JORNAL-LABORATÓRIO DO CURSO DE JORNALISMO ● ANO 10 - EDIÇÃO ESPECIAL COPA ● JUNHO DE 2014
#COPA2014 Monique Bertto traz para você as principais informações do evento que agita o Brasil
Você já está careca de saber: em junho, o Brasil recebe, pela segunda vez, a Copa do Mundo FIFA! Essa é a 20ª edição do evento, que já esteve em terras brasileiras no ano de 1950. A competição acontece entre os dias 12 de junho e 13 de julho e ocorrerá pela quinta vez na América do Sul. Os jogos serão realizados em várias capitais do país, entre elas Salvador, Belo Horizonte, Por-
to Alegre, Cuiabá e Manaus. A abertura aconteceu em São Paulo, na Arena Corinthians, e a final será na cidade do Rio de Janeiro, no estádio do Maracanã. Se o Brasil vai levar a taça pela sexta vez, nós ainda não sabemos; mas trazemos tudo o que já sabemos para você neste caderno especial. Então, antes de vestir a camisa para torcer e gritar gol, dê uma olhada no que vai acontecer por aqui.
“WE ARE ONE”
Polêmico! A logomarca oficial da Copa já gerou muita discussão por aí. A agência responsável por ela diz que são mãos que representam uma forma estilizada da taça do Mundial. Mas tem gente que acha que ela mais se parece com uma mão levada ao rosto num gesto de vergonha.
Música tema do Mundial, interpretada pelo rapper Pitbull e pelas cantoras Jennifer Lopez e Cláudia Leitte. É uma pena não ter ficado exclusivamente nas mãos de brasileiros. Mas, como diz um verso da própria música: Torcer, chorar, sorrir, gritar. Não importa o resultado, vamos extravasar.
Fuleco é, atualmente, o tatu-bola mais famoso do mundo. Mascote oficial da Copa 2014, escolhido por votação, seu nome é a união de duas coisas que fazem parte da identidade brasileira: futebol e ecologia.
A bola que rolará pelos gramados brasileiros durante a Copa está sendo produzida pela marca Adidas. A “Brazuca” foi testada de forma exaustiva para responder e superar todas as exigências que a FIFA requer a uma bola oficial, de forma a garantir um desempenho de alta performance em quaisquer condições. Dizem que ela está melhor do que a famosa Jabulani, utilizada na Copa de 2010, na África do Sul.
GOL FANTASMA, NUNCA MAIS!
Caroline Mauri apresenta as inovações que podem mudar a história das Copas Não é de hoje que um pênalti mal marcado ou um gol feito em situação de impedimento roubam as capas dos jornais de esportes, deixando em segundo plano a atuação dos times e, até mesmo, os resultados finais. Afinal, o árbitro também é humano, e pode muito bem errar. A história é antiga e a primeira polêmica sobre um “gol fantasma” já existia na Copa de 1966. De lá para cá, a FIFA sempre resistiu às pressões, até a última Copa, em 2010 na África do Sul. Um gol legal do inglês Frank Lampard sobre a Alemanha, anulado erroneamente, poderia ter mudado a história do jogo, que terminou em 4 a 1 para os alemães.
Desde então, a FIFA cedeu e passou a admitir que tais erros prejudicavam o andamento do campeonatos e do futebol em geral. Com o objetivo de minimizar esses equívocos subjetivos, novas tecnologias vêm sendo incorporadas às partidas de futebol. Algumas delas serão utilizadas pela primeira vez na Copa do Mundo no Brasil. A principal novidade promete ser a “Tecnologia da Linha do Gol” (GLT, sigla em inglês), que é o uso de equipamentos que têm por objetivo determinar se a bola entrou ou não no gol, lembrando que ela deve ultrapassar completamente a linha para que o gol seja válido. As GLT’s se baseiam, basicamente, em dois modelos:
o de câmeras espalhadas pelo estádio, como o Hawk-Eye; e a criação de campos eletromagnéticos, como o GoalRef. O primeiro, um conjunto de câmeras de altíssima precisão, já é utilizado nas partidas de tênis há certo tempo, com bastante sucesso. O segundo consiste em dez sensores instalados nas traves, que lêem um chip implantado na bola e detectado quando ultrapassa a linha. Ambos avisam o juiz, imediatamente, sobre o gol por meio de um alerta transmitido no relógio de pulso. No YouTube, é possível encontrar vídeos explicando o funcionamento das duas tecnologias no canal oficial da FIFA: youtube.com/user/FIFATV. Apesar da facilidade, as tecEXPEDIENTE
nologias dividem opiniões. Em uma roda de estudantes do Ensino Médio que acompanham futebol, a maioria se sente aliviada por saber que erros críticos poderão ser evitados, mas alguns dos jovens, remanescentes do método tradicional, discordam. De acordo com eles, é uma situação complicada. Mesmo sendo ruim quando o próprio time perde por um erro desses, eles acreditam ser algo que faz parte do futebol. Acabar com essas conhecidas “discussões de bar” pode ser um primeiro passo para destruir a emoção do esporte. Apesar de parecer distante, a evolução dessas tecnologias está cada vez mais perto. Na UFV, o estudante de Engenha-
ria Elétrica Matheus Berger, bolsista de Iniciação Científica, participa do projeto “Desenvolvimento de Software para Análise Tática de Futebol Humano”. De acordo com ele, o objetivo principal é de elaborar um programa para realizar um levantamento dos elementos táticos do esporte, como as estatísticas de chutes, passes e desarmes. - As partidas de futebol não são decididas apenas pela qualidade técnica dos jogadores ou pela sorte de algum evento durante a partida nos dias de hoje. O desenvolvimento e estudos dos princípios táticos têm influenciado, significativamente, nos resultados dos jogos. – afirma ele.