PRODUÇÃO TEXTUAL
Juventude e maturidade O relacionamento dos pais com os filhos adolescentes não tem sido fácil. Além da fase complexa pela qual os jovens passam e que os leva a agir de modo diferente do que seus pais estavam acostumados e que deixa os adultos um pouco perplexos e sem ação-, a situação está ainda mais difícil por causa de nossa cultura em relação à juventude. Ser jovem deixou de ser uma etapa da vida para se transformar em um estilo de viver. Isso significa que, quando a criança entra na adolescência, ela passa a se relacionar com adultos iguais a ela, ou seja, tão jovens quanto ela. Na questão educativa, esse é um fato complicador. A adolescência é o tempo de amadurecer, mas, se os pais não ajudarem o filho a entrar na maturidade, ele continuará a agir de modo infantilizado. Todos conhecem jovens que estudam e... só. No restante do tempo da vida, eles consomem, frequentam festas, namoram e desfrutam da sexualidade, jogam, ficam na internet. Em resumo: eles estudam sob uma enorme pressão de êxito não apenas por parte da família como de toda a sociedade e permanecem prisioneiros de seus caprichos impulsivos. Para muitos, esse é o momento de buscar desafios para evitar o tédio que se instala nesse tipo de vida. Alguns encontram as drogas, outros desafiam a morte por meio de, por exemplo, esportes radicais, outros se dedicam exaustivamente ao culto do corpo perfeito e muitos outros ficam doentes. O índice de suicídio entre jovens tem crescido no mundo todo, inclusive no Brasil. Aqui, tem aumentado a taxa que envolve a população entre 15 e 29 anos de idade. Isso significa que eles precisam muito dos pais nesse momento da vida. E o que seus pais podem fazer? Em primeiro lugar, podem bancar o lugar de adultos perante o filho adolescente, não esmorecer nem tampouco desistir, por mais árdua que a tarefa educativa pareça. É preciso lembrar que pode ser difícil, mas impossível não é, como tenho ouvido muitos pais declararem. O filho precisa da ajuda dos pais, por exemplo, para aprender a retardar e mesmo suspender o prazer que busca, para saber dividir seu tempo entre várias atividades e obrigações, para se abrir para as outras pessoas e buscar modos de viver bem com elas. Precisa de auxílio também para colaborar com o grupo familiar e para dar conta de várias outras responsabilidades consigo mesmo e com os outros, para desenvolver virtudes e para, sempre que conjugar o verbo "querer", aliar a ele outros dois: o "dever" e o "poder". Para tanto, os pais precisam aprender a ceder algumas vezes e a ouvir o que seu filho diz − seja por meio de palavras, seja por atitudes. Ouvir não significa atender, mas considerar a dialogar e a negociar. E essa talvez seja a palavra chave do relacionamento entre pais e filhos dessa faixa etária. Negociar conflitos e demandas com o filho é uma maneira de os pais o ajudarem a perceber que ele pertence a um grupo que segue alguns valores e princípios que são inegociáveis, mas que, ao mesmo tempo, reconhecem o crescimento do filho e, por isso, valorizam sua busca de autonomia. Mas essa negociação deve priorizar a exigência do desenvolvimento de sua maturidade. A responsabilidade dos pais é grande nesse momento da vida do filho e não apenas com a família e com ele próprio. Afinal, são esses jovens adolescentes que serão os responsáveis por nosso futuro bem próximo. Rosely Sayão
PROPOSTA: Com auxílio do texto motivador, elabore uma dissertação-argumentativa com base na seguinte questão:
“No mundo de hoje, como superar o conflito e promover diálogo, troca e convivência entre pais e filhos?” Seu texto deverá ter 20 a 25 linhas e não se esqueça de colocar um título.
Textos dos alunos:
Marjorie Soares - 8ª B Jade Gabrielle - 8ª A Marcos Felipe - 8ª A Marcelo Victor - 8ª A Mariana Araújo - 8ª B
Trechos dos alunos:
Priscila Caldas - 8ª B Talyta Silva - 8ª B Matheus Ricardo - 8ª B Larissa Fraga - 8ª B João Victor - 8ª B
Priscila Caldas - 8ªB
Talyta Silva - 8ªB
Matheus Ricardo - 8ªB
Larissa Fraga - 8ªB
João Victor - 8ªB
Grupo Pedagógico: Educação Fundamental II Direção: Ir.ª Dalva Mônica Coordenação: Prof.ª Hercília Pedreira Professor (a): Edenice Costa Disciplina: Língua Portuguesa Série: 8ª série