentar a proposta ao público”, disse Giordano, da 1E. “Os professores nos deram uma dica valiosa: a de que tínhamos que escolher sobre a melhor forma de democracia para o Brasil”, explicou a colega Mariana, da 1A.
Concurso internacional de redação Cinco alunos do Farroupilha, estimulados pelas professoras de Produção Textual e Língua Estrangeira, participam do Concurso de Redação UNESCO e Goi Peace Foundation. Amanda, Diogo e Pedro, da 3ª série do Ensino Médio, e Fernanda e Júlia, da 8ª série do Ensino Fundamental, escreveram textos sobre o tema “O poder da cultura em criar um futuro melhor”. Os alunos do Ensino Médio apresentaram as redações em inglês, enquanto que as estudantes dos Anos Finais optaram pelo alemão. O resultado será divulgado em novembro, e o vencedor receberá um certificado e um prêmio de 100 mil ienes (US$ 1.140,00), além de ser convidado para a cerimônia de premiação, em Tóquio, no Japão.
III Olimpíada de Filosofia com Crianças do RS Vamos brincar de pensar em um mundo melhor? Este será o tema da III Olimpíada de Filosofia com Crianças do Rio Grande do Sul, que será realizado dia 19 de outubro, das 8h às 13h, no Jardim de Infância do Colégio Farroupilha. As inscrições estão abertas até o dia 30 de agosto, pelo site: http://www.olimpiadadefilosofia.org. Ficou interessado em saber mais sobre o evento? Então, acesse o QR-Code ao lado (veja mais instruções na página 02) e confira outras informações.
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EVENTOS
//Homenagem aos pais
Por um mundo mais sustentável A comunidade escolar conferiu, no dia 05 de junho, mais uma edição da Feira Verde. A iniciativa integrou o Projeto Sustentabilidade e teve como objetivo a conscientização sobre a responsabilidade de cada um por um mundo melhor, através de ações contínuas e permanentes ao longo do ano. Pastéis, bolos e pães integrais e orgânicos, mel, pastas, antepastos e hortaliças foram alguns dos produtos comercializados durante a Feira. Uma tenda da Sede Campestre do Colégio forneceu, a todos que tinham interesse, laranjas e bergamotas cultivadas em Viamão, sem o uso de agrotóxicos. Além disso, a Distribuidora AMA divulgou os livros de sustentabilidade, e a Biblioteca do Farroupilha disponibilizou algumas leituras para os alunos. A Feira Verde também foi uma oportunidade para que os alunos do Programa Miniempresa Junior Achievement apresentassem à comunidade o Bamboom, caixa de som portátil para smartphones e iPhones 100% ecológica, que dispensa o uso de energia e bateria. No estacionamento do Colégio, o ex-aluno Klaus, responsável por desenvolver uma bicicleta com bambu, plantou, junto com os alunos do 6º ano, uma laranjeira. Durante todo o dia, aconteceram interações sobre saúde e bem-estar, oficinas de bike polo, ioga, iPad, hora do conto e sarau. Uma novidade foi a identificação de todas as árvores do Colégio com placas que informam nome científico, nome popular e características de cada espécie e trazem uma mensagem de alerta para os cuidados que todos devem ter com o manuseio de determinadas plantas, que podem colocar a saúde em risco. Faça a leitura do QR-Code ao lado (veja mais instruções na página 02) e confira as fotos da II Feira Verde.
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Revista Farroupilha n° 108 106
A partir do dia 03 de agosto, iniciam as homenagens aos pais do Farroupilha. As primeiras turmas a realizarem atividades comemorativas são as de alunos dos 6º anos e das 7ª e 8ª séries do Ensino Fundamental. Nesse mesmo dia, ocorrem as apresentações dos alunos do 1º ao 5º anos da Unidade Correia Lima. No site do Colégio, você acompanha a programação completa do Dia dos Pais.
Semana da Pátria Duas turmas do 6º ano, uma da 8ª série e uma da 1ª série do Ensino Médio foram convidadas para pensar no sentido da Semana da Pátria. A partir das ideias sugeridas pelos próprios alunos, serão elaboradas ações para serem trabalhadas em toda a escola e nos canais de comunicação do Colégio.
>>Conhecer o passado para pensar no futuro Entender o passado para projetar o futuro de uma forma sustentável. Essa foi a proposta da V Ciranda de Ideias, realizada na manhã de 06 de julho, no 1º e 2º andares do Farroupilha. Pais e familiares compareceram à mostra, que reuniu dezenas de trabalhos dos alunos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, tendo por temáticas o Movimento #daescolapravida e o Projeto Welcome to Porto Alegre. “Esse evento é muito importante para os pais, porque, além da integração que temos com toda a comunidade escolar, podemos conhecer e interagir com os trabalhos que os nossos filhos fazem”, analisou Melissa Xavier, mãe de Martina, do 3C, e de Carolina, do 1D, e também de Valentina, do Nível II da Educação Infantil. “Através dessa atividade, os professores estimulam a criatividade das nossas filhas”, acrescentou o pai Cristiano. A Ciranda reuniu trabalhos divididos por temáticas, conforme o ano do estudante. As turmas do 1º ano apresentaram leituras sobre o projeto literário “A chuvarada”, obra .de Isabella e Angiolina, editada pela Editora FTD, na qual são apresentados, discutidos e estimulados valores entre os alunos. A história, que conta a experiência vivida pelos bichinhos ao perceberem que o jardim está sendo regado pelo jardineiro, é trabalhada em disciplinas, como Português, Matemática e Ciências, fazendo com que o projeto seja marcado pela interdisciplinaridade. A tecnologia nas diferentes épocas do passado e do futuro marcaram os trabalhos do 2º ano. A Porto Alegre do futuro esteve presente nas salas nas quais os alunos do 3º ano apresentaram trabalhos com experimentos sobre solo, água e vulcões.
A origem e a formação do povo gaúcho norteou os trabalhos das turmas do 4º ano, nos quais os alunos conheciam o passado e projetavam o futuro que queriam deixar para os descendentes. Nessas salas, foram apresentadas, por exemplo, a árvore genealógica de cada família, onde os visitantes acompanhavam a origem de sua história e também aprendiam sobre gastronomia com a degustação de pratos típicos produzidos por cada família, e uma exposição com fotos, onde cada aluno teve a oportunidade de usar técnicas estudadas em sala de aula para realizar o envelhecimento do próprio rosto, como uma forma de enxergar o futuro. A partir da leitura do livro Rangers - A Ordem dos Arqueiros, de John Flanagan, os alunos do 5º ano estudaram a Idade Média através da realização de pesquisas, músicas, danças, alimentos produzidos em variadas épocas. Maquetes e fôlderes, em inglês, foram elaborados como resultado da visita às Missões, realizada em maio. Através do nome em braile, os estudantes perceberam o funcionamento do sistema nervoso, abordado durante as aulas de Ciências. Muitas famílias visitaram o Cantinho do Show de Talentos para acompanhar as apresentações dos filhos durante as projeções de clipes do evento, promovido no mês passado, e também para copiarem as fotos dos espetáculos. Faça a leitura do QR-Code ao lado (veja mais instruções na página 02) e confira a cobertura completa da V Ciranda de Ideias.
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EVENTOS
>>Qual carreira escolher? Pensar na escolha da profissão é, muitas vezes, difícil e leva
Mesmo ainda tendo um ano para decidir para qual curso
tempo. Para ajudar os estudantes de 2ª e 3ª séries do Ensino
prestar vestibular, Guilherme, da 2ª série do EM, contou que
Médio do Colégio Farroupilha, o Setor de Orientação Educa-
a Jornada das Profissões serviu para confirmar o desejo de
cional do EM promoveu, no dia 27 de junho, a Jornada das
uma carreira na área da saúde, e não da tecnologia. “Eu ain-
Profissões. Ao todo, foram 18 palestras com profissionais do
da estava em dúvida, mas participar do evento serviu para
Direito, Administração, Publicidade e Propaganda, Arqui-
esclarecer muitas dúvidas. Descobri que não quero Tecnolo-
tetura, Engenharia de Produção, Ciências da Computação,
gia da Informação, e pude confirmar o meu desejo de fazer
Produção Audiovisual/Cinema, Ciências Contábeis, Geração
Medicina”, explicou.
de Mercado, Comércio Exterior, Medicina, Jornalismo, Enge-
A atividade foi apontada como positiva pelos profissionais.
nharia Civil, Economia, Design, Psicologia, Relações Públicas
“É uma iniciativa válida para os alunos, porque a escolha
e Pensando no Futuro. “A Jornada tem como objetivo opor-
da profissão é realmente difícil. Eu, por exemplo, não lem-
tunizar aos alunos momentos de reflexão, esclarecimentos e
bro de ter tido esse tipo de auxílio na escola”, afirmou o
informações sobre as diversas profissões, a formação neces-
publicitário Tiago Russel. “A decisão acontece muito cedo
sária e o campo de atuação”, destacou a orientadora educa-
e, às vezes, não temos a maturidade suficiente para saber
cional Marilinda Jaques da Silva.
o que queremos. Por isso, aconselho parar e se escutar um
Saber mais sobre Publicidade e Propaganda ajudou a aluna
pouco”, completou a médica Suzane
Danielly, da 3ª série do EM, a ter certeza na escolha. Ela des-
Beirão de Almeida.
cobriu que o mercado de direção é bem amplo e com oportunidades. “Pude ver os vários caminhos que a Publicidade
Faça a leitura do QR-Code ao lado (veja
pode me dar, podendo me inspirar e fazer o que quero. A
mais instruções na página 02) e confira
área vai me dar a chance de experimentar”, disse.
as fotos da Jornada das Profissões.
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Revista Farroupilha n° 108 106
VARIEDADES
Liberdade criativa em forma de tecnoarte Percepções artísticas sobre geometria, estudo das linhas e dos pontos, surrealismo, cubismo, videoclipes e animações em vídeos com fotos, assinados por alunos do 6º ano, da 7ª e 8ª séries do Ensino Fundamental e da 1ª e 2ª séries do Ensino Médio, compõem a Mostra de Trabalhos, aberta para a visitação do público até o dia 28 de agosto, no Saguão das Artes do Farroupilha. Organizada pelas professoras Daniele Fetter e Loára Huyer Aydos, a exposição comprova que, quando se mistura arte e tecnologia, os resultados podem ser surpreendentes. “Os alunos demonstram, através de desenhos, os conhecimentos adquiridos sobre geometria e pontos, onde exploram diversos materiais de forma criativa”, afirma a professora das turmas de 6º ano e da 7ª série, Daniele. Os trabalhos dos alunos de 8ª série, conforme a professora Loára, apresentam conceitos de surrealismo e construção de cubos, além de montagens de obras, nas quais os estudantes usam recursos de tecnologia para apresentarem criações exclusivas. A arte e a tecnologia estão presentes também nos videoclipes elaborados pelos alunos da 1ª série. Composições artísticas aplicando conceitos do cubismo marcam os trabalhos assinados pelos estudantes da 2ª série.
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A VOZ DO ALUNO
Semestre de
realizacoes
O GEF agradece a participação e o apoio de todos no primeiro semestre de mandato. Durante esse tempo de gestão, conseguimos realizar a maior parte das propostas previstas e já organizamos muitas atividades bacanas para a volta às aulas! Feitas: - Jornada das Profissões - Slacklines nos recreios toda sexta-feira - Venda de bombons com recados no dia dos namorados - Recreio estendido (Três Figueiras e Correia Lima) - Copa das Confederações GEF para alunos do EM - Atividades para alunos do turno da tarde - Carteirinha de Estudante
Meninas do 3º ano B do EF
Para o segundo semestre, estamos preparando novas surpresas. Aguardem!! Júlia Jacociúnas e Roberta Silva.
Meninos do
Meninos no pi
3º a no B d o
EF
ng-pong
Giulia e Lauren, do 6º ano C do EF
Giovanna Lucchin e Giovana Oliveira , da 8ª séri e B d o EF
Igor, da 7ª série do EF
30
Revista Farroupilha n° 108 106
Isabela Vinhas e Nicole Flores, da 8ª série A do EF
Meninos do 6º ano E do
Gabriela, Luiza, Da
EF
niela e Ana Luiza
, ina e Fernanda Isadora, Valent da 8ª série B do EF
Leonardo, Eduardo, Bruno e 1ª série D do EM
Francisco cuidando do
Luis e Gabriel, da Giordano e Gabriel
recreio
2ª série C do EM
a, 1ª série do EM
31
FARROUPITO
A cooperacao esta presente no nosso dia a dia Colégio Farroupilha acredita na importância
mone Muller, e o Nível 1 C, da professora Cristine Peixo-
de trabalhar com os conceitos que envolvam
to e auxiliar Rafaela Camargo. “Estávamos trabalhando
a cooperação, buscando o crescimento e o de-
anteriormente com o projeto ‘Conviver é aprender’, que
senvolvimento das crianças no dia a dia, tanto na escola
teve como objetivo a ampliação das relações dentro do
quanto na vida. O Turno Integral do Jardim de Infância
grupo, fortalecendo os vínculos. Acredito que as apren-
desenvolve atividades semanais pensando nessa coope-
dizagens referentes à convivência e à cooperação com
ração, como, por exemplo, a oficina de “Futebol e Jogos
o outro são para todos os momentos da vida”, afirma a
Cooperativos”.
professora Louise.
Após conversa sobre a oficina, os pequenos repórteres
As turmas do Nível 1 foram convidadas pelo Turno Inte-
demonstraram curiosidade em saber como as demais
gral a participar de uma brincadeira cooperativa, cha-
turmas cooperam e ajudam o outro nas rotinas diárias da
mada “Paraquedas”, que teve por objetivo o trabalho
Educação Infantil. Para responder a tais questionamen-
em equipe. No momento em que os repórteres explica-
tos, foram escolhidas duas turmas da Educação Infantil:
ram o que entendiam por cooperação para as turmas,
Nível 1 A, da professora Louise Benchaya e da auxiliar Si-
teve início a entrevista.
O
32
Revista Farroupilha n° 108 106
N1 Professora Louise Benchaya Farroupito: Se um amigo se machuca, vocês ajudam? Por quê? Turma Nível 1A*: Sim, nós ajudamos. Ajudamos o amigo a se levantar. Se um amigo se machuca, eu coloco um band-aid. A gente cuida dos amigos, porque sabemos conviver. Farroupito: Vocês emprestam os brinquedos para os outros colegas? Turma Nível 1A: Nós emprestamos e dividimos os brinquedos com os amigos. Mesmo gostando muito do brinquedo, eu empresto na hora. Quando a gente divide, podemos brincar junto com o amigo. Farroupito: O que mais vocês fazem para ajudar os outros amigos? Turma Nível 1A: Eu brinco com os amigos. Ajudo a abrir o canudo do suco na hora do lanche. Ajudo a fechar a mochila. Levo o amigo na água da fada quando ele se machuca. Ajudo a guardar o brinquedo da amiga.
N1 professora Cristine Hummes Peixoto Farroupito: Vocês gostaram da brincadeira de cooperação com o Paraquedas? Por quê? Turma Nível 1C*: Sim, porque é colorido. Porque deu certo. Foi muito legal. Todos os amigos participaram. Foi muito divertido. Farroupito: Como vocês cooperam em casa? Turma Nível 1C: Ajudo a fazer o lanche e a arrumar a lancheira. Ajudo no banho. Ajudo a guardar as roupas e a arrumar o meu quarto. Ajudo a secar meu cabelo. Farroupito: Quando um amigo ou colega chora, o que você faz? Turma Nível 1C: Um carinho, um abraço e oferecemos um brinquedinho que ele gosta. Farroupito: Na rodinha o grupo coopera? Turma Nível 1C: Eu levanto o dedo para falar. Faço o que a professora pediu. Escuto a professora Cris. Espero minha vez de falar.
*Respostas fidedignas às concedidas pelas crianças.
33
Revista de Divulgação Científica para Crianças, ano 24, n° 223, Maio de 2011, pág. 20
PASSATEMPO
34
Revista Farroupilha n° 108 106
35
Revista de Divulgação Científica para Crianças, ano 24, n° 226, agosto de 2011, pág. 17
DESTAQUES
Confraternização e muita diversão com a
C
onsiderada a segunda festividade mais popular do Brasil depois do Carnaval, a Festa Junina é uma ótima oportunidade para novos apren-
dizados. No Farroupilha, toda a comunidade escolar é envolvida com os preparativos e com a realização da confraternização. Além de resgatar as manifestações culturais de diversas regiões do país, a festa serve também para valorizar a tradição gaúcha.
Apresentações artísticas O senso de autonomia e a cooperação entre os estudan-
Envolvimento das famílias
tes de todos os níveis de ensino da sede e da Unidade
Oportunidade para aproximar ainda mais as famílias do
Correia Lima são estimulados pelos professores. No pal-
Colégio, a Festa Junina é um momento de integração para
co montado na quadra poliesportiva, no dia 22 de junho,
pais e filhos. Dentre as quatro mil pessoas que circularam
foram apresentados 18 espetáculos com estilos de dan-
pelo Farroupilha, grande parte era formada por parentes
ças tradicionais, como a Dança do Pezinho e o Xote Car-
de estudantes. Em algumas apresentações, como a Mar-
reirinha, entre outras. A diversidade de ritmos que mar-
cha Polonaise, dança originária da Polônia, pais e mães
cam a nossa brasilidade incluiu o forro e o baião, estilos
dançaram ao lado dos filhos. Ouve também quem prefe-
musicais típicos da região nordeste. “Através da dança
risse fazer surpresa para a família durante a Festa Junina.
e do canto, nossos alunos desenvolvem a coordenação
“Minha filha me disse que só me contaria a surpresa que
motora ampla, a atenção e também a criatividade quan-
tinha reservado para mim durante a festa. Adorei a expe-
do nos ajudam a elaborar as coreografias”, disse a profes-
riência”, revelou o dentista Sérgio, que pela primeira vez
sora de Música, Giane Ramos.
dançou ao lado da filha Gabrielli.
36
Revista Farroupilha n° 108 106
Valorização de talentos Estilos de músicas variadas foram apresentados por ex-aluno, por duas bandas compostas por estudantes do Ensino Médio do Colégio e por convidados. Formado em 2005, o ex-aluno Philipe Phillipsen, foi o primeiro a subir no palco para cantar e tocar gaita. O grupo Jovem CTG Caminhos do Pampa, de Porto Alegre, apresentou danças típicas do Rio Grande do Sul. As Bandas Dear Alice e Escriba, tocaram clássicos do rock e blues. Os Formigos, dupla de São Leopoldo, trouxe irreverência e muita alegria para o palco ao encerrar as comemorações juninas.
Recursos para a formatura Brincadeiras típicas com Pescaria, Argola, Boca do Palhaço, Oficina de Tatuagens, Chute a Gol e brinquedos infláveis serviram de diversão e como fonte de renda para os formandos da 3ª série do Ensino Médio, que aproveitaram a Festa Junina para arrecadar recursos para a formatura.
Consciência social O trabalho comunitário reforça a importância da consciência social entre estudantes, professores, colaboradores e comunidade em geral. Centenas de crianças e pessoas da terceira idade foram beneficiadas com a Festa Junina. O ingresso em forma de doação fez com que o Colégio arrecadasse quase uma tonelada de alimentos não-perecíveis, posteriormente doados a várias entidades assistenciais de Porto Alegre. Quer saber como foi a Festa Junina? Faça a leitura do QR-Code ao lado (veja mais instruções na página 02) e assista ao vídeo.
37
DESTAQUES
Educação e arte caminham juntas no
M
omento mágico para alunos e professores.
de votação no site do Colégio. Números de dança, músi-
Assim é descrito o Show de Talentos, evento
ca, mímica, charadas, piadas, dublagem, peças teatrais e
que oportuniza aos alunos dos Anos Iniciais
dramatização sonora encantaram a platéia formada por
minutos de fama no palco do Auditório do Farroupilha,
colegas e amigos.
onde são apresentados espetáculos escolhidos, ensaia-
Na plateia, a interação com os colegas é total. O clima de
dos e dirigidos pelos próprios estudantes. Através da
coleguismo e solidariedade contagia todo o Auditório.
arte, retratada nos três dias do evento, as crianças desen-
“Somos amigos desde a infância, quando estudávamos na
volvem principalmente o senso crítico e o trabalho em
outra escola”, comentou Ricardo, do 3º ano G, ao respon-
equipe, fatores que os ajudam a se preparar para encarar
der à pergunta do professor Vinícius Feldens porque ha-
os desafios da vida. Durante três dias, a sétima edição do
via escolhido o colega Caetano, do 3F, para dividir o palco
evento contou com mais de 100 apresentações realizadas.
e encenar a peça Star Wars. O sentimento de solidarieda-
O tema Super-Herois foi escolhido pelo público através
de marcou a apresentação das amigas Manuela e Renata,
38
Revista Farroupilha n° 108 106
ambas do 3º ano. “Quando percebemos que a Mariana estava sozinha, imediatamente quisemos convidá-la para formarmos um trio”, disseram as meninas em coro. “Ficamos extremamente felizes e orgulhosos ao perceber o envolvimento dos nossos alunos e suas famílias, desde a escolha do tema até a apresentação final. É um momento único, onde percebemos o brilho nos olhos de cada um que sobe ao palco, a alegria dos que estão na plateia ao apoiarem e aplaudirem seus colegas, o nervosismo antes das apresentações, todas essas emoções fazem parte desse momento mágico para alunos e professores”, sintetizou a professora Carla Silva, da comissão organizadora. “Para a próxima edição, já estamos pensando em novas surpresas e desafios!”, avisou Carla. Quer conferir os vídeos do V Show de Talentos? Então, faça a leitura do QR-Code ao lado (veja mais instruções na página 02).
39
Túnel do tempo
Movimentos deram voz aos alunos do Farroupilha Ao longo de sua história, o Colégio Farroupilha manteve vários canais de comunicação com a comunidade escolar. O primeiro veículo lançado pelos alunos foi o informativo “Das Band”. Mobilizados, os alunos perpetuaram por várias gerações o hábito de lançar publicações que manifestavam a opinião deles sobre fatos da época e repassavam sugestões relacionadas ao contexto escolar. Abaixo, você conhece as principais formas de comunicação que marcaram os 127 anos do Colégio:
“Das Band”- o periódico escolar “Das Band, Monatschrift der Schulendes Deutschen Hilfsvereinszu Porto Alegre”, foi lançado em 1º de maio de 1929. Com periodicidade mensal, inicialmente produzido em sua totalidade na língua alemã, o jornal escolar era editado pelos alunos do curso primário e do curso ginasial e por professores da Deutsche Hilfsvereinschule (Colégio Farroupilha) e circulou por 10 anos. O conteúdo era basicamente informativo. Restringia-se a informar à comunidade escolar as principais iniciativas do Colégio. Foram produzidas 98 edições, que continham de 16 a 20 páginas, sendo quatro a cinco delas destinadas à divulgação de propagandas dos patrocinadores, formados, em sua maioria, por comerciantes alemães estabelecidos no centro de Porto Alegre.
“Relatório Mensal do Colégio Farroupilha”- as políticas de nacionalização do ensino, que resultaram no Golpe do Estado Novo em 1937, pelo então presidente Getúlio Vargas, fizeram com que o periódico “Das Band” fosse substituído, em maio de 1939, pelo “Relatório Mensal do Ginásio Teuto-Brasileiro Farroupilha”. O informativo trazia artigos preferencialmente em língua portuguesa, que dissociavam a imagem do Farroupilha de uma escola alemã para uma escola brasileira, na tentativa de nacionalizar o conteúdo do periódico, já que o cotidiano do alemão foi substituído pelo do gaúcho. Servia basicamente como uma fonte para mera informação sobre os projetos desenvolvidos pelo Colégio.
40
Revista Farroupilha n° 108 106
“O Clarim”- em 1945, os alunos do Grêmio Estudantil Farroupilha iniciaram a produção da revista estudantil intitulada “O Clarim”. Na primeira revista, datada de 25 de julho, a diretoria já deixava explícitos os ideais do Clarim: “Que fale de boa vontade entre amigos, que ensine a cumprir o dever, que dê valor pessoal ao esmero nos estudos pelo qual se consegue o saber que redunda em poderio”. Até hoje, não se sabe se havia ou não uma padronização quanto à regularidade das edições do Clarim. Editado principalmente por alunos da 4ª série do curso primário, em tamanho ofício e com quatro páginas, o informativo era vendido entre a comunidade escolar e apresentava o cotidiano da escola sob o ponto de vista dos alunos.
Revista Farroupilha- a revista Farroupilha foi criada com o intuito de tornar-se um instrumento de divulgação entre o Colégio Farroupilha e seus alunos e familiares. Tudo começou com a publicação, a partir de julho de 1984, do jornal “O Farroupilha Informa” que se constituía em um instrumento de divulgação que complementava uma série de contatos entre a Escola e os seus alunos e familiares. Com formato tabloide e tiragem de 2.500 exemplares, a publicação era meramente informativa e não tinha periodicidade certa. A segunda edição de “O Farroupilha Informa” foi publicada em dezembro de 1984. Em abril de 2001, o então jornal, agora chamado de “O Farroupilha” é apresentado à comunidade escolar com formato de revista e colorido. A publicação passa a acompanhar e divulgar o que acontece no Farroupilha, além de publicar as comunicações usuais, feitas por meio das agendas, de comunicações específicas das coordenações sobre atividades escolares e dos próprios contatos com os
A Revista Farroupilha foi a primeira publicação editada por uma instituição de ensino a usar o QR-Code em suas matérias.
pais durante reuniões coletivas e individuais. Serve basicamente para mostrar as realizações e as atividades desenvolvidas pelo Colégio. Com tiragem de 3 mil exemplares e periodicidade mensal, a edição passou a ser disponibilizada on-line. A partir de março de 2011, a revista tem mudanças no planejamento editorial e gráfico. Com novo formato, em papel couché fosco, a publicação passou a ser mais interativa, com diversas seções contemplando temas da atualidade e de interesse do público leitor. A quantidade de páginas, que até então oscilava entre 16 e 24, passa a ser ampliada para até 54 páginas. Novas seções são incorporadas à publicação, que, a partir de maio de 2011, mês em que a Instituição completava 125 anos, passou a ser chamada de Revista Farroupilha. Em julho do mesmo ano, a publicação passou a ter periodicidade bimestral. Recursos tecnológicos, como o QR-Code, comprovam que a renovação é característica permanente da publicação.
41
ESPORTES
Equipes de Handebol classificam-se para final de Torneio
As equipes infantis masculina e feminina de Handebol, ambas treinadas pelo professor Fabiani Silveira, estão classificadas para disputar as finais da Taça Anchieta de Handebol, dia 28 de setembro. A competição é organizada pelo Colégio Anchieta e os jogos iniciam a partir das 15h. As duas equipes classificaram-se para as finais vencendo todos os jogos na fase classificatória.
Farroupilha é campeão no Voleibol mirim masculino e finalista no Basquete mirim e infantil masculino
42
Nas Copas Farroupilha de Basquete e Voleibol, orga-
pilha de Basquete, a equipe infantil masculina ficou
nizadas pelo Colégio Farroupilha, já começam a surgir
com o terceiro lugar, enquanto que a equipe mirim
os primeiros resultados. O torneio de Voleibol Mirim,
masculina já está classificada para disputar a semifinal
por exemplo, já foi concluído. Nessa competição, o
do torneio. Nessa mesma competição, as equipes ju-
Colégio Farroupilha participou com duas equipes, e o
venis masculino e feminino ainda estão disputando a
time A conquistou o título do torneio. Na Copa Farrou-
fase classificatória do torneio.
Revista Farroupilha n° 108 106
Terceiro lugar no Torneio Top Four
XLI Jogos do Colégio Farroupilha
A equipe do Colégio Farroupilha, treinada pelo
“Fazendo escolhas para um mundo melhor”. Este
professor Paulo Xis, ficou com o terceiro lugar no
é o tema do XLI Jogos do Colégio Farroupilha pro-
torneio Top Four de Futsal Feminino, organizado
posto pelos alunos da 3ª série do Ensino Médio e
pelo Colégio Farroupilha em parceria com as equi-
pelo Grêmio Estudantil. O desfile acontecerá no
pes participantes. O objetivo do Torneio é preparar
dia 13 de setembro, às 17h, na Pista Atlética.
o time juvenil para os três jogos que serão dispu-
Quer conferir o regulamento para o desfile de
tados no segundo semestre: o Estudantil Paquetá
abertura do XLI Jogos do Colé-
esportes, o CERGS e os Jogos da Juventude (caso
gio Farroupilha? Faça a leitura
seja campeão estadual do CERGS). O torneio reu-
do QR-Code ao lado (veja mais
niu equipes da Escola Gustavo Schreiber, de São
instruções na página 02) e leia
Leopoldo, da ASTTI e da UFRGS.
mais informações.
Terceiro lugar na Copa Unimed A equipe infantil masculina de futebol do Colégio
Na semifinal, a equipe perdeu de 1 a 0 para o time da
Farroupilha conquistou o terceiro lugar na 12ª Copa
Escola Dom Hermeto. Na decisão pelo 3º lugar, vitó-
Unimed, disputada em Santana do Livramento, nos
ria na disputa de pênaltis por 5 a 4 sobre a equipe da
dias 17 e 18 de maio. Treinada pelo professor Paulo
Escola Maurício Cardoso, após empate em 1 a 1 no
Xis, o time empatou dois jogos e venceu outros dois.
tempo normal.
43
NOSSA COMUNIDADE
Gerencie o tempo e garanta boas notas o ano inteiro E
stabelecer e seguir um planejamento de estudos significa otimizar o tempo diário e obter notas melhores no Colégio. Que o digam os alunos dos
Anos Finais da sede do Farroupilha e da Unidade Correia Lima, que participam do projeto Hábitos de Estudos, co-
ordenado pela equipe pedagógica. “Quando o estudo se torna um hábito, ou seja, é praticado um pouco a cada dia, traz resultados positivos e não se torna uma tarefa maçante e tediosa, já que o tempo reservado é conciliado
Organização garante mais qualidade à rotina escolar e social dos alunos.
com outras atividades interessantes como esportes, lazer
aprendizagem. “Nas oficinas de Programação de Horá-
e demais compromissos. Na medida em que o aluno tem
rios, participaram os professores do Grupo Autonomia,
como hábito estudar diariamente, que pode ser em torno
parceiros deste projeto, que trabalham a ideia de que
de 50 minutos a uma hora e meia, fica fácil associar o es-
com organização é possível conciliar os compromissos
tudo ao prazer e à satisfação de aprender cada dia mais.
da escola, atividades extra-classe, lazer, descanso e ain-
Desta forma, o estudante consegue utilizar estratégias
da assim sobra tempo de sobra para estudar”, acrescen-
para ter o tempo e organização a favor da aprendizagem”,
tam as profissionais. “Percebemos que os alunos tinham
garantem as psicólogas escolares, Greicy Boness de Arau-
dificuldades para conciliar uma série de atividades diá-
jo e Patrícia Moreira.
rias. No meio de tanta coisa, as realizações das tarefas es-
O desenvolvimento da autonomia e da organização com
colares acabavam ficando por último. Com isso, o aluno
o foco nos estudos são alguns dos temas desenvolvidos
perdia tempo e qualidade de estudo, sentia-se cansado
durante o primeiro semestre. O projeto iniciou na sede
e, em alguns casos, até estressado por não saber o que
do Farroupilha com uma palestra musicada sobre moti-
fazer primeiro”, recorda-se o professor regente da turma
vação para os estudos, direcionada às turmas de 7ª e 8ª
do 6º ano da Unidade Correia Lima e de uma turma da
séries do Ensino Fundamental. Pensando na importância
sede, Christian Sperb.
de orientar os alunos para uma metodologia eficaz em
Com apenas dois meses de implantação, os resultados
aproveitar ao máximo o tempo de estudo, foram orga-
são percebidos nas salas de aulas e refletidos nas casas
nizadas oficinas com os alunos de 6º ano, 7ª e 8ª séries
dos alunos. “Minha rotina social e escolar melhorou mui-
sobre Programação de Horários para o Estudo, bem como
to. Estou trocando a tevê pelos livros. Adoro ler roman-
orientações sobre os processos cognitivos envolvidos na
ce, aventura, ficção e terror. Minha mãe me parabenizou
44
Revista Farroupilha n° 108 106
porque as minhas notas subiram. Antes, tinha média geral
na é fundamental. Escreva aquilo que tem que fazer, en-
9,0. Agora, subiu para 9,5”, avalia a estudante do 6º ano do
tão decida o que fazer naquele momento, o que agendar
Correia Lima Maria Eduarda Caliari de Brum. Para a colega
para mais tarde, o que pedir para alguém fazer e o que
Diana Baptista Ghisleni, que ingressou este ano no Correia
adiar para mais tarde. Anote em um caderno ou em um
Lima, o principal benefício do projeto foi ajudá-la a esta-
quadro, por ordem cronológica, compromissos, aulas e
belecer uma rotina diária. “Hoje, tenho mais disposição
reuniões. Sempre saiba de ante-mão o que tem para fazer
para realizar tudo o que desejo. Quando chego em casa, a
naquele dia; sempre vá para a cama, sabendo que você
primeira coisa que faço é o tema de casa, que antes sem-
está preparado para o dia seguinte.
pre ficava para segundo plano”, confidencia. Para o segundo semestre, estão previstas novas oficinas para os alunos sobre Hábitos de Estudos, que envolverão métodos e a reflexão sobre a importância do estudo diário como parte do processo de aprendizagem. Na Unidade Correia Lima, o projeto deve ser ampliado para as turmas da 7ª e 8ª séries. Acredita-se que o estudante que conhece os melhores métodos de estudos sabe organizar e programar seus horários, tende a apresentar uma postura autônoma frente ao conhecimento, capaz de atuar de modo crítico e ativo em busca de seu projeto de vida. “Geralmente, o aluno que apresenta problemas na aprendizagem é o mesmo que enfrenta dificuldades para organizar a sua rotina diária”, constata a orientadora e supervisora de ensino do Correia Lima, Lisiane Oliveira. Para quem deseja otimizar o seu tempo, Lisiane dá algumas dicas importantes, como: aprenda a monitorar o seu tempo; reflita sobre como utilizar melhor o tempo; saiba identificar quando está perdendo tempo e quando o tempo usado está sendo produtivo. “Preencher uma planilha
Para colocar em prática um plano de estudo eficaz, você deve: • Dormir o suficiente; manter uma dieta balanceada e ter momentos de lazer; • Priorizar as tarefas ; • Preparar-se para discussões/debates antes da aula ; • Programar o tempo para rever com calma o material da aula do dia seguinte.Lembre-se: o esquecimento se dá dentro de 24 horas em que não houve revisão; • Reservar um tempo mínimo de estudo em casa por dia; • Escolher um local para estudo em que não ocorram distrações; • Buscar “períodos onde o silêcio impere”; • Programar uma revisão semanal dos conteúdos. Assim você aproveita para se preparar para as provas; • Lembrar-se de não se tornar escravo de seu planejamento.
com todas as tarefas que precisa cumprir durante a sema-
45
NOSSA COMUNIDADE
Dos jogos para a vida real A
prender, de uma forma lúdica, a desenvolver
metodologia é desenvolvida por uma professora que,
competências e habilidades que ajudarão as
por quatro anos, atuou como gestora pedagógica da
crianças a resolver situações e problemas rela-
Mind Lab no Brasil, empresa responsável pela criação
cionados à convivência em sociedade. Essa é a proposta
do programa, preparando docentes de várias escolas
do programa Mente Inovadora, aplicado aos alunos do
brasileiras, inclusive os do próprio Colégio, para aplicar
1º ao 5º ano do Ensino Fundamental da sede e da Uni-
o Mente Inovadora junto aos alunos. As atividades são
dade Correia Lima do Colégio Farroupilha. Através dessa
pensadas a partir do planejamento repassado pelos pro-
metodologia inovadora, baseada em jogos de raciocínio,
fessores regentes de cada turma”, conta Cristiane Bere-
os estudantes desenvolvem habilidades sociais, éticas,
nhauser Perrone, educadora do Laboratório da Mente.
emocionais e cognitivas, específicas para o ano que está
Os professores regentes, conforme Cristiane, assistem
sendo cursado. O programa tem por base os seguintes
às aulas no Laboratório e atuam como mediadores do
eixos estruturantes: resolução de problemas, gerencia-
processo, orientando os estudantes a encontrarem solu-
mento de recursos e cooperação.
ções para os problemas propostos e acompanhandoos
As aulas têm duração de 50 minutos e acontecem uma
nas próprias salas de aula, onde a metodologia tem
vez por semana no Laboratório da Mente. Além de
continuidade. “Não é jogo pelo jogo. Queremos que
possuir um espaço especial para a realização das aulas,
os alunos aprendam a pensar e a resolverem situações
o Farroupilha é a única instituição do Estado na qual a
que são fundamentais para a convivência em sociedade
46
Revista Farroupilha n° 108 106
e que eles levarão para o resto de suas vidas”, destaca a
banho no quarto. Na hora, tive vontade de xingála. Parei
especialista ao reforçar que o trabalho tem como foco
e pensei melhor. Decidi então conversar com o meu pai,
a transcendência, ou seja, a aplicabilidade de determi-
que acabou falando com a mana”, recorda Bruno, aluno
nado momento vivenciado através do jogo em uma si-
do 3º ano do Correia Lima. As vantagens do aprendiza-
tuação da vida do aluno. Anualmente, cada estudante
do em grupo são analisadas por Júlia, aluna do 2º ano
recebe um kit, composto por: jogo do ano, livro do alu-
F da sede. “Com o método das Aves Migratórias, apren-
no e um booklet da família (pequeno livro destinado às
demos coisas novas com os nossos colegas e o trabalho
anotações dos pais e responsáveis).
em grupo fica muito melhor”, garante. Para o colega de
Ao longo de todo o programa, dois métodos são bastan-
classe Pedro, o programa o ajuda a aprender, comparti-
te reforçados junto às turmas: o das Aves Migratórias, em
lhar conhecimentos com as pessoas, parar para pensar
que a importância e os benefícios do trabalho em grupo
diante de alguma dificuldade e procurar agir certo sem-
são destacados, e o do Semáforo, que consiste em parar,
pre. “Meus pais me elogiaram porque perceberam que o
pensar e agir certo diante de todas as situações relacio-
meu comportamento mudou. Minha mãe me disse que
nadas ao cotidiano. “As aulas são muito legais porque
eu estava de parabéns porque havia deixado de brincar
nos ensinam coisas que a gente leva para o resto da vida.
somente com as pessoas grandes do meu condomínio.
Certa vez, minha irmã mais nova colocou o seu ursinho
Agora, brinco com meninos e meninas da minha idade”,
de pelúcia, todo molhado, em cima da minha toalha de
diz.
Metodologia desenvolve habilidades sociais, éticas, emocionais e cognitivas.
Competências e habilidades estimuladas de acordo com o ano letivo do aluno: • 1º ano: foco na coleta e análise de dados, elaboração de perguntas pertinentes para os problemas, classificação e seriação, alfabetização, convivência em grupo e cooperação. • 2º ano: ênfase na questão social, no respeito ao outro, na tolerância às diferenças, na união de forças e na prevenção ao bullying. • 3º ano: trabalha a impulsividade, a verificação e
análise de dados, matemática, como fazer uma triagem diante de uma informação do que é importante, aprender a parar, pensar e agir certo. • 4º ano: foco na interpretação de textos, selecionar a informação e transpô-la para a prática. • 5º ano: independência de informações, saber lidar com as mudanças repentinas e bruscas, preparação para os Anos Finais.
47
NOSSA COMUNIDADE
Cognitivas
• Resolver problemas; • Planejar e tomar decisões; • Estabelecer conclusões lógicas; • Investigar e compreender situaçõesproblema; • Pensar de forma criativa; • Desenvolver memória, classificação, seriação.
Éticas
• Respeitar, tolerar e viver a diferença; • Agir positivamente para o bem comum.
Habilidades
As habilidades se referem a um conjunto de saberes específicos: o saber-fazer. Revelam ainda uma certa autonomia, aquilo que o sujeito é capaz de fazer sozinho. São construídas em práticas específicas e localizadas em um espaço de tempo mais curto do que as competências. Por exemplo, algumas habilidades:
Sociais
• Cooperar e colaborar; • Lidar com regras; • Trabalhar em equipe; • Comunicarse com clareza e coerência; • Resolução de conflitos; • Atuar em um ambiente de competição sadia.
48
Revista Farroupilha n° 108 106
Emocionais
• Lidar com as emoções, com o ganhar e o perder; • Autoconfiança; • Autoestima; • Autoavaliação; • Responsabilidade; • Aprender com o erro.
Farroupilha apresenta trabalho durante Encontro de Lideranças Inovadoras “Brincadeira que não tem graça: Cuidar é básico e unir
A proposta pedagógica, estruturada com base nas regras
forças é necessário – o Jogo dos 4 como recurso peda-
do Jogo dos 4, enfatiza as diferenças individuais que, jun-
gógico na conscientização e prevenção ao Bullying” é o
tas, complementam-se para formar o todo. “Transcenden-
tema do trabalho que o Farroupilha apresentará dia 17 de
do para a vida do aluno, foi dada ênfase na convivência,
agosto, em São Paulo, durante o Encontro de Lideranças
no respeito e na prevenção ao grande mal que assombra
Inovadoras. O evento é promovido pela Mind Lab Brasil e
as escolas do mundo na atualidade: o bullying”, conta a
congrega escolas privadas aplicadoras do programa Men-
educadora do Laboratório da Mente, Cristiane Berenhau-
te Inovadora. O Farroupilha é a única instituição do RS a
ser Perrone, que dividirá a apresentação do trabalho com
participar do Encontro.
a coordenadora dos Anos Iniciais, Letícia Bastos Nunes.
49
NOSSA COMUNIDADE
Crianças lançam livro em braile sobre valorização do ser humano
U
ma história de amizade, respeito e valorização do ser
construção do livro é importante para inserir valores posi-
humano. Esse é o enredo do livro em braile “Crianças
tivos na vida das crianças. “É nesta fase que eles constro-
diferentes, mas que se gostam”, lançado pelos alu-
em a personalidade deles e tais atitudes que levarão para
nos do Nível 3E da Educação Infantil, no dia 09 de julho. “Foi
a vida toda”, destacou. “É importante eles vivenciarem es-
uma construção coletiva, onde todos desenharam e deram
sas diferenças. O projeto é maravilhoso”, complementou
ideias. A turma se mostrou atenta, interessada e disposta a
Denise, mãe do aluno Pedro.
aprender”, elogiou a professora Anelize Mallmann.
A atividade fez parte do projeto desenvolvido pela tur-
Com a ajuda de Milena Cabral, irmã da orientadora da
ma, “Atitudes para um mundo melhor”. No final do lança-
Educação Infantil, Nadine Cabral, foi possível transformar
mento, todos assistiram ao vídeo #dojardimpravida, com
a história do livro para a linguagem dos sinais. Arthur, um
imagens dos alunos em cenas que mostram como pode-
dos alunos que se dedicou por alguns meses a preparação
mos transformar o mundo com pequenas atitudes, como
da obra, surpreendeu a plateia ao resumir o conteúdo da
atravessar na faixa de transito, ser gentil, utilizar a bicicleta
publicação. “O nosso livro é sobre as diferenças humanas,
como meio de transporte, cuidar da horta e dos animais,
e mostra como as pessoas devem se gostar mesmo sendo
não falar ao celular quando está dirigindo, separar o lixo e,
diferentes”, disse. Para Eubrando, pai da aluna Ana Sofia, a
acima de tudo, respeitar as diferenças.
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Revista Farroupilha n° 108 106
Para qualificar, vamos nos avaliar! Avaliação Educacional (2013)
O planejamento estratégico do Colégio Farroupilha tem como principal objetivo qualificar o processo de ensino e aprendizagem em busca da excelência educacional. Para identificar os pontos positivos e os aspectos a melhorar na educação que oferecemos, é fundamental estarmos abertos a compreender as famílias e avaliar a aprendizagem dos estudantes. A fim de garantir a transparência e imparcialidade na avaliação, contamos com a parceria do Instituto de Avaliação e Desenvolvimento Educacional (Inade).
FIQUE ATENTO ÀS SÉRIES E AOS ANOS SELECIONADOS E AO CRONOGRAMA DAS PROVAS:
// 5º ano e 8ª série do EF e 3ª série do EM
// 3º ano do EF
27/8 – Teste de Língua Portuguesa
26/8 – Produção Textual
28/8 – Teste de Matemática
27/8 – Teste de Língua Portuguesa
29/8 – Teste de Ciências Humanas
28/8 – Teste de Matemática
30/8 – Teste de Ciências da Natureza
26/8 – Questionário do aluno e Produção Textual
As famílias dos alunos que realizarem as provas receberão um formulário que deve ser respondido e devolvido ao Colégio.
Saiba mais em: colegiofarroupilha.com.br
Venha se divertir no
FARROUPILHA DIA 28 DE SETEMBRO, DAS 9h ÀS 13h, NO CAMPO DE FUTEBOL DO COLÉGIO. APRESENTAÇÕES ARTÍSTICAS, OFICINAS DE MÚSICA, ARTE, CULTURA E MEIO AMBIENTE. Na mesma manhã, ocorrerão a X Mostra Científica e a VII Mostra do Conhecimento. INSCRIÇÕES GRATUITAS Traga alimentos saudáveis e curta um picnic com a sua família.
#daescolapravida
Mais Informações: www.colegiofarroupilha.com.br eventos@colegiofarroupilha.com.br