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Maria Lua Monteiro De Mello Transtornos alimentares na adolescência
mãe e do filho. Segundo a Adriana Lippi Waissman, médica atuante como Obstetrícia e Ginecologia, tendo como uma das suas especialidades a gravidez precoce, grande parte das adolescentes que engravidam abandonam os estudos para cuidar do filho, o que colabora com o desemprego e dependência econômica dos familiares. Esses fatores contribuem para a perpetuação da pobreza, baixo nível de escolaridade, abuso e violência familiar, tanto à mãe como à criança. Além disso, a ocorrência de mortes na infância é alta em filhos nascidos de mães adolescentes. A falta de apoio e de acompanhamento da gestação contribuem para que as adolescentes não recebam informações adequadas em relação à alimentação materna apropriada, à importância da amamentação e sobre a vacinação da criança. Também é grande o número de adolescentes que se submetem a abortos inseguros colocando em risco sua própria saúde até mesmo risco de morte, sendo uma das principais causas de morte materna.
Portanto, é importante entender que a gravidez precoce está relacionada à problemas sociais estruturantes (à descoberta da sexualidade precoce, à pobreza extrema, à violência sexual, à falta de acesso a métodos anticoncepcionais, à desigualdade de gênero, à evasão escolar) e devemos urgentemente pensar em caminhos para preveni-la. Maria Lua Monteiro De Mello
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Transtornos alimentares na adolescência
Não muito comentado, o transtorno alimentar na adolescência é um problema de diferentes causas e com consequências complexas. Eles trazem impactos significativos ao convívio social e familiar, além de intensificar outros comportamentos.
O TA (transtorno alimentar) tem como uma de suas causas a busca pelo corpo perfeito aos olhos das redes sociais, artistas, influenciadoras digitais ou até mesmo pela referência de pessoas próximas, como os colegas de escola. Além dessas influências da sociedade, existem doenças que favorecem o desenvolvimento dos distúrbios alimentares, como ansiedade, depressão, entre outras.
Os principais distúrbios fazem com que as pessoas apresentem comportamentos extremos. Algumas passam a comer pouco ou nada durante o dia, outras podem comer muito além do necessário para nutrir o corpo. Ambas as situações trazem sentimentos de culpa, angústia e tristeza, gerando uma percepção de falta de controle. Para quem sofre de transtorno alimentar na adolescência, não importa se o hábito será prejudicial à sua saúde. A prioridade é conquistar a imagem dos sonhos, o que torna a condição ainda mais perigosa. A longo prazo, a combinação de ações negativas pode trazer consequências graves, tanto para a parte física quanto para o estado mental do indivíduo.
A pandemia certamente teve um grande impacto em tudo isso. De acordo com um estudo recente, publicado na revista Pediatrics, a hospitalização e casos de adolescentes por transtornos alimentares cresceu significativamente durante o período pandêmico, sendo os mais destacados anorexia, bulimia e compulsão alimentar. O ministério da saúde nos afirma que esses transtornos afetam cerca de 4,7% da população em geral, mas podem chegar a 10% entre a população mais jovem.
Longe da vida considerada “normal’’, as pessoas passaram mais tempo nas redes sociais, o que certamente intensificou as comparações de imagem e a queda da autoestima.
Sendo assim, sintomas caracterizados como baixa autoestima, sentimento de culpa, culto excessivo ao corpo, entre outros, devem ser cuidadosamente observados.