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Pedro Henrique Dantas Sousa A violência sexual contra os jovens brasileiros, uma área omitida pelo governo
Pedro Henrique Dantas Sousa
A violência sexual contra os jovens brasileiros, uma área omitida pelo governo
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A partir da fala do atual Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, durante uma entrevista em um podcast, onde fora dito que “pintou um clima” entre ele e garotas de 14 e 15 anos em determinada ocasião, a pauta do enfrentamento à violência sexual contra criancas e adolescentes veio à tona novamente. O que não é divulgado na internet é a forma leviana com que o tema é tratado, tendo, inclusive, orçamento cortado . A violência sexual contra nossos jovens está cada vez mais presente em nossa sociedade, e leis e medidas mais efetivas devem ser tomadas para que haja uma maior transparência em relação à forma com que o governo lida com esse tipo de situação.
De acordo com o site Mídia Ninja, apesar de haver fake news do governo afirmando que foram criadas melhorias na prevenção à violência sexual, é perceptível, na prática, o oposto. Com cortes de orçamentos no setor, durante o período onde aparentemente houve melhorias no sistema, o SUAS (Sistema Único de Assistência Social), houve uma redução de 70% de orçamento, com uma previsão de até 90% para 2023.
Em concordância com o site “G1”, Brasil registra, em média, 130 casos por dia de violência sexual contra crianças e adolescentes. De acordo com site Rede Brasil Atual, uma a cada cinco meninas entre 13 e 17 anos já sofreram violência sexual no Brasil. 20% de todas as jovens meninas entre 13 e 17 anos ja sofreram algum tipo de abuso sexual durante suas trajetórias. A violência sexual contra crianças e adolescentes é recorrente e, de longe, um dos crimes mais cometidos no Brasil, mas em mesmas circunstancias, nenhuma medida real é tomada, seja ela diretamente ao infrator ou mudancas nas leis e regimes do país. Apesar de não haver um investimento e atenção do governo, o próprio Centro de Defesa da Criança e Adolecente busca mais transparência e mais investimentos para a área, mas acabam sendo ignorados pelos representantes do congresso, como apontado na fala de Gillard Laurentino, assessor técnico no CEDECA (Centro de Defesa da Criança e Adolecente): “O que foi feito nos últimos anos é um pequeno avanço na legislação e um retrocesso imenso no orçamento para criança e adolescente, que deveria ser prioridade absoluta de acordo com a Constituição no Artigo 227”.
A transparência vinda do governo com a sociedade brasileira é mais do que necessária, principalmente para assuntos tão presentes no nosso pais, como a violência sexual contra crianças e adolescentes. A cada caso onde não há justiça, a cada 1% de orçamento para esta área que é rescindido e a cada nova medida pronunciada por nosso governo que não é cumprida, 20% das crianças e adolescentes do Brasil continuam sofrendo uma violência da qual deveriam ser integralmente protegidas. No nosso país, falta a comunicação e o comprometimento, e cabe ao governo revisar suas metodologias e abordagens em relação aos jovens brasileiros.