\\\\~\~\\\ \\\U\\\\\\\\\\\\ 1937
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ECC 15 ANOS
ESCOLA
" COMUNITARIA DE CAMPINAS
Vista parcial do prédio de 5 a série a Colegial.
Conteúdo Apresentação ............................................................................................................................. 05
Nossos 15 anos de história ........................................................................................................ 07
A escolha do nome ............................................................................................................. 08
E a história continua ........................................................................................................... 08
Sociedade Comunitária de Educação e Cultura ........................................................................ 10
O Perfil da Sociedade ......................................................................................................... 11
O perfil da Escola Comunitária de Campinas ........................................................................... 13
Por uma filosofia de Educação .................................................................................................. 14
Nossa proposta pedagógica ....................................................................................................... Concepção de ensino-aprendizagem .................................................................................. Nossa Estrutura Pedagógica ............................................................................................... Conselho de Coordenação Pedagógica .............................................................................. A Coordenação de curso ..................................................................................................... O trabalho de Núcleo da ECC ............................................................................................ Orientação Educacional na ECC ........................................................................................
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Estudo do Meio .......................................................................................................................... 22
Salão Literário ........................................................................................................................... 23
CEEC - Centro de Estudos da Escola Comunitária .................................................................. 24
Olimpíada e Jogos da Primavera ............................................................................................... 25
O Comunitário ........................................................................................................................... 26
Biblioteca ................................................................................................................................... 27
Por que escolhemos esta Escola para os nosssos filhos? ......................................................... 28
Epílogo ....................................................................................................................................... 29
Falando de D. Amélia ................................................................................................................ 31
Expediente ................................................................................................................................. 33
Anexos:
1) Relação dos Sócios Fundadores da Sociedade Comunitária de Educação e Cultura .... 34
2) Relação de todas as diretorias eleitas (Conselho de Administração) - 1977 a 1992..... 35
4) Organograma da Sociedade Comunitária de Educação e Cultura
5) Organograma da Escola Comunitária de Campinas.
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ECC: uma vida para ensinar, um ensino para viver
A vida é a primeira e a melhor das escolas. Nela você não repete de ano, mas se torna, muitas vezes, um aluno persistente no aprendizado. N a escola da vida, as provas raramente são marcadas com antecedência e a surpresa constante exige a busca de uma preparação sempre melhor. A melhor nota ou o mínimo aceitável é a sobrevivência. Chegar ao dia da formatura com mérito e louvor, terá implicado em ter vivido bem consigo mesmo, com o próximo, com a comunida de. Como fruto dessa consciência projetamos a Escola Comunitária de Campinas - uma escola ainda jovem, mas que aos quinze anos já sabe o que quer e, embora polêmica em alguns momentos, segue o seu caminho, segura para o seu destino: "ser igual à sua progenitora: a Escola da Vida!"
(José Maurício Godinho da Silva - pai de nossos alunos: Lucas e Andressa)
"A semente é boa, o terreno é fértil, vale a pena plantar." Amélia Pires Palenno (Diretora Pedagógica da ECq
ECC - 15 anos
o ano de 1992 é um marco importante na nossa história - são 15 anos! 15 an os de trabalho, estu do e pesqu isa na área de educação. 15 anos de constru ção, esforço e cooperação em nome de um ideal comum. Durante esse período construímos um patrimônio. Patrimônio esse que se estende muito além dessas paredes, dessas salas, desse espaço. Que está registra do na m emória de nossos alunos, através dos educadores que aqui estão ou estiveram um dia . Que os acompanha no momento presente e qu e, sem dúvi da, lhes apontará o futuro. Nossa história não se faz apenas de bons momentos: emoção, alegria, solid arie da de ... Há também espi nhos nesse ca minho - di vergências , sacrifícios e perd as. Entretanto, as dificuldades encontradas durante o percurso foram nos servindo de estímul o para qu e pudéssemos ganhar novo alento e levar adi ante o nosso grand e desafio:
formar cidadãos criativos, indagadores, despertando neles a capacidade de compreender e participar das transfo r mações de seu mundo, avançando na compreensão da realidade em que estão inseridos, reconhecendo e assumindo o seu papel dentro dela - alunos sujeitos da sua própria aprendizagem. Nossa prática pedagó gi ca tem si do norteada por um intenso trabalho de construção, através de uma ação-reflexão onde buscamos ser coerentes com os valores nos quais acreditamos.
É no trabalho conjunto, na pluralidade de id éias, no exercício contínu o de urna vivência democrática e na somatória do esforço e coopera ção de cada membro desta Sociedade que vamos es crevendo a no ssa hi stó ria , imprimindo as nossas marcas e definindo a nossa trajetória. Para isso contamos com um grupo de edu cadores dispostos a caminhar juntos, através de um objetivo comum, de um espírito de busca, um esforço continuado, disponibilidade e amor ... E há muito traba1ho pela frent e!
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Nossos 15 anos de história
Via de regra, grupos de pessoas se reúnem formando uma mini-sociedade para, depois, pensar numa linha educacional. A Escola Comunitária de Campinas já nasceu com uma proposta diferente. Antes de ter uma estrutura administrativa e um suporte de funcionamento, tinha uma equipe de educadores trabalhando com uma proposta pedagógica construída ao longo de muitos anos, fruto de um árduo trabalho de grupo. Esta equipe percebia que, para levar adiante o seu projeto educacional, havia necessidade de uma estrutura administrativa diferente, onde todos estivessem envolvidos com o processo, pois, desde aquela época, já achava que a concepção filosófica e de ensino-aprendizagem é que deve nortear os princípios, não só da estrutura pedagógica, como também da administrativa. Uma estrutura convencional é centralizadora, as decisões são individuais e não se valoriza o trabalho em grupo. Exige apenas uma competência profissional, individual, especializada, isto é, pessoas "prontas" para atuar. A estrutura ideal exige uma visão mais ampla de educação: nela, o profissional deve se desenvolver junto com a equipe, num trabalho conjunto e dinâmico. Uma estrutura convencional investe mais no aspecto material, no patrimônio físico. Nossa estrutura deveria investir, principalmente, no elemento humano. Assim, seu patrimônio seria construído a través da formação das pessoas ao longo do processo. Um grupo de pais, entendendo e acreditando nessas idéias, se reuniu então com a finalidade de criar uma nova estrutura administrativa, onde seus filhos pudessem estudar sob a responsabilidade desse mesmo grupo de educadores. Era preciso pensar em muitas coisas ao mesmo tempo. Várias reuniões foram realizadas, quase que diariamente, para que a nova escola pudesse começar a funcionar em um tempo recorde.
Alguns pais ficaram encarregados de fazer uma lista de adesões das famílias que iriam colocar os seus filhos na nova escola. Outros se encarregaram de obter autorização para o seu funcionamento. O grupo inicial era relativamente pequeno (aproximadamente umas trinta pessoas -16 famílias) e tudo era feito na base da boa vontade, da disponibilidade, do trabalho espontâneo. Embora alguns tenham se destacado mais, por exercerem ali uma liderança natural, todos tiveram um papel importante nesse momento histórico. Quem é que, tendo acompanhado todo o episódio (há 15 anos), nãose lembra ... da vibração e dos discursos inflamados de Disnei F. Scornaienchi, da participação ativa de Carlos Alberto Lima e Miriná, da constância e prudência de Lineu C. Fonseca, da grande ajuda de Ralph Tórtima (procurando sempre saídas legais para os problemas que iam aparecendo), e Arthur Lemos, que orientava sabiamente os aspectos jurídicos da nossa Sociedade. Éolo M. Pagnani cuidava atentamente da viabilidade econômica da nova Escola, enquanto Rosa Maria Longo, junto a outras mães, tomava providências de ordem prática. Foi no consultório de Rubinho Teixeira e na residência de Marineide e Nelson Machado que aconteceram as primeiras reuniões, onde eram também preenchidas as fichas de adesões. João Alberto Holanda de Freitas, sempre acompanhado pela esposa, Marta, conseguia manter uma atitude serena, um papel moderador, frente aos primeiros impasses. Apesar de todas as preocupações e incertezas havia no ar um clima de euforia, um sabor de novidade e um comprometimento sério desses pais com a nova proposta, confiantes na equipe de educadores, liderada por D.Amélia P. Palermo. Era a escola sonhada por todos! Havia necessidade de se alugar um prédio onde a escola pudesse funcionar provisoriamente. Depois de muita procura encontraram um lugar que apresentava condições para isso: Avenida Guarani, 405, atrás da Igreja Nossa Senhora Aparecida, no
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Jardim Proença. A li foram feitas algumas reformas e construídas novas salas de aula.
A escolha do nome Diversas sugestões foram encaminhadas na hora de escolher um nome para a nossa Escola. A idéia, naquele momento, era tentar encontrar um nome que sugerisse o espírito que havia por trás de toda mobilização e de todo empenho que envolvia a todos.
naquela época, parecia um lugar ermo, tão distante da cidade. Após a sua compra passou-se a pensar num projeto de construção. Com esse objetivo foi formada â Comissão de Obras. Cada um contribuía da forma que era possível. Em 1981 ficou pronto o nosso primeiro prédio. E havia motivo de sobra para comemorar com uma grande festa!
O nome "Escola Comunitária" não foi escolhido em vão. Havia dentre todos os que ali se reuniam - pais, professores e alunos - a intenção de abraçar um ideal comum, de amor, de construção. Assim, a 7 de novembro de 1977 foi fundada a Escola Comunitária de Campinas. Muita garra e muito esforço foram necessários para que, finalmente, em fevereiro de 1978 ela já estivesse funcionando. Nesses primeiros anos, houve muitos momentos marcantes que ficaram registrados na nossa memória. Pais, alunos e professores trouxeram vasos de planta para enfeitar a "escola nova". Foi programado um mutirão para a limpeza do prédio. Esse trabalho de faxina, com a participação dos pais, professores, funcionários e alunos, teve continuidade por algum tempo. Foi realizada, ainda, uma bonita campanha para a formação da nossa Biblioteca, tendo como resultado um grande número de doações, o que possibilitou o seu funcionamento no primeiro ano da ECC.
E a história continua... Formou-se a primeira Diretoria Administrativa. Nos primeiros anos, diversas assembléias eram realizadas constantemente, contando sempre com a presença maciça dos sócios. Nessas oportunidades, decisões importantes eram tomadas. Surgiu logo a idéia da compra de um terreno para a construção de um prédio próprio. Mais uma vez foi necessária uma dose grande de sacrifício e boa vontade de todos. Adquiriu-se então, no ano de 1979, um terreno situado à rodovia D. Pedro I, km. 123 que,
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Corredor Interno ( 10 e 20 Gra u). No segundo semestre de 1983 foi concluída a segunda parte da construção da escola. Quem é que não se lembra desse dia? Foi realizada uma passeata do portão da "escola antiga" ao portão da "escola nova". Ali, D. Amélia, nossa diretora pedagógica, falou sobre o significado desse gesto e sobre o trabalho de todos os que estiveram envolvidos em cada etapa da criação da ECC. O suor, o cansaço, a vibração e a euforia, estampados no semblante de cada um, marcavam um momento
solene: mais uma meta alcançada, mais um desafio vencido. No ano seguinte, toda a escola já funcionava no prédio novo, onde cada pedra, cada tijolo tinha o sabor de nossos anseios e aspirações. Alguns anos se passaram, a escola cresceu, formaram-se novas classes e já se tornava evidente a necessidade de ampliar as suas instalações para acomodar melhor os alunos. Objetivando um crescimento ordenado e harmonioso para dar continuidade a sua proposta educacional, a equipe pedagógica junto à diretoria administrativa, montou um projeto pedagógico-administrativo planejando a ECC para os próximos anos. Desde essa época, não havia interesse em aumentar o número de alunos em sala de aula, ou mesmo aceitar um número muito grande de alunos (apesar da constante procura de vagas). Tivemos, entre os diretores administrativos que por aqui passaram, excelentes administradores, dedicados e disponíveis, fator de grande importância para a manutenção e ampliação do nosso patrimônio.
Em 1988, adquirimos um novo terreno com aproximadamente 5 mil metros quadrados. E, finalmente, em janeiro de 1991, conseguimos realizar a compra de mais um terreno, desta vez com 22.592 metros quadrados, totalizando uma área de 37.334 metros quadrados. A Comissão de Obras, formada por um novo grupo de pais, levou adiante a construção de dois novos prédios (concluída em início de 92) - dois blocos contendo cada um deles seis salas de aula. O novo espaço foi destinado aos alunos de primeira a quarta série e, dessa forma, obtivemos condições de acomodar a nossa estrutura atual, formada por quatro classes para cada série. Nesses tempos e nesses espaços, muitas histórias foram se aninhando pelas paredes, salas, corredores. Hoje, quem aqui chega e olha de fora não compreende, muitas vezes, o conjunto arquitetônico construído ao longo de alguns anos, que não nasceu de um único sopro, mas que se formou passo a passo na conquista contínua de novas dimensões.
Vista parcial dos prédios novos.
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Sociedade Comunitária de Educação e Cultura
Constituem princípios imutáveis da Sociedade: 1- Instituir e aplicar uma filosofia de educação humanista, dinâmica, contendo na essência a preocupação de renovar-se permanentemente; 2- Promover um trabalho pedagógico-educacional, mediante colaboração mútua com pessoas e entidades, incrementando bolsas de estudo, intercâmbio cultural e atividades afins; 3- Criar uma estrutura comunitária em que se preservem o espírito de fraternidade e o amor ao próximo; 4- Desenvolver todas as atividades pelo esforço comum dos sócios, sem qualquer distinção entre recursos materiais e recursos humanos; 5- Realizar projetos de integração da escola na comunidade, tornando-a centro de atividades para o bem comum.
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o perfil da Sociedade
Quando escolhemos a Escola Comunitária para a educação de nossos filhos, optamos não somente · pela sua _filosofia pedagógica, mas também pela participação na Sociedade que lhe dá suporte. Esta Sociedade, diferentemente do que ocorre nas outras escolas, foi idealizada e criada para viabilizar uma proposta pedagógica, fundamentada numa concepção filosófica, e está baseada no trabalho voluntário e participativo dos sócios - pais, professores e funcionários. A Sociedade Comunitária de Educação e Cultura é gerida pela Assembléia Geral dos Sócios, que ocorre ordinariamente duas vezes ao ano e extraordinariamente quando necessário. A Assembléia constitui-se na instância final onde são apresentadas e colocadas em votação as principais questões de interesse da comunidade como um todo. Subordinada a ela, funciona o Conselho Comunitário, que é o principal fórum de debates sobre as questões fundamentais da Sociedade. Ali é discutida e fixada a orientação geral da mesma, bem como deliberados os meios para a realização de seus fins.
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Conselho, congregando todos os setores da Sociedade, se reúne mensalmente, sendo constituído por um total de 50 membros, representantes de pais, professores e funcionários.
A estrutura administrativa da ECC é formada por uma diretoria não remunerada, eleita em Assembléia, composta de 6 diretores (4 pais e 2 professores): Diretor Geral, Associado, Ad minis tra tivo, Financeiro, Pedagógico e Administrativo Escolar. Os quatro primeiros são eleitos em Assembléia, para um mandato de dois anos. O Diretor Pedagógico e Diretor Administrativo Escolar são escolhidos pela equipe pedagógica, sendo o último ratificado pela Assembléia.
Sócios, deve coordenar e orientar os trabalhos das Comissões Operacionais. Todo o trabalho de assessoria à Diretoria é feito por Comissões Operacionais que podem ser Permanentes (em número de 8) ou Transitórias (tantas quantas forem necessárias). Nessas Comissões trabalham pais, professores e funcionários nas mais diversas áreas: Comunicações, Finanças, Obras, Festas, Bolsas de Estudo, etc. Sua função, além de debater questões referentes a cada assunto, é executar as tarefas determinadas pelas Diretorias (Administrativa e Pedagógica) ou pela Assembléia. Participar da vida da ECC é uma missão e uma tarefa fundamental e necessária. Missão, porque essa participação se insere no contexto maior do compromisso com a formação integral dos nossos filhos., Tarefa, porque é a somatória do esforço de cada um que proporciona a motricidade necessária e indispensável à existência e funcionamento desta Comunidade de Ensino. Participar da causa comunitária na ECC significa, ao mesmo tempo, nos envolvermos nos projetos, conhecermos pessoas, influirmos no processo decisório, de forma a torná-lo mais democrático e fraterno. Significa, especialmente, participarmos do bem-estar, da educação e da integração dos nossos filhos e em seu caminhar vida afora . Sem esta participacão esta Sociedade torna-se inviável e, sem ela, não haveria esta Escola. É o espírito cooperativo e a disponibilidade de seus membros, através de um trabalho efetivo e resr,onsável, que vêm garantindo, há 15 anos, o funcionamento da Escola Comunitária de Campinas.
O Conselho Administrativo, além de ser responsável pelo encaminhamento dos trabalhos específicos, decididos com base nos parâmetros definidos no Conselho Comunitário e na Assembléia Geral dos
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"Os pais não serão meros provedores de mensalidades ou, simplesmente, expectadores da educação de seus filhos. Através de seu interesse, terão uma participação ativa na vida da Escola Comunitária".
Disnei Francisco Scornaienchi - Pai de nossas ex-alunas -Paula e Valéria 10. Diretor Administrativo da ECC (falecido)
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o perfil da Escola Comunitária de Campinas
Quando os pais procuram uma escola, já têm algumas informações sobre a mesma. Estas informações geralmente são passadas através dos meios de comunicação e de pessoas ligadas a essa instituição. É com base nessas informações que eles constroem uma imagem dessa escola, que pode se aproximar ou não da sua realidade. Com relação à nossa Escola existem muitas fantasias. Há a fantasia de uma escola quase perfeita - isso não é verdade. Temos muitas falhas que procuramos corrigir à medida em que vamos tomando consciência delas, aprendendo e alargando mais os nossos horizontes. Há também a fantasia de uma escola liberal, sem limites - isso também não é verdade. Os limites existem e são necessários. Porém, não são limites estáticos. Frente a cada situação procuramos parar, refletir, analisar e estabelecer - este é o limite.
É fundamental que esta escolha não seja feita apenas com base na informação de que "a escola é boa, os alunos aprendem bem". É importante que os pais realmente acreditem na forma que a escola concebe a Educação e o Ensino e estejam dispostos a se comprometerem de fato com a sua prática, dando crédito à postura da equipe pedagógica e contribuindo no mesmo sentido. A experiência nos tem demonstrado que, sem esse aval da família, sem o seu crédito na proposta e na prá tica pedagógico- educacional da escola que escolheram para os seus filhos, uma boa parte do trabalho da equipe pedagógica estaria seriamente prejudicada.
Há ainda a fantasia de uma escola fraca que não prepara o aluno para o vestibular - outra inverdade. Para nós, o 20. grau existe, não para preparar um vestibular; é um existir com uma conotação própria - completar, ampliar e sistematizar todo o conhecimento adquirido até a 8a. série, além de fornecer elementos importantes para que o aluno tenha condições de enfrentar com maior maturidade a sua vida universitária. Acreditamos que esses fatores é que trarão, como consequência, a entrada desse aluno na universidade. Há pessoas que constroem uma imagem que se aproxima mais da nossa realidade; porém, mesmo esta imagem, está distante de um conhecimento mais profundo da proposta da nossa Escola, pois esse conhecimento impõe estudo e vivência. Compreendemos que, ao fazer a sua opção, os pais devem ter dados significativos sobre a escola onde deixarão os seus filhos, no sentido de verificar se a sua proposta educacional vai de encontro ao seu modo de pensar a Educação, aos seus valores, ao seu estilo de vida.
No 2° grau o aluno deve completar, ampliar e sistematizar todo o conhecimento adquirido até a Sa série. 13
Com a intenção de clarear alguns aspectos importantes, contribuindo para uma reflexão dos pais sobre todos esses aspectos, esboçamos aqui o perfil da Escola Comunitária de Campinas, com uma importante ressalva: - nossa Escola não está "pronta" - continua em processo de desenvolvimento e de realização e, nesse sentido, continua contando sempre com a cooperação e a participação ativa de todos os que por aqui passam: professores, pais, alunos e funcionários. Cada um, à sua maneira, é um complemento fundamental dessa construção.
Por uma filosofia de Educação A educação de um povo, de um grupo, ou mesmo de uma pessoa se realiza através de um processo; portanto ela é lenta, contínua e dinâmica. A Educação também não se faz através de uma pessoa, mas através de um grupo. Cada grupo tem os seus valores e são esses valores que o leva a tomar determinadas posições diante dos fatos.
Geralmente, as pessoas que têm a mesma filosofia de vida se agrupam para realizar juntas algum empreendimento. Um grupo de educadores acaba definindo a sua Filosofia de Educação, que advém dos princípios globais assumidos em conjunto, defendidos e vivenciados por esses educadores. O que é educar? O que é aprender? Para que educar? Toda proposta pedagógica se baseia, consciente ou inconscientemente numa concepção filosófica. Essa linha filosófica é que vai definir as suas vigas mest!"as, a sua concepção de educador e educando, sobre a qual pautará o seu trabalho educacional. Quanto mais clara e explícita for essa relação - visão de Homem e visão de Conhecimento - maior a chance de coerência entre a teoria e a prática, o discurso e a ação, os objetivos e os meios. A Escola Comunitária de Campinas tem uma Concepção Filosófica e uma Proposta Pedagógica definidas. Dentro da sua linha filosófica alguns princípios são considerados essenciais - A pessoa humana é um valor.
A educação se realiza através de um processo lento, contínuo e dinâmico.
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Ela só se desenvolve em contato com outras pessoas e é sempre passível de crescimento. Esse crescimento é construído na convivência, no confronto, na troca, no encontro com as outras pessoas e com o mundo. A lém desses princípios, alguns valores merecem ser destacados pois constituem, fundamentalmente, o substrato de todo o trabalho desenvolvido na Escola. São eles: a busca da verdade, da tra ns parência e da coerência nas atitudes das pessoas; a busca da seriedade nos trabalhos e propostas.
Em função dessa concepção humanista é que definimos a nossa concepção de ensino-aprendizagem. Essa escolha não se baseou apenas nos enfoques teóricos existentes sobre o processo, mas foi construída, principalmente, através de um longo trabalho de ação-reflexão sobre a prática em sala de aula.
Com base nesses princípos e valores é que a ECC p rocura explicitar que tipo de H omem quer desenvolver:
Autônomo - capaz de se auto-governar e de tomar decisões por si mesmo, de agir de acordo com a sua verdade e ter opiniões próprias, levando sempre em consideração o seu ponto de vista e o dos outros. Aberto - para conhecer o mundo e conhecer a si próprio, para aceitar e propor mudanças. Crítico - em relação a si próprio e ao meio em que vive. Cooperativo - capaz de perceber suas capacidades e necessidades, mas também as dos outros; capaz de colocar-se de forma cooperativa na sua relação com as pessoas. Criativo - capaz de pensar e se expressar diante de um fato, situação, fenômeno, ou problema, dando respostas e explicações próprias, originais, sem modelos e repetições. Consciente de si mesmo: capaz de perceber-se e situar-se. Consciente de seu meio: capaz de perceber e entender o meio em que vive (pessoas, objetos, relações). Transformador: capaz de conhecer e entender o seu meio para poder transformá-lo, superando determinismos que levam à passividade, acomodação e conformidade. Produtor de novos conhecimentos: capaz de pensar, de manifestar este pensamento, de construir seu conhecimento e gerar conhecimentos novos.
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Nossa Proposta Pedagógica
A esco la tem uma missão a desempenhar. A sociedade espera que ela proporcione aos seus fi lhos o aprendizado de um conteúdo sistematizado. Cabe a ela, po rtant o, a t r ansmissã o do sab e r, histor ic a me nt e co nstituído e social m e nte organizado. Al ém deste co nte údo, cabe també m à escola refonnular, reorganizar e desenvolver os sistemas de pensamento de seus alunos, para que eles adqu iram os conteúdos de maneira construtiva, crítica e permanente. Pa ra isso é necessária uma me todologia que possibilite ao aluno interagir com o objeto do conhecimento, com a ajuda do professor. Assim, para atingir esse objetivo, é fundamental que se trabalhe com a criança e o adolescente de fo nna globa l, desenvolvendo também o aspecto emociona l, social, físico-motor, respeitando as suas estruturas menta is.
Ass im também, a aprendizagem não acontece apenas por pura transmissão (verbal ou escrita), mas em situações-problema, onde o aluno busca construir soluções. Na escola, o confronto não deve acentuar diferenças, nem esti mular compe tições, mas servir como um desafio a ser vencido através do próprio esforço do aluno, da ajuda dos colegas e do professor. Nossa proposta e d uc ac iona l c o nt a, fundamentalmente, com a participação da família, que deve estar consciente da importância do seu papel e inserida nesse processo conjunto de e du cação. A construção do conhecime nt o sistematizado ocorre, principalmente, na sala de aula. A construção de hábitos, a noção de limites e a formação de valores requer, junto com a Escola, o empe nho e a dedicação dos pais no âmbito familiar, numa mesma direção.
Porta nto, compete à escola trabalhar com e sobre essa estrutura de pensamento, na continuação do de se nv olvime nto das habilidad es cognitiva s, valendo-se de um conte údo sistematizado. Sabemos q ue a aprend izagem acontece de maneira contínua, crescente, dentro de seu tempo. A pessoa humana está sempre em processo de mudança, de tr a ns formação, em busca do se u pró pri o desenvolvimento. O conhecimento não se processa po r justaposição, e sim por interligação e interiorização. Através de ligações, de comparações feitas pelos alunos, estimuladas ou provocadas pelo professor, é que esse conteúdo vai sendo construído, incorporado, e a aprendizagem vai acontecendo. Sabemos, também, que a pessoa humana só se desenvolve na interação com outras pessoas. É no contato com o outro, através da troca e do confronto que a criança vai se conhecendo melhor, descobrindo as suas aptidões e limitações. Cada pessoa é um desafio para outra. Cada criança é para outra um elemento estimulador.
A pessoa humana está sempre em processo de mudanç a, em busca d o seu p ró prio desenvolvimento. 17
Concepção de ensino-aprendizagem Podemos situar nossa concepção de ensino-aprendizagem dentro de três grandes linhas:
a linha cognitiva - que procura enfatizar e conhecer os processos pelos quais o sujeito adquire conhecimentos; preocupa- se com o processo de compreensão, transformação, assimilação e uso das informações. a linha interacionista - que se apóia na idéia de que o sujeito constrói o seu conhecimento na interação social, ou seja, nas trocas do sujeito com outro sujeito e do sujeito com o objeto social.
a linha humanista - que considera o indivíduo como um todo (não só intelecto); considera o indivíduo como alguém que aprende - primordialmente como pessoa; considera a a prend izagem nã o só como a umen to de conhecimento, mas também como uma experiência pessoal que vai influindo nas escolhas e atitudes desse indivíduo por toda vida. Mediante estas três linhas, o aluno é considerado indivíduo ativo, sujeito da sua própria aprendizagem. Durante o processo de ensino-aprendizagem, trabalhamos no sentido de ajudá-lo a construir e reconstruir o seu conhecimento no seu ambiente histórico e social, entendendo conhecimento como a capacidade de resolver situações, utilizando-se de habilidades cognitivas e conteúdos específicos.
É no contato com o outro, através da troca e do confronto que a criança vai se conhecendo melhor.
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Nossa Estrutura Pedagógica Para que a fil osofi a de educação, a proposta pedagógica e e du caciona l e a re lação en s in o- a p r end iz agem d e nossa Esco la se concretizem numa ação efetiva, ma ntendo unidade nos diversos cursos, é necessário o trabalho conjunto e integrado de uma equipe. Essa articulação só é conseguida, com coerência e eficiência, através da montagem de uma estrutura que permita tal entrosamento. Essa estru tura define com mais clareza os pa pé is pedagógicos e educacionais exercidos pelos profissionais ligados à área da educação e o caminho de in-teração entre eles.
Con se lho Pedagógica
de
Coordenação
reuniões semanais de duas horas com os demais membros do Conselho Pedagógico;
re uniõ es semanais de duas horas de cada
corden ador com o Di re tor e Coordenador
Pedagógico Geral;
estudos; leituras; participação em deba'tes, cursos, congressos, SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência). e, fundamentalmente, através da vivência diária com coordenadores de outros cursos, professores, orientadores, coordenadores de núcleo, alu nos e pais. H á portanto, na estrutura da ECC, um espaço direcionado à preparação da própria equipe de Coordenação Pedagógica.
A Coordenação de Curso
o Conselho de Coordenação Pedagógica da Escola Comunitária é form ado pelos Coordenadores Pedagógicos dos cursos: Infantil, la. a 4a. série, 5a. a 8a. série e 20. grau; assessorados pelo Diretor e Coordenador Pedagógico Geral. Cabe ao Conselho de Coordenação Pedagógica entender, aprofundar e descobrir meios de fazer chegar aos coordenadores de núcleo, orientadores, professores e aos pais a Proposta Pedagógica e Educacional da Escola. Todavia, o conhecimento desta Proposta não pode ser feito somente através de palestras, textos e estudos teóricos; é necessária uma estrutura para que toda a reflexão, aprofundamento, revisão e avaliação, rea l izados pelos coordenadores pedagógicos, cheguem aos coordenadores de núcleo, aos orientadores e professores e, através destes, à sala de aula. E é importante que, da sala de aula, retorne todo este questionamento, argumentação, fundamentação e a provação para nova reflexão do Conselho de Coordenação Pedagógica. A formação do Coordenador de Curso se faz, principalmente, através de:
Em cada curso - Infantil, 10.grau (la. a 4a.série), 10.grau (5a.a 8a. série) e 20. grau - um coordenador responsável. Dependendendo das circunstâncias e das necessidades, a coordenação pode ser exercida por mais de uma pessoa, atuando conjuntamente, ou com o auxílio de uma assessoria. A coordenação de curso responde pelas seguintes atribuições: análise do processo global que se desenrola no seu curso, recolhendo as informações dos diferentes segmentos (orientadores, professores, alunos e pais); acompanhamento e aperfeiçoamento de seus professores segundo a proposta filosófica e pedagógica da Escola; fixação de diretrizes de trabalho, quer na linha pedagógica, quer na linha educacional; acompanhamento do rendimento dos alunos; manutenção do clima de trabalho dentro da Escola; contratação e demissão de professores (com o aval do Conselho de Coordenação Pedagógica); planejamento da estrutura administrativa de seu curso; seleção de novos aI unos; 19
participação no Consel ho de Coordenação Pedagógica da Escola; participação como membro do Conselho Comunitário; contato com os pais através de reuniões, entrevistas e atividades. Cada coordenador de curso trabalha em colegiado com o Conselho de Coordenação Pedagógica e em e q uipe com os coordenadores de Núcleo, orientadores e professores. A estrutura de funcionamento difere de um curso para o outro, conforme as necessidades específicas de cada um.
professores da mesma área, possibilitando constante atualização e estudo. No trabalho de Núcleo é possível alcançar um planejamento nos dois sentidos - vertical e horizontal. Horizontal, quando nos referimos à continuidade e logicidade do trabalho dentro da própria série. Vertical, no sentido de garantir a linha e o conteúdo do trabalho de uma série para outra e de um curso para o outro. Esse esquema de trabalho, adotado pela &cola, favorece' um processo de avaliação contínuo de cada área (checando sempre o trabalho realizado na série ou curso anterior) e garante, de forma mais ampla, maior fidelidade à nossa proposta educacional.
o trabalho de Núcleo da ECC São as di scussões sobre as linhas gerais o u met odológicas, realizadas no Conselho d e Coordenação, que norteiam a direção do trabalho de cada coordenador de curso, que procura adequar esta orientação ao seu curso, à sua estrutura e ao momento de caminhada pedagógica de seu grupo. Objetivando enriquecer e abalizar essas discussões, a fim de trad uzir essa orien tação na práticada sala de aula (com o conteúdo específico de cada área), torna-se imprescindível a contribuição do trabalho de Núcleo - formado por profissionais de áreas específicas. Cada Núcleo (Po rtuguês, Matemática, História, Geografia, Artes, Educação Física, Inglês, Ciências) é orientado por um coordenador que se mantém const antemente e m contato com os outros coordenadores de Núcleo e com a coordenação de curso, discutindo o encaminhamento da proposta pedagógica na sua área e auxiliando na formação de seus professores. Via de regra, qu ando os professores saem da Un iversidade, trazem uma bagagem grande de conteúdo, mas fa lta-lhes a prática da dosagem desse conteúdo e a adequação em cada série. Ne sse sen tido, a ajuda dos coo rdenadores de Núcleo é muito importa nte. O trabalho de Núcleo fa cilita a discussão dos problemas, dificuldades e experiências dos
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Orientação Educacional na ECC O se rv iço de Orientação Educacional da ECC, considerando o aluno como sujeito de sua própria educação, tem como principal objetivo ajudá-lo a compreender e a se localizar no processo pedagógico da Escola - no seu relacionamento com a sua apre nd izage m , com os colegas, professores e funcionários. Sendo o elemento de ligação entre o aluno e o professor, cabe ao orientador acompanhar a este último no exercício de enxergar o aluno em sua tota lidade, com suas limitações e potencialidades, a nível cognitivo, social e emocional. Tal trabalho se fa z possível à med ida em que o orientador vai lhe passando informações coletadas junto ao aluno ou advindas de sua observação em sala de aula, o que lhe permitem estabelecer um v ínculo mais significativo com o aluno, au xil iando-o no seu desempenho. Na relação fa mília-escola, o orientador é o elo de ligaçãc entre ambos, atendendo os pais para trabalhar tanto situações de aprendi zagem como também relações sociais e emocionais. O Serviço de Orientação Educacional da ECC tem suas especificida des de acordo com o curso em que atua. No curso Infantil, por exemplo, o coordenador exerce também a função de orientador e o trabalho é realizado de forma integrada.
A orientação é feita pelo professor (uma vez que é e le q ue está o tem po todo junto à criança) acompanhado pelo coordenador de curso. No 10. grau - la. a 4a. série - há um orientador por período cujo papel é, principalmente, acompanhar o professor para que ele atue como orientador. Realiza também observações dos alunos em sala de aula, estudos do meio, recreio e outras situações espontâneas, onde o pro fessor já atuou e há necessidade de uma retomada do orientador. De 5a. a Colegial temos orientadores específicos para cada série, pois nesta estrutura o aluno lida com muitos professores e necessita do orientador como referencial. Aí, o orientador, além de trabalhar com os professores e coordenadores de curso, traba lha diretamente com o aluno. Nos diversos níveis há uma in fra-estrutura que auxil ia esse trab alho: encontros individuais e semanais com os professores, entrevistas com os pais
(quando há necessidade), estudos, observações mais detalhadas em sala de aula, convites a profissionais de fora para cursos e palestras sobre temas pertinentes à realidade dos alunos, etc. Na ECC existe também um Serviço de Orientação Educacional Administrativo que assessora os trabalhos de Coordenação Pedagógica e Orientação Educacional, com os alunos de 5a . série a Colegial. Sua função principal é lidar com as relações que acontecem fora de sala de aula: acompanhar o re lac ionamento dos alunos com os colegas e funcionários, bem como as suas relações com o espaço físico da Escola, limites, regras e exigências necessárias ao trabalho de sala de aula. Com esta estrutura de Orientação Educacional, que procura atuar coerentemente dentro da proposta pedagógica da ECC, acreditamos estar colaborando para o amadurecimento dos nossos alunos na sua in te ração com a aprendizagem, colegas e professores.
o Serviço de Orientação Educacional da ECC tem como principal objetivo ajudar o aluno a compr eender e a se localizar no processo pedagógico da Escola. 21
Estudo do Meio
A prática do Estudo do Meio nasceu com a própria ECC e vem sendo aprimorada e revista a cada ano. Além de ser um momento de grande riqueza do ponto de vista cognitivo, que nos perm ite um contato direto com o nosso ponto de estudo formando um elo de ligação entre o conceito teórico e a realidade, é também um momento rico de integração entre alunos e professores. Um Estudo do Meio não pode ser confundido com um passeio ou excursão. Qualquer saída com os nossos alunos (de Infantil a 20. Grau) deve ser feita com a expecta t iva de adquirirmos grandes resultados, desde que seja muito bem preparada, considerando não ape nas o aspecto da aprendizagem, mas também a sociabilização. Embora haja sempre uma inter-relação de diversas áreas, aqui na ECC o Estudo do Meio merece uma atenção especial dos núcleos de Geografia e História, que o consideram "amostra de algo maior" - uma amostra significativa da realidade, através da qual o professor consegue garantir junto aos alunos uma
relação do conteúdo estudado frente a outros contextos , resgatando no campo conceitos trabalhados durante o ano todo. Preparar um Estudo do Meio é difícil e laborioso, exigindo um planejamento em várias etapas: a escolha e o reconhecimento do local, as áreas envolvidas, a seleção do conteúdo, a orientação e preparo dos alunos com relação a posturas, atitudes e regras do grupo; o preparo dos professores que vão e dos que aqui ficam, procurando garantir a normalidade das aulas nas outras classes. A integração e disponibilidade da nossa equipe de professores, aliada à seriedade e valorização desse trabalho, bem como à compreensão e confiança depositada pelos pais, têm permitido aos nossos alunos repetirem essa experiência (com novos enfoques e novos conteúdos) em todos os cursos, proporcionando-lhes, sem sombra de dúvida, uma grande soma de conhecimentos e experiências para a vida toda.
o Estudo do meio fun ciona como um elo de Iigaçáo entre o conceito teórico e a realidade. 22
Salão Literário
o
desejo de amp li ar as oportunidades de manifestação poética dos nossos alunos, proporcionando a todos a possibilidade de co experienciar a fantasia e a emoção, expressas através da poesia, é que levou o Núcleo de Português a criar, em 1985, o I Salão de Poesia da Escola Comunitária.
A partir dos próximos anos, o nosso Salão poderá sofrer ainda outras modificações adquirindo um novo perfil, sempre em função da postura flexível e dinâmica do Núcleo de Português e da Escola, frente às necessidades e exigências que permeiam o processo.
O apoio da Coordenação Pedagógica, aliado à compreensão e colaboração da Diretoria Administrativa, possibilitaram a realização dessa idéia.
A verdade é que o Salão Literário da ECC já tem história e supera a cada ano o êxito do ano anterior. Sua preparação acontece primeiramente dentro das salas de aula, no processo de criação dos textos, onde os alunos se expõem sem o receio da crítica que inibe a sensibilidade, descobrindo que "o escritor é um homem que trabalha o texto com o suor do seu rosto" e que "a poesia é uma ilha cercada de palavras por todos os lados".
Mais tarde, em 1990, o Salão evoluiu para Salão Literário, com a intenção mais ampla de levar ao público textos produzidos durante o ano, o que tornou também mais verdadeiro o processo de criação de texto : escrever para ser lido. Aquele momento de ruptura do processo natural de produção em sala de aula, durante o ano, para então se produzir um poema, não ocorre mais. O texto em prosa ou verso é prática regular dos alunos.
Depois, vem a preparação do espaço destinado ao Salão, a decoração, a organização do evento ... 23
L entamente, a produ çã o de t e x to s v a i se corporificando, levando os nossos alunos a se entusiasmarem com os seus primeiros traba lhos, com a possibilidade de ser poeta - brincando com as palavras, inventando rimas, sons, criando ilustrações próprias para os seus textos ... buscando alguma coisa que traduza uma intenção de beleza, uma forma de expressão, um traço de caráter, uma contribuição ao enriquecimento da existência humana. Depois, vem a preparação do espaço destinado ao Salão, a decoração, a organização do evento ... Tudo isso vai acontecendo paralelamente às atividades normais da Escola, envolvendo alunos, professores e funcionários. Paredes erguidas, espaço montado para a exposição
dos trabalhos, painéis artísticos, maquetes ... enfim,
. tudo pronto ! Nossos artistas - alunos (de Infantil a
Colegial), pais, professores, e funci onários da casa compartilham do prazer, da sensação de ser criatura
e também criador. E a Arte nasce de novo em cada um de nós, invadindo o local com textos em prosa e poesias inéditas, às ve zes tão criativos, tão orig inais e tão bem construídos, que poderiam muito bem pertencer a uma antologia, sem desmerecer os poetas laureados.
CEEC - Centro de Estudos da Escola Comunitária A idéia de criar um Centro de Estudos na Escola já existia há algum tempo. Além da necessidade de reun ir o grupo de professores para refletir sobre a teoria colocada em prática, revendo e repensando alguns conce itos, tornava-se evidente a necessidade de descobrir outras alternativas de contribuição social - repa rtjr as descobertas e experiências adquir idas, valorizar e estimular a formação dos pro fessores. A partir da consciência de que tudo o que se tem conseguido descobrir, aplicar, aprender e reformular sobre Educação até aqui é fruto de todo um trabalho em conjunto e de que a soma das nossas experiências, adquiridas na própria comunidade, formam o nosso
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patrimônio, é que a equipe cons ide rou a importância do gesto de retribu ir à sociedade esse patrimôn io. Foi assim que surgiu o Centro de Estudos da Escola Comunitária. A princípio, era apenas uma jdéia que ja bem de encontro à filosofia da nossa Escola. Este ano (1992), tornou-se uma realidade dentro da ECC, constituindo-se em um núcleo de educadores que se re úne com o objetivo de estudar e leva ntar as expectativas dos professores e pais, a fi m de programar cursos em diferentes áreas e temas. Entre outros projetos, o grupo vem procurando formar um núcleo de pessoas com o objetivo de prestar assess oria a outras escolas, não só de Campinas, como també m d e outras cidades e estados, tendo em vista os diversos co nvites e pedidos que a ECC tem recebido nesse sentido, ao longo desses anos.
Olimpíada e Jogos da Primavera
A idéia de uma Olimpíada surgiu depois de várias conversas entre o Núcleo de Educação Física e a Coordenação Pedagógica, que já vinham percebendo a necessidade de promover alguma atividade especial aqui na Escola, ligada a essa área, que pudesse envolver a todos de forma não acadêmica. Em 1990, foi realizada a I Olimpíada Comunitária, entre alunos de 5a. série a 20. grau, superando todas as expectativas. A participação e O interesse dos alunos, aliados ao incentivo e companheirismo dos professores e funcionários da Escola, vieram comprovar a importância do evento, que passaria então a fazer parte do calendário da ECC, repetindo-se a cada ano. A partir daí, os alunos de la. a 4a. sene, que acompanhavam toda a movimentação da Escola, demonstraram um grande desejo de participar também dessas atividades. Novamente a equipe se reuniu e, pensando nos objetivos mais específicos desse curso, decidiu criar os Jogos da Primavera, destinado especialmente aos alunos de la. a 4a. série, que antecederia a Olimpíada.
A preparação dos dois eventos requer um cuidado todo especial da equipe, que avalia as experiências anteriores, revê e atualiza os seus objetivos, considerando que "a Escola, e em especial a quadra de esportes, deve ser exemplo de democracia, mesmo porque não nos interessa a criação de modelos atléticos nem de heróis recordistas na instituição escolar" (reflexão de Fanny Abramovich). Conhecendo bem os valores e princípios da nossa Escola, bem como o caráter competitivo do Esporte, o Núcleo de Educação Física propõe que os alunos participem das atividades esportivas com igualdade de direitos, objetivando a promoção coletiva em detrimento da individual. Além da programação das modalidades e da organização das equipes, há todo um cuidado na preparação do espaço e dos horários, no estabelecimento das regras e de novas formas de cooperação, para que tudo ocorra dentro de um clima favorável, propiciando a integração, o envolvimento e a participação de todos os alunos, nos dois períodos.
A participação e o interesse dos alunos vieram comprovar a importância do eve nto.
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o Comunitário
Foi criado, ainda no primeiro ano de funcionamento da ECC, o nosso "O Comunitário" - uma publicação mensal, organizada pela Comissão de Comunicações com a colaboração de todos os segmentos da Escola, com o objetivo de ampliar a comunicação entre os sócios, abrindo um novo canal para a discussão de temas ligados à Educação, bem como transmitir um pouco da nossa li nha filosófica e da nossa proposta pedagógica.
diversas, encontros e confrontos, e anunciando aos outros a que viemos.
A princípio, ele era feito artesanalmente num t ra balho lento e exaustivo, o que tornava praticamente impossível manter a sua periodicidade, além de implicar em um alto custo para a Escola. Mesmo assim, O Comunitário, coordenado por D. Amélia, tinha uma função importante na ECC e fora dela, divulgando idéias e servindo como elemento de integração, à medida em que transmitia e reavivava a nossa concepção filosófica - razão de ser desta Escola. No final de 1988, por iniciativa da Diretoria Administrativa, junto ao Conselho Comunitário e à equipe pedagógica, foram reavaliados os objetivos do nosso veículo de comunicação. Entre outras sugestões, surgiu a idéia de dar-lhe um caráter mais jornalístico, tornando-o também um veículo de informação entre os sócios, onde seriam veiculadas as principais questões da Sociedade. Com o apoio da Diretoria Administrativa, formou-se então uma nova Comissão de Comunicações - o Conselho Editorial, composto de pais, professores e funcionários - que passaria a ser responsável pelo "novo Comunitário" - um jornal tablóide com periodicidade mensal, criado especialmente com a intenção de se tornar um veículo ágil e constante, que envolvesse toda a Sociedade, espelhando a sua realidade. Abraçando esse novo desafio, O Comunitário, em sua 28a. edição (na sua nova forma), vem procurando cumprir os seus objetivos - veiculando nossas idéias, refletindo os nossos anseios, contradições, esperanças, distorções, acertos e erros, opiniões
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o "novo" Comunitário tem como principal o hjetivo espelhar a realidade da ECC.
A Biblioteca da ECC
Funcionando nos dois períodos, com um total de quatro funcionários, a Biblioteca da ECC atende a todos os alunos - desde o Maternal até o Colegial. Professores, funcionários e pais da Escola costumam ser também seus frequentadores assíduos. Ali, além de ser ajudado pelas bibliotecárias a encontrar o material, ou a informação que está procurando, o usuário tem à sua disposição uma ampla hemeroteca, revistas atualizadas, obras de referência para consulta, mapas, fotos, sI ides, fitas de vídeo, etc. No momento, nossa Biblioteca conta com um acervo de aproximadamente 15.000 títulos, que vem sendo informatizado. Já se encontram à disposição de todos os catálogos de autores, títulos e assuntos (70% desse acervo já está informatizado). A partir dos próximos anos, todo o trabalho da seção circulante poderá também ser realizado via computador. Dessa forma, nossos usuários terão rápido acesso à informação.
A pesquisa na Biblioteca faz parte do cotidiano dos nossos alunos.
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Por que escolhemos esta Escola para os n ossos filhos? Porque aqui eu também posso participar, opinar, decidir e me engajar no processo, influindo nos rumos da educação. Porque aqui eu percebo continuidade - casa-escola. A ECC é uma família amplia,da. Porque aqui eu vejo o aluno crescendo em grupo e sendo valorizado como indivíduo. Porque me sinto parte desta Escola, com possibilidades de uma participação igualitária. A Escola é para mim um desafio, à medida em que eu também me envolvo, contribuindo e recebendo contribuições. Porque um dia eu participei da sua criação, eu a vi nascer e lutei, juntamente com outros pais, por esse mesmo ideal. Porque com essa equipe eu aprendi a ter opinião própria e a lutar por ela quando merece ser defendida. Aprendi também a ceder quando descubro nos outros opiniões mais consistentes. E aprendi a participar, dando sempre a minha contribuição, por menor que seja. E é isso que eu quero para os meus filhos.
(depoimentos de pais de alunos da Escola)
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Epílogo
Nesse conjunto de atividades transparece o trabalho da nossa Escola: preparar o aluno para uma leitura da realidade em que vive e despertar nele a capacidade de participação criativa e solidária. Acreditamos que o mundo de amanhã só será viável se as pessoas aprenderem a atuar em sistema de parceria, através de um espírito cooperativo. Nunca pensamos que fazer uma Escola fosse fácil, embora em alguns momentos de nossa história tenhamos tido a ilusão de que ela já estivesse pronta. Também nunca pensamos na real extensão desse contínuo desafio, e nem sempre estivemos preparados para ele. Mas intuimos o seu fasCÍnio ... e aqui estamos!
(Zula Garcia Giglio - mãe de nossos alunos: Jonas, Janie e Júnia)
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Falando de D. Amélia
D. AntéUa Pires Palenno
Amélia Pires Palermo nasceu a 14 de maio de 1920, na cidade de Campinas, sendo a primogênita dentre onze irmãos. Filha de Maria Pires de Camargo Palermo, da tradicional família campineira Pires de Camargo, e de Angelo Palermo, descendente de imigrantes italianos, reviveu na sua infância um pouco da história de "Os Ossos do Barão".
magistério, mas esperavam vê-la fazendo carreira na escola pública. Sua escolha foi feita em função da proximidade da família. Ali, a poucas quadras da sua casa, podia ajudar na educação de seus irmãos, como também dar uma ajuda econômica já que, naquela época, a família passava por dificuldades financeiras.
Desde cinco anos de idade mora na mesma casa, quase uma chácara, no Cambuí. Descobriu muito cedo a sua vocação de educadora. Aos dez anos já começava a dar aulas particulares para as crianças da vizinhança. Cursou desde o primário até o curso de formação de professores (antigo Norma l) no Instituto de Educação Carlos Gomes.
Sempre gostou de trabalhar com crianças e jovens, tendo sido esse, provavelmente, o motivo mais forte que a levou a fazer a sua opcão profissional. Se não fosse professora, Amélia talvez fosse engenheira "para construir pontes", explica ela, "as pontes cortam distâncias, aproximam as pessoas e, por isso, me fascinam" . E esse faSCÍnio a acompanha até hoje, nas suas viagens, nas paisagens que chamam mais a sua atenção, na escolha de seus quadros.
Depois de formada, passou a lecionar no Colégio P rogresso Campineiro, para decepcão de seus professores que reconheciam a sua vocação para o
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Amélia lecionou para as mais diversas idades primeira a quarta série, quinta a oitava, curso de magistério. Fez curso superior de Geografia e História e de Orientação Educacional, na PUCC (única universidade da época, em Campinas). Mais tarde (1972 - último ano do governo Allende) fez curso de Planejamento Educacional em Santiago do Chile. Com 52 anos dedicados (oficialmente) à Educação, Amélia é para todos nós um grande exemplo de educadora. Fez do magistério "uma profissão para ser levada a sério". Entre os valores que vive e apregoa, "a sala de aula é um lugar sagrado". Por isso, exige diariamente do professor um ritual de preparação, de trabalho e de preocupação com a aprendizagem do aluno. "Toda a sua formação, leitura e estudo se traduz, na prática, no seu trabalho em sala de aula", afirma. Ainda, segundo D.Amélia, " um professor deve estar sempre aprendendo: com os seus alunos, pais dos alunos, colegas ... deve ser um eterno aprendiz. Precisa, ao mesmo tempo, ter criatividade e organização, espírito de pesquisa, seriedade nas propostas e muita coerência, procurando sempre ensinar aquilo que ele próprio pensa, vive e acredita OI.
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EXPEDIENTE
"ECC: 15 anos" é uma publicação comemorativa
da Sociedade Comunitária de Educação e Cultura
Rua Egberto Ferreira de Arruda Camargo, s/no
CEP: 13.085-000 fone: (0192) 58 2922
Caixa Postal: 159 Fax: (0192) 58 2779
Campinas - SP.
Jornalista Responsável:
Nye Ribeiro Silva (Mtb 22262)
Revisão:
Claudete R. de Oliveira Landy
Maria Lygia Cardoso Kopke Santos
Editoração Eletrônica e Diagramação:
Marco Antonio Biaco
Fotogra fia :
Eduardo Schechtmann
Rodrigo Rocha Biojone
Fotolitos e Impressão:
Indústrias Gráficas Capelli Ltda.
Nota da Redação:
Agradecemos a todos - pais, professores, funcionários e alunos - que, ao longo desses 15 anos, tiveram a
preocupação de registrar (através de fotos, cartas, textos, artigos para o nosso jornal, etc.) fatos e momentos
importantes da nossa história, sem os quais não seria possível a publicação desta revista.
Agradecemos àqueles que, durante a organização deste trabalho, nos auxiliaram através de serviços voluntários.
A edição comemorativa "ECC - 15 anos" é resultado de todo um trabalho comunitário.
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Relação dos Sócios Fundadores
da Sociedade Comunitária de Educação e Cultura:
Arthur Pinto de Lemos Netto Carlos Alberto da Silva Lima Carlos Gomes de Souza Clésio Chiozini Disnei Francisco Scornaienchi Durval Chechinato Eduardo Silva Porto Francisco Edmir Bertolaccini Irene Pinto Ferraz Ivanize Menezes Scomaienchi João Alberto Holanda de Freitas José Maria Ramirez Lina Aparecida Russo Checchinato Lineu Corrêa Fonseca Maria Angela L. de Oliveira Stettinger Maria Helena Peixoto P. de Lemos Maria Inês Gracioli Teixeira Maria Ignez B. Bertolaccini Maria Neyde Gonçalvez Vigani Marineide Rodrigues Machado Marta Maria L. Holanda de Freitas Nelson Machado da Silva Ralph Tórtima Stettinger Rosa Maria Longo de Souza Rubens Gonçalves Teixeira Vicente Vigani
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Diretorias eleitas - 1978 a 1992
(1978 a 1980) Diretor Geral: Disney Francisco Scornaienchi (falecido) Diretor Executivo: Arthur Pinto de Lemos Neto Diretor Financeiro: Éolo Marques Pagnani Diretora Pedagógica: Amélia Pires Palermo
(1980 a 1982) Diretor Geral: João Alberto Holanda de Freitas Diretor Executivo: José Legaz de Castro Diretor Financeiro: Lúcio Hak.im Diretora Pedagógica: Amélia Pires Palermo
(1983) Diretor Geral: João Alberto Holanda de Freitas Diretor Executivo: Edgar Schwenck Diretor Financeiro: Lúcio Hakim Diretora Pedagógica: Amélia Pires Palermo
(1984) Diretor Geral: José Roberto Andrade dos Santos Diretor Executivo: Ivo Samel Diretora Pedagógica: Amélia Pires Palermo
(1985) Diretor Geral: Edson Corrêa da Silva Diretor Executivo: Amaury Cezar B. Nascimento Diretora Pedagógica: Amélia Pires Palermo
(1986) Diretor Geral: Sérgio Wolkoff Diretor Associado: Og Brasil Bernasconi Diretor Administrativo Geral: Ricardo A Schimitman Diretor Financeiro: Fuad Jorge Cury Diretora Pedagógica: Amélia Pires Palermo Diretora Administrativa Escolar: Heloísa Penteado de Freitas
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(1987)
Diretor Gera l: Sérgio Woikoff Diretor Associado: Ubirajara Alves de Abreu Diretor Admin istrativo Gera l: Ricardo A. Schimitman Diretor Financeiro: Cláudio Dedecca Diretora Pedagógica: Amélia Pi res Palermo Diretora Ad ministrat iva Escolar: He loísa Pentea do de Freitas (1988 a 1990)
Diretor Geral: José Manoel Vila Iglésias Diretor Associado: Marco Fábio Restitutti Diretor Administrativo Geral : Maurício Tassoni Diretor Financeiro: Miguel Del Monte Filho Diretora Pedagógica: Amél ia Pires Palermo Diretora Admin istrativa Esco lar: Heloísa Penteado de Freitas (1991 a 1992)
Diretor Geral: Márcio Ramos Cardarelli Diretor Associado: Luiz Fernando Landy Diretor Administrativo Geral: Aparecida Chiaperini Diretor Financeiro: Mirian Maria dos Santos Salazar Diretora Pedagógica: Amélia Pires Palermo Diretor Administrativo Escolar: José Roberto Serafim (1992 a 1993)
Diretor Geral: Paulo Silveira Ivo
Diretora Associada: Vivien Von Hertwig Soares Diretor Financeiro: Gabriel Travai ni Diretora Administrativa Geral: Dora Ano La nge Canhos Diretora Pedagógica: Amé lia Pire Palermo Diretora Administrativa Escolar: Rosangela Maria Ferez
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SOCIEDADE COMUNITÁRIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA
ASSEMBLÉIA
CONSELHO COMUNITÁRIO
I CONSELHO DE COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
DIRETORA E COORDENADORA PEDAGÓGICA
CONSELHO ADMINISTRATIVO
DIRETOR ADMINISTRATIVO ESCOLAR
DIRETORIA ADMINISTRATIVA
CONSELHO DE PROFESSORES -
ADMINISTRADOR ECONÔMICO FINANCEIRO
COORDENADORES PEDAGÓGICOS
BIBLIOTECÁRI AS
COORDENADORES DO NÚCLEO
PROFESSORES
ORIENTADORES EDUCACIONAIS ADMINISTRATIVm
ORIENT ADORES
GRÊMIO
FUNOONÁRIOS
ALUNOS
ESTRUTURA PEDAGÓGICA E FUNÇÕES
DIRETOR
PEDAGÓGICO
1
COORDEN ADOR
PEDAGóGICO
GERAL
I
COORDE NADOR DO CURSO INFANTIL
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I
I
COORDENADOR DO CURS O DE SA A SA Série
COOR DENADOR DO C URSO DE IA A 4A Série
COORDENADOR DO CURSO DE ZA GRAU
I AUXILIAR DE COORDENAÇÃO
I
COORDENAÇÃO DE NÚCLEO
ORIENTADOR
I
I
I
ORIENTADOR
I
ORIENTADOR EDUCACIONAL ADMI NISTRATIVO
l ORIENTAÇÃO
PROFESSORES
COORDENADOR DE NÚCLEO
I ALUNOS COORDENADOR DE NÚCLEO
PROFESSORES
I PROFESSORES
I ALUNOS
PROFESSORES
I ALUNOS
ALUNOS
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I
Conselho de Professores Coordenado . Ped. Geral Coordenado es do Curso Auxiliares d ~ Coordenação Coordenação de Núcleo Professores
- Coordenador d o Curso - Professores d a mesma série
- Coordenador do Curso - Professor
- Coordenadores do Curso - Coorde nadores d o N úcleo
- Coordenadores do Curso Infantil - Coordenadores de la a 4 a série
- Coo rde nadores do Curso - Auxi lia res de Coordenação
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- Coorde nador Pedagógico Geral. - Coorde nadores do Curso. - Auxiliares de Coordenaçã o
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FUNCIO NAMENTO
ESTRUTURA PEDAGÓGICA:
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Séries
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- Coordenador Pedagógico Geral - Coordenadores dos Cursos - Orientadores de todos os Cursos
- Conselho de Professores - Coordenação Pedagógica Geral - Coordenação do Curso - Coordenação de Núcleo - Professores
- Orientadores com Professores
- Coordenação de Curso com Professores
- Coordenação Pedagógica Geral - Coordenação de Curso - Coordenação d e Núcleo
- Coodenação Pedagógica Geral - Coordenação Curso e Orientadores
- Coo rdenador do Curso - Coordena do r do Curso In fantil
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Série
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- Coordenação do Curso - Orientadores de cada Série
- Coordenação Pedagógica Geral - Coordenação do Curso - Orientadores
- Coordenação Pedagógica Geral - Coordenação do Curso - Coordenação de Núcleo
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Conselho de Professores Coordenação Pedagógica Geral Coordenadores do Curso Orientadores e Coordenadores de Núcleo Professores
- Coordenador do Núcleo - Professores de Série
- Coordenador do Núcleo - Professores do Núcleo
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I
I
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I:
do Núcleo de Sa a
do Curso
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Conselho de Professores Coordenação Pedagógica Geral Coordenação do Curso Orientador Professores
Coord
. - Orientador
1- Coordenação
- Coodenação Pedagógica Geral - Coordenador do Curso e Orientadores
- Coordenador do Curso - Professores de cada Área
Orientadores Ed uc. Administrativos Manhã e Tarde
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- Coordenação Pedagógica Geral - Coordenação Geral do Curso
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Mensal
Quinzenal
Semanal
2° GRAU
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Coordenação Pedagógica Geral com Coordenação do Curso de Sa a Sa série Coordenação do curso de 2° Grau
- Coordenação Pedagógica Geral - Coorde nação do Curso
Sa a
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Conselho De Coordenação Pedagógica - Diretor e Coordenador Pedagógico Geral - Coordenadores dos Cursos
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