COMUNICARE
CURITIBA, 25 DE NOVEMBRO DE 2011 - ANO 15 - NÚMERO 203 - 2º ANO DE JORNALISMO - PUCPR
15 ANOS
jornalcomunicare@hotmail.com
twitter:@JorComunicare
Calçadas de Curitiba em processo de revitalização Página 11
No fim de ano, cai o número de doadores de sangue Página 10
Fim do mundo aumenta procura por videntes Página 15
Próximo ao período de festas, calçada da rua Engenheiro Rebouças vive em reforma constante
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opinião
Curitiba, 25 de novembro de 2011
um retrato diferente da cidade ilustra editoria especial desta edição do jornal
Mescla de assuntos de interesse curitibano
Produção do jornal em vinte e quatro horas foi um novo desafio para repórteres e editores do Comunicare
Nossa Capa
A foto da capa da edição 203 foi feita por Pauline Féo, na rua Engenheiro Rebouças, que está em reformas
Expediente: Comunicare Jornal Laboratório da Pontifícia Universidade Católica do Paraná Pontifícia Universidade Católica do Paraná Rua Imaculada Conceição nº 1.155 Prado Velho, Curitiba Reitor: Clemento Ivo Juliato Decano CCJS: Alvacir Alfredo Nicz Decano Adjunto do CCJS: Marilena Winters Coordenadora do Curso de Jornalismo: Mônica Fort Comunicare Jornalista Responsável Prof.º Zanei Barcellos DRT – 118/07/9 Projeto Gráfico Prof.º Marcelo Públio 25 de novembro de 2011 Edição 203 Editorias Editor-chefe: Mariana Siqueira e Thaís Reis Capa: Helena Salgado e Maria Brey Opinião: Maria Brey Trânsito: Olívia D’Agnoluzzo Cultura: Bruna Ávila Política: Karen Okuyama Geral: Gustavo Magalhães Geral: Rogério Scarione Cidade: Melanie Lisbôa Educação: Melanie Lisbôa Saúde: Amanda Scandelari Bairros: Olívia D’Agnoluzzo Polícia: Fernanda Vargas Esporte: Amanda Scandelari Economia: Amanda Vicentini Comportamento: Bruna Ávila Fotografia: Mariana Siqueira e Thaís Reis Internet: Lucas Vian
Está edição do Comunicare coloca à prova tudo o que nós aprendemos durante este ano. O desafio de produzir um jornal inteiro em vinte e quatro horas é grande, mas todos os desafios aos quais nos submetemos durante todo o caminho nos prepararam para o Comunicare 24 horas. Essa foi à prova de fogo. Ontem, fizemos em vinte e quatro horas as mesmas coisas que, no começo, levávamos semanas para produzir. Fomos os únicos responsáveis por tudo o que apuramos e escrevemos, além disso, testamos nosso discernimento para escolher o que e como publicaríamos as notícias do dia. Não é possível retratar em dezesseis páginas todos os fatos importantes que aconteceram em Curitiba durante o período em que está edição foi produzida e não são apenas os textos que retrataram essas situações importantes. Falamos sobre o trânsito curitibano, a qualidade das calçadas, sobre a Rua Vinte e Quatro Horas, que, ao contrário do nome, fica aberta treze horas por dia, e também sobre o Natal. Essa edição conta com a editoria Fotografia. Selecionamos
imagens que presenciamos durante o nosso trabalho. Algumas delas podem passar despercebidas durante os momentos de pressa, como uma manutenção em algum elemento decorativo da cidade. Outras podem ser impossíveis de não ser observadas. Seja um acidente automobilístico em uma das importantes ruas da cidade ou uma promoção de uma marca de eletrônicos conhecida, fantasiando modelos de guardas britânicos que lançaram um desafio aos que passavam na rua, as
imagens do dia 25 de novembro de 2011 retratam fatos que ficarão registrados para a eternidade. Podemos noticiar algo em forma de textos, imagens ou alguma outro modo, sempre buscaremos a melhor maneira de transmitir informações que, de alguma forma, façam a diferença a vida do leitor. Agora, passamos o Comunicare para a próxima geração de futuros jornalistas e, assim nos despedimos. Boa leitura.
Carta do Leitor Parabéns aos que fizeram o jornal Comunicare. Acho que é importante vocês já praticarem o que irão fazer no futuro. Achei o tema bem interessante, porém vocês deveriam prestar atenção no que publicam nos títulos. Alguns, como o dá página 05, não significaram nada e diminuem a vontade de ler a matéria. Também não gostei do informativo no final dessa página, ele não passou informação. Podiam ter dito mais do que só explicar que arrancada é uma “forma de corrida praticada por veículos automotores”. Mas, no geral, o jornal ficou bem bom. Gostei de ver a mescla de carros antigos e novos. Quem gosta mesmo de carros, como eu, se interessa por todos os tipos. Gostei também de ler sobre o que fazer no trânsito. mais uma ves, parabéns. Cíntia Maria Fernandes
Fala, leitor
Maria Brey
Ombudsman:temas similares ficaram em páginas distantes
Idéia geral do Comunicare Carros era boa, mas resultado não correspondeu A edição de novembro do Comunicare trouxe um tema muito amplo e que poderia gerar várias pautas interessantes. A questão da mobilidade está sendo muito discutida e o número de carros em Curitiba tem aumentado exponencialmente. Entretanto, a repetição de alguns temas tornou o jornal quadrado. Um exemplo, os carros antigos e os colecionadores foram tratados em duas páginas diferentes que, inclusive, ficaram distantes. Havia outros assuntos que poderiam ter se utilizado melhor de uma dessas páginas. Alguns pontos positivos foram as páginas de esporte que trou-
xeram assuntos relevantes e que mostraram a ligação de Curitiba com os eventos automobilísticos. A entrevista com a arquiteta da URBS, Olga Prestes, foi interessante e levantou diversos questionamentos, especialmente sobre a falta de campanhas da prefeitura para diminuir o uso de carros por parte dos curitibanos. Entretanto, em todo o jornal, a decisão de que a Urbs não pode fiscalizar o trânsito não foi tratada. As mudanças influenciaram a todos que utilizam o carro e até mesmo às notificações do EstaR. O assunto era de grande relevância e merecia ser mais bem discutido.
Além disso, a diagramação não foi o ponto forte do jornal nessa edição. Além da necessidade de uma reestruturação gráfica, a capa ficou pouco atrativa e não disse nada além do tema. Os infográficos parecem dispensáveis e ocupam muito espaço para pouca informação. Uma das matérias também não apareceu por completo, o que é um erro grave. Mariana Scoz Repórter Gazeta do Povo Comunicare 2008
“Achei o jornal muito bom. Passa informação de maneira completa e gratuíta. Deveria ter mais edições e ser mais voltado às causas sociais.” Fabio Rodrigo de Lima, 26, Professor de Educação Física
“Reportagens foram bem elaboradas sobre as tendências a tecnologias dos carros novos, além do apoio aos pilotos.” Rodrigo de Oliveira Andrade, 31, Corretor Comercial
trânsito
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Curitiba, 25 de novembro de 2011
VEÍCULOS DE PEQUENO PORTE CONQUISTAM ESPAÇO NA LINHA VERDE
Multa não intimida caminhoneiros Restrições de horários reduzem tráfego de caminhões pesados na linha verde e facilitam o fluxo de veículos
e pontos de carga e descarga. Também foram enviados folhetos a sindicatos e federação dos transportes de cargas. O tráfego de caminhões fora do horário permitido é uma infração prevista no artigo 187 do Código de Trânsito Brasileiro e trafegar em faixa não permitida é infração prevista no artigo 185 do mesmo Código. Nos dois casos é infração média com penalidade de R$ 85,13 e quatro pontos na carteira. Fernando Morassi, 32 anos de São Bernardo do Campo, diz que não tem horário, mas se senti prejudicado por ter que ficar fazendo hora até poder sair. “Não vi nenhuma fiscalização, mas de todo jeito fico com receio, se eu for multado, para não perder pontos na carteira, a empresa não identifica o motorista infrator, mas ele termina pagando o valor da multa duas vezes,” acrescenta Fernando. Seg u ndo i nfor mações d a URBS - Urbanização de Curitiba S.A., atualmente, não se vêm mais os agentes de trânsito na Linha Verde, pelo fato de serem proibidas as fiscalizações e autuações pelo órgão, ficando restritas somente à PRF (Polícia Rodoviária Federal).
Pauline Féo
Apesar da restrição do tráfego de caminhões com mais de sete metros de comprimento e capacidade de carga acima de sete toneladas, basta observar o movimento por alguns minutos para flagrar a passagem de vários na Linha Verde no período proibido. Entrou em vigor, em primeiro de setembro, a Portaria 079/2011, que restringe o horário de tráfego para estes caminhões, de segunda à sexta feira das 7h às 10h e das 17h às 20h em um trajeto de vinte e dois quilômetros no trecho entre o Atuba e o Pinheirinho. O principal motivo da criação foi controlar e fiscalizar o trânsito e o transporte de cargas no Município de Curitiba, e viabilizar a melhoria da qualidade de vida da população quanto às condições de fluidez e segurança do trânsito, O tráfego de caminhões na Linha Verde caiu em média 43%, e com essa redução no tráfego de veículos pesados, os automóveis ganharam um espaço em torno de 33%, já que o espaço ocupado por um caminhão corresponde ao de três veículos de pequeno porte. O trabalho de orientação começou duas semanas antes do inicio da restrição com a distribuição de cem mil folhetos em praças de pedágio, postos de combustíveis
Flagra: Caminhões não respeitam horário permitido para o trafego na BR
Gleize Perez
Aconteceu nas ruas O trânsito ficou complicado no cruzamento entre as ruas Coronel Dúlcidio e Alameda Doutor Carlos de Carvalho na tarde desta quinta feira, 24. Obras para a recuperação da pavimentação iníciaram na região, os dirigetes de trânsito precisaram bloquear parte das ruas por durante 3 horas, das 14h às 17h. Um engarrafanento se formou até que os agentes pudessem indicar um caminho alternativo.
A Avenida Presidente Kennedy e seus arredores foi parcialmente fechada na manha desta quita-feira, 24, por conta de uma ação do corpo de bombeiros em parceria com o diretran. Foi realizada, entre as 10h e 12h, uma simulação de incêndio em uma grande empresa da região. Mais de mil funcionários tiveram que deixar o prédio em direção a rua durante a ação. O trânsito no local levou em torno de 2 horas para normalizar.
As tarifas dos pedágios federais nas estradas do Paraná terão aumento de 4,53%. O Departamento de Estradas de Rodagem aprovou o reajuste na última quar ta- feira, dia 23. As alterações nos preços começam a valer a partir do dia primeiro de dezembro. Com o aumento, o valor pago para trafegar entre o trecho Curitiba - Litoral, por exemplo, passará dos atuais R$ 13,30 para R$ 13,90.
Um acidente, não muito grave na esquina das r uas M arechal Deodoro e Barão do Rio Branco atrasou o trânsito por uma hora na região. Dois carros colidiram com u m m o t o q u e i ro a s 9h30. A polícia Militar e uma ambulância foram chamadas no local. O motoqueiro Ademir Silva e a motorista Lila Abreu sair do aciente sí com algumas escolriações.
Ciclofaixas
Domingo de lazer para os ciclistas
Neste domingo, dia 27, acontece pela segunda vez a abertura do Circuito Ciclofaixas de Lazer inaugurado no mês de outubro. Os quatro quilômetros de faixas, destinadas aos ciclistas, abrangem algumas das principais ruas de Curitiba e estarão disponíveis das oito horas da manhã às quatro da tarde. As ruas XV de Novembro, Mariano Torres, Marechal Deodoro, Emiliano Perneta, Visconde de Nácar e André de Barros têm a pista da esquerda sinalizada em vermelho indicando exclusividade para as bicicletas. O roteiro destaca pontos turísticos e culturais de Curitiba, tornando o passeio muito recomendável para visitantes de outras cidades. A primeira experiência com as ciclofaixas, no dia 23 do mês passado, foi bem aproveitada por mais de quatro mil ciclistas, no entanto, nem todos estão completamente satisfeitos. “Disponibilizar esse espaço para nós apenas uma vez por mês é uma falta de respeito.”, afirma o estudante Felipe França. Ele, junto com aproximadamente 300 outras pessoas que usam a bicicleta como principal meio de transporte, demonstrou sua indignação em um protesto no dia da inauguração das ciclofaixas. O diretor do departamento de esportes da Secretaria Municipal do Esporte, Lazer e Juventude, Felipe Daher, af ir ma que o projeto tem como principal objetivo aumentar o bem estar da população através da prática de atividades físicas e não necessariamente tem a ver com questões de mobilidade em Curitiba. “É claro que o incentivo ao uso de transporte alternativo está relacionado ao projeto, mas o Circuito Ciclofaixa surgiu pensando no lazer”, explica Daher. Segundo ele, já está nos planos da prefeitura expandir o trajeto e disponibilizar o espaço semanalmente a partir do ano que vem. Pauline Féo
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Curitiba, 25 de novembro de 2011
reservas para camarote começam na metade do ano
Turistas buscam camarote para ver o Coral do HSBC A maioria do público que vem à Curitiba para assistir ao espetáculo é de fora da cidade e procura a comodidade e a vista privilegiada que o camarote os oferece
Programação do final de semana Cinema: Estreia hoje, no cinema, Happy Feet 2: O Pinguim. A continuação do filme lançado em 2006 traz um novo personagem, Erik, que viverá junto, da sua família, novas aventuras em busca de um talento. Com exibição em 3D, o filme conta com a dublagem de Elijah Wood e Matt Damon. Teatro: Acontece na Caixa Cultural, o espetáculo Farça da Boa Preguiça. A comédia musical conta com a direção de João das Neves e tem como protagonistas, Guilherme Piva, Bianca Byington e Ernani Morais. Narra a história de Joaquim Simão, um poeta de cordel e pobre, que só pensa em dormir. O espetáculo será apresentado também de 25 a 27 de novembro, e os ingressos estão a partir de R$ 10.
Jordana Basilio
Estreia hoje, no Palácio Avenida, a 21ª edição do coral infantil de Natal do HSBC. O tradicional espetáculo da cidade é gratuito. No entanto, prédios da região alugam apartamentos como camarote. O preço da locação individual está em torno de R$ 80,00 e é uma opção para aqueles que desejam ter maior comodidade e uma vista privilegiada. Há 10 anos, no período das apresentações natalinas, o comerciante Bachir Omairi aluga seu escritório de contabilidade, localizado em frente ao Palácio. Ele organiza o espaço para receber as pessoas que, em sua maioria, são turistas. “Do Brasil, já recebi gente de Belo Horizonte, Salvador e Aracaju. De fora, já veio gente do México, Colombia, Argentina e virão, pelo segundo ano seguido, 25 pessoas da Europa”, afirma Omairi. O comerciante explica que a ideia de fazer do seu escritório um camarote surgiu quando ele viu que muitas pessoas de idade, gestantes ou com crianças, iam para assistir o evento, mas se cansavam de ficar muito tempo em pé. “Antes de ter a ideia, eu assistia o espetáculo do chão e ouvia as pessoas perguntando se não havia um lugar para sentar”, comenta. A agência de turismo Angel Tur, de Campinas, São Paulo, promove viagens à Curitiba há cerca de 10 anos. De acordo com a diretora da agência, Angel Lulu Bitar, o Natal Luz do HSBC é um dos eventos que sempre está na programação e é muito procurado por famílias, casais e senhoras. “As pessoas ficam maravilhadas com as apresentações, todo mundo quer ir e tem gente que já está indo pela terceira
cultura
Vista do terceiro andar do Hotel Plaza
vez”, conta. Neste ano, um grupo com cerca de 32 pessoas virá para assistir de camarote. Angel explica que além do conforto, ficar num lugar reservado permite que os turistas tenham mais tempo para conhecer os outros pontos turísticos da cidade. “Não precisamos chegar tão cedo, pois o lugar está garantido. Assistir de camarote ainda protege de uma possível chuva ou garoa”, diz. O Hotel Plaza, que também fica localizado em frente ao banco, fecha para hospedagens nos meses de novembro e dezembro, ficando disponível apenas para as locações do camarote. Dos dezesseis apartamentos que ficam de frente para o Palácio, metade é para dar suporte ao banco, e a outra para clientes. Segundo a gerente do hotel, Giovanna Demeneck, esse é o período do ano em que eles mais lucram. Giovanna também comenta que 90% da procura é feita por turistas. A disputa é tão grande que a primeira reserva do ano foi feita em julho. “O terceiro andar é o mais concorrido, pois tem uma boa visão
O Natal é o período em que o hotel mais lucra
tanto para o espetáculo, quanto para a queima de fogos”, explica. Espetáculo A 21ª apresentação do coral tem como temática “O Poder da Música”, resgatando a essência do projeto que são as crianças e a próprias canções. Para isso, além das 160 crianças que compõem o coral, haverá também projeção de imagens em 3D, mostrando o cotidiano delas e seus ensaios. Segundo a responsável pelos eventos institucionais do HSBC, Carolina Hata, o coral vai além do que é visto no evento. “Queremos que todos possam conhecer o trabalho de um ano todo e o cuidado que há por trás do que se vê durante as apresentações”, comenta. Neste ano, o mestre de cerimônia será o Marcos Casuo, ex-palhaço do Cirque du Soleil. Outra novidade é um palco em forma de piano, que aproximará ainda mais o público, seis crianças que tocarão violino e a participação de quatro bailarinos profissionais de Curitiba. As apresentações, que começam hoje, acontecem todas as sextas, sábados e domingos, até o dia 18 de dezembro, sempre às 20h30. Carine Rocha Jordana Basilio
Show: O grupo Monobloco traz mais uma vez o Carnaval de rua do Rio de Janeiro à Curitiba. Conhecidos por misturar os mais diversos estilos musicais, o repertório conta com forró, xote, funk, marchinhas de carnaval e até pop/rock. O show acontece hoje no Palácio Wawel, a partir das 22h, e os ingressos estão R$ 80 para homens e R$ 70 para mulheres. Teatro: A Companhia Sonora, de Curitiba, apresenta “O Pastelão e a Torta”. O espetáculo, que acontece nas praças e ruas da cidade, conta com música ao vivo, bonecos, máscaras e figurinos de época. Escrita na Idade Média, a comédia retrata a história de dois mendigos em busca de alimento, que entram em conflito com um casal de pedreiros. As próximas apresentações acontecem gratuitamente sábado, na rua XV, e domingo, nas Ruínas do São Francisco, às 11h e 12h em ambos os locais. Show: O trio francês Yelle se
apresenta hoje pela primeira vez em Curitiba, para comemorar o aniversário de 13 anos do James Bar. Além dos sucessos “À Cause Des Garçons” E “Je Veux Te Voir”, serão tocadas também as músicas do segundo cd “Safari Disco Club”. O show acontecerá no Moinho Eventos, a partir das 22h. O preço dos ingressos está a partir de R$ 80.
Fotografia: Acontece na Casa Romário Martins, uma exposição fotográfica em comemoração ao Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes. A mostra é uma iniciativa da Fundação Cultural de Curitiba, e exibirá 32 imagens do acervo do Museu da Fotografia da cidade, incluindo trabalhos de Sebastião Salgado, Nego Miranda e Daniel Augusto Júnior. A entrada é gratuita e a exposição ficará disponível até fevereiro de 2012.
política
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Vereadores enaltecem importância de se criar um órgão fiscalizador do trânsito
Setran cria divergência entre vereadores Polêmica fica por conta da decisão da prefeitura de manter cerca de 800 funcionários do antigo Diretran na nova Secretaria Para a vereadora Prof. Josete (PT), o principal problema acontece em relação à própria legalidade das atividades da Urbs e quanto aos funcionários que continuarão na mesma função na Setran.
“Na Urbs o regime é celetista e os trabalhadores não podem fiscalizar.” “O impasse é que outros serviços como fiscalização dos táxis e do transporte coletivo podem ser questionados. Dentro da Urbs, o regime é celetista e esses trabalhadores não são servidores públicos e não teriam como fiscalizar e multar. São em torno de 800 agentes de trânsito. E o que a prefeitura diz é que eles serão cedidos à Secretaria
e continuar esse trabalho. E quem assina as multas é um secretario de trânsito. Mas qualquer um pode questionar porque quem autuou não tinha esse poder de polícia, já que os agentes na são servidores públicos”, afirmou. A vereadora propôs dois projetos que criam uma regulamentação na passagem desses funcionários, mas eles foram recusados pelo plenário. Ela analisa que o projeto atual ainda pode causar prejuízos aos trabalhadores. “É uma decisão política. Votamos a favor, mas possui todos esses senões, porque esses trabalhadores podem ser demitidos a qualquer momento pela prefeitura”, explica. Já para o vereador Jair Cezar (PSDB), a maior prioridade era de criar a Secretaria, já que a Diretran, atual órgão fiscalizador foi extinto. Para ele, os eventuais erros que foram cometidos ao longo da aprovação podem ser corrigidos com o tempo. “Já foi criada a Secretaria de Trânsito e o secretário será nomeado pelo prefeito. É necessário, é
Polêmico arquivamento de processos
Fotos: Marina Bueno
Nesta última terça-feira, a Câmara Municipal de Curitiba aprovou a criação da Secretaria de Trânsito municipal (Setran), já que o Tribunal de Justiça do Paraná determinou que a Urbs, através do Diretran (Diretoria de Trânsito de Curitiba) não poderia atuar na fiscalização e aplicação das multas de trânsito. Apesar dos vereadores concordarem com a criação do órgão, alguns ainda discutem alguns pontos do projeto aprovado no plenário. A principal polêmica reside na questão dos funcionários da Urbs que seguirão na Secretaria com a mesma função. O vereador Denilson Pires relata que já existe uma definição sobre o assunto, já que cerca de 800 funcionários serão mantidos pela prefeitura. “Como os funcionários fizeram concurso seria justo que eles continuassem em seus empregos. Já há uma decisão para que eles sejam mantidos nos cargos e para que novos funcionários sejam contratados pela Secretaria”, explica ele.
Prof. Josete: atual projeto tem muitas polêmicas
fundamental, nos pega de surpresa até por conta da pressa com que nós votamos. Nós gostaríamos que essa Secretaria de Trânsito tivesse outras funções, mas diante do tempo aprovamos como veio, mas mais adiante podemos corrigir o que precisa ser corrigido”, opinou ele. Renan Araújo
autoridades se reúnem na câmara em evento organizado por vereador
Seminário discute soluções para melhorias na distribuição de água potável em Curitiba Nessa quinta feira, dia 24, o vereador Jair Cézar (PSDB) organizou um seminário com grandes nomes relacionados ao sistema de água de Curitiba na Câmara Municipal de Curitiba. O principal intuito das palestras era discutir os problemas em relação à qualidade da água potável no município de Curitiba e região. De acordo com o vereador, a ideia do seminário veio do questionamento se a água consumida nas escolas públicas era realmente confiável para o consumo. Como consequência dos seminários, Cézar as divide em duas fases. A primeira são os seminários em si, tomar conhecimento dos problemas relacionados à água e as possíveis soluções. A segunda fase é a coleta de amostras de água nos quatro ex-
tremos da cidade, e a análise delas em laboratórios especializados. Ele também afirma que não há o objetivo de prejudicar a empresa distribuidora de água, mas para esclarecer a qualidade da água consumida. Em entrevista, o atual presidente da Sanepar Fernando Ghignone afirma que há uma grande importância do seminário, pois aborda desde a distribuição, qualidade e abastecimento de água, mas de acordo com ele, “o respeito que a população deve ter ao consumo de água”. Ghignone também relembra que o verão é onde acontece o maior consumo de água, e que a Sanepar tem a preocupação que a água seja bem utilizada, pois a produção de água tratada tem limitação. Outro fato citado foi que embora a quan-
tidade e a qualidade dos aquíferos e rios paranaenses é farta, ele relembra a limitação do tratamento d’água e o problema relacionado à manutenção das caixas d’água. E como solução para esses problemas, ele cita que a população deve se conscientizar no armazenamento dessa água tratada, que muitas vezes adquirem problema durante esse armazenamento precário. Também estava presente no seminário a Coordenadora da Vigilância em Saúde Ambiental, Lúcia Isabel de Araujo, segundo ela o monitoramento da água é feito mensalmente e quando existe alguma amostra com o nível de cloro abaixo do estabelecido a concessionária é avisada para que exista uma descarga de cloro para acabar com o problema.
Ghignone: “o consumo da água deve ser moderado”
Lucas Vian Marina Bueno
O Deputado Federal pelo PT, Dr. Rosinha encaminhou a denúncia ao ministério público contra o Presidente da Câmara de Curitiba, João Cláudio Derosso, querendo que os promotores investiguem como está sendo utilizado o dinheiro gasto no jornal “Câmara em Ação”. No total foram levadas ao Conselho de Ética três ações contra Derosso. Apesar do relator da CPI do caso ter julgado que a pena máxima de Derosso seria de noventa dias, o Conselho, após o afastamento por 90 dias do presidente, decidiu arquivar duas ações contra o ex-presidente da Câmara. “A polêmica do início que era de apontar o número de dias, ficou por conta do arquivamento do processo que dois vereadores votaram a favor, porque o juiz já determinou o afastamento dele”, relata a vereadora Prof. Josete (PT) As denúncias foram feitas por que vereadores de Curitiba tinham contratos com duas agências de publicidade as quais tiveram os valores reajustados de R$ 5 milhões para mais de R$ 30 milhões. O tribunal de contas encontrou 18 indícios de irregularidades, entre elas não havia os tipos de serviços que essas agências serviam à Câmara, não havendo nenhuma licitação, sendo uma lei e padrão nesse tipo de contratação, e uma das empresas (Oficina da Notícia) pertence à mulher de Derosso. O tribunal de contas disse que não houve publicação no diário oficial quando foi feito esse contrato.
Karen Okuyama
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geral
Curitiba, 25 de novembro de 2011
PONTO TURÍSTICO FUNCIONA 10 HORAS POR DIA PARA evitar delitos
Reaberta, Rua 24h volta a receber público
Após ser fechada por atos de vandalismo, o local reabre após quatro anos de reformas para melhorar sua estrutura
Você sabia?
Qual é a sua opinião sobre a Rua 24 horas?
Maurice Costa, 39 anos, São José dos Pinhais
“Primeira vez que passeio aqui e é muito bonito.”
Tânia Coutinho, 55 anos, Fortaleza
“Já viajei pelo mundo e nunca vi uma rua 24 horas. É muito bonito.”
No ano da inauguração, o ponto turístico contava com 42 lojas que funcionavam 24 horas, incluindo nos feriados.
Fotos: Náthalie Sikorski
Maria José de Araújo Silva, 59 anos, Belém do Pará “Venho à Curitiba todos os anos e em 2007 a Rua 24 horas estava fechada. Agora que reabriu está linda! Muito bom, um ambiente bem harmonioso.”
Em 1991 a rua foi aberta por Jaime Lermer e instantaneamente se transformou em um marco para a cidade. Foi à primeira rua no país com funcionalidade de 24 horas. Em 2011, quem reinaugurou foi Luciano Ducci.
Movimento volta ao normal após reabertura da Rua 24 Horas, que ficou fechada por quatro anos
Locali zad a no cent ro de Cu r itiba, a Rua 24 Horas é um ponto turístico da cidade, e f icou fecha d a por qu at ro anos, por motivos de abandono e vandalismo. No dia 11 de novembro deste ano, foi reaberta. Antigamente, a rua realmente funcionava durante 24 horas, mas os lojistas começaram a fechar mais cedo, por medo da violência, até que todas as lojas inter romperam por completo seu movimento e a rua ficou aba ndona d a , sof rendo ca d a vez mais ações de vandalismo. Dav i Ca ma rgo, 34 a nos, corretor de imóveis que trabalha na administração da rua, disse que ela ficou fechada por tantos anos a pedidos da própria população: “Havia muito vandalismo, todos reclamavam”. Agora que foi reaberta, apesar do nome, a Rua 24 Horas tem como horário de base das 9h às 22h, e Camargo explicou como isso funciona na realidade: “As lojas que fecham o contrato com o espaço têm a obrigação de funcionar até às 22h, mas se eles quiserem funcionar até de madrugada, a estrutura vai ficar aberta. Nós só fechamos as portas da rua quando o último cliente da última loja vai embora. Isso é para podermos selecionar melhor
o nosso público e não corrermos o risco de fechar novamente”. Camargo tabém comentou que os estabeleciimentos mais procurados pelos clientes são os gastronômicos. “As pessoas vem bastante com intenção de ir aos restaurantes. A rua já conta com uma cafeteria, uma sanduicheria e um restaurante japonês, além de uma casa de chocolates. Estão para ser inaugurados um Subway e um Restaurante e Choperia Dom Casmurro, sendo o primeiro ainda esse mês, e o segundo apenas no ano que vem, entre janeiro e fevereiro”. Ana Day Kaseker, 19 anos, trabalha na cafeteria Liquori, que funciona na Rua 24 Horas. Ela comentou que o movimento realmente é intenso: “Tem muita gente que só passa pela rua, mas também tem muita gente que para, pelo menos para tomar um café”. O fechamento da Rua 24 Horas, e, consequentemente, sua reinauguração, afetou também as lojas de uma galeria vizinha, que tem abertura para essa rua. Lenira Miranda, 69 anos, balconista de uma loja de cristais e porcelanas, disse que o movimento na loja ficou praticamente nulo durante os quatro anos em que a Rua 24 Horas ficou fechada. “Agora, com a reinauguração, o movimento aqui
aumentou em 80%. Estou curiosa para ver como vai ser no meses de janeiro e fevereiro, porque a maioria é turista, e nas férias vem muita gente”, ela completa. Sobre os tursitas, os lojistas foram u nânimes ao af i r mar que a maioria de seu público é formada por eles. “Como a Rua 24 Horas é um ponto turístico e tem ligação com o ônibus de t urismo, o pessoal acaba chegando aqui dessa forma. Os moradores da cidade não prestam tanta atenção”, disse Lenira. Sandra Pinheiro tem 54 anos e mora em Fortaleza. Ela diz que vem muito à Curitiba e que sempre levava sua filha para passear lá, pois achava muito bonito e seguro, até que um dia chegou lá e a rua estava fechada: “Me espantei quando soube que o motivo era vandalismo, sempre achei que era muito seguro!”, ela disse. Agora, ao voltar a Curitiba, ficou surpresa a encontrar a rua aberta novamente, e declarou: “Está muito linda! Com mais alguns seguranças, acho que ela pode ficar realmente aberta 24 Horas sem perigo”. Ana Luísa Bussular Náthalie Sikorski Rhaíssa Silva
Agora a Rua conta com 13 estabelecimentos supervisionados pela administração, sendo que apenas 2 ainda não estão ocupados. Possuí 120 metros de extensão e 12 de largura. É formada por 32 arcos de estrutura metálica que é uma marca da moderna arquitetura curitibana. Em setembro de 2007, a prefeitura de Curitiba determinou o fechamento da rua, aduzindo que o local estava precário e que necessitava passar por modificações. O ponto turístico foi novamente inaugurado no dia 11 de novembro de 2011, às 11 horas. A obra para a reinauguração custou R$ 4,1 milhões de reais e levou um ano.
Fonte: Instituto Municipal de Turismo
geral
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Curitiba, 25 de novembro de 2011
Ônibus equipado com computadores estará nas ruas a partir das 10 horas da manhã
TRE vai em busca de eleitores curitibanos Para que ocorram as eleições biométricas em Curitiba é necessário que, no mínimo, 80% dos eleitores realizem o recadastramento no Tribunal Regional Eleitoral. Até o momento, apenas 52% efetuaram o novo cadastro. Faltando apenas um mês para o encerramento do prazo, o TRE a partir desta semana está disponibilizando uma unidade móvel, em terminais de ônibus, para que os cidadãos possam agendar sua visita ao órgão eleitoral. O serviço busca lembrar os eleitores da importância para o futuro e alertar sobre as melhorias no processo eleitoral, além de atender as pessoas que não possuem internet. Para a aposentada Maria de Fátima do Amaral, 67, a ideia da unidade móvel é bastante interessante. “Achei muito boa essa idéia de colocar um ônibus do terminal. Eu trabalho durante a semana e quando estou de folga,
tenho que colocar em dia os afazeres domésticos. Dessa forma, eu posso fazer o agendamento enquanto espero o ônibus” diz a aposentada. Apesar de buscar facilitar o processo, o pedreiro
“Eu posso fazer o agendamento enquanto espero o ônibus” Roberto Firmino, 42, acredita que o serviço poderia ser ainda mais eficiente. “Eles podiam não fazer apenas o agendamento aqui, mas o próprio recadastramento também. Assim o povo não precisaria ir até o TRE. Outra coisa que eles po-
diam fazer é ceder um ônibus que buscasse o eleitor na sua comunidade e levar até o Prado Velho”, sugere Firmino. A unidade móvel percorrerá cerca de quinze bairros diferentes da capital paranaense, ficando dois dias em cada local. O ônibus conta com quatro funcionários atendendo a população e além do motorista, que também é quem organiza as filas, auxilia e concede informações aos interessados. Segundo o diretor-Geral do TRE, Ivan Gradowski, as pessoas que não realizarem o agendamento até o dia 20 do próximo mês, poderão vir a ter transtornos futuros. “Estamos garantindo o serviço até essa data, face ao grande movimento de final de prazo e por questões técnicas. Portanto, quem não que aproveitar o prazo poderá enfrentar final para o atendimento”, conta o diretor. Quem deixar pra ultima hora, além de enfrentar filas, pode
Fotos: Stella Mafra
Com o baixo índice de eleitores que já fizeram o recadastramento, órgão eleitoral disponibiliza uma estação móvel nas ruas da capital
No terminal do Boqueirão, agendamento auxilia eleitores
correr o risco de não conseguir realizar o recastramento. “O não comparecimento do eleitor acarretará o cancelamento do seu titulo eleitoral”, finaliza Gradowski. Os eleitores que ainda não fizeram seu novo cadastro, devem comparecer ao Tribunal Regional
Última edição do evento reuniu 7 mil participantes
Conferência ocorreu no Expo-Unimed na universidade Positivo
Supremo Tribunal federal Carlos Ayres Britto. No último dia de palestras foi realizado um debate sobre a liberdade de imprensa. O advogado Greigson Tomacheuski, participante do evento contou que houveram divergências de idéias entre os palestrantes, pois para o deputado federal Emiliano José, tem que haver uma instituição do estado que controle a imprensa e já possui um projeto sobre o assunto. Já para o advogado Miguel Reali, isso é inviável, pois voltaremos a um sistema ditatorial e que o correto seria que os próprios jornalistas fizessem seu próprio conselho. Segundo o vice-presidente da OAB, Alberto Machado, um dos grandes pontos da conferência, é discutir o aperfeiçoamento do estado brasileiro. Paula Werneck Rafaela Campagnoli
Reprodução
Ordem dos Advogados do Brasil realizou o evento novamente na capital, tendo como lema a defesa das liberdades, da democracia e do meio ambiente. Entre os participantes estavam presentes nomes como o senador Aécio Neves, o Ministro da Educação Fernando Haddad, e o Ministro do
Rogério Scarione William Borges
Fim da violência a mulher
Conferência Nacional de Advogados levanta novas ideias sobre liberdade A XXI Conferência Nacional dos Advogados terminou ontem com palestras que debateram temas como: cotas raciais, proteção ambiental, desenvolvimento e controle da comunicação do país deixando diversas idéias para advogados e estudantes. Depois de trinta e três anos, a
Eleitoral, que fica na Rua João Parolim, n0 55, no bairro Prado Velho. É necessário portar o RG, CPF e comprovante de residência.
Manifesto marca dia internacional da não violência
A pouco mais de 10 anos a Organização das Nações Unidas reconheceu a data de vinte e cinco de novembro como dia internacional da não violência a mulher. Neste ano, a União Brasileira de Mulheres está lançando o manifesto “Pelo fim da violência contra mulheres e meninas. Pela completa aplicação da Lei Maria da Penha” em todo o país. O documento trata das diferentes formas de violência ainda presentes no cotidiano das mulheres, da implementação da lei Maria da Penha e dos avanços já conquistados com as políticas públicas de segurança feminina. A UBM, também ressalta a importância dos serviços de combate a violência e da central de atendimento a mulher- ligue 180- que registou 343.063 denúncias de janeiro a julho deste ano.
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cidade
Curitiba, 25 de novembro de 2011
primeira semana do circuito natalino tem grande movimento e anima artistas
Há 15 anos feiras geram lucros a autônomos quando os feirantes encerram expediente uma empresa terceirizada, contratada pela prefeitura e paga pelos trabalhadores, se responsabiliza e cuida para que as barracas não sofram danos. Serviço As feiras funcionam diariamente das 10h às 22h e vão até a o dia 23 de dezembro. Isabelle Warzinczak Juliana Pivato Thiago Radael
Movimentação na feira natalina da Praça Osório
Isabelle Warzinczak
trabalhei em restaurantes, mas hoje consigo me manter só com as feiras da cidade”, afirma. Além da praça Osório, as feiras também acontecem na praça Santos Andrade. As barracas verdes representam “presentes”, ou seja, produtos não relacionados ao tema, e as vermelhas são de produtos natalinos. Segurança Durante a realização da feira, a PM e a Guarda Municipal fazem ronda pelo circuito, e
Thiago Radael
Feirantes esperam que os lucros sejam altos
Visitante admira produtos numa das barracas da feira
cavaleiros que comentavam manchetes jornalísticas são lenda da boca maldita
Senhores discutem notícias diárias A Boca Maldita em Curitiba reúne um público prioritariamente masculino ao redor de cafés, bares e restaurantes na Avenida Luiz Xavier. Os até então chamados de “Cavaleiros da Boca Maldita” aproveitam seus dias para discutir assuntos de manchetes dos jornais diários. Os membros fundadores do tal grupo faleceram há alguns anos, e atualmente no centro da capital, reúnem-se uma outra geração de profissionais de várias áreas para trocarem conversas, sabedoria e pensamentos. Muitos nem utilizam a denominação de “Cavaleiros”. O chefe de cozinha, Ivo Artur, 66, tinha uma loja no centro, e conta que dois dos lugares mais procurados para tais conversas eram dois, o Café Ouro Verde,
fundado por gregos e um café do outro lado da rua, que pertencia a uma família turca. Ivo diz que “o nome de Cavaleiros é uma coisa folclórica, sem importância nenhuma, e o pessoal que fundou já morreu a mais de dez anos”. Carlos Fernando Mazza, 65, jornalista, relata que na época dos “Cavaleiros”, a sociedade intelectual curitibana, artística e social frequentava o centro e participava mais das conversas cotidianas. “Hoje não existe mais essa história”, completa o jornalista. Segundo Ivo, agora encontros e conversas são casuais, nem todos que estão ali discutem as notícias do dia. Para muitos é um momento de lazer e de distração com boas companhias. Melanie Lisbôa
Isabelle Warzinczak
Muitos artesãos encontram na época de Natal uma oportunidade para complementar a renda familiar a partir das feiras culturais proporcionadas pela prefeitura de Curitiba. Geralmente são realizadas quatro feiras principais anuais, como a da Páscoa, Natal, Inverno e Dia das Crianças. Na Praça Osório, Amélia do Rocio Oliveira, exibe suas obras. Ela tem um pet shop, mas participa das feiras há 10 anos e diz que nessa época, fatura mais do que normalmente em seu emprego formal. Amélia confecciona bonecos, mas seu forte mesmo são as roupinhas para cachorro, “tenho de papai-noel, com enfeites de biscoitos natalinos e sou só eu da feira que produzo uma linha pet e elas são baratas”, complementa orgulhosa. A feirante também comenta que vários turistas visitam a feira. Vanda Florenzano, 74, pensionista, mora no centro perto da Praça Osório e sempre frequenta as feiras que acontecem principalmente no natal. “Compro vários enfeites, deixo meu condomínio bem enfeitado, o preço é bem em conta comparando com as outras lojas por aí” afirma. Todo ano se inscrevem mais de mil artesãos, a seleção é feita a partir da avaliação de três trabalhos. Os melhores, cerca de cem inscritos, conseguem essa oportunidade. No total são 57 barracas, sendo que cada uma possui cinco artistas. A taxa de inscrição custa R$ 140 para cada artista e a segurança, que custa cerca de R$ 620, é divida entre os locatários da mesma barraca. A Praça Osório também conta com uma série de barracas que representam países e estados, cada uma com suas respectivas comidas típicas. Na barraca da Polônia, Miroslow Bover, 52 anos, trabalha com refeições desde que chegou ao Brasil, por volta da década de 70. “Faz 20 anos que faço pierogi, sou conhecido pela qualidade do que vendo. Já
Thiago Radael
Oportunidade de ganhar dinheiro e exibir suas criações atraem trabalhadores para participarem das feiras anuais da Praça Osório
Ivo Artur conta a história dos Cavaleiros na Boca Maldita
educação
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Curitiba, 25 novembro de 2011
paralização mensal procura pressionar o governo para receber resolução de suas pautas
Docentes se mobilizam Ontem houve mais uma mobilização mensal dos professores da UFPR (Universidade Federal do Paraná) para reivindicar seus direitos e receber uma resposta oficial da administração da Universidade sobre as pautas emergenciais que ainda não foram solucionadas. O evento aconteceu na Associação dos Professores, no auditório Carlos Peraro, na Escola Técnica, por volta das 14h. Na assembléia, foram debatidas pautas nacionais e estaduais para uma análise de todos os objetivos já conquistados no Paraná e em todo o país. André Lima, professor do Departamento de Teoria e Prática de Ensino, afirma estar pessimista quanto ao anda-
mento das negociações, e complementa que “particularmente eu acho que tende a uma futura greve devido ao descaso e a recusa em negociar”. Docentes ainda acreditam que os maiores obstáculos que precisam enfrentar estão ligados à participação dos professores nas reuniões e debates acerca dos assuntos abordados pela assembleia. A professora de Ed. Física, Astrid Avila afirma que “faz três anos que os assuntos da pauta estão para ser resolvidos, não dá para aceitar tanta demora parece deboche. A gente vem para ter uma resposta e a reitoria só informa que será encaminhado”. Na última greve em agosto desse
ano, algumas reinvindicações foram atendidas, como por exemplo: a respeito diminuição da carga horária dos professores, questões ligadas à saúde entre outras, entretanto, existem algumas questões que precisam ser analisadas. Melissa Almeida, professora de psicologia e Diretora de Imprensa da APUFPR (Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná), explica que “se as medidas não forem tomadas até 24 março de 2012 é provável que aconteça uma nova paralização”. Isabelle Warzinczak Juliana Pivato
Isabelle Warzinczak
Professores concordam que existe lentidão na análise das pautas apresentadas
Mobilização dos docentes afeta aulas na Federal Thiago Radael
Mobilização da Apufpr teve participação de cerca de 30 professores associados
“Vai atrapalhar meu Natal e Ano Novo, pois vou passar estudando, e ter aulas no verão é desgastante!”.
“Duas semanas a mais de aula, não é tão ruim, uma questão compensa a outra”.
“A luta é muito maior do que semanas a mais de aula, a qualidade no meu curso continua a mesma”.
Fernanda Hahn, 17 anos, engenharia elétrica
Tassiane Fontana, 20 anos, ciências biológicas
Leonardo Michelleto, 21 anos, história
aumento de aulas inquieta alunos
Aulas serão compensadas na véspera do fim do ano Depois da greve dos professores da UFPR (Universidade Federal do Paraná) em agosto, o calendário acadêmico anual sofreu alterações. A maioria dos alunos reclama por ter que compensar o tempo que não teve aula na véspera de festas de fim de ano. A decisão tomada pela Universidade gerou desagrado principalmente para alunos que devem ficar em recuperação final, pois já na primeira semana de janeiro devem retornar para as provas. Para a estudante de psicologia Mariana Abuhamad, 21 anos, natural de Ourinhos, São Paulo, o novo calendário alterou não só a programação das suas férias como a da sua família. Segundo ela, “a greve não valeu tanto a pena pelas consequências que trouxe. Esse foi o pior semestre que eu já tive, os professores não adaptaram todo o conteúdo para pouco tempo de aula”, reclama.
Paula Arenhart, 25 anos, também estudante de psicologia, conta que a qualidade de algumas aulas está bem baixa. Entretanto, ela acredita que “quem tem vontade de estudar e se empenha para ser um bom profissional, isso não vai resultar numa má formação”. A professora de Direito, que preferiu não se identificar, explica que o resultado da greve também está prejudicando os professores, e segundo ela o aumento de 4% que os professores conseguiram poderia ter sido negociado sem a greve. Mãe de dois filhos, a profissional teve de colocá-los na colônia de férias da escola (que funciona apenas até o dia 16), enquanto as aulas da Federal não chegam ao fim. Quando questionada sobre as provas finais, afirma não saber como fará com as crianças. Isabelle Warzinczak Juliana Pivato
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saúde
Curitiba, 25 de novembro de 2011
Férias e feriados prolongados são motivos para a queda no número de doadores de sangue
Taxa de doação de sangue cai no fim do ano O número de doações de sangue tem queda de aproximadamente 35% entre novembro e fevereiro. Apesar de hoje ser o dia nacional do doador de sangue, isso não influencia na quantidade de doadores. Segundo Rosimara Ganassoli, 28, enfermeira do Hemobanco de Curitiba, há necessidade de cerca de 200 voluntários por dia para suprir a quantidade de transfusões de sangue realizadas nos hospitais da capital. No fim do ano, no entanto, esse número cai para 130. “A queda acontece por causa das férias e dos feriados prolongados”, explica Rosimara. Apesar de pequena, a quantidade de homens que doam sangue é maior do que a de mulheres. A enfermeira explica que isso acontece porque o intervalo entre cada doação é maior para as mulheres (60 dias para homens e 90 para
mulheres). O intervalo é necessário para que haja a reposição de ferro, eliminado durante a doação. As mulheres demoram mais para repor o sangue, devido ao ciclo menstrual. A dona de casa Olguinha Denzer, 49, está doando sangue pela primeira vez. “Achei que ia passar mal, mas foi tranquilo”, conta. Seu neto nasceu prematuro de 28 semanas e precisou de transfusão sanguínea. Por ter utilizado sangue do banco, Olguinha está repondo para o Hemobanco. Doador há 30 anos, o empresário Amauri Rieck, 48, precisou de uma transfusão de sangue em 2007, durante a complicação de uma cirurgia para retirada de um tumor no cérebro. Dois anos após a cirurgia, Rieck voltou a ser voluntário. “Eu precisei de uma transfusão, mas as pessoas devem pensar que estão
“Não tenha medo. Pense que quem precisa tem mais medo que você”
ajudando alguém hoje, e não que vão precisar um dia”, declara. Esta também é a opinião de Maria Rosana da Silva, 41, doadora de sangue e auxiliar de hemoterapia (quem retira o sangue do doador). Ela acredita que as pessoas não devem ter medo de ajudar as pessoas. “Pense que quem precisa tem mais medo que você”, afirma. Welington Peres, técnico de enfermagem de 23 anos, está doando sangue pela segunda vez. “Estou me voluntariando porque o filho recém-nascido de uma amiga minha fez uma cirurgia cardíaca e está precisando de sangue”, conta. Patrícia Gavloski, 24, também está doando pela segunda vez, e pelo mesmo motivo de Peres. Ela afirma que a doação não dói e que isto é algo bom a se fazer para quem precisa. Rosimara explica que o tipo sanguíneo mais comum é o O+ e que o mais raro é o AB+. Entretanto, na falta desse, ou qualquer outro tipo de sangue, é possível utilizar o O-, por ser o doador universal.
Fotos: Gabriela Rodrigues
Apesar do dia nacional do doador de sangue, o número de voluntários cai, em média, 35% no período entre novembro e fevereiro
Amanda Scandelari Gabriela Rodrigues
Olguinha repõe, para o Hemobanco, o sangue utilizado pelo neto
Welington Peres doa sangue pela segunda vez
Benefícios para quem doa sangue
Requisitos para ser um doador Intervalo entre cada doação: Entre 18 e 67 anos
Mulheres - Três meses Homens - Dois meses
Cirurgias:
Pequeno porte - Após três meses Grande porte - Após seis meses Extração dentária - Após uma semana
Peso:
Mais de 50 quilos
Quem tiver:
Piercings - Três dias após a inserção, se feita com objetos esterelizados Tatuagens - Um ano após tê-la feito
Não pode doar se:
Fonte: Hemobanco PR Secretaria da Saúde PR
Tiver qualquer doença sexualmente transmissível Tiver diabetes (dependentes de insulina), epilepsia, doença renal crônica e hanseníase Tiver adquirido hepatite B ou C For usuário de drogas injetáveis
Arte: Amanda Scandelari e Gabriela Rodrigues
Idade:
• Doadores de sangue que possuem carterinha de doador atualizada há menos de seis meses, pagam meia entrada em jogos de futebol e e cinemas. • Segundo o artigo 473 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), o empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário por um dia, em cada doze meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada.
bairros
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Curitiba, 25 de novembro de 2011
No Prado Velho obras foram mal executadas e causam desconforto geral
Revitalização de calçadas atrapalha moradores Moradores do bairro Prado Velho prestaram queixas para as secretarias do Urbanismo e do Meio Ambiente, sobre a construção de guias altas em frente a entradas de garagem feitas na quarta-feira, 23. Para eles, as obras nas calçadas ao longo da Rua Guabirotuba foram mal planejadas e vêm prejudicando muitos dos residentes. Ramiro Borille que mora em um dos prédios da rua afirma que os trabalhadores que efetuaram a obra alegaram só estar seguindo os croquis elaborados pelo setor de urbanismo da prefeitura. “É um absurdo! Maior parte dos moradores está insatisfeita”, desabafa Borille. Regina Villatore conta o transtorno pelo qual ela e o marido passam: “não temos como entrar na garagem do prédio e temos que estacionar um de nossos carros a uma quadra de distância e o outro em um estacionamento rotativo”.
Pauline Féo
Demoras na conclusão e desorganização do processo trazem insatisfação não só aos residentes mas também aos comerciantes
Obras no bairro Prado Velho dificultam acesso e causam transtornos
As obras nas calçadas vêm acontecendo há mais de um mês e desde o seu início os residentes da rua reclamam da falta de organização. A massoterapeuta Elisabete Picussa se sente muito prejudicada e diz ter ligado imediatamente
para a prefeitura, mas não recebeu nenhuma resposta concreta. “Eles planejaram essas obras sem pensar em nós.”. Ela acredita que os moradores terão que se unir e insistir muito para que consertem os erros cometidos essa semana.
As obras Em todos os bairros de Curitiba os moradores têm a mesma reclamação: as calçadas. Neste ano, foi dado início às obras em toda a cidade que pretendiam mudar essa opinião unânime. No entanto, fatores como a demora e a desorganização do processo têm trazido ainda mais insatisfação. Luiz Vieira, gerente de uma loja na Rua Desembargador Motta, no centro, conta que o problema mais comun é a dificuldade de acesso para pessoas idosas e deficientes. Ailton da Silva, contratado da empresa terceirizada pela prefeitura para realizar as obras garante que a tarefa é mais complicada do que parece. “Quando chove, tudo vira barro e nós não podemos trabalhar. Isso atrasa toda a obra.”, ele justifica.
BARRACAS OFERTAM VEGETAIS, CEREAIS, CARNES E TEMPEROS AOS CLIENTES
Pauline Féo
De terça a domingo 6 bairros diferentes recebem feiras
De Terça-feira a Domingo, diariamente, no mínimo 6 bairros de Curitiba recebem simultaneamente feiras livres em suas ruas. Hoje, aproximadamente 254 feirantes organizam-se em barracas de frutas, verduras, legumes, carnes, cereais, frios, laticínios, temperos e armarinhos. As feiras livres geram direta e indiretamente, para a cidade, cerca
de 3240 empregos e são responsáveis pela comercialização semestral de 896 toneladas de produtos. Segundo a prefeitura de Curitiba, 60% dessa comercialização correspondem aos alimentos classificados como hortifruti. Dentre os 254 feirantes, 38 são também produtores, Marcia de Fátima Groniski, 52 anos, é uma delas. Junto com seu marido, conhecido
Os clientes aproveitam tudo aquilo que a feira oferece
por todos como Seu Chico, 55 anos, ela cultiva no sítio onde mora quase um terço de tudo o que vende. “Tentamos fazer a nossa parte, mas a maioria das coisas vem de distribuidores maiores, ou compramos direto no CEASA”. Seu Chico, que trabalha na feira a 40 anos, conta que ela vem sendo o sustento da família desde a geração passada. “Mas não pretendo passar para frente, quando me aposentar vou vender o ponto”, revela dizendo que quer outro futuro para seus filhos. Para a professora universitária Samira Kauchakje, que mora na Rua Dom Pedro II, no Batel, a feira que acontece todas as quintas-feiras na sua rua só a faz gostar mais do próprio bairro. “É pitoresco, dá uma sensação grande de pertencimento” explica ela, e acrescenta que poder comprar produtos mais frescos que
nos supermercados é o que faz a feira valer a pena. Já o estudante Jaílson Almeida, 26 anos, não concorda com a bagunça que os feirantes deixam nas ruas depois de terminado o trabalho. “Frutas podres, folhas e mais folhas de alface além de caixas de madeira ficam espalhadas na porta do meu prédio”, reclama o jovem. Segundo a fiscal Rosemari Araújo, todo o lixo é recolhido assim que a feira termina. Ela explica também que os feirantes seguem uma série de regras que melhoram a organização e prezam pela higiene durante o trabalho e as vendas. “Todas as barracas tem que estar prontas para atender aos clientes às 7 horas da manhã. O uso de avental é obrigatório e o preço de cada produto deve estar em um lugar visível”, comenta.
Ter uma feira no bairro me dá uma sensação de pertencimento
Olívia D’Agnoluzzo
Feiras Livres Terça-Feira - Feira Rebolças R. Nunes Machado Das 07:00 às 11:30 - Feira do Jd. Botânico R. Cel. João da Silva Sampaio Das 07:00 às 11:00 Quarta-Feira -Feira do S. Francisco R. Davi Carneiro Das 07:00 às 11:30 - Feira do Boa Vista R. N. Sra. de Nazaré Das 07:00 às 11:00 Quinta-Feira - Feira do Ahú R. Colombo Das 7:00 ás 11:30 -Feira do Batel R. Dom Pedro II Das 7:00 às 11:30 Sexta-Feira - Feira do Água Verde R. Cel. Dulcídio Das 7:00 às 11:30 - Feira do Jd. Social Pç. Mto. Heitor Vila Lobos das 07:00 às 11:00h Sábado - Feira do Alto da Glória R. Alberto Bolliger Das 7:00 às 13:00 - Feira do Portão R. Pedro Hansaul Das 7:00 às 12:00 Domingo - Feira do Prado Velho R. Francisco Nunes Das 08:00 às 12:30
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polícia
Curitiba, 25 de novembro de 2011
ROUBOS E FURTOS ESTÃO ENTRE AS PRInCIPAIS INFRAÇÕES COMETIDAS POR MENORES
Aumenta o número de jovens infratores no PR você acha justa a pena para menores?
“Deveria ser maior, pois assim os jovens pensariam duas vezes.” André Santos, 23, consultor de vendas
“Eles entram no educandário, mas acabam aprendendo outros crimes.” Andressa Nunes,18, estudante
“Se agem como adultos, devem ser julgados como tais.”
Entre os atos mais cometidos por menores encontram-se furtos, roubos, lesões corporais, injúria, calúnia ou difamação, vandalismo, abusos, estupros e até homicídios. Segundo o delegado da Delegacia da Criança e do Adolescente, Roberson Pozzobon, os principais delitos praticados são relacionados ao tráfico de drogas e cometidos por jovens de 16 e 17 anos, de classes menos abastadas. Crianças e adolescentes de até 18 anos que praticam algum ato classificado como crime são chamados de menores infratores. “A maioria dos menores infratores que chegam aqui, tanto com leves ou graves delitos, são usuários ou traficantes de drogas que praticam a infração para sustentar o vício”. Estes podem ser apreendidos por flagrante ou por boletim de ocorrência circunstanciado, o chamado inquérito policial. Neste a vítima faz uma denúncia que será averiguada pelos investigadores da Policia Civil e caso seja comprovada, o menor é localizado
e levado à Delegacia para acordo ou audiência com o juíz. Investigado ou por flagrante, quando o menor infrator chega à Delegacia do Adolescente, ele fica numa cela temporária aguardando o julgamento. O tempo de espera da sentença não pode passar de 45 dias. O Ministério da Justiça estuda e avalia o caso para tomar a decisão, levando em conta a criação, educação e condições do menor para proferir a sentença, depois avaliada pelo juíz. A penalidade depende da gravidade do ato e da idade do infrator. Para crianças de até 12 anos, segundo os artigos 101 e 105 do ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, estas medidas podem ser o encaminhamento aos pais, orientação, advertência ou prestação de serviços comunitários. Já para o adolescente as penalidades são um pouco mais rígidas, “dependendo da situação e da sentença, o menor é encaminhado ao Educandário de Piraquara e internado. O período máximo na
Fotos: Daniela Maccio
70% dos menores infratores se tornam reincidentes. Três anos no educandário são suficientes para a reeducação desses adolescentes?
Delegacia da Criança e do Adolescente no Capão da Imbuia
reabilitação é de três anos, não consecutivos e a cada seis meses o infrator é reavaliado. Caso ele possua um bom comportamento, é solto”, afirma o delegado. Segundo a Subsecretaria de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, cerca de 70% desses adolescentes acabam se tornando reincidentes. Para a empresária Nadia Moraes, “o adolescente pode tirar a vida de
alguém para sempre e pagar por isso em apenas três anos, não é justo”. Pozzobon avalia: “mas vai adiantar o menor ficar dez anos no educandário? O que ele tem que aprender, aprende em três. Não é a internação que vai resolver o problema. O que soluciona é a reeducação e a conscientização”. Carolina Chinen Maiara Stival
PARANÁ TEM UMA DAS TAXAS DE MORTES VIOLENTAS MAIS ALTAS DO PAÍS DE ACORDO COM O ANUÁRIO BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA TAXAS DE ASSASSINATOS EM 2010
CRIMES VIOLENTOS LETAIS
MORTES POR AGRESSÃO NO PARANÁ
Ana Maria Amorim, 45, gerente de vendas
3.713 mortes
2008
2009
2010
Arte: Fernanda Vargas
3.434 mortes
2010
2009
2008
1º
3.271 mortes
7º
2.950 mortes
10º
3.458 mortes
BAHIA: 4.442 mortes
Pamela Batista, 19, operadora de caixa
PARANÁ: 3.276 mortes
“Deveriam analisar a situação, não a idade do infrator.”
RONDÔNIA: 548 mortes
3.601 mortes
esporte
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Curitiba, 25 de novembro de 2011
Lutadores afirmam que o crescimento do esporte aconteceu de forma tardia no país
MMA é tendência em academias de Curitiba A expansão do MMA (Mixed Martial Arts) é visível aos olhos de qualquer pessoa. Grandes emissoras transmitem o esporte em televisão aberta, e contribuem para a popularização do mesmo. Durante o treino de ontem, 24, na Universidade da Luta, o lutador profissional João Paulo de Souza, 28, mais conhecido como Tuba, afirmou, no entanto, que esse crescimento é tardio. “O primeiro UFC (Ultimate Fighting Championship) aconteceu há 10 anos, acredito que a mídia nacional segurou o crescimento do MMA, por conta da cultura do futebol. E hoje chegou um ponto que não tem mais como segurar o crescimento desse esporte”, conta o atleta. Segundo o lutador e professor de Muay Thai, da academia, Luciano Contini, 26, o MMA é um dos esportes que mais gera dinheiro. E mesmo estando em uma crescente nos últimos cinco anos, este é o
primeiro em que todo o mundo tem a oportunidade de acompanhá-lo. Jetron Azevedo, 29, conhecido como “Amaral”, acredita que outro fator de popularização do MMA é mudança na visão da população.
“Eu acredito que Curitiba é a pior cidade em questão de apoio ao atleta” “Isso está acontecendo porque o pessoal agora tem uma visão melhor do esporte, muitas mulheres e crianças passam a querer praticar o MMA, coisa que antes não se via”, afirma o lutador profissional. O Brasil e a cidade de Curi-
tiba são considerados celeiros de grandes campeões nas lutas. O Vale-tudo foi criado no país e o Muay Thai foi evoluído na cidade com os mestres Rudimar Fedrigo e Rafael Cordeiro. Para Contini, o diferencial de Curitiba também é o clima. “A cidade é muito fria, então a galera procura esportes que sejam realizados em ginásios”, diz o professor. Mesmo o município sendo um pólo de revelação de atletas, Luciano Contini diz que patrocínios ainda são escassos. “Os atletas profissionais sobrevivem de treino, luta e patrocínio. Acredito que Curitiba é a pior cidade em questão de apoio ao atleta. São Paulo e Rio de Janeiro tem o olho mais aberto para o esporte”, desabafa o lutador. Mas com o esporte em alta na mídia, as esperanças de melhora aumentam. Para profissionais do MMA, lesões e machucados são constantes, devido a rotina incessante de
perigo de pedalar nas estradas preocupa atletas
Dificuldade em conseguir patrocínios dificulta profissionalização de ciclistas
Os ciclistas Ricardo da Silva Moraes e Eduardo Lewin treinaram ontem na BR 277 e contaram que a profissionalização do atleta de ciclismo no Brasil é muito difícil e cara. Para Ricardo, conseguir inscrever sua equipe nos programas de incentivo ao esporte do governo é o que os impede de receber mais verbas. Os esportistas afirmaram que a rotina de treinos é intensa e eles ainda enfrentam os perigos da estrada onde treinam. Ricardo da Silva Moraes, 22, pedala há sete anos, e tenta ser profissional há três. Ele já ganhou vários títulos com sua equipe, a qual hoje é bicampeã de ciclismo de pista. Para ele ser um atleta profissional do ciclismo no Brasil é muito difícil, porque para tal, é preciso dinheiro dos patrocinadores, e o atleta conta que aqui no Paraná, as empresas não se interessam por esse tipo de atividade.
“Estamos tentando conseguir mais renda com a lei de incentivo ao esporte do governo federal. Por que com isso, as empresas que querem patrocinar o esporte tem abatimento no imposto de renda, proporcionalmente ao quanto você patrocina” explica Moraes que conta que o projeto ainda não foi aprovado, mas a equipe acredita que até dezembro será aprovado o projeto. O ciclista Eduardo Lewin, 32, já morou e competiu na Europa, ele conta que lá a realidade para a profissionalização de um atleta é diferente. Segundo ele é costumeiro empresas patrocinarem ciclistas se o atleta mostra bons resultados. Lewin também afirma que é muito difícil ser um atleta profissional de ciclismo no Brasil, e ainda complementa que não é possível viver só do ciclismo, é preciso estudar, fazer uma faculdade e, se for possível,
conciliar as duas carreiras. A rotina de treinos é levada a sério por toda a equipe, os integrantes pedalam na estrada 277. O treino depende do objetivo da equipe para a prova. “Quando tem prova de estrada , temos treinos de até 6 horas vamos pela estrada da Graciosa ou pela serra do mar. Quando a prova é em velódromo chegamos a passar uma tarde inteira no velódromo do Jardim Botânico”, explica o atleta. Os ciclistas afirmam que o treinamento na estrada é muito perigoso, “tem muito carro que trafega em alta velocidade e entra no acostamento sem ver se tem ciclista e quase bate na gente”, conta Lewin. Moraes explica que “para evitar acidentes, sempre tentamos andar na extrema direita da pista e apontar para nossos colegas se há algum buraco no chão”. Beatriz Zanelatto
Beatriz Zanelatto
A expansão do Mixed Martial Arts no Brasil pode ser justificada pelas grandes coberturas realizadas pelas emissoras de televisão
Tuba lutando com seu colega ontem no treino profissional na UDL
treinamentos. Alexandre Ramos, mais conhecido como Sangue, luta há 7 anos e afirma: “Se lesionar faz parte da profissão, todo trabalho tem sua parte ruim, a gente que trabalha com o corpo volte e meia tem uma lesão, mas é normal”. Sua rotina de treinamento inclui durante
as manhãs os treinos profissionais de MMA. Terça, quinta-feira e sábado preparação física a tarde, e de noite Jiu Jitsu. Segunda, quarta-feira e sexta, treina boxe durante a tarde. Camila Castro
Campeonato Brasileiro Neste fim de semana, Atlético, Coritiba e Pa raná jogam com objetivos distintos nas competições. O tricolor é o primeiro a entrar em campo, o jogo será sábado contra o Bragantino, na Vila Capanema, às 17h. Dependendo apenas dele para evitar o rebaixamento, um simples empate na partida garantirá a permanência do Paraná na série B do brasileiro. Caso o Paraná Clube seja derrotado, será preciso que um dos times que também brigue para não cair (ASA, São Caetano ou Icasa) não ganhe. O jogo é válido pela última rodada da competição. Coritiba e Atlético Paranaense jogam pela série A, no domingo, também às 17h. O Alviverde enfrenta o rebaixado Avaí, no Couto Pereira. Para entrar ainda nessa rodada no grupo de classificação para a Libertadores, o Coritiba precisa vencer o jogo e torcer para combinações de resultado em quatro jogos, são elas: Figueirense x Corinthians (vitória do Corinthians), Palmeiras x São Paulo (vitória do Palmeiras ou empate), Flamengo x Internacional (não podem empatar) e Atlético Mineiro x Botafogo (vitória do Atlético ou empate). O Rubro-negro encara, assim como o rival, um time já rebaixado, o América Mineiro. O jogo é fora de casa, no Parque do Sábia. O Atlético precisa somar três pontos, para manter as chances de permanência na elite até a última rodada do campeonato sem depender de outros resultados. Em caso de empate, o Furacão terá que torcer por um empate no confronto entre Ceará e Cruzeiro, ou vitória do Ceará. Se o rubro-negro for derrotado, apenas um empate entre Ceará e Cruzeiro ainda mantém o time na série A.
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economia
Curitiba, 25 de novembro de 2011
Preços baixos e fácil acesso atrai consumidores para o comércio de rua
Comércio popular é renda para famílias Ambulantes gostam de trabalhar na rua, eles dizem que esse tipo de trabalho é muitas vezes mais rentável que um emprego formal
Heloisa Ferreira
O comércio de vendedores ambulantes, os camêlos, distribuídos por toda a cidade, influenciam na economia da capital. Além dos produtos serem vendidos no meio da rua e os preços baixos atraírem a clientela, esse tipo de comércio é a única fonte de renda de várias famílias, que dizem gostar de trabalhar assim, e por vezes lucram mais que se tivessem um emprego formal. O comerciante Ivonei Costa de Sousa, 40, diz que trabalha com esse tipo de comércio desde os 17 anos. “ Já trabalhava com meu pai e continuei. Hoje ser camelô é minha profissão”, afirma Sousa. Os valores dos produtos da barraca de Sousa, variam . As bolsas custam entre R$20 e R$40 , os bonés es- Consumidores procuram frutas frescas pela manhã tão entre R$10 e R$20 e os óculos cedor e a safra. De acordo com a sumo não diminuiu. Chegando a entre R$10 e R$15. “ Dependendo comerciante Ester Fragazi, 24, a temporada de verão, o movimento do mês consigo lucrar quase 2 mil primeira safra sai mais caro e o em barracas de fruta aumenta, e o reais, com a minha formação não preço vai diminuindo ao decorrer consumo é grande. “O movimento é grande pela manhã, às 10h, conseguiria ganhar isso em uma do ano. empresa”, alega Sousa. Embora o preço das frutas enquanto as frutas estão frescas, Já os preços das barracas de tenha subido quase 100 % em e em torno das 15h.”, diz Fragazi. fruta mudam conforme o forne- relação ao ano passado, o con- A grande movimentação diária,
aliada a correria de estar em uma região central, compensa no final do mês: “Chego a lucrar entre R$1000 e R$1500 com a venda de frutas. Meu marido trabalha em um empresa e ganha quase o mesmo que eu”, completa. Vitória, 65, aposentada diz que o comércio ambulante a atrai, pois
alimentos importados são os que mais sofreram alta
como são vendidos nas ruas, os preços são mais baixos. “ Muitas vezes o mesmo produto tem um preço muito maior por ser vendido em uma loja de verdade. Além de serem mais baratos, a acessibilidade é maior”, alega. Para João Batista, 60, vendedor de água de coco, o caos do centro não é problema. Trabalhando com comércio ambulante há mais de trinta anos, gosta de trabalhar na rua. João diz que trabalha com a esposa e lucra cerca de R$3000 reais por mês. “Com a chegada do verão a vendas aumentam quase 30%”, conclui Batista. Andréia Bastos, 32, vende diversos produtos na Avenida das Torres. “Vendo desde frutas até carregadores de celular”. Ela afirma que o ponto é bom, pois há bastante movimentação por conta do aeroporto. “Apesar de ser um trabalho duro, consigo sustentar a minha família com esse trabalho.” afirma Andréia. Anna Bárbara Tuttoilmondo
Com a aproximação do fim do ano o comércio da cidade se intesifica a procura de produtos para as festividades. Os alimentos importados foram os que mais sofreram com a variação da moeda. O economista Pedro Lelis, diz que a valorização do dólar afetou a agricultura e pecuária e, como consequência os produtos para a ceia de natal. “A castanha está 36% mais cara e o damasco teve alta de quase 18%”, afirma Lelis. Aline carvalho, 22 anos é subgerente de vendas de uma loja de vinhos e queijos no mercado municipal. Ela diz que como trabalham com produtos importados o preço destes subiram muito de acordo com o valor do dólar. A loja então, encontrou uma alternativa para que os produros não sofressem
uma alta de preço tão grande. “Esse ano encomendamos os produtos com antecedência, porque o dólar estava baixo no início do ano”, afirma Aline. Ricardo Lemos, 50, dono de uma loja de produtos importados disse que os peixes sofreram grande alta. “O bacalhau teve uma varição em relação ao ano passado de quase 200%”, alega Lemos. Vera Benzza, 60, é proprietária de uma frutaria. Ela diz que o aumento dos produtos subiram muito em relação ao ano passado. “Eu comprava uma caixa de uva por R$27, nesse ano comprei por R$45”, afirma Benzza. Ela diz que as frutas como pêssego e a ameixa são ainda mais caras no começo da safra. Raquel Odesia Macedo, 51, faz
bolos e doces para completar a renda de casa. Ela diz que os pedidos aumentam muito no fim do ano, entretanto os preços dos produtos também sobem. “Ao passo que tenho mais trabalho, os ingredintes que uso sobem de preço. Mas ela afirma que mesmo assim consegue ter um lucro de R$300 a mais no mês de dezembro. Uma orientação do economista é fazer algumas substituições na ceia por produtos que tiveram queda como as nozes, avelã, e ameixa seca. Ele ainda alerta os consumidores para ficarem atentos às promoções. “O comércio precisa ganhar da concorrêcia e para isso apostam nas promoções”, alerta Lelis. Amanda Vicentini
Gustavo Almeida
Alta do dólar provoca mudanças no preço dos produtos para ceia de natal
Comerciantes apostam nas promoções para atrair clientes
comportamento
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Curitiba, 25 de novembro de 2011
homens de todas as idades também procuram videntes, cartomantes e numerólogas
Procura por videntes aumenta no fim de ano Nos últimos cinco anos, procurar saber do futuro virou moda não só entre mulheres, mas também entre homens de todas as idades. O final do ano, segundo a vidente Tânia Maria Gross, atrai mais pessoas a procurar tarólogas e cartomantes para saberem o que vai acontecer no próximo ano: se terão sorte no amor, sucesso na profissão, dinheiro. A maioria dessas pessoas acreditam que o mundo acabará em 2012 e procuram as videntes principalmente para saber se realmente o fim vai acontecer. A vidente Tânia trabalha na área a 30 anos e diz que nasceu com o dom premonitório. Ela possui uma clínica em Curitiba e cobra R$ 100,00 por uma hora de sessão. Ela afirma que a busca por seus trabalho cresceu repentinamente e hoje atende de seis a oito pessoas diariamente.
Diana Araújo
Parte da procura é relacionada à pessoas que querem saber o que fazer em seu último ano de vida, com o suposto fim do mundo em 2012
Vidente na Praça Osório prevê futuro e lê mãos
Segundo a taróloga Zoe de Camaris, a procura pela leitura de cartas cresceu muito também. Nos meses de novembro e dezembro sua agenda é cheia de clientes querendo saber sua sorte no próximo ano. Diferente da vidência, o tarô é
baseado na intuição por meio da sorte e não prediz o futuro. As 78 cartas do jogo são combinadas de maneira formar uma história, trabalhando com o subconsciente da pessoa e contando possíveis acontecimentos na vida do envolvido.
Diferença entre Tarô, Videntes e Numerologia
Priscila Stael, 18, afirma que procura videntes para saber seu futuro e se seus sonhos se realizarão. A estudante de biomedicina afirma que vai para as sessões, mas não acredita totalmente no que ouve. “Eu escolho no que acreditar. As duas últimas vezes que fui, me consultei com duas videntes diferentes, e cada uma me disse coisas totalmente diferentes”, afirma a estudante sobre contradições nas previsões. Apesar da dúvida, Priscila afirma que é sempre surpreendida pelos poderes de premonição que presenciou depois das sessões. “A última consulta que eu fui foi interessante, ela estava me contando algumas coisas sobre mim, quando parou e me perguntou se eu conhecia algum Ricardo. Disse que não, pois não conheço
nenhum. Ela disse: guarde esse nome. Não levei muito a sério isso, mas depois de dois dias, estava em um churrasco e conheci um garoto muito interessante, e o nome dela era Ricardo. Me assustei na hora e comecei a rir com as minhas amigas da incrível coincidência.”, disse a estudante. Maria* procurou saber sobre o seu futuro, pois deseja fazer intercambio em 2012, e queria saber se seus planos dariam certo. Consultou duas videntes diferentes e elas contaram que ela não iria viajar. Com tais predições ela ficou muito frustrada, mas acredita hoje que suas viagens não darão certo, e tenta se conformar com a realidade contada pelas videntes. *O nome foi modificado. Diana Araújo
Crenças populares e superstições A superstição é um medo considerado irracional do desconhecido, que pode ser ligado ou não a religião. Essas crenças populares não se baseiam na razão nem no conhecimento a partir de uma ocorrência ou fatalidade, é algo característico das tradições populares de diferentes crenças. Cada cultura defende alguma crença e tal conhecimento é passado por gerações: - Para os africanos, se vestirem uma serpente morta com roupas humanas, acreditam que terão boa sorte. - Os esquimós sepultam suas crianças mortas junto com um cachorro vivo, acreditando que o cachorro mostrará o caminho do céu à criança. - Os cubanos acreditam que se adormecerem sob os raios da lua, ficarão com a boca torta. - Os alemães acreditam que se levarem um trevo de quatro folhas no bolso, na véspera do natal, verão feiticeiras. - Os japoneses acreditam que se cortarem as unhas à noite, acharão garras de gato nos dedos pela manhã. - Em Massachusetts acreditam que se uma vaca muge depois da meia-noite, haverá morte na família. - No Brasil, comer sopa de lentilha na passagem para o ano novo, traz fartura e dinheiro. Quebrar espelho ou passar debaixo de escadas também não traz sorte.
Infográfico: Bruna Ávila
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Curitiba, 25 de novembro de 2011
fotografia
A equipe do Comunicare foi às ruas registrar o cotidiano da cAPITAL
Um dia de imagens em uma Curitiba agitada Beatriz
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Diana Araújo
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Campanha de publicidad e de shopping desperta a curiosidad e no trânsi to
Motoqueiro é atendi do após acidente na Rua Ma rechal Deodoro
Reabertura da rua 24 Horas atrai turistas