viçosa em fotos
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viçosa em fotos Livro fotográfico produzido pelas alunas e alunos do curso de Comunicação Social da UFV, como atividade da disciplina de Fotojornalismo. Orientação: Felipe Menicucci Capa: Vinícius Zagoto Diagramação Final: Diogo Rodrigues
editorial por felipe menicucci
Por quantos pontos de vista diferentes é possível enxergar uma mesma cidade? Uma resposta para essa pergunta está nas próximas páginas deste livro. E olha que a cidade em questão tem muita coisa para revelar. O desafio de redescobrir o cotidiano e de encontrar a beleza na simplicidade da rotina urbana de Viçosa só foi possível graças ao olhar inquieto e aguçado das fotógrafas e fotógrafos que ajudaram a construir este livro. São estudantes do 3º período do curso de Comunicação Social da UFV que, repetindo uma frase do grande fotógrafo Henri Cartier-Bresson, colocaram “na mesma linha de mira a cabeça, o olho e o coração”. A turma executou uma atividade prática que extrapola os limites da universidade e encontrou nas ruas da cidade um espaço rico de aprendizagem. Foram três meses de trabalho em grupos, de visitas às locações, construção de textos, aplicação de técnicas fotográficas e, principalmente, de contato com moradoras e moradores que tem suas histórias particulares contadas por meio de fotografias. O resultado é uma construção dividida em seis editorias temáticas. O Livro fotográfico “Viçosa em Fotos” é um registro do presente, um resgate do passado e uma convocação para uma reflexão sobre o futuro. E, acima de tudo, o livro é uma forma de homenagear a cidade que acolhe e se torna lar para tantas pessoas que decidem, por diversos motivos, viver por aqui. Viçosa, 2018
Índice 6 Foto-gráficos
18 Através do tempo
30 Cotidiano nos bairros
44 Trabalhos (in)visíveis
56 Um olhar entre os fios
66 É dia de feira
população 78.381
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veículos 16.899/100 mil pessoas
foto gráficos Viçosa cresce. Novos moradores chegam. Trabalhadores cortam as avenidas, estudantes atravessam as 4 pilastras. Do Acamari ao Bom Jesus, do Silvestre ao Vale do Sol, veículos enchem as ruas e prédios despontam no horizonte. O consumo aumenta, o fundo do reservatório aparece, córregos viram uma veia estreita no coração da cidade. Viçosa saiu de um passado agrário para um presente ligado ao urbano, ao novo.
saneamento básico 88,5% dos domicílios
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André gomes vinícius zagoto francielle barros yuri tomaz
melina matos marcelo zinato leonardo coelho
A distribuição de água em Viçosa vista num olhar gráfico. Novas estações de tratamento de água e serviços de saneamento representam as bases da diferença nas categorias traduzidas nos recipientes. Os dados do IBGE indicam os níveis de tratamento convencional: 3.851 m³ e simples desinfecção: 770 m³ feitas na cidade. •8•
Segundo dados de 2013 do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, Viçosa tem sofrido uma diminuição considerável do volume de esgoto tratado. Em 2015, a cidade recebia um investimento de cerca de 16 milhões do governo para a construção de uma rede de tratamento de esgoto. Mas, em alguns bairros, como o de Ramos, isso ainda não é uma realidade. O esgoto é despejado próximo à nascente e a falta de saneamento básico coloca em risco a saúde de muitas pessoas que vivem por ali.
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O número de prédios na cidade deu um salto nos últimos anos. Os setores imobiliários e da construção civil preveem um crescimento de 10% de lançamentos e vendas de imóveis na região. O aquecimento das reformas alavanca o número de empregos e valoriza o imóvel no mercado.
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Jovem, em frente à Câmara Municipal, estampa seu título de eleitor. Transferência do documento para Viçosa está cada vez mais comum. A estimativa do IBGE indica que na cidade há 282 Zonas Eleitorais, somando 56.195 eleitores, correspondendo a 72% da população total (78.381) da cidade. A medida cabe aos moradores mais direitos como cidadãos, além de acarretar desafios para o futuro.
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A frota de motocicletas em Viçosa vem crescendo gradativamente, de acordo com o Departamento Nacional de Trânsito. Esse aumento implica uma série de problemas, como congestionamentos, falta de espaço no trânsito e um direto aumento na contabilidade e no fluxo do total de veículos. A estimativa mais recente é de 2013 e aponta um levantamento de 16.899 veículos a cada 100 mil habitantes.
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A população brasileira cresceu nos últimos anos. Segundo o IBGE, a conta passa dos 209 milhões de habitantes. Em Viçosa, o IBGE estimou que 78.381 pessoas habitavam a cidade em 2017. O calçadão é um dos lugares que mais tem aquele “esbarra daqui, esbarra acolá”. Por conta dos vários estabelecimentos comerciais, a rua fica movimentada em diversas horas do dia.
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O catolicismo é a orientação religiosa com maior número de adeptos no Brasil. Em Viçosa, a tradição religiosa é uma característica marcante da colonização europeia. É na Igreja Matriz de Santa Rita de Cássia que acontecem os maiores festejos religiosos. Entre eles destacam-se a Semana Santa, encenações na praça central, coroações e a Festa de Santa Rita, padroeira da cidade, celebrada no dia 22 de maio, feriado municipal. • 15 •
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através do tempo Com o tempo, os espaços ganham novos significados, novas histórias e novos protagonistas. O que é hoje, não vai ser amanhã e não foi ontem. E assim a vida nos surpreende com sua incrível liberdade de nos reinventarmos, fazermos escolhas, e vivermos novas experiências. Através do tempo, buscamos recriar momentos dos espaços da cidade de Viçosa, resgatando o passado com relatos de quem convive com o presente do espaço urbano.
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Beatriz Valente Daniel Lucas Santos da Silva Fabiana Duarte Guieiro Lopes
Letícia Passos Marina Gouveia Renata Ramiro
O tempo é capaz de alterar completamente a perspectiva que as pessoas têm sobre um lugar. Exemplo disso é a Escola Municipal Ministro Edmundo Lins, que funciona onde antes era um presídio, hoje tem novo significado, é um espaço que educa e forma muitas crianças e adolescentes. Graça, dona de uma sorveteria próxima a escola, mora em Viçosa há 6 anos e conta que gosta desse contato com as crianças e não pretende se mudar. Há uns anos “na praça ficava uma meninada brincando aqui, eu ficava até preocupada, mas a escola é muito boa”. Graça, 54 anos.
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Apesar de nenhuma diferença notável, o banco de antes era um pouco menor e as filas eram mais longas. Hoje, a Caixa é acessível para os deficientes e foi criada uma área verde, o que tornou tudo melhor. E, como diz Renato Antônio Nicolau, que acompanha o crescimento da cidade há 62 anos, a localização é boa para a cidade, tornando a vida das pessoas mais fácil. “Há mais de 62 anos eu conheço esse lugar... [a localização] é muito boa para as pessoas, não tem tanto assalto”. Antônio, 62 anos • 23 •
O lugar que antes servia de moradia para a linha do trem, hoje em dia tem outro significado para Sueli: Camaradagem. A feirante natural do Rio de Janeiro, fez na feira do Balaústre, amigos para uma vida inteira. “A gente não esconde nada um do outro aqui, quando um precisa o outro toma conta da barraca. Tem muita amizade. Sueli, 62 anos
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José Maria tinha 13 anos de idade, e em seu tempo de moleque como ele mesmo descreveu, frequentava religiosamente o antigo cinema Cine Brasil. Seus caminhos o levaram para São Paulo, mas José nunca se esqueceu de Viçosa e nem do seu querido cinema. Ao retornar à cidade um susto: o espaço antes amado, dera lugar à um sacolão. José agora vai ao sacolão tanto quanto costumava a ir no cinema mas, a alegria que o moleque de 13 anos sentia ao ver seus filmes há 50 anos, ficou para trás junto com o velho cinema. José Maria, 69 anos • 27 •
Um lugar que por si só consegue contar histórias de reencontros, despedidas, de emoções. Um lugar que faz o sentimento de lar vir à tona, ou o sentimento do desconhecido. Aqui as pessoas estão de passagem, na maioria das vezes com muita pressa “e carregando nas costas a bagagem. Para Fernando, a rodoviária tem outro significado, ele a vê como um local de trabalho no qual consegue ter contato com todo tipo de pessoa, com suas culturas e suas histórias. “Esse é um mundo em miniatura, eu adoro trabalhar aqui”. Fernando, 67 anos • 28 •
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cotidiano nos bairros Fotos que mostram a realidade de uma tarde de quinta-feira chuvosa e, mesmo que o céu estivesse nublado, algumas pessoas ainda seguiam o ritmo do dia a dia corrido. Nos pontos de ônibus sempre havia pessoas; nas ruas e esquinas surgiam carros e motos seguindo um caminho. O modo de fotografar enfatiza a realidade do entorno das praças de bairros mais afastados do centro, evidenciando semelhanças e diferenças na tranquilidade das ruas, na circulação de pessoas e no cotidiano de cada bairro.
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João Figueiredo João Pedro mageste maíra ferrari
paloma albuquerque vitória fantuzzi
bairro santa clara
O Açougue Joia é açougue e mercadinho localizado na pracinha do bairro Santa Clara. Lá se vende um pouquinho de tudo. O movimento principal fica por conta dos moradores do bairro. O nome do estabelecimento, dado pelo Euvécio, foi inspirado em um mercado que existia há muitos anos, perto do Amantino velho, chamado Mercado Joia. • 32 •
Marly e Euvécio são donos do açougue há 15 anos. Ela trabalhava em um restaurante e ele sempre trabalhou em açougues e queria abrir o seu próprio, mas tinha receio de que não desse certo. Foi Marly que o incentivou a investir, dizendo que ele só saberia se tentasse. Então, ele abriu o açougue e quando começou a dar certo ela saiu do antigo emprego e foi trabalhar com ele. Hoje, o casal é feliz pela escolha feita.
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Sol, chuva, frio e a rotina de um início de tarde. Quem mora em lugares afastados do centro depende mais do transporte público. No bairro Santa Clara, o ônibus que chega faz a linha que leva ao campus da UFV.
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As praças estão entre os mais importantes espaços públicos de uma cidade. Elas são pontos de convergência para a população, local de lazer, encontros, comércio, eventos culturais, entre muitas outras atividades, como andar de bicicleta, mesmo que em baixo de um pequeno chuvisco. • 35 •
bairro de fátima
Um dos pontos de ônibus mais movimentados do Bairro de Fátima fica vazio às vezes. O ponto fica na praça do bairro, cercado pelo comércio local. • 36 •
A imponente Igreja Nossa Senhora do Rosário de Fátima contrasta sua pintura e arte com o céu do momento. O aconchego na visão retrata a realidade das pessoas que a frequentam, a busca por um lugar para acalmar a alma num dia a dia de incertezas.
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O Cônego se reúne com o artista, o arquiteto e o engenheiro responsáveis pelo projeto da reforma que acontecerá no teto da Igreja Nossa Senhora do Rosário de Fátima. Essa é a terceira de uma série de reformas, que está acontecendo em pequenas partes. Eles se mostram empolgados e afirmam estarem fazendo história dentro da igreja.
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Concentrada, uma mulher lava a calçada da casa. Casas com muros e portões baixos ainda preservam o ar bucólico de muitos bairros da cidade.
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bairro nova viçosa
Crianças correm em volta da praça comemorando o fim das aulas do dia; no ponto, um grupo espera o ônibus. Uma cena comum em um bairro movimentado. • 40 •
A espera por um ônibus pode ser longa, principalmente em bairros afastados de pequenas cidades. Aqui o transporte passa poucas vezes ao dia e os moradores se organizam para não perder os horários
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O Salão Oliveira, abre todos os dias das 8h às 18h, no bairro Nova Viçosa. Moradores mais antigos aproveitam o espaço para cortar o cabelo ou a barba e, ainda, colocar o papo em dia.
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O proprietário e barbeiro do Salão Oliveira, atendendo um cliente em seu horário de trabalho. O salão fica sempre cheio e costuma ser ponto de encontro entre a vizinhança.
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trabalhos (in)visíveis Em nossas idas e vindas acabamos passando por diversas pessoas que dão o seu melhor para que possamos seguir nosso dia o mais tranquilamente possível. Não descemos de nossos barcos para admirar o esforço e a história desse mar invisível, que nos faz seguir jornada sem precisar ancorar. Então, é hora de tornar visível a imensidão desse mar que nos cerca e nos move.
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luiz augusto basílio anna alvarenga tiago fernandes
bruno castro hugo virgínio victoria barel
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Carlos nasceu no Espírito Santo sem saber que muitos anos depois estaria em terras viçosenses vendendo morangos. Sua maior ambição da juventude, ser jogador de futebol profissional, é, hoje, seu maior arrependimento. Quando as portas se mostraram abertas e ele passou na seleção de novos jogadores do Vitória, time capixaba, deixou a oportunidade passar. Agora, resta um certo arrependimento por não ter corrido atrás de seu sonho. Hoje em dia, ele mora em Manhuaçu, de onde sai diariamente para vender seus morangos. • 47 •
Para nota-los, é preciso olhar para cima. A profissão de eletricista é marcada pela correria. Nem sempre eles sabem onde irão prestar serviço. Os riscos da profissão são notáveis; equipamentos de segurança? Sempre presentes! O medo de sair para trabalhar e não voltar mais é constante. Contam que, um de seus companheiros veio a óbito numa tentativa de salvar um carro atingido por um poste com fiação. “É aquela coisa, a gente não acredita que é possível, até acontecer com a gente”.
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Nascido em São José dos Campos, Joaquim veio para Viçosa junto com um amor. Chegando aqui, foi cativado pelos moradores que, de acordo com ele, são acolhedores e simpáticos. Agora, sente-se apegado à cidade e diz se sentir parte daqui. Não quer mais ir embora. Ele trabalha consertando coisas em geral, no Calçadão Artur Bernardes e diz que o que mais lhe satisfaz é ver o sorriso no rosto das pessoas enquanto contemplam o seu trabalho.
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Há 28 anos, Maria do Carmo possui uma loja de roupas no Calçadão Arthur Bernardes. Aos 58 anos de idade, ela atende a comunidade viçosense e fez clientes fiéis que compram em seu pequeno comércio há mais de duas gerações. Com muito carisma e simpatia, dona Maria e a família conquista todos que passam pelo estabelecimento, sempre tratando como se fossem “de casa” os clientes mais antigos, seja servindo um cafezinho ou colocando a conversa em dia.
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Senhor Custódio, como prefere ser chamado, é viçosense nascido e criado. Atualmente porteiro, ele já tentou a sorte trabalhando durante muitos anos em Belo Horizonte, mas acabou voltando para a terra natal. Apesar do compromisso de muitos anos em serviço, sendo que, destes vários, apenas 6 tiveram registro na carteira de trabalho, ele alega, com um sorriso no rosto, não ter enfrentado nenhum grande problema na função que exerce. Lida no dia-a-dia com os “temidos universitários”, que não recebem dele advertências, mas sim gratificantes e alegres “bom dia”.
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rua gomes barbosa
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um olhar entre os fios Falar de arquitetura é falar de espaço. Fotografar detalhes arquitetônicos de uma cidade como Viçosa é contar sua história. Por entre os fios embaraçados dos postes existem formas, cores e detalhes surpreendentes. Em cada construção, seja antiga ou moderna, estão presentes valores culturais, artísticos e técnicos, capazes de manter e traduzir a memória histórica do lugar.
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renoir oliveira carla luz hermione fade
airton soares rafaela de souza caroline campos
avenida bueno brandão
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avenida bueno brandão
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RUA BENJAMIN ARAÚJO, 85
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RUA BENJAMIN ARAÚJO, 137
praça do rosário
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rua gomes barbosa
rua gomes barbosa
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é dia de feira Hoje é dia de feira Tem preço bom, tem qualidade Tem boa conversa e alegria Tem gente mais nova e de mais idade Tem vida durante todo o dia. Hoje é dia de feira Tem diversão e alimentação Tem troca de saberes e experiências Tem muita diversidade na população E, além de tudo, tem muita aderência.
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Ana Luísa Medeiros Bárbara Pinheiro Brenda Scota
Emanuel Vargas Gabriel Máximo Jéssica Silva
O tom de verde, nas diferentes texturas dos alimentos que ocupam a bancada, podem simbolizar os diferentes feirantes que expõem seus produtos. E que também chegam à feira de diferentes locais de plantação, além de serem, também, preparados de diferentes maneiras. • 68 •
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O reconhecimento de um trabalho bem feito é responsável por alegrar o dia daqueles que se dedicam totalmente àquilo. No caso das feirantes das fotos, podemos perceber a satisfação no rosto delas ao perceberem que seus produtos estão sendo incluídos no cotidiano de outras pessoas, que possuem, inclusive, estilos de vida diferentes dos seus.
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Comprar uma mercadoria na feira permite uma troca de experiências entre a população e os feirantes, que, ao venderem os alimentos, acabam passando para os clientes todos os cuidados que tiveram na produção. E, quando os clientes resolvem comprar na feira, contribuem para a valorização desse trabalho, muitas vezes, familiar.
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As feiras da ASPUV, Seção Sindical dos Docentes da UFV, acontecem todas as quartas-feiras a partir das 17h. O Quintal Solitário, como é chamado, reúne desde as diferentes gastronomias ao lazer para o público presente. A feira concentra desde estudantes da universidade a pessoas da cidade que não possuem vínculo com a universidade, expandindo os horizontes daqueles que vão ao local a procura de diversão. A feira tem como objetivo a economia solidária, que promove um consumo mais responsável e coletivo, essa economia busca valorizar o trabalhador e sua produção, sendo uma alternativa inovadora para promover a inclusão de pessoas com restrições alimentares e dificuldades financeiras.
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Frutas e legumes com diferentes cores e texturas. Assim como alimentos coloridos fazem bem à saúde, uma vida com mais cor também mostra que as diferenças devem ser encaradas com mais respeito, pois cada um possui sua singularidade e sua maneira de agir.
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