Revista Farroupilha - Edição de setembro e outubro de 2014

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ano xxii | nº 114 | Edição de setembro/outubro de 2014

Aprendizagem para a vida alia emocao e razao Ler significa interagir com o mundo Projeto oportuniza aos alunos experiências de leitura construtivas

Ensino e aprendizagem via plataforma digital

Nova certificação internacional na Língua Alemã

Software Moodle é a mais nova ferramenta tecnológica usada em sala de aula

Farroupilha recebe habilitação para aplicar exames ZDP Nível B1


expediente Nº 114 - Edição de Setembro/Outubro de 2014 da Revista Farroupilha Presidente da Associação Beneficente e Educacional de 1858 – ABE 1858 Fernando Carlos Becker Diretora Pedagógica Marícia Ferri

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editorial

Emoção e razão guiam a aprendizagem Promover um espaço de aprendizagem que alie competências

Diretor de Administração e Finanças Milton Fattore

socioemocionais com habilidades cognitivas é um dos maiores

Jornalista Responsável Cláudia Oliveira MTB 8138

português, António Damásio, comentada na matéria especial, in-

desafios enfrentados pelas instituições de ensino no século XXI. Pesquisas científicas, como as realizadas pelo neurocientista dicam que os sentimentos abrem espaço para a aprendizagem

Coordenação Geral Tiago Schmitz

e devem ser trabalhados pela escola, em conjunto com a família,

Assessor de Criação e Design Marcelo Diehl

dos mais conceituados estudiosos do cérebro humano, Damásio

Comunicação e Marketing comunicacao@colegiofarroupilha.com. br

razão, pois elas têm forte impacto nas tomadas de decisão in-

Diagramação Design de Maria www.designdemaria.com.br

vidades que trabalham inúmeras habilidades socioemocionais

Revisão Textual Laboratório de Português

ma, respeito a si e ao outro são algumas dessas competências.

Capa Alunos do 4º ano G do Ensino Fundamental: Artur Maule (o mais alto); Eduardo Colla de Bastiani (à direita); Eduardo Pacheco Gouveia Alves (o segundo da esquerda para a direita) e Tácio de Castro Magalhães (à esquerda).

emoções, de controlar seus impulsos, de descobrir o que fa-

Ouvidoria Farroupilha ouvidoria@colegiofarroupilha.com.br (51) 3455-1889

educação voltada para a formação de cidadãos competentes e

Tiragem 1.000 exemplares

desde a primeira infância. Reconhecido mundialmente como um acredita que a razão humana é moldada pela emoção e pela dividuais e coletivas. A proposta pedagógica do Colégio Farroupilha contempla atidesde a Educação Infantil até o Ensino Médio. Autonomia, responsabilidade, empatia, sociabilidade, perseverança, autoestiAcreditamos que indivíduos que são capazes de lidar com suas zer diante de uma nova situação e de se adaptar a mudanças tendem a lidar melhor com os problemas, sejam pessoais ou profissionais, e obtêm mais qualidade de vida. Esse conceito de alcançar uma escola de excelência, marcada por uma cultura de partilha e de aprendizagem, que preconize uma críticos está, de uma forma ou de outra, interligada com sentimentos, emoções e com a razão como podemos perceber nos cases mencionados em todas as páginas desta edição. Essa é

Versão Online www.colegiofarroupilha.com.br

apenas uma pequena seleção de trabalhos em equipe realizados

Como instalar o leitor de QR Code no seu celular Inventado no Japão em 1994, o QR Code foi criado para facilitar o acesso à informação por parte de usuários de celulares, podendo ler qualquer coisa de qualquer lugar. Para ler um QR Code ou Quick Response Code é preciso instalar um software em seu celular. Ele será responsável por decodificar a imagem capturada. Na internet, há muitos softwares gratuitos disponíveis. É preciso que se baixe um de acordo com o modelo do celular. Em português, o http://reader.kaywa.com é um dos melhores sites para baixar leitores de QR Code. Para aqueles que quiserem criar seus próprios QR Codes, em http://qrcoder.kaywa.com, é possível gerá-los facilmente.

Em tempos de mudanças, sabemos que é necessário construir,

em parceria com alunos, famílias, colaboradores e comunidade. desconstruir, desapegar-se de alguns conceitos, aprender e reaprender a todo o instante para (re)pensar práticas que promovam uma vida plena, na qual o aluno atua como protagonista, seja tanto no âmbito pessoal quanto profissional. Como diz António Damásio, as emoções e os sentimentos são extremamente importantes na forma como guiam o nosso pensamento e o nosso comportamento. É por acreditar nisso que a nossa proposta pedagógica diferencia-se das demais. Fernando Carlos Becker Presidente da Associação Beneficente e Educacional de 1858


Sumário 3

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32

29

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nesta edição | #114 4

De que falamos quando pensamos em aprendizados significativos?

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Rotina escolar pelo celular

9

Matemática no compasso de cada aluno

29

Ensino e aprendizagem via plataforma digital

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Aprendizagem para a vida alia emoção e razão

32

Alunos debatem o seu papel no mundo

20

Ler significa interagir com o mundo

38

Nova certificação internacional na Língua Alemã

22

Mergulhando no mundo das artes com imaginação

41

Aprendizado mistura música e história geológica da Terra

24

Imersão na cultura de outros países

44

Cotidiano retratado em forma de arte


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Opinião

De que falamos quando pensamos em aprendizados significativos? Por Maximiliano Moder, MEd University of Bristol e consultor da Unesco

O aprendizado precisa ser relevante. E ser relevante tem a ver com mais de um aspecto. Por um lado, tem que ser relevante para a sociedade na qual o indivíduo vive e se desenvolve. O processo da aprendizagem é, portanto, um processo situado em um contexto determinado. E, por outro lado, tem que ser relevante em um contexto mais restrito, tem que ser importante para ele mesmo, o aprendiz. Os aprendizados não são somente conhecimentos que se vão acumulando em alguma gaveta da mente dos estudantes. Os aprendizados, para serem significativos e transformadores, precisam ser passíveis de movimento. E é, na medida em que eu posso fazer alguma coisa com esses conhecimentos que tenho adquirido, em que sou capaz de movimentá-los para melhorar a minha vida e a dos outros, que esses conhecimentos podem ser considerados como parte de um aprendizado que vai transformar a minha vida e a dos demais. Desse modo, os aprendizados têm que envolver tanto os conhecimentos, quanto as habilidades e atitudes que permitirão que esses conhecimentos sejam postos em movimento e sejam transformados em realidade. Nesse sentido, uma aprendizagem transformadora envolve muitos aspectos, tanto de definição curricular dos aprendizados, ou seja, do que os estudantes teriam que aprender na escola (o que é relevante para a sociedade e para o futuro desses discentes no contexto em que teriam que se desenvolver), quanto das definições didáticas da prática nas aulas (de que maneira esses aprendizados têm que ser trabalhados para serem alcançados?). São, desse modo, duas dimensões interligadas, mas possuem suas diferenças. Mantidas as definições curriculares, que podem ser avaliadas e tomadas em contexto macro, o ideal é que as definições didáticas sejam definidas em nível local: pela escola, pelo professor e pelo aluno.


cuidar é básico

Famílias escolhem temáticas para debater com especialistas

Pais escolheram uma das quatro salas colocadas à disposição durante encontro do Cuidar é Básico

Com novo formato, Cuidar é Básico propôs a discussão de assuntos relacionados à aprendizagem, internet, balada e sexualidade Temáticas que geram preocupação, propostas pelas próprias famílias de alunos do Farroupilha, foram debatidas durante o encontro geral do Cuidar é Básico, realizada em agosto. Com novo formato e maior interação entre palestrantes e convidados, essa edição do Cuidar é Básico trouxe a reflexão sobre formas de aprendizagem da geração Y, uso da internet, comportamentos dos jovens em festas e baladas, consumo precoce de álcool e assuntos relacionados à sexualidade.

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cuidar é básico

Aprendendo a aprender: como ajudar esta geração? Falta de habilidade para planejar uma rotina de estudos, dificuldade em estabelecer metas a curto e a longo prazos e superficialidade para lidar com um mundo de informações recebidas a todo o instante. Essas foram algumas das características da geração Y apontadas pela educadora e psicopedagoga Andréia Gonçalves, na palestra “Aprendendo a aprender: como ajudar esta geração?”. Para estimular o processo de aprendizagem, a especialista recomenda metodologias que despertem a atenção visual, já que esta geração é pouco auditiva. “A elaboração de esquemas sobre os conteúdos e não apenas o ato de ler e sublinhar pode favorecer o processo de aprendizagem, assim como o estabelecimento de objetivos a curto prazo nos estudos e o reconhecimento dos avanços e progressos”, aconselhou. Os pais, segundo a especialista, devem estimular a autonomia dos filhos sem atuar como professores particulares, estimulando os jovens a estudar para as aulas, e não apenas para as provas. A palestrante destacou que a dinâmica familiar reflete no comportamento do filho e que as famílias devem ajudá-lo na definição de objetivos e na organização da rotina. “As crianças e os adolescentes devem ter horários, inclusive para dormir. Em relação ao estudo, devemos nos questionar: quando e como ele estuda? A quantidade de tempo não é o principal”, alertou.


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“Quem vê perfil, não vê coração: seu filho na Internet” Dados de pesquisa e experiências vividas na faculdade foram compartilhados pelo publicitário e diretor do curso de Publicidade e Propaganda da ESPM-Sul, Alessandro Souza, durante conversa com os pais sobre “Quem vê perfil, não vê coração: seu filho na Internet”. “Temos que dar autonomia, mas sempre cuidando dos nossos filhos. O diálogo deve ser constante”, sugeriu. A exposição dos filhos nas redes sociais é uma preocupação no modelo de família atual. Saber o que a criança ou o adolescente posta na Internet pode ser investigado, mas é preciso ter cautela. “O excesso de vigilância pode prejudicar a autoestima. Se passarmos a vigiar demais, eles perdem a autonomia”, complementou.

“A balada é segura?” O equilíbrio entre limites claros e diálogo, na avaliação do pediatra e hebiatra, Alberto Mainieri, traz segurança para os filhos, que percebem essa conduta dos pais como uma forma de proteção, ainda mais se essa postura for adotada pelas famílias durante a adolescência, época em que o jovem passa por uma fase de autoafirmação e pode ser facilmente influenciado pelo grupo de amigos a adotar comportamentos que não condizem com os valores recebidos em casa. O papel da família, conforme Mainieri, é reforçar a autoestima e estabelecer regras, fazendo concessões ou condições, principalmente quando o filho começa a frequentar festas, onde o consumo de álcool é cada vez mais precoce. “Bus-


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cuidar é básico

quem os seus filhos nas festas ou organizem um grupo de pais e se comuniquem depois”, sugeriu Mainieri durante a conversa sobre a temática “A balada é segura?”. “Cada faixa etária tem os seus desafios maturacionais. Diálogo, orientação adequada, acompanhamento e supervisão dos pais devem fazer parte da rotina sempre”, aconselhou. Para a mãe de Leonardo, do 7º ano, e Lorenzo, do 2º ano do Ensino Fundamental, a palestra foi enriquecedora. “O palestrante foi pontual e seguro nas suas colocações. Ele trouxe a visão do profissional, da família, da escola e da criança sobre o tema que gera muita preocupação para todos nós”, sintetizou Suzana Lemmertz ao aprovar o novo formato do Cuidar é Básico.

“Quebrando tabu: você consegue falar sobre sexualidade com o seu filho?” A dificuldade dos pais em abordar o tema com os filhos foi comentada pela psicóloga e especialista em crianças e adolescentes, Ineida Aliatti. Durante o encontro, muitas famílias compartilharam situações vivenciadas dentro de casa e relatos sobre como reagiram diante dos questionamentos dos filhos. A partir dos seis anos, conforme Ineida, a criança começa a ter dúvidas de como nasceu. Já na puberdade, o adolescente passa a ter vergonha em relação aos adultos, fator que dificulta o conversar e o dar conselhos. “É importante identificar o que eles já sabem. O ideal é sempre fazer uma pergunta a partir do questionamento que eles fizerem. É normal falarmos sobre isso, mas temos que ter clareza do que dizer”, ressaltou. A especialista aconselhou que os pais criem uma rotina de diálogo, mostrando-se abertos ao debate. “Ao exercitarem o diálogo, as famílias auxiliam os filhos a crescerem com maior segurança e tranquilidade”, destacou a palestrante. Por se tratar de um tema muito abrangente, a mãe Daniela Maurer Saffari sugeriu que o assunto fosse abordado por faixa etária e com focos específicos. “Pais de alunos do 6º ano, por exemplo, têm preocupações diferentes dos que têm filhos na Famílias esclareceram dúvidas com especialistas

8ª série. Nessa idade, falamos bastante com nossos filhos sobre namoro, sexualidade nas redes sociais e privacidade. Então, seria mais proveitoso se dividíssemos os grupos”, sugeriu a mãe de Maria Eduarda, da 8ª série.


educação

Matematica no compasso de cada aluno Selecionada entre candidatos de todo o país, a assessora de Projetos e Ideias do Farroupilha, Gabriela Malafaia, é embaixadora no RS da Khan Academy, a maior plataforma online e gratuita de matemática do mundo

Tendência forte no Brasil e no exterior, a personalização do ensino é uma poderosa ferramenta para quem utiliza a plataforma da Khan Academy em sala de aula. Quem atesta é a Assessora de Projetos e Ideias, Gabriela Malafaia. A colaboradora do Farroupilha integra o seleto grupo de embaixadores da Khan Academy, formado por outros 29 educadores, escolhidos após criteriosa seleção, que contou com a participação de 250 professores de todo o país. A missão de Gabriela será formar professores e dar palestras e workshops para disseminar e democratizar o uso da plataforma que vem revolucionando o ensino de matemática mundo afora para todas as instituições de ensino do Rio Grande do Sul, a começar pelo Colégio Farroupilha. Considerada a maior plataforma online e gratuita de matemática do mundo, a Khan conta com mais de 200 milhões de aulas assistidas e milhares de alunos e professores utilizando a ferramenta em casa e em escolas. “A personalização aproxima o professor do aluno, permitindo que as habilidades e as competências de cada estudante sejam trabalhadas de forma específica. Com a plataforma, incentivamos a autonomia do aluno e proporcionamos a ele uma aprendizagem mais divertida através da gamificação”, acredita Gabriela.

Sala de aula invertida O processo de aprendizagem na Khan Academy baseia-se na sala de aula invertida, ou seja, o aluno tem aula em casa e realiza temas em sala de aula e com a orientação direta do professor. No primeiro estágio, o aluno assiste aos vídeos tutoriais fora do horário de aula, em um ambiente de sua preferência, como em casa, por exemplo. Esses vídeos são divididos em diversas matérias, como

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educação

Formação qualificada de cada embaixador Durante dois dias, os embaixadores da Khan Academy participaram de curso de formação em São Paulo. “A seleção foi feita com base na experiência profissional e no cargo de trabalho atual, na universidade cursada, na experiência com formação de professores, no interesse em implementação de novas técnicas pedagógicas e também no encanto mostrado pelo candidato com a academia”, conta Marina Cajado, Coordenadora de Parcerias da Khan Academy. A capacitação do grupo formado por 30 educadores, representantes de todas as regiões do Brasil, foi dividida em três blocos: apresentação da plataforma Khan Academy; dicas de como apresentar a plataforma para outros professores, e estratégias de divulgação da plataforma para o estudante.

Como surgiu a Khan Academy No ano de 2004, Salman Khan trabalhava no mercado financeiro, em BosMatemática, Química, Economia e His-

zagem em tempo real. Quem tem mais

ton, Estados Unidos, quando recebeu

tória da Arte. Na segunda fase, o estu-

dificuldade, por exemplo, não terá seu

a visita de sua prima Nadia, de 12 anos.

dante realiza uma série de exercícios

aprendizado comprometido pela neces-

Ela estava com problemas para estu-

interativos oferecidos pelo site. Essa

sidade de aprender no mesmo tempo

dar Matemática, e pediu ajuda para

etapa conta com a supervisão do pro-

que o colega que apresenta mais fa-

“Sal” (como seus familiares o chamam).

fessor. À medida que o aluno conclui

cilidade com determinado conteúdo. O

Como morava longe (a família de Na-

o exercício, ele passa para a próxima

educador tem acesso a uma planilha

dia vivia em New Orleans), a ajuda era

fase, como um videogame. O estudante

que mapeia todos os erros cometidos

disponibilizada por telefone. Um ami-

desenvolve suas habilidades ao longo

por cada aluno, suas principais dificul-

go de Sal sugeriu: “por que você não

das fases e não necessariamente ao

dades e facilidades. Há um acompanha-

faz vídeos e coloca no Youtube?”. Os

mesmo tempo. Isso faz com que o tem-

mento rigoroso de todo o processo de

vídeos ganharam logo milhares de vi-

po de assimilação dos conteúdos, dife-

aprendizagem e o professor pode rea-

sualizações. Hoje, o site já foi utilizado

rente para cada aluno, seja respeitado.

lizar um planejamento de aulas perso-

70 milhões de vezes em 216 países, e

“Cada aluno avança no seu próprio rit-

nalizado, considerando as dificuldades

seus vídeos (mais de 3.800) já foram

mo, e o professor monitora a aprendi-

e as demandas individuais”, destaca.

traduzidos para 16 línguas.


especial 11

Aprendizagem para a vida alia emoção e razão

Em coletividade, os alunos são incentivados a expor sentimentos, lidar com situações que os incomodam e encontrar soluções para questões do dia a dia

A escola precisa trabalhar, em conjunto com as famílias e com a comunidade, as competências socioemocionais para que os alunos estejam preparados para enfrentar os desafios de uma sociedade em constante transformação


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ESPECIAL

Sentados em uma rodinha, uma tur-

O colega Eduardo Blanco aproveita

ma de alunos do Nível 5 da Educa-

para lembrar que o momento tam-

ção Infantil reúne-se para conversar

bém serve para a ampliação do cír-

sobre atitudes positivas e conflitos

culo de amizades, “Gosto de falar

protagonizados por eles próprios du-

sobre o amigo que brinca com um

rante a convivência em sala de aula.

colega diferente e faz um amigo

É em coletividade que os pequenos

novo”, acrescenta o aluno.

aprendem desde cedo a elogiar comportamentos positivos, a lidar com situações do cotidiano e a encontrar soluções para as questões que os incomodam. “A Assembleia Escolar é uma forma de as crianças serem sujeitos, participantes na reflexão e resolução dos conflitos e nas conquistas da turma”, explica a professora Andréa Lorenz.

Essa é apenas uma das inúmeras práticas pedagógicas adotadas pelo Farroupilha em todos os níveis de ensino, tornando a escola um espaço de aprendizagem que valoriza as competências socioemocionais dos alunos, ou como preferem os educadores, as habilidades para o século XXI. Pesquisas comprovam que essas habilidades, quando es-

A cada encontro, conta a educadora,

timuladas desde a primeira infância

as crianças elencam não só felicita-

e trabalhadas em conjunto com as

ções como também críticas relacio-

capacidades cognitivas, contribuem

nadas ao comportamento de algum

para que crianças e adolescentes

colega que precisa ser melhorado.

tornem-se autônomos e críticos,

A identidade do aluno é preservada

com capacidades para interpretar,

tanto para os casos de elogios quan-

refletir e criar novas experiências,

to para as críticas. “A assembleia é

assumir riscos, tomar decisões, con-

a hora de falar sobre as coisas boas

trolar impulsos, trabalhar em equipe

e ruins que acontecem com a gen-

e adotar uma série de atitudes em

te”, resume a aluna Joana Piterman.

prol de si e da coletividade.

“A partir de experiências sociais, enfocamos as competências socioemocionais. Os momentos de conversa e as intervenções diante de situações cotidianas são oportunidades para a construção do pensamento coletivo e socialmente mais adequado. Nas resoluções de conflito, por exemplo, a conversa mediada por um adulto pode ser uma experiência rica para a criança perceber as consequências de suas ações e o impacto no outro. Pedir desculpas, perdoar, falar dos sentimentos, aprender a comunicar o incômodo diante uma situação são estratégias que precisam ser ensinadas para poderem ser aprendidas”, lembra a Orientadora Educacional dos Anos Iniciais, Camila Arruda


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“O principal benefício de se trabalhar competências comportamentais na fase escolar é justamente esta preparação dos alunos para a vida, para tornarem-se cidadãos do bem, responsáveis, se relacionando de forma adequada e resolvendo da melhor maneira os conflitos e as adversidades que virão. É fundamental trabalhar o que consideramos a base das relações humanas: conseguir expressar-se e comunicar-se de forma adequada, saber ouvir e trabalhar a empatia, colocando-se no lugar do outro em qualquer que seja a situação. Isso facilitará muito a vida e abrirá caminhos, tanto no campo pessoal quanto profissional falando em termos de futuro dos nossos filhos”.

“É normal vermos nas grandes empresas profissionais tecnicamente competentes com carências comportamentais, que, na verdade, não foram trabalhadas no passado. Isso gera um investimento enorme por parte das empresas em capacitações, uma vez que nunca é tarde para aprender. Porém, quando conseguimos que essas competências sejam trabalhadas desde cedo, em parceria com a família e a escola, os benefícios são inúmeros para todos!”, destaca Fernanda Schietti Kessler, mãe de Arthur, do Nível 5 da Educação Infantil, e de Lucas, do 4º ano do Ensino Fundamental, e Gerente de Recursos Humanos de uma multinacional


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ESPECIAL

Construindo uma base sólida quanto as socioemocionais são de-

Conforme pesquisa realizada pelo Center on the Developing Child, da Universidade Harvard, as crianças são mais propensas a desenvolver habilidades eficazes se os adultos importantes em sua vida forem aptos a:

senvolvidas não só nos espaços

• Apoiar seus esforços;

escolares como também em outros

• Modelar as habilidades;

espaços. Elas envolvem um amplo

• Envolver-se em atividades em que possam praticar as habilidades;

conjunto de ambientes de aprendi-

• Fornecer uma presença consistente e confiável na qual as crianças

Tanto as competências cognitivas

zagem que incluem a casa, os espaços da comunidade e o local de trabalho. Os pais e/ou responsáveis têm um papel crucial durante a in-

possam confiar; • Orientá-las de uma completa dependência dos adultos até a independência gradual; • Protegê-las do caos, da violência e da adversidade. Essa postura

fância, mas a escola e a comunidade

contribui para que as crianças evitem um comportamento impulsivo de

tornam-se cada vez mais importan-

“agir agora e pensar depois” diante de fatos que envolvem a rotina.

tes quando a criança ingressa na educação formal.

Para a mãe de Maria Eduarda, do 1º ano

É no convívio familiar que o proces-

do Ensino Fundamental, o trabalho da

so de desenvolvimento e constru-

família é complementado pelas ativi-

ção desses novos conhecimentos

dades promovidas pelo colégio. “Minha

e habilidades importantes para

filha tem uma personalidade muito

a vida, como o entusiasmo para

forte e estou sempre focada nesse as-

atingir objetivos, a sociabilidade,

pecto com ela em casa. Quanto mais a

a autoestima, a resiliência, a esta-

escola incentivar melhor. Percebo que

bilidade emocional, a amabilidade,

ela teve um amadurecimento muito

a disciplina, a responsabilidade, o

grande nos últimos meses. Hoje, ela

esforço, o respeito e a extroversão,

consegue expressar em palavras os

por exemplo, são despertados. Com

seus sentimentos, principalmente du-

o ambiente mais regulado, a crian-

rante os momentos de conflitos, que

ça sente-se menos ansiosa e mais

a deixam irritada e brava”, analisa Ana

atenta para dedicar-se ao processo

Paula Oliveira, mãe também de Maria

de aprendizagem.

Augusta, de seis meses.


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Entenda a diferença entre as capacidades

Fonte: Documento do Fórum Internacional de Políticas Públicas.


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ESPECIAL

Sentimentos, emoção e razão moldam a mente humana Mente e cérebro, alma e corpo, razão e emoção. Esses contrapontos estão presentes nas pesquisas interdisciplinares em ciências cognitivas, neurofilosofia e neurobiologia da mente e do comportamento realizadas pelo neurocientista português António Damásio, 70 anos, um dos mais conceituados nomes da neurociência na atualidade. Diretor do Instituto do Cérebro e da Criatividade da University of Southern California e autor de vários livros, Damásio contextualiza em seus estudos a relação de sentimentos, emoções e razão e o impacto dessa complexa ligação nas tomadas de decisão individuais e coletivas que moldam a razão humana. A construção do raciocínio, conforme Damásio, está ligada às emoções e aos sentimentos, que são extremamente importantes na forma como guiam o nosso pensamento e comportamento. “É preciso compreender que não se pode ter nem mente humana nem comportamento humano sem haver corpo. São duas coisas que estão perfeitamente ligadas. Por outro lado, há o fato de que as emoções são reações que acontecem no corpo e que têm uma maneira de ser vividas, de ser experimentadas no pensamento, na mente, e é a isso que se chama de sentimento. O valor das emoções e do sentimento é muito grande porque funcionam como uma espécie de guia, de bússola de nosso comportamento. A regulação da vida, em nível pessoal e social, requer sentimentos”, esclarece o neurocientista. Para que a consciência básica seja formada, é necessário que haja sentimentos. É preciso também que o cérebro seja capaz de representar aquilo que se

Reconhecido mundialmente como um dos mais conceituados estudiosos do cérebro humano, o médico e neurocientista português António Damásio diz que os sentimentos são sentinelas e motivadores da mente e abrem espaço para a aprendizagem


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passa no corpo e fora dele de uma forma bem detalhada. É disso que nasce a “rocha” sobre a qual a mente forma a sua base e edifica-se. O ponto ideal para a efetividade do raciocínio, conforme o especialista, é quando o cérebro consegue dosar a felicidade e a tristeza. “Quando estamos felizes, as imagens se sucedem com mais rapidez e se associam mais facilmente. Na tristeza as imagens passam muito mais devagar e ficam como que impressas ali por um tempo. O ponto ideal para a efetividade do raciocínio é a felicidade com uma ponta de tristeza, porque, na euforia, o pensamento se embaralha”, explica. A vida na sociedade contemporânea requer que muitas vezes sejamos capazes de criticar as nossas próprias emoções e dizer não a elas. E a única maneira de ultrapassar as emoções é o conhecimento: saber analisar as situações com grande pormenor, ser capaz de raciocinar sobre elas e decidir quando uma emoção não é vantajosa. Há um nível básico em que as emoções ajudam, mas há um nível mais elevado em que as emoções têm de ser não as conselheiras, mas as aconselhadas. As emoções são, em grande parte inatas, mas, nos primeiros anos de vida, são condicionadas e sintonizadas com a sociedade. Ao longo dos anos, esses programas inatos têm sido refinados e melhorados por aspectos socioculturais. Hoje em dia, a nossa estrutura moral tem sido condicionada pela história da sociedade com elementos que têm a ver com a religião, a justiça e a economia, estruturas que são resultado da vida humana em sociedades complexas. Diante de uma rotina cada vez mais atribulada e repleta de estímulos externos, o pesquisador faz um alerta: o homem está comprometendo a sua capacidade de memória. “É preciso que as pessoas compreendam que, para absorver um problema, para ter a ideia dele e poder imaginar soluções, é preciso ter atenção contínua. A atenção não pode ser constantemente interrompida por ruídos ou bombardeios de informações como vemos hoje em todos os lugares. Para haver memória, é necessário que haja atenção, e a memória só funciona bem quando não há interrupções”, alerta.


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tendências

Novas técnicas em sala de aula transformam a educação Cursos oferecidos pela Escola de Professores Inquietos propõem novos olhares sobre o ensino e a aprendizagem

Usar a criatividade para despertar novos talentos em sala de aula e fazer com que a educação seja marcada pela inovação. Essa é a proposta dos cursos e workshops oferecidos pela Escola de Professores Inquietos, a mais recente iniciativa do Colégio Farroupilha. Entre os dias 11 e 13 de setembro, um grupo formado por 13 educadores se aprofundou nos conceitos de storytelling, design thinking e técnicas lúdicas e artísticas para mostrar que as apresentações de conteúdos das aulas podem


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Segundo curso do semestre enfocou conceitos de storytelling, design thinking e técnicas lúdicas e artísticas para apresentações de conteúdos das aulas

ser feitas de uma forma mais dinâmica e interessante para os alunos. Eles participaram do curso “Novas técnicas em sala de aula”, o segundo realizado pela Escola neste semestre. Nos dois primeiros dias, 11 e 12 de setembro, a facilitadora gráfica Luciane Bergue, e o empreendedor, designer, artista e pesquisador Carlos Idart falaram sobre Storytelling. Os alunos formaram grupos de quatro pessoas e buscaram um tema para organizar uma história a partir da teoria. Todo o conteúdo das aulas foi traduzido por meio de facilitação gráfica. O último dia de curso teve a participação da publicitária e design thinker Carol Bucker que, juntamente com Carlos Idart, motivou os participantes de como a utilização do design thinking pode enriquecer as aulas. Especialistas de todo o país integram a programação da Escola de Professores Inquietos. Para os dias 16, 17 e 18 de outubro, será realizado o curso “Formatos visuais de apresentação das aulas”. Quer mais informações sobre essa atividade e sobre os outros cursos oferecidos pela Escola de Professores Inquietos? Faça a leitura do Qr-code ao lado (veja mais informações na página 02) e confira a programação.


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tendências

Ler significa interagir com o mundo Projeto Persona oportuniza aos alunos experiências de leitura construtivas Proporcionar aos alunos experiências de leitura construtivas a fim de que sejam capazes de aperfeiçoar a competência leitora de textos escritos e não verbais também é papel da escola. Pensando dessa forma, os professores das áreas de Humanas e de Linguagens apresentaram uma proposta inovadora às turmas da 2ª série do Ensino Médio: o Projeto Persona. Através dele, os estudantes realizam exercícios de contextualização e de relações implicatórias complexas, capazes de colaborar para a construção de habilidades importantes para a leitura. Conforme a proposta, os alunos deveriam criar uma personagem, situá-la geográfica e historicamente, explorando conflitos ideológicos por ela vividos. Para que a biografia fosse consistente, deveriam criar uma identidade cultural (mostrando livros que a personagem leu, artistas dos quais gostava etc.) e uma identidade visual (desenho de sua fisionomia). A apresentação do trabalho fictício deveria ser feita no programa Prezi, uma ferramenta online que permite apresentações mais dinâmicas e atraentes. O projeto, conforme a professora de Língua Portuguesa, Gabriela Donadel, serviu como um exercício de interpretação extremamente rico e desafiador em dois sentidos. “Primeiro, porque exigiu dos alunos a criação de personagens


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consistentes, cujas filiações ideológicas fossem condizentes com o momento histórico no qual viveu. Dessa forma, eles precisaram pesquisar e associar conhecimentos da História, da Geografia, da Filosofia, da Sociologia, da Literatura, das Artes, das Linguagens. Segundo, porque o instrumento de apresentação audiovisual exigido é uma ferramenta de muitos recursos, mas inédita entre os alunos, o que demandou o aprendizado do programa”, comenta. A criatividade e o empenho dos alunos foram destacados pela professora. “Conheci ‘personas’ que de fato poderiam ter existido, como Moishe Stein, o judeu preso em um campo de concentração que lia Freud; ou Laura Fossorier, uma rica francesa interessada por moda, cuja vida se baseava em jogos de interesse; ou Deodoro, o ‘caçador de cangaceiros’ do sertão baiano; ou Tony Falconi, mafioso italiano que prefere abrir um restaurante a seguir os ‘negócios’ da família; ou Grigory, francês aristocrata que em plena Belle Époque vive uma vida boêmia em Paris como uma drag queen chamada Natasha; ou Rita, carioca que experenciou os horrores da ditadura no Brasil; ou Taú, escravo de Cabo Verde. Foram muitos, e muito verdadeiros”, avaliou Gabriela.

“Uma das coisas que mais vejo em histórias de escritores não profissionais que leio na internet são personagens mal feitos e clichês. É mais fácil achar um personagem sem personalidade e cujas ações não condizem com sua história, inconsistente e inverossímil. Nesse projeto, tivemos que construir uma pessoa real. Pesquisamos fatores que criam um indivíduo. Vimos como um personagem/pessoa é influenciado por sua cultura e por suas experiências. Eu gostei desse projeto”, Marina Schmitt Fração

“O Prezi é uma ferramenta moderna e dinâmica para apresentações audiovisuais. O Projeto Persona permitiu criar um universo novo, adaptado a nossa maneira de pensar”, Enrico Bellini Pernigotti

“Tivemos que usar nossa imaginação para criar uma vida ‘paralela’ e também precisamos usar nosso conhecimento nos contextos históricos, geográficos. Com isso, estimulamos e desenvolvemos a capacidade de criar e também de relacionar fatos, fazendo com que todas as informações tivessem sentido juntas”, Pietra Pinzon

“Amei. Genial. Faria outras vezes. Muito bom aprender a mexer no Prezi”, Pedro Bohrer


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TENDências

Mergulhando no mundo das artes com imaginação Competências e habilidades de crianças são trabalhadas em oficinas que estimulam a criatividade Soltar a imaginação e mergulhar no mundo das artes. Essa é a proposta das quatro oficinas que o Farroupilha, em parceria com o atelier “O Pequeno Artista”, oferece aos alunos de 06 a 12 anos. Por meio da expressão artística, brincadeiras e experimentações, são trabalhadas, através da arte, a coordenação, a concentração, o senso estético, a atenção, a autoestima, a independência, a criatividade, o empreendedorismo e o potencial criativo e emocional. As crianças são estimuladas e motivadas a questionar, planejar, sugerir e superar dificuldades, construindo o seu conhecimento de forma lúdica e agradável. A proposta pedagógica permite que o aluno construa o seu conhecimento a partir de suas próprias experiências, respeitando a individualidade e as diferenças de cada um, valorizando o processo, a experiência e a liberdade. Com turmas de, no máximo, seis alunos, as crianças são motivadas a se soltar, a brincar com liberdade, harmonia e respeito, a se abrir com espontaneidade para um mundo no qual não existe certo e errado, belo e feio.


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As oficinas são realizadas em parceria com as profissionais do atelier “O Pequeno Artista”, com opções de aulas nos turnos da tarde ou noite. “Tramando Caminhos” é o nome da primeira oficina, na qual as crianças criam mapas, labirintos e desenhos “malucos” com fios, barbantes e pregos. Famílias interessadas em matricularem seus filhos devem fazer as inscrições na Secretaria do Colégio.

Conheça as oficinas Pintura em Tela Expresse e transforme suas ideias criativas através de cores e formas em uma linda tela. 18 de outubro – Tarde: 14h30 às 16h30 – Noite: 18h15 às 20h15 Escultura em Sabão Transforme um material simples como o sabão em uma criativa escultura. 05 de novembro – Tarde: 14h30 às 16h30 – Noite: 18h15 às 20h15 Confecção de Enfeites Natalinos Com materiais diversos, serão criados lindos enfeites e adornos natalinos. 03 de dezembro – Tarde: 14h30 às 16h30 – Noite: 18h15 às 20h15


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tendências

Imersão na cultura de outros países Experiências de vida são proporcionadas para os alunos que realizam intercâmbios para a Inglaterra, Alemanha e o Canadá. Famílias aprovam os aprendizados adquiridos durante o recesso escolar e contam o que mudou no convívio entre filhos e pais

Viajar é, sem dúvida, uma das melhores maneiras para se praticar uma língua estrangeira, adquirir e desenvolver conhecimentos. No Farroupilha, os alunos têm a oportunidade de realizar viagens de estudo durante o período de férias através do Projeto Olhos para o Mundo. Há opções de intercâmbios para Inglaterra, Canadá, Estados Unidos e Alemanha. Voltados para alunos que cursam a partir da 8ª série do Ensino Fundamental, o projeto tem a parceria da Egali Intercâmbio, da World Study e da DMTur. Os aprendizados e as lições de vida extraídos pelos estudantes e por seus pais durante as viagens realizadas no período do recesso de inverno, você confere a seguir.

Grupo de Bedford Inglaterra

Turma Cambridge Tradition Inglaterra

Intercambistas Freiburg Alemanha

Grupo UBC Vancouver Canadá


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“Foi, sem dúvidas, uma experiência incrível em diversos aspectos. É difícil tentar descrever um intercâmbio de um mês tão intenso com aulas teóricas e práticas, atividades diárias interessantes durante as aulas e durante a tarde e tempo para relaxar nos campos de grama da universidade, ou de praças, ou passear pela cidade. O inglês (que melhorou muito) foi mais um simples instrumento do meu dia a dia do que qualquer outra coisa, e apesar de ser um dos objetivos, meus conhecimentos de mundo acabaram absurdamente maiores do que os meus conhecimentos linguísticos. Visões sobre certos assuntos que não havia pensado, caminhos a seguir que não havia considerado... Nunca pensei em estudar no exterior, por exemplo, porque sempre achei algo distante, mas agora vejo que é possível, e se eu realmente quiser e me esforçar, consigo vaga em uma faculdade de país de primeiro mundo. Teria de escrever um livro para contar tudo o que vivi e aprendi, mas posso afirmar com certeza que: se você, aluno, ainda não falou para os seus pais sobre o Cambridge Tradition, abre agora o whatsapp; se você, pai/mãe, ainda não mandou o seu filho para um intercâmbio, liga agora para o Colégio para se informar sobre o assunto”, Bruno Conti (2E), sobre o programa Cambridge Tradition, Inglaterra

“A viagem foi de extrema valia, no sentido de integração das minhas filhas com o grupo e com crianças de outros países (Rússia, Itália e China). Elas são gêmeas e a gente sempre procurou que elas tivessem vidas independentes e criassem as suas próprias personalidades. Quando elas estavam em viagem nunca se esqueciam de mencionar que estavam adorando, que foi a melhor da vida delas e uma frase ficou marcada: ‘Pai, valeu cada centavo investido”’, João Altmayer, pai das alunas Celina (8A) e Giorgia (8B), participantes do programa Bedford, Inglaterra


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tendências

“Nossa filha, Isabella Pinto, retornou do intercâmbio mais focada, interessada nos seus estudos, confiante em si mesma, muito feliz com os novos amigos e com os saberes adquiridos. Nossa família acredita que é muito importante conhecer o mundo, alargar nossos horizontes para o amadurecimento, a compreensão e a formação pessoal. Relacionar-se com pessoas de diferentes hábitos e línguas, desenvolvendo o convívio social e buscando aprendizados de tudo o que nos acrescentam as diferenças nos permite comparar, absorver o melhor de cada cultura e ampliar nossas perspectivas. Recomendamos essa experiência maravilhosa a todos!”, Sibel Tonatto, mãe da aluna Isabella (2C), que participou do programa Bedford, Inglaterra

“Com a viagem, procurei incentivar a autonomia e a independência do meu filho, combinando com ele que entraria em contato somente quando precisasse de minha ajuda e que o acompanharia pelas redes sociais. Lucas enfrentou com calma as adversidades surgidas com a viagem; estabeleceu fortes laços de amizades com meninos de outras nacionalidades, principalmente com os asiáticos; aprendeu lições de economia, priorizando gastos com o cartão e teve a oportunidade de colocar em prática o idioma estudado no Colégio. Aproveito para parabenizar a escola pela qualidade do curso de liderança e pela experiência de vida que o meu filho teve”. Ana Presser, mãe de Lucas (1A), participante do programa UBC Vancouver, Canadá

“O desafio da língua, dos costumes, a capacidade de superarse, contornar situações inusitadas, como um atraso, um trem errado ou alguma rusga com um colega, tudo isso faz parte do ‘kit’ intercâmbio. Sabíamos que deveríamos estar preparados, dando o suporte que o nosso filho precisava para enfrentar o novo! Sem ser original, lembro da frase que diz que ‘Ser pai é a arte de tornar-se desnecessário!’. Foi a hora de termos este retorno, de tudo o que foi investido até então. Eu falo de afeto, autoestima, confiança. Percebemos que hoje o Chico tem mais autonomia e entrosamento com colegas de outras turmas, o que foi um ganho muito bacana com o intercâmbio”, Larissa Paulsen, mãe do aluno Francisco (8C), participante do programa Freibrug, Alemanha


tecnologia 27

Rotina escolar pelo celular Aplicativo permite a pais e responsáveis acompanhar o que os filhos fazem no Colégio

Acompanhar a rotina escolar dos fi-

que costumo usar é o de controle das

lhos está mais fácil para os pais e res-

notas”, disse Ana Paula Fichtner Pas-

ponsáveis dos alunos da 8ª série do

cal, mãe das alunas Mariana e Roberta.

Ensino Fundamental. Desde agosto, eles têm a oportunidade de conferir, em seus próprios celulares, informações relevantes sobre o dia a dia dos filhos, acessadas via aplicativo. A ferramenta integra o Projeto Mobile e será gradativamente disponibilizada às famílias de estudantes de outras séries até o próximo ano. Desenvolvido em parceria com a empresa de software de gestão educacional GVDASA, o aplicativo é apresentado com versões para tablets e smartphones, a partir dos sistemas operacionais IOS (Apple Store), Android (Google Play) e Windows Phone (Windows Store). As famílias acessam o app com o login e a senha do Portal dos Pais, e os estudantes podem realizar o acesso com os dados do Portal do Aluno.

Para aprimorar os serviços prestados pelo Mobile, foi realizada uma pesquisa junto aos pais. “Como sugestão, o aplicativo poderia oportunizar informações repassadas diretamente pelos professores”, sugere Ana Paula.

Confira algumas funcionalidades do aplicativo: • Consulta às avaliações; • Consulta à frequência escolar; • Consulta ao extrato financeiro (para pais e/ou responsáveis); • Disponibilização da linha digitável do boleto para pagamento; • Consulta das salas e dos horários, com possibilidade de enviar lembretes das aulas; • Gerenciamento do aplicativo através da exibição de push para o aplica-

“Antes do Mobile, costumava acom-

tivo. Se utilizar, o aluno/responsável

panhar o dia a dia das minhas filhas

receberá notificações das avalia-

através de provas e reuniões com os

ções, horários, lembretes, etc.

professores. Com o aplicativo, podemos ter o controle muito mais fácil do que acontece com ele. Um dos serviços

• Consulta aos eventos cadastrados através do Portal do Professor; • Download de arquivos.


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tecnologia

Mapa mental digital: aliado da aprendizagem Aplicativo baixado em celulares é usado por alunos durante aula de movimento circular uniforme Técnica que ajuda a hierarquizar o pensamento e facilitar a compreensão de informações sobre determinado conteúdo, o mapa mental está sendo utilizado pela professora Cláudia Andrade para repassar conhecimentos de Física às turmas da 1ª série do Ensino Médio. O mais recente desafio proposto pela docente aos estudantes envolvia conceitos de movimento circular uniforme. Após baixarem um aplicativo chamado Física Interativa em seus celulares, os estudantes tinham que descobrir a velocidade de um carro a partir do número de voltas que a roda do veículo fazia. Enquanto construíam o mapa mental digital, os alunos resgatavam conhecimentos de matemática e aprendiam, de uma forma descontraída e divertida, conceitos de frequência, período e velocidade linear e angular. “Aprender física, para muitos, é uma atividade que os deixa menos seguros. Quis propor um desafio aonde eles teriam que seguir uma linha de raciocínio na qual os novos conceitos iam sendo construídos e evidenciados no próprio celular”, conta a professora. Envolvidos com a dinâmica, os alunos foram unânimes em aprovar o método de ensino. “Incorporamos o celular na maioria das coisas que fazemos. Ele deixa o nosso Conectados em seus celulares, alunos procuram respostas ao desafio lançado durante aula de Física

aprendizado mais fácil e atrai a nossa atenção na hora de aprender”, comenta o aluno Lucas Junqueira Naninni. Para a colega Victória Scheibe, a técnica melhorou a sua compreensão. “O Mapa fez com que a aula de Física fosse mais interessante e menos chata. Está aprovado”, resumiu a aluna.


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Ensino e aprendizagem via plataforma digital

Plataforma educacional torna o processo de ensino mais colaborativo e inovador

Moodle, software livre de apoio à aprendizagem, é a mais recente ferramenta tecnológica utilizada em sala de aula A comunidade escolar do Farroupilha está sendo preparada para utilizar, de forma gradual, o Moodle, software livre de apoio à aprendizagem. “Pretendemos criar novas possibilidades para a dinâmica do processo de ensino e aprendizagem na sala de aula ou fora dela frente às Tecnologias Digitais por meio de uma plataforma educacional com o apoio do ambiente virtual”, conta a Supervisora de Tecnologia Educacional, Débora Valletta. Na primeira fase, os projetos-pilotos são desenvolvidos com as turmas dos Anos Iniciais e do Ensino Médio. Através do software, o processo de aprendizagem torna-se mais colaborativo e inovador, sendo possível a criação de grupos de trabalho e páginas organizadas de acordo com a temática e/ou projeto, além da possibilidade de desenvolver atividades online que servem como apoio às atividades presenciais vistas em sala de aula, como por exemplo, pesquisas realizadas pelos alunos em sites confiáveis que são disponibilizados em forma de links para consultas posteriores. Durante o ano letivo de 2015, a equipe de profissionais da Tecnologia Educacional realizará curso de formação para os professores da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e Médio. Durante os encontros, os docentes poderão entender o conceito de cada ferramenta e participar de atividades de apoio prático em sala de aula, que incluem demonstrações de acesso à plataforma, de acordo com as necessidades de cada docente.


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tecnologia

Alunos do 5º ano do EF participam do Projeto Flipped Classroom: eles estudam conteúdos interativos em casa e realizam exercícios e atividades em grupo na sala de aula

Experiências bem-sucedidas em sala de aula Desde setembro, o Moodle serve de plataforma para as turmas do 5º ano do Ensino Fundamental. O software é usado, por exemplo, pela professora Mirna Rodrigues para desenvolver o Projeto Flipped Classroom (Sala de Aula Invertida). Em sala de aula, Mirna aproveita o tempo para propor a realização de exercícios e atividades em grupo, com a finalidade de tirar dúvidas, aprofundar o tema e estimular discussões. Para guiar os estudos sobre urbanização e população aos alunos da 2ª série do Ensino Médio, o professor de Geografia, Victor Nedel, vai trabalhar, a partir deste mês, com o software para desenvolver diversas atividades, fóruns, debates e até avaliações. Algumas possibilidades de uso do Moodle • Permite a organização de arquivos publicados e a realização de backup dos mesmos; • Pode ser usado para gerar relatórios de acesso dos alunos (acompanhamento dos estudos); • Disponibiliza aos professores e alunos ferramentas de apoio às aulas presenciais ou ao blended learning (sistema de formação mista/combinada, no qual a maior parte dos conteúdos é disponibilizada em curso à distância, normalmente pela internet, e inclui necessariamente situações presenciais); • Proporciona o letramento digital de forma colaborativa; • Colabora com o projeto Aluno Pesquisador, fomentando a produção de Wikis e a criação de glossário dentro do Moodle; • Permite integrar/publicar conteúdos/aulas/atividades complementares disponibilizados pelos professores; • Serve de ferramenta de apoio ao projeto Flipped Classroom/sala invertida em atividades específicas.


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Farroupilha desenvolve jogo educativo de física Game criado pelo grupo do professor Cesar Bruscato foi apresentado durante o evento em São Paulo Criar um game educativo em um final de semana. Esse foi o desafio que o professor Gentil Cesar Bruscato, responsável pelo Clube de Astronomia do Colégio, e os participantes do I Gelly Jam receberam em julho, na Cidade do Conhecimento, montada na Universidade de São Paulo (USP). “O game que produzimos chama-se Caça aos Asteroides”, informou o professor Bruscato. O jogo aborda assuntos da ciência através da queda de um asteroide em Porto Alegre. “Outros jogos apresentados abordaram as disciplinas de Inglês, Matemática, História e Geografia, além de abordagens educativas atitudinais com ênfase em questões de preconceitos e incivilidade no convívio escolar”, acrescentou o professor. Lançado pelo Game Education Lab (GEL) em parceria com o Media Education Lab (MEL) e a rede internacional Games for Change, o Gelly Jam reuniu professores e alunos que, durante três dias, se dedicaram à criação de games para a educação e cultura, usando a plataforma FazGame, criada pela brasileira Carla Zeltzer.


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fazemos a diferença

Alunos debatem o seu papel no mundo Tema foi discutido com as turmas dos Anos Finais durante a Semana do Estudante

Convivência, avaliação, conflitos, aprendizagem, diferenças, desafios e respeito foram alguns dos assuntos debatidos durante a Semana do Estudante, realizada em agosto. Com o tema “Qual teu papel no mundo”, foram apresentadas peças de teatro e realizados bate-papos, oficinas práticas, recreio estendido e piquenique para os alunos dos Anos Finais, professores e convidados. Em uma das atividades, a artista Luciane Bergue utilizou a facilitação gráfica para compor um painel com todas as percepções dos estudantes sobre o Colégio e sobre o lugar que ocupam no mundo.


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A percepção dos alunos sobre o Farroupilha

“A Semana do Estudante foi muito legal porque nos deu a oportunidade de aprender e fazer novas atividades dentro da escola. O que eu mais gostei foi a Oficina de Culinária. Foi muito divertido, aprendemos a fazer ótimas receitas. Além disso, tivemos o piquenique de turmas e o recreio estendido. Foi muito bom, pois tivemos um tempo a mais para conversar com toda a turma junta”, Alice Ermel Córdova, aluna da 8ª série A

“A criança de hoje é o adulto de amanhã. Se eu me portar bem agora, estudar e ter responsabilidades, serei um adulto correto. A Semana nos ajudou a pensar nesses valores”, Aleff Berthier, do 6º ano D

“Ter participado da Oficina de Edição de Vídeos me ajudou a melhorar a qualidade dos vídeos que faço”, Emílio Neto, do 7º ano C

“A Semana nos mostrou quais os comportamentos são legais e quais os que devemos evitar. Adoro as atividades em grupo que fazemos em sala de aula”, Fabrício Machado, do 6º ano G


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fazemos a diferença

Adolescência no palco Fase marcada por transformações, a adolescência foi tema da peça teatral “Adolescer”, apresentada pela Cia Déjà-vu, de Porto Alegre. Durante o espetáculo, o grupo prestou uma homenagem aos adolescentes e aproveitou para fazer um alerta aos adultos sobre a prevenção contra o abandono dos jovens, retratando situações comuns da adolescência, como o vestibular, o primeiro beijo, as amizades, os problemas familiares, as drogas, as festas e o consumo de álcool, entre outros. Após a apresentação, os estudantes discutiram em sala de aula situações semelhantes à realidade em que vivem e que envolvem temas relacionados aos diferentes estilos, à relação com a família, às oscilações dos sentimentos na adolescência, ao bullying e ao crescimento. “Ninguém precisa ter preconceito, não interessa se somos diferentes na maneira de ser ou de se vestir. Todo mundo pode se ajudar e aceitar a diferença do outro”, sintetizou Nícolas Stein Dionísio, do 7º ano B.


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Conscientização no trânsito Inspirado em fatos reais, o espetáculo “Exército de Sonhos”, encenado pelo grupo da Fundação Thiago Moraes Gonzaga, do projeto Vida Urgente no Palco, provocou a reflexão e estimulou a adoção de atitudes que contribuam para um comportamento seguro no trânsito. Na peça, quatro jovens amigos vivenciam situações comuns do cotidiano: as festas, os seus sonhos, os amores, a irreverência diante da vida e dos perigos que ela apresenta. Em sala de aula, os estudantes debateram aspectos relacionados à consciência no trânsito e a como as pessoas, por vezes, não seguem os seus valores porque se preocupam com o que os outros vão pensar. Além disso, os alunos elogiaram a iniciativa de trazer o projeto da ONG ao Colégio, já que, quando atingirem a maioridade, eles saberão dos perigos em misturar bebida e direção.

Bullying em discussão Como a pessoa que pratica o bullying se sente e como acabar com esse problema no ambiente escolar e virtual. Essas questões foram debatidas pelas turmas do 6º ano do Ensino Fundamental. “Às vezes, a pessoa que pratica o bullying tem um problema e, ao invés de procurar ajuda, ela desconta nos outros”, opinou Luiza Baldoíno da Silva Sturmer, do 6º ano A. Para João Gabriel Schwinger Campos, colega de Luiza, as pessoas fazem bullying por medo. “As pessoas têm medo que as outras sejam melhores que ela”, disse. A ideia de falar sobre bullying surgiu de uma experiência vivida por duas alunas da turma 6E. Durante dois dias seguidos, elas presenciaram alunos mais velhos praticando bullying com estudantes menores. “Eles são maiores e devem ser o exemplo. Por que eles fazem isso, se é errado?”, questionou Júlia Cirelli da


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fazemos a diferença

Silveira Diamante. Ela e Antonia de Freitas Tonin comentaram o caso com a professora de Matemática, Clarissa Ballejo, que levou o assunto para a coordenação e orientação educacional. “A partir disso, conversamos bastante em sala de aula e com a equipe do Grêmio Estudantil, onde sugerimos um recreio estendido com o tema bullying”, contou Antonia. As alunas querem produzir, ainda, um vídeo com depoimentos de pessoas que já sofreram bullying para passar em outras turmas. “A gente sabe que é errado, mas não sabemos como essas pessoas se sentem. Desde pequenos, devemos saber que não nos leva a nada fazer bullying com os colegas”, destacou Luiza. Uma oficina prática de confecção de camisetas complementou o debate sobre o assunto. Todos os alunos receberam uma camiseta com a frase “Respeito. Não ao bullying” e puderam escrever frases relacionadas ao tema.


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Recreio estendido e piquenique Lanches e sucos foram servidos no piquenique coletivo durante o Recreio Estendido especial da Semana do Estudante dos Anos Finais. Na Esplanada, foi montado um lounge com puffs e mesas com bolos e frutas. Algumas turmas, como a 8A, combinaram de trazer um lanche compartilhado. Um grupo de estudantes formou uma roda para confraternizar. No cardápio, havia cachorrinho quente, guloseimas, sucos e salgados. Quer conferir novas formas de aprendizado proporcionadas pela Semana do Estudante dos Anos Finais? Faça a leitura do Qr-Code ao lado (veja mais instruções na página 02) e assista ao vídeo.


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fazemos a diferença

Nova certificação internacional na Língua Alemã Farroupilha recebe habilitação para aplicar exames ZDP Nível B1 A partir do ano que vem, o Farroupi-

critérios rigorosos, com provas escri-

lha oferecerá aos alunos a possibili-

tas e orais, observados ao longo do

dade de obter diploma de proficiência

ano pela Coordenadora do Ensino de

ZDP Nível B1, certificação reconheci-

Língua Alemã do Rio Grande do Sul

da internacionalmente e com nível

e de Santa Catarina, Gabrielle Metz-

mais avançado do que o A2, exame

-Klein. “Esse diploma de proficiência

aplicado hoje em Língua Alemã. O

traz vantagens para a vida acadê-

trabalho de avaliação e acompanha-

mica e profissional dos estudantes

mento do processo de aprendizagem

porque possui reconhecimento no

dos estudantes da Instituição seguiu

mundo todo”, destaca Gabrielle.


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Em breve, deverá ser divulgado o calendário das provas, elaborado pela direção do Farroupilha em parceria com o grupo que representa o governo alemão, responsável pela expedição dos certificados. A primeira turma a realizar o exame de proficiência ZDP Nível A2 será composta por 12 alunos da 3ª série do Ensino Médio. “Eles dedicam-se muito aos estudos e estão determinados a obter essa certificação que comprova o pleno domínio deles na Língua Alemã”, explica a professora Luciane Genehr ao antecipar a informação de que a provável data para aplicação da primeira fase do exame deverá ser 13 de agosto de 2015. Assim como ocorre no Nível A2, o exame de proficiência é elaborado e corrigido por uma equipe da Universidade de München, na Alemanha.

Entenda as diferenças entre os níveis B1 – Aluno consegue entender os pontos principais, quando utiliza a língua padrão claramente articulada e quando trata de assuntos conhecidos, como trabalho, escola, lazer, etc. Consegue expressar-se de forma simples e coerente sobre temas familiares e áreas de interesse pessoal. Narra experiências e acontecimentos, descreve sonhos, esperanças e objetivos e dá justificativas e explicações curtas sobre planos e intenções. A2 – Aluno entende frases e expressões comumente usadas, relacionadas a temas bem imediatos (por exemplo, informações pessoais e sobre a família, compras, trabalho, ambiente em que vive). Consegue comunicar-se em situações simples e rotineiras, nas quais há uma troca simples e direta de informações sobre fatos conhecidos e comuns conhecidas e comuns. Descreve a própria imagem e formação.

Aula de alemão com alunos do 7º ano do Ensino Fundamental foi acompanhada pela Coordenadora do Ensino de Língua Alemã do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, Gabrielle Metz-Klein.


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fazemos a diferença

Professor em Missão de Paz na ONU Experiência vivida por Gentil Bruscato foi compartilhada com alunos do Grupo de Relações Internacionais

Conviver com pessoas de diferentes povos e passar por situações difíceis trazem aprendizados que carregamos para o resto da vida. Que o diga o professor Gentil Bruscato, do Laboratório de Física. Entre agosto de 1996 a janeiro de 1997, Bruscato participou de uma Missão de Paz da ONU, em Angola – United Nations Angola Verification Mission III (UNAVEM III). O professor se juntou à Companhia de Engenharia de Força da Paz, na localidade de Calomboloca, sendo responsável, principalmente, pela comunicação do grupo com o Brasil. A experiência vivida pelo docente foi compartilhada com os alunos do Grupo de Relações Internacionais (GRI) do Colégio. Além de facilitar a comunicação entre os soldados e suas famílias, Bruscato criou um sistema de recepção via rádio em ondas curtas para captar programas das rádios comerciais do Brasil. Ao chegar a Angola, o docente lembra que a fome era um dos problemas mais chocantes. Bruscato destaca que o envolvimento com a população e o convívio com diferentes culturas dos povos representados pela tropa envolvida na missão foram pontos muito positivos, mas afastar-se da família por seis meses foi difícil. Quando retornou ao Brasil, a sua percepção das relações entre as pessoas era outra. “Os valores humanos e sociais são moldados pela interação com uma realidade dura e cruel. Quem vive nesses locais não têm a menor ideia de como será o seu dia de amanhã”, afirma.


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Aprendizado mistura música e história geológica da Terra Música composta por grupo de alunos ganhou reconhecimento dentro e fora do Colégio e foi elogiada pelo cantor Thiaguinho

Uma atividade com música para revisar, junto às turmas da 1ª série do Ensino Médio, um tema bastante comum nas provas de vestibular e do Enem. Foi assim que o professor de Geografia, Tomás Rech, captou a atenção, a criatividade e a curiosidade dos alunos para aprender e compartilhar conhecimentos sobre a história geológica da Terra. Em duplas ou em grupos, os estudantes sortearam um tema musical para ser transformado em paródia de uma canção, com dois minutos de duração. Se os alunos optassem por grupos com mais de três integrantes, eles deveriam apresentar um clipe, e não apenas a música com a história da Terra. Como resultado do empenho dos alunos, o professor conta que foram apresentadas músicas com ritmos variados, como ópera, bandinha alemã, pagode, samba-canção, MPB, samba-enredo, rap, reggae, rock, heavy metal, pop, música infantil, axé, música nativista, forró, frevo, entre outros. “As músicas servem perfeitamente como uma forma de revisar os conteúdos abordados em sala de aula, além de estimular a percepção, a criatividade e outras habilidades tão presentes em nossos alunos”, destaca Tomás. O sucesso da atividade da turma ganhou reconhecimento dentro e fora do Colégio. Em ritmo de pagode, a canção composta pelos alunos Stella de Miranda Corrêa, Rafael Barcelos Fossa e Lara Helena Zortea, baseada na música “Caraca, Muleke”, do cantor Thiaguinho, ganhou repercussão nacional em agosto, quando o próprio cantor postou em seu Twitter um elogio aos estudantes. “Stella, Lara e Rafael, do Colégio Farroupilha (Porto Alegre/RS)!! Me amarrei na versão que vocês fizeram de ‘Caraca, mlk’! Valeu!”, escreveu Thiaguinho. “A gente ficou muito feliz. Nós achamos muito bom quando esses trabalhos são sugeridos, porque eles tornam o aprendizado mais fácil e aproximam o professor do aluno”, afirma Stella. Quer ouvir a música criada pelo grupo de alunos do Ensino Médio? Faça a leitura do Qr-Code ao lado (veja mais instruções na página 02) e escute-a.


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fazemos a diferença

Miniempresa de alunos recebe o prêmio de Melhor Produto Premiação foi entregue durante formatura das Miniempresas de Porto Alegre Conhecer os desafios de lançar uma empresa e de mantê-la com sucesso em um mercado cada vez mais competitivo é a principal lição de vida narrada pelos alunos-fundadores da Sabumbaê, miniempresa responsável pela fabricação de sabonetes elaborados com massinha de modelar que acaba de receber uma premiação especial: a de Melhor Produto. O prêmio foi entregue em agosto, durante a cerimônia de formaturas das Miniempresas de Porto Alegre, na Fiergs.


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“Foi uma experiência de vida que nos aprendemos como é ser dono de uma

Objetivos de aprendizado:

empresa, como é estar em uma vida

• Trabalhar conceito de empresa

adulta”, afirma Eduarda Mello, Gerente

e suas origens, enfatizando os

tirou da zona de conforto, porque

de RH da miniempresa. Acompanha-

tipos de empresa.

dos por profissionais das áreas de

• Mostrar que, a partir de uma

Marketing, Finanças, Recursos Huma-

necessidade, produzem-se

nos e Produção, os alunos do Ensino

bens que geram satisfação.

Médio que participam do programa,

• Acompanhar o funcionamento

realizado em 15 semanas, recebem

das quatro principais áreas

orientações sobre os fundamentos

de uma empresa: Marketing,

da economia de mercado e da ativida-

Finanças, Recursos Humanos

de empresarial da economia através do método “aprender-fazendo”, a par-

e Produção. • Controlar a presença nas

tir do qual cada participante se torna

jornadas, fluxo de caixa, compra

um empresário. “Descobrimos formas

de matéria-prima, controle de

de trabalhar com um grupo grande, de delegar tarefas, de confiar no ou-

estoque, vendas e produção. • Proporcionar troca de

tro. A gente aprende que trabalhar em

informações e conhecimento da

uma empresa onde todos acreditam

empresa como um todo.

no mesmo objetivo é muito compen-

• Fabricar um produto, consciente

sador. A experiência do dia a dia e do

das normas de segurança,

mercado nos renderam ótimas lições

controle de metas de produção

de vida”, sintetiza Gabriela Berwan-

e qualidade, dos riscos e do

ger, Gerente de Marketing.

sucesso de um negócio. • Mostrar os compromissos

Empreendedorismo como foco Promovido há 15 anos no Colégio Far-

legais da empresa, referentes aos encargos e impostos, os quais não são pagos ao governo, mas doados a uma

roupilha, o Programa Miniempresa

instituição beneficente.

Junior Achievement proporciona a

• Envolver o participante

estudantes da 2ª e 3ª séries do En-

em atividades como rodada

sino Médio a experiência prática em

de palestras e oficinas com

economia e negócios, na organização

empresários e atuação

e operação de uma empresa. Esse

em feiras.

programa é desenvolvido em jornadas semanais, com duração de 3h30,

Quer conhecer mais sobre a Sabum-

realizadas no contraturno. Os estu-

baê? Acesse o Qr-Code ao lado (veja

dantes aprendem conceitos de livre

mais instruções na página 02) e co-

iniciativa, mercado, comercialização

nheça a miniempresa dos alunos do

e produção.

Ensino Médio.


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fazemos a diferença

Cotidiano retratado

em forma de arte Projeto desenvolvido com alunos da Educação Infantil trabalha valores e atitudes essenciais para a vida Magia, descobertas, leituras do mun-

Oficinas de Criação com o uso de ma-

do e de si mesmo. Através do proje-

teriais reciclados; mostra de imagens e

to “A Arte dos Artistas”, a professora

histórias de artistas; saída de estudos

do Nível 5 da Educação Infantil, Aline

para a visitação de exposições realiza-

Soster Dias, mostra como a expres-

das dentro e fora do ambiente escolar;

são artística pode ajudar no desen-

aulas de tablet, nas quais os alunos

volvimento de valores e atitudes

puderam explorar as obras de Vincent

essenciais para a vida, como senso

Van Gogh, criando releituras a partir de

crítico, sensibilidade, intuição, percep-

elementos utilizados em suas obras,

ção e criatividade. As crianças foram

como as flores; construção de painel

desafiadas a representar, de maneira

coletivo da turma com formas de retra-

gráfica, algumas situações do cotidia-

to e autorretrato; pesquisas e relatos

no escolar e familiar.

sobre artistas preferidos, feitos com o


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auxílio dos pais; e visitas a museus e

Ao término do projeto, os alunos or-

galerias de arte feitas em companhia

ganizaram uma exposição em sala

das famílias. Tudo isso aproximou ain-

de aula, composta pelas suas pró-

da mais os alunos do mundo das artes.

prias produções e prestigiada pelas

“O projeto proporcionou a harmonização entre a realidade gráfica do aluno e das obras apresentadas, possibilitando a exploração de todas as habilidades que envolvem as técnicas artísticas, passando desde a expressão corporal até a expressão social, atribuindo características individuais e sentimentos aos trabalhos realizados, contribuindo para o desenvolvimento das habilidades motoras e sociais que as artes nos propõe”, explica a professora Aline Soster Dias.

famílias. “No início, tive receio de que a proposta fosse adiantada demais para a minha filha. Depois, percebi que ela se envolveu bastante e adorou conhecer o trabalho de artistas e realizar as atividades sugeridas. Através da arte, a Duda pode perceber suas limitações e dificuldades e descobrir novas possibilidades de desenvolver, explorar e conhecer as suas reais potencialidades”, destaca a mãe de Maria Eduarda, Maria Cristina Schild.

Alunos usaram descartes para confeccionar instrumentos criativos


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para toda vida

Encurtando distâncias e disseminando preceitos de vida Ações do Movimento #daescolapravida despertam o engajamento dos alunos para problemas sociais

Gratidão, respeito, humildade e generosidade são alguns dos preceitos de vida exercitados pelos alunos durante as ações do Movimento #daescolapravida. O engajamento dos estudantes em causas que envolvem o cotidiano do bairro e da cidade inclui a promoção de gestos de gentileza no convívio diário, ações de voluntariado, cuidados com o outro e com a cidade. Experiências de vida, com momentos de troca de afeto, foram compartilhadas pelos alunos dos 5º anos E e F do Ensino Fundamental no dia 05 de setembro, quando a turma passou uma manhã junto aos idosos do Asilo Padre Cacique. A ideia de visitar a Instituição, de acordo com a professora Rosane Camilis, surgiu após leitura e análise de um texto jornalístico, chamado “É hora de encurtar distâncias”, publicado no jornal Folha de São Paulo. “Queríamos oportunizar aos nossos alunos vivências com outras realidades tão distintas quanto às deles”, explica Rosane. Durante a integração, os estudantes aproveitaram para realizar diversas atividades com os internos, como jogos e sessões de embelezamento, que incluíram maquiagem e penteados. “Conheci um idoso muito legal. Ele se chama Manoel. Eu e mais dois amigos jogamos dominó com ele. O seu Manoel nos ‘destruiu’. O jogo foi 4X0 para ele. Eu me surpreendi muito com esse resultado. Achei importante essa minha ida para lá, porque eu dei atenção e me diverti”,

Alunos do 5º ano do Ensino Fundamental tiveram uma manhã de integração e de diversão com os internos do Asilo Padre Cacique.

lembra o aluno Gabriel Opitz Neves. A colega Sofia Muller Antunes destaca o carinho dos idosos para com a turma, “Todos foram muito atenciosos com a gente. O agradecimento deles com a gente foi muito bacana. Eu gostaria de voltar lá muitas vezes”, confessa Sofia.


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Homenagens aos pais Pais de todos os níveis de ensino foram homenageados pelos filhos durante o mês de agosto. Circuito com atividades esportivas, momentos de reflexão e diversas dinâmicas serviram para promover ainda mais a integração. Os pais de alunos de atividades extraclasses também receberam agradecimentos nas escolinhas de futsal e basquete.

Bazar de Natal Opções variadas de presentes e lembrancinhas para as festas de final de ano poderão ser encontradas no Bazar de Natal do Colégio Farroupilha dias 26, 27 e 28 de novembro. Ao todo, 20 expositores participam do evento, na área coberta. A visitação estará aberta ao público das 9h às 19h.

Jeito de ser brasileiro “Meu jeito de ser brasileiro” foi o tema da Semana da Pátria do Colégio Farroupilha. A programação especial incluiu a palestra “O Sonho Brasileiro” para os estudantes do Ensino Médio; aulão sobre política e cidadania para os alunos do 7º ano e da 8ª série do Ensino Fundamental; oficinas no Memorial para as turmas dos Anos Iniciais e desfiles temáticos para as crianças da Educação Infantil e exposição no Saguão das Artes com trabalhos assinados pelos alunos das 8ª séries.


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Fala, Farroups! No dia 03 de setembro, seis alunos do Ensino Médio e um representante do Grêmio Estudantil Farroupilha (GEF) participaram de mais uma edição do Fala Farroups, projeto que aproxima a direção dos estudantes. O grupo conversou com a Diretora Pedagógica, Marícia Ferri, sobre as opções de alimentação disponíveis no Colégio, as avaliações e os trabalhos e os professores. Os alunos da 3ª série do Ensino Médio sugeriram mais simulados para auxiliá-los na preparação do vestibular e que as avaliações sejam parecidas com as médias dos cursos da UFRGS, principalmente.

Simulado/Oficina ENEM Nos dias 2 e 3 de outubro, os alunos do Ensino Médio realizaram o último simulado do ano com foco no Exame nacional do Ensino Médio (ENEM). Em todas as séries, o simulado foi composto por quatro provas (Matemática, Linguagens, Ciências da Natureza e Humanas), com questões objetivas mais Redação, mas o número de questões, a duração da prova e o tempo médio para resolução de cada item variava conforme a série. Os alunos da 1ª série, por exemplo, tiveram 4,5 horas para responder 60 questões objetivas mais a Redação. Já os alunos das 2ª e 3ª séries realizaram o simulado em dois dias, de forma bastante semelhante ao ENEM oficial (que neste ano será realizado nos dias 8 e 9 de novembro). Os alunos da 2ª série responderam 72 questões objetivas em cada dia, além da Redação no segundo dia. Os alunos da 3ª série realizaram o simulado idêntico à prova oficial, com 90 questões em cada dia, mais a Redação no segundo dia. Os simulados são montados pelos próprios professores do Ensino Médio do Farroupilha de cada área de conhecimento, trabalhando em conjunto para tentar reproduzir as características do ENEM oficial, como o foco em habilidades e competências e questões contextualizadas que procuram avaliar se o aluno é capaz de aplicar o conhecimento em cada área. Os resultados são conhecidos através de relatórios para os alunos (por área de conhecimento), para os professores (por questão) e para a escola (desempenho por turma em cada área), o que permite que todos reavaliem seu trabalho e estabeleçam novas estratégias.


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Semana da Pátria na Unidade Correia Lima Palestras, workshop, apresentações de peças teatrais e sessão de cinema marcaram a Semana da Pátria dos alunos da Unidade Correia Lima. As atividades envolveram discussão sobre civismo, bate-papos sobre fatos curiosos que marcaram a história e relacionados à política, à cidadania e às forças armadas brasileira e discussões de filmes sobre desmatamento. Durante a Semana, foi lançado para as turmas do 6º e 7º ano e da 8ª série, o projeto “O Adolescente do Século XXI”.


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Semana Farroupilha Marcada para o dia 15 de setembro, a abertura teve hasteamento das bandeiras e do Hino Riograndense e apresentação do Grupo de Dança Raça Nativa. Na Educação Infantil, as crianças tiveram uma programação intensa, com Oficina do Fandanguinho, Roda de Chimarrão, Cavalgada pelo Colégio, Churrasquinho no Galpão, entre outras atividades. Um Galpão ficou à disposição dos alunos e das famílias na Área Coberta durante toda a semana, com água quente e Erva-Mate Barão. No Pátio, duas tendas comercializaram churrasquinho (alcatra, coração, frango, queijo coalho e xixo) e doces típicos (sagu, cocada, quindim, bolos variados, ambrosia, coco em pedaços, docinhos diversos). A história da Revolução Farroupilha contada através de brinquedos e miniaturas esteve exposta no Memorial do Colégio Farroupilha durante a Semana Farroupilha. Na exposição pode-se conhecer um pouco das guerras gaúchas representadas pelos heróis em miniatura: general (representava todos os generais da cavalaria rio-grandense); corneteiros (o único que estava ereto, pois carregava a bandeira rio-grandense com orgulho); lanceiro negro(representava o corpo de lanceiros, imbatíveis em combate, que na Revolução Farroupilha lutou pelo fim da escravatura); laçador (representava o grande símbolo rio-grandense); lanceiro de 1835 (soldado usando xiripá e bota garrão de potro, roupa usada no período da Revolução farroupilha); lanceiro de 1865 (representava a chegada da bombacha na indumentária gaúcha, após a Guerra do Paraguai, mas ainda com a bota garrão de potro); lanceiro de 1893 (soldado que usava bombacha e bota, consolidando a indumentária atual, como na Revolução Federalista); lanceiro de 1923 (soldado que vestia roupas atuais, como na Revolução Libertadora).


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Fala Farroups no Correia Lima Na manhã de 11 de setembro, a Diretora Pedagógica, Marícia Ferri, visitou a Unidade Correia Lima para mais uma edição do projeto Fala, Farroups. Embora meio tímidos no início, um grupo de seis alunos do 1º ao 3º ano do Ensino Fundamental – Anos Iniciais conversaram sobre as aulas que mais gostam – Inglês, Informática e Educação Física – e de como o uso da iPad é importante para auxiliálos no aprendizado. Muitos aproveitaram para dar sugestões de melhoria para o espaço e para elogiar os professores.

Até Logo, Farroupilha Destinado aos alunos da 3ª série do Ensino Médio, o projeto “Até Logo, Farroupilha” marca a despedida dos estudantes da escola e é realizado ao longo do ano com uma série de atividades especiais que incluem o envolvimento das famílias. Dia 12 de setembro, os alunos participaram da “Festa dos 100 Dias”, evento que inicia a contagem regressiva dos 100 dias que faltam para a solenidade de formatura. O dia começou com integração entre a turma e o paraninfo com professores e colaboradores durante o café da manhã. Nesse dia, os alunos receberam mensagens enviadas pelas famílias com resgate de momentos significativos de suas trajetórias escolares, e visitaram o Jardim de Infância onde foram homenageados pelos pequenos. Na Recepção dos Alunos, a mãe da aluna Marthina despertava a atenção de quem circulava pelo local. Graziela chorava de emoção

ao ajeitar os envelopes com mensagens escritas por ela própria, pelo pai da estudante, Eduardo, pelos avós paternos e pelo padrinho. “Esse momento é muito importante. Por isso, quis preparar uma surpresa especial para a Marthina”, disse Graziela ao relembrar que, no ano passado, passou pela mesma emoção com a filha Sophia, ex-aluna.


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Os países e suas culturas nos XLII Jogos Farroupilha Uma programação especial foi oferecida aos alunos entre os dias 12 e 19 de setembro, durante os XLII Jogos Farroupilha. A partir do tema “Os países e suas culturas”, os estudantes apresentaram no desfile de abertura, realizado dia 16 de setembro, questões relacionadas à convivência, ao relacionamento, à família, à cidade, à saúde, à educação, ao meio ambiente, ao trânsito, entre outras possíveis abordagens. Entre os dias 12 e 19, foram realizados os jogos. Durante o desfile, houve a apresentação do mágico Kronnus e um show com a banda Triathlon, em parceria com as lojas Gang. Todos os ex-alunos presentes tiveram a oportunidade de participar de um desfile após as apresentações dos estudantes. Nos cinco dias de evento, os alunos dos Anos Finais e Ensino Médio disputaram jogos de atletismo, basquete, futebol, futsal, handebol, tênis de mesa, voleibol e xadrez. Na Sede Campestre, em Viamão, foram realizados os jogos para os alunos dos Anos Iniciais. Em paralelo ao evento, foram oferecidas aos alunos oficinas culturais e esportivas para os estudantes que não participam das partidas. As turmas tiveram a oportunidade de participar de oficinas de customização de camisetas, treinamento funcional com a parceria da Academia Três Figueiras, competição de dança, sessão de fotos Polaroid, oficina de Kangoo com o Studio Metaforma, workshop de skate com a Matriz Skate Shop e batalha dos looks Gang. A cantora Vane K fez um pocket-show no dia 19.


O PROFESSOR ESTÁ SOZINHO? O mundo está em constantes transformações e o professor não tem mais condições de ser transmissor de conteúdos como no passado. Mas quais os caminhos para chegarmos a essa mudança de postura e atitude? O professor da atualidade precisa desaprender, desapegar e reaprender a partir da relação com os alunos, com outros professores, com a tecnologia e com a sociedade. Quer repensar conosco o perfil do professor do século XXI? Então participe do evento INTELIGÊNCIA

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