MAIS ALTO_Nº 116

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Centro de massagens terapêuticas na Rua do Almada, nº 653 no Porto, criado para o ajudar a encontrar equilíbrio físico, mental e espiritual através de terapias como o Shiatsu, a Ayurvédica, Massagem com Aromas, Massagem com Pedras Quentes, Massagem para Crianças, Adultos e Casais. Para consulta dos serviços disponíveis, aceda a http://www.despertardohara.co/terapias.html e para agendamento dos serviços pretendidos contacte o prestador pelo telefone + 351 223 203 040 ou geral@despertardohara.co ou marcacoes@despertardohara.co DESCONTO DE 10% PARA ASSOCIADOS + alto | página 2


EDITORIAL / SUMÁRIO

Editorial Passo de caracol

Sumário julho/agosto 2021

Parecia que o “bicho” aos poucos se ia embora mas afinal descobriu-se que tem a capacidade de mutação e apesar de manter o mesmo nome, surge agora com os cognomes de “índia”, “inglês”, “alfa”. De repente ficamos com a sensação de que este mal veio para ficar e não há meio de o fazer desaparecer das nossas vidas pois em qualquer esquina, em qualquer situação, em qualquer pessoa está á espreita para “atacar” e nem mesmo as vacinas parece que o detêm! Convictos de que a ciência iria resolver este problema universal, começamos a dar passos mais largos do que as pernas pois se ficávamos em casa morríamos de isolamento e se desconfinávamos morríamos do contágio! Talvez fosse interessante olhar para o exemplo do caracol que no seu lento caminhar nos mostra uma espécie de lição de vida e de responsabilidade individual e coletiva: anda lento mas caminha, nunca deixa a sua proteção por costas alheias e se encontra outro da sua espécie que cruza o caminho sem a proteção, muda de caminho e não o segue. Talvez assim, cuidando de nós e dos outros sustentados pela nossa fé, esperança e caridade consigamos de vez acabar com este “diabo” que não nos quer largar e nos mata aos poucos por dentro e por fora! A Direção

Página 1 editorial e sumário

Página 2 ficha técnica

Página 3 ajudar faz bem

Página 5 parar para pensar

Página 6 parabéns

Página 7 no alto

Página 8 memórias de um tempo

Página 10 pedras vivas

Página 11 saúde & bem-estar

Página 13 conversas no adro

Página 15 passa tempos

Página 28 olhares + alto | página 3


FICHA TÉCNICA

Mais Alto Revista/Boletim informativo do Monte Pedral Edição Associação das Escolas Jesus, Maria, José Coordenação e Direção Paulo Santos Publicação Bimestral Número 116 | julho a agosto de 2021

_________________________________________________________________ Redatores e Colaboradores Ana Catarina, Ana Costa, Ana Rita, Cátia Silva, David Lemos, Elisabete Pereira, Fábio Pereira, Hugo Silva, Joaquim Santos, Joceli Silva, José Tadeu, Liliana Pereira, Filipe Moreira, Márcia Pereira, Manuel Soares, Miguel Ferreira, Lucinda Fernandes, Raquel Pereira, Renata Mota, Bruno Silva, Sandra Dias. Capa “eu estou contigo todos os dias” fotografia de um utente captada na sardinhada de são joão 2021 Tiragem 500 exemplares para distribuição gratuita aos utentes, cuidadores e familiares, colaboradores, associados, benfeitores e amigos Administração

Rua Padre José Pacheco do Monte, 254 - 259 | 4250-256 Porto Telefone: 228 318 554 | info@monte-pedral.pt www.monte-pedral.pt

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AJUDAR FAZ BEM ASSOCIADOS HONORÁRIOS O Senhor António Agostinho Machado Ferreira da Silva é colaborador do monte pedral desde, pelo menos, 1988. Estando sempre disponível para ajudar e fazer bem de várias formas, designadamente como membro da Comissão de Culto e Obras da Capela do Monte Pedral intervindo em todas as atividades de angariação de fundos e, nos últimos anos, como associado, membro dos órgãos sociais e presidente do Conselho Fiscal desta Associação. Pessoa querida e respeitada, entendeu a Direção propor à Assembleia Geral - realizada a 31 de maio de 2021 - um voto de agradecimento e louvor e elevá-lo à condição de Associado Honorário, o que foi aprovado por unanimidade! Junta-se, desta forma, aos atuais dois Associados Honorários da Instituição, Senhora Drª Rosália Grasiete Carneiro Fernandes Teixeira (aclamada em 2020) e Senhor Professor Doutor Francisco José Amorim de Carvalho Guerra (aclamado em 2015).

PARA “SURFAR” MAIS RÁPIDO NA INTERNET Agradecemos à ENTRAJUDA e à MICROSOFT a dádiva dos seis computadores recondicionados para a nossa sala de informática. De igual modo agradecemos á TORRESTIR que fez o transporte gratuito do Banco de Bens Doados em Lisboa até ao Monte Pedral. Os computadores que usávamos foram doados ao Centro de dia do Bom Pastor da Cruz Vermelha e ao Centro Social Paroquial do Marquês.

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AJUDAR FAZ BEM OBRIGADO ABEL Alberto Abel de Melo Carneiro nasceu a 1 de abril de 1945. Na sua infância foi aluno nas escolas jesus, maria, josé do monte pedral e foi na capela do monte pedral que iniciou a sua fé como catequisando e, mais tarde, acólito. A vida profissional foi dedicada às artes gráficas e, o seu tempo livre foi dedicado á Comunidade do Monte Pedral como Catequista, Acólito, fundador e dinamizador de grupos e movimentos de jovens e adultos nas áreas sócio-caritativas e culturais. Constituiu vida familiar com Rosa Carneiro em setembro de 1975 e desse casamento nasceram três filhas. Em 1985 foi indicado pelo então Capelão do Monte Pedral, Padre Augusto Ferreira missionário do Espírito Santo, para iniciar o seu percurso formativo com vista ao diaconado permanente e, a 26 de abril de 1992 foi um dos primeiros diáconos permanentes da diocese ordenado por Dom Júlio Tavares Rebimbas. Nomeado para o serviço da Paróquia do Carvalhido, o Diácono Abel colaborou intensamente com o então Pároco, Padre Nuno Borges de Pinho, em várias áreas pastorais e, mais estritamente, a catequese, os acólitos, as conferencias vicentinas, a comissão de culto e obras, a união dos tarcísios do porto, o grupo “semente nova” e nos momentos celebrativos na Capela do Monte Pedral. Anos depois é nomeado para o serviço das paróquias de Lavra e Perafita. Apesar da ausência, acompanhava a Comunidade com o coração e, a 7 de dezembro de 2019, marcou presença na Festa da Imaculada Conceição e 91º aniversário da nossa comunidade, onde reencontrou (velhos) amigos. Acometido de doença súbita, faleceu a 9 de julho de 2021 tendo as suas exéquias sido celebradas na paróquia de Lavra e Perafita. Ao Abel prestamos desta forma singela homenagem e agradecemos por tudo o que deu… No seu descanso eterno permaneça com o monte pedral no coração. www.facebook.com/associacaodomontepedral + alto | página 6


PARAR PARA PENSAR

OS NÓS DO AMOR Numa reunião com pais e encarregados de educação dos catequizandos de uma Comunidade, um dos catequistas falava dos problemas que encontrava semana após semana no seu contacto com as crianças e adolescentes e insistia na necessidade dos pais darem apoio aos filhos fazendo-se presentes em todos os momentos da sua vida e com o máximo de tempo possível. Apesar de saber que a maioria dos pais e das mães trabalhavam longe de casa e até em horários rotativos, o catequista insistia com os pais para que arranjassem um tempinho para ouvir e entender as crianças… “ao menos apareçam na missa ou no final das sessões da catequese para que eles possam sentir que não estão sozinhos”. No final da reunião, um pai aproximou-se do catequista e com linguagem simples disse-lhe que não tinha tempo de falar com o filho, nem de o ver durante a semana… “quando saio para trabalhar, é muito cedo e o meu filho ainda está a dormir e quando regresso do trabalho, é muito tarde e o catraio já não está acordado… e é esta a minha vida porque a minha mulher não pode trabalhar e eu sou o único sustento da família” … e, entre uma lágrima disfarçada por um assoar o nariz, disse que todas as noites ia beijar o filho quando chegava a casa, perguntando ao catequista se haveria solução para estas “faltas”. O catequista, parou, pensou e compreendendo a situação despediu-se do pai dizendo-lhe para se tornar presente na vida do filho… Alguns tempos passaram e nova reunião de pais se realizou, desta vez com o objectivo de combinar as coisas para as

Festas da Catequese… no final da reunião o pai veio ter com o catequista e contoulhe que tinha arranjado uma maneira do filho saber da sua presença “todas as noites para além do beijo que já era costume dar, dou um nó na ponta do lençol com que ele se cobre e assim de manhã ao acordar, ele fica a saber que eu estive lá presente”… Na altura, não dei muita importância à solução que o pai encontrou, para se fazer presente no seu beijo de boa noite, mas alguns anos depois percebi que naquele gesto simples estava um elo de comunicação entre duas pessoas que se amavam e que, mais importante de tudo, o filho tinha percebido a mensagem transmitida pelo pai através daquele “nó de amor”… É bom que nos façamos presentes na vida daqueles e daquelas que amamos, cuidamos, que nos amam e de nós cuidam. Que neste tempo de férias diferente saibamos dar uns “nós de Amor” aos que amamos… Paulo, do Monte Pedral https://www.facebook.com/pararparapensar.pt

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PARABÉNS

01 de julho | Paulo Alexandre Silva Semblano Correia 01 de julho | Cristina Joana Jesus 03 de julho | Maria Augusta da Silva Coelho Rocha 05 de julho | Idília Ferreira Adriano Cortez 05 de julho | Maria Emília Teixeira de Almeida 08 de julho | Maria do Carmo Martins de Faria e Silva Machado 09 de julho | Gracinda da Conceição Martins Fonseca Barbosa 09 de julho | Idalina da Conceição Martins Dias Barbosa 11 de julho | Maria Virgínia Pena 12 de julho | Manuel Fernando Teixeira Pinto Madureira 12 de julho | Rui Manuel Ramos Coutinho 13 de julho | Josefa Rosa Ribeiro Ramos 17 de julho | Maria Teresa da Cunha Borges Caldas 19 de julho | André Miguel Guedes Ferreira Dias 20 de julho | Ana Paula Alves Beça de Oliveira e Silva 20 de julho | Luzia de Fátima Leão Ferraz Barbosa de Oliveira e Silva 21 de julho | Mário Dores Rodrigues 22 de julho | Nelson Peres Fernandes da Cunha 23 de julho | António Lourenço Teixeira 27 de julho | Virgínia Portugal Resende de Sousa 30 de julho | Maria Olimpia Bernardo Amaral 31 de julho | Maria Alcina Alves Bessa Pinto Moreira 31 de julho | Luís Filipe Vasconcelos Moreira 05 de agosto | Eduarda Maria Carvalhais Saraiva Fernandes da Cunha 06 de agosto | Pedro Miguel Tabosa da Pena 07 de agosto | David Luís Oliveira Lemos 08 de agosto | Artur Jorge Martins Gonçalves 09 de agosto | Olinda Glória Ribeiro Marinho 09 de agosto | Ana Carla Alves Machado 11 de agosto | Dóris Maria Alves Machado 19 de agosto | Maria Odete dos Santos Esteves 19 de agosto | Francisco Oliveira Resende 21 de agosto | Maria Carlota 23 de agosto | Arlindo de Jesus 24 de agosto | Maria Julieta Alves Beça de Oliveira e Silva 28 de agosto | Maria Alice Pereirinha de Seixas Teixeira 28 de agosto | Edison Amorim Moreira Portugal 30 de agosto | Maria Fernanda Andrade Azevedo Costa 31 de agosto | Norvinda Fernanda Amorim + alto | página 8


NO ALTO

SINODALIDADE A palavra é rara na nossa boca, mas vamos ouvi-la com frequência. Em ambiente eclesial, claro. Porque é neste que o mesmo amor de Deus, a mesma fé e batismo se traduzem no mesmo sentido filial na relação com a Igreja. E um bom filho ama muito a sua mãe. Diz o Papa que a sinodalidade “é um conceito fácil de exprimir com palavras, mas não é assim tão fácil pô-lo em prática”. Como conceito, remete para a ideia de caminhada conjunta, na qual os viajantes escutam e falam, refletem e exprimem, em verdade e sem inibição, aquilo que lhes diz respeito ou preocupa; enquanto prática, denota uma atitude existencial onde não cabem melindres, desinteresse, guerrilhas e imposição unilateral de um ponto de vista. Desde que se queira, efetivamente, o bem da Mãe… Temos de reconhecer que a Igreja Católica, no segundo milénio, não primou pela sinodalidade. As condições internas e externas mais acentuaram a coesão à volta da estrutura do que propriamente a participação de todos na vida da fé e sua adoção por povos e grupos de distintas visões culturais e filosóficas. Resultado: acentuou-se o vértice da pirâmide em detrimento da base. E os de baixo limitavam-se a seguir o que vinha de cima. O Concílio Vaticano II optou por outro modelo de Igreja. Reorientou-a no sentido da sua essência e origem. Até porque a «anexação» que os dirigentes fizeram dela só gerou menorização daqueles que se assumiram como “leigos na matéria”. Com uma consequência: desresponsabilização. Com um Sínodo sobre a sinodalidade em outubro de 2023 –o que parece uma tautologia, mas é antes o regresso ao própria ser da Igreja, enquanto comunhão, participação e

missão- seria «brincadeira de mau gosto» se Roma se limitasse a dar indicações no final do mesmo, com a costumada Exortação pós-sinodal. Mas não. O Papa quer colocar já a Igreja em processo sinodal. E escutá-la. O Sínodo será apenas a conclusão. Para já, entramos nas preparações. No próximo outubro, Francisco abrirá formalmente o procedimento de consulta. Na semana seguinte, será a nível de todas as Dioceses do mundo. E, depois, há que vestir o fato de caminheiro e… caminhar juntos. Na oração, na reflexão, no igual empenho. Não se trata de um evento, por mais bem organizado ou apelativo que seja. Mas de um processo. Um processo sem limites que se transforme em método ou estilo de vida. Estamos preparados para lhe dar início? + Manuel Linda, Bispo do Porto

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MEMÓRIAS DE UM TEMPO

AS OBRAS NA CAPELA DO MONTE PEDRAL A Capela da Comunidade começou a ser construida em meados de 1927 e foi benzida e inaugurada na véspera do dia de natal do ano de 1928. Na sua configuração original era um templo simples com um único corpo (nave) que, no seu topo poente tinha anexado uma nave mais estreita e mais baixa, a sacristia, tudo isto ao nível térreo. No seu interior, um altar simples e em madeira separava o templo da sacristia à qual se acedia por duas portas laterais, um pulpito e um coro alto com escada em caracol sendo o acesso do exterior ao templo feito pela porta principal com guarda-vento em madeira e por duas portas laterais; fronProjeto original de construção da capela / maio de 1926, autor desconhecido -taria com a rosácea envidraçada, dois nichos e e nas nas paredes laterais duas grandes janelas de báscula. Este projeto inicial foi adaptado e durante alguns anos assim funcionou mas a vida social, cultural, caritativa e religiosa cresceu de tal forma que o seu primeiro capelão – Padre José Pacheco do Monte – impulsionou e modificou em 1937 a configuração original Projeto de alteração da capela / agosto de 1934

do templo: construiu uma sacristia anexa do lado esquerdo, ampliou em altura a sacristia, fez recuar o altar de madeira para o topo da então sacristia que agora passa a ser a capela-mor, constroi dois altares laterais e no centro da capela-mor uma mesa para que as celebrações passassem a ser realizadas com o sacerdote voltado para a assembleia. As fundações da capela foram também escavadas e por debaixo dela (ainda com o so+ alto | página 10


MEMÓRIAS DE UM TEMPO -alho em madeira) surgiu o salão-cripta com cadeiras e um palco, que foi sede de Grupos, Movimentos e Organismos pelos quais a “obra de Deus foi-se fazendo pelas mãos de senhoras, senhores, rapazes e raparigas” que do alto deste monte dinamizaram e espalharam a sua ação artística, cultural, profética, litúrgica e sóciocaritativa nesta zona e na cidade – alguns deles já extintos, União dos Tarcísios do Porto, Liga Operária Católica, Juventude Operária Católica, Grupo Semente Nova, Centro de Catequese, Grupo dos Amigos; e outros ainda em atividade Grupo das Mulheres Cristãs aos pés de Maria, Apostolado da Oração, Legião de Maria, Conferencias Vicentinas, Grupo Coral Litúrgico, Grupo de Acólitos e Grupo de Jovens – a partir deste centro de intensa vida cristã. Em finais de 1990 o pároco e alguns Leigos constituem uma Comissão de Culto e Obras que durante os dez anos seguintes, angariou fundos com várias iniciativas e realizou profundas obras de restauro e requalificação da capela e espaços envolventes para a configuração que, atualmente, apresenta com uma tribuna, nave com piso em placa e um auditório rebaixado com palco, sistema de cortinas, luz e com e lotação de 150 pessoas. Nesse salão cripta que, a partir de 1995, se reconfigurou como auditório foram realizadas inúmeras manifestações sociais, culturais e religiosas. Aqui ficam alguns registos fotográficos dos inícios da sua utilização. Nas fotografias 1940 – sessão solene no salão-cripta (ao centro está o Pe. José Pacheco do Monte) 1945 – atuação coral masculino dos Tarcísios do Porto 1950 – peça de teatro feminino pela JOC 1960 – atuação dos ex-alunos das escolas e da LOC (ao centro está a Professora Irmã Coração)

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PEDRAS VIVAS 25 DE JULHO 2021: PRIMEIRO DIA MUNDIAL DOS AVÓS E DOS IDOSOS

Eu estou contigo todos os dias O Papa Francisco anunciou, a 31 de janeiro, a instituição do “Dia Mundial dos Avós e dos Idosos”, que se vai assinalar no quarto domingo de julho, junto à celebração litúrgica de São Joaquim e Santa Ana (26 de julho). “Os avós, tantas vezes, são esquecidos e esquecemos esta riqueza de cuidar das raízes e transmiti-las”, referiu Francisco, no final da recitação do ângelus, com transmissão desde a biblioteca do Palácio Apostólico do Vaticano. A intervenção sublinhou a importância do encontro entre gerações, para a Igreja e para a sociedade. “É importante que os avós se encontrem com os netos e os netos com os avós, porque como diz o profeta Joel, os avós, diante dos nossos, sonharão, terão ilusão; e os jovens, encontrando força nos avós, seguirão em frente e hão de profetizar”, declarou o Papa. Francisco partiu da celebração, a 2 de fevereiro, da festa da Apresentação de Jesus no Templo, quando dois anciãos, Simeão e Ana, “reconheceram em Jesus o Messias”. “Ainda hoje, o Espírito Santo suscita nos idosos pensamentos e palavras de sabedoria, a sua voz é preciosa porque canta os louvores de Deus e cuida das raízes dos povos. Eles lembram-nos que a velhice é um dom e os avós são o elo de ligação entre as várias gerações, para transmitir aos jovens a experiência de vida e de fé”, apontou. “A desorientação social e, em muitos aspetos, a indiferença e a rejeição que as nossas sociedades manifestam em relação aos idosos chamam não apenas a Igreja, mas todos, a uma reflexão séria para aprender a compreender e apreciar o valor da velhice”, referiu Francisco. O discurso convidou a superar uma visão economicista, assumindo o património de “valores e significados” da “terceira e quarta idade”. No monte pedral, tendo em conta o momento de pandemia e as orientações da DGS, iremos assinalar este dia exclusivamente com os avós e os idosos utentes do centro de dia no adro da capela da comunidade. Fonte: www.agencia.ecclesia.pt + alto | página 12


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SAÚDE & BEM-ESTAR TESTES RÁPIDOS: qual a sua utilidade no despiste do SARS-CoV-2? Os testes rápidos só têm aplicação em pessoas com sintomas ativos (devem ser utilizados nos primeiros 5 dias) e não podem ser utilizados em pessoas assintomáticas, dado que os assintomáticos não produzem cópias virais suficientes para que o teste acuse um contágio. Os testes de pesquisa de antigénio desenvolvidos para o diagnóstico do SARS-CoV-2 (doença de COVID-19) são maioritariamente imunocromatográficos que detetam proteínas específicas do vírus SARS-CoV-2, produzidas pelo vírus replicante no trato respiratório. Realizados através da colheita de amostras do trato respiratório (normalmente, exsudado da nasofaringe) que não necessitam de ser submetidas ao processo de extração de ácidos nucleicos, permitem a obtenção de resultados num período de tempo curto (entre 10 a 30 minutos) sendo na maioria dos casos de leitura visual ou de leitura ótica em equipamento portátil. Os testes de antigénio têm muito pouca sensibilidade e aplicabilidade quando comparados com o teste molecular PCR, o teste de eleição e 100% fiável no despiste do SARS-CoV-2. Só têm aplicação em pessoas com sintomas ativos (devem ser utilizados nos primeiros 5 dias), não vão despistar nem podem ser utilizados em pessoas assintomáticas, dado que os assintomáticos não produzem cópias virais suficientes para que o teste acuse um contágio. Tendo em consideração o baixo custo destes testes e o resultado rápido, de forma a despistar uma febre e tosse de um caso positivo podem por exemplo ser utilizados em escolas, creches, fábricas e lares, percebendo se o indivíduo pode frequentar a escola ou permanecer no local de trabalho. No hospital em que um doente chegue mesmo com sintomas como febre e tosse e com todo um síndrome respiratório alto, se não houver a possibilidade de fazer um teste PCR para que em 40 minutos seja obtido um resultado fiável, então aí sim pode-se recorrer a um teste de Antigénio e até mesmo para na entrada dividir doentes COVID de não COVID. Em caso de resultado negativo e nas situações de elevada suspeita clínica da presença da doença COVID-19 e seguindo as orientações da Direção-Geral de Saúde deve ser realizado um teste confirmatório PCR, no máximo nas 24 horas seguintes, pois o paciente pode estar positivo e contribuir para a propagação da doença. por Germano de Sousa, Médico especialista em patologia clínica

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SAÚDE & BEM-ESTAR CUIDADOS COM OS PÉS: com a idade a aumentar, também aumentam? O envelhecimento, o sedentarismo, a obesidade e a presença de doenças crónicas, como a diabetes ou a doença arterial periférica, que contribuem para a má circulação sanguínea, são fatores impulsionadores do aparecimento de doenças nos pés. O processo de envelhecimento traz consigo, habitualmente, complicações diversas na saúde das pessoas, e os pés não são exceção. Entre as principais causas para o surgimento de alterações podológicas no idoso estão: a presença de traumas e/ou problemas anatómicos do pé, que por falta de diagnóstico ou tratamento incorreto, têm danificado a estrutura do membro inferior; o uso de calçado desadequado ao longo da vida; e a regular realização de atividades que requeiram estar muito tempo de pé. O sedentarismo, a obesidade e a presença de doenças crónicas, como a diabetes ou a doença arterial periférica, que contribuem para a má circulação sanguínea, são igualmente fatores impulsionadores do aparecimento de doenças podológicas. Mas quais são as complicações mais frequentes no pé de um idoso? As doenças mais comuns na podologia geriátrica são o pé diabético, as artroses, as artrites, as calosidades e as onicomicoses. O pé diabético é uma condição associada a presença da diabetes, que se carateriza pela perda da sensibilidade do pé, fazendo com que a pessoa deixe de sentir dor, mudanças de temperatura, etc. Para além disto, a pele do pé começa a secar, o que leva ao surgimento de feridas, queimaduras ou bolhas, que posteriormente podem dar origem a infeções. A osteoartrose, ou artrose, é uma doença degenerativa que resulta na diminuição da espessura da cartilagem articular, podendo levar ao seu desaparecimento. Nestes últimos casos, a inexistência desta cartilagem leva a que duas superfícies ósseas entrem em contacto, o que acaba por dar origem a dores e dificuldades motoras. Já a artrite reumatoide é uma doença crónica que se define pela inflamação articular que pode mesmo levar à danificação e consequente destruição do tecido articular. Para além das dores e dificuldades de locomoção, a artrite é detetada aquando da existência de um derrame articular, vermelhidão, calor ou dor durante a movimentação. As calosidades, comummente denominadas por calos, constituem uma camada espessa de células mortas, que se forma no seguimento da contínua pressão exercida pela utilização de meias ou calçado inadequados, assim como pelo excessivo esforço físico a que o pé pode ser submetido. Existem fundamentalmente dois tipos de calos: os calos moles, que se desenvolvem entre os dedos, e os calos duros, que surgem nas extremidades dos dedos. Também conhecida como micose das unhas, a onicomicose é uma doença infeciosa derivada da presença de fungos nas unhas do indivíduo. Esta pode ser causada pela utilização de produtos de beleza, pelo contacto de agentes externos (por exemplo, sujidade no solo), ou pela incorreta desumidificação do calçado. A higiene é uma das medidas essenciais para a prevenção da onicomicose. O que se pode fazer? Se não forem diagnosticadas e tratadas a tempo, estas doenças podem afetar negativamente a mobilidade dos idosos, provocar instabilidade postural e pôr em causa a qualidade de vida. Para além de estar sempre atento à sua saúde e visitar com regularidade um podologista, deverá adotar alguns hábitos de cuidados dos seus pés (sendo idoso ou não): manter uma boa e diária hidratação; cortar as unhas de forma reta (não cortando os cantos); fazer higiene diariamente, tendo o cuidado de secar bem nos espaços interdigitais; usar meias de fibras naturais (preferencialmente em algodão ou lã); usar calçado de tamanho apropriado e, se possível, em pele; evitar calçado de tacão alto; evitar andar descalço em lugares públicos. por Francisco Oliveira Freitas, podologista + alto | página 14


CONVERSAS NO ADRO SANTOS POPULARES Com as devidas precauções, na véspera do dia de São João os avós estiveram no adro da capela da comunidade a festejar o Santo Popular. Não faltaram a sardinha assada, os petiscos, a animação, o bailarico, o balão e as quadras populares. Aqui ficam alguns registos e as quadras dos nossos utentes… AO SANTO ANTÓNIO, CASAMENTEIRO QUE POR ACASO É DE LISBOA NÃO PEDIMOS TOSTÃO OU DINHEIRO APENAS QUE DE LÁ VENHA COISA BOA! AO SÃO JOÃO, QUE É DO PORTO MESMO SEM A HABITUAL ROMARIA PEDIMOS QUE DÊ O COVID COMO MORTO PARA VOLTARMOS A TER ALEGRIA! E AO SÃO PEDRO, MESMO SEM FESTA EM ROMA OU NOUTRO QUALQUER PEDESTAL PEDIMOS QUE USE A CHAVE MESTRA PARA REABRIR A CAPELA DO MONTE PEDRAL!

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CONVERSAS NO ADRO QUEM SOU EU? É um projeto de criação que surge da forte motivação para trabalhar com comunidades numa perspetiva de sensibilização artística e de inclusão social. O Projeto foi criado com o apoio da Câmara Municipal do Porto em parceria com o Teatro de Marionetas do Porto. Este ano, na sua terceira edição, os atores serão do monte pedral e os trabalhos de encenação são orientados pela Isabel Barros e pela Micaela Soares. Os ensaios com os nossos experientes artistas são feitos á segunda, terça e quarta-feiras e, prevê-se, que o espetáculo original seja apresentado numa das salas de teatro do Porto em outubro ou novembro. Daremos mais informações logo que possível.

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TEMPOS PASSA-TEMPOS

CROMOS

Consegue adivinhar quem está desfocado na fotografia?

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TEMPOS PASSA-TEMPOS

SOPINHA DE LETRAS Eletrodomésticos

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TEMPOS PASSA-TEMPOS

SOPINHA DE LETRAS Nomes

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TEMPOS PASSA-TEMPOS

Sudoku

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TEMPOS PASSA-TEMPOS

DESCUBRA E PINTE Descubra as 7 diferenças e assinale nas imagens

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TEMPOS

PASSA-TEMPOS

DESCUBRA E PINTE Una os pontos para revelar o desenho final

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TEM

PASSA-TEMPOS POS

SABICHÃO Complete os seguintes provérbios:

- Amigos, amigos, negócios___________ . - O seguro morreu __________________ . - Em terra de cego quem tem olho _____ . - Águas passadas não movem ________ . - A pensar morreu um _______________ . - Águas passadas __________________ . - O apressado come ________________ . - Cão que ladra não ________________ . - Nem tudo o que reluz é ____________ . + alto | página 23


TE

PASSA-TEMPOS

SABICHÃO Responda às seguintes perguntas sobre músicas portuguesas:

-O que é que enrola na areia? a) As algas b) O mexilhão c) O mar -O que é que o Malhão fazia na vida? a) Trabalhar, dormir e comer b) Comer, beber e passear na rua c) Viajar, nadar e assobiar -De quem era a mala? a) Da Madalena b) Do Francisco c) Do Hidroavião -O que é que se aprende em Coimbra? a) A ver o mondego b) A dizer saudade c) A cantar o fado -Quem canta “os meus óculos de sol”? a) Madalena Iglésias b) Simone de Oliveira c) Natércia Barreto + alto | página 24


PASSA-TEMPOS

LABIRINTO Ajude o pirata a chegar à ilha do tesouro…

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PASSA-TEMPOS

MÃOS Á OBRA Vamos fazer um cata-vento… 1 – corte um quadrado de papel colorido e faça os recortes abaixo.

2 – dobre as pontas no sentido das setas da imagem abaixo.

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PASSA-TEMPOS

3 – fixe a primeira ponta com um pingo de cola.

4 – repita o passo anterior para todas as quatro pontas do papel.

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PASSA-TEMPOS

5 – trespasse o centro com um palito ou algo pontiagudo.

6 – insira e cole o eixo do cata-vento numa palhinha ou pauzinho.

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PASSA-TEMPOS

pode colar o suporte numa base e…

Ofereça a alguém como gesto de carinho!

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OLHARES

mensagem enviada fotografia de rui fiolhais | lisboa, outubro 2020

perdido no espaço fotografia de manuel soares | lisboa, maio de 2021 + alto | página 30


Rua do Padre José Pacheco do Monte, nº 240 Porto Para consulta e agendamento dos serviços disponíveis ou pretendidos, contacte o prestador pelo telefone +351 223 221 596, +351 938 585 859 ou gapneus@gapneus.pt DESCONTOS E PROMOÇÕES PARA ASSOCIADOS

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A Clínica Médica da Cooperativa do Povo Portuense, CRL presta vários serviços de especialidades médicas, enfermagem e análises clínicas na Rua do Paraíso nº 217 no Porto. Para consulta dos serviços disponíveis, aceda a http://www.povoportuense.pt/locais-2 ou contacte o prestador pelo telefone +351 222 038 942 ou clinica@povoportuense.pt

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