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PORTO
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Monte Pedral ganha Incubadora Social
FMCHH há 140 anos a ajudar os desfavorecidos
UDIPSS vai a votos no dia 19 de Março
COIMBRA, DIA 8 DE JULHO
Rainha Santa Isabel acolhe Festa da Solidariedade INFORMAÇÃO/FORMAÇÃO
Contratação Pública e Fiscalidade vistas à lupa REFUGIADOS
Menores não-acompanhados e mulheres em situação vulnerável alvos da missão da CNIS na Grécia
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ASSOCIAÇÃO DO MONTE PEDRAL, PORTO
Porque ajudar faz bem e gera mais-valias Associação de Jesus, Maria e José e asanos de vida. Inicialmente o seu fundamen to era o apoio à família e, com o dealbar da Revolução Industrial, a sua ação social cor porizava-se através da Sopa dos Pobres, do Lactário e do Berçário. Porém, com o passar dos anos a instituição promoveu uma profunda mudança do seu «core business», dedicando a sua atividade ao ensino. Para tal contou, desde Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição, que deixaram a instituição ape versos locais da cidade do Porto. Com esta alteração deu-se também a mudança do nome, passando a instituição a designarse Associação de Escolas de Jesus, Maria e José. Mas com o sucessivo fecho dos estabelecimentos de ensino e a saída das re ligiosas, a Associação viveu uma situação bastante complicada, colocando-se mesmo a possibilidade do seu encerramento. volta-face e como que nasceu uma nova instituição, agora denominada simplesmen te Associação do Monte Pedral, cujo propó sito deixou de ser o ensino e passou a ser o apoio aos idosos e ainda aos jovens e desempregados. “Este foi o segundo volta-face da ins-
do Monte Pedral, assim batizada também para não perder o cariz cristão da obra”. Paralelamente, a instituição realizou todo um trabalho de «rebranding», realizando uma mudança, em termos de marketing, criando “uma nova a imagem, um novo site”, com o objetivo de “retirar um pouco o cunho de Escola à instituição”, apostando no nome Associação do Monte Pedral. Realizado o estudo para avaliar quais as necessidades da comunidade, a Associação partiu para a construção do equipamento, onde anteriormente havia a Escola de S. José. as obras demoraram cerca nove meses, foram feitas sem qualquer apoio e a Casa de Jesus, Maria e José do Monte Pedral foi conta Paulo Almeida, recordando: “A ideia original era instalar o Centro de Dia na antiga casa das religiosas que já estava devoluta, mas depois colocou-se a questão do que fazer com as escolas. Então optou-se por refazer o projeto e encontrou-se uma
utentes. Em junho já tínhamos o primeiro acordo para a Cantina Social, em Outubro para o SAD”. Atualmente, a Associação do Monte
Cantina Social, apoiada numa equipa de que a instituição estava numa situação que ia acabar por encerrar. Deu-se a volta a esum estudo para ver o que era necessário. Concluímos que já não tínhamos crianças para dar aulas e que a necessidade era na área dos idosos e jovens desempre gados. Este foi o nosso ponto de partida e se não tivesse havido a nossa interven ção a Associação tinha encerrado”, refere Paulo Almeida, presidente da Direção da Associação, revelando: “Não queríamos minassem, mas queríamos adaptarmo-nos, uma vez mais, às necessidades. Foi aí que surgiu a ideia de criar um Centro de Dia, um Serviço de Apoio Domiciliário (SAD) e uma resposta social nova, digamos assim, porque ainda está em estudo na Segurança Social, que se chama Incubadora Social. As duas primeiras com objetivo de dar resposta à população idosa e a Incubadora Social aos jovens e desempregados. Fizemos todas as démarches, sem dinheiro e sem ensino e começámos a preparar o projeto para fazermos a Casa Jesus, Maria e José
Relativamente a esta resposta, Paulo Almeida recorda que ainda antes de o Governo lançar o Programa de Emergência a Cantina Social. coisa de que ainda não se falava, pois já fornecia refeições a pessoas carenciadas. E já na altura usávamos a designação de Cantina Social, porque nos apercebemos que havia pessoas com necessidades alimentares, entre os idosos e outras pessoas carenciadas. Aproveitávamos, então, a cantina da escola, que ainda funcionava, e fornecíamos refeições gratuitas”. que a instituição se encontrava, a construção da Casa de Jesus, Maria e José fez-se “O dinheiro para a obra saiu do que sobrou da venda do edifício da escola de Santo António, sito na Foz, depois de pagas as dívidas e indemnizados os profes-
que não havia dinheiro”, recorda o presidente da instituição, à altura tesoureiro, explicando o que se seguiu: “Só para ter uma
ideia, e contas à merceeiro, o edifício da Foz vendeu-se por cerca de 800 mil euros lor das indemnizações com o encerramento da escola foi muito elevado, mas a situação da instituição era muito precária. Então,
candidatámo-nos a uns programas, como o mil euros com a Incubadora Social, e hoje temos tudo pago e os primeiros funcionários é tudo gente licenciada ou que tem formação e que estava desempregada. O que
MARÇO 2016
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faltava foi arranjado juntos de benfeitores e através das festinhas que fazemos na co munidade, como o arraial de Santo António, o cantar as janeiras e outras atividades, nas quais contamos sempre com o empe nho do Grupo de Jovens da Comunidade O apoio da comunidade do Monte Pedral, onde há “muito bairrismo”, à Associação é muito evidente e, segundo Paulo Almeida, “a prova dessa interatividade é o número de sócios”. “Quando pe gámos na Associação havia à volta de 80 associados, muitos já falecidos, mas hoje podemos dizer com orgulho que temos apenas pelo dinheiro, é pelo que vem a seguir, como a participação nas nossas atividades e no vestir a camisola do Monte Pedral”, sustenta. E se a resposta aos mais idosos surgiu pelo Centro de Dia e pelo SAD, já o apoio aos jovens desempregados acontece atra vés de algo inovador. “Bem, a Incubadora Social não tem nenhuma novidade e o que fazemos é simplesmente disponibilizar os recursos e conhecimentos que temos na instituição para apoiar quem quer criar o seu próprio emprego”, explica Paulo Almeida, acrescentando: “Os incubados convivem com a instituição e, numa primeira fase, desen volvem o seu trabalho aqui dentro. Depois
quando tiverem asas, saem da incubadora e implantam o seu negócio. Neste momento temos aqui a Doctor Gummy, que está numa fase muito avançada, tendo já obtido alguns prémios e algum protagonismo mediático para as suas gomas naturais, saudáveis e medicamentosas”. Paulo Almeida lança mesmo um repto a outras instituições no sentido de seguirem o exemplo da Associação que preside. “Isto não é novidade para as IPSS, porque, no fundo, é pegar naquilo que temos e rentabilizá-lo. O que fazemos é partilhar recursos, mas as IPSS, infelizmente, vivem muito voltadas para o seu umbigo e têm alguma renitência em se ligar a outros. O que fazemos é disponibilizar um espaço para trabalhar, que pode ser em coworking ou não, e depois ceder telefone, internet, água, luz e outros recursos que possam necessitar”, salienta, revelando algumas mais-valias para a própria instituição: “Neste momento, estão aqui incubadas uma série de empresas, que acabam, igualmente, por prestar alguns serviços à instituição. Temos a «Nós de Costura», que são duas senhoras que criaram um ateliê de costura cujo último trabalho foi fazer mais de 40 fardas para a instituição. Está cá um arquiteto que abriu um ateliê de design de interiores e arquitetura e que nos fez o projeto de remodelação do muro exterior da instituição. Temos também a CESE,
que é um grupo de comunicação na área da Economia Social, que trabalha em colaboração com a UDIPSS Porto. E temos cá também um negócio na área das medicinas alternativas, concretamente na acupunctura, em que para além dos clientes próprios, trata igualmente dos nossos utentes”. E se estas são as respostas já implementadas, a instituição olha o futuro com ambição e tem uma série de projetos que já estão em marcha. “Há vários projetos, se Deus quiser em maio sairá um programa denominado Erasmus Sénior, que tecnicamente não tem custos para as IPSS e que passa por trocar utentes durante um dia entre as instituições aqui à volta. É algo que não acarreta custos-extra e o que vamos promover são experiências diferentes aos utentes das diferentes instituições. Em dezembro, no dia 8, pensamos fazer o lançamento do prémio «Ajudar faz bem», marca que já registámos, e que terá um júri da cidade que irá escolher alguém que se tenha mília. Nessa altura, a propósito do prémio «Ajudar faz bem», vamos lançar a ERPI apoios necessários para ainda nesse ano Jovem, que não é nada de novo, pois é um conceito já existente nos países escandinavos. Na prática é uma casa que numa parte terá idosos em regime de lar e outra com quartos que podem ser utilizados por estudantes ou por outros jovens que estejam apenas de passagem, ao estilo do hostel. Estamos mesmo a pensar criar uma empresa no âmbito da Economia Social, até para termos outras vantagens. O objetivo é aproveitar as estruturas da Casa, como a cantina e a cozinha, entre outras. A ideia é que durante a noite quem não tem mobilidos jovens, que poderão ajudar em regime de voluntariado. É mais uma forma de praticar a intergeracionalidade”, explica Paulo Almeida, que revela as potenciais fontes
Doctor Gummy vai começar a vender gomas na grande distribuição, parte dos lucros, pelo que está combinado, é para criar uma empresa no âmbito da Economia Social para apoiar causas e projetos sociais, entre os quais a ERPI Jovem”. E se estes são os projetos mais estruturantes, há ainda um conjunto de intervenções que Paulo Almeida gostava de ver mas que têm enfrentado alguns obstáculos. “Estamos a necessitar de abrir uma entrada no muro exterior para que a carrinha possa entrar e deixar os idosos mesmo à porta, porque, quando está mau tempo, é uma dido ao senhor bispo, mas o Espírito Santo ainda não chegou para podermos abrir uma entrada de dois metros no muro que serve a capela e a instituição. Se nós mandássemos o muro ia todo abaixo, a capela é bonita e está escondida, o adro serve para os mais pequenos jogarem à bola, mas os nossos portões continuam fechados, ao contrário do que diz o Papa Francisco… Por outro lado, repavimentar o adro era o ideal, depois era bom que o muro fosse abaixo e ótimo seria que a capela abrisse a porta à comunidade”. charam a instituição, as coisas agora estão serenas e com boas perspetivas futuras. “Neste momento somos uma instituição sustentável, geramos algum lucro, mas no poupar é que está o ganho. O facto de termos a gestão da casa muito controlada, feita ao cêntimo, e o abrirmo-nos aos outros são mais-valias para a sustentabi-
com alguém contratado ou não, mas precisa de vestir a camisola e de estar lá todos os dias, porque uma IPSS não funciona em autogestão”. Dando resposta nas freguesias de Ramalde, Cedofeita e Paranhos, a Associação do Monte Pedral, hoje, deparanecessidades e às solicitações, algumas
contamos para avançar com este projeto Paulo Almeida. Doctor Gummy. Criámos a marca Vitamina S, ou seja, Vitamina Solidária, e, como a