Revista Farroupilha - Março e Abril - 2013

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Excelência e inovação marcam os 155 anos da ABE de 1858

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Revista do Colégio Farroupilha - Ano XXI - N° 106 - Março/ Abril de 2013


Expediente: Nº 106 – Março e Abril de 2013 Revista Bimestral do Colégio Farroupilha Presidente da Associação Beneficente e Educacional de 1858 – ABE 1858 Fernando Carlos Becker Diretora Pedagógica do Farroupilha Marícia Ferri Jornalista Responsável Cláudia Oliveira MTB 8138 Coordenação Geral Tiago Schmitz Comunicação e Marketing comunicacao@colegiofarroupilha.com.br Diagramação Design de Maria www.designdemaria.com.br Revisão Textual Laboratório de Português Capa Aluna: Paula Nunes Paglioli, do 5º ano E do Ensino Fundamental. Ouvidoria Farroupilha ouvidoria@colegiofarroupilha.com.br (51) 3382 1889 Tiragem 1.500 exemplares Versão Online www.colegiofarroupilha.com.br

Devido à implantação do Projeto Sustentabilidade Farroupilha, estamos reduzindo a tiragem bimestral da revista de 4.000 para 1.500 exemplares impressos em papel reciclato, conforme comunicado enviado aos leitores. Desta forma, diminuímos o consumo de papel e de outros insumos decorrentes desta publicação. Ressaltamos que a versão online desta e de edições anteriores da revista estão disponíveis no site: www.colegiofarroupilha.com.br

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Revista Farroupilha n° 106

PALAVRA DO PRESIDENTE

Educação com Inovação é marca da ABE de 1858 Manter-se em sintonia com as demandas da contemporaneidade na área educacional é um desafio permanente para a Associação Beneficente e Educacional de 1858. Nesses 155 anos, completados em 21 de março, nosso trabalho mantém-se fiel à missão de educar para formar cidadãos competentes, éticos e transformadores. Dedicamo-nos, dia após dia, à implantação de um projeto que busca a excelência educativa, alicerçada pelos pilares da tradição, da disciplina e da inovação. Ao nosso lado, contamos com a participação valorosa de homens e mulheres com forte representatividade nos segmentos de mercado em que atuam e que dedicam, como conselheiros da ABE de 1858, uma visão estratégica e inovadora para a consolidação de um modelo de educação que prima por valores como o bom relacionamento, a busca pela excelência, a disciplina, a organização, a eficiência, o empreendedorismo e o compromisso com a sustentabilidade. Em parceria com a equipe pedagógica, liderada pela diretora Marícia Ferri, desenvolvemos um modelo de gestão compartilhada, baseada na valorização das competências de cada professor e/ou colaborador, que resulta em um processo de ensino-aprendizagem cada vez mais qualificado. Para marcar essa trajetória pioneira da mantenedora do Colégio Farroupilha, que comemora 127 anos no mesmo dia da fundação da ABE de 1858, lançamos o livro “O passar dos tempos e a educação – A excelência na história do Colégio Farroupilha”, viabilizado através da Lei de Incentivo à Cultura e que será distribuído em bibliotecas municipais de todo o Brasil. Momentos importantes e de pioneirismo vividos pelo Farroupilha, como a criação da primeira turma mista de alunos do Brasil, a implantação do primeiro Jardim de Infância do Estado e a parceria inédita com a Universidade de Cambridge são destaques da publicação. Depoimentos de ex-alunos, diretores e professores dão vida ao livro, que traça um paralelo entre a evolução do ensino básico no Rio Grande do Sul e as transformações do Colégio Farroupilha ao longo de muitas décadas. Com a união de todos, seguiremos em frente para fazer do Colégio Farroupilha um colégio único, em permanente destaque.

Fernando Carlos Becker Presidente da Associação Beneficente e Educacional de 1858


sumário

Espaço do Leitor

04

A fundação da “Knabenschule”

Fique por Dentro

06

Agentes da Cultura e da Inovação

Cuidar é Básico

08

Saúde, aprendizagem e convivência são focos do programa

Saúde

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Campanha de vacinação da Gripe H1N1 e de prevenção à Dengue

Destaques

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Ambiente agradável facilita o aprendizado

Pedagógico

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Estímulo permanente ao aprendizado experencial

Especial

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Livro resgata 150 anos de tradição e inovação na educação

A Voz do Aluno

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Nova diretoria toma posse no GEF

Nossa Comunidade

29

Relação de parceria e confiança com a família se traduz em benefícios

Idiomas

32

Programa de liderança no Canadá

Direção

36

Gestão compartilhada define os rumos da instituição

Farroupito

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ABE 155 anos e Colégio Farroupilha 127 anos ao nosso lado

Túnel do Tempo

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Parcerias em prol do ensino

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ESPAçO DO LEITOR

A fundação da “Knabenschule” Por Goetz R. Ludwig Voelcker, associado jubilado da AbE de 1858

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Uma das ruas que ladeiam o Colégio Farroupilha é

de 1928 a 1934, e eu, Goetz Rugard, de 1931 a 1936.

a Luiz Voelcker, nome de meu avô. Ele veio ao Brasil

Nos primeiros meses de 1931, as aulas eram minis-

em 1884, com o nome de Ludwig August Voelcker,

tradas numa sala da Comunidade Evangélica, na Rua

naturalizando-se anos depois.

Senhor dos Passos. Quando estas classes foram trans-

Sempre estivemos ligados, de uma forma ou outra,

feridas para o Casarão da Rua São Raphael, passei a

à ABE de 1858. O avô de minha mãe, Elsa, Wilhelm

estudar em uma das quatro salas novas, construídas

Döpfner, que veio ao Brasil em 1854, foi um dos pri-

nos fundos do prédio principal. Na cobertura, havia

meiros sócios do “Deutscher Hilfsverein”, sociedade

um terraço exclusivo para as meninas desfrutarem na

beneficente alemã que mais tarde foi denominada

hora do recreio. Entre os dois conjuntos de salas ha-

“Associação Beneficente e Educacional de 1858”. O

via um bebedouro e na parede acima dele, estava

“Deutscher Hilfsverein”, fundado em 21 de março

afixado, em letras de bronze, o provérbio latino Non

de 1858, destinava-se, entre outras atividades, a

scolae sed discimus, que significa: Não estudamos

prestar auxílio a imigrantes alemães.

para a escola e, sim, para a vida.

Meu avô Luiz Voelcker empenhou-se muito em prol

Os meninos passavam o recreio no pátio, onde uma

desta Associação. Participou também ativamente na

frondosa paineira oferecia sombra nos dias de calor.

fundação do Hospital Moinhos de Vento, tendo influ-

Na época, o diretor do Colégio era Hans Kramer

ência decisiva na escolha da localização e na configu-

(1929-1939), um pedagogo muito benquisto e em-

ração do entorno.

preendedor. Durante vários anos organizou, em

Em 1928, o “Hilfsverein” adquiriu uma área no atual

conjunto com pais de alunos, o que denominou de

bairro Três Figueiras, em Porto Alegre. Por ocasião do

“Leipziger Messe”, Feira de Leipizig, uma quermesse

loteamento, a diretoria decidiu homenagear pessoas

anual com barraquinhas, tômbolas e outras ativida-

de destaque na sociedade portoalegrense, dando

des lúdicas. Tinha a finalidade de angariar fundos para

seus nomes às principais ruas. Assim, temos hoje a

melhorias no Colégio e a instituição de bolsas de estu-

Rua Luiz Voelcker.

do. Eram dois dias de animação nas antigas dependên-

Vários descendentes de Luiz Voelcker foram alunos

cias da Sogipa, que se localizava na Avenida Alberto

do Colégio mantido pelo “Deutscher Hilfsverein”.

Bins. Kramer também organizou a publicação de “Das

Meu pai, Charles Voelcker, frequentou a “Knabens-

Band”, um pequeno jornal mensal que trazia textos de

chule” (colégio para meninos), entre 1898 e 1904. A

professores e as melhores redações dos alunos.

escola funcionava desde 1895, na Rua São Raphael,

Não se deve deixar de mencionar também dois do-

hoje Avenida Alberto Bins. Sua esposa, Elsa Graf Voel-

centes que já se destacavam nos tempos da “Hilfs-

cker, minha mãe, foi aluna da “Deutsche Töchterschu-

vereinschule” e que continuaram ativos por muitos

le” (escola para meninas), que desde 1901, também

anos no Colégio Farroupilha: Wilma Gerlach Funke,

localizava-se na Rua São Raphael.

que começou como professora em 1927 e chegou

Charles e Elsa tiveram dois filhos. Meu irmão Hans

à diretora do curso primário e o professor Friedrich

Gerd, mais velho, frequentou a “Hilsfereinschule”

Nicklas, que lecionou inglês de 1932 a 1968.

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Hans Kramer (o quinto da esquerda para a direita), diretor entre 1929-1939, organizou a Feira de Leipizig.

Meus dois filhos também frequentaram o Colégio Farroupilha: Christian, de 1966 a 1977, e Ingo Luiz, de 1968 a 1978. Os filhos de Christian seguem a tradição: Gabriel Medaglia Voelcker entrou para o Berçário em 1994 e completou o Ensino Médio em 2009; Ana Carolina Medaglia Voelcker começou no Berçário em 1999 e está no último ano do Ensino Médio. Karola Bettina Voelcker, falecida mãe de meus filhos, fez o curso de Técnico em Contabilidade na Escola Técnica do Comércio Farroupilha, em 1954. Minha atual esposa, Gisela Schmeling Voelcker, estudou no Velho Casarão, de 1952 a 1960. Outros parentes da família Voelcker também frequentaram a “Hilfsvereinschule” e, mais tarde, o Colégio Farroupilha: tia, primos e sobrinhos.

como instalar o leitor de QR code no seu celular Inventado no Japão em 1994, o QR Code foi criado para facilitar o acesso à informação por parte de usuários de celulares, podendo ler qualquer coisa de qualquer lugar. Para ler um QR Code ou Quick Response Code é preciso instalar um software em seu celular. Ele será responsável por decodificar a imagem capturada. Na internet, há muitos softwares gratuitos disponíveis. É preciso que se baixe um de acordo com o modelo do celular. Em português, o http://reader.kaywa.com é um dos melhores sites para baixar leitores de QR Code. Para aqueles que quiserem criar seus próprios QR Codes, em http://qrcoder.kaywa.com, é possível gerá-los facilmente.

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FIQuE POR DENTRO

s e t n e Ag

a r u t l u c da e da Inovação c

riatividade, experiência, colaboração, novos mo-

delos mentais, século XXI, inovação e mudança. Conceitos trabalhados durante a Semana de Formação Docente, realizada de 18 a 22 de fevereiro, vão nortear os trabalhos dos professores ao longo deste ano. Para oxigenar e capacitar os docentes, estão previstas atividades com a Perestroika, escola de criatividade, apresentada ao público durante o evento. O objetivo é estimular o aprendizado experiencial, aquele que pode ser aplicado ao cotidiano e cujos valores se perpetuam pelo resto da vida. “A formação continuada é uma exigência para atuarmos na escola do século XXI. Nosso trabalho está pautado em diretrizes importantes, como seriedade, comprometimento, solidariedade, ética, respeito e transparência”, enfatiza a diretora pedagógica, Marícia Ferri. Construção coletiva dos professores, a Revista Locus, apresentada durante a Semana de Formação Docente contempla temáticas, como: inclusão, avaliação, sustentabilidade e tecnologia educacional. “O compartilhamento dos saberes, relacionado ao conceito da inteligência coletiva preconiza a aprendizagem desse tempo”, destacou a assessora pedagógica, Márcia Beck Terres. Faça a leitura do QR Code ao lado (veja mais instruções na página 5) e assista ao vídeo do workshop da Perestroika na Semana de Formação Docente, veiculado no YouTube.

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Aula mais atrativaeressantes e estimular

mais int Para tornar as aulas sores podem s alunos, os profes a participação do facilitação ovadores, como a utilizar recursos in aos ta foi apresentada gráfica. A ferramen tária da ne Bergue, proprie docentes por Lucia ual é uma o. “A linguagem vis empresa Via Mosaic processo l. A facilitação é um linguagem universa ideias e de representação de de visualização e cado ao mapeia um signifi suas relações, ela ibilidade que trabalha a flex mesmo tempo em . Um mural em visual”, explica criativa na linguag utilizada balhada, que será com a temática tra rio ao longo cussões do seminá para resgatar as dis sores. rado pelos profes de 2013, foi elabo


Novo modelo de educação

Os resultados de uma pesqui sa qualitativa, feita no ano passado pela empresa Reali Estratégia & Marketing, com pais e alunos de instituições de ensino da rede particular de Porto Alegre, está sendo usada pelo Colégio Farr oupilha para traçar novas ações pedagógicas e de relacionamento com a comunidade educativa e com o mercado. Desenvolvido ao longo de doi s meses, o estudo apresentado durante o prim eiro dia da Semana de Formação Docente constat ou que o conceito de escola para os pais é visto como uma extensão da família enquanto que, par a os estudantes, o significado de aprendizagem não está relacionado ao sentimento de prazer.

No entanto, tanto os pais quanto os filhos concordam que o modelo de ensino precisa passar por reformulações para que a escola atinja o modelo ideal, composto por bons professores, recursos de conveniência e estrutura adequada. “A pesquisa evidenciou a credibilidade que o Farroupilha tem no mercado e a nossa responsabilidade em ampliar o padrão de qualidade educacional”, enfatiza a professora Ana Marcon. “O Colégio Farroupilha é uma instituição de qualidade com uma marca consolidada na sociedade e queremos ampliar cada vez mais sua colocação no mercado educacional, promovendo aos nossos alunos experiências no Brasil e no exterior, colocando-os sempre em uma posição destacada”, acrescenta a diretora pedagógica, Marícia Ferri. “A instituição que conseguir realizar essa mudança gradual e planejada, que conquista a confiança dos pais e repassa um modelo inovador para os alunos sairá na frente”, alerta Thaís Reali, diretora da empresa Reali, responsável pela elaboração da pesquisa.

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cuidar é básico

Saúde, aprendizagem e convivência são focos do programa Sensível aos problemas das atuais gerações, o Farroupilha realiza há três anos o programa Cuidar é Básico. O projeto tem como foco a promoção de hábitos saudáveis e qualidade de vida em todos os níveis de ensino, da Educação Infantil ao Ensino Médio. Além de ações voltadas para a promoção da saúde, o programa ganhou neste ano atividades que contemplam mais dois eixos temáticos: a convivência, com foco para as relações de integração, respeito e bullying; e a aprendizagem, com ênfase para os métodos de estudo. Acompanhe as atividades previstas por cada nível de ensino para os eixos temáticos:

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Educação Infantil

Saúde: • Promover ações de saúde através de projetos, para que as crianças possam compreender a realidade na sua complexidade e enriquecer sua percepção sobre ela; • Acompanhamento diário das turmas; levantamento das necessidades, orientações e intervenções; • Atividades relacionadas à alimentação saudável e aos cuidados com o corpo; • Preparo de culinárias na sala de aula; envio de cardápio com sugestões de lanche saudável, calendário de frutas por turma; • Estímulo à realização de atividades físicas; • Atividades de integração com as crianças, familiares e equipe da Educação Infantil; • Parceria com o Centro de Saúde Escolar nos projetos desenvolvidos nas turmas; • Participação dos pais dos alunos em atividades voltadas para a saúde; • Campanhas desenvolvidas pelas turmas; • Atividades de cunho ecológico: separação do lixo nas salas, reaproveitamento de materiais reciclados, atividades com sucatas, horta e canteiros nos espaços da Educação Infantil; recanto dos bichinhos; cuidado com os animais; • Encontros e palestras com as famílias.


Aprendizagem:

Convivência:

• Estímulo à pesquisa na sala de aula através de projetos; • Orientações sobre a construção da autonomia no início da vida escolar e a formação de hábitos de estudo; • Entendimento da importância do brincar nas mais variadas formas para o desenvolvimento da criança; • Saídas de estudo no Jardim de Infância; • Reuniões pedagógicas com pais para apresentação da proposta da escola e projetos desenvolvidos ao longo do ano; • Encontros individuais entre pais, professores e equipe, palestras para as famílias; • Orientações às famílias com relação a importância da rotina, organização do tempo e do espaço para a aprendizagem; • Formação continuada dos professores.

• Entrevista inicial com pais e professores; • Apresentação e retomada do Código de Convivência da escola; • Acolhimento e acompanhamento dos alunos e suas famílias durante o processo de adaptação; • Projetos desenvolvidos nas turmas enfatizando a construção dos valores; • Acompanhamento das turmas, levantamento das necessidades, orientações e intervenções. • Construção de regras e combinações nas turmas; rodas de conversas e assembleias escolares; • Projetos de transição: passagem do Maternal II para o Nível 1 do Jardim; passagem do Nível 3 para o 1º ano do Ensino Fundamental; • Realização de encontros com as famílias dentro do Programa Cuidar é Básico; • Encontro com as famílias na Sede Campestre com o objetivo de fortalecer os vínculos entre os membros da comunidade escolar; • Participação das famílias na escola em datas festivas, como o dia das mães, dia dos pais e confraternização de final de ano.

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cuidar é básico

Anos Iniciais Saúde: • Atividades relacionadas a hábitos saudáveis desenvolvidas pelos professores titulares em parceria com os especializados; • Participação dos profissionais da equipe do Centro de Saúde Escolar em projetos relacionados a hábitos saudáveis; • Informar aos alunos sobre hábitos saudáveis que auxiliam nos cuidados com o próprio corpo e na qualidade de vida; • Orientação quanto à articulação deste eixo com o plano de estudos de cada ano de ensino; • Promoção de encontro com as famílias e com os alunos sobre esta temática; • Acompanhamento e orientação às famílias sobre a importância de hábitos saudáveis para a aprendizagem da criança.

Aprendizagem: • Realização de oficinas em conjunto com professores, intituladas “Aprendendo a Aprender”; • Orientação aos alunos visando uma melhor organização do tempo e espaço de estudo; • Orientar sobre atitudes de cuidado com o próprio material e com a preservação do ambiente escolar, mantendo-o limpo e organizado; • Publicação de dicas e orientações de estudos no Portal do Aluno; • Divulgação de pequenos textos, através do site do Colégio, sobre a importância e a necessidade da aquisição ou da mudança de alguns hábitos para melhor aproveitamento escolar; • Promoção de encontro sobre a temática.

Convivência: • Recepção e acolhimento dos alunos novos; • Acompanhamento e integração dos alunos novos e daqueles que trocaram de turma ou de turno; • Escolha de “padrinhos” para os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental; • Observação e intervenção nas turmas com foco na convivência e na prevenção do bullying entre os alunos; • Entrada nas turmas para apresentar o Código de Convivência através de atividades adequadas para cada faixa etária; • Assembléias com os alunos para resolução de problemas e conflitos; • Participação dos alunos em jogos e brincadeiras que estimulem a cooperação, o respeito, a solidariedade e a resolução de conflitos, baseado no treinamento de habilidades sociais; • Realização de entrevista com as famílias para a coleta de informações sobre os alunos que ingressaram em 2013; • Realização de encontro das famílias (Convescote) na sede campestre, visando o fortalecimento de vínculos entre a comunidade escolar; • Promoção de encontro sobre o papel dos cuidadores em relação às redes sociais (prevenção ao ciberbullying).

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Anos Finais Aprendizagem: Saúde: • Realização de atividades visando a qualidade de vida e as escolhas saudáveis (oficinas de sexualidade e prevenção ao uso de drogas); • Realização de palestra sobre sustentabilidade humana para os pais.

• Realização de palestra musicada sobre motivação para os estudos para alunos de 7ª e 8ª séries do Ensino Fundamental; • Oficinas sobre programação de horários e oficinas sobre métodos de estudos com os alunos; • Publicação de dicas e orientações de estudos no Portal do Aluno; • Organização e acompanhamento ao longo do ano de mural de tarefas da turma; • Realização de palestras sobre estudo e aprendizagem com profissional da área de Neurociências para as famílias; • Promoção de reuniões com os pais para repassar dicas sobre como orientar os filhos nos estudos.

Convivência: • Acolhida e acompanhamento dos alunos novos, atividades de integração, escolha de padrinhos e madrinhas; • Realização de palestras e oficinas, apresentação de vídeos e trabalhos interdisciplinares sobre convivência e bullying em todas as turmas; • Aplicação de questionários e pesquisas para avaliar as relações e o clima em sala de aula; • Trabalho de preparação para a escolha dos representantes de turma (reflexão sobre o papel da liderança e da turma para o sucesso do trabalho); • Promoção de assembleias escolares como espaço de comunicação e de aprendizagem de questões referentes ao grupo; • Realização de palestra sobre convivência, bullying e as relações familiares para todos os pais e alunos.

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cuidar é básico

Ensino Médio Saúde: • • • •

Realização de jogos e dinâmicas envolvendo a percepção corporal para os alunos; Promoção de caminhadas ecológicas durante as saídas de campo; Troca de experiências e informações sobre saúde em palestras e seminários; Propor momentos de orientação específica para a saúde dos estudantes durante as aulas de Educação Física; • Realização de dinâmicas referentes à sexualidade e à prevenção ao uso de drogas; • Promoção de seminários e debates com leituras de textos e livros, apreciação de peças de teatro e filmes que promovam a saúde.

Aprendizagem: • Orientação de estudos aos pais com envio de e-mails e cartas e publicação de pequenos textos no site da escola; • Realização de palestra sobre orientações e reflexão sobre o estudo; • Promoção de atividades de orientação de estudos nas salas de aula: encontros, dinâmicas de grupo, textos, desafios, atendimentos individuais de alunos e/ou pais; • Orientação de estudos por disciplina: qual a melhor forma de estudar a sua disciplina; • Realização de oficinas sobre exercícios, tabelas e vivências para os alunos.

Convivência: • Acolhida dos novos alunos com dinâmicas de grupos, tour pela escola e atividade de integração com toda a turma nas salas de aula; • Entrevistas individuais e em grupos com pais e alunos para a realização de conversas, reflexões, esclarecimentos e informações sobre rotinas ou sentimentos que afligem no momento; • Realização da atividade “Conhecendo meu grupo”, voltada aos alunos com a promoção de dinâmicas de grupo; • Escolha do representante de turma: oportunidade para instigar a reflexão e o debate sobre liderança: participação e responsabilidade grupal, tipos de líderes, processo eleitoral; • Relacionamento interpessoal na escola e aprendizagem: retomada junto aos alunos das relações do grupo, professores e colaboradores; • Construção de mural da turma com fotos, gravuras, pinturas, palavras que expressem a relação do grupo e/ou suas características; • Promoção de integração na sede campestre entre as turmas, com realização de dinâmicas de grupo; • Realização de encontro de alunos no Galpão para conhecimento mútuo e realização de dinâmicas de grupo.

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Reencontros

Relembrando a época do Colégio N

em mesmo a chuva e o frio desmotivaram uma

do encontro sempre foi a pauta. “Comentávamos de reu-

turma de colegas da turma 3C, que se formou em 1996

nir o pessoal, mas nunca ninguém se mexia. Então, resol-

no Colégio a se reencontrar no Bar do Zé na noite de 16

vi organizar e criei um grupo em uma rede social, onde

de março. Além de colocar as novidades em dia, o gru-

consegui juntar 28 ex-colegas”, disse Adriana, que entrou

po aproveitou para comer o prensado e conhecer as no-

no 4º ano no Farroupilha. Cristiane estava ansiosa com o

vidades realizadas durante as férias no Farroupilha. Eles

reencontro: chegou a sonhar com o momento um dia an-

visitaram as salas adesivadas, as áreas de convivência e os

tes. “No sonho, éramos todos pequenos. Faz tanto tempo

novos serviços: Saúde no Copo e Livraria e Cafeteria Casa

que não nos vemos que não sei se vou reconhecer as pes-

do Estudante.

soas”, brincou. As duas relembraram os jogos de basque-

As primeiras a chegar foram as amigas Adriana Lacerda

te na quadra do Colégio, onde Adriana quebrou o dedo

Antunes e Cristiane Ughini. Adriana foi a responsável pela

e Cristiane raspou o queixo. A amizade, que começou na

organização do reencontro. Ela conta que se reúne uma

infância, dura até hoje, e Adriana fez questão de ressaltar

vez por mês com as colegas do Colégio, e que o assunto

isso ao dizer que é madrinha de casamento de Cristiane.

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saúde

Prev enção é a melhor forma de evitar a gripe h1n1 e combater a dengue Por Simone Napoleão, médica do Centro de Saúde Escolar do Colégio Farroupilha

O

Centro de Saúde Escolar do Colégio Farrou-

para Gripe (Sazonal e H1N1), Hepatite A, Meningo C,

pilha recomenda que a prevenção é a melhor forma

Tétano, HPV, entre outras, com descontos especiais

de cuidar da saúde. Por isso, a escola realiza campa-

para alunos, familiares, professores e colaborado-

nhas de prevenção e de vacinação todos os anos. En-

res. A ação é desenvolvida em parceria com o Hos-

tre os dias 08 e 10 de abril, serão oferecidas as vacinas

pital Moinhos de Vento.

Gripe H1N1 A Gripe A é uma doença respiratória aguda, altamente contagiosa, causada por vírus, que determina complicações frequentes, como amigdalites, otites e pneumonias. Febre repentina e acima de 38ºC, tosse, dores de cabeça, nas articulações e músculos, dificuldade respiratória e, em alguns casos, diarreia são os sintomas da Gripe H1N1. Tosse ou espirro e contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas são formas de contágio.

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Redobre os cuidados, adotando as medidas de prevenção ao contágio: • Lave as mãos com frequência, utilizando bastante água e sabão, principalmente depois de assoar, tossir ou espirrar. • Cubra a boca com lenço descartável quando tossir ou espirrar. • Use sempre lenços de papel e coloque-os imediatamente no lixo. • Evite contato próximo com pessoas que apresentem os sintomas da gripe. • Evite tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies. • Ao perceber os sintomas da doença, procure um médico. • Não utilize medicamentos sem orientação médica. • Evite aglomerações e ambientes fechados. • Mantenha o seu ambiente sempre arejado e iluminado. • Tenha hábitos saudáveis como alimentação balanceada, ingestão de líquidos e atividade física. • Fique atento ao calendário de vacinações e vacine-se!


Dengue É uma doença infecciosa causada por um arbovírus (existem quatro tipos diferentes de vírus do dengue: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4), que ocorre principalmente em áreas tropicais e subtropicais do mundo, inclusive no Brasil. As epidemias geralmente ocorrem no verão, durante ou imediatamente após períodos chuvosos. Como ocorre a transmissão? A transmissão ocorre por meio da picada do mosquito fêmea Aedes aegypti infectado. Uma vez infectado, o homem demora de 4 a 10 dias para apresentar os sintomas da dengue. Quais os sintomas? Dengue Clássica • Febre alta com início súbito; • Forte dor de cabeça; • Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos; • Perda do paladar e apetite; • Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores; • Náuseas e vômitos; • Tonturas; • Extremo cansaço;

Para combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença, basta tomar alguns cuidados, como: • Colocar o lixo em saco plástico e manter a lixeira bem fechada; • Não jogar o lixo em terrenos baldios; • Manter a caixa d’água sempre fechada com tampa adequada; • Remover folhas, galhos e tudo o que possa impedir a água de escorrer pelas calhas; • Não deixar a água da chuva se acumular em qualquer tipo de superfície; • Lavar todas as semanas, com escova e sabão, os tanques utilizados para armazenamento de água; • Encher de areia até a borda os pratos das plantas; • Se tiver vasos de plantas aquáticas, troque a água uma vez por semana e lave o vaso por dentro com escova e sabão; • Guarde as garrafas sempre de cabeça para baixo; • Entregue pneus velhos ao serviço de limpeza urbana ou guarde-os sem água em local coberto e abrigado da chuva.

• Moleza e dor no corpo; • Muitas dores nos ossos e nas articulações. Dengue hemorrágica

Como tratar?

Os sintomas da dengue hemorrágica são os mesmos da

Não existe tratamento específico para dengue, apenas

dengue comum. A diferença ocorre quando acaba a febre

tratamentos que aliviam os sintomas. Deve-se ingerir

e começam a surgir os sinais de alerta:

muito líquido como água, sucos, chás, soros caseiros,

• Dores abdominais fortes e contínuas;

etc. Os sintomas podem ser tratados com dipirona ou

• Vômitos persistentes;

paracetamol. Não devem ser usados medicamentos

• Pele pálida, fria e úmida;

à base de ácido acetilsalicílico e anti-inflamatórios,

• Sangramento pelo nariz, boca e gengivas;

como aspirina e AAS, pois podem aumentar o risco

• Manchas vermelhas na pele;

de hemorragias.

• Sonolência, agitação e confusão mental; • Sede excessiva e boca seca;

Lembre-se: O Centro de Saúde do Colégio está à dis-

• Pulso rápido e fraco;

posição para esclarecimentos e orientações no horá-

• Dificuldade respiratória;

rio das 7h30 às 19h30, pelo telefone 51 3382.1825 ou

• Perda de consciência.

e-mail: cse@colegiofarroupilha.com.br

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DESTAQUES

Ambiente agradável facilita

A revitalização e modernização dos espaços incluiu os

“Fantásticas as mudanças que foram feitas em tão pouco tempo. Os funcionários se esforçaram muito e a gente sente carinho e felicidade em perceber que tudo isso foi feito para nós. Essas mudanças contribuem para o nosso aprendizado porque nos faz ter mais motivação, mais ideias criativas com tantas coisas diferentes ao nosso redor, como os projetores interativos. Como adoro ler, gostei muito também das mudanças que foram feitas na Biblioteca”.

Laboratórios de Ensino; o auditório principal; as salas

Lauren, 6º ano C.

Escola bonita é um espaço limpo e bem planejado, no qual se intervém de maneira a favorecer sempre o aprendizado, fazendo com que as pessoas possam se sentir confortáveis e consigam reconhecê-lo como um lugar que lhes pertence. Pensando desta forma, a direção do Farroupilha, em sintonia com os conselheiros e a presidência da ABE de 1858, promoveu uma série de melhorias no Colégio durante as férias. Várias delas, inclusive, sugeridas pelos próprios alunos durante o Farroupilha Day, realizado no ano passado. Tudo para que os alunos fizessem da escola a sua segunda casa.

de aulas, que foram adesivadas e ganharam projetores interativos, nova iluminação e armários com senhas; a criação de áreas de convivência e espaços de leitura; a instalação de ar condicionado em todo o 3º andar, e a implantação da Central de Relacionamento para as famílias. O Boulevard Farroupilha ganhou como parceiros a Casa do Estudante e o Saúde no Copo. Confira a seguir os depoimentos da comunidade escolar sobre as melhorias

“Mudou muito e para melhor. Estou encantada. A gente não consegue expressar em palavras o que vi na minha época, o que acompanhei no ano passado e o que presenciei este ano. A gente vê que tem vida aqui dentro. Além dessas mudanças no visual, investiram em tecnologia. Quando a gente tem que pagar a mensalidade do colégio, paga com gosto”. Pâmela Padilha, ex-aluna e mãe de Lauren, dos Anos Finais

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o aprendizado “Comentei com o meu filho que ficou muito bonita a Casa do Estudante e que agora temos ótimas opções de lanches, como os servidos pela Saúde no Copo. Meu filho já comentou do novo sistema de projeção da sala de aula. O ambiente novo favorece o bem-estar e entusiasma tanto as famílias quanto os alunos” Karen Lexau Krás Borges, farmacêutica, mãe de Manfred, da 3ª série do Ensino Médio, e de Thomas, ex-aluno.

“Tudo na escola é aprendizado. A preocupação do Colégio com a acolhida é muito importante porque transparece o carinho que a instituição nutre pelos nossos filhos. A entrada de novos parceiros facilita a vida dos pais e nos deixa mais tranquilos ao sabermos que nossas crianças têm mais opções de lanches saudáveis e de serviços de qualidade” Alexandre Peixoto, engenheiro, pai da Helena (4E) e de Laís (do Nível I da Educação Infantil).

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PEDAGÓGICO

Estímulo permanente ao aprendizado experiencial Por Joice Welter Ramos e Márcia Beck Terres, Assessoria Pedagógica do Colégio Farroupilha. Uma das propostas centrais realizadas durante a Semana de Formação Docente do Colégio Farroupilha foi o workshop O aluno do século XXI e o aprendizado experiencial, com parceria da Perestroika, uma escola de criatividade. Além da contribuição com visão transformadora e com o conhecimento sobre tendências globais futuras, referentes à educação, ao fluxo de informação, revoluções digitais, dentre outras, a atividade proporcionou aos docentes experimentação, simulações, problematizações e relativização de conceitos. Na perspectiva do aluno da contemporaneidade, o professor foi incentivado a refletir sobre seu papel enquanto educador e a ressignificar suas práticas. Outra estratégia utilizada no encontro foi a Facilitação Gráfica, em que ideias como inteligência coletiva, mudança de era, co-criação, visão de futuro foram representadas como uma possibilidade de tradução do workshop. Atualmente, a perspectiva da colaboração não é tão somente um indicador no processo da aprendizagem, mas um elemento característico da contemporaneidade, quando há uma associação direta com a finalidade da inteligência coletiva. Tais conceitos ampliam as relações entre os sujeitos deste tempo e são essenciais na composição das metas estratégicas da escola. A visão deixa de ser restritiva para ser transformadora. A instituição escola tem, cada vez mais, fronteiras permeáveis de integração com as demandas do mundo, em que a pluralidade dos espaços, tempos, linguagens e recursos interferem diretamente na relação com o conhecimento. Tais indicadores de percepção externa, interligados a uma cultura corporativa – reveladora de um posicionamento e identidade pedagógica – asseguram o mapeamento de processos educacionais que são utilizados para diagnóstico

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A integração dos saberes surge, hoje, como uma das principais implicações pedagógicas do nosso tempo, exigindo a adoção de uma visão sistêmica da estruturação curricular, considerando que no espaço escolar coexistem sistemas abertos, complexos e interativos, onde é permanente a circulação da informação. Nessa ideia, se concebe o espaço escolar como um lugar de intersecção de saberes, que, fundamentados em uma construção disciplinar, com vista à problematização, à comunicação e à ação, lhes dá sentido. (...) Uma prática integradora é, desse modo, favorável ao entendimento da realidade, ao seu funcionamento, aos seus delimitadores e suas inter-relações, atribuindo maior significação ao processo de ensinar e aprender. O diálogo, a pesquisa, a experiência prática do aluno, a interação e a inovação ganham importante espaço numa perspectiva de totalidade. Plano de Estudos – Colégio Farroupilha, 2013, p.24


Facilitação Gráfica produzida por Luciane Berguer – Semana de formação Docente 2013 – Colégio Farroupilha

e consequente articulação e coordenação de ações, que se

o conhecimento é redimensionado em uma perspectiva

destacam pela qualificação de seu desempenho.

funcional e científica. Professores assumem um papel pro-

Tais ideias perpetuam-se na história da Associação Bene-

tagônico no campo de atuação sendo ativos participantes

ficente e Educacional de 1858, que sempre primou dessas

da cultura do planejamento. Na perspectiva institucional, a

tratativas em consonância com o tempo vivido. Fala-se do

investigação e a análise de tendências futuras, a promoção

investimento em seu corpo docente e do pioneirismo e da

da autoavaliação e a mobilização dos envolvidos estabe-

inovação em iniciativas educacionais.

lecem um fluxo de ações que, preservando o caráter de

O trabalho desenvolvido junto aos professores no início

reciprocidade nas relações, resultam estrategicamente em

do ano fomentou o compartilhamento de informações,

desdobramentos férteis para delinear caminhos de capaci-

de conhecimento e de experiências. A utilização de dife-

tação e formação.

rentes linguagens marcou a interface da aprendizagem or-

O estabelecimento da ambiência de aprendizagem , com

ganizacional vislumbrando a integração de processos que

espaços presenciais e virtuais para o aprendizado indivi-

buscam aprimoramento sistemático com parâmetros nos

dual, coletivo e institucional, contribui para a evolução dos

critérios de excelência.

processos educacionais focalizando o ensino, a aprendiza-

Considerar esses dados no processo contínuo de formação

gem, o currículo e todos os envolvidos no sistema escolar.

docente implica legitimar a proposta pedagógica do Co-

Tal movimento preconiza a cultura da Instituição, em que

légio, criando um ambiente onde as aspirações são com-

simultaneamente à implementação de mudanças e apri-

partilhadas, onde a representatividade é valorizada e onde

moramento, difunde sua Missão, Visão e Valores.

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ESPECIAL

Livro resgata 150 anos de tradição e inovação na educação Um resgate da história de mais de 150 anos de tradição e inovação na educação é apresentado no livro “O passar dos tempos e a educação – a excelência na história do Colégio Farroupilha”. Alusiva aos 155 anos da Associação Beneficente e Educacional de 1858 e aos 127 anos do Colégio Farroupilha, a obra organizada pela historiadora e pesquisadora, Naida Menezes, foi lançada durante coquetel no dia 21 de março, data de aniversário de fundação da mantenedora e da escola.

Com patrocínio da Gerdau, através da Lei de Incentivo à

origem. Cabe a nós, nos dias atuais, assumir o compromisso

Cultura, em 187 páginas, a pesquisa traça um paralelo en-

de perpetuar tão bela trajetória e continuar fazendo histó-

tre a evolução do ensino básico no Rio Grande do Sul e o

ria, mantendo-nos em constante aprendizado e assumin-

esforço e a dedicação mantidos pela ABE de 1858 para sin-

do o compromisso de manter firme um projeto educativo

tonizar a educação com as demandas da sociedade. Perce-

comprometido com a formação cidadã e transformadora e

be-se na obra que, ao longo de toda a sua história, a man-

com a excelência educativa”, atesta o presidente da ABE de

tenedora do Colégio Farroupilha mantém o compromisso

1858, Fernando Carlos Becker, ao assinar a apresentação da

de perpetuar os valores e as ideias de uma pujante história

obra, que será distribuída para bibliotecas de escolas mu-

em prol da excelência educativa, alicerçada nos pilares de

nicipais de todo o Brasil.

tradição, disciplina e inovação.

Dividido em dois capítulos, “O passar dos tempos e a edu-

“O livro nos comprova que formar cidadãos competentes

cação – a excelência na história do Colégio Farroupilha”

e comprometidos com a sociedade em que estamos inse-

contrasta a história da mantenedora do Colégio Farroupi-

ridos sempre foi a missão de nossa instituição desde a sua

lha com momentos marcantes do cenário brasileiro, como

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a época da ditadura militar, e do panorama internacional vivido na década de 30 e 40, quando o nazismo ultrapassava as fronteiras da Alemanha. “Em momento algum, a escola se ateve a dogmas, à religião ou a ideologias. A ABE de 1858 sempre se manteve fiel ao apoio de imigrantes e descendentes alemães e ao sentimento de carinho nutrido por eles para com a pátria-mãe. O que hoje se fala em responsabilidade social e individual, que é o cidadão não pensar somente na sua qualidade de vida, mas também na da sua comunidade, já existia em 1858, quando um grupo de alemães se reuniu e fundou a associação tendo como foco a educação de crianças e jovens e o preparo delas para o contexto profissional e para a vida”, explica Naida.

Memórias e sentimentos retratados no livro Fontes orais, como o ilustre ex-aluno Jorge Gerdau Johannpeter, fotografias, livros de registro, livros de notas, atas, ofícios, cartas e cadernos escolares enriquecem o segundo capítulo. O leitor também reconhece na obra a presença de memórias e sentimentos em relação à escola narrados por alunos, professores e diretores do educandário que, na década de 30, trouxe um novo olhar sobre a educação ao ser a primeira escola do Brasil a manter turmas mistas de meninos e meninas na então sede do Casarão, localizada na Avenida Alberto Bins, onde hoje está instalado o Hotel Plaza São Rafael.

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ESPECIAL

Comprometimento com as demandas da sociedade A assistência médica e hospitalar voltada ao atendimento dos imigrantes e descendentes de alemães era uma das carências percebidas pela ABE de 1858 no início do século XX. O serviço da Santa Casa, principal instituição de saúde na época, era considerado ineficiente e inadequado. Um grupo, que reunia pessoas de várias instituições, dentre elas a ABE de 1858, foi formado para encontrar uma solução. Conselheiros que hoje estão envolvidos com a associação contribuíram para a fundação do Hospital Moinhos de Vento. “Toda essa bagagem que a escola carrega faz a diferença porque, a partir de experiências anteriores, o colégio consegue se movimentar muito bem neste contexto contemporâneo”, analisa Naida.

Inovação na educação

A qualidade do corpo docente é percebida desde o início da trajetória do educandário. “Havia professores que eram mais do que simples repassadores de conteúdos. Eram mestres fantásticos, contadores de histórias natos que marcaram gerações”, relembra a historiadora. Enquanto muitas escolas da Capital utilizavam apenas recursos didáticos para o processo de ensino-aprendizagem, o Farroupilha trouxe a ciência para a sala de aula. “A escola foi pioneira em inaugurar, no início da década de 70, os primeiros laboratórios que serviriam de instrumento de estudo e pesquisa para alunos e professores. “O livro traz conhecimento e inspiração, narrando a trajetória de uma instituição educativa gaúcha que desde 1858 forma cidadãos competentes, responsáveis e éticos, tendo como pilares a disciplina, a inovação e a tradição”,

O olhar inovador na área educacional, refletida nos es-

enfatiza a pesquisadora. O papel do professor mudou

paços do Colégio Farroupilha, é marca da ABE de 1858.

ao longo do tempo. Hoje, os docentes têm a missão de

Sensível às necessidades das famílias alemães, nas quais

orientar, instigar e questionar o aluno, confirmando, des-

as mulheres participavam da jornada de trabalho no

se modo, dia após dia, o comprometimento do Colégio

comércio porto-alegrense ao lado dos maridos, a ins-

para com a excelência da aprendizagem.

tituição foi responsável, em 1904, pela implantação do primeiro Jardim de Infância do Rio Grande do Sul, considerado o terceiro do país na época. A instituição marcou história na década de 20, sendo a primeira na Capital a adotar o ecumenismo nas aulas de religião. Em 1929, foram unidas definitivamente a Escola de Meninos e a Escola de Meninas, outra inovação para a época.

Ensino aplicado ao dia a dia A necessidade de profissionais habilitados para atuar no comércio porto-alegrense fez com que, em 1949, o Colégio criasse um curso comercial de contabilidade. O idealizador dessa ideia foi Sven Robert Schulze, que também foi o primeiro diretor. “Meu pai conversou com pessoas amigas, com colegas, e criaram a Escola Técnica de Comércio Farroupilha, com professores que eram profissionais de cada área: meu pai dava aula de Mecanografia. Depois, tinha Merceologia, Matemática, Contabilidade Industrial, tinha tudo que era tipo de Contabilidade”, relembra a ex-professora de Artes, Ingrid Schulze. Além das aulas de Português e Língua Estrangeira, Ciências Humanas e Exatas, a aprendizagem de alunos e alunas era complementado com visitas às grandes empresas. Aliás, todos os professores de disciplinas técnicas trabalhavam durante o dia em grandes fábricas e corporações e ensinavam aos alunos a partir das suas próprias experiências. “Se você não estava bem, o professor logo

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percebia isso”, recorda o empresário e ex-aluno, Jorge Gerdau, ao falar da relação estreita que a turma mantinha com os docentes.

Impulsionando a economia de Porto Alegre O nascimento do bairro Três Figueiras foi impulsionado pela inauguração do novo prédio do Colégio Farroupilha em 1962. A instituição, recorda Naida, acabou marcando a história de Porto Alegre, com mudanças refletidas especialmente na questão urbana e na economia. “O meio de transporte popular era o bonde, na qual a linha acabava na Avenida Protásio Alves. Além de novas formas de mobilidade urbana, a escola teve o poder de desenvolver um dos bairros mais valorizados da capital gaúcha”, destaca a historiadora.

Esporte como aliado na educação O investimento no esporte de competição, feito pela Associação Beneficente e Educacional de 1858 e pelo Colégio Farroupilha, representa a crença na atividade física como ferramenta de educação para a vida. O trabalho de equipe na busca de objetivos, a competitividade, o empenho, a persistência, o treinamento e a criatividade são vivências que, certamente, ajudarão os alunos na construção de seu futuro. Percebendo que o esporte é um forte aliado no desenvolvimento dos alunos, a ABE de 1858 firmou parceria com a Sogipa para a realização de atividades e eventos esportivos para a comunidade escolar. Essa ligação incluiu, inclusive, o repasse de recursos financeiros, por parte da ABE de 1858, para a construção de espaços na Sogipa. “O Colégio cuida-

anos. Mais tarde, reuniu o Colégio todo e eu ganhei uma ho-

va da educação como um todo, mas dava atenção à vida

menagem”, recorda Gerdau.

esportiva também, que é interessante no processo, dentro

Era comum, desde a década de 30, os alunos de o Farrou-

de um conceito global de educação”, ressalta o conselhei-

pilha destacarem-se em campeonatos intercolegiais. Em

ro e ex-aluno, Jorge Gerdau Johannpeter. “Numa das ex-

1952, o Colégio foi a primeira instituição de ensino a par-

cursões da escola para o Clube dos Caçadores, em Novo

ticipar dos Primeiros Jogos Estudantis de Porto Alegre. Os

Hamburgo, uma criança havia caído em um açudezinho

diversos títulos conquistados por nossas equipes são resul-

e estava morrendo afogada. Como eu sabia nadar muito

tado do talento de nossos alunos aplicado dentro de um

bem, pulei na água e tirei essa criança. Eu tinha uns doze

trabalho bem estruturado.

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ESPECIAL

Liberdade para criar Ao longo de toda a sua história, a ABE de 1858 priorizou a sua escala de valores, baseada no respeito, na honestidade, na prática da cidadania, na relação livre e aberta mantida com o corpo docente. Essa liberdade para criar foi percebida pela historiadora e pesquisadora ao longo da elaboração do livro. Nos seis meses em que se dedicou à obra, Naida teve acesso a todos os documentos que compunham o acervo da ABE de 1858 e do Colégio, bem como a total colaboração de dirigentes e colaboradores. “Para um livro ser bom e podermos contar uma boa história, não podemos engessar a estrutura. Precisamos contar com um grupo colaborativo para fazer um trabalho com bons resultados. Tinha capítulos que brotaram da pesquisa, a partir das evidências que foram surgindo, como o intertítulo “Elementos culturais e simbólicos: detalhes do calendário escolar”, que consta no segundo capítulo”, exemplifica Naida, ao frisar que o processo de criação foi respeitado e contribuiu para que a equipe coordenada por ela conseguisse criar rápido.

O Farroupilha nos dias de hoje

Conselhos Diretor, Fiscal e Consultivo, escolhidos em Assembleia Geral, e o Conselho Escolar Administrativo, formado pela Diretoria da ABE de 1858, pela Diretoria Pedagógica do Colégio e por um grupo de oito conselheiros representantes de pais de todos os níveis de ensino. A este Conselho compete a tomada de decisões relacionadas à área pedagógica. As mudanças na área de ensino, definidas a partir de um criterioso planejamento estratégico, que conta com a consultoria da Fundação Dom Cabral, considerada a

Transparência na gestão é um dos requisitos cumpridos

quarta maior escola de negócios do mundo, são coorde-

pela Associação Beneficente e Educacional de 1858, man-

nadas pela Diretoria Pedagógica, representada por Ma-

tenedora do Colégio Farroupilha, na constante busca pela

rícia Ferri. Atualmente, 2.216 alunos estão matriculados

excelência educativa. Responsável por todas as decisões e

na sede do Colégio, no bairro Três Figueiras. A unidade

projetos desenvolvidos no Colégio Farroupilha, a ABE de

de responsabilidade social Tenente Correia Lima, situada

1858 conta com várias instâncias para apoiá-la, como os

nas dependências do CPOR-PA, no bairro Santa Tereza,

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atende 240 crianças e adolescentes do 1º ano a 8ª série

para ser implantada”, recorda a historiadora.

do Ensino Fundamental.

Em 1892, a associação comprou um terreno na Rua São Ra-

Projetos de formação docente são focados hoje no apren-

fael, onde hoje é o Hotel Plaza São Rafael, na Avenida Alber-

dizado experiencial, no qual o conhecimento é aplicado

to Bins. Três anos depois, foi inaugurada a sede própria do

ao cotidiano, em parceria com a Perestroika, escola de

Colégio. Em 1904, começou a funcionar uma Escola de Me-

criatividade. Iniciativas pedagógicas visando o estímulo

ninas, pioneira na Educação Infantil por oferecer o primeiro

ao bom relacionamento, à busca pela excelência, à disci-

Jardim de Infância do Rio Grande do Sul e o terceiro do Brasil.

plina e organização, à eficiência e ao empreendedorismo

Seguindo uma filosofia marcada por valores éticos, o esta-

e ao compromisso com a sustentabilidade são perma-

belecimento tornou-se referência em educação de qualida-

nentemente desenvolvidos com os alunos através, por

de. Em 1962, a Escola foi transferida para um novo prédio,

exemplo,de parceria com o grupo coletivo Shoot the Shit.

construído em um terreno adquirido em 1928, na Chácara Três Figueiras, nome que deu origem ao bairro que se for-

Da história da ABE de 1858 e do Colégio Farroupilha Fundado em 1886 pela Associação Beneficente Alemã, uma entidade criada para auxiliar os imigrantes alemães e

mou ali. O local foi uma alternativa para a instalação da nova sede do Colégio, depois da recusa do Governo Municipal em permitir a construção de uma nova escola na área central da cidade, próxima ao Rosário e ao Instituto de Educação.

seus descendentes, o Colégio Farroupilha tem suas origens na Escola de Meninos, conhecida na época pelo nome de Knabenschule des Deutschen Hilfsverein (Escola de Meninos da Associação Beneficente Alemã (ABE). A instituição funcionava em salas alugadas pela comunidade evangélica no centro de Porto Alegre. Foi Wilhelm Ter Brüggen quem propôs em 1876 a criação da escola, que deveria receber crianças de seis anos e deixá-las “prontas aos 14 anos para estabelecer seu comércio”, com fluência nas Línguas Alemã e Portuguesa. “Ele era um visionário. Na época, não existiam colégios organizados como temos hoje. A ideia levou 10 anos

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A VOZ DO ALuNO

Uma escola

renovada

nos faz... “...criar asas para alçar voo”. Vitória Pigatto, 3ª série do EM

“...ver como o empenho e a força de vontade são suficientes para deixar o ambiente mais agradável para podermos aproveitar ao máximo as aulas”. João Felipe Leal Cordeiro, 3ª série do EM

“...perceber o quanto os alunos se sentem melhores, nos traz mais variedades de escolha, mais conforto nas salas de aula, organização entre os alunos e mais espaços de convivência”. Laura Fernandes Xavier, 8ª série D

“...ter orgulho do colégio onde estudamos, e motivados a ir estudar todos os dias”. Fernanda Magalhães, 2ª série do EM

“...uma escola renovada nos faz ter vontade de nos focar nos estudos, de adquirir novos conhecimentos e de pensar no nosso futuro”. Manoela Ferreira, 1ª série do EM

nOVA DIRETORIA GEF 2013-2014

Grupo liderado por Karolaine Pereda e Matheus Batistela, eleito com 36% dos votos para a gestão 2013-2014 do Grêmio estudantil Farroupilha, tomou posse dia 02 de abril. De 21 a 26 de março, o Colégio promoveu debates entre estudantes e representantes das quatro chapas que concorreram ao pleito, com o intuito de apresentar as ações, esclarecer dúvidas e ouvir sugestões feitas pelos alunos.

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Galeria

deFotos Dj Capu no

para as “estrela” Momento 1ª série A alunas da

Muitas h istór ia para com s das fér ias par tilhar. ..

recreio

formandas temática das Car naval foi ia de aula d édio no 1º do Ensino M

Fila para conf

er ir as novid ades do Saúde no Cop o

no deque da Bate-papo animado ante tud Es Casa do

para Rafaela A união faz a força ac, Giordano rss Coppetti, Laura Co deiros Me a rin Pereira e Ma

Aleg ria no reencontro entre amiga s

Alunas da 3ª série em homenage m às mulh eres, no D Internacio ia nal da Mulh er

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NOSSA cOmuNIDADE

Talento é marca do profissional do Farroupilha Engana-se quem pensa que o papel da área de Recursos Humanos limita-se a selecionar pessoas, identificar necessidades de treinamento, resolver conflitos ou comunicar uma demissão. Atuando em conjunto com os gestores, o RH é uma área estratégica, que trabalha como gestora do ativo mais importante dentro de uma organização como o Colégio Farroupilha: as pessoas. A instituição entende que o professor e o colaborador são os propulsores que movem e dão vida à escola.

Daí a necessidade de buscar pessoas talentosas para atingir, em todos os cargos, os objetivos e os resultados esperados pela organização. “Não basta que o profissional seja qualificado e tenha diversos diplomas. É preciso que ele tenha talento, seja extraordinário em sua área de atuação e saiba também fazer uso dos conhecimentos adquiridos. Essa é a grande mudança que está acontecendo no Farroupilha”, explica o gerente de RH, Roberto Crestani.

O conceito de competência, a partir do ideograma CHA - que serve para designar Conhecimento, Habilidade e Atitude - é uma maneira de definir o sentido de competência de um colaborador ou de um candidato a uma vaga a partir de um referencial no qual ela possa ser mensurada e até mesmo comparada a padrões internacionais. • O “C” significa conhecimento sobre um determinado assunto. Diz respeito à pessoa possuir um Know-how sobre algo que tenha valor para a empresa e para ela mesma. É o saber. • O “H” significa habilidade para produzir resultados com o conhecimento que se possui. Diz respeito à pessoa conseguir fazer algum uso real do conhecimento que tem, produzindo algo efetivamente. É o saber fazer. • O “A” significa atitude assertiva e proativa, iniciativa. É o querer fazer, fazer o que percebe que deve ser feito por conta própria, é obter bons ou excelentes resultados do que foi feito com o conhecimento e a habilidade adquiridos. “A competência nada mais é do que a capacidade da pessoa em mobilizar múltiplos saberes, habilidades, atitudes, experiências e talentos que vão gerar resultados. De nada adianta a pessoa acumular títulos ao seu currículo, se ela não sabe, de fato, aplicar o conhecimento adquirido”, sintetiza Roberto. É a partir deste novo referencial que os profissionais deste início de século estão sendo avaliados. A maior dificuldade das empresas na gestão de pessoas, conforme a psicóloga Paula Borba, da Borba & Leon Desenvolvimento Organizacional, empresa que presta consultoria para o Farroupilha, é conseguir identificar as pessoas que tenham as competências que ela precisa. “O mercado hoje sai da época em que tudo estava centrado somente no conhecimento e no saber acumulado pelo profissional e passa a valorizar o colaborador que sabe

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desenvolver a habilidade de escuta, de comunicação, de percepção do que está acontecendo e que tenha capacidade para pensar nas relações entre essas questões”, analisa a mestre em psicologia social. O desenvolvimento dos profissionais que trabalham no Farroupilha está sendo realizado através do Programa de Desenvolvimento Individual, realizado pela Borba & Leon. A primeira etapa, iniciada no segundo semestre do ano passado e que está em vigor, está voltada à preparação da equipe de gestores, a partir da identificação do perfil para os cargos, da análise dos colaboradores, identificando seus pontos fortes e pontos a desenvolver, para a elaboração e definição de ações para o seu desenvolvimento. No segundo semestre deste ano, o Programa deverá ser voltado à equipe de analistas e supervisores.


Relação de parceria e confiança com a família se traduz em benefícios Pós-graduadas em Educação, as novas coordenadoras dos Anos Iniciais e Anos Finais do Ensino Fundamental, Letícia Bastos Nunes e Rafaella Perrone (na foto, à esquerda e à direita, respectivamente), acreditam que a parceria entre o Colégio e as famílias é fundamental para a formação e o desenvolvimento integral dos alunos e para a qualificação das práticas pedagógicas. Conforme Rafaella, coordenadora dos Anos Finais, o maior desafio a ser superado é fomentar as práticas pedagógicas inovadoras para a construção do conhecimento acadêmico , que desafiam e estimulam os alunos. “É necessário que se busque uma educação voltada para a formação de cidadãos criativos, éticos, competentes e empreendedores capazes para enfrentar os desafios da vida”, acredita. Ao longo do ano, informa Rafaella, serão desenvolvidos projetos que promovam a construção do conhecimento e que valorizem a convivência saudável e a cidadania como, por exemplo, o incentivo à formação de hábitos de estudos, a prática de assembleias escolares e o acompanhamento sistemático das aprendizagens aos alunos. O aprimoramento dos processos de ensino e aprendizagem, na avaliação de Letícia, coordenadora dos Anos Iniciais, está ligado à oferta de aulas cada vez mais atrativas e contextualizadas, gerando sentido e significado para os alunos. “Assim, despertamos neles o desejo de aprender cada vez mais”, ressalta. No entanto, o envolvimento das famílias nos projetos propostos pelos níveis de ensino tem papel importantíssimo para o desempenho e rendimento escolar dos alunos. “Queremos fomentar essa parceria com pais e responsáveis. Para isso, basta que agendem horário com as nossas equipes, através de telefone ou pessoalmente nos balcões de atendimento do 1º e 2º andares”, destacam Letícia e Rafaella.

Letícia Bastos Nunes Além de coordenadora dos Anos Iniciais, Letícia é professora do curso de Pós-Graduação da PUCRS em Gestão da Educação, ministrando a disciplina de Supervisão Escolar: teoria e prática. Exerceu a função de professora da Educação Infantil e dos Anos Iniciais e atuou como supervisora pedagógica há mais de 15 anos em escolas particulares de Porto Alegre. “A possibilidade de poder contribuir na busca pela excelência do processo educativo do Colégio é o que me motiva a trabalhar no Farroupilha”, analisa a coordenadora dos Anos Iniciais.

Rafaella Perrone A área de neurociência e juventude foi tema do último trabalho assinado pela coordenadora dos Anos Finais, Rafaella Perrone. Pós-graduada em estudos culturais pela UFRGS, a pedagoga e supervisora escolar conheceu mais de 20 escolas no Brasil, na Colômbia, em Portugal, no Uruguai e na Espanha no ano passado. Todas consideradas referência em educação. A educação de excelência, baseada na construção do conhecimento e em relações sociais pautadas no respeito e na responsabilidade, priorizando a formação integral dos jovens da sociedade contemporânea, é foco do trabalho da pedagoga.

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NOSSA cOmuNIDADE

Somos Farroupilha com muito orgulho! Orientar os alunos do 1º ano do Ensino Fundamental da Unidade Correia Lima para que se sentissem parte integrante do Colégio Farroupilha é o objetivo do projeto “Somos Farroupilha”, proposto pela professora Maria Carolina Colombo dos Santos. “Através de atividades variadas, o grupo passa a compreender que uma instituição escolar possui regras que auxiliam na promoção do aprendizado, tanto cognitivo quanto social”, esclarece a docente. O projeto desenvolvido no ano passado com a turma do 1º ano B, formada por 14 alunos, está sendo ampliado este ano para os 51 estudantes matriculados no 1º ano. Durante o trabalho, os professores mediam propostas pedagógicas que estimulam o olhar do aluno para si e para o outro, procurando ampliar as habilidades necessárias para a alfabetização da língua e a matemática, tendo como objetivo desenvolver a leitura e a escrita de pequenos textos, bem como ampliar o campo numérico e a resolução de problemas. Os pequenos participam de oficinas de culinária, constroem o Super F, realizam continhas e escrevem vários textos e frases. Com essas atividades, eles desenvolvem a capacidade de saber ouvir; vivenciam momentos escolares com qualidade; demonstram a prontidão para o ato de aprender; cumprem os combinados da turma;

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contribuem com participações coerentes em sala de aula; desenvolvem as habilidades de ler e escrever e ampliam o campo numérico. “É muito legal participar de coisas em conjunto”, conta Gabriel Lucas Lima. A apresentação dos trabalhos é feita durante Mostra de Saberes. A criação do Mascotinho da turma, que acompanhou a Sacola da Leitura e o diário da visita, que foi para a casa de cada um dos alunos, com o objetivo de incentivar a leitura individual e com a família, foi um dos momentos preferidos pelos estudantes. “Tive que usar o pensamento para fazer o Super F de lã e algodão”, analisa João Henrique Lima. “Utilizei material reciclado: caixas de leite, antena e até um óculos verde que estava quebrado durante os nossos trabalhinhos”, recorda o colega Arthur Rodrigues Bairros. O resultado do projeto é motivo de orgulho para a idealizadora do projeto. “Todos conseguiram crescer cognitivamente e coletivamente. Cada um ao seu jeito! Vale ressaltar o esforço cooperativo da equipe escolar e das famílias para que o sucesso do trabalho fosse alcançado. O que fica para 2013 é que serão ampliadas as vivências escolares no 2º ano com maior segurança, laços de amizade mais firmes e uma Família Farroupilha para acompanhar cada passo, afinal de contas, NÓS SOMOS FARROUPILHA!!!”, conclui Maria Carolina.


Trânsito seguro é responsabilidade de todos! O Colégio Farroupilha adota algumas normas e procedimentos com o objetivo de garantir um trabalho educativo de qualidade, visando à segurança e ao conforto de todos que integram a comunidade educativa. Estacionamento e vias de acesso: como instituição educativa, é dever e responsabilidade do Colégio alertar as famílias quanto ao uso consciente do estacionamento e das vias de acesso à escola. Pedimos a todos que atentem para não estacionar o carro em local proibido, pois acaba gerando transtornos na entrada dos estudantes. Também é importante não fazer fila dupla em frente ao Colégio, pois a própria comunidade de Porto Alegre que circula por esta via registra reclamações ao Farroupilha pelo desrespeito às leis de trânsito. Entrada dos Alunos: a comunidade educativa é composta por muitos estudantes e diariamente circulam inúmeras pessoas pelas dependências do Colégio. Por questões de segurança e melhor controle das recepções, o Colégio reforça que a entrada dos alunos deve ser realizada nas recepções específicas para tal fim. A Recepção Administrativa é restrita somente aos pais, visitantes, professores e funcionários. Circulação nos andares e salas de aula: as salas de aula são o coração do Farroupilha onde o processo educativo e a interação entre professores e alunos acontecem. Lembre-se de não passar por baixo das catracas e também de não emprestar o seu crachá para outra pessoa. Assim, você ajuda a garantir a segurança de todos.

Para pensar! • Os hábitos dos pais geralmente são seguidos pelos filhos. Por isso, é necessário que os pais tenham cuidado e atenção com as atitudes que podem influenciar as crianças. • Criticar-se demais: as crianças, especialmente as meninas, são muito influenciadas pelas mães. Se a ouvem reclamar constantemente da aparência, tendem a crescer tendo problemas de aceitação ou extremamente críticas em relação ao que veem no espelho. • Tecnologia excessiva: falar ao telefone durante o jantar, checar o e-mail durante uma conversa de família, mandar mensagens de texto para o chefe enquanto lê uma

história para a criança dormir. Se os pais quiserem que as crianças obedeçam regras sobre o uso do telefone ou computador, terão que dar o exemplo. • Tornar tudo uma competição: a competição como forma de incentivo pode ser boa, mas não pode ser uma rotina. Tornando tudo um jogo de vizinho contra vizinho, primo contra primo ou colega contra colega, os pais podem tornar a criança competitiva demais e fazê-la pensar que só tem valor quando vence. • Portanto, considera-se importante que os pais tenham clareza da importância de cultivar os bons valores com os filhos, através de exemplos vivenciados diariamente.

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IDIOMAS

Programa de liderança C

no Canadá

ontribuir para a formação de líderes reconhecidos

uma viagem de quatro dias à costa leste canadense, onde

pelo equilíbrio de competências acadêmicas, sociais,

os alunos visitarão as cidades de Toronto, Quebec, Otta-

de liderança e voltados para questões que envolvam a

wa, Montreal e Niagara Falls. Nesse período, os estudantes

sustentabilidade. Esse é o objetivo do Programa de Lide-

ficarão hospedados em hotel. O embarque do grupo está

rança, Desenvolvimento Pessoal e Sustentabilidade no

previsto para 13 de julho com retorno em 2 de agosto.

Canadá, que o Farroupilha passa a oferecer aos alunos do

A University of Britsh Columbia é considerada a segun-

Ensino Médio durante o recesso escolar deste inverno. A

da melhor universidade do Canadá e integra o ranking

programação, desenvolvida na University of British Co-

das 22 melhores instituições de ensino do mundo. A

lumbia (UBC), em Vancouver, prevê atividades interativas

universidade atende 35 mil alunos e possui um staff de

e educacionais de desenvolvimento pessoal e formação

15 mil colaboradores em seus mil hectares de área. En-

de equipe, pensamento crítico e resolução de conflitos

tre os dias 29 de janeiro e 3 de fevereiro, a diretora pe-

em corporações, tendo como foco a formação de líderes

dagógica, Marícia Ferri, esteve em Vancouver para visi-

eficazes e com conhecimentos sólidos.

tar a UBC. “O Farroupilha quer oferecer aos estudantes a

Conforme o cronograma de viagem, elaborado em par-

possibilidade de uma complementação curricular atra-

ceria com a World Study Educação Intercultura, os alunos

vés de um intercâmbio em uma universidade de ponta,

ficarão hospedados no campus da UBC, onde terão aulas

para que desenvolvam habilidades fundamentais para

no turno da manhã, e também participarão de visitas cul-

o sucesso profissional e pessoal”, ressalta Marícia. Du-

turais e turísticas, realizadas à tarde, em pontos famosos,

rante o intercâmbio, os alunos vão receber orientações

como a Whistler, estação de esqui, que sediou as Olimpí-

sobre o que fazer para tornarem-se alunos universitá-

adas de Inverno em 2010. O intercâmbio também inclui

rios na UBC durante workshop.

32

Revista Farroupilha n° 106 105


FaRRoUPILHa RECEBE PREMIaÇÕES pela excelência na aplicação de exames de Cambridge Primeira escola do Rio Grande do Sul a receber a certifi-

Conforme Rone, a proposta adotada pelo Colégio é inova-

cação de Cambridge, o Colégio Farroupilha recebeu três

dora e comprova a segurança e a confiança da escola na

premiações durante a Conferência Anual dos Gerentes dos

qualidade de seu programa de inglês, uma vez que seus

Exames de Cambridge, realizada entre os dias 21 e 23 de

alunos são avaliados por uma instituição renomada e im-

janeiro, em São Paulo. A excelência na aplicação dos exa-

parcial. “Isso acaba sendo uma segurança para os pais, pois

mes, reconhecidos em todo o mundo, fez com que o Far-

sabem que os filhos são avaliados por uma ferramenta e

roupilha conquistasse os prêmios: “Inovação no Sistema

por examinadores externos o que acaba, de certa forma,

de Avaliação da Educação Básica”, “Maior crescimento de

avaliando o próprio programa do Colégio. Esse projeto

certificações das escolas do Brasil” e “Performance Geral”.

do Farroupilha fez com que o escritório brasileiro fosse

“Cambridge se orgulha de ter um centro como o Colégio

premiado em Cambridge, na Inglaterra, como o escritório

Farroupilha”, destacou Rone Costa, Gerente de Desenvolvi-

responsável pelo projeto mais inovador no sistema de ava-

mento de Negócios Brasil Cambridge, durante a cerimônia.

liação na educação básica”, comemora.

Saiba mais sobre os prêmios

Rone Costa (ao centro) exibe orgulhoso o troféu recebido pelo Colégio Farroupilha, entregue por Mike Milanovic (à direita), CEO da University of Cambridge ESOL, durante cerimônia realizada na Inglaterra.

For Schools Exams Centre of the Year – Por ser o Farroupilha o centro autorizado brasileiro que mais cresceu nesta modalidade de exames e por ser o centro que, em números reais, mais aplica tais exames para alunos do Ensino Fundamental e Médio. Innovation in Assessment – Pelo fato de o Farroupilha ter sido a primeira instituição brasileira a integrar os exames Cambridge English ao seu currículo e fazer com que tais exames fizessem parte da grade curricular do colégio. Hoje, este modelo é seguido por diversos colégios no país. General Performance – O Farroupilha faz parte do grupo de três centros autorizados que mais se destacou de modo geral: número de candidatos, percentual de crescimento, percentual de participação nos números totais do país, organização e qualidade na aplicação dos exames.

33


VARIEDADES

Um novo olhar sobre velhos lugares de Porto Alegre No mês em que a Associação Beneficente e Educacio-

tura de Porto Alegre, em 1968, e frequentou oficinas no

nal de 1858 completa 155 anos, o Colégio Farroupilha

MARGS. Seus estudos mais recentes estão ligados às to-

comemora 127 anos e a cidade de Porto Alegre festeja

nalidades da ferrugem na aquarela e para tal tem feito

241 anos, o Saguão das Artes exibe a exposição “Lugares

incursões em ferrovias do País, principalmente no inte-

de Porto Alegre”. A mostra da artista plástica Laky Gatti,

rior de São Paulo e em Minas Gerais, onde busca motivos

em cartaz até 18 de abril, é composta por aquarelas nas

e elementos para suas obras atuais e em andamento.

quais exibe um olhar detalhado sobre vários pontos da

A artista expôs em várias apresentações coletivas e in-

capital gaúcha.

dividuais e destacou-se em Mostras Internacionais e

Obstinada pelo domínio da técnica e do desenho,Laky

Nacionais. Ultrapassa fronteiras o apreço de suas obras,

iniciou sua formação artística no Atelier Livre da Prefei-

tendo aquarelas na França, Alemanha, Suécia e Espanha.

34

Revista Farroupilha n° 106 105


direção

Gestão compartilhada define os rumos da instituição Os principais rumos do Colégio Farroupilha são definidos

diversas ferramentas tecnológicas. Nas escolas, há pro-

levando em consideração o posicionamento de três ins-

fessores que são imigrantes digitais educando uma gera-

tâncias fundamentais ao longo da história e para o futuro

ção de nativos digitais. O professor precisa ser apoiado

da instituição: o Conselho de Administração, a Presidência

e capacitado para esta realidade e também é importan-

da ABE de 1858 e as Direções Pedagógica e Administrati-

te que esteja disposto a aprender. A aprendizagem deve

va. A atuação em conjunto contribui para a melhor com-

ser constante em nossas vidas, e no campo profissional

preensão das necessidades dos alunos, de suas famílias e

não é diferente. Diariamente temos acesso a muitas in-

da sociedade. O modelo de gestão compartilhada faz com

formações, mas transformá-las em conhecimento é outro

que projetos, programas e iniciativas sejam discutidos e

desafio da escola contemporânea. Acredito que devemos

analisados desde o planejamento até às práticas efetiva-

formar cidadãos competentes que sejam protagonistas

mente empreendidas no cotidiano escolar. É a partir des-

de sua aprendizagem, que sejam pesquisadores, atuantes

te projeto de qualificação na gestão do Farroupilha que

e líderes de um novo mundo. O papel do professor passa

os resultados são alcançados. “É fundamental a contínua

a ser de instigador da reflexão e da produção de novos

racionalização dos custos e a otimização dos processos

conhecimentos.

internos. Afinal, buscamos a excelência educativa, o que

Milton Fattore: O principal desafio da área educacional

evidentemente impõe a qualificação de todos os procedi-

está em desenvolver professores para atuar junto às no-

mentos”, destaca o presidente da Associação Beneficente

vas gerações. Precisamos preparar os jovens para atuar

e Educacional de 1858, Fernando Carlos Becker.

com criatividade e inovação e para um mercado de tra-

Na entrevista abaixo, o Diretor de Administração e Finan-

balho que exige essas habilidades e isso deve ter início

ças da instituição, Milton Fattore, e a Diretora Pedagógica,

na escola. Outra questão relevante é que a globalização

Marícia Ferri – orientados pelo Conselho de Administra-

exige que as escolas e os professores estejam atentos à

ção e pela presidência da ABE – esclarecem sobre o mo-

desfronteirização do conhecimento, mesmo havendo ne-

vimento de mudança que busca a transição do modelo

cessidades de ação local, a visão deve ser global.

tradicional de educação para que, através do cultivo da participação, do trabalho coletivo e da ação colegiada,

O que é exigido dos profissionais que atuam no Farrou-

seja alcançada e vivenciada a excelência educativa para a

pilha?

sociedade do século XXI.

Milton Fattore: O foco de todos os profissionais que atuam numa instituição educativa deve estar no processo

Quais são os novos desafios da área educacional?

educacional e na compreensão de que trabalhamos com

Marícia Ferri: São muitos os desafios. Um deles é a forma-

o sonho e a formação de pessoas. O modelo de gestão de

ção continuada dos professores para atender a realidade

pessoas na atualidade está voltado para as competências,

de uma nova geração de alunos, que dominam as mais

isto é, conhecimento, experiência, habilidades e atitudes.

35


DIREÇÃO No segmento educacional a lógica é a mesma. Devemos ter pessoas adequadas nas funções adequadas e alinhadas com o projeto macro da instituição. No Farroupilha, estamos trabalhando no conceito de gestão por competência a partir dos conhecimentos, habilidades e atitudes para cada função. Os conhecimentos são os saberes teóricos necessários para desenvolver seu trabalho. As competências são os saberes práticos. Não adianta conhecer as teorias e não saber como aplicar. Da mesma forma, é preciso ter atitude que traduzimos como a disposição para fazer. Também iniciamos em 2012 o Programa de Atendimento Farroupilha, que define uma série de atributos e atitudes dos nossos profissionais como: educação, cooperação, empatia, confiança, segurança, gentileza, constância e proatividade. Marícia Ferri: Precisamos trabalhar com pessoas dispos-

Meu trabalho é de contribuir e pensar, juntamente com a equipe, de que forma podemos tornar a escola cada vez mais atraente, desafiadora e identificada com uma educação de excelência. Marícia Ferri

tas a aprender, a inovar e a atender ao projeto educativo

premissa da nossa existência. Ela depende de oxigênio,

da instituição. Neste modelo de gestão colaborativa ado-

diversidade e criatividade.

tado é fundamental compartilhar as informações para

Marícia Ferri: O conceito de planejamento está presente

que as pessoas se sintam envolvidas e comprometidas.

no cotidiano do trabalho docente. O Colégio Farroupilha

No Colégio Farroupilha, já existe essa organização focada

buscou inovar seu processo educacional a partir do esta-

em melhorar ainda mais os resultados do processo pe-

belecimento de uma parceria com a Fundação Dom Ca-

dagógico e meu trabalho é de contribuir e pensar, jun-

bral com o objetivo de aperfeiçoar e capacitar os gestores

tamente com a equipe, de que forma podemos tornar a

para esta realidade do Colégio. Também temos indicado-

escola cada vez mais atraente, desafiadora e identificada

res pedagógicos que norteiam nossas ações. A excelência

como uma educação de excelência.

educativa está no topo do nosso planejamento, o que qualifica o processo de ensino e aprendizagem desenvol-

Como o Colégio se aperfeiçoa nesse sentido?

vidos na instituição.

Milton Fattore: O Colégio Farroupilha decidiu abrir suas portas para o mundo. O presidente da Associação Bene-

O Colégio mantém parceria com a Fundação Dom Ca-

ficente e Educacional de 1858, Fernando Carlos Becker,

bral para aprimorar o projeto de gestão. Como esse tra-

tem utilizado internamente uma frase de Charles Darwin

balho está sendo feito?

que afirma que sobrevivem na natureza nem os mais for-

Milton Fattore: A Fundação Dom Cabral é hoje uma refe-

tes nem os mais inteligentes, mas aqueles que melhor

rência em termos de gestão. Estão entre as maiores esco-

se adaptam. Compreendemos que não somos ilhas, mas

las de negócios do mundo ao lado de Harvard Business

que vivemos um mundo colaborativo e de oportunida-

School, London Business School, IESE Business School e

des. Nossos pilares, desde o nascimento da ABE de 1858,

outras. E todo o trabalho desenvolvido lá começou como

são a tradição, a disciplina e a inovação. A tradição nos

um sonho de poucos. É ao lado destas grandes institui-

fez chegar até aqui e sempre será valorizada, não existem

ções que o Farroupilha pretende estar. Participamos de

novos saberes sem considerar o que já foi construído. A

um programa oferecido por eles (Fundação Dom Cabral)

disciplina é inerente ao nosso projeto educativo, com-

chamado Parceiros pela Excelência (PAEX) e a partir dele

preendemo-la como fundamental para formar cidadãos

contratamos diferentes módulos de consultoria e apren-

competentes que sejam atuantes na sociedade, como

dizado organizacional. Já é o terceiro ano deste projeto

orienta a nossa missão educativa. Já a inovação é uma

e estamos muito satisfeitos com o andamento. Posso ga-

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Revista Farroupilha n° 106 105


rantir que o principal foco é cumprir a missão, e a gestão

truído pelo corpo docente, considerando que o Pedagó-

administrativa tem como objetivo dar suporte e apoio

gico é o coração da escola. A instituição existe porque

para o pedagógico e para que a excelência educativa

temos alunos, professores e colaboradores engajados

seja atingida. Para atingir os desafios futuros precisamos

numa proposta que visa à construção de conhecimen-

de gestão, de recursos, de pessoas, de tecnologias e de

tos sólidos para a formação de cidadãos competentes.

clientes. Toda essa cadeia deve estar em constante siner-

A essência do Colégio Farroupilha é o elevado nível de

gia para que as metas e indicadores sejam atingidos.

desempenho acadêmico dos estudantes e a formação

Marícia Ferri: É fundamental convocarmos os profes-

de valores. Entendo que estamos numa boa caminhada

sores para que possam pensar na qualificação da nossa

em busca da excelência educativa, mas é evidente que

prática pedagógica e uma parceria como esta dá suporte

precisamos avançar muito mais. O planejamento estraté-

para um trabalho bem planejado e mais qualificado. Per-

gico se reflete na atuação do professor em sala de aula.

cebo que o grupo deve continuar sendo motivado e esse

Estamos trabalhando para que todos compreendam a

é o principal fator para a realização de um trabalho que

importância do seu trabalho para que a escola atinja os

visa a excelência, valorizando tudo o que foi e é cons-

resultados almejados.

Confira abaixo o organograma do Colégio Farroupilha: ABE

Assembleia Geral Ordinária CONSELHO ESCOLAR ADMINISTRATIVO

CONSELHO FISCAL DIRETORIA

CONTROLADORIA

DIRETOR ADMINISTRATIVO

DIRETOR PEDAGÓGICO

ASSESSORIA JURÍDICA

CENTRO DE SAÚDE ESCOLAR

COMUNICAÇÃO E MARKETING

CONTABILIDADE

FINANCEIRO

MANUTENÇÃO E ENGENHARIA

RECURSOS HUMANOS

SERVIÇOS OPERACIONAIS

SUPRIMENTOS

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

CONSELHO CONSULTIVO

PRESIDENTE

OUVIDORIA

*

ASSESSORIA PEDAGÓGICA

EDUCAÇÃO INFANTIL

ANOS FINAIS ENS. FUNDAMENTAL

ENSINO MÉDIO

CTAP

ANOS INICIAIS ENS. FUNDAMENTAL

ÁREAS DE APOIO * BIBLIOTECA

CENTRO DE CAMBRIDGE

ESPORTES

EXTRACURRICULAR

LABORATÓRIOS

MEMORIAL

RECREAÇÃO

SECRETARIA

TECNOLOGIA EDUCACIONAL

* Os setores estão elencados em ordem alfabética.

37


direção

CONSELHO: olhar inovador para as demandas da sociedade

Formado por profissionais com forte representatividade

o empreendedorismo e o compromisso com a sustentabili-

nos segmentos de mercado em que atuam, o Conselho de

dade, faz com que a mantenedora mantenha-se conectada

Administração da Associação Beneficente e Educacional de

e alinhada às demandas da sociedade contemporânea.

1858 é a instância mais importante do processo de gestão

Liderados pelo presidente, Fernando Carlos Becker, o Con-

integrada entre o administrativo e o pedagógico. A visão

selho de Administração se reúne toda a segunda segunda-

estratégica e inovadora desse grupo de voluntários (em sua

-feira de cada mês para acompanhar, projetar e antecipar

maioria ex-alunos), comprometido com o desenvolvimen-

tendências na área da educação. São esses conselheiros –

to e com o fortalecimento de um modelo de educação que

acompanhados da Direção Administrativa e Pedagógica –

prima por valores como o bom relacionamento, a busca

que definem estratégias de médio e longo prazos; ajudam

pela excelência, a disciplina e a organização, a eficiência e

na tomada de decisões, avaliando impactos futuros das de-

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Revista Farroupilha n° 106 105


A visão estratégica e inovadora do Conselho de Administração faz com que a ABE de 1858 mantenha-se conectada e alinhada às demandas da sociedade contemporânea. cisões tomadas no presente; percebem oportunidades e

ma seus valores e estabelece as bases de sua atuação na

nichos; conhecem a fundo a dinâmica do mercado e como

sociedade e no mundo que o rodeia. O Farroupilha tem

a instituição deve se inserir nele; enxergam o antigo com

uma longa história, são várias gerações que passaram por

um olhar inovador.

suas salas de aula. Mudar para atualizar-se e manter o que

“Acredito que, se queremos que nossos filhos estudem

é atemporal é uma de suas grandes virtudes em busca da

em uma Instituição de Excelência, devemos doar uma

excelência administrativa”, analisa o conselheiro.

parte do nosso tempo para colaborar e apoiar a ABE e o

Uma das mais recentes decisões do Conselho está ligada

Colégio no seu dia a dia”, acrescenta o conselheiro Delfino

às melhorias que foram feitas no Colégio durante o último

Carlos Plá Filho. “É de fundamental importância a parti-

período de férias. Ao todo, foram investidos R$ 5 milhões.

cipação dos pais na vida escolar dos filhos, dando apoio

“Ao invés de contrairmos financiamentos junto às institui-

ao nível de exigência do Colégio, pois excelência se con-

ções bancárias, o que levaria cinco anos para ser saldado,

segue pela parceria da escola com as famílias”, lembra o

o Conselho decidiu usar recursos da própria mantenedora

gerente da Filial de Retaguarda da Caixa Econômica Fede-

para pagar as obras”, exemplifica o presidente da ABE, Fer-

ral em Porto Alegre que, em 2009, ingressou no Conselho

nando Carlos Becker.

Escolar-Administrativo.

A ampliação das dependências do Correia Lima, unidade

A missão de contribuir para a educação, na visão do ad-

de responsabilidade social que hoje atende 240 alunos

ministrador de imóveis, Mario Espíndola, é ampla. “O

do 1º ano à 8ª série do Ensino Fundamental, está sendo

compromisso não deve restringir-se apenas aos interes-

estudada pelos conselheiros. “Sou do tempo em que co-

ses pontuais dos próprios filhos. Precisa estender-se aos

meçamos a pensar em constituir essa unidade, que dei a

compromissos com a educação como um todo. Sem uma

maior força, pois é um projeto para a educação gratuita

educação de alto padrão, não poderemos construir a na-

de jovens em uma escola de nível como o Farroupilha.

ção que desejamos. A educação é a base do desenvolvi-

Sou um conselheiro muito preocupado com esta unida-

mento pessoal e social”, destaca. Conforme o conselhei-

de e sempre disposto a dar força para melhorias, como a

ro, o colégio é o mais importante e essencial agente de

presente necessidade de construção de mais três salas de

transformação depois da família. “Por acreditar nos pais e

aulas para comportar o aumento do número de alunos

por acreditar nos professores, o educando assimila o que

dessa unidade”, sintetiza Nilo Job, associado da ABE de

lhe é ofertado. A partir destes dois espaços, o jovem for-

1858 desde 1981, que há 12 anos dedica-se ao Conselho.

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esporte

Esporte

como instrumento de desenvolvimento humano s resultados conquistados pelas equipes esportivas

muitas, e em nível estadual, títulos nas modalidades do

do Colégio Farroupilha, nas mais diversas competições

Futebol e Basquete feminino e Voleibol masculino foram

escolares, são bastante conhecidos. A cada torneio, as

conquistados. No Estudantil Paquetá Esportes Adidas,

equipes apresentam resultados positivos e, ano após ano,

outra grande competição escolar, o Farroupilha é a esco-

têm conquistado títulos importantes no cenário esporti-

la mais vencedora com 16 títulos de campeão, 53 troféus

vo escolar. Na Copa Disney, evento mundial de Futebol,

conquistados e dois títulos de campeão geral, em 2009 e

organizado pelo canal de TV a cabo Disney, o Farroupi-

2012. Também nas competições entre clubes das Federa-

lha conquistou os maiores títulos da história do Colégio,

ções Gaúchas de Basquete e Handebol, o Colégio colecio-

em 2010: campeões brasileiros e mundiais! No ano passa-

na diversos títulos de campeões estaduais, além de diver-

do, as equipes de Futsal feminino de 14 e 17 anos repre-

sos alunos convocados para integrar as seleções gaúchas

sentaram o Rio Grande do Sul nas Olimpíadas Escolares

e brasileiras. Nos demais torneios – Copas Farroupilha de

Brasileiras, em Poços de Caldas e Cuiabá, e não deixaram

Basquete, Handebol e Voleibol, Jogos Abertos de Porto

por menos: mais dois títulos brasileiros para a galeria do

Alegre, Ligas de Futsal e Voleibol, Grand Prix de Futebol, e

Farroupilha! No Projeto Bom de Bola, as conquistas mu-

outros torneios, as conquistas são inúmeras e perpassam

nicipais e regionais no Futebol masculino e feminino são

por todas as modalidades que a escola trabalha.

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Revista Farroupilha n° 106 105


Se nas quadras e nos campos, os resultados são tão visí-

É no campo das relações que as equipes esportivas mais

veis, fora deles o resultado pode ser sentido no dia a dia

contribuem para o desenvolvimento dos jovens. A parti-

por pais, professores e colegas de cada um dos cerca de

cipação em equipes exige o amadurecimento de habili-

400 alunos que integram as equipes esportivas. Isso por-

dades para trabalhar em conjunto, comprometendo-se

que o trabalho desenvolvido nas equipes esportivas tem

com uma meta comum e dividindo esforços para superar

como foco muito claro e definido a utilização do esporte

dificuldades. Frustração e euforia são sensações muito

de competição como ferramenta para educar, comple-

presentes na vida esportiva, e aprender a lidar com elas

mentando o trabalho desenvolvido em sala de aula em

representa um aprendizado fundamental para o futuro.

cada uma das disciplinas. E, no Farroupilha, educar signi-

Nas equipes esportivas, a postura ética e o respeito ao

fica abranger diversos aspectos, incluindo os cognitivos,

adversário e demais envolvidos nas competições convi-

motores e sócio-afetivos.

vem perfeitamente com a competitividade e a busca pela

No campo cognitivo, o trabalho desenvolvido em to-

vitória a cada jogo. Faz parte da cultura Farroupilha pe-

das as modalidades visa estimular o desenvolvimento

dir desculpas após uma falta cometida ou cumprimentar

do raciocínio e a compreensão pelos alunos atletas das

adversários e árbitros ao mesmo tempo que se luta, até o

inúmeras alternativas estratégicas individuais e coletivas

último minuto, por uma vitória ou um título.

que cada esporte oferece. Assim, habilidades como fazer

Para que esse trabalho alcance o sucesso, dois fatores são

a leitura adequada de um contexto estratégico, e tomar

fundamentais: a qualificação dos profissionais e a estru-

decisões individuais e coletivas a partir dessa percepção,

tura física disponibilizada para o trabalho. Os treinadores

muitas vezes sobre alta pressão, são desenvolvidas desde

que trabalham em cada modalidade são formados em

as categorias menores (Pré-Mirim e Mirim) até as maiores

Educação Física, têm experiência na modalidade como

(Infantil e Juvenil) fazendo com que, ao terminarem a es-

atletas e como treinadores, e compartilham integralmen-

cola, nossos alunos tenham desenvolvido competências

te os valores educativos e morais propostos para as equi-

importantes para sua vida pessoal, acadêmica e profissio-

pes. Por outro lado, a estrutura física disponibilizada para

nal futura.

treinos e competições – campo gramado e iluminado,

No campo do desenvolvimento motor, a participação

pista asfáltica, ginásio com dois pisos e três quadras po-

em treinamentos e competições possibilita aos alunos o

liesportivas cobertas, todas com placar eletrônico – está

desenvolvimento de hábitos de vida saudável, uma vez

entre as melhores do Brasil, e reflete toda a valorização

que a prática de exercícios físicos de forma regular é al-

que a escola e comunidade percebem no esporte como

tamente positiva. Além disso, os alunos são estimulados

instrumento de desenvolvimento humano. Por isso, as

a desenvolverem as habilidades inerentes à modalidade

equipes esportivas continuarão educando através das

esportiva que praticam, o que requer dedicação, planeja-

competições, conquistando títulos e troféus, mas princi-

mento e trabalho sistemático.

palmente, formando cidadãos competentes.

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esporte

Competições do calendário esportivo O primeiro semestre é, historicamente, um período de poucas competições escolares. Nessa época, as grandes competições como o Projeto Bom de Bola, o Estudantil Paquetá Esportes e o Campeonato Estudantil (CERGS) estão sendo montados. Também é um período importante para as equipes de escolas prepararem-se para os grandes eventos que estão por vir. É nesse espaço que, há 12 anos, o Colégio Farroupilha desenvolveu alguns dos eventos mais tradicionais do esporte escolar gaúcho: as Copas Farroupilhas. Criadas para ocupar as equipes escolares durante o primeiro semestre, as Copas Farroupilhas tornaram-se logo sinônimo de competições bem organizadas e de alto nível técnico das equipes. Nos primeiros anos, foram realizadas Copas Farroupilha de Handebol, Ginástica Olímpica, Judô e Atletismo. Atualmente, são disputadas apenas as Copas Farroupilhas de Basquete e Voleibol. As tabelas dos jogos são montadas a partir de reuniões (congressos técnicos), realizadas com os treinadores das demais escolas participantes. A partir das tabelas, é possível determinar os custos de arbitragem e premiação, integralmente cobertos pelas equipes inscritas. Os jogos, disputados em sua maioria no Centro Cultural e Esportivo Farroupilha, iniciam em abril e se estendem até julho, em geral nos finais de semana. São disputados nas categorias

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Mirim, Infantil e Juvenil, masculino e feminino. Outra grande competição disputada no primeiro semestre é o Grand Prix de Futebol, evento criado há cerca de trinta anos, e disputado inicialmente por colégios e clubes como Inter e Grêmio. Nos últimos dez anos, o evento tem sido organizado pelo Colégio Farroupilha, e reúne as equipes das principais escolas de Porto Alegre. Tal como nas Copas Farroupilha, o calendário é montado em comum acordo entre os participantes. Os jogos iniciam em abril e se estendem até o segundo semestre por causa da má condição do tempo durante o inverno. Os custos são cobertos pelas equipes participantes. Também são bastante tradicionais os Jogos Abertos de Porto Alegre, grande competição organizada pela Secretaria Municipal de Esportes, que reúne equipes de escolas, clubes, associações de bairro e outros times. Outros torneios promovidos por Federações esportivas e outras instituições também podem ocorrer durante o primeiro semestre. É o caso do Campeonato Metropolitano (LIMFI) e Campeonato Estadual (SULIGAFI) de Futebol feminino, modalidade em que o Colégio Farroupilha tem larga tradição. As equipes do Farroupilha estão com muita vontade de entrar na quadra novamente, e o primeiro semestre promete muitas emoções.


EVENTOS

//Bazar de Páscoa

//Emoção e alegria no retorno às aulas Muitas histórias para contar, material novo para mostrar, saudade dos colegas e professores e expectativa na chegada pela primeira vez ao Colégio. Esses sentimentos e muitos outros puderam ser percebidos nas rodas de conversas entre alunos do Farroupilha que, no dia 25 de fevereiro, iniciaram o ano letivo. Entre uma conversa e outra, crianças e adolescentes paravam para interagir com os mímicos e com o Chapeleiro Maluco, acompanhar as esculturas de balões, dançar ao som do DJ Capu e visitar os novos parceiros do Farroupilha (a Livraria e Cafeteria Casa do Estudante e o Saúde no Copo). “Emocionante esse Colégio. Onde eu estudava antes era uma bagunça. Ninguém sabia informar onde era a tua sala”, comentou Laura, aluna da 8C, que acabou de ingressar no Farroupilha. QUER SABER MAIS SOBRE A VOLTA ÀS AULAS? Faça a leitura do QR Code ao lado (veja mais instruções na página 5) e assista ao vídeo do primeiro dia de aula no Farroupilha

A bonequinha Tilda, de origem Norueguesa, foi uma das várias opções de presentes expostas para a comunidade escolar durante o Bazar de Páscoa, realizado de 13 a 15 de março, na área coberta do Colégio. “Ela não tem boca porque fala com o coração”, explicou a artesã Nilva de Avila Rodrigues que, pela primeira vez, participou do evento. Em três dias, Nilva comercializou seis bonequinhas, 25 gatinhos da sorte, confeccionados em tecido, e uma cabana Doce Lar. Chocolate, bijuterias, acessórios de decoração, sabonetes, aromatizadores, cupcakes, salgados e confecção feminina também foram expostos com preços e condições facilitadas de pagamento.

Encontro de Integração da Educação Infantil e aniversário do Berçário e Maternal Uma manhã com piquenique, brincadeiras, atividades e momentos de confraternização. Esse foi o espírito do VII Encontro de Integração da Educação Infantil, realizado em 23 de março, das 9h às 12h, na Sede Campestre do Colégio, em Viamão. O evento, que festejou os 20 anos do Berçário e Maternal, reuniu pais, familiares, professores, alunos e auxiliares, possibilitando que todos se conhecessem e trocassem experiências.

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EVENTOS

>>Cidadania e respeito à Patria

Fardados e com passos firmes, 28 alunos da 3ª série do Ensino Médio do Colégio Farroupilha começaram em 06 de março uma nova etapa em suas vidas: a incorporação à 13ª turma da Escola de Instrução Militar (EsIM). A cerimônia, realizada na área coberta do Colégio, contou com a presença do presidente da Associação Beneficente e Educacional de 1858 (ABE), Fernando Carlos Becker, do diretor de administração e finanças da ABE, Milton Fattore, da diretora do Colégio, Marícia Ferri, do comandante do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva de Porto Alegre (CPOR/PA), Coronel Waldir Silva Filho, e do instrutor-chefe da EsIM, Major Átila Serafini Lopes. Após participarem da cerimônia de incorporação, alunos, pais e familiares foram convidados a assistir à aula inaugural, que apresentou a histórica da EsIM e do Exército, além de passar informações sobre as atividades de ensino ao longo dos quatro meses. Ao todo, serão 18 semanas de instrução, uma marcha de oito quilômetros no Parque Marinha do Brasil e um acampamento de uma semana no mês de abril, no Campo de Instrução de Butiá. O encerramento está previsto para 12 de julho. Em 200 horas/aula, os estudantes terão uma série de instruções militares, como manejo de armamentos, noções básicas de comunicações,

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princípios de saúde e higiene, entre outros. Tais ensinamentos serão fundamentais para a ampliação de alguns valores morais, como dignidade, honra, solidariedade, família, amizade, liderança e justiça. “A EsIM é um trabalho conjunto entre o Exército, a escola, a família e a vida social. O principal objetivo é não prejudicar os estudos dos alunos”, definiu o instrutor-chefe da EsIM, Major Átila. Com um corte de cabelo que remete ao modelo usado pelos soldados do Exército, João Rodrigues Paixão homenageou o neto Eduardo, aluno da EsIM. “Com esse evento de hoje,estou relembrando o meu tempo de soldado, quando prestei serviço na Aeronáutica, em Canoas, em 1951. Sinto orgulho pelo trabalho desenvolvido pela EsIM”, contou emocionado o avô.


Recordações escolares marcam o Dia da Colheita

O Farroupilha na percepção dos alunos Um espaço para o diálogo entre a Direção e um grupo de alunos sobre percepções e sugestões para o Colégio. Este é o principal objetivo do projeto Fala Farroups, que teve a sua primeira edição realizada na manhã desta segunda-feira, 25 de março, na Sala do Grêmio Estudantil (GEF), com um grupo de alunos do Ensino Médio. O projeto acontecerá na última segunda-feira de todo o mês, durante 30 minutos, sempre contemplando um nível de ensino e um membro do GEF. Depois de se apresentarem, os estudantes responderam à primeira pergunta da diretora pedagógica, Marícia Ferri: “Como vocês percebem o Colégio?”. Apesar da timidez no início do bate-papo, logo os alunos sentiram-se à vontade para sugerir e opinar sobre assuntos que envolvem o cotidiano escolar. “Meus primos e a minha irmã já estudaram aqui, e é perceptível o crescimento do Farroupilha. As melhorias que estão ocorrendo propiciam um ambiente mais favorável ao estudo”, destacou Vítoria Córdova, da 3ª série. “O Colégio mudou bastante. Noto, inclusive, que além das mudanças na infraestrutura, a escola está mais exigente nas avaliações, e isso é positivo”, complementou Nora Oderich Trein, da 2ª série. Beatriz Gava, aluna da 3ª série que estava representando o GEF, faz cursinho pré-vestibular no turno inverso ao do colégio e já notou que muitos conteúdos já foram vistos no Farroupilha. “O Colégio está nos dando uma base boa, e o cursinho me ajuda a aprofundar as matérias”, disse. Para Marícia, o projeto é uma iniciativa positiva para os alunos e direção. “É uma oportunidade de aproximação com os alunos e, com isso, vamos procurar sempre melhorar o nosso processo de ensino”, afirmou.

Recordações escolares guardadas há 10 anos pelos alunos que hoje são formandos do Ensino Médio serão revistas no dia 06 de abril, na Sede Campestre do Colégio, em Viamão. Ao lado do padrinho da turma, de professores e colaboradores, o grupo participará do Dia da Colheita.

Sete anos do Correia Lima Várias atividades de integração estão sendo preparadas para o dia 24 de abril, data em que a Unidade Correia Lima completa sete anos. Atualmente, 243 alunos estão matriculados do 1º ano a 8ª série do Ensino Fundamental nessa unidade de responsabilidade social, mantida pelo Colégio Farroupilha.

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EVENTOS

//Bonde do Sorriso dá aula de gentileza Ao entrar no lotação que fazia o trajeto da linha Mont’Serrat, na tarde de 26 de março, muitos usuários foram surpreendidos pelo Bonde do Sorriso, idealizado pelos alunos do Colégio Farroupilha. A ação, uma parceria entre o Colégio e o grupo coletivo Shoot the Shit, faz parte do movimento #daescolapravida, e teve o objetivo de instigar os passageiros a dizer “boa tarde” como uma forma calorosa e bem humorada de se cumprimentar não somente no dia do aniversário de Porto Alegre, mas em todos os dias do ano. Susana Braga ficou surpresa ao entrar no lotação. “Às vezes, a gente entra nos lugares e dá boa tarde, mas ninguém responde. Ações como essa motivam as pessoas a serem educadas”, disse. Morando longe da família, Karina Piccine afirmou que o Bonde do

Sorriso mudou o seu dia. “Coisas simples, como um sorriso, ajudam muito”. O Bonde do Sorriso contou com a participação de 18 alunos do Ensino Médio do Farroupilha. “Achei divertido participar. Embora algumas pessoas não tenham respondido, ficaram surpresas com um simples ‘boa tarde’”, destacou Antônio Madrid, da 2ª série. A reação dos usuários chamou a atenção dos estudantes. “Cada pessoa reagiu de um jeito. É bacana poder motivar nas pessoas um gesto de gentileza”, complementou Gabriela Rockemnach, também da 2ª série. Formado por alunos do Farroupilha, o movimento #daescolapravida busca desenvolver ações e atitudes que promovam melhorias na cidade e mudanças de comportamento entre os moradores da capital.

>>41 anos do Jardim de Infância Os 41 anos do Jardim de Infância do Colégio Farroupilha, completados no dia 20 de março, contaram com piquenique no pátio e baile de máscaras no miniauditório do Jardim de Infância.

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A formação que você dá ao seu filho o prepara para a vida?

>>Criatividade para melhorar Porto Alegre Inspiração não vai faltar aos alunos do Ensino Médio em 2013. A parceria entre o Colégio e o grupo coletivo ShoottheShit foi renovada e prevê várias atividades para instigar o sentimento de cidadania dos alunos da 1ª série em relação à cidade de Porto Alegre e para estimular os estudantes da 2ª série a manter uma convivência mais saudável e respeitosa entre as pessoas.O enfoque das atividades para as turmas da 3ª série é a economia da colaboração. O Colégio acredita que o futuro da humanidade caminha para essa direção e que os alunos precisam estar informados sobre essa tendência desde agora. Durante o workshop, os estudantes da 3ª série também serão estimulados a pensar em ações para a cidade, tendo como fonte de recurso o crowdfunding, financiamento coletivo ou colaborativo, em que a obtenção de capital provém da agregação de múltiplas fontes de financiamento, em geral pessoas físicas interessadas na iniciativa.

As respostas para a pergunta acima serão debatidas na primeira palestra geral do ano do Cuidar é Básico, que será realizada dia 09 de abril, das 19h às 20h30, no auditório do Colégio. Durante o evento, o psiquiatra e psicanalista, Dr. José Outeiral, falará sobre o papel das famílias na formação social e moral dos filhos, como este processo repercute na relação com os pares na escola e como o bullying se manifesta entre crianças e adolescentes. A temática integra o eixo de Convivência, abordado pelo programa que contempla também a discussão entre a comunidade escolar de assuntos relacionados à saúde e à aprendizagem.

Acompanhe o cronograma com foco para ações com pessoas: 22/04: realização de palestra 26/04: workshop com foco para ações com pessoas 10/06: palestra 14/06: workshop Atividades específicas sobre financiamento coletivo 23/09: palestra 27/09: workshop 04/10: workshop 11/10: workshop

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Revista de Divulgação Científica para crianças, ano 24, n° 226, agosto de 2011, pág. 20

PASSATEMPO

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Revista de Divulgação Científica para crianças, ano 24, n° 222, Abril de 2011, pág. 12


FARROuPITO

ABE 155 anos e Colégio Farroupilha O COMEÇO DE TUDO... No mês do aniversário de 155 anos da Associação Beneficente e Educacional de 1858 e dos 127 anos do Colégio Farroupilha, as turmas do Turno Integral do Jardim de Infância visitaram o Memorial. Dessa forma, os alunos puderam fazer uma volta ao tempo, conhecendo o acervo de fotografias, os uniformes antigos, os objetos e os materiais escolares que fazem parte da história do Farroupilha e de sua mantenedora. O grupo de alunos mostrou-se curioso e muito participativo. Após as descobertas feitas no Memorial, nossos pequenos repórteres construíram perguntas para a entrevista com o Sr. Fernando Carlos Becker, presidente da ABE de 1858. Por ele, ficamos sabendo que, há 121 anos, a Associação comprou um terreno, onde hoje é o Hotel Plaza São Rafael, e lá instalou sua sede própria, conhecida como Velho Casarão, local no qual foi estudante. Através dele, também ficamos conhecendo um pouco de sua história.

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ENTREVISTA COM O PRESIDENTE DA ABE DE 1858 E EX-ALUNO DO COLÉGIO FARROUPILHA, FERNANDO CARLOS BECKER. Farroupito: Por que o nome do Colégio é Farroupilha? Sr. Becker: Vocês sabem o que quer dizer Farroupilha? Ela foi uma revolução muito importante e se tornou um símbolo no estado. O colégio tinha outro nome, na época da segunda guerra mundial, mas como ocorreu uma proibição de falar qualquer língua diferente do português, então adotaram um nome típico gaúcho que é Farroupilha. Farroupito: O senhor estudou no velho casarão? Sr. Becker: Sim, eu estudei lá, a sede era no centro de Porto Alegre, onde hoje é Hotel Plaza São Rafael. Farroupito: Como era o pátio no ano em que estudou? Sr. Becker: O pátio era grande e tinha paineiras lindas. Farroupito: Como era o uniforme? Sr. Becker: Eu usava camisa, casaco, calça e quepe. A cor do uniforme era cáqui, e o símbolo tinha as iniciais do nome do nosso colégio. As meninas usavam saias plissadas e meias três quartos brancas até o joelho, pois não podiam mostrar as pernas. Farroupito: O senhor usou caneta de pena? Sr. Becker: Sim, eu usei muito a caneta de pena. Ela era de madeira e para poder escrever era preciso colocar tinta. Eu tomava muito cuidado, pois se colocasse muita tinta, estragaria a caneta. Farroupito: O senhor já ficou de castigo? Sr. Becker: Não, só ficava de castigo quem aprontava alguma coisa muito séria na sala de aula. Quando isso acontecia, o castigo era ficar embaixo do relógio por algum tempo. Farroupito: Quando o senhor estava no colégio, os carros eram diferentes? Sr. Becker: Sim, os carros eram diferentes, mas tinham as mesmas coisas que os de hoje: portas, janelas, rodas, direção, porém eles eram menores e menos potentes.

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Túnel do tempo

Desde a sua fundação, a Associação Beneficente e Educacional de 1858 atuou em sintonia com o Colégio Farroupilha. Juntos, dirigentes da ABE de 1858 e diretores do Colégio entraram para a história da educação no Rio Grande do Sul com projetos pioneiros, ousados e inovadores.

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Confira abaixo alguns protagonistas e as principais mudanças realizadas por eles: PRESIDENTE DA ABE DE 1858

DIRETOR(ES) DO FARROUPILHA

PRINCIPAL REALIZAÇÃO

Criação do primeiro Jardim de Infância da ABE, pioneirismo no Rio Grande do Sul. João Fernando Krahe (1907-1912)

Carl Wilhelm Mucke (1926-1934)

Otto Meyer

Hans Kramer

União da Escola de Meninos e Meninas (Deutscher Hilfsvereinsschule), em 1929, e compra de terrenos no Caminho do Meio, atual Bairro Três Figueiras

Criação do curso ginasial e manutenção da escola no período referente à Segunda Guerra Mundial Rodolfo Ahrons (1939-1946)

Álvaro Difini

Aprovação da mudança de Ginásio para Colégio Farroupilha Carlos Tannhauser 1948 a 1955)

Roberto Medaglia Marroni (1950 a 1961)

Criação do Novo Educandário Farroupilha, mudança para a sede Três Figueiras Egon Renner (1956-1965)

Octavio Glicério Fauth (1966-1983)

Rodolfo Schneider e Wilma Gerlach Funcke

Lucien Felicien Thys Vera Elisabeth Reimer Matte

Criação do Jardim de Infância da Unidade Três Figueiras, em 1972

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OPINIãO

A Governança Corporativa na ABE 1858 e sua influência no Colégio Farroupilha Por Anton Karl Biedermann, membro do Conselho Consultivo da ABE de 1858

C

omo é de conhecimento geral, o Colégio Farroupilha é mantido pela Associação Beneficente e Educacional de 1858, entidade sucessora da Sociedade de Beneficência Alemã, fundada em 1858, sob a denominação de “Deutscher Hilfsverein”. A ABE 1858 tem como finalidades manter, criar, dirigir, administrar e cessar atividades de estabelecimentos de ensino, em todos os níveis e modalidades, para fins pedagógicos, e sem autonomia jurídica e independência econômico-financeira em relação à mantenedora, que proporcionem aos seus educandos, de ambos os sexos, sólida formação integral, fundamentada nos princípios cristãos, em que o respeito e a harmoniosa convivência sejam características permanentes. Independentemente do porte que atingiu o Colégio Farroupilha, a simples leitura das finalidades da ABE 1858 mostra a responsabilidade que assume com a infância e a juventude de nosso País. Para que as exerça com eficiência, é necessário que seja administrada por homens e mulheres experientes e capacitados. Mas isto não basta. É imprescindível que esteja a sua estrutura administrativa formatada em moldes modernos. E, nesse ponto, a ABE 1858 adiantou-se no tempo à hoje tão apregoada Governança Corporativa, criando há anos, além da Assembleia Geral, Diretoria e Conselho Fiscal, o Conselho Escolar Administrativo e o Conselho Consultivo. Todos os cargos não são remunerados. A Assembleia Geral é o órgão máximo legislativo e deliberativo, e dela participam os associados efeti-

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vos e jubilados que deliberarão na maioria dos casos, por maioria simples de votos. A Diretoria, na qual cada membro tem mandato de dois anos, é eleita pela Assembleia Geral e tem como objetivo principal a administração da ABE 1858. O Conselho Fiscal, composto por três membros, eleitos juntamente com a Diretoria, pela Assembleia Geral, tem como finalidade examinar as demonstrações financeiras e outros documentos apresentados pela Diretoria. O Conselho Escolar-Administrativo é formado pela Diretoria da ABE 1858, diretor(a) pedagógico(a) do Educandário e pais ou responsáveis por alunos, estes eleitos pela Assembleia Geral na forma do Estatuto. Este Conselho tem como finalidade precípua deliberar sobre os assuntos administrativos das Escolas mantida pela ABE 1858. O Conselho Consultivo integrado pelo Presidente da ABE 1858, ex-presidentes, associados beneméritos e de seis a dez pessoas indicadas pela Diretoria. O Conselho Consultivo tem como finalidades principais apreciar assuntos apresentados pela Diretoria, para posterior apreciação da Assembleia Geral, e alienação, compra e construção ou aumentos de imóveis. Pela estrutura, rapidamente exposta nas linhas acima, pela diversidade e amplitude dos objetivos dos diversos órgãos, compreende-se o reflexo positivo de suas decisões, provocado no Colégio Farroupilha, hoje um dos maiores e mais conceituados educandários do Brasil.


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JUNTOS TORNAMOS A EXCELÊNCIA EDUCATIVA UMA PRÁTICA DIÁRIA. Ao longo de muitas décadas, a ABE de 1858 e o Colégio Farroupilha têm proporcionado aos alunos uma formação sólida, aliando tradição, disciplina e inovação. Desta forma, buscamos alcançar os desafios da visão institucional de nos tornarmos referência em educação no Brasil e no Mundo.

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