JORNAL LABORATÓRIO DO CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - JORNALISMO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA VIÇOSA - MAIO DE 2008 - ANO 05 - NÚMERO 15
Fotografia: Diego Abdou/Arte: Pato Domingues
O CRISTO EM BUSCA DE REDENÇÃO
Viçosa busca recursos para finalizar o Parque Municipal do Cristo, um dos pontos turísticos ainda desvalorizados da cidade. pág. 10
(( comportamento ))
(( entretenimento ))
(( esporte ))
(( entrevista ))
(( opinião ))
Sua opinião é diferente? Saiba por quê.
Luz, ação e emoção: enfim, TEATRO!
Conheça o esporte em que pisar no chão é falta
A arte de construir a arte. O que faz um luthier?
Propagandas estão mais sóbrias a partir de agora
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(( opinião ))
E o dilema continua...
Ao Leitor
JOSÉ TARCÍSIO FILHO As discusões sobre o download ilegal de músicas é constante. De um lado estão as pessoas que condenam esta prática, do outro, estão aqueles que não se importam em fazer suas “playlists’ com conteúdo considerado ilegal. Mas quais seriam as vantagens e desvantagens de baixar, ou não, as polêmicas MP3’s? A troca de arquivos pela internet começou com o programa Napster no final dos anos 90. Em menos de um ano, a sua popularização chamou a atenção dos artistas, e é claro, das gravadoras. Cantores e bandas consagradas, como Metallica e Madonna, se irritaram ao ver suas faixas, ainda não liberadas para o público, sendo veiculadas neste programa. Ao mesmo tempo, artistas que até então não tinham seu trabalho divulgado, puderam mostrar ao mundo suas músicas, é o caso da banda inglesa Radiohead. O pioneirismo do Napster custou caro. Em
menos de três anos, seu sistema foi desativado, o principal motivo foi o enorme número de processos provenientes de artistas e gravadoras. Mas o chute inicial já tinha sido dado. A partir daquele momento, diversos programas de troca de arquivos surgiram na web, e parar a propagação dos MP3’s se tornou irreversível. Quem perde com isso são as gravadoras, e, em menor escala, os artistas. Calcula-se que as redes de trocas cheguem a dar um prejuízo de 4,2 bilhões a indústria fonográfica. Este dinheiro poderia ser investido em novas tecnologias e até mesmo ser repassado para os cantores e bandas. Muitas pessoas também não percebem, mas as músicas adquiridas pela internet não tem a mesma qualidade do CD. Som com qualidade maior só mesmo pelo disco digital (é até possível pegar pela internet, mas o grande tamanho inviabiliza o processo). E quem ganha com os downloads ilegais de MP3?
Prof. Joaquim Sucena Lannes
OUTR ((O)) LHAR Jornal Laboratório produzido pela turma de 2006 do Curso de Comunicação Social – Jornalismo da Universidade Federal de Viçosa Endereço: Vila Giannetti, casa 39, campus universitário CEP 36570-000 – Viçosa MG Tel: 3899-2878 – outroolhar@ufv.br Reitor Prof. Carlos Sigueyuki Sediyama Diretor do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes Prof. Walmer Faroni
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Chefe do Departamento de Artes e Humanidades Prof. Fábio Faria Mendes
Podemos afirmar que quase todas as pessoas que baixam este tipo de arquivo. Enquanto o CD “Thriller” do Michael Jackson é vendido a R$ 34,90 nas lojas, podemos baixá-lo, a custo zero, em menos de uma hora através do LimeWire ou Emule (programas de troca de arquivos). Tudo isso em dois cliques. Para tentar “diminuir” os prejuízos, as gravadoras estão entrando em um novo mercado. Hoje em dia, o CD está sendo disponibilizado pela internet, e o internauta pode escolher qual faixa quer comprar, o preço é mais em conta, cerca de R$ 2,49 por música. Mas esta prática está longe de se tornar popular. Adquirindo um CD completo pela internet, a pessoa irá pagar no mínimo vinte reais. E ainda há uma desvantagem, pois neste caso, a faixa vem com qualidade inferior a de um CD, e igual a de um arquivo proveniente de um programa de trocas. As gravadoras continuarão buscando alternativas para poder conter os prejuízos provocados pela difusão do formato MP3. Isto será difícil, pois os artistas já estão fazendo o possível para não depender dessas empresas. E tentar convencer as pessoas a voltarem aos velhos hábitos de pagar para ouvir músicas, está longe de se tornar uma realidade. Reprodução
Mais uma edição, mais um final de semestre e a sensação de dever cumprido. A presente edição é fruto de um ano inteiro de atividades acadêmicas e pedagógicas visando a prática e a fixação das teorias aprendidas, em diversos conteúdos do Curso, voltadas para o jornalismo impresso. Trata-se de um trabalho envolvendo a fértil criatividade dos estudantes, necessariamente adequadas e direcionadas ao Projeto Pedagógico-laboratorial Outro Olhar e aos Padrões de Qualidades voltados ao ensino e aprendizado no setor. E mais, planejamento, produção individual e em grupo, idealização de pautas, avaliações constantes das ações, prospecção de informações, revisão, edição, montagem e finalização de matérias no campo jornalístico. Tudo isso, paralelamente a uma forte cobrança de prazos, posturas acadêmicas e profissionais, quanto o ato e implicações de se fazer jornal. Há de se destacar ainda a preocupação constante em atingir e atender o público-alvo para o qual o Outro Olhar é direcionado: estudantes do nível médio das escolas públicas de Viçosa. Para tal, ao longo do processo, diversos contatos diretos são feitos com os leitores no sentido de aferir o feedback resultante da leitura e do manuseio de nossas edições sucessivas. O resultado: mais quatro edições deste veículo que prima pelas preocupações de ensinar a fazer jornal, também de se fazer um jornalismo de qualidade, fixando as teorizações pertinentes e, finalmente, atuando com problemas reais os quais, depois de formados, nossos alunos defrontarão no dia-a-dia do mercado de trabalho. Uma excelente leitura para todos.
O fim do Napster não foi o sudificente para conter os programas de troca de arquivos em MP3
Coordenador do Curso de Comunicação Social Profª. Kátia Fraga
Revisão de texto Agnaldo Montesso, Gabriele Maciel, Inês Amorim, Talita Aquino
Jornalista-responsável Joaquim Sucena Lannes – MT/RJ 13173
Coordenação de diagramação, arte e revisão final Felipe Menicucci, Pato Domingues, Tim Gouveia
Editores Ana Maria Pereira, Debora Antunes, Pablo Pereira, Gabriele Maciel, Gisele Nishiyama, Inês Amorim, Mário Vítor Filho, Tatiana Duarte
Redação Agnaldo Montesso, Ana Maria Pereira, Ana Paula Nunes, Aramis Assis, Bárbara Gegenheimer, Carolina Reis, Débora Antunes, Débora Bravo, Diego Alves,
Diego Tarlis, Eloah Monteiro, Felipe Menicucci, Felipe Pedroza, Fernanda Couto, Fernanda Mendes, Fernanda Torquato, Gabriele Maciel, Gisele Nishiyama, Inês Amorim, José Tarcísio Filho, Joséllio Carvalho, Kirna Nascimento, Luciana Melo, Lúcio Érico, Manuella Rezende, Marcela Sia, Mariana Azevedo, Mário Vítor Filho, Maristella Paiva, Mônica Bento, Pablo Pereira, Pato Domingues, Paula Chaves, Sabrina Areias, Samira Calais, Saulo Rios, Savana Brito, Talita Aquino, Tatiana
Duarte, Tim Gouveia, Vagner Ribeiro, Zana Ferreira. Finalização Luciana Melo e Thiago Araújo Impressão Divisão de Gráfica Universitária Tiragem 1500 exemplares Os textos assinados não refletem a opinião da Instituição ou do Curso e são de inteira responsabilidade de seus autores.
(( opinião ))
Transposição do Velho Chico: problema ou solução? MANUELLA REZENDE
Diego Alves
projeto de transposição facilitaria um pouco diferente. Primeiramente Problema ou solução? Esta o acesso da população à água além é necessário ressaltar que se pergunta resume muito da questão de possibilitar o desenvolvimento trata de uma obra cara e que, ao que envolve o projeto do Governo de atividades agrícolas, comerciais contrário do discurso utilizado, Federal de transposição do Rio São Francisco. Com uma extensão de 2,8 mil km e drenando uma área de quase 641.000 km², o Rio São Francisco passa por diversos estados que integram a região do semi-árido. E é justamente para suprir a necessidade de água desses lugares que o projeto encontra justificativa. Intitulado “Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional” e com um orçamento de R$ 4,5 bilhões, consiste na transposição de parte da água do São Francisco para abastecimento de açudes e Nas ruas da cidade de Viçosa, manifestação contrária à transposição do Rio São Francisco outros pequenos rios da região nordestina. Crê-se que esta é a única alternativa para sanar e industriais. não vai atingir toda a região os problemas de ordem hídrica Isso tudo seria bastante afetada pela seca. Na realidade enfrentados pela região. Em tese, o positivo. Entretanto a realidade é irá atingir cerca de 5% da área do
Bebida alcoólica é coisa de adulto FELIPE MENICUCCI
crítica à mídia
Conselho de Comunicação Social do Congresso Brasileiro. Com essa exposição tão intensa, os jovens
quando adultos. Os pais também contribuem para agravar o quadro, quando deixam, por exemplo,
desde cedo são acostumados a conviver com bebida, e podem até se tornar alcoólatras
o filho beber a “espuminha” da cerveja. O Governo Federal
Reprodução
Caranguejos simpáticos, tartarugas que fazem embaixadinhas, atrizes famosas e músicas animadas que não saem da cabeça. É difícil associar esses personagens e recursos publicitários em produtos para jovens? Não. O problema está aí. Geralmente, são os produtos voltados para o público adulto que lança mão desses recursos, principalmente as bebidas alcoólicas. Todos sabem dos malefícios do álcool no organismo, além de ser inquestionável que as bebidas alcoólicas não são indicadas para menores de 18 anos. Mas é justamente esse tipo de público que é mais atraído pelas propagandas coloridas, alegres e que fazem “um brinde à vida”. A indústria do álcool e da propaganda gasta cerca de 30 bilhões por ano em publicidade e marketing, segundo dados do
semi-árido e 0,3% da população que ali vive. Além disso, temse aí mais um problema já que dentro dessa pequena parcela de 0,3% da população, grande parte corresponde aos grandes latifundiários do Nordeste. Levando em conta que o projeto prevê passar pelas grandes fazendas, como garantir que a o acesso à água será democratizado? Questiona-se também o fato de que a transposição irá afetar o ecossistema não só do próprio São Francisco, mas também dos demais rios envolvidos na transposição. Mesmo não sendo um projeto novo (tem sido discutido desde Dom Pedro II), a transposição do Rio São Francisco, ao gerar tantas e ferrenhas críticas, parece ser ainda bastante incipiente, tratado de maneia simplista. E para que não se torne uma solução para poucos e um problema para a maioria é necessário um pouco mais de prudência.
adiantou em abril de 2008 o projeto de lei que limita as agências publicitárias no que diz respeito ás propagandas de bebidas alcoólicas, principalmente a cerveja. A partir de então, o horário de veiculação das peças publicitárias fica restrito no período das 06hs às 21hs. Além disso, os comerciais deverão conter frases como “produto destinado a adultos”, juntas com a já conhecida “aprecie com moderação” e “se beber, não dirija”. Assim, as propagandas vão continuar, mas deixando bem claro qual o tipo de público que querem atingir. Essa conscientização com base na lei deixa claro a intenção de mudar não somente as propagandas de bebidas, como também a de cigarro. É preciso ficar claro para a população que se faz necessário separar o que é pra jovem e o que é coisa de adulto.
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(( entretenimento ))
A boa leitura por um bom preço MARCELA SIA DE LIMA
Marcela Sia de Lima
e por um preço bem Todo mundo sabe dos benefícios inferior. O sebo Achei! de uma boa leitura. Ou pelo meque fica no centro de nos já ouviu falar. Ler é um háViçosa possui um acerbito divertido e interessante. Envo variado de livros, riquece culturalmente o leitor e cds, vinis e dvds. Lá ajuda na formação do senso crítisão encontrados livros co e estímulo do raciocínio. Mas, para todos os gostos. na hora de comprar um livro, nos A dona do sebo, Madeparamos com um problema: o ria Aparecida, estima preço. Geralmente, livros cusque existam milhares tam caro e isso é um dos motide livros nas prateleivos que desestimulam a leitura. ras. Segundo ela, eles Mas, se o problema é o preço, trazem livros de Sanexiste uma solução! Os sebos. ta Catarina e de São Os sebos são lugares Paulo. Além de receonde são vendidos livros, dvds, berem doações e comcds e discos de vinil. A maioria prarem livros usados. é usada. E, ao contrário do que “Não adianmuitos pensam, os sebos posta oferecer um livro suem livros em ótimo estado. Sebos apresentam diversão, lazer, cultura e entretenimento em bom estado, por um preço mais acessível que não esteja em Pode-se encontrar um livro nobom estado, as pesainda não existia luz elétrica e as prar livros de sebos, geralmente vinho em folha por um preço bem pessoas liam à luz de velas. Fato tem muito cuidado com os livros. soas não vão querer comprar.” melhor do que em livrarias. Mas que acabava por deixar os livros li- Em um sebo pode-se en- – Afirmou a dona do sebo. Ela se os sebos são tão úteis, por que teralmente “ensebados”. O que, fe- contrar raridades, livros didáticos contou ainda que sempre vai haexiste um preconceito com eles? lizmente, não acontece mais hoje. e até lançamentos. Muitas pessoas ver um livro que é uma relíquia Provavelmente pelo nome sebo. Pelo contrário, os livros não têm doam livros novos, que acabaram para alguém. Os sebos são uma Esse nome surgiu há mui- por que ficarem sujos. Aliás, quem de ler e não lhes interessa mais. alternativa para quem quer diverto tempo atrás, na época em que costuma freqüentar, doar e com- Adquire um lançamento, novinho são e cultura por um bom preço.
Cultura, cinema e diversão em um só lugar SAULO RIOS
Cine Clube para a comunidade. “De uma forma geral, as cidades do interior carecem de uma programação eficiente. O único cinema comercial que dispomos tem uma grade naturalmente atrasada e com pouquíssimos títulos interessantes. O Carcará é uma alternativa gratuita para as pessoas que se sentem sufocadas por essa falta de opções”, diz Laguna. José Jorge, estudante do primeiro ano do ESEDRAT, é freqüentador assíduo do Cine Clube Carcará e afirma que encontrou no Alunos assistem à sessão de quinta-feira no Cine Clube Carcará: diversão e entretenimento gratuito Carcará uma opordos praticamente todo os dias. Apesar de ser localizado tunidade de ver filmes Existem alguns projetos como o dentro da Universidade, o Car- que são pensados e analisados Fã Cine, o Cine Volta ao Mun- cará é aberto a toda comunidade e que não estão em evidência. do e o Anime, que inseridos viçosense. André Laguna, co- O Cine Clube Carcadentro da progrmação do Cine ordenador da programação e do rá, é uma boa opção de lazer Clube, proporcionam um gran- grupo operacional do Cine Clube aliada a cultura. Fique ligado de conhecimento sobre cinema. Carcará, salienta a importância do na programação do Carcará. Saulo Rios
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Que tal assistir a um bom filme, sem pagar nada, e ainda entrar em contato com obras e títulos que muitas vezes não ocupam um espaço significativo nas salas de cinema convencionais? Muita gente não sabe, mas o Cine Clube Carcará, localizado no porão do Centro de Vivências da Universidade, proporciona essa experiência. Os Cine Clubes são espaços em que seus associados e freqüentadores tem a oportunidade de apreciar e discutir o cinema, não única e exclusivamente como objeto de entretenimento. O Cine Clube Carcará foi fundado no ano de 1969 em plena ditadura militar, com o objetivo de proporcionar um grande debate político, social e cultural, a partir da exibição de filmes. Já no ano de 2003, o Carcará passou por reformas e adquiriu a atual configuração com cadeiras, telão e equipamento de som. Hoje, o Carcará conta com uma programação extensa e diversa com filmes exibi-
(( entretenimento ))
“Subo nesse palco” TALITA AQUINO
tornem atores ou atrizes, mas se soltem mais, percam a inibição e se sintam com mais disposição a criar dentro da sua área, mais confiança e auto-estima”. Da mesma forma, a estudante Alexa Costa, acredita que fazer teatro é muito interessante, e verificou isso com os colegas da oficina teatral. “Pessoas tímidas e travadas evoluíram muito, mais auto-confiantes, sentindo-se capaz, com potencial. A autoaceitação também é muito importante, sempre ouvia alguém falando ‘Nunca me imaginei fazendo isso e eu posso’. Elas aprendem a se desinibir”, afirma. Luciano chama a nossa atenção para o fato de que mesmo o teatro sendo tão bacana, não é se pode esquecer da base: a disciplina. “No teatro a gente trabalha muito com a disciplina, e na vida profissional das pessoas, se elas não tiverem disciplina, concentração e cooperativismo não irão crescer”. E tudo isso como uma vivência que interfere
Eu não sabia. E você? O significado da expressão “quebre a perna” (break a leg) é muito tumultuado, alguns dizem que esteja ligado ao sentido de “leg” (perna), que se refere à parte lateral do palco onde ficam as cortinas ou a corda que as levanta e abaixa. Nesse sentido, o significado é a expectativa que os aplausos do público sejam tantos que levem o teatro abaixo. Ou que as cortinas sejam levantadas e abaixadas tantas vezes para os atores receberem os aplausos, que a corda acabe se quebrando. Mas na superstição teatral, desejar “boa sorte” atrai precisamente o inverso: o azar. O correto é desejar “quebre a perna”, conforme a tradição anglo-saxã.
até no cotidiano, segundo Alexa agora fica muito mais disposta para fazer as coisas, para estudar, depois dos ensaios. “É como um esporte. Me distraio da vida, solto meu corpo. Me faz muito bem!”. E quem ainda vai dizer
Reprodução
A cortina está fechada, as luzes apagadas ou em meio-tom. O barulho lá fora deixa as mãos suadas e um frio na barriga. Foi um dia todo de preparação e, antes dele, horas e mais horas de ensaio. Uma voz na coxia diz: “Quebre a perna!”. A partir daí, só o sorriso no rosto vai conter o turbilhão interior. A cortina se abre e dezenas de pessoas esperam, ansiosas, para viverem os sonhos que você está produzindo. Isso é o teatro... e ainda mais! Para quem trabalha com teatro a mais de 30 anos, essa representação artística é nada mais, nada menos, que a própria vida. O professor de teatro Luciano Cintra começou em Belo Horizonte onde praticamente vivia disso. Para ele o teatro “faz parte da formação, para que as pessoas na área acadêmica tenham também uma vivência na área cultural. Que seja pelo teatro, pela dança, pela música. Não que elas se
que não gosta de teatro? Fazer teatro distrai, diverte e ainda ensina um monte de coisas, como história, geografia, expressão corporal, literatura. Porque não entrar nessa também? Que abram-se as cortinas e “quebrem a perna”!
Sudoku: o quebra-cabeça do novo século BÁRBARA GEGENHEIMER
entre níveis de dificuldade: fácil, médio, difícil são os mais comuns, mas existem ainda etapas como “muito fácil” e “incrivelmente difícil”. Os mais mirabolantes envolvem letras e números e são chamados godokus. A diferença entre os níveis no sudoku está na quantidade de quadrados já preenchidos e na disposição dos números Para jogá-lo não é necessário utilizar cálculos ou conhecimentos matemáticos, entretanto é preciso ter raciocínio lógico e alguns minutinhos livres para pegar o jeito do jogo! O professor de matemática Plínio Balduino acredita que o sudoku é um passatempo que estimula a atividade mental, um verdadeiro exercício para o cérebro e em conseqüência disso, pode provocar melhoras no raciocínio lógico e são vantajosos para manter a memória. O estudante Jonas Silva pratica sudoku há 5 anos. Conheceu o jogo através de amigos e desde então passou a jogar durante os intervalos de aula. Ele
Bárbara Gegenheimer
O visual é sem graça e o nome menos chamativo ainda: sudoku, uma abreviação de “suuji wa dokushin ni kagiru”, que se aproxima no português de “dígitos devem permanecer únicos”! É um quebra-cabeça numérico que para praticá-lo, bastam apenas papel, lápis e muita paciência. Pode até ter um nome estranho, mas é uma brincadeira simples, econômica e divertida, e por isso, tem ameaçado a hegemonia de clássicos como as palavras-cruzadas, muito úteis nas horas vagas e principalmente na hora do recreio! Sudoku consiste em preencher uma grade de 81 espaços dividida em nove blocos. O objetivo do jogo é completar os espaços em branco com algarismos de 1 a 9, de modo que cada número apareça apenas uma vez na linha, grade e coluna. Nenhum número pode ser repetido e todos os números de 1 a 9 devem estar presentes. O jogador pode escolher
Paciência, concentração e raciocínio são essenciais para a prática do Sudoku
alega que sudoku é um jogo simples que prende a atenção e acredita que a partir do sudoku adquiriu mais facilidade para atividades que tem que decifrar códigos. Apesar de ser uma criação norte-americana, o jogo sudoku se tornou popular no Japão, onde os caça-palavras possuem uma barreira: os ideogramas (kanjis). O sudoku (ou “number place”, nos EUA) voltou ao mundo ocidental em 2004, quando o jornal britânico “The Times” decidiu publicá-lo na sua seção de “puzz-
les”. Hoje a mania se espalhou, sendo a Inglaterra o país mais viciado neste tipo de entretenimento. Como toda febre, sudoku se encontra em vários lugares e de diversos formatos: em jornais, jogos de celulares, internet. Nas bancas, os preços variam de R$ 1,99 a R$ 10. Diversos sites disponibilizam sudoku on-line e de graça. Para quem tem medo de ganhar mais um vício, Jonas serve como alerta. “De vez em quando eu enjôo, daí volto para a vida normal”.
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(( comportamento ))
O mal do século XXI atinge os jovens INÊS AMORIM
Inês Amorim
vidas pelo jovem, Competição. Essa além da falta de palavra define o organização do mundo em que vitempo: “quando vemos. Hoje em dia, os horários são orpara se estar inseriganizados e os jodo no mercado de vens fazem o que trabalho, não basta gostam sem altas ter ensino médio expectativas, as completo, precisa-se atividades fluem também que se tenha sem estresse, afidomínio de idiomas, nal os jovens têm conhecimentos de 7 dias para diviinformática, ensino direm tudo o que superior, pós-gradutêm para fazer. ação... E, para se torEnfim, o stress nar esse super profisacontece quansional que o mercado Falta de organização e excesso de atividades gera estresse para os jovens do não há pradia, diga-se de passagem), o jovem exige, desde cedo, a zer nas atividades criança começa a ser preparada. ainda tem a outra parte do seu dia e não por conta de acumulo, e, Não é raro conhecer completamente tomada por outras é claro que eles devem ter mocrianças e adolescentes que fazem atividades. Resultado: desde cedo mentos de lazer para relaxar”. curso de inglês, espanhol, infor- a pessoa desenvolve o que muitos Se você se identificou mática, alguma aula de música, especialistas já classificaram com com a matéria acima, fica a dica: além, é claro, de uma atividade o mal do século XXI: o estresse. organize seus horários, desenPorém, para a pedagoga volva atividades das quais gosta física. Não é raro também conhe- cer aqueles que façam tudo isso ao Simone Mendes, o estresse é re- e veja o lado divertido daquilo mesmo tempo. Ou seja, além da sultado da cobrança que é feita que se faz, afinal de contas, é do escola (que já toma boa parte do em cima das atividades desenvol- seu futuro que estamos falando...
Os problemas de uma espiadinha ZANA FERREIRA
Zana Ferreira
ma. Já uma aluna Sexta-feira, último horário, de outro colégio, estômago roncando e nada cujo método de de saber a resposta da últimemorização se ma questão da prova. Numa aplica, admite a situação dessas e até mesexistência da cola, mo em outras muito menos mas não explica complicadas, os alunos o porquê dela. adotam uma solução bem E é na hora da simples: colar. O ato de dar cola que a criatiuma espiadinha na resposvidade floresce. ta do colega às vezes vira Várias técnicas tão normal, que até mesmo são desenvolvidas nas questões que o aluno para enganar o sabe responder, ele prefere professor: escreconferir com o colega. Por Conferir a resposta dos colegas é um comportamento dos alunos ver em código na que será que isso acontece? carteira, escrever a professora do Departamento de A psicóloga Rita de Cás- Educação da UFV, faz avaliações resposta nas costas da cadeira da sia de Souza explica que o ato de em que os alunos podem colaborar frente, na borracha, na régua... E colar pode estar relacionado com a uns com os outros. Para ela, o co- para as questões fechadas, vários sensação de perigo e risco, a qual nhecimento deve ser compartilha- sinais com as mãos são bolados o adolescente gosta de experimen- do, pois assim se formar cidadãos. para manter um grupo de amitar. Mas ela ressalta que a cola é E isso pode ser compro- gos todos com a mesma resposestimulada principalmente pelo vado através dos próprios estu- ta. Mas, a psicóloga Rita lembra tipo de avaliação que é dada. “Em dantes. Um estudante de um colé- que quando a avaliação é seletigeral se utiliza um modelo de mui- gio de método rígido, afirma que va, como no caso do vestibular, ta memorização, quando a idéia na sua escola a cola não resolve. todos os cuidados devem ser todeveria ser interpretar, reelaborar. “Quem cola não passa aqui, você mados para que ninguém responNão repetir”, enfatiza. Rita, como tem que saber de verdade” afir- da o que não sabe de verdade.
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Viagem no tempo e na moda
FERNANDA MENDES
Uma loja, muitas roupas e várias épocas. Esse é o cenário de um brechó, um estabelecimento comercial onde se compram e vendem objetos antigos e usados. Em um brechó há todos os estilos e tendências, sendo possível encontrar desde artefatos de décadas passadas até roupas da moda, por preços baixos e acessíveis. A origem vem do século XIX, no Rio de Janeiro, quando um homem chamado Belchior criou a primeira loja de roupas e objetos de segunda mão. A procura por brechós vem aumentando nos últimos anos, principalmente por parte do público jovem. Enquanto alguns procuram uma maneira única de se vestir, sem se deixar escravizar por tendências, outros buscam um meio de gastar menos dinheiro com roupas e acessórios. É o caso da estudante Danielle Soares. Ela conta que já comprou muita roupa barata e de qualidade em brechós. “Bom que sobra dinheirinho pra ser investido em outras coisas, como baladinha”, diz. A proprietária de um dos brechós de Viçosa, Maria Inês, afirma que o local é freqüentado por todo tipo de pessoas. De acordo com ela o preconceito diminuiu e aquela idéia de que em brechó só têm coisa velha está acabando. Muita gente não sabe, mas além de ser uma opção barata de compra, para muitas pessoas o brechó é útil na hora de pagar as contas. Maria Inês lembra que muitos estudantes pagam suas despesas como, por exemplo, o xérox, com o dinheiro da venda de suas roupas esquecidas no armário. Para vender ou comprar, o brechó vem se tornando um opção freqüente dos jovens. Além disso, criar seu estilo com épocas diferentes é uma opção que não está disponvível nas lojas convencionais.
(( comportamento ))
Contrariando o senso comum PAULA CHAVES
questionar regras e crenças que eram naturalmente aceitas. Segundo a psicóloga Grasiela Gomide, não é possível generalizar o que leva a pessoa a ter esse comportamento de essência contraditória. “Em alguns casos pode ser uma dificuldade de lidar com as diferenças; em outros, o medo da rejeição fica mais evidente; ou ainda pode ser a forma que pessoa encontrou para ser percebida”, afirma Grasiela. Quando a pessoa dita “do contra” orienta sua v i d a objetivando unicamente ser diferente dos outros, ela deixa de
ter sua própria personalidade e passa a viver a partir da negação do outro. Ela torna-se uma pessoa inflexível, que raramente descarta sua opinião, tentando atribuí-la sem levar os demais em consideração. Porém, o “do contra” pode ter atitudes saudáveis. Muitas vezes ele prefere analisar as situações de outras perspectivas para só depois opinar ou agir de acordo com as soluções que encaixarem melhor em seus valores. M a theus Frossard, estudante do Ensino Médio, considera-se di-
ferente. Ele concorda com a frase “Toda unanimidade é burra” e age de forma coerente com seu estilo de vida. “Tento analisar as situações de todos os ângulos para não cair na alienação”, diz Matheus. Independente de ser “do contra” ou não, o interessante é ter conteúdo para poder argumentar com propriedade. Nem sempre o sensocomum vai estar certo, mas isso não quer dizer que ele estará sempre errado. Por isso, o objetivo não deve ser contrariá-lo, mas sim opinar e agir de acordo com nossos valores, sabendo ouvir e respeitar a opinião dos outros. Ilustração: Tim Gouveia
Você á leu a revistinha da “Turma da Mônica” em que o personagem “Do Contra” aparece agindo de forma completamente oposta aos outros? Assim como ele, as pessoas que se incluem no chamado contra-senso são geralmente apelidadas de “do contra”. É comum encontrá-las em diversas situações do cotidiano, como na escola ou no trabalho. N a adolescência esse tipo de postura é percebido mais facilmente, pois é nessa etapa que tendem a acontecer os conflitos pela busca da identidade. O adolescente passa a
Da brincadeira de casinha à realidade CAROLINA REIS Carolina Reis
“E depois de vestir o sapatinho em Cinderela o príncipe a tomou como sua esposa e eles viveram felizes para sempre.” Em algum momento da vida toda menina já pensou em encontrar um príncipe encantado como na história da Cinderela, da Branca de Neve, ou da Bela Adormecida. Tradicionalmente, o casamento desde a adolescência começa a fazer parte do imaginário uma garota, que já pensa na festa, nos enfeites e principalmente em seu vestido de noiva. Antigamente era comum casar ainda jovem, com 16-19 anos, mas atualmente a escolha de construir uma família acontece mais tarde. Mulheres optam pelo matrimônio quando chegam nas idades entre 25 e 30 anos. Isso ocorre, segundo a psicóloga Patrícia Santanna, por motivos mercadológicos. A mulher quer ser agente da história e passa a valorizar a questão profissional. Além disso, vê-se diante da di-
Mesmo numa sociedade moderna, muitos jovens ainda se interessam pelo casamento
ficuldade de construir e manter uma família e, por isso, planejam com cuidado a fim de enfrentar a vida conjugal e ter estabilidade para a provável vinda de um filho. E é dessa maneira que pensam a maioria das jovens. “Eu quero casar sim, acho que toda mulher pensa em casamento. Mas ela deve ser independente economicamente pra só depois casar”, conclui a estudante de 16
anos Patrícia Cunha. O casamento ocorre em duas esferas: a civil e a religiosa. Na esfera civil, o casal encontra estabilidade econômica e social concedida pelo contrato que ambos assinam. A importância da questão religiosa, aliada a cultura do país, dá-se pelo benefício que essa concede ao casal através da benção, garantindo que o casal possa viver na intimidade sem ofender a moral.
No entanto, é comum haver a união entre o casal sem o casamento. Patrícia Santanna acredita que isso acontece devido às relações familiares do mundo moderno: “ A educação dos jovens não é como antes. Os pais não ficam todo tempo com os filhos e a informatização (computadores, video games) afasta ainda mais os filhos dos pais, fazendo com que não haja muita relação entre os familiares e, com isso, o adolescente começa a traçar contravalores e pensar no por quê casar”. Desde antigamente o papel do homem na família é de provedor, o que explica que eles se casem com mais de 25 anos, além de ser o ponto onde são capazes de serem verdadeiros príncipes, mais maduros, aptos a ter mais responsabilidades, como as financeiras e administrativas. É a configuração feminina que teve mudança. Mas apesar de quererem casar com 20 ou 28 anos, o buquê e o vestido sempre estarão presentes nos sonhos das meninas.
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(( meio ambiente ))
O que você pensa sobre meio ambiente?
Renovar as
LUCIANA MELO E MÁRIO VÍTOR FILHO Leia abaixo o que algumas meTer consciência ambiental e saber o que ninas da mesma faixa etária que você fazer para preservar e proteger o meio disseram como resposta a pergunta: o ambiente é o que se espera de todas as que você pensa sobre meio ambiente? pessoas, principalmente dos adolescentes e jovens. A questão agora deixa de Thalita Rody Machado - 16 anos ser um assunto secundário e traz à tona “Ter consciência ambiental é quando discussões sobre a sobrevivência huma- cada um de nós fazemos nossa parna no planeta. Uma opinião superficial te respeitando o meio ambiente. Não não é mais aceitável e ações concretas acho que as pessoas tenham que dedicar com resultados efetivos se tornaram in- todo seu tempo a uma conscientização dispensáveis. em massa, desde que tente influenciar Inúmeras empresas já percebe- ao menos aqueles que são próximos. A ram isso e seja por modismo ou não, educação deve começar a partir de coicriaram setores ou departamentos desti- sas básicas como, por exemplo, não jonados a preservação do meio ambiente. gar cigarros acessos próximo a áreas de A moda da responsabilidade social ago- risco de incêndio, ou mesmo jogar lixo ra é apresentada com um novo nome, no cão ou evitar a compra de produtos responsabilidade sócio-ambiental. que possuam embalagens que demoram Nessa edição do Jornal OutrO- a decompor.” lhar, fomos às ruas ouvir vocês jovens Dhiuliene Borges Alves - 18 anos e saber o que a juventude pensa sobre meio ambiente, além de descobrimos o que vocês tem feito sobre esse assunto.
LUCIANA MELO
“A consciência ambiental parte mesmo da formação dentro de casa, pois acredito que na maioria das vezes os filhos seguem o exemplo dos pais, ou seja, se você adquiriu uma consciência ambiental na sua formação é muito mais provável que isto faça parte da sua vida, pois por força do hábito você vai fazer o que é certo. Por mais que se saiba que não se pode conscientizar o mundo fazendo nossa parte talvez nós estejamos dando o exemplo para que cada vez mais pessoas façam também.” Tâmara Dayane Silva - 15 anos “Quem tem consciência ambiental não joga lixo no chão, evita a poluição, ou seja, respeita o meio ambiente. Eu acho que faço a minha parte, apesar de saber que nem sempre tem essa oportunidade, como é o caso da coleta seletiva em viçosa, que não existe na maioria da cidade. Tento transmitir aquilo que sei, às vezes puxo a orelha de alguns que jogam lixo no chão tendo um lixo logo do lado.”
Sabe este jornal que você est gurando agora? Pois é, com c za o papel que propiciou sua dução e de vários outros tem a de sua matéria-prima na celu Por isso é importante nos tionarmos sobre a importânc reflorestamento. Será que c guiríamos suprir de outra form benefícios do uso desse recurs tural que é madeira de outra fo Que a preservação matas nativas é fundamental o meio ambiente todos sabe mas qual é o papel do refl tamento nesse processo c co em que vive nosso pla O reflorestamento prática de se replantar ár nativas em áreas onde ante mente existiam florestas e cies vegetais. Quando o plan feito através de espécies exó ou seja, aquelas não encont na região anteriormente, o cesso é nomeado florestam A recuperação de
Saiba o que se de ARAMIS ASSIS
Reprodução
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As pilhas e baterias são um grave problema ambiental por serem consideradas lixo químico altamente perigoso. Quando descartadas inadequadamente, como em lixões ou aterros sanitários, elas liberam componentes tóxicos, causando sérios danos ao meio ambiente, contaminando o solo, cursos d’água, lençóis freáticos, etc. Devido aos componentes tóxicos (cádmio, chumbo e mercúrio) as pilhas podem afetar também a qualidade do adubo obtido na compostagem do lixo orgânico e sua queima em incineradores liberam esses resíduos nocivos à saúde humana. Esses metais pesados entram na cadeia alimentar e se acumulam nos organismos das pessoas. Segundo o engenheiro agrônomo Luiz Eduardo Gomes, professor da UFV, os elementos tóxicos contidos nas pilhas e baterias podem afetar a saúde humana de várias formas, como no caso do mercúrio. Altos teores
de mer cérebro mento distúrbi
(( meio ambiente ))
s florestas é uma questão de responsabilidade ambiental supostamente perdidas através do plantio ou replantio de árvores, é
uma importante alternativa para o combate do aquecimento global.
Em sua fase de crescimento, as árvores demandam Luciana Melo
tá secertea proa base ulose. quescia do consema os so naorma? o de l para emos, florescaótianeta? é a rvores eriorespéntio é óticas, tradas promento. áreas
As áreas submetidas a processos de reflorestamento através de plantas exóticas podem comprometer o meio ambiente e as espécies nativas
eve fazer com pilhas e baterias usadas
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rcúrio podem prejudicar o o, o fígado, o desenvolvidos fetos e causar vários ios neuropsiquiátricos.
Uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) publicada em 1999, proíbe o lançamento das
pilhas e baterias em desuso ao céu aberto, tanto em áreas urbanas como rurais, além da queima desses materiais a céu aberto ou em equipamentos não adequados e seu lançamento em cursos d’água, praias, manguezais, terrenos baldios, etc. Elas devem ser entregues, após o uso, aos estabelecimentos que as comercializam ou à rede de assistência técnica autorizada pelas indústrias. Em Viçosa, existem alguns pontos de recolhimento de pilhas e baterias usadas. O Projeto Reciclar, que funciona no Centro de Ensino e Extensão da UFV, e as lojas que comercializam aparelhos celulares são locais que recebem estes produtos. Segundo a vendedora de uma rede de lojas de celulares Karine Domingues Rodrigues, menos de 1% do que é vendido em Viçosa é devolvido para as lojas. Descartar bateriais e pilhas em lugares autorizados diminui os impactos negativos causados ao meio ambiente e ao ser humano.
uma quantidade de carbono significativa para se desenvolver e acabam tirando esse elemento da atmosfera, porém quando morrem, em seu estado de decomposição, liberam o gás carbônico que acumularam durante toda suas vidas. Mas existem processos que podem amenizar esse efeito “colateral”. Quando retiramos de uma floresta uma árvore adulta, sem esperar que a mesma apodreça, podemos adiar a liberação de CO2. Na fabricação de móveis, por exemplo, o carbono que iria para a atmosfera se mantém aprisionado na madeira por muito mais tempo, até que ele seja descartado. É o que afirma o Engenheiro Florestal e professor da Universidade Federal de Viçosa Haroldo Nogueira de Paiva. Ainda existem alternativas para que o nosso planeta se desenvolva sem o destruirmos, basta utilizarmos de forma responsável os recursos que temos em nossas mãos.
Conheça a vegetação de nossas florestas Cerrado: 19,94%
Campo: 6,60% Campo cerrado: 2,56% Cerrado Stricto Sensu: 9,48% Cerradão: 0,61% Veredas: 0,69%
Mata Atlântica: 10,33%
Campo Rupestre: 1,05% Floresta Estacional Semidecidual: 8,90% Floresta Ombrófila: 0,38%
Caatinga (Floresta Estacional Decidual): 3,48%
Fonte: IEF Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais
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(( cidade ))
Viçosa tenta melhorar a imagem turística do Cristo DIEGO ALVES
O passo inicial é promover o plantio do terreno, que se encontra em estado de degradação, no intuito de promover a preservação ambiental. “É necessário fazer o plantio do terreno, que se encontra sem vegetação, e o cercamento do local, para que a área seja delimitada e possamos ter um melhor controle. Depois dessas primeiras medidas, iremos construir as outras instalaPrefeitura de Viçosa tenta atrair um maior número de visitantes ao Parque Municipal do Cristo Redentor ções”, completou a construção desse Parque Muni- controladas por guaridas. Com chefe do Departacipal do Cristo pode trazer mui- certeza a comunidade viçosen- mento de Meio Ambiente. tos benefícios para a população. se poderá usufruir dessas de- Com o término da cons“Nós estamos buscando recursos pendências”, explica Edivânia. trução, a expectativa é de que no Ministério do Turismo para A intenção do Depar- o parque possa reverter a má concluir as obras. O local con- tamento de Meio Ambiente é re- fama adquirida e que o Cristo tará com pista de skate, quadra tomar as obras antes do término Redentor possa receber de brapoliesportiva, além de entradas do primeiro semestre desse ano. ços abertos os seus visitantes. Diego Alves
Através do Projeto de Lei nº 1450, instituído em 2001, foi implantado em Viçosa o Parque Municipal do Cristo. O parque fica localizado entre os bairros Bom Jesus e Bela Vista, em um ponto alto, para que a imagem do Cristo Redentor sirva como uma espécie de proteção para cidade. Porém, o que era para ser um ponto turístico, se tornou um local perigoso, de difícil acesso e circundado pela criminalidade. Um dos fatores que propiciam a formação desse cenário é a demora na construção de toda a obra. Além da bela imagem do redentor, o projeto prevê uma área de lazer, praça de alimentação e outros atrativos. A chefe do Departamento do Meio Ambiente da Prefeitura Municipal de Viçosa, Edivânia Rosa Evangelista, é uma das idealizadoras desse projeto, que é uma parceria entre a Prefeitura, a ONG Ambiente Brasil e o Instituto Estadual de Florestas (IEF/MG). Segundo Edivânia, a
Inovação e progresso esperam por você JOSÉLLIO CARVALHO
Joséllio Carvalho
De acordo com o SecreO futuro de Viçosa são as tário de Desenvolvimento, empresas da cidade. Mas Ciência e Tecnologia de por que você precisa saViçosa, Carlos Floriano de ber disso? Ora, você tamMoraes, é muito importante bém é o futuro de Viçosa! que o jovem se interesse pela Pense bem: a maioria dos economia municipal. “A nosuniversitários chega ao sa cidade é cheia de jovens município, estuda, se fortalentos. Elas só vão emboma e vai embora. Por isso, ra porque não encontram é bom que você se ligue oportunidades. Mas isso está no que acontece na ecomudando: hoje a pessoa tem nomia local. que observar, pesquisar e in A juventude reterpretar o mercado da cidaconhece que o cenário de. A partir dessa análise, o econômico aqui ainda jovem deve procurar se espenão é favorável. “A cicializar nas áreas com mais dade tem poucas opordemanda de profissionais”, tunidades aos futuros afirma o Secretário Moraes. profissionais. Por isso, Viçosa, por exemplo, muitos vão para cidades No futuro, as empresas de Viçosa terão que se organizar em APLs para ter sucesso no mundo comercial possui vagas para postos os Arranjos Produtivos Locais dentro de um mesmo espaço geocomo Belo Horizonte, Rio de inovação tecnológica. de Janeiro, Juiz de Fora, entre (APLs) de Apicultura e Café. A gráfico. Os APLs e Pólos mantêm Por isso, é importante se adaptar outras, com o objetivo de conse- cidade também é sede dos Pólos vínculos de articulação, interação, para não ter que sair da cidade guir um emprego de acordo com de Excelência em Biotecnologia, cooperação e aprendizagem entre em busca de emprego ou ficar o que quer”, argumenta Mariana Florestas e Tecnologia da Informa- si, contando também com apoio de desempregado. Basta procurar de Santis, aluna do 3º ano do En- ção. Eles formam a união de vá- instituições locais como governo, informações sobre as áreas mais sino Médio do Colégio Carmo. rias empresas que trabalham com associações empresariais, institui- requisitadas da cidade e correr Em Viçosa, existem os mesmos produtos e/ou serviços ções de crédito, ensino e pesquisa. atrás. Você é quem vai ganhar!
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(( cidade ))
PROERD diminui a criminalidade entre os jovens VAGNER RIBEIRO
com os alunos especiais. São três turmas da APAE. “As crianças especiais tem uma capacidade de aprendizado incrível. São pessoas com idade mental diferente das demais, mas que vem tendo grande aceitação e participação.” Afirma a soldado Fabiana, que também é responsável pelo programa. Nas aulas, são explicados desde os efeitos das drogas até o valor cidadão utilizados no combate às drogas. O policial responsável pelas aulas do programa, além de passar por um curso preparatório, é um voluntário que tem alguns critérios analisados conduta ética, moral e profissional. O Proerd viçosense completa um ano em agosto. A meta atual é atingir a formação de mil alunos por semestre usando a prevenção como principal foco de combate ao uso de drogas. Montagem: Vagner Ribeiro
Formação através do ensinamento de valores como a cidadania e a amizade. É o que o Proed faz nas escolas de todo o país. Trabalhando sobre os pilares da família, escola e polícia militar, o Programa Educacional de Resistência às Drogas, implantado a menos de um ano em Viçosa, já colhe resultados expressivos. Criado nos EUA para diminuir a incidência de jovens na criminalidade, a resposta é repetida em várias cidades do Brasil. “No início, os alunos que começaram tinham certo receio com os professores do curso que vão sempre fardados às escolas. Mas com o passar do tempo nos tornamos muito próximos dos es-
tudantes, participando ativamente da vida e dos problemas deles”, explica a cabo Medina, uma das responsáveis do projeto em Viçosa. Atualmente o programa é aplicado em 37 turmas da rede pública municipal e estadual da cidade para alunos da quarta e
quinta série do ensino fundamental. Nas comunidades em que as crianças participam do projeto, observa-se não só à diminuição do número de usuários de drogas, mas também a redução da criminalidade em geral. A novidade do programa viçosense é o trabalho
Telefone permite o combate a violência com privacidade PABLO PEREIRA
Pablo Pereira
uma cidade como Viçosa, Você fica sabendo sopois nosso trabalho é feito bre um fato ilegal perbasicamente das denúncias to de sua casa. Porém da população. É importante você tem medo de contambém os jovens se constar para alguém e se encientizarem com relação ao volver em um ambiente trote, que atrapalha muito o perigoso. O que fazer? serviço, podendo fazer com Para solucionar que a Polícia perca segunestes casos é que foi criados preciosos e fatalmente do o Disque-Denúncia. O atrase o salvamento de uma programa é a ferramenta vítima”, ressalta o militar. atual mais eficaz no com Para que haja redução bate à violência do Estado. da violência, é necessário Através do número 181, a encontrar os criminosos. É Polícia recebe ligações aí que você entra. Quando 24 horas por dia sobre uma pessoa liga e denunpossíveis ações criminocia, ela está tomando uma sas a serem investigadas. atitude de cidadania no Porém, o sersentido de auxiliar a poviço é pouco difundido O ‘181’ é usado para investigações mais detalhadas; mas em casos de urgência, o ‘190’ é o mais adequado lícia a combater o crime. mas perguntas sobre o fato apenas onde a chamada está sendo feita. na população, que ainda O Disque-Denúncia é o elo Segundo o cabo Welling- entre você e as autoridades. É o não conhece seu funcionamento para melhor apuração da polícia e por completo. O processo se dá nunca perguntará algo que possa ton da Silva, a Polícia Militar instrumento que deve ser utilida seguinte maneira: o cidadão identificar quem está ligando. Para viçosense recebe cerca de 30 li- zado pelo povo para fazer valer faz sua denúncia por telefone e é garantir o sigilo absoluto, o Dis- gações por mês, o que é muito seu direito à segurança e à paz. ouvido por um profissional espe- que-Denúncia tem um sistema de pouco se comparado ao número Você não precisa dizer seu cialmente treinado para esse tipo criptografia que impede o rastrea- de delitos. “Uma denúncia por nome. Basta dizer o que você sabe. de atendimento. Ele irá fazer algu- mento do número do telefone de dia é um número baixíssimo para Por isso, seja cidadão e ligue 181.
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(( esporte ))
A busca do equilíbrio nas artes marciais MARISTELLA PAIVA
al, o físico e o mental, através dos movimentos, fazem a gente chegar no ponto de equilíbrio”. De acordo com o treinador e atleta da LUVE de Karatê, Magno Yamaguchi, esses são os princípios
Maristella Paiva
fessora de Taekwondo na UFV, Disciplina. Respeito. AutocoMariane Barreto, que afirma que a nhecimento. Tranqüilidade. Para prática do esporte a auxilia na conquem não sabe, esses são alguns quista de uma maior autocontrole dos benefícios que as artes marprincipalmente nas competições ciais, bem usuais no Brasil, poque participa, ajudando no condem proporcionar. Pratrole do corpo e ticar karatê, judô, kung na concentração. fu, taekwondo, dentre Esses esporoutros, acaba integrantes hoje em dia do o corpo e a mente, são encontrados trazendo resultados de norte a sul do físicos e espirituais. Brasil, sendo que Existe, portanpessoas de várias to, uma estreita relação faixas etárias, entre as artes marciais desde crianças e as filosofias orientais de cinco ou até que se tornam visíveis senhores de 80 a partir de sua prátianos podem praca. Isso ocorre já que ticá-los. E com esses esportes em sua o propósito de maioria foram invenauxiliar na bustados como forma de A prática do esporte Taekwondo auxilia no físico e na mente dos alunos. ca pela perfeição combate à guerra, em do movimento e que não eram utilizadas armas das artes marciais que acabam do autocontrole, as artes marciais e no qual a disciplina e a hierar- não diferindo muito entre elas. proporcionam um estilo de vida e quia eram seus principais pilares. E esses aprendizados a aprendizagem da auto defesa, de “Conseguir juntar os podem auxiliar no dia-a-dia dos maneira a melhorar em todos os três pólos que são o espiritu- praticantes. Um exemplo é a pro- aspectos a vida de quem o pratica.
Sem tocar o chão ou apoiar nas beiradas MÔNICA BENTO
Alino Borges, responsável pelo time pode ficar no máximo 35 Serviço de Esporte e Lazer da segundos com a bola antes de UFV, o pólo aquático foi uma atirá-la a gol. Por exigir tanto das primeiras atividades des- dos atletas, cada partida de pólo portivas da Universidade, sendo aquático é dividida em quatro praticado até mesmo na repre- períodos curtos, de sete minutos, sa. O esporte, entretanto, não é sendo que o cronômetro só conta muito conhecido ou divulgado. o tempo de bola em jogo. Para Daniel Veiga Dias, A prática do pólo aquátitreinador da equipe da LUVE (As- co proporciona melhorias respirasociação Atlética Acadêmica da tórias e é um ótimo exercício físiUFV), o pólo aquático é um espor- co. Por isso é recomendado para te completo e desafiante, uma vez todas as idades, seja para quem que os atletas não podem encostar quer se profissionalizar ou para os pés no chão nem se apoiar nas quem procura apenas se divertir! bordas da piscina, e só se deve dominar a bola com uma das mãos (apenas o goleiro pode encostar as duas mãos na bola). Além disso, cada Equipe da LUVE treina pólo aquático nas noites de terça e quinta.
Mônica Bento
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Jogadores na área, a bola passando, batendo na rede e marcando um gol. Futebol? Handebol? Não, Pólo Aquático! Esse esporte surgiu na segunda metade do século XIX, em Londres, e os primeiros registros de suas regras são de 1876. O “water pólo”, como era conhecido, chegou ao Brasil no começo da década de 1910, sendo que o primeiro jogo internacional da equipe brasileira aconteceu em 1919, na Baía de Guanabara, quando o Brasil venceu a Argentina. A Baía de Guanabara não é uma piscina, certo? E essa é uma das características do pólo aquático: ele pode ser praticado em ‘águas livres’, ou seja, represas, rios, e até mesmo no mar. Para competições oficiais, no entanto, são utilizadas piscinas com medidas pré-estabelecidas. São 20 metros de largura por 20 de comprimento, e com pelo menos dois metros de profundidade. De acordo com Mário
O futebol e sua história emViçosa ANA PAULA NUNES Que o futebol está presente na vida dos brasileiros, isso ninguém pode negar. Mas, o que poucos sabem é como ele surgiu aqui em Viçosa. A prática dessa modalidade começou em novembro de 1906 e entre seus praticantes estavam Luiz Lopes Gomes (Lulinha), Randolpho Sant’Anna, João Simplício Lopes (Joãozico), Luiz Megale e Pedro Galvão. No entanto, esses viçosenses só foram conhecer as regras do futebol quando o Sebastião Ramos Castro veio de Ubá, em dezembro de 1906, para ensiná-los. Bem, depois de conhecerem as regras do jogo os praticantes resolveram formar o primeiro time da cidade, o “Foot-Ball Club Viçosa”. Muitos dos jogadores desse primeiro time viçosense ajudaram com a fundação do segundo clube da cidade, o “Destemido Viçosense Foot-Ball Club”, em 1913. Hoje, Viçosa possui além dos muitos times não registrados que jogam aos finais de semana, duas ligas desportivas em funcionamento: a Liga Esportiva de Viçosa (LEV) que foi fundada em 1960, mas oficialmente registrada em 1979, e a Liga Municipal de Desportos de Viçosa (LMDV) formada em 1997. Segundo José Mario Rangel, jornalista e presidente da Liga Esportiva de Viçosa de 2000 a 2004, o futebol em Viçosa sempre passou por crises, principalmente, por questões políticas. E, mesmo com essas dificuldades, o futebol viçosense já teve sua fase de glória, especialmente, na década de 70 quando participou de campeonatos de maior destaque. Mas, como qualquer outro esporte, o que o mantém vivo é a paixão daqueles que o praticam.
(( esporte ))
Quando o obstáculo é bem vindo GABRIELE MACIEL
Henrique Garcia, de 16 anos, co- rar os limites”, conclui. nheceu o esporte depois de assis- Mas não vá sair por aí tir um vídeo na Internet, quando passou então, a praticá-lo. Depois de dois anos, ele destaca que a pratica do Parkour trouxe benefícios não só para sua saúde, mas também em sua vida pessoal. “O parkour me ajuda a superar as barreiras que encontro na minha vida também. Eu sempre penso que eu posso ir além, supe- O Le Parkour transforma qualquer caminho em praça de esporte
Gabriele Maciel
Se você acha que é coisa de filme de ficção um homem saltar de um prédio a outro, ou escalar paredes, é porque não conhece o Le Parkour (palavra inspirada no francês parcour, que significa percurso). O esporte que mais cresce entre a garotada, utiliza-se de elementos urbanos como corrimões, escadas e muros, ou qualquer outro obstáculo que se ponha no caminho, como instrumento para sua prática. Apesar de ser pouco conhecido aqui em Viçosa, o esporte existe desde a década de 80, quando o francês David Belle resolveu levar para as ruas da França as técnicas de salvamento dos bombeiros e dos combatentes da Guerra do Vietnã, que seu pai, bombeiro e ex-combatente, havia lhe ensinado. Foi por causa da Internet e de alguns filmes como “13º Distrito”, onde Belle apareceu transpondo barreiras, que o Parkour se tornou conhecido nos quatro cantos do Mundo, conquistando muitos adeptos. O estudante Lydson
escalando paredes! Antes, é importante que haja muito treino e dedição para que você consiga fazer os movimentos de forma segura. E foi pensando no aperfeiçoamento da prática do esporte que Júlio de Andrade, 20 anos, fundou a Free Spirit, primeira equipe de Parkour de Viçosa, que aos domingos se reúne na UFV para treinar. Assim, para evitar tombos e escoriações, Júlio ressalta que o Parkour deve ser praticado com cautela e de modo a respeitar os limites do corpo. Apesar dos perigos, os parkours, apaixonados por adrenalina, continuam ousando e experimentando cada vez mais na busca por movimentos e saltos mais altos e mais difíceis de se fazer. Qualquer semelhança com o famoso personagem do Homem Aranha, não é mera coincidência. Quer praticar? É só procurar os meninos da Free Spirit aos domingos, às 16h. Eles se reunem no Centro de Vivência.
Escolinhas de futebol: aula dentro e fora de campo MARIANA AZEVEDO
além dos escanteios e chutes a gol. No projeto “Formando Craques”, cujas atividades são realizadas no distrito de São José do Triunfo, ocorrem constantemente palestras de conscientização sobre assuntos que vão desde a importância do estudo aos perigos do alcoolismo. Para o coordenador geral, Antônio Elias Cardoso, tão importante quanto ensinar o futebol é repassar para os jovens valores que eles levem para fora dos gramados. E, segundo ele, os seus esforços têm dado resultado: “os garotos que participam do projeto não brigam e não se en-
Felipe Menicucci
O sonho de nove em cada dez garotos brasileiros é ser jogador de futebol e, mesmo em cidades menores como Viçosa, não poderia ser diferente. E é atrás desse sonho que muitos garotos procuram as chamadas escolinhas de futebol. Na cidade existem, apenas entre as que funcionam com voluntários, mais de dez projetos que treinam e ensinam as táticas e técnicas do esporte para crianças e jovens. Apesar do sonho da maioria dos garotos, com a concorrência cada vez mais acirrada, a chance de se tornar profissional vem para pouquíssimos. Mas nem por isso o trabalho das “escolinhas” perde a importância. As lições desses grupos vão muito
Entre uma jogada e outra, crianças aprendem lições para a vida.
volvem com nada de errado na comunidade”, conta com orgulho. O coordenador do “Viçosa Esporte e Lazer” (VEL), conhecido como Duca, também dá testemunho de como esse envolvimento com o esporte muda o comportamento e o destino de muitas crianças. Duca conta que vários pais já foram agradecer a ele pela mudança de comportamento dos filhos, e que já houve casos em que a criança abandonou companhias perigosas e caminhos duvidosos para freqüentar os treinos do VEL. E para ele essa é a melhor recompensa e a maior motivação . E é o trabalho de voluntários como Duca, Antônio Elias, e tantos outros, que tornam possível que as atividades dessas “escolinhas” sejam gratuitas, ou tenham apenas taxas simbólicas de manutenção, possibilitando o acesso de todas as classes sociais ao esporte e a diversão, que socializam e integram. São verdadeiras escolas de vida, que formam não apenas craques, mas acima de tudo cidadãos.
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(( entrevista ))
A capoeira de Garnizé ensina respeito e cultura afro FERNANDA TORQUATO
Quando criança, Luis Carlos Vitor, o Mestre Garnizé, ganhou um livro que ensinava os
Fernanda Torquato
contato com uma roda de verdade. Desde 2003 todas as esco O episódio foi o seguinlas públicas e particulares são te: naquela época, vendendo piobrigadas por lei a ensinar colé nas ruas, escutou outro os conteúdos relacionados à moleque dizer que ia parar história e à cultura africana. de vender picolés mais cedo, Os alunos deveriam para ir para a capoeira. Esaprender sobre o continente afriperto, seguiu o menino e nacano, seu povo, suas lutas no Braquele dia espreitou a roda por sil, contribuições na formação uma janela, a partir daí, se da nossa sociedade e, sobretudo, apaixonou e começou a prasobre a cultura negra brasileira. ticar capoeira todos os dias. Cinco anos depois, Aos dezoito anos, passou ainda existem muitos alunos a freqüentar o grupo de capoque ainda não conhecem as eira da Universidade Federal contribuições dos descendentes de Viçosa e em 1982, com 22, de africanos para a construção se tornou o mestre desse gruda história e sociedade do Brapo e professor no Colégio de sil. Principalmente pela falta Viçosa. Chegou a ser nomede material específico e de proado diretor da Liga Univerfissionais que conheçam bem sitária Viçosense de Esportes essa parte da nossa história. - LUVE, mas percebeu que Mas enquanto o goa sociedade precisava dele. verno não resolve o proble- Mestre Garnizé reparte o que a capoeira o ensinou Foi então que, em noma, Mestre Garnizé faz a sua vembro de 1982, fundou a parte: ensina capoeira, respei- movimentos da capoeira. Mas foi Associação de Capoeira Guerreito e tradições da cultura negra. aos treze anos, que teve o primeiro ros de Zumbi onde, até hoje, en-
sina os jovens de Viçosa a lutar capoeira, respeitar ao próximo e a manter viva a cultura negra. Nas aulas, o mestre busca oferecer uma formação cultural e cidadã através do que ele sebe de melhor: jogar capoeira. Faz questão de que todos os seus alunos estejam matriculados nas escolas e indo bem nas aulas. Quando quer dar algum recado ou advertência prefere usar a música, acredita que assim os alunos entendem melhor o que ele quer dizer. Algumas músicas falam sobre temas da história de nosso país, como a Guerra do Paraguai; outras, sobre amor e valentia. Para o mestre, a música além de educar, cumpre o papel de preservar a cultura. Além da capoeira também são oferecidas aulas de maculelê, samba de roda, dança afro e encenadas peças, que narram a história de nosso país, como o “boi da mata” e a “puxada de rede”.
Ser Doutora nem sempre é prazeroso DÉBORA BRAVO
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OutrOlhar: Como foi a sua formação de graduação na Engenharia? Maria Cristina: Desde criança a gente escutou a questão de excelência, sair bem nos estudos, fazer as atividades mais difíceis, se destacar em tudo. Eu lembro
que quando fui fazer vestibular, meu pai escolheu o curso. Eu fiz o curso sem pensar muito no que estava acontecendo, preocupada em estudar e tirar nota alta. Foi automático, o meu objetivo era atender a expectativa familiar. Passei pela graduação, formei e subentendiase no meu tempo (em 94) que eu faria mestrado.
cansada. Fui fazer doutorado na Unicamp, em 97, então, percebi que fazia sem gostar do meu tema. Em 2000 que eu comecei a manifestar sintomas de depressão. Um ano depois fui me sentindo desanimada, cansada, chega uma hora que você não consegue mais fazer nada, perde a vontade.
OO: O que a levou a abandonar a Engenharia de Alimentos? MC: Terminei o mestrado no final de 96, aí comecei a mudar fisicamente, comecei a emagrecer, a comer muito pouco, a fumar muito. Aquela vida que eu levei concentrada em estudos, na engenharia (detalhe que eu Maria Cristina se descobriu no Yoga sempre detestei matemática), e depois no mestrado, quando fui OO: Como e quando começou a defender a tese, que percebi que se interessar pelo Yoga? eu tinha perdido um pouco do in- MC: Voltei pra Viçosa, licenteresse por aquilo tudo e estava ciei do doutorado por motivo de
saúde, e um amigo me sugeriu a fazer Yoga. Comecei a praticar e gostei. Gostei de uma forma mais profunda, pela primeira vez senti prazer em alguma coisa que eu fazia. Antes de estudar o Yoga, eu fui terminar o doutorado, defendi minha tese e fui direto para Ouro Preto para o curso que havia começado. Comecei a estudar o Yoga mais voltado para a meditação. Depois fui estudar o Shiva Yoga, que era fundamentada na filosofia indiana. Emerson Rodrigues
Quem não sonha em ter um pósdoutorado em seu currículo? Muitos pensam que essa titulação é almejada por todos. Mas, será que é assim mesmo? Não é todo mundo que sonha em ter um “Dr.” na frente do nome. Muitas vezes a qualidade do profissional não está na titulação, mas sim na dedicação e no amor a profissão. Maria Cristina é um exemplo claro de que só titulação não é motivo para felicidade. Ela é pós-doutora em Engenharia de Alimentos e largou todo o estudo para se dedicar ao Yoga.
OO: Para você, quais são os efeitos mais importantes na prática do Yoga? MC: Em primeira instância reduz a ansiedade, o estresse mental, é o efeito principal que as pessoas notam com pouco tempo de prática, a consciência corporal, aumento da capacidade respiratória e da flexibilidade muscular.
(( entrevista ))
“Aprender um instrumento tem começo, não tem fim” PATO DOMINGUES
Pato Domingues
Segunda-feira, umas cinco da tarde. Estou sentado em frente ao nº 452 da rua do Leão, ao lado de Marcos Andersen, 24, que também esperava Antônio de Pádua Gomide, 53, de quem é parceiro e pupilo na arte da luthieria. Marcos me falava da sua recente incursão no ramo quando, de repente, dobra a esquina um fusca azul. “Ó ele chegando aí”. Do fusquinha celeste desce um senhor de semblante tão sério quanto a voz que me atendeu ao telefone algumas horas antes. Muito simpático, o Pati, como é conhecido, logo me convida para entrar. Já em sua casa, enquanto alimenta seus peixes, Pati me conta está em Viçosa a 38 anos e que o interesse por fabricar instrumentos musicais nasceu em 80, quando começou a dar aulas de violão para jovens. Inconformado por alguns
alunos abandonarem a música por de Instrumentos Antigos em São construir violões utilizando apecausa de violões inadequados João Del Rey, que foi o primeiro nas árvores plantadas, sem extrair para o aprendizado, ele começou da área no Brasil (risos)”. madeira nativa. fazendo apenas pequenos ajustes. É com orgulho que Pati Porém, o adiamento não “Os pais acham que devem com- fala de seu mestre e amigo, Ro- o impede de continuar com suas prar um instrumento baraações para preto para o filho porque ele servação das ainda está iniciando, mas florestas. “Chea qualidade é tão ruim que ga a ser imoral os alunos se sentem deseso que o dinheiro timulados a aprender”. e as indústrias Pati, que desde 90 – principalmenparou de dar aulas de múte as de móveis sica para dedicar-se apenas – têm causado à construção de instrumenàs florestas. Pra tos, admite que prefere toter uma idéia, car do que fazer violões, depois que a tv sua especialidade. “Eu até passou de uma faço cavaquinhos, violas, Pati, que planta árvores para colher a arte, tratando a madeira dos violões reportagem somas gosto mesmo é de violão. É o berto Gomes, “o maior luthier bre madeiras nobres, em 96, teve que eu gosto de tocar.” do mundo”, com quem divide o um monte de gente derrubando Foi após um curso de projeto-sonho da Companhia do jacarandá do quintal e batendo na férias que passou a confeccionar Violão Ecológico. Sem esconder minha porta. Sem documentação minuciosamente instrumentos o desgosto pelo fato do projeto eu não compro. Uso madeira da artesanais. “Fui o primeiro a me de ter sido por ora adiado, ele re- demolição de casas e estou semformar no Curso de Restauração vela que a idéia da Companhia é pre plantando minhas mudinhas”.
O que vou ser quando crescer? TATIANA DUARTE
OutrOlhar:Quando você estudava no ensino médio, você já pensava
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O mercado empreendedor já não tem mais limites de idade. Hoje em dia, o jovem que decidir ser um empreendedor verá vários outros iguais a ele. O mercado de trabalho rejuvenesceu. O programa de televisão “O Aprendiz”, apresentado pelo empresário Roberto Justus, busca encontrar jovens talentos para trabalharem na empresa do apresentador. Fato marcante no programa é que a maioria dos participantes tem entre 20 e 35 anos. Com apenas 24 anos, Mariana Reis, já era diretora executiva de uma empresa de energia. Natural de Porto Alegre, RS, foi a segunda colocada do reality show “O aprendiz 4” e com sua dedicação e experiências anteriores chegou tão longe na competição.
Mariana, durante “O Aprendiz”
no seu futuro profissional? M.R:Mesmo no ensino médio já me lembro de planos que fazia para meu futuro. Além da escola, procurei cursos extra-curriculares. Ler muito! Sempre! A leitura engrandece o homem. Fora isso, procurava atividades que me colocavam em contato com pessoas diferentes do meu círculo social o que ajuda no futuro a tratar com todo o tipo de situações e facilita
o aumento de sua rede de relacionamentos. OO:Que conselhos você dá para os estudantes que acham que atingir seus objetivos parece ser impossível? M.R:Auto-confiança e força de vontade. Temos, no Brasil vários casos de pessoas que saíram de classes sociais baixas, com poucas perspectivas e muitas dificuldades, e hoje são grandes empresários no Brasil. E por último, disciplina. Independentemente se estamos falando de estudos ou trabalho, a disciplina ajuda-nos a alcançar mais facilmente nossos objetivos. OO:Como você diferencia O Aprendiz de outros Reality show’s? O programa pode inspirar os jovens? M.R:São pessoas diferentes tendo que vencer desafios novos todos os dias. Cobrança o tempo todo.
Os jovens podem avaliar as atitudes dos participantes e pensar como fariam se estivessem no lugar deles. OO:Como você avalia o ditado “no pain, no gain” (“sem esforço não há ganho”) M.R:Alguma coisa cai do céu além da chuva? Alguma vez bateram na sua porta oferecendolhe trabalho? A chave do sucesso é sempre buscar novos desafios e não temê-los. Cada vez que superamos um desafio estamos mais fortes e mais sábios. Uma pessoa aprende muito mais com fracassos do que com sucessos. M.R:Lembrem-se sempre de confiar em vocês mesmos! E também que sorte nada mais é do que a competência de agarrar uma oportunidade. Quando mais você trabalha e se esforça, mais “sortudo” você é.
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(( ciência e tecnologia ))
como a ciência pode explicar o amor pelos animais SABRINA AREIAS
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Selma Fernandes chega à rua de sua casa após um dia de trabalho e uma companhia já lhe espera toda
animada no portão. Trata-se de Biubiu, um cachorro que é capaz de fazer com que todo o cansaço e stress enfrentados na rotina diária sejam esquecidos. Assim como Selma, muitas pessoas cultivam uma grande relação com cães e cuidam deles como
um verdadeiro membro da família. Mas como se explica a origem de tanto amor? Para o veterinário José Antônio Viana, a explicação para esse sentimento tem íntima relação com a cumplicidade que surgiu da relação mútua entre o ser humano e o ancestral do cão, ou seja, o lobo. Dessa forma, o homem garantia o alimento para os lobos e estes lhe protegiam e auxiliavam na caça. Além disso, o veterinário ainda ressalta que essa cumplicidade tornou-se ainda maior por não haver reprovação entre as partes, já que no relacionamento entre o cão e o ser humano apenas um fala, e o outro ouve sem reprimir o seu companheiro. Pesquisas científicas também mostram que esse amor é desencadeado pelo fato de, ao mantermos contato com os animais, o nosso corpo liberar uma substância, chamada endorfina,
que é considerada o hormônio do prazer, uma espécie de relaxante natural que alivia as dores e proporciona o bom humor. Outro fator verificado é que durante a evolução, o instinto maternal do ser humano foi despertado, sendo comum nos apegarmos às crianças. E os filhotes de cães nos tocam também por isso, pois eles apresentam características infantis, como: dependência, disposição para brincadeiras e afagos, além de uma aparência “fofa”. Selma reafirma essas constatações e garante que realmente há uma relação de amor, ou melhor, de cumplicidade com Biubiu, a ponto de ela tratá-lo como um filho, e se preocupar quando o cachorro adoece. Ele, por sua vez, não deixa de retribuir, pois a ouve atentamente, além de ser capaz de acalmá-la e permanecer ao seu lado quando percebe que ela está triste ou doente. I
O papel da ciência: jornais levam o tema aos leitores TIM GOUVEIA
em seus níveis especializados, apresentam linguajar específico e excesso de termos técnicos.
Química, Biologia, Física, Matemática e outras tantas que são encaradas como se fossem apenas matérias escolares, mas que,
É aí que entra a imprensa, como “tradutora”, ou pelo menos, mediadora entre os cientistas e a população.
Montagem: Tim Gouveia
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Pense na importância que a ciência tem em sua vida: a comida, roupas, seus acessórios, a maquiagem das meninas, aquele remédio de gripe, a TV, o mp3, o computador. Tudo em sua volta tem encaixes, eletricidade, modelos, química, tecnologia ou vários destes juntos! A ciência está tão presente no seu dia-a-dia, que você nem se dá conta do processo por trás do descobrimento de muitos dos elementos “não-naturais” à sua volta. A ciência nasceu de observações e dúvidas sobre a natureza. Isso mesmo, quando o homem das cavernas – aquele das aulinhas de ciência, nômade, que catava no chão seu alimento e caçava os animais para ter carne e agasalho – começou a notar a natureza como meio de facilitar sua vida, criou, por exemplo, a primeira faca de pedra lascada. O que se notou foi que, quanto mais e melhor o homem modificava a natureza a seu favor, mais complexa e cientí-
fica ela se tornava. E para ser melhor entendida, a ciência foi se moldando e sendo dividida:
Neste jornal, por exemplo, você está lendo, agora mesmo, a página destinada exclusivamente para tratar de ciência e tecnologia. O grupo responsável por escrever sobre este tema é chamado de Editoria de Ciência e Tecnologia. Segundo Jorge Duarte, ex-vice-presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Científico, “a editoria é importante porque catalisa e simboliza o esforço do jornal em tornar regular e consistente o tratamento dos temas de ciências”. Não é uma tarefa simples, mas com as devidas técnicas e cuidados, o jornalista consegue levar até você, um modo de entender assuntos complicados, porém, de grande importância para sua vida. Para quem escreve sobre ciência, Duarte dá a dica: “Acho que os cuidados em escrever sobre ciência são os mesmos de qualquer área. Ouvir o máximo de fontes qualificadas e de visões diferentes, ser claro, objetivo, escrever pensando no público”.