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Lívia Benedetti Transtornos alimentares na adolescência

financeiras, pois sem dinheiro, prosseguir com estudos é mais difícil, consequentemente dificultando a inserção no mercado de trabalho. Muitos jovens, são chamados de “nem-nem’’, aqueles que não trabalham nem estudam. Uma pesquisa do IDados mostra que no Brasil, dentro da faixa etária dos 29 anos, 12 milhões de pessoas se encontravam em tal situação, sem emprego e sem estudo. Ou seja, há um estereótipo da geração “nem-nem”, sendo que a condição do sujeito se dá em grande parte por sua situação socioeconômica. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), na síntese de indicadores sociais de 2019, revelou que entre os jovens, 11 milhões de Brasileiros não trabalham e não estudam, sendo 23% entre 15 e 29 anos. Esses dados mostram também que, muitos deixam a escola sem a formação do segundo grau, uma gigantesca fragilidade no sistema educacional Brasileiro.

Para o jovem se inserir do capitalismo global, no mercado de trabalho, os sistemas de educação devem ser revistos, pois há muitas escolas em que o ensino é totalmente precário, por conta disso aqueles que estudam em colégios de mais alto nível, entrarão no mercado de trabalho com muito mais facilidades, deve haver uma equidade. Além disso, um consentimento e apoio familiar deve ser estabelecido, para que os pais incentivem e apoiem os jovens a se preparar para o futuro cada vez mais, apesar de todas as dificuldades por eles enfrentadas. Lívia Benedetti

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Transtornos alimentares na adolescência

Transtornos alimentares são padrões de comportamento em relação à alimentação, sendo os principais: anorexia nervosa (deixar de comer para perder peso), bulimia nervosa (vomitar ou tomar laxantes após refeições) e compulsão alimentar (comer compulsivamente, perdendo o controle) e, em muitos casos, são acompanhados de distorção de imagem. Atualmente, esses distúrbios são um grave problema na saúde brasileira, atingindo principalmente os adolescentes e jovens, na maioria mulheres. Os casos estão aumentando cada vez mais. Segundo o ministério da saúde, 10% dos jovens apresentam algum tipo de transtorno alimentar. Um dos motivos para que isso se dê é o enrijecimento do padrão de beleza, muitas vezes ligado à internet.

Com o surgimento de redes sociais como o Instagram e o Tik Tok, cada vez mais podemos observar uma busca excessiva pela magreza, por meio da idealização dos corpos de outros jovens, que muitas vezes nem são reais. A imagem de uma vida perfeita, com o corpo perfeito, é muitas vezes propagada na Internet, já que as pessoas só postam aquilo que elas escolhem e muitas vezes editam suas fotos etc. Desta forma se inicia um processo de contínua comparação, que pode desencadear na tomada de medidas extremas como parar de comer e tomar laxantes ou vomitar, na tentativa de alcançar o padrão de extrema magreza, ou até mesmo episódios compulsivos por conta da ansiedade causada por esse processo.

Além disso, a Internet oferece uma facilidade e até mesmo um estímulo para as pessoas se inserirem nesse mundo de transtornos alimentares. Contando com planos de dietas extremamente restritivas, encorajamento às pessoas a pararem de comer, vídeos ensinando a vomitar forçadamente e conteúdos estimulando a alimentação compulsiva. |Segundo uma pesquisa feita pela psicóloga Ana Helena Rotta Soares, foram encontradas 120 comunidades no Orkut que estimulavam anorexia e bulimia, em 2007, podemos imaginar que com o avanço da

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