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Centro de massagens terapêuticas na Rua do Almada, nº 653 no Porto, criado para o ajudar a encontrar equilíbrio físico, mental e espiritual através de terapias como o Shiatsu, a Ayurvédica, Massagem com Aromas, Massagem com Pedras Quentes, Massagem para Crianças, Adultos e Casais. Para consulta dos serviços disponíveis, aceda a http://www.despertardohara.co/terapias.html e para agendamento dos serviços pretendidos contacte o prestador pelo telefone + 351 223 203 040 ou geral@despertardohara.co ou marcacoes@despertardohara.co DESCONTO DE 10% PARA ASSOCIADOS + alto | página 2
EDITORIAL / SUMÁRIO
Editorial vai ficar tudo bem
Sumário setembro/outubro 2021
Vai ficar tudo bem é uma frase que ouvimos e escrevemos há muitos anos mas, mais intensamente, desde março do ano passado e temos esperança que nesta fase de desconfinamento total assim seja! Na sua carta encíclica “Fratelli Tutti” o Papa Francisco deseja que “não seja inútil tanto sofrimento, mas tenhamos dado um salto para uma nova forma de viver, descobrindo que precisamos e somos devedores uns dos outros, para que a humanidade renasça com todos os rostos, todas as mãos e todas as vozes, livre das fronteiras que criamos”. Os sinais de solidariedade que vamos vendo dão esperança mas, por outro lado, os sinais de egoísmo condicionam essa esperança de que tudo não vai ficar bem porque há sempre quem, em nome da (sua) liberdade, não respeite a liberdade dos outros! Poderemos estar separados por raças, crenças, países, orientações, políticas, gostos, ideologias, oceanos, tradições (…) mas todos temos os pés assentes na terra e é essa realidade que nos faz ser diferentes mas iguais na base que (a todos) nos sustenta. Com os pés bem assentes na terra e com o coração ao alto, tenhamos a coragem de “dar um salto para uma nova forma de viver” pois é certo que, na base, somos todos iguais… Só assim vai ficar tudo bem!
Página 1 editorial e sumário
A Direção
Página 2 ficha técnica
Página 3 ajudar faz bem
Página 5 parar para pensar
Página 6 parabéns
Página 7 no alto
Página 8 memórias de um tempo
Página 10 pedras vivas
Página 11 saúde & bem-estar
Página 13 conversas no adro
Página 15 passa tempos
Página 28 olhares + alto | página 3
FICHA TÉCNICA
Mais Alto Revista/Boletim informativo do Monte Pedral Edição Associação das Escolas Jesus, Maria, José Coordenação e Direção Paulo Santos Publicação Bimestral Número 117 | setembro a outubro de 2021
_________________________________________________________________ Redatores e Colaboradores Ana Catarina, Ana Costa, Ana Rita, Cátia Silva, David Lemos, Elisabete Pereira, Fábio Pereira, Hugo Silva, Joaquim Santos, Joceli Silva, José Tadeu, Liliana Pereira, Filipe Moreira, Márcia Pereira, Manuel Soares, Miguel Ferreira, Lucinda Fernandes, Raquel Pereira, Renata Mota, Bruno Silva, Sandra Dias. Capa “é urgente recuperar o afeto” fotografia das mãos de utente produzindo o rosto de uma marioneta Tiragem 500 exemplares para distribuição gratuita aos utentes, cuidadores e familiares, colaboradores, associados, benfeitores e amigos Administração
Rua Padre José Pacheco do Monte, 254 - 259 | 4250-256 Porto Telefone: 228 318 554 | info@monte-pedral.pt www.monte-pedral.pt
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AJUDAR FAZ BEM PARA O APOIO Á COMUNIDADE A Junta de Freguesia de Paranhos doou à Associação do Monte Pedral uma viatura automóvel para transporte de bens e mercadorias com isolamento térmico. Esta viatura Renault Kangoo esteve ao serviço da junta de freguesia que, entretanto, a substituiu por uma outra elétrica. Está agora ao serviço do Centro Comunitário do Monte Pedral para o apoio domiciliário e para o apoio à comunidade, porque ajudar faz bem. A Direção agradece à Junta de Freguesia de Paranhos e ao seu Presidente Dr. Alberto Machado.
ATELIERES LUDICO TERAPEUTICOS
Através de um protocolo com o Espaço t teremos em funcionamento dois ateliers artísticos e lúdico-terapêuticos desenvolvidos pelas “Brigadas Espaço T” e vocacionados para a população sénior utilizadora das respostas sociais Centro de Dia e Estrutura Residencial Para Idosos. Este projeto - financiado pela Fundação Belmiro de Azevedo levará a cabo semanalmente um atelier de Yoga e um atelier de Música Instrumental. + alto | página 5
AJUDAR FAZ BEM DIA MUNDIAL DOS AVÓS E DOS IDOSOS Na sexta-feira, dia 23 de julho, celebramos antecipadamente o primeiro Dia Mundial dos Avós e dos Idosos. No domicílio dos utentes fizemo-nos presentes com um mimo doce e no centro de dia com os utentes numa manhã de jogos e numa tarde de Fados & Guitarradas pela Carla Cortês, Manuel Soares e Rogério Rocha.
QUEM AJUDOU E FEZ BEM No passado dia 9 de julho, o Senhor Professor Francisco Carvalho Guerra – nosso associado honorário – recebeu a medalha de honra da cidade do Porto em reconhecimento do seu serviço e vida em várias áreas, designadamente académicas, científicas e sociais. A cerimónia conduzida pelo Senhor Presidente da Câmara decorreu na Casa do Roseiral, nos jardins do Palácio de Cristal.
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PARAR PARA PENSAR
COBRAS E PIRILAMPOS Um pequenino pirilampo (há terras onde o apelidam de vaga-lume, irincú ou arencú vá-se lá saber porquê) adorava “pirilampar” à noite pelos descampados voando por entre as árvores de uma qualquer floresta… O nosso pequeno amiguinho produzia uma luz no meio da escuridão imensa que iluminava alegremente o caminho dos outros bichos. Uma certa noite, enquanto fazia as suas acrobacias aéreas, uma cobra começou a correr atras dele… quanto mais ele fugia mais a cobra corria, mais o pirilampo conseguia sempre escapar! A cena dramática continuou a acontecer durante muitos dias seguidos e às vezes o pequeno pirilampo pensava em desligar a luz que emanava para assim evitar estas perseguições, mas não conseguia, pois, a natureza não o tinha dotado de um interruptor… numa noite, encheu-se de coragem e começou a fazer o seu habitual voo luminoso perseguido pela cobra… numa curva apetada, parou e guardando a necessária distancia de segurança perguntou á cobra: - Ó cobrona, diz-me cá uma coisa, tu estás sempre a perseguir-me porquê, acaso queres comer-me? A cobra enrolou-se toda - como é seu hábito - e sibilou por entre os dentes: - Não meu querido, até porque tu és tão pequenino que não alimentavas sequer a cova de um dos meus dentes… ando atrás de ti porque
simplesmente a tua luz incomoda-me e estraga a minha caçada noturna! Caríssimos Amigos, no meio destas instabilidades e incertezas todas que vivemos saibamos ao menos ser farol de esperança para os outros e façamos com que essa luz da fé que recebemos por dom de Deus brilhe mais forte ainda e seja posta ao serviço dos outros em fraterna caridade para transformar as escuridões da vida em noites iluminadas! Não tenhamos medo de fazer brilhar o bem que fazemos e que outros nos fazem pois só dessa forma não seremos “comidos” por todas estas crises que teimam em desligar a luz que constantemente Deus nos dá por amor. Sejamos também agradecidos aos vivos a qualquer hora do dia porque depois de mortos, só um pai-nosso e uma avé-maria! Paulo, do Monte Pedral https://www.facebook.com/pararparapensar.pt
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PARABÉNS
02 de setembro | Maria Elisabete Costa Lira Coutinho Cortez 03 de setembro | Joaquim Vieira 09 de setembro | Filipa Alexandra Nascimento Botelho 07 de setembro | Carla Aurora Saraiva Peres da Cunha 10 de setembro | Telma Carla Aguiar Chambisso 11 de setembro | Maria do Céu Ramos Baptista 13 de setembro | Carolina Ferreira 13 de setembro | Ilda Dias Pereira Leite Couto 14 de setembro | Hugo Filipe Varela Correia Tavares 15 de setembro | Maria Emília Pinto Marinho 16 de setembro | Maria da Glória Pedro 18 de setembro | Armando Amaro Teixeira Ferreira da Silva 23 de setembro | Maria Alice Teixeira Pinto de Araújo 25 de setembro | Francisco de Sousa Dias 29 de setembro | Sandra Pinto Dias
02 de outubro | Maria Celeste Ferreira Vinagre Correia 04 de outubro | Alberto Carlos Magalhães Coutinho 07 de outubro | Maria de Jesus Martins Marques Guimarães 07 de outubro | Francisco Fernando Ferreira Guimarães 08 de outubro | Nuno Filipe Peres de Sousa 08 de outubro | Efigénia de Sousa Barbosa Sequeira 09 de outubro | Natália Teresa Lopes Bernardo 09 de outubro | Silvina Viana de Almeida Leitão 11 de outubro | José Tadeu Bonifácio Monteiro 11 de outubro | Rosa Maria Correia Salgado Marques 13 de outubro | Ana Maria Gonçalves Oliveira 19 de outubro | Francisco José Amorim de Carvalho Guerra 19 de outubro ! Clementina de Almeida Rua Santos 19 de outubro | Andreia Maria Pereira Gomes 20 de outubro | José Prazeres de Araújo 20 de outubro | Albina Silva Costa 21 de outubro | Manuel Teixeira 23 de outubro | Maria Alice Teixeira Pinto de Araújo 26 de outubro | Fábio Miguel Ribeiro Pereira 30 de outubro | Joaquim Moreira + alto | página 8
NO ALTO
HEROIS ENTRE HEROIS A pandemia que sofridamente padecemos, entre muitas dores e apreensões, pôs de manifesto todo um mundo de generosidade. Com efeito, desde o mais alto Magistrado da Nação até ao cidadão mais humilde, serão exceção os poucos que possam ter virado as costas a quem sofre as maldades do vírus. Toda essa legião de benfeitores merece o nosso agradecimento. O meu também. Sem secundarizar ninguém, aqui e agora, quero referir-me apenas aos responsáveis pelos lares, especialmente aos membros das estruturas diretivas. E faço-o porque, aqui e ali, vão aparecendo referências que, se não tem, podem ter uma leitura negativa. Há modos de apresentação da contagem dos mortos que podem induzir os mais distraídos a pensar que se não fossem os lares os números de vítimas seriam mais baixos. Mais baixos?! Abandonados nas suas casas, esquecidos, muitas vezes, dos seus familiares, aconteceria que só seriam contados como mortos dentro de semanas ou meses! Uma alta percentagem da população dos lares, porque são bem cuidados, vai progressivamente aproximando as estruturas residenciais a estruturas de cuidados continuados. Compreende-se facilmente que surjam aí muitas das vítimas. Percebo o esforço e o cansaço de quem tem a responsabilidade de gerir esta complexa operação da pandemia. Mas não são bonitas nem justas explicações, referidas aos lares, do tipo: nós tínhamos avisado …; nós tínhamos advertido …; nós tínhamos mandado … Sabem, acaso, que às vezes, os responsáveis dos lares e também de outras valências das IPSS, são tratados por responsáveis oficiais quase como se fossem inimigos a abater? Sabem, acaso, que, com alguma frequência, as inspeções
(legítimas e necessárias!) tem muito pouco de colaboração pedagógica e técnica e mais de “visitas de fita métrica” para verificar se faltam 2cm à porta? Sabem, acaso, que muitas instituições sobrevivem a duras penas e cada fim de mês é um calvário a contar os cêntimos? Caros membros das Direções dos lares: Apesar de algumas incompreensões, esta pandemia ajuda a perceber como fostes e sois imprescindíveis. Que seria do País sem o vosso trabalho! Sem as vossas canseiras e a generosa dedicação dos vossos colaboradores esta pandemia seria um pandemónio! Muitos dos vossos “velhinhos” já não tem capacidade para vos agradecer. Agradece-vos a Sociedade. Agradece-vos Quem prometeu que nem um copo de água dado por amor ficaria sem recompensa (cfr. Mt 10, 42). E vós dais muito mais que um copo de água. Sois heróis entre heróis. + Dom Pio Alves de Sousa, Bispo Auxiliar do Porto
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MEMÓRIAS DE UM TEMPO
AS FESTAS NO AUDITÓRIO DA CAPELA DO MONTE PEDRAL Na véspera do Natal de 1928 a Capela foi solenemente inaugurada pelo Bispo Auxiliar – Dom António Augusto de Castro Meireles – e a orientação pastoral desta neoparcela do Povo de Deus foi confiada ao Padre José Pacheco do Monte (Missionário da Congregação do Espírito Santo). Durante as décadas seguintes, foram
surgindo Grupos, Movimentos e Organismos e a “obra de Deus foi-se fazendo pelas mãos de senhoras, senhores, rapazes e raparigas” que do alto deste monte dinamizaram e espalharam a sua ação artística, cultural, profética, litúrgica e sócio-caritativa nesta zona e na cidade. De entre todos destacamos a União dos Tarcísios do Porto, a Liga Operária Católica, a Juventude Operária Católica, o Grupo Semente Nova, Centro de Catequese,o Grupo dos Amigos e Grupo de Jovens Cativ’arte por terem desenvolvido múltiplas atividades artísticas, recreativas e culturais. Em 1934, após as obras de remodelação e ampliação levadas a cabo pelo Padre José Pacheco do Monte, os leigos e o capelão deitaram mãos à obra e escavando as fundações da Capela em toda a sua extensão e construíram o salão-cripta da Capela onde foram desenvolvidas récitas, espetáculos, peças de teatro, catequese, filmes, sessões de formação e convívios. Em 1989, a capela, o salão-cripta e os espaços envolventes necessitavam de urgentes obras de conservação e restauro. + alto | página 10
MEMÓRIAS DE UM TEMPO Por iniciativa do Pároco do Carvalhido Padre Nuno Álvares Augusto Valente Borges de Pinho foi criada a Comissão de Culto e Obras do Monte Pedral que, por fases e durante a década seguinte, restaurou, beneficiou e requalificou esses espaços; As obras custaram cerca de 200.000 euros e o estado comparticipou-as com cerca de 60.000 euros. O sonho tornou-se realidade graças ao empenho do pároco, dos grupos e movimentos e à amizade de muitas pessoas anónimas que deram o seu contributo de muitas e várias formas, inclusivamente com quermesses, leilões, espetáculos e o cantar das janeiras pelas ruas da cidade. No dia 30 de Maio de 1999 as obras foram solenemente inauguradas e a “nova” capela com a
sua tribuna e capacidade para cerca de 150 fiéis e o “novo“ salão-cripta agora transformado em auditório com capacidade para cerca de 100 pessoas retomaram o seu normal funcionamento ao serviço da comunidade.
Nas fotografias: atuação do rancho folclórico da juventude operária católica (1950) | facsimile dos estatutos da união dos tarcísios do porto (1964) | facsimile de programa de teatro do grupo semente nova (1984) | peça de teatro infantil no salãocripta (1948) | festa de natal para a catequese pelo grupo semente nova (1984) | festa de natal pelo grupo semente nova (1987) | perspectivas do auditório, palco e entrada, após as últimas obras realizadas (2000)
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PEDRAS VIVAS AS CONVERSAS DE FRANCISCO O Papa Francisco criticou quem quer “voltar atrás”, na Igreja, afirmando que a liberdade “assusta” muitos católicos. “Sofremos isso hoje na Igreja: a ideologia do retrocesso. É uma ideologia que coloniza as mentes, é uma forma de colonização ideológica. Não é um problema verdadeiramente universal, mas antes específico das Igrejas de alguns países”, referiu, numa conversa com cerca de 53 participantes jesuítas eslovacos, que decorreu em Bratislava e foi publicada na revista ‘La Civiltà Cattolica’, da Companhia de Jesus. “Temos medo de avançar nas experiências pastorais. Penso no trabalho que foi feito no Sínodo sobre a família para deixar claro que os casais em segunda união não estão condenados ao inferno. Assusta-nos acompanhar pessoas com diversidade sexual”, assumiu o Papa. Francisco começou por responder a uma pergunta sobre como se sentia, dois meses após uma intervenção cirúrgica ao cólon. “Continuo vivo, embora alguns me quisessem morto. Sei que até houve encontros entre prelados que achavam que a situação do Papa era mais séria do que o que foi dito. Estavam a preparar o conclave. Paciência”, disse. Eu continuo, não porque queira fazer uma revolução. Eu faço o que sinto que devo fazer. É preciso muita paciência, oração e muita caridade”. A conversa abordou o que o pontífice chamou de “ataques e insultos” contra si, que ligou a quem gostaria de “voltar ao passado”. “Dizem que falo sempre do social e que sou comunista. No entanto, escrevi uma Exortação Apostólica inteira sobre a santidade, a ‘Gaudete et exsultate’”, apontou. Francisco rejeita a “ideologia de género”, por entender que ninguém pode “decidir abstratamente, à vontade, se e quando ser homem ou mulher”. “Isso não tem nada a ver com a questão homossexual, no entanto”, acrescentou. A conversa abordou a decisão de restringir uso do missal pré-Concílio Vaticano II, sublinhando que é fruto de uma “consulta” aos bispos de todo o mundo, “Há jovens que, depois de um mês de ordenação, vão ao bispo para pedir autorização [para a celebração em rito antigo]. Este é um fenómeno retrógrado”, indicou. O Papa falou ainda sobre a crise migratória, destacando que deixar quem sai da sua terra sem integração é “deixá-lo na miséria, equivale a não o acolher”. “Precisamos de estudar bem o fenómeno e entender as suas causas, principalmente as geopolíticas”, recomendou. Fonte: www.agencia.ecclesia.pt + alto | página 12
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SAÚDE & BEM-ESTAR OS
ABRAÇOS
ROUBADOS
qual o impacto de um abraço na nossa saúde mental? Um simples abraço pode despoletar um conjunto de sensações positivas: aceitação, felicidade, amor e sentimento de pertença, que poderão posteriormente ter um enorme impacto na autoimagem da pessoa. Muito se tem falado, em tempos de pandemia, sobre os “abraços roubados”. O afeto, o contacto direto e o carinho dos quais a pandemia de COVID-19 nos privou. As principais vítimas deste roubo voltam a ser aquelas que já o eram, muito antes de enraizarmos nas nossas rotinas a desinfeção das mãos ou a utilização de máscaras. Muito antes do “distanciamento social” fazer parte dos nossos dicionários, já um grupo específico de pessoas acusava os efeitos negativos da falta de carinho, que agora se agrava: os idosos. Se antigamente várias justificações cabiam na ausência (in)justificada dos filhos e netos, hoje a pandemia de COVID-19 “tem as costas largas” e acaba por ser usada como argumento, por parte de muitos, para adiar aquele abraço, aquele toque, aquele beijo. O abraço, gesto tão simples e tão complexo que nos permite acolher alguém nos nossos braços tem efeitos quase imediatos nos envolvidos: quem o recebe sente o coração disparar, os vasos sanguíneos a dilatar e a pressão sanguínea baixar. Sente também que é aceite, tal como é, por outrem. Que a sua existência tem valor e que vale a pena estar vivo, mais não seja para viver este abraço, que valida e protege. Para quem o dá, impera o bem-estar que advém do saber que estamos a fazer bem, que estamos próximos de quem queremos e de que, naquele momento, os protegemos. Confesso-vos, se mo permitem, uma “batota” que fiz. Há dias, em consulta com uma idosa, esta falava-me no quão angustiada viveria por não estar atualmente mais próxima do filho (o que sabemos infelizmente ser comum nesta demográfica). Dizia-me que “ele não liga e que não quer saber”. Quando lhe pergunto se já havia conversado com o filho sobre aquilo que me dizia, se lhe havia já dito o quanto precisava de mais carinho da parte dele, responde prontamente: “disse-me que se quisesse que poderia eu ligar. Mas não o faço”, acrescenta; “afinal, sempre que ligo ele está ocupado e responde-me de forma agressiva.”. A “batota”? Fi-la no final da nossa consulta. Sempre de máscaras postas, ambos vacinados e tendo desinfetado generosamente as mãos e braços, abracei esta pessoa. Abracei-a porque acredito que era aquilo de que ela precisaria naquele momento. De perceber que merece o carinho de alguém. Não almejo a substituir um abraço do seu filho, que ambos sabemos era aquilo do qual ela mais precisaria naquele momento, mas… Não resisti. E fiquei a pensar nisto. Como é possível esquecermo-nos de abraçar quem temos por perto? Quando é que é tarde demais para o fazermos? Onde cabe a empatia? por Bruno Filipe Silva, Psicólogo Clínico e da Saúde
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SAÚDE & BEM-ESTAR CONTROLAR O RITMO CARDÍACO A deteção precoce e o controlo de arritmias cardíacas como a fibrilhação auricular, a arritmia mais prevalente a nível mundial, são fundamentais para a manutenção de uma boa qualidade de vida. Aqui ficam cinco formas de o controlar.
1. Medição do pulso A medição do pulso é a maneira mais prática de vigiarmos o nosso ritmo cardíaco. É um gesto simples que nos permite detetar eventuais irregularidades nos batimentos cardíacos, possibilitando a identificação atempada de arritmias como a fibrilhação auricular. Uma vez detetada uma arritmia, esta poderá ser confirmada através de exames complementares de diagnóstico, como o eletrocardiograma ou o Holter de 24 horas, pedidos pelo seu médico assistente. 2. Redução ou eliminação de fatores e comportamentos de risco Muitas arritmias podem ser causadas, precipitadas ou agravadas por inúmeros fatores, nomeadamente o tabaco, o consumo de cafeína, de bebidas alcoólicas ou de outro tipo de drogas, a manutenção de estilos de vida sedentários, o stress e a toma indevida de alguns medicamentos. Todos estes constituem importantes comportamentos de risco potencialmente modificáveis: a sua redução ou eliminação contribuem para a prevenção de arritmias, e facilitam o seu controlo no caso de uma já estabelecida. A idade, por seu turno, constitui um outro fator de risco crucial, ainda que, infelizmente, não passível de modificação. Ainda assim está nas nossas mãos envelhecer da forma mais saudável possível, sendo fundamental controlar as comorbilidades que mais provavelmente aparecerão com o passar dos anos. Destas são exemplo a Obesidade, a Diabetes, a Insuficiência Cardíaca, a Hipertensão Arterial, a Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono ou a Doença Coronária. A sua vigilância e gestão apropriadas, evitando possíveis complicações, são um importante contributo para a manutenção de um bom ritmo cardíaco. 3. Prática regular de atividade física Com a prática regular de atividade física conseguimos evitar o sedentarismo, um dos principais comportamentos de risco para a nossa saúde. Por outro lado, e aliada à adoção de hábitos alimentares saudáveis, ajuda-nos a controlar o peso corporal, combatendo assim o excesso de peso e a obesidade, importantes fatores de risco para uma arritmia. A Direção Geral de Saúde recomenda, para um adulto, a prática semanal de 75 minutos de atividade física vigorosa (aquela em que a sua respiração estará muito acelerada, sendo difícil manter uma conversa), de 150 minutos de atividade física moderada (aquela em que apesar da respiração estar acelerada, ainda será possível manter uma conversa) ou uma combinação equivalente. Contudo, lembre-se: mesmo que não consiga cumprir estas recomendações na totalidade, fazer alguma atividade física é sempre muito melhor do que não fazer nenhuma! 4. Não descurar a sua saúde e os sinais As consultas regulares com o seu médico assistente e a realização de exames complementares de diagnóstico, caso se justifiquem, são também importantes para o controlo sobre a sua saúde. Podem permitir a deteção atempada, e mesmo antes de causar sintomas, de problemas graves e potencialmente fatais como as arritmias cardíacas. Esteja também atento aos sinais que o seu corpo lhe vai dando: tonturas, episódios de desmaio, sensação de aperto no peito ou de palpitações, dificuldade em respirar ou cansaço mantido devem fazê-lo procurar, assim que possível, o seu médico assistente. 5. Medicação (e o seu cumprimento escrupuloso) Muitas arritmias cardíacas, como a fibrilhação auricular, e as suas potenciais complicações, podem ser controladas eficazmente com medicação. O cumprimento escrupuloso dos fármacos de acordo com a prescrição médica é fundamental para o sucesso terapêutico, controlando os sintomas e/ou reduzindo as eventuais complicações associadas. A maioria dos doentes com fibrilhação auricular terá indicação para fazer terapêutica anticoagulante oral, sendo atualmente os anticoagulantes orais não antagonistas da vitamina K (também denominados de anticoagulantes orais diretos – DOAC) a classe terapêutica mais eficaz e segura na generalidade dos doentes (salvo algumas exceções). Por diminuírem a coagulação no sangue circulante nos vasos, evitam fenómenos tromboembólicos, prevenindo, por exemplo, o Acidente Vascular Cerebral (AVC). Para além disso, poderá também estar indicado a toma de outros fármacos que controlem a frequência cardíaca. A decisão terapêutica caberá ao médico assistente, pesando os inúmeros benefícios e eventuais riscos destes fármacos nestes doentes. Para isso é fundamental a boa relação médico-doente, a base da relação de confiança crucial para o acompanhamento regular a manter no futuro. por Luísa Fonte, Médica especialista em medicina Geral e Familiar + alto | página 14
CONVERSAS NO ADRO QUEM SOU EU? É um projeto de criação, que surgiu da forte motivação para trabalhar com comunidades numa perspetiva de sensibilização artística e de inclusão social, com o apoio da Divisão Municipal de Desenvolvimento Social da Câmara Municipal do Porto. Após duas edições (2018 e 2020) foi criada uma forte aproximação à população e ao território da cidade mais desfavorecido, a zona oriental da cidade, através de um trabalho de criação que implicou os participantes de forma intensa e sensível. Quem sou eu? É uma viagem de memórias das pessoas idosas, à procura do belo que há em cada um. Conceito e Encenação | Isabel Barros; Texto | Micaela Soares; Música | Jorge Queijo; Marionetas | João Trindade; Desenho de luz | Filipe Azevedo; Interpretes | Séniores do Monte Pedral; Produção | Marionetas do Porto. Em julho o Jornal de Notícias publicou uma reportagem sobre a atividade que anexamos. A apresentação do espetáculo está agendada para 7 de novembro no Teatro Helena Sá e Costa no Porto. VIOLENCIA DOMÉSTICA CONTRA IDOSOS Nos dias 6, 7 e 8 de setembro entre as 17 e as 19 horas, a ADDIM – Associação Democrática de Defesa dos Interesses e da Igualdade das Mulheres – realizou no Centro Comunitário do Monte Pedral com o apoio do POISE / Portugal 2020, uma ação de sensibilização/formação presencial dirigida a familiares, cuidadores, técnicos de apoio domiciliário, assistentes geriátricos, animadores sociais e prestadores de cuidados de saúde. + alto | página 15
CONVERSAS NO ADRO OUVIR A VOZ DOS AVÓS Como já é habitual, abrimos as portas da casa aos candidatos(as) às próximas eleições autárquicas para que nos pudessem conhecer, para os conhecer e conhecer os seus programas eleitorais. Assim, pediram e foram acolhidas as delegações do Partido Socialista (PS), Partido Social Democrata (PSD), Coligação Democrática Unitária (CDU), Partido Chega (CHEGA) e Aqui há Porto (RM). As eleições para os órgãos autárquicos realizam-se no próximo dia 26 de setembro.
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TEMPOS PASSA-TEMPOS
CROMOS Consegue adivinhar quem está desfocado na fotografia?
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TEMPOS PASSA-TEMPOS
SOPINHA DE LETRAS Teatro
Encontre as palavras
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TEMPOS PASSA-TEMPOS
SOPINHA DE LETRAS Brinquedos da nossa infância
Encontre as palavras
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TEMPOS PASSA-TEMPOS
Sudoku
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TEMPOS PASSA-TEMPOS
DESCUBRA E PINTE Descubra as 10 diferenças e assinale nas imagens
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TEMPOS
PASSA-TEMPOS
DESCUBRA E PINTE Una os pontos para revelar o desenho final
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TEM
PASSA-TEMPOS POS
SABICHÃO Complete os seguintes provérbios:
- Quem não quer ser lobo, ____________ . - Grão a grão ______________________ . - Quem não arrisca __________________ . - Nem tudo o que vem á rede __________ . - Gato escaldado ___________________ . - Água mole em pedra dura, ___________ . - Depois da tempestade ______________ . - Mais vale cair em graça _____________ . - Cão que ladra, ____________________ . + alto | página 23
TE
PASSA-TEMPOS
SABICHÃO Responda às seguintes perguntas sobre músicas portuguesas:
-O que é a mula da cooperativa fez? a) Atirou com a carga ao ar b) Deu quatro pinotes c) Deu um coice no telhado -Quem é que está lá em cima? a) O tiroló b) O tiroliro c) O trinta e um -De que cor eram as pintas da blusa da Clarinha? a) Da cor do vinho da enfusa b) Da cor amarela do caril c) Azuis e brancas à Porto -O que é que se pede á Rosa para fazer? a) Ginástica b) Arredondar a saia c) Tomar banho -Quem canta “numa casa portuguesa”? a) Amália b) Quim Barreiros c) Max + alto | página 24
PASSA-TEMPOS
LABIRINTO Ajude o casal a chegar ao Centro de Dia…
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PASSA-TEMPOS
MÃOS Á OBRA Vamos construir um papagaio de papel… PRECISAMOS DE: 1 FOLHA DE CARTOLINA 2 CANAS OU VARINHAS DE MADEIRA MATERIAL DE PINTURA ROLO DE CORDEL PAUZINHO DE GELADO FITAS DE PAPEL COLORIDO PARA DECORAR COLA, TESOURA, REGUA E LAPIS ALGUÉM PARA AJUDAR
SIGAM OS PASSOS CONFORME AS ILUSTRAÇÕES…
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PASSA-TEMPOS
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PASSA-TEMPOS
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PASSA-TEMPOS
E partilhe a aventura com um(a) amigo(a)…
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OLHARES
passeio elétrico fotografia de claro oliveira | porto, setembro 2021
sabedoria popular fotografia de manuel soares | porto, setembro de 2021
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Rua do Padre José Pacheco do Monte, nº 240 Porto Para consulta e agendamento dos serviços disponíveis ou pretendidos, contacte o prestador pelo telefone +351 223 221 596, +351 938 585 859 ou gapneus@gapneus.pt DESCONTOS E PROMOÇÕES PARA ASSOCIADOS 31
A Clínica Médica da Cooperativa do Povo Portuense, CRL presta vários serviços de especialidades médicas, enfermagem e análises clínicas na Rua do Paraíso nº 217 no Porto. Para consulta dos serviços disponíveis, aceda a http://www.povoportuense.pt/locais-2 ou contacte o prestador pelo telefone +351 222 038 942 ou clinica@povoportuense.pt
CONSULTE ABAIXO OS CUSTOS PROTOCOLADOS ASSOCIADOS, COLABORADORES, UTENTES E FAMILIARES
PARA
http://monte-pedral.pt/wp-content/uploads/2018/05/tabelapre%C3%A7osCOOP-Povo-Portuense.pdf
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