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Lorena Moreno Juventudes e a violência sexual contra mulheres
Internet, esse número cresceu muito atualmente. Portanto, o próprio ambiente da Internet em si já oferece conteúdos que influenciam diretamente os jovens a entrarem nesse mundo, já que, ao se compararem na Internet, criam problemas em relação aos seus corpos e a própria Internet já oferece a “solução” para os mesmos.
Outro fator que estimula os transtornos alimentares entre os jovens é a exaltação de pessoas com corpos muito magros, como por exemplo na indústria da moda, contando apenas com modelos muito magras e colocando esse aspecto como algo decisivo para suas contratações. E já que são justamente essas modelos que ditam os padrões de beleza, novamente a ideia de que esse é o corpo que mais chega perto da perfeição, quando muitas vezes, não são nem mesmo saudáveis.
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Portanto, é preciso cuidar dos conteúdos consumidos pelos jovens e adolescentes na Internet e dos padrões de beleza que nós estabelecemos como sociedade e como propagamos nas redes. Desta forma, podemos evitar que esse índice de transtornos alimentares continue aumentando, para que assim possamos garantir uma melhor saúde mental e física para os jovens brasileiros. Lorena Moreno
Juventudes e a violência sexual contra mulheres
Ao longo da última década a superexposição dos jovens à violência de todos os tipos e graus de intensidade é crescente, principalmente com relação a crimes sexuais e domésticos, cometidos contra mulheres, em sua maioria, jovens. Grande parte dos crimes de cunho sexual são consumados por membros da família da vítima.
Em uma matéria publicada em 2020 (realizada pelo SBMFC) é citado o caso da menina de 10 anos que foi estuprada pelo tio e estava em busca de poder abortar legalmente, durante 3 meses, mas teve o acesso a esse direito negado durante tempo suficiente para que 6.300 estupros fossem cometidos contra adolescentes, apresentando assim como a justiça e o governo brasileiro lidam com a questão da violência contra a mulher. Ainda na mesma matéria (agora referente a uma pesquisa realizada em 2019 pelo mesmo órgão governamental) é apresentado que 70,5% dos estupros registrados naquele ano foram 85% contra as mulheres vulneráveis (menores de 14 anos ou em situação que impossibilita a resistência contra o ato) e 84,1% dos estupros cometidos vieram de pessoas conhecidas da vítima, colocando o Brasil na posição de país onde a maioria das vítimas de agressão sexual são jovens mulheres que sofrem a violência de pessoas próximas ou da própria família.
Outra dimensão da violência sexual contra mulheres é a gestação em decorrência do estupro, sendo que 20.000 meninas com até 14 anos deram a luz, sem a chance de poder recorrer ao aborto legal, que é garantido por lei, mas como tal procedimento ainda é visto como um tabu e muitas vezes o processo de permissão do aborto é longo e cheio de manipulações para que a menina seja convencida a parir um bebê, nessas condições, ainda na sua adolescência. Com todas essas complicações essas meninas costumam recorrer a abortos clandestinos (que têm uma taxa de mortalidade altíssima por conta da precariedade do procedimento).
A necessidade da legalização do aborto e do entendimento de que o problema da violência contra a mulher está enraizada na nossa sociedade, tanto por conta do status baixos que as mulheres e