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opinião
Curitiba, 06 de dezembro de 2009
EDITORIAL: Moradores x Frequentadores
Pensar no comportamento
A tranquilidade dos parques incomodada pela bagunça de alguns Capital ecológica, assim é conhecida Curitiba. A cidade conta com diversos parques estrategicamente localizados. Como forma de fuga ao caótico ambiente urbano, muitas pessoas optam por viverem em regiões próximas a parques. Mas, às vezes a tranquilidade e paz tão desejadas não são alcançadas devido a extrema agitação e barulho dos freqüentadores. Durante a semana o meio ambiente é convidativo. Pessoas em busca de melhor qualidade de vida vão aos parques para se exercitarem, fazerem caminhadas e até mesmo para relaxar depois de um longo dia de trabalho. No entanto, a calmaria não é constante, já que tudo muda ao chegar os finais de semana. Músicas altas, gritos, bebedeiras, drogas, buzinas, confusões, badernas em geral tomam conta dos parques curitibanos, principalmente nos sábados e domingos. O incomodo aos moradores sobressai muitas vezes às belezas naturais. Sendo que ao invés de essas regiões serem prazerosas para os moradores se tornam importunas. As reclamações dos moradores sobressaem os elogios aos parques. E, sendo assim, locais públicos que deveriam ser agradáveis acabam sendo o con-
trário. Não há como impedir o manifesto de quem está se sentindo prejudicado. Por outro lado, como negar a possibilidade de divertimentos ao ar livre? A situação não precisaria chegar a esse extremo se os freqüentadores tivessem bom senso em suas atitudes. De que vale as fabulosas áreas verdes se não se sabe aproveitar? Em contrapartida, enquanto há uns parques que estão superlotados, outros não são visitados apesar de serem bem cuidados e preservados, como é o caso do parque da Barreirinha. Talvez os moradores prefiram
assim. Mas seria interessante que as pessoas pelo menos conhecessem, quem sabe poderia ser uma alternativa divertida. Ao invés de ir a parques lotados, descobrir outros. A capital ecológica oferece uma gama imensa de possibilidades, cabe a você perceber! Mas, antes de passear no parque é bom repensar sua atitude, seja consciente. Um local com tão boas características e peculiaridades não merece ser privado do acesso por causa do mau comportamento de alguns.
FALA, PROFESSOR
FALA, LEITOR
NOSSA CAPA
Milena Vicintin
OMBUDSMAN: OUTRAS FACES DO BAIRRO
Matérias precisam ter mais cuidado com dados A principal preocupação das equipes no Comunicare Santa Felicidade deve ter sido mostrar um bairro fora do lugar comum, diferente do bairro tradicional italiano comum com seus destaques gastronômicos. O que aconteceu com muito sucesso. As pautas foram bem escolhidas, mostrando lados de Santa Felicidade que ninguém conhece, principalmente dos problemas que os moradores enfrentam. Parte dos destaques dessa edição fica por conta dos personagens escolhidos para as entrevistas, como nas páginas 03 e 12. Escolhas com a cara de Santa Felicidade, que com certeza encantam os leitores com seus relatos. Algumas matérias importantes, porém, mereciam um pouco mais de cuidado. A matéria da capa poderia ter uma foto mais expressiva, enquanto outras fotografias deveriam merecer mais cuidados no tratamento e na edição, como nas páginas 02 (charge), 05 (segunda foto) e 06. Mesmo assim, a foto do “Nonno”(pág. 03) e da D. Sofia (pág. 12) mostraram simpáticos personagens, o que poderia ser seguido de exemplo para a foto da página 10, onde infelizmente a D. Zenaide ficou de costas. As importantíssimas matérias da página 15, com chamada na capa e tudo, pecaram em não cobrar a voz das autoridades resEXPEDIENTE Jornal Laboratório da Pontifícia Universidade Católica do Paraná Edição nº 179 manh ã “A” 06/Dezembro/2009/nº14 PUCPR Rua Imaculada Conceição 1.155, Prado Velho, Curitiba/PR
“O Comunicare permitiu ver o bairro além da gastronomia. Mostra aspectos culturais que aparentemente estão sem investimento.”
“Muito bom o Comunicare Santa Felicidade! Permitiu conhecer mais sobre as tradições de um bairro importante. ”
Fabianne Balvedi, professora de design da PUC
Mariana Appel, estudante de Publicidade da PUC
A ideia é destacar o máximo de reportagens para caracterizar a factualidade, evidenciada, também pela previsão do tempo. Arte:Ana Carolina Baú
Reitor Clemente Ivo Juliato Decano do CCJS Roberto Linhares da Costa Decano-Adjunto do CCJS Marilena Winters Diretora do Curso de Jornalismo Mônica Fort
ponsáveis no que diz respeito às graves reivindicações dos moradores, um dos princípios do Jornalismo Cidadão. Não foi possível perceber se o Comunicare já está adequado à nova ortografia, pois ainda há tremas na página 11, e eis um ponto importante a ser observado, já que todos os veículos importantes já estão se adequando. Enquanto nas matérias das páginas 12 e 13 foi feito bom uso de pesquisas relacionadas com relatos, os mesmos ficaram faltando na segunda matéria da página 05 e na última da página 11. São feitas afirmações sem qualquer base de dados comprovados com pesquisas, o que é grave. A manchete da terceira matéria da página 6 já tinha sido tema de uma reportagem do Comunicare Bebidas de 2006, mas a equipe trouxe fatos inéditos e mudou o foco, mostrando um lado diferente. Apesar das pequenas patinadas, a turma está de parabéns pela qualidade do trabalho feito e pelo empenho e criatividade na escolha das pautas e produção das matérias, o que fica evidente para quem lê e sabe como é difícil fazer esse jornal. Giulianna Oliveira Santos, assessora de Comunicação da TechFront Studios, Comunicare 2006 COMUNICARE Jornalista Responsável Zanei Barcellos DRT-118/07/93 Coord. de Projeto Gráfico Queila Regina Souza Matitz EDITORES Editor Chefe Durval Ramos Secretario de Redação Guilherme Gaspar Editora de Arte Ana Carolina Baú Infografista Gustavo Prestini Opinião Milena Vicintin Meio Ambiente Bábylla Miras Comportamento Bruna Gomes Segurança Daniel Neves Polícia Jonathan Seronato Geral Letícia Paris Comércio/ Trânsito Rafael Peroni EsportesThyago da Silva Cultura/ Tecnologia Viviane Prestes