MOGazine #5

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Dezembro 2014 Da 0937 para o Mundo


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Apesar de não termos uma publicação muito periódica, não queríamos deixar passar esta época festiva sem uma nova edição. Como sempre temos as rubricas “20 Peças 20 Perguntas” que nos leva a conhecer um AFOL que vibra com o tema medieval, “Há mais de 5 anos a 0937…” que desta vez dá conta do início da votação do MOC do mês e “Os bons velhos sets” onde seremos recordados do ex­libris do tema Western. Para quem gosta do tema medieval também se poderá deliciar com um artigo sobre técnicas de construção. Para os AFOLs mais técnicos também reservámos um espaço sobre criação de instruções com recurso a programas informáticos. E como época que é, não falta na nossa revista um artigo relativo aos conjuntos de Natal e sobre a mais recente viagem de alguns elementos da Comunidade ao evento que decorreu em Skærbæk, o LEGO ® Fan Weekend. Esperemos que vos agrade a vocês, como nos agradou a nós! Boas Festas!

Andreia

Edição gratuita, proibido copiar ou redistribuir para fins lucrativos.

LEGO® é uma marca registada da LEGO Company, que não patrocina nem apoia esta revista. O site LEGO® poderá ser visitado em www.lego.com


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4 Sets natalícios 10 1 3 Há mais de 5 anos a 0937... 1 8 Uma viagem ao Lego Fan Weekend 2014 30 Técnicas de construção para temas medievais 34 20 Peças 20 Perguntas 36 Os bons velhos Sets 42 0937 Memórias 44 Passatempos 46 Sem comentários 47 Informações Criar instruções através do MLCad/LDView/LPub


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SETS NATALÍCIOS

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m 2009 a LEGO® lançou no mercado uma linha sazonal de construções médias rela­ tivas ao Natal – a Winter Village Series.

O primeiro conjunto foi o 10199 – Winter Toy Shop. Contém uma pe­ quena loja de brinquedos, uma ár­ vore de natal bastante trabalhada, boneco de neve, banco e cadeeiro de rua. Traz 7 minifiguras e ainda um gato, jack­in­the­box, urso de peluche e diversos brinquedos, pa­ ra além de uma peça com luz. O rés­do­chão da loja tem uma la­ reira e na montra em exposição, um robot e um comboio. No topo existe uma oficina onde podemos encontrar um carro em construção. Na continuação desta lareira ve­ mos uma chaminé que se destaca pelas tiles sobressaídas que lhe conferem um toque fenomenal. É de simples construção, com excep­ ção da decoração por cima da

montra, onde se recorreu a diver­ sas peças technic para que ambas as águas do telhado tivessem uma inclinação realista. No exterior temos a árvore de na­ tal, de construção bastante deta­ lhada, decorada com iluminação natalícia a condizer e quase da mesma altura que a casa. O urso de peluche debaixo da árvore, também é de construção. O ponto menos bom aqui é mesmo o nariz do boneco de neve ser no meio do corpo. Peças a serem destacadas: o efeito das duas capas (preta e vermelha) na cantora, as tiles dark tan que constituem o chão da loja, os lightsaber em trans purple e o cristal de gelo em forma de estrela em trans­yellow que, nesta cor, apenas aparece neste e noutro conjunto de natal (10222, dois anos depois). No total, este conjunto tem 815 peças. Em 2010, regressam com o 10216 – Winter Village Bakery. Um lago gelado, uma banca de venda de pinheiros, uma carroça para os transportar, uma padaria, 7 mini­ figuras e uma peça com luz. A banca de venda de pinheiros é


5 de simples construção e ostenta um autocolante com o preço e o tamanho dos pinheiros vendidos. Na carroça é de destacar as hinge train gate que delimitam a forma desta. O lago é formado por 2 plates na cor trans­medium blue, cor esta que apenas aparece em 7 sets, sendo que a última aparição nesta cor, foi neste set de Natal. A des­ tacar aqui, os “patins” feitos com as plates modificadas com dentes horizontais, a personagem que cai e da qual apenas se vêem as per­ nas, momento este que ficou gra­ vado na fotografia. Algo menos

bastante colorida. O andar superior não apresenta qualquer detalhe, sendo apenas para sustentar o te­ lhado e o brick de luz. A última coisa a construir são as janelas que posteriormente são embutidas em duas aberturas deixadas no telhado. No geral é um conjunto mediano que comporta 687 peças. No final de 2011, o conjunto lan­ çado pela LEGO® foi o 10222 – Winter Village Post Office. À se­ melhança dos anteriores, apresen­

bom a salientar é a sensação da iluminação de Natal sobre o lago estar demasiado baixa. Na padaria propriamente dita, po­ demos encontrar uma representa­ ção do forno e pastelaria diversa


6 ta uma peça com luz e 7 minifigu­ ras. É constituído por um coreto, banco de jardim, veículo de transporte de correspondência e o edifício dos correios. O coreto vem acompanhado por 2 músicos, cujos instrumentos são construídos. A sua construção é feita em 2 momentos. Primeiro a base e posteriormente o telhado, este último composto por brick­ar­ ch invertidos e plates dark green redondas de canto, culminando com o cristal de gelo em forma de estrela em trans­yellow, também presente no conjunto 10199. O interior do posto de correios tem uma lareira (algo que não é co­ mum no nosso país, não sei se noutros o é ou não) e um pequeno balcão de atendimento e caixotes para separação do correio. No ex­ terior do edifício existem 4 “cha­ mas” azuis pendentes, simbolizando estalactites. Para finalizar, nas redondezas, o candeeiro preto construído com a cauda de um elefante, tinha ficado

supremo se ti­ vesse como ter 2 caudas em vez de uma apenas. O conjunto incluí 822 peças. No ano seguinte a fasquia subiu consideravelmente. O conjunto lançado tem 1490 peças! Falamos do 10229 – Winter Village Cottage. O conteúdo comporta uma banca de ferramentas, um limpa­neves, um trenó, um iglo e a casa de campo. Tem 8 minifiguras e man­ tém a presença da peça com luz. Este conjunto traz 2 livros de ins­ truções, sendo que o primeiro é referente à banca de ferramentas, ao iglo, limpa­neves e trenó e o segundo é relativo à construção da casa de campo. A banca das ferramentas tem al­ guns utensílios, um dos quais uma motosserra constituída por diver­ sas peças. No exterior, os troncos de madeira encontram­se todos fi­ xos devido ao cluth power entre si e a brackets. A construção do iglo consegue manter a forma redonda caracte­ rística dos mesmos. Dentro conse­ gue­se colocar uma minifigura, tem um mini­fogão e o tecto cons­ truído numa plate 4x4 é amovível e ostenta uma coruja. O limpa­neves tem as pás amoví­ veis, tanto podem ir na frente do veículo, como sustentadas na parte traseira da viatura. O trenó de construção simples, tem 15 peças e assenta em 2 pás.


7 O segundo livro de instruções é dedicado à construção da casa. Os sacos n.os 2 compreendem a plan­ ta térrea e o 1º andar e os sacos n.os 3, o telhado. O interior da casa é todo ele cheio de detalhes. O chão é composto por uma infinidade de tiles de mo­ do a formar um mosaico, tanto na cozinha como na sala. Num dos la­ dos encontramos uma cozinha com tudo a que tem direito: fogão, for­ no, lava­loiça, armários, utensílios, banca. Uma peça a destacar é a torneira dourada que, de entre to­ das é composta de uma única pe­ ça. No outro lado existe uma sala que contempla uma lareira, onde se encontra a peça de luz, que tenta transmitir um ambiente acolhedor e quente, uma poltrona, uma ár­ vore de natal e duas meias coloca­ das sobre a lareira. O andar superior tem um pequeno quarto com uma cama, 2 presentes fe­ chados e 2 brinquedos (avião e barco). Um pormenor interessante é a uti­ lização de bricks e slopes inverti­ das que conferem altura de neve nos telhados, tanto da casa como da banca de ferramentas. Em 2013, o conjunto lançado foi o 10235 ­ Winter Village Market, com 1261 peças. Em diversos lo­ cais, o Natal, sendo uma época de festividades, é celebrado incluindo

feiras com carrosséis. Neste con­ junto encontramos um carrossel, que mediante a rotação de um manípulo apresenta vários movi­ mentos, bancas de churrascos, padaria e doces e 9 minifiguras. A construção divide­se em 2 par­ tes: a primeira com as 3 bancas e o banco de jardim e a segunda, com o carrossel. As bancas são todas de construção diferente. A banca de churrasco tem um telhado feito de uma plate dark­red, que à sua volta tem round­bricks (brancos e dourados) simbolizando enfeites de natal, no topo tem round­bricks (laranjas e verdes) que servem para atrair os


8 clientes. Reintroduziu­se aqui e no carrossel o arco na cor dark­blue. Tem uma chaminé associada à churrasqueira e diversas comidas (perna de frango e salchicha), para além de outros utensílios. A banca da padaria já é uma cons­ trução assente em 4 pilares com um telhado constituído por 2 plates dark­blue, incluindo igualmente enfeites de natal. Encontramos croissants, tartes, cupcakes e bre­ zel.

movimento do carrossel e da rota­ ção dos baldes ser o mesmo. Existem 4 baldes colocados sobre uma roda e quem acertar com uma bola (round plate) dentro do balde ganha um urso de peluche. O carrossel tem 2 vagões e 2 ca­ valos com uma nova impressão, única neste conjunto. Os cavalos à medida que o carrossel gira, tam­ bém têm alguma oscilação, ao contrário dos vagões. A coluna central apresenta round bricks trans orange e trans blue, carac­ terístico dos carrosséis. Mais recentemente, saiu o conjun­ to 10245 ­ Santa's Workshop. A casa do Pai Natal, onde à sua es­ pera está a Mãe Natal , junta­ mente com a sua oficina. A saia da Mãe Natal é uma das novidades neste conjunto.

A banca dos doces tem 3 plates dark­green que constituem o te­ lhado criando uma sombra que protege os doces expostos. Aqui podemos encontrar pela 1ª vez uma round tile 1x1 com uma espi­ ral, simbolizando um chupa­chupa. A segunda parte diz respeito ao carrossel e à banca com o jogo do balde. Inicialmente a construção de ambos está interligada devido ao mecanismo que proporciona o

A primeira parte da construção diz respeito ao trenó, 5 renas e a si­ nalética do Pólo Norte. Aqui exis­ tem 2 novas peças, que fazem parte da constituição das renas: brick 1 x 1 impresso com os olhos e a slope curva 2 x 2 impressa com o dorso. No trenó podemos destacar a construção invertida em determinados pontos, bem como a utilização da peça que constitui a cauda do elefante numa nova cor –


9 dourado. Há uma diversidade mui­ to grande de brinquedos para agradar miúdos e graúdos. O único inconveniente desta construção é que, quando lado­a­lado, as renas não podem ter a mesma orienta­ ção da cabeça, devido à sobreposi­ ção das hastes.

A segunda parte é constituída pela casa. A destacar a entrada com bastante detalhe e os autocolan­ tes, tanto o do tapete como o da moldura. Este último, a contrastar o ambiente invernal com as férias num lugar quente. À semelhança de outras construções, a lareira também tem a sua aparência aconchegante no interior e robusta e detalhada no exterior. No andar superior encontramos o “escritório” do Pai Natal, onde podemos en­ contrar todas as cartas que ele re­ cebe e a chávena de chocolate quente preparada pela Mãe Natal. O destaque nesta divisão é mesmo o cadeirão, super detalhado e mui­ to bem idealizado, que inclui a mesma peça utilizada no trenó. No exterior, as plates 1 x 1 modifica­ das com dente vertical simbolizam muito bem o aglomerado de neve

no rebordo do telhado e a sua tendência a cair devido ao peso. A terceira parte é a construção da oficina. A entrada é semelhante à casa. A destacar nesta fachada frontal é o modo de construção da janela, com recurso a fences e nu­ ma posição vertical. Na traseira uma pequena banca com utensíli­ os. A enfeitar encontramos as ilu­ minações natalícias. Podemos ainda construir uma máquina de fazer brinquedos, com todas as alavancas, botões e tapete rolante. No topo deste encontram­se dois brinquedos (nave espacial azul e carrinho amarelo) já feitos pelos 4 assistentes do Pai Natal, duendes. No total, até à data, temos 6 con­ juntos que fazem as delícias de muitos na altura natalícia. Andreia


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CRIAR INSTRUÇÕES ATRAVÉS DO MLCAD/LDVIEW/LPUB

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o hobby LEGO existem vários AFOLs que gostam de partilhar as suas criações e por vezes até mesmo as instruções. Instruções estas que ajudam imenso outros AFOLs nos seus primeiros passos. Uma das formas mais simples de criar essas instruções é utilizar algumas das ferramentas do sistema LDraw, conjunto de programas gratuitos de construção digital com peças LEGO. Os programas necessários para a criação de instruções, pelo método escolhido para este artigo, são respetivamente o MLCad, o LDView e o LPub. Todos estes programas podem ser encontrados na instalação básica que se encontra em ldraw.org e existem apenas para sistemas operativos Windows XP SP2 ou posteriores.

Imagem 1


11 1ª Passo ­ Criação da construção no MLCad O primeiro passo é criar a construção no MLCad. Para que as instruções sejam criadas com os passos necessários, devem­se introduzir steps sempre que se quer separar peças de um passo para outro. Exemplificando com a construção de um sofá, primeiro colocam­se as primeiras três plates como ilustrado na imagem 1. Em seguida deve­se introduzir um step utilizando o botão assinalado na imagem 1. Ao clicar nesse botão, irá ser criada uma linha STEP na lista de peças como se pode ver na mesma imagem. Se se repetir este processo até ao final do projeto, a lista de peças irá ficar dividida em vários steps, como se pode verificar na imagem 2. Ter em atenção que montar a construção digital pela ordem que se quer mostrar nas instruções, facilita imenso este processo. Por fim deve­se gravar normalmente o ficheiro numa pasta à escolha.

Imagem 2


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Imagem 3 2º Passo ­ Publicação através do LPub Para este segundo passo basta executar o LPub. De seguida abre­se o ficheiro .ldr com a construção digital desejada. O LPub irá gerar automaticamente a primeira página bem como calcular o número total de páginas. Pode­se percorrer as várias páginas para verificar as instruções, no entanto isto poderá demorar algum tempo, porque o programa gera as imagens conforme se vão abrindo as páginas pela primeira vez. Se tudo estiver correto, basta clicar no símbolo dos ficheiros PDF para se gravar as instruções. Qualquer incorreção, ter­se­á que voltar ao MLCad para correções, voltar a gravar e apenas depois abrir novamente o LPub. Apesar de não se utilizar diretamente o LDView neste passo, ele é necessário visto que o LPub utiliza­o em segundo plano para gerar as imagens das peças e da construção.

LBaixinho


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HÁ MAIS DE CINCO ANOS A 0937... COMEÇOU O MOC DO MÊS

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á mais de cinco anos, mais precisamente em outubro de 2007, a Comunidade 0937 deu início a uma das suas atividades mais anti­ gas: a eleição do MOC do Mês.

Setembro de 2007 - Heavy Cleaning Vehicle "Armadillo" por Hipottam, o primeiro MOC do Mês.


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Dezembro de 2007 - Winterfell por Tânia, um MOC que também foi menção honrosa no conhecido concurso Colossal Castle Contest

Na altura os utilizadores tinham um voto para escolherem um dos MOCs apresentados no Fórum 0937 durante o mês anterior.

Fevereiro de 2008 - Hunaudières por pedroagnelo, o primeiro construtor a ter três MOCs do Mês seguidos.


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Novembro de 2009 - Royale Trading Post por evildead, membro da 0937 que se tornou LEGO Designer...

Se a tradição ainda continua no ponto em que os utilizadores apenas têm um voto, já mudou no facto de que agora nem todos os MOCs apresenta­ dos no mês podem ir a votação.

Outubro de 201 0 - Honda RA272 por Biczzz, um dos construtores com mais MOCs do Mês, e quase todos com veículos de estrada. Essa alteração ocorreu em janeiro de 2010 e teve como objetivo comba­ ter a dispersão de votos durante a eleição.


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Outubro de 2011 - Alvis TA 28 por marcosbessa, outro automóvel e outro membro da 0937 que é um LEGO Designer. De salientar que esta atividade nunca teve um prémio físico, tendo o au­ tor do MOC eleito apenas o direito ao título e a possibilidade de um artigo sobre o MOC no portal da Comunidade 0937. No entanto a qualidade ha­ bitual das construções apresentadas no Fórum tornaram este título uma grande honra para o construtor.

Janeiro de 201 2 - The Flintstones por pabloglez, primeiro de três MOCs do Mês seguidos do espanhol Pablo.

O primeiro MOC do Mês foi o Heavy Cleaning Vehicle "Armadillo" do pola­ co Hipottam de setembro de 2007 e até outubro de 2014 foram eleitos 90 MOCs do Mês de 33 construtores diferentes.


14 17 Além de portugueses e polacos, também foram eleitos MOCs de constru­ tores brasileiros e espanhóis. Por cinco vezes houve empate na sondagem havendo nesses meses dois MOCs do Mês.

Abril de 201 3 - LL-897 Mobile Rocket Launcher por MReizinho, um MOC que é uma reinterpretação de um conjunto LEGO do final dos anos 70.

Durante estes oito anos o MOC do Mês foi inicialmente organizado por mim, Luís Baixinho, mais tarde pelo Ricardo “Biczzz” Prates e atualmente pelo Rui “Rupi” Pinho. O título continua a ser reconhecido, nacionalmente e internacionalmente, como um cunho de qualidade que, com certeza é de relembrar por qualquer um dos vencedores.

Julho de 201 4 - Taverna Medieval por CesBrick, início de uma fase onde o César teve vários MOCs do Mês seguidos sendo todos do mesmo tema!

LBaixinho


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UMA VIAGEM AO LEGO FAN WEEKEND 2014

uando uma pessoa volta de uma DarkAge e se inscreve numa comunidade de AFOL assimila e aprende uma grande variedade de termos, técnicas e eventos relacionados com o pas­ satempo. E certamente que o LEGO® Fan Weekend (LFW) é o evento inter­ nacional mais cobiçado e mais fa­ lado. Existe todo um fascínio por esse evento, os que já participa­ ram só relatam grandes aventuras e momentos únicos, os que ainda não participaram só esperam po­ der também vivenciar as suas próprias histórias. E eu pessoalmente queria muito participar nesse evento de renome , e como tal este ano preparei tudo para isso acontecer. O primeiro passo foi esperar pacientemente pela abertura das inscrições. Quando esse dia chegou foi uma tão grande correria às inscrições que em menos de 48h todas as 350 inscrições tinham sido preen­ chidas, só mais uma das caracte­ rísticas que me fez perceber o quanto este evento é procurado. Feita a inscrição e reservado o alojamento e transporte, mais uma vez fico impacientemente à espera, desta vez da própria viagem em si. Entretanto fomos preparando no­ vos MOCs e organizando o seu transporte. A dada altura foi ne­ cessário referir e descrever por­ menorizadamente cada MOC que


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iriamos levar e esperar pela acei­ tação dos mesmos para a exposi­ ção. Chegada a quarta­feira anterior à partida lá fomos eu e o Alves em direcção ao Porto para nos reunir­ mos com o Reizinho e o Guerreiro. Às 6h00 dá manhã lá voávamos todos bastante empolgados para terras dinamarquesas. Após uma escala em Frankfurt, aterrámos fi­ nalmente em Billund e, na minha mente inocente, proveniente cer­ tamente de um resto de criança que ainda vagueia cá dentro, es­

perava encontrar um mundo intei­ ramente e exclusivamente feito de lego. Mas naturalmente não, o ae­ roporto por exemplo tem poucas referências à marca, existe so­ mente uma maravilhosa escultura no hall de entrada que nos dá a entender que estamos na terra natal da Lego. Saindo do aeroporto começamos a entrar num país simpático, muito verde e com um relevo inteira­ mente composto de planícies pelo menos naquela zona. Passados uns quilómetros desde o aeroporto chegamos finalmente a Billund on­


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de vislumbramos então os tão es­ perados logótipos da Lego tanto na Legoland como nos edifícios per­ tencentes ao grupo TLG. Como tínhamos bastante vagar fo­ mos visitar o Lalandia, um centro

comercial e recreativo muito inte­ ressante, pois os seus espaços in­ teriores retratam uns ambientes completamente diferentes. Tanto podemos estar num espaço tipo veneziano, com um céu continua­ mente e artificialmente azul, como podemos estar numa zona de montanha com uma pista de ski ou até mesmo num parque aquático ou num mini golf. Um perfeito re­ fúgio para quem vive num país com um inverno longo e rigoroso. Depois fomos visitar o centro de Billund, vimos as obras em pro­ gresso da Lego House, jantámos com o Lee Magpili, o EvilDead (Ri­ cardo Silva) e a sua companheira Marisa.


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Após umas maravilhosas pizzas e muita conversa demos por termi­ nado o jantar, despedimo­nos com promessas de novos encontros e rumámos em direcção a Skærbæk, o destino final, e onde iriamos ficar hospedados. Chegados ao Skærbæk Kursus­ Fritidscenter, onde se realizou o evento e onde também ficámos hospedados, levantámos a chave dos nossos aposentos e ainda tive­ mos tempo para dar um salto aos salões da exposição que estavam ainda num frenezim de preparati­ vos e pessoas a alinharem mesas e

a disporem toalhas. Na Sexta­feira, às 8h00 da manhã dirigimo­nos aos salões onde já se encontravam pessoas de outras LUGs a transportarem caixas de madeira, de cartão, de plástico, paletes enormes, mesas, baldes... um misto de técnicas de arruma­ ção e transporte simplesmente impressionante. Outros já estavam a posicionar ou a compor MOCs e ainda houve quem já tivesse tudo preparado. Dirigimo­nos ao escritório da or­ ganização e fomos efetuar o nosso


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registo recebendo entre outros um panfleto informativo, um broche com o nosso nome e ainda uma minifig com uma impressão perso­

nalizada referente ao evento. O processo de montagem dos nos­ sos MOCs/Displays foi bastante rápido, a meio da tarde já tínha­


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mos tudo pronto, eu e o Alves tra­ tamos do display Technic enquanto o Guerreiro e o Reizinho trataram do display Western. Depois foi só passear e ver o que se andava a construir pelo salão, também ata­ camos as lojas, sobretudo as que vendiam peças ao quilo. As peças usadas vendidas por essas lojas pareciam praticamente novas, só tínhamos que procurar nos baldes ou caixas e escolher as melhores rapidamente, pois já se começava a acumular um mar de pessoas com o mesmo intuito. Finda a montagem lá estávamos

nós de regresso ao bungalow para um jantar simples, rápido e sim­ pático. Depois do jantar marcámos um encontro online com o resto da comunidade, encontro esse que teve bastante adesão. Ainda du­ rante o encontro fomos visitar os nossos vizinhos brasileiros. Nor­ malmente separados pelo Atlânti­ co, naquela altura eramos vizinhos separados somente por uma es­ treita estrada. Foi um momento muito simpático, rimos e discuti­ mos sempre com uma bebida por­ tuguesa na mão ou um rebuçado brasileiro.


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No Sábado, às 8h00 da manhã, outra vez, dirigimo­nos à exposi­ ção e já estavam visitantes à es­

pera para entrarem. Primeiro assunto do dia era ir buscar uma caixa de peças que tinha sido ad­ quirida através da organização,


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segundo passo apreciar a exposi­ ção sem visitantes e por último es­ tar de olho no display. O resto do evento correu normal­ mente, no entanto em vez de estar profissionalmente atento o tempo todo ao display Technic, passei a maioria do tempo a fugir que nem uma criança, não podia deixar de ir ver todos os magníficos MOCs que ali se encontravam e também dar mais umas escapadas às lojas. Durante a tarde ainda fomos pre­ senciar um workshop sobre o set Exo Suit do Lego Ideias com a pre­ sença de Peter Reid(autor do pro­ jeto original), do LEGO Designer Mark Stafford(autor da adaptação

para set) e ainda Daiva Staneikaite Naldal, Gerente Senior de Negócios do LEGO Ideas. Foi um workshop muito animado e esclarecedor. Ao fim da tarde, depois do fecho das portas, lá estavam 350 parti­ cipantes à espera para entrarem no salão onde se iria realizar o jantar. No jantar, mal nos sentámos, à espera de cada participante esta­ vam duas minifigs, algo que aju­ dou a esperar que todos se instalassem e que o jantar fosse servido. Ainda antes do jantar co­ meçar, o Caspar Bennedsen, um dos organizadores do evento, fez


26 um discurso a agradecer a presen­ ça e a relembrar que para o jantar seria necessário um tile com um nº que nos tinha sido previamente dado na inscrição. No final do jantar foi­nos apresen­ tado pelo Lego Designer Veterano Steen Sig Andersen o próximo Set exclusivo oferecido a quem partici­ pa no LEGO Inside Tour. E não é que para nosso grande es­ panto, no final da apresentação entra na sala uma palete de caixas e mais espantados ficàmos quando nos foi dito que cada um de nós iria receber uma versão exclusiva para o Lego Fan Weekend desse mesmo Set. Se o final do jantar se traduziu num contentamento ge­ neralizado, o leilão que se seguiu não ficou nada atrás. O leilão foi simplesmente maravi­ lhoso, todos riam ou lutavam para obter o que quer que estivessem a leiloar e existia uma panóplia mui­ to versátil de elementos, desde sets novos, antigos, abertos, sela­ dos, raros ou exclusivos, camisolas de lugs e até mesmo sets colados. No domingo por volta do meio dia reagrupamo­nos num dos salões para ouvir vários discursos da or­ ganização e de alguns represen­ tantes da Lego, também cantamos os parabéns em uníssono a vários aniversariantes e por fim foram distribuídos os prémios referentes às vàrias actividades que foram realizadas durante o evento, no­


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meadamente a construção de um MOC representativo do nosso país de origem (MOC elaborado na sala lounge dos AFOLs) e também do concurso de speedbuilding. E marcava­se então o final de mais um Lego Fan Weekend com a pro­ messa de não ser esse o último, e depois desses discursos vinha a desmontagem, tarefa essa que foi completada num instante, deixan­ do­nos com imenso tempo livre durante a tarde. Aproveitamos então o resto da tarde para ir visitar Skærbæk, que é mesmo uma cidade pequena e pacata as casas tem uma arquite­ tura e usam materiais típicos dos países nórdicos. Ao fim da tarde passámos numa estrada adjacente a uma grande extensão de prados onde tivémos a oportunidade de vislumbrar um pôr do sol por entre

a neblina rasteira, uma lindíssima imagem para variar um pouco das peças de Lego. No final do dia só nos restava ar­ rumarmos os nossos pertences e pormos as malas a jeito para no dia seguinte dizermos adeus a este local. Segunda­feira, o dia de partida, mas não deixávamos de estar en­ tusiasmados pois antes do voo ainda íamos à Staff Shop, uma loja de LEGO com preços extrema­ mente vantajosos mas que por norma só é accessível a funcioná­ rios do TLG, no entanto à seme­ lhança dos anos anteriores o TLG dá acesso à Staff Shop aos Afol que participam no LFW. Assim sendo lá estava uma multi­ dão de afols a fazerem fila para entrarem na loja, o pessoal até


28 começou a fazer uma onda desde da porta até o final da fila, o que animou bastante a espera. Dentro da Loja que é relativamen­ te pequena, a organização fez um apelo aos participantes para esses mesmos se comportarem com ci­ vismo proibindo as pessoas de cor­ rerem ou empurrarem. Logo aí dá para perceber o entusiasmo frené­ tico de certas pessoas. Esses avisos deram fruto pois tudo se passou muito calmamente, a não ser o corredor dos porta cha­ ves que estava completamente congestionado para exemplificar percorri 4 metros de corredor em 10 min. Terminadas as compras e feito o pagamento eramos convi­ dados a sair para não atrapalhar­ mos os restantes clientes.

Após cada um de nós ter adquirido tudo o que pretendía, saímos para a rua, mais propriamente para o passeio que fica de frente ao edifí­ cio da Lego Education onde come­ çámos então a árdua tarefa de encontrar espaço nas malas para tantos produtos. Escusado será di­ zer que tivémos de abrir a maioria dos set´s, espalmar as caixas que queríamos levar e deitar fora as outras que não poderiam de forma alguma caber nas malas. Feitas as malas, que ficaram a abarrotar, dirigimo­nos para o ae­ roporto onde fizemos check­in e vislumbramos uma última vez a fabulosa escultura de Lego locali­ zada no átrio. Umas últimas com­ pras na Loja da Lego da zona de embarque e lá estávamos nós a caminho de casa com óptimas lembranças e muito Lego para montar. O LFW foi até agora o melhor evento no qual participei e ficará para sempre nas minhas memóri­ as. Só posso esperar um dia poder voltar a participar e reviver as mesmas experiências e aventura. Alexis



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TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO PARA TEMAS MEDIEVAIS

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tema Castelo/Medieval é atualmente um dos favoritos de grande parte dos AFOLs na construção de MOCs, muito de­ vido ao licenciamento de temas como Lord of The Rings e The Hobbit, que estão intimamente li­ gados a essa época. Neste artigo, irão ser abordadas algumas das técnicas de construção mais co­ muns e que não sendo, obvia­ mente, exclusivas de ambientes Medievais, são normalmente mais utilizadas nesse tipo de MOCs. Folhagem e vegetação Uma das principais características neste tipo de construções é a den­ sa folhagem e árvores utilizadas no landscape. No que toca a árvores, a peça 2423 (Plant Leaves 4x3) e a 2417 (Plant leaves 6x5) são das mais utilizadas. E, no caso de árvores com folhagem mais densa, pode ser um desafio conseguir atingir um resultado visualmente apelati­ vo e ao mesmo tempo com um as­ peto realista. Se tentarmos apenas empilhar estas peças umas em ci­ ma das outras, o efeito final pode ser demasiado denso e até mesmo irregular devido à forma da peça. Existem algumas técnicas muito

simples que poderão ajudar a atingir esse resultado e, ao mesmo tempo poupar algumas peças. Assim, em primeiro lugar, pode­se utilizar as peças 30374 e 87994 (bar 4L ou 3L) que entrando num dos orifícios principais das peças de folhagem permitem que estas sejam mais facilmente conectadas e de uma forma mais robusta, on­ de se pode inclusive manter um certo afastamento entre elas, con­ ferindo­lhes um ar mais natural. Pode­se depois, ainda, utilizar uma das pontas das barras para melhor fixar as folhas aos troncos, uma vez que o “clutch power” destas não é muito forte. Em alternativa, podem também ser usadas as 4073( round plate 1x1) da cor da peça de folhagem ou da


31 cor do tronco da árvore. Embora esta técnica não forneça mais ro­ bustez à construção, as peças fi­

Paredes com aspeto desgasta­ do Como é sabido, na época Medieval, as construções de edifícios e infra­ estruturas eram precárias devido à natureza dos materiais e ferra­ mentas utilizados e, muitas vezes não eram alvo de manutenção o que lhes conferia um ar desgasta­ do e velho. Quando, num MOC, se tenta reproduzir este tipo de pare­ des ou muros, podem­se utilizar algumas técnicas para atingir esse efeito.

cam mais afastadas com a inclusão das plates e permite igualmente a utilização de menos peças. Uma terceira opção é utilizar a pe­ ça 30176 (Bamboo Leaves), espo­ radicamente entre as peças de folhagem. Esta técnica permite uma variação na textura da árvore beneficiando o aspeto final, tor­ nando­o mais natural. No entanto, as cores disponíveis são limitadas.

A peça 98284 (brick 1x2 com per­ fil), é amplamente utilizada devido ao seu perfil de tijolo ou pedra, assim como as 2877 (brick 1x2 com grelha) e 30136 (brick 1x2 Log), embora estas com menos frequência. No entanto, se apenas se utilizarem estas peças, o efeito é demasiado ordenado e arrumado e o resultado não é o desejado.

Assim, o ideal será aplicar de for­ ma aleatória as 3069 (tile 1x2) em SNOT acopladas às 87087 (brick 1x1 com stud lateral). A cor


32 utilizada é maioritariamente a mesma dos bricks com perfil, mas podem­se misturar algumas de ou­ tras cores, como vários tons de cinzento ou de castanho.

Além de tiles 1x2, pode­se tam­ bém utilizar as 3023 ( plate 1x2) e as 98138 ( round tile 1x1) para conferir diferentes texturas e for­ mas.

Além da técnica anterior, podemos adicionar mais algumas peças que darão um ar ainda mais desgasta­ do, como é o caso das 32028 (pla­ te 1x2 com door rail) ou a 3794 (jumper). Para preencher peque­ nos espaços vazios que surjam e, uma vez mais, para conferir mais textura à construção podemos uti­

lizar 4073( round plate 1x1) ou as 3062b (round brick 1x1). De notar que em qualquer caso, deve­se utilizar uma cor principal, que normalmente é um tom de cinzento, como por exemplo o Light Bluish Gray, e depois adicio­ nar aqui e acolá, outra cor, como um cinzento mais escuro. Mas a mistura de várias cores não confe­ re um ar muito realista, por isso é recomendado que se usem apenas duas. No entanto, pode­se utilizar muito esporadicamente uma cor em tom de verde, para simular musgo, de preferência um olive green ou um sand green. Formações rochosas Na natureza existem formações rochosas de diversos tipos, cores e texturas. Em LEGO, é uma das coisas mais difíceis de recriar e conferir um aspeto natural é bas­ tante complicado. No entanto, uti­ lizando algumas técnicas de SNOT,


33 é possível amenizar o efeito retilí­ neo característico das peças. Começa­se por se colocar algumas tiles em cima da plate ou baseplate que deverão ser da cor da mesma, pois algumas partes ficarão à vis­ ta. De seguida coloca­se a peça 4070a (Brick 1 x 1 with Headlight and Slot). De notar que esta peça assenta numa plate 1x1 para ficar ao nível das tiles, conforme a figu­ ra indica.

Depois, em SNOT, encaixam­se al­ guns slopes e slopes invertidos, como as 3040, 3665 ou as 4460b, conforme a figura abaixo. Pode­se, inclusive, encaixar mais slopes se­ guidas para tornar a formação maior.

De seguida, utilizando mais hea­ dlights em várias posições e encai­ xando diversos slopes com várias orientações vamos criando a estru­ tura com a altura desejada.

Por fim, para esconder os hea­ dlights pode­se utilizar novamente os diferentes slopes disponíveis. Esta técnica permite criar forma­ ções relativamente grandes e altas com um aspeto natural.

Aspeto final de um exemplo das técnicas mencionadas em cima.

CesBrick


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20 PEÇAS 20 PERGUNTAS ‐ NaNeto

N 1 2

3

elson Neto para além de moderador no Fórum é o coordenador dos cenários medievais das exposições da Comunidade 0937 e acedeu ao convite de responder às nossas 20 perguntas.

Com 8 ou 9 anos de idade.

Passaste por uma "dark age"? Sim. Na adolescência, como acontece à maioria dos rapazes, começaram a surgir outros interesses e para além disso também começaram a aparecer os primeiros PCs e consolas, logo o LEGO fica em segundo plano.

Há quanto tempo regressaste ao hobby e o que o motivou? Há 6 anos, numa jogatana de bola, tive o azar de partir a perna. Com 3 meses de paragem precisava de qualquer coisa para passar o tempo. Ainda pensei em seguir pelo modelismo, mas vejo essa área como um investimento perdido, pois uma pessoa construía e pronto, o desafio seria superado. E como tenho uma necessidade criativa um pouco alta, de certeza que seria um investimento muito alto para o meu orçamento. Num dia, ao tropeçar no blog do LBaixinho fez­se luz e a partir daí foi sempre a acumular peças e criar.

4 5

Costumas construir sozinho/a ou acompanhado/a?

Com que idade começaste a brincar com LEGO?

Ainda tens material anterior à "dark age"? Infelizmente não. A minha querida mãezinha teve a amável gentileza de doar tudo aquilo a que eu já não ligava por alturas da minha adolescência.

Quanto tempo por semana despendes com Lego? Tento passar um bocado de tempo todos os dias em volta das peças.

6

A maior parte das vezes construo sozinho, mas alguns projectos têm de ser realizados em parceria com outros construtores, principalmente por altura das exposições.

Onde costumas construir? Em casa, na minha LEGOficina.

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Tens uma legoficina permanente?

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Coleccionas algum tema?

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Sim.

Colecciono alguma coisa de Star Wars e Arquitectura, de resto, geralmente, vai tudo para peças.

Qual ou quais são os teus temas preferidos? Gosto principalmente de Castelo e LotR/Hobbit.

Qual foi o último set que compraste/recebeste? Foi do Hobbit o 79015 “Witch­King Battle”.

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Qual foi para ti o melhor set de sempre? Não tenho assim nenhum que me cative, mas gostei muito do 10223 “Kingdoms Joust”.

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Qual é aquele que achas que foi o teu melhor MOC?

Qual é a peça que tu achas indispensável? Brick 1x2 em LBG. (Light Bluish Gray)

Que nova peça gostarias que fosse criada?

A enorme possibilidade de criatividade e imaginação que uma pessoa desenvolve é para mim o principal factor deste hobby, mas também valorizo a camaradagem e amizade que se cria com algumas pessoas que também partilham o hobby.

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Consideras que investes muito de ti neste hobby?

Por fim pedia para fazer um MOC tema livre com exactamente 20 peças.

Sim, talvez mais do que deveria.

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Planeias em papel ou informaticamente o que vais construir?

Geralmente tento passar logo para bricks aquilo que quero, mas quando não tenho possibilidade para isso cos­ tumo recorrer a suporte informático.

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Qual o tempo de vida dos teus MOCs? Deixo alguns muito tempo montados, mas aqueles que já não são precisos e que tenham peças que necessite, são logo desmantelados.

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Costumas partilhar os teus MOCs com a comunidade AFOL? Sim, os que consigo fotografar. Existem alguns que faço para os eventos e que muitas das vezes des­ monto­os antes de ter essa oportuni­ dade. Publico as imagens desses MOCs no Fórum da Comunidade0937 e na minha conta de Flickr.

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Não tenho nada em mente, mas seria porreiro haver mais opção de cores em algumas peças.

O que vês de mais positivo neste hobby?

Talvez o castelo do AeP2012.

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Monforte

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OS BONS VELHOS SETS ‐ 6769

s

endo considerado o ex­líbris do tema Western, este con­ junto apareceu no ano de 1996 e fez a delícia de muitos fans que esperavam ansiosamente por este tema. Desde 1978, ano em que surgiu pela primeira vez o minifig, a LEGO nunca tinha lançado nada dentro desta temática. Entre 1975 e

1977, foram lançados quatro con­ juntos alusivos ao tema, mas ainda com as “stubbies”, as figuras (sem face impressa nem membros arti­ culados) que antecederam as mini­ figuras.

Quase 20 anos depois, eis que o tema aparece finalmente. E come­ çou em grande, com este belíssimo conjunto de 687 peças, um PVP aproximado de 18.000$00 (Valor em escudos, aproximadamente 90€ nos dias de hoje) e , 10(!) minifiguras.

Relativamente a estas, tínhamos seis soldados, três bandidos e um “cowboy”, e nenhuma era exclusi­ va do tema. Todas elas apareciam em dois ou mais conjuntos (sem contar com a reedição deste con­ junto, que abordarei no final do artigo). Segundo o Bricklink, exis­ tem duas figuras exclusivas neste set, mas o único ponto que as dis­ tingue é o facto de não terem o lenço ao pescoço, peça “bandana” (30133), peça essa que surgiu com este tema. Como podem ver, as figuras apre­ sentam muito detalhe, principal­ mente as impressões no torso. Os “velhos” chapéus de cowboys vol­ taram, assim como a cartola alta e preta (peça 3878) que já não era usada desde 1983 e que vemos no segundo bandido das imagens. A peça 30315 (Cavalry Cap) que ve­ mos no soldado raso, é nova.


37 E por falar em peças novas, este tema trouxe dezenas de peças no­ vas, ou peças já existentes em co­ res novas (como por exemplo baseplates em Tan ou o papagaio totalmente em vemelho), peças essas quase todas ainda hoje em produção.

Relativamente ao modelo, o mes­ mo representa um forte de solda­ dos da época Western (Sécs. XVIII e XIX). A construção passa por quatro passos essenciais, onde construímos cada um dos quatro lados do forte que irei analisar mais em detalhe de seguida.

Destaco as seguintes:

Começamos por construir a en­ trada do forte.

30055­ Fence Spindled 1 x 4 x 2 with 2 Studs 30134 ­ Stairs 7 x 4 x 6 Straight Open 30136 ­ Brick, Modified 1 x 2 Log (Também em 1 x 4 – 30137) 30139 ­ Container, Barrel 4 x 4 x 3.5 30140 – Panel 2 x 6 x 6 Log Wall (Palisade) 71342 ­ Minifig, Utensil Bugle 30132 ­ Minifig, Weapon Gun, Pistol Revolver ­ Lar­ ge Barrel 30141 ­ Minifig, Weapon Gun, Rifle 3069bpx6 ­ Tile 1 x 2 with Playing Cards Full House Pattern 3069bp03 ­ Tile 1 x 2 with Dynamite Pattern 30041 ­ Plate, Modified 6 x 8 Trap Door Frame Hori­ zontal 30042 ­ Plate, Modified 4 x 5 with Trap Door Hinge

Com uma paliçada alta, duas tor­ res de vigia guardam a entrada principal do forte. Na frente temos

2 cactos e dois barris grandes (pe­ ça nova) que escondem 2 bandi­ dos. Visto por trás, temos uma estrutura com duas escadas que permite aos soldados subir às paliçadas.


38 Paliçada Lateral

A construção mais simples do con­ junto, consiste na montagem de uma paliçada e soldados a guardar a mesma.

dos (por baixo do cacto), como dinheiro e dinamite. Parece­me que andam a preparar alguma ex­ plosão… Paliçada com prisão e aposen­ tos do Comandante.

Paliçada lateral com torre de vigia e portão.

A mais detalhada e rica em por­ menores e truques. Nesta parte da paliçada, podemos encontrar a

Mais elaborada que a paliçada an­ terior, esta estrutura apresenta uma torre de vigia com um guarda e um pequeno rochedo na parte exterior. Neste rochedo encontram­se es­ condidos alguns artigos dos bandi­


39 prisão onde se encontra o prisio­ neiro que os bandidos querem li­ bertar. Por cima, os aposentos do comandante, onde encontramos uma pequena sala onde se pode jogar às cartas. Uma das cadeiras esconde uma armadilha que envia a figura aí sentada directamente para a prisão. Existem vários es­ conderijos (atrás da lareira por ex­ emplo), que atribuem uma grande jogabilidade a este segmento em particular. No último passo cons­ truímos uma pequena carroça com um canhão de mola que dispara mesmo algumas peças, nomeada­ mente os bricks round 1 x 1.

E aqui fica o resultado final:

As paliçadas ficam ligadas através de quatro 30136 ­ Brick, Modified 1 x 2 Log.

Para concluir, este é um grande e belíssimo conjunto, cheio de joga­ bilidade e funções que deixarão os mais pequenos “agarrados” a este conjunto durante muito tempo. As armadilhas presentes, a elevada


40 quantidade de figuras e a dimen­ são deste conjunto fazem de facto a diferença e permitem uma joga­ bilidade enorme. Para os colecio­ nadores este é também um “must have” em qualquer colecção. A nível de peças, a maioria são os bricks logs, sempre muito úteis em outro tipo de construções, mas a quantidade de figuras, as basepla­ tes em tan e os animais (3 cavalos e 4 papagaios) presentes tornam este conjunto muito apetecível também.

Como curiosidade, este conjunto foi mais tarde re­editado com o nº 6762, em 2002, com uma caixa diferente mas conteúdo igual.

Algumas imagens da caixa:

(Este artigo é meramente pessoal e não reflete a opinião/posição da Comunidade 0937, sendo exclusi­ vamente da responsabilidade do autor). Alex

Mais informações em: http://www.bricklink.com/cata­ logItemInv.asp?S=6769­1 http://brickset.com/sets/6769­ 1/Fort­Legoredo http://lego.wikia.com/wiki/6769


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0937 MEMÓRIAS 2007


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PASSATEMPOS Diferenças

Encontra as 7 diferenças

Miniland Street Art ­ NaNeto 28 de Janeiro de 2010 Não são vândalos. Estão a fazer um projecto para a comunidade numa parede legal.


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Edição

Alexis Hugo.tx Patriota66

Publicação Tito LBaixinho

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