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Conexão Comércio - Jul/Ago 2013

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mensagem do PRESIDENTE Emerson Beloti de Souza Presidente do Sindicomércio - JF Vice-Presidente do Sistema Fecomércio Minas

Caro leitor,

“São com atitudes que mostramos a linha de conduta de uma instituição.”

Quero compartilhar com todos os empresários do comércio do varejo, atacado e serviços a importância que o Sindicomércio de Juiz de Fora alcançou com suas atitudes em favor dos segmentos empresariais que representa. Em recente edição do novo “Portfólio referencial de produtos e serviços 2013” da Confederação Nacional do Comércio (CNC), encaminhada a mais de 900 sindicatos patronais, o Sindicomércio-JF aparece como sindicato referencial em sete categorias: Assessoria a seus representados, Banco de Talentos (RH), Comunicação, Convênios na área de educação (desde o ensino fundamental), Convênios médicos, Convênios odontológicos e Disponibilidade de espaços em sua sede para eventos como palestras, cursos e treinamentos. Essas indicações não só nos orgulham como também ratificam a Excelência em Gestão Sindical que o Sindicomércio Juiz de Fora alcançou. Torna-se importante ressaltar que somos uma entidade patronal, porém nossos convênios de educação e saúde abrangem, também, os colaboradores das empresas associadas. Há 60 anos essa entidade vem trabalhando para mostrar aos empresários do comércio que os mesmos precisam de um representante a altura de seus desejos coletivos e que o Sindicomércio-JF merece este crédito de confiança. Outrossim, a entidade demonstra com suas ações que seu modo de trabalho de assistência é no sentido privado, ou seja, gera negócios coletivos consistentes para os empresários representados e defende seus direitos coletivos. Hoje, o Sindicomércio-JF conta com vários departamentos para servir seu associado. Nosso foco não se restringe a negociar salários e condições especiais de horários. A realização de convênios e a prática de serviços com qualidade e credibilidade fazem parte de nossos objetivos. Proteger, de fato, os interesses coletivos das empresas representadas através de ações judiciais é uma rotina de nossos trabalhos. Assim, o empresário pode sentir a segurança de pertencer a uma entidade que provoca a satisfação de dela fazer parte. Nosso mais novo departamento é o de RH, que disponibiliza, especialmente, à pequena e média empresa, a possibilidade de solicitar, mediante perfil informado, o recrutamento e a seleção do futuro colaborador feitos pela profissional do RH, de forma gratuita. Essa inovação trará muitos benefícios para as empresas, principalmente diante dos métodos de contratação praticado pelo pequeno empresário, que ainda são por meio de indicação ou por anúncio na vitrine de sua loja. Além disso, na continuidade dos trabalhos do Departamento de RH, serão ministrados treinamentos para os colaboradores das empresas associadas. São com atitudes que mostramos a linha de conduta de uma instituição. Portanto, a evolução da entidade em suas diretrizes nos permite ser um sindicato de expressão nacional. Isso nos causa, reitero, o orgulho de ter alcançado esse reconhecimento, pois é o nome de Juiz de Fora que é levado aos quatro cantos do país como modelo a ser seguido pelos sindicatos patronais. A satisfação da diretoria do Sindicomércio-JF, também, é referente aos resultados de nossa gestão à frente da instituição. Nosso quadro de associados aumentou 47%. Isso mostra a interatividade ao associativismo por parte dos empresários do comércio do varejo, atacado e serviços de nossa cidade e que, por esta e outras atitudes, visualizam no Sindicato do Comércio de Juiz de Fora seu legítimo representante, tanto para defendê-los nos interesses coletivos, quanto para oferecer benefícios e serviços. Deste modo, quero patentear o compromisso feito no início de nossa gestão - “Fazer do SindicomércioJF o instrumento imperativo para um comércio forte, moderno e empregador”.

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índice

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Operação Alerta Vermelho promove mais segurança contra incêndios no Centro

Diretoria 2010 / 2014 Emerson Beloti de Souza Presidente Rui Mussel da Silva 1º Vice-presidente Oddone Villar Turolla 2º Vice-presidente Nilton Ramos da Silva 3º Vice-presidente Paulo Roberto Lopes 4º Vice-presidente Nício Fortes Garcia 1º Secretário Marcelo Rodrigues Sepúlveda 2º Secretário

Carlos Alberto Martins de Pinho 3º Secretário Alexandre Tassi Brugiolo 1º Tesoureiro Gilson Guimarães Peixoto 2º Tesoureiro Zênio Fernandes Filho 3º Tesoureiro Sergio Costa de Paula Superintendente

Como lidar com alcoolismo e drogas nas empresas

22 Setembro: O novo mês das noivas

03. Mensagem do Presidente 06. Notas 08. Operação Alerta Vermelho promove mais segurança contra incêndios 10. Quando os bens do empresário respondem pelas dívidas da empresa? 11. Proteção previden ciária do empresário 12. Os abusos na criação de obrigações acessórias 13. A importância do gerenciamento de conflitos 14. Empresas familiares e holding 15. Sindicomércio-JF lançará selo personalizado 16. O trabalho do coaching no gerenciamento de carreiras 16. Como lidar com alcoolismo e outras drogas nas empresas 20. Quando o lixo vira lucro 22. Setembro: O novo mês das noivas 24. Gerencie melhor seu dinheiro e faça seu salário render 25. Grupo “Ofertas de Empregos em JF” é destaque no Facebook 26. Número de MEI cresce, mas o gerenciamento ainda é um desafio 27. A importância da tecnologia no varejo 28. RH - Uma ferramenta essencial para sua empresa


Expediente: Conselho Editorial Emerson Beloti Sergio Costa de Paula Fernanda Assis Jornalistas Responsáveis Fernanda Assis – 16754/MG Gisele Simões – 5784/MG Colaboradores CNC Fecomércio Minas Frederico Binato Jorge Franklin Junia Bretas Michelle Ronzani Cunha Rubens Andrade Neto Sebrae-MG Senac-MG Sesc-MG

28 RH - Uma ferramenta essencial para sua empresa

34 Empresas familiares se destacam no mercado

30. Como transformar uma ideia em negócio 32. Espólio digital das empresas 34. Empresas familiares se destacam no mercado 36. Juiz de Fora recebe 54 câmeras para aumentar a segurança 37. CNC - Campanha combate o uso de software pirata 38. Fecomércio MG - Informalidade: aspectos sociais, políticos e econômicos

39. SESC - Cine Sesc leva a sétima arte para cidades da Zona da Mata 40. SENAC - A “sorte” para uma empresa que se atualiza 41. SEBRAE - Tecnologia para a saúde 42. Ações de representatividade 50. História dos associados 51. Novos associados 53. Como definir Missão, Visão e Valores de uma empresa 54 . Viva a PNL! Programação Neurolinguística

Fontes Jornais: Diário Regional, Estadão e Tribuna de Minas Revistas: Supermercado Moderno Sites: Agência Brasil, CNC, Fecomércio-MG, JusBrasil, Portal do Varejo, PwC e Sebrae Fotografias Arquivo Sebrae-MG Arquivo Sesc-MG Arquivo Senac-MG Assessoria corpo de Bombeiro Assessoria 4ª Região da Polícia Militar Assessoria Fiemg Regional Zona da Mata Divulgação/Abes Humberto Nicoline Lógica Comunicação Thiago Soares Imagens Assessoria CNC Shutterstock.com Deptº Comercial e Marketing: Ana Carolina Fernandes (32) 9198-0535 Projeto Gráfico e Editoração: ArtWork Propaganda (32) 3215-7075 Periodicidade: Bimestral Tiragem: 5.000 exemplares Impressão: Gráfica América Contato: Telefone: (32) 3215-1317 E-mail: sindicomerciojf@sindicomerciojf.com.br Site: www.sindicomerciojf.org.br Twitter: @sindicomerciojf Facebook: Sindicomércio-JF Endereço: Av. Rio Branco 2.588/5º andar – Centro – Juiz de Fora/MG Horário de funcionamento: De segunda à sexta, das 8h30 às 18h30 A Revista Conexão Comércio não se responsabiliza por artigos assinados. A reprodução do conteúdo da Revista é permitida, desde que citada a fonte.


notas

A pior e a melhor hora no escritório Comissão do Senado aprova 13º salário isento de Imposto de Renda O 13º salário poderá ficar isento do Imposto de Renda das Pessoas Físicas, conforme Projeto de Lei aprovado no último dia 19 de junho, pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS). A proposta é de autoria do senador Lobão Filho (PMDB-MA) e agora segue para a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), da qual receberá decisão terminativa. O relator da matéria, senador Jayme Campos (DEM-MT), disse que, de acordo com a Receita Federal do Brasil, a estimativa de renúncia fiscal em 2013, com a aprovação do projeto, seria de quase R$ 7,5 bilhões. O relator, da mesma forma que o autor, ressaltou que a medida não vai afetar o orçamento do governo federal, uma vez que os valores renunciados retornarão aos cofres públicos sob a forma de tributos incidentes sobre o consumo.

JF deve consumir R$10,3 bilhões em 2013 Segundo levantamentos da IPC Marketing Editora, o potencial de consumo dos juiz-foranos para 2013 é de R$ 10,3 bilhões. O valor representa crescimento inferior a 1% em relação ao ano passado, quando a pesquisa apontou R$ 10,2 bilhões. A explicação segundo os organizadores deve-se ao comportamento da classe B, que entrou o ano

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Um estudo feito na Inglaterra, mas que bem poderia ser replicado para todo o mundo, revelou que o horário de 14h55 é o pior em termos de produtividade nos escritórios. Já o horário mais produtivo seria 10h26, quando os funcionários já teriam respondido todos os e-mails e colocando a rotina diária em prática. A pesquisa aplicada pela empresa London Offices avaliou 400 trabalhadores e a maioria disse que o horário imediatamente após o almoço é o pior do dia, quando sentem sonolência, o que pode ser explicado também pelo processo digestivo. As saídas citadas na pesquisa para tentar “pegar no tranco” foram conversar com os colegas e tomar um cafezinho.

mais endividada e, por isso, menos propensa a consumir. Desta forma, Juiz de Fora passou da 34ª colocação para a 38ª no ranking nacional. A participação na média de consumo nacional também caiu. Em 2012, para cada R$ 100 gastos no Brasil, R$ 0,37 eram gastos pelos juiz-foranos e, em 2013, R$ 0,34. Em Minas Gerais, Juiz de Fora se manteve no quarto lugar, atrás de Belo Horizonte, Uberlândia e Contagem. A pesquisa demonstrou ainda que, em 2013, Juiz de Fora representa 32,8% do potencial de consumo da Zona da Mata ou R$ 31,4 bilhões.


notas

IBPT desenvolve Manual de Integração “De olho no imposto” Para tentar esclarecer as dúvidas sobre a implementação da descrição de impostos nas notas fiscais, o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) desenvolveu um Manual de Integração “De olho no imposto”. O mesmo é gratuito e pode ser obtido no site da instituição (http://deolhonoimposto.ibpt.com.br). Após fazer um pequeno cadastro, o empresário irá receber o manual por e-mail num prazo máximo de 48h. Além disso, será avisado quando forem publicadas novas versões do manual e variações da alíquota. A Lei nº 12.741/2012 que deveria ter entrado em vigor no último dia 10 de junho, teve seu prazo prorrogado por mais um ano. Dessa forma, o governo deu mais tempo para as empresas se adequarem ao novo sistema.

Governo publica regulamentação de pagamento através de dispositivos móveis O Governo Federal publicou em maio no Diário Oficial, a Medida Provisória nº 615, que regulamenta os pagamentos por meio de dispositivos móveis, como celulares. O texto define, entre outras coisas, o que é arranjo de pagamento, considerado um conjunto de regras e procedimentos que disciplina a prestação de determinado serviço de pagamento ao público aceito por mais de um recebedor, mediante acesso direto pelos usuários finais, pagadores e recebedores. O diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Luiz Mendes, disse que os principais objetivos da Medida Provisória são regulamentar essas operações, mesmo quando o serviço não é feito por instituições financeiras; impedir a lavagem de dinheiro e a transferência de recursos para fins terroristas; estimular o compartilhamento de infraestrutura entre bancos e operadores de telefonia; aumentar a competição e proteger o consumidor, garantindo liberdade de escolha, segurança e privacidade.

Tendência e realidade do comércio eletrônico Segundo artigo publicado pela Fecomércio-MG, no Brasil, as vendas no comércio eletrônico devem atingir R$ 28 bilhões em 2013. Segundo projeções da e-bit, empresa referência no fornecimento de informações sobre o e-commerce nacional, o segmento pode superar 50 milhões de consumidores. A previsão para este ano atinge crescimento de 25% sobre os R$ 22,5 bilhões faturados em 2012, excluindo serviços e ofertas em sites de compras coletivas. O varejo virtual ainda não atinge 5% do volume de transações, mas está em expansão. Os segmentos mais expressivos no e-commerce são eletrodomésticos (15%), produtos de informática (12%), eletrônicos (8%), cosméticos e perfumarias (7%) e vestuário (7%). O desempenho de produtos ligados à beleza e aos cuidados pessoais mostra forte presença das mulheres comprando na internet.

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REPORTAGEM Reportagem especial especial

Operação

ALERTA

VERMELHO

promove mais segurança contra incêndios no Centro A região central de Juiz de Fora possui carac-

Com o intuito de reduzir os riscos de incêndios, principalmente no Centro de Juiz de Fora, o 4º Batalhão de Bombeiros Militar (4º BBM) vem realizando vistorias nos estabelecimentos comerciais da região. Batizada de “Alerta Vermelho”, a operação visa garantir a segurança de comerciantes e consumidores. A última ação foi realizada em junho. Na Operação Alerta Vermelho, o Corpo de Bombeiros pretende fiscalizar toda a área compreendida entre a Avenida Presidente Itamar Franco e a Rua São Sebastião e da Av. Rio Branco até a Rua Francisco Bernardino.

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terísticas bem peculiares como construções antigas, muito próximas umas das outras, lojas com grandes estoques, além do crescente fluxo de pessoas, que aumentam o risco de incêndios com vítimas. Até junho, nove edificações tinham sido interditadas, 13 multadas e mais de 190 estabelecimentos notificados por descumprirem as normas de prevenção. No ano passado foram realizadas mais de 500 vistorias em estabelecimentos comerciais, industriais e de recepção de público, sendo expedidas 321 notificações e aplicadas 50 multas. A principal irregularidade encontrada foi a falta do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), documento que confirma que a edificação cumpriu todos os requisitos exigidos pela legislação, como a apresentação de um projeto de segurança contra incêndio e pânico. De acordo com o comandante da 5ª Companhia de Prevenção e Vistorias (Cia PV) do Corpo de Bombeiros, Capitão Leonardo Corrêa Nunes, o objetivo da Operação Alerta Vermelho é que os proprietários de prédios comerciais e residenciais localizados no Centro posIncêndio ocorrido em outubro de 2010 no Centro de Juiz de Fora. FOTO: Humberto Nicoline


ORIENTAÇÃO:

sam estar regularizando as edificações quanto às questões de incêndio, ou seja, aumentando a segurança na região, que é formada, principalmente, por construções antigas. Capitão Leonardo explica que, a partir deste ano, o Corpo de Bombeiros está sendo mais incisivo na fiscalização. Nos anos anteriores, as campanhas eram mais educativas, pois ainda não estavam regulamentadas as sanções, como advertência, multa e interdição, o que ocorreu em final de 2010. As multas variam com relação à área do estabelecimento e são calculados com base na Unidade Fiscal do Estado de Minas Gerais (Ufemg). O grande incêndio na esquina da Av. Getúlio Vargas com Rua Floriano Peixoto, que provocou imenso clamor popular, também incentivou a realização de ações mais rigorosas. De acordo com o Capitão Leonardo, para se regularizar, o proprietário do estabelecimento precisa contratar um profissional habilitado a fazer um projeto de combate a incêndio, ou seja, engenheiros, arquitetos e engenheiros de segurança do trabalho. Entretanto, o Capitão ressalta que o projeto é referente à edificação e não individualmente a cada loja. Capitão Leonardo orienta que, no site do Corpo de Bombeiros, é possível encontrar uma relação de engenheiros cadastrados, mas destaca que isso não significa que só eles estão habilitados a realizar este tipo de projeto. O comerciante também pode buscar esta informação no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea).

O comandante da 5ª Companhia de Prevenção e Vistorias (Cia PV) do Corpo de Bombeiros, Capitão Leonardo Corrêa Nunes, orienta que, quando for abrir qualquer negócio, é importante observar, além de toda a documentação exigida pela Prefeitura, se aquele local tem o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) referente à loja ou à edificação como um todo. A atenção deve ser ainda maior com relação à energia elétrica que é o grande vilão dos incêndios, devido aos curtos-circuitos, pois muitas vezes a rede elétrica não está preparada para a demanda que o tipo de comércio exige. “Isso acontece muito, principalmente no Centro, por causa das construções antigas. Anos atrás nós não tínhamos tantos equipamentos elétricos como temos hoje. Por isso, a instalação elétrica antiga fica totalmente comprometida. A instalação elétrica também tem validade, que gira em torno de 20 anos. Depois desse prazo, tem que ser refeito todo o circuito. É preciso chamar um engenheiro eletricista para fazer a adaptação ou mesmo a reforma para adequar às novas necessidades. Mas o brasileiro não tem essa cultura prevencionista. Muito pior do que o pagamento de multas ou perdas materiais, o prejuízo pode significar a perda de vidas”, alerta o Capitão. “Eu costumo falar que a prevenção não é cara, ela é um investimento. Se você tem um sistema operante, se as pessoas que trabalham no local têm conhecimento sobre como usar os equipamentos, as chances de sucesso no combate a um princípio de incêndio são muito maiores. Não adianta ter os equipamentos se ninguém sabe como usá-los. É importante também saber tirar as pessoas de um local sem que ninguém saia ferido”, destaca Capitão Leonardo.

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Coluna

direito e empresa

Rubens Andrade Mestre em Ciências JurídicoEmpresariais pela Universidade de Coimbra - Portugal e Diretor da Rubens Andrade Advogados.

Quando os bens do empresário respondem pelas dívidas da empresa? Colaboração: Roberta Piazzi

Dúvidas quanto à responsabilidade pelo pagamento das dívidas da sociedade são recorrentes entre os empresários. Mas o que fazer quando se percebe a invasão de seu patrimônio pessoal em virtude de dívidas sociais? Primeiro é necessário estabelecer que a sociedade não se confunde com seus sócios, já que as pessoas jurídicas são dotadas de personalidade própria, com capacidade para estar em juízo e titularizar direitos e obrigações. Essa distinção denominada “personalização das sociedades” traz como consequência a autonomia patrimonial, que é a segregação entre o patrimônio da sociedade e o dos sócios. Dessa forma, no caso de inadimplemento das obrigações contraídas pela sociedade, os bens desta é que devem responder ilimitadamente.

Quando posso ser responsabilizado pelas dívidas sociais? A autonomia patrimonial traz uma irresponsabilidade relativa dos sócios para com as obrigações sociais, a qual pode ser vista em casos excepcionais em que o patrimônio pessoal é atingido, incluindo quando se assume as dívidas de forma solidária: • Quando não há limitação da responsabilidade dos sócios, como nas sociedades simples, a regra é que ele responda pelo pagamento caso a sociedade não tenha patrimônio suficiente; • Nas sociedades em que há limitação da

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responsabilidade, como nas limitadas, ocorrerá quando os sócios utilizarem da personalização de modo abusivo, desvirtuando a finalidade da sociedade ou causando confusão patrimonial. Nestes casos, poderá ser afastada a personalidade jurídica para determinadas obrigações, de modo que o patrimônio dos sócios seja atingido.

O que posso fazer para proteger meu patrimônio? Primeiramente deve-se procurar uma assessoria jurídica especializada para adoção de medidas necessárias sobre a invasão indevida, já que as soluções jurídicas variam de acordo com cada caso. Além disso, é importante que se avalie a necessidade de contratação de uma assessoria permanente, para a minimização dos riscos. A atuação do jurídico se dará com a reformulação dos contratos, orientações relativas ao procedimento com os consumidores, implantação de planejamentos tributários, dentre outras medidas preventivas que visam o crescimento seguro e o sucesso do negócio.


Coluna advogado

Proteção previdenciária do empresário

O direito brasileiro conhece dois regimes previdenciários distintos: o regime geral de previdência social (RGPS), a cargo do INSS e que abrange toda a iniciativa privada, inclusive os empregados e dirigentes de empresas (como sócios gerentes e diretores não empregados) e o RPPS, que alcança os servidores públicos ocupantes de cargo efetivo. Pode-se dizer que o servidor público efetivo pode até aposentar-se, de fato, quando deixar o serviço público, porque seus proventos de aposentadoria têm teto máximo bem diferente daquele estabelecido pelo RGPS. Mesmo com as reformas no RPPS, que culminaram com a extinção da integralidade e da paridade, o servidor público ainda tem um teto remuneratório bem superior ao da iniciativa privada. Já os segurados do RGPS, dentre eles os empresários, não podem se conformar, muitas vezes, com os modestos proventos de aposentadoria. Sabe-se que atualmente o teto máximo dos benefícios previdenciários é de R$ 4.157,05 e, é sabido, dificilmente se consegue aposentar com esse valor, especialmente por tempo de contribuição, onde o fator previdenciário reduz drasticamente a aposentadoria dos mais jovens. Dessa forma, geralmente o empresário se aposenta bem abaixo do teto, mesmo quando contribui sobre o máximo. E, depois de aposentado, passa a ganhar menos, em números de salários mínimos, porque a cada ano o salário mínimo tem reajuste superior ao dos benefícios previdenciários. Fica extremamente difícil, assim, para o empresário manter o seu padrão de vida quando, efetivamente, resolva deixar suas atividades. Por isso, não são poucos os que se aposentam mas não deixam de exercer suas atividades. Para suplementar proventos de aposentadoria, surgem os meios alternativos de

Jorge Franklin Alves Felipe J. Franklin Advocacia

renda permanente, destacando-se as aplicações em imóveis, a fim de poder auferir rendimentos provenientes de aluguéis, bem como de previdência complementar, a cargo das entidades abertas ou fechadas de previdência.

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Colunado Coluna

RH contador

Erik Costa Cruz e Reis Professor de Direito Constitucional e Tributário

Os abusos na criação de obrigações aSSessórias Questão que vem preocupando escritórios de contabilidade e contribuintes são as chamadas obrigações acessórias, que instituem deveres de prestar declarações e outras práticas com o objetivo de aparelhar o Fisco com informações acerca da apuração e recolhimentos de tributos. A lógica é tão simples quanto perversa. O Estado-Fisco necessita colher dados junto aos contribuintes a fim de verificar o cumprimento da obrigação principal, que é o pagamento de tributos. Para tanto, ao invés de colhê-los por iniciativa própria, os agentes fiscais cada vez mais têm se valido da criação de inúmeras obrigações instrumentais. E são tantas que todo o espaço deste texto seria insuficiente para enumerá-las. Criados à margem da Lei, tais deveres são fruto dos gênios ficais que arquitetam nos gabinetes mirabolantes “sistemas de informações” desenvolvidos com sofisticados aparatos tecnológicos, que acumulam sem que se pondere os custos envolvidos e a real necessidade. O problema se tornou crônico principalmente a partir da consolidação, na jurisprudência dos tribunais, de que tais deveres podem ser criados por simples atos administrativos, não necessitando de Lei, em sentido estrito. Isto porque o Código Tributário Nacional, de 1966, prevê que tais obrigações decorrem da “Legislação Tributária” e estabelece que o termo compreende não apenas as Leis, sujeitas ao processo legislativo, mas também as normas infralegais. Com isso, admite-se a instituição de novas obrigações acessórias por meio de Instruções Normativas

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e outras espécies atípicas nos regimes democráticos. A consequência é grave. Exércitos de funcionários exaustivamente treinados para tentar compreender as exigências, além de maciços investimentos na aquisição de equipamentos e softwares. Ainda assim, não raras vezes, atônitos, contribuintes recorrem aos plantões fiscais para esclarecer dúvidas, e retornam ainda mais perplexos, pois nem mesmo os próprios agentes fiscais estão aptos a dirimi-las. E mais. As esferas estatais não se comunicam com efetividade e os contribuintes se vêem na contingência de satisfazer as exigências da União, dos Estados e dos Municípios, e cada qual cria, a seu talante, as obrigações que julgam convenientes. Assim, não obstante a alta carga tributária nacional, as obrigações formais agravam este quadro, ainda mais se considerarmos as multas astronômicas imputadas caso as empresas não satisfaçam as exigências engendradas nas repartições públicas. É preciso que as entidades civis organizadas, Sindicatos de Contabilistas, OAB e demais órgãos interessados se mobilizem para compelir as Receitas Federal, Estaduais e Municipais a racionalizar e reduzir a quantidade sufocante de obrigações acessórias. Do contrário, em breve assistiremos a um tempo em que as obrigações acessórias se tornarão a principal fonte de receita – via imputação de multas – para o Fisco, e a obrigação dita principal será um mero acessório.


Coluna RH

A importância do

gerenciamento de conflitos Os conflitos existem desde que o homem começou seu processo de interação com o outro. E hoje não menos que antes, há conflitos por todos os lados, seja no campo pessoal quanto no profissional. É um fato que ocorre com bastante frequência em nossas vidas e muitas vezes a origem dos conflitos, bem como suas consequências, são advindas de um não saber gerenciá-los. Parte de nossos conflitos particulares advém do campo profissional e que não são bem administrados nem por nós e nem a quem compete, e esse mau gerenciamento irá influenciar de forma global nossas vidas.

Michelle Ronzani Cunha Recursos Humanos Sindicomércio - JF

Cabe ao gestor de Recursos Humanos trabalhar os conflitos da empresa, mas isso não restringe apenas ao profissional de RH, mesmo porque a aptidão de resolução de conflitos é algo exigido para qualquer profissional, porque temos que ser capazes de realizar autogestão. Portanto cabe aos administradores, gerentes, diretores saber gerir conflitos dentro de suas empresas. Cabe a esses profissionais o feeling circunstancial do que se passa debaixo de seus olhos. Um gestor precisa ter a sensibilidade de perceber se está havendo conflitos dentro de sua empresa, seja ele de ordem interna entre seus colaboradores ou externo com seus fornecedores, e inclusive saber correlacionar possíveis improdutividades e queda na lucratividade com tais conflitos. Vale ressaltar que se torna importante avaliar todos os fatores organizacionais como o tamanho da empresa, área de atuação, tipo de gestão, objetivos organizacionais, missão, valores e estrutura. A gestão de conflitos é algo que necessita de cuidados e atenção porque o conflito uma vez instaurado, e não tratado, tende a causar grandes danos como redução da produtividade através da desmotivação, absenteísmo e rodízio de funcionários, e consequentemente afetará a lucratividade e a rentabilidade institucional. Realizando uma gestão de conflitos eficiente, tornará sua empresa mais eficaz, onde seus colaboradores saberão que os problemas internos serão mediados, se sentirão mais seguros e confiantes, proporcionando um melhor ambiente de trabalho e diminuindo a geração de conflitos desnecessários e improdutivos.

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Artigo especial

Frederico Binato Advogado, membro da banca Moura Tavares Advogados

Empresas

familiares e holding

Com o advento do novo Código Civil Brasileiro, o direito sucessório vem causando muitas discussões. Renomados juristas o classificam até como desastroso e de difícil compreensão. De fato, o que se percebe é que tais modificações implicam no afastamento de princípios consagrados quando o assunto trata das relações de família. É o caso da afetação direta da autonomia da vontade. Exempli Gratia está no chamado direito concorrencial na sucessão com sinais claros de modificações na cadeia sucessória. Questões relativas à união estável também sofrem as consequências com tratamento diferenciado ao companheiro. Tudo isso, potencializa-se na medida em que se pretende discutir a sucessão e o planejamento sucessório no âmbito das empresas familiares, o que explica um maior número destas na busca pelo planejamento sucessório. É sabido que os negócios podem ir bem, porém, quando o assunto diz respeito à possibilidade de se perpetuar o trabalho de uma vida inteira, esbarra-se em dois “mitos”: a morte e a capacidade de sucessão dos herdeiros. Sim, é difícil lidar com tal previsibilidade, assim como o é tratar com os herdeiros em casos desse jaez, porquanto não preparados o suficiente para que a realidade seja posta em discussão.

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Todavia, o que temos percebido ultimamente é a procura por parte do empresário em buscar uma solução para esse conflito que é planejar a sua sucessão. E isso é salutar, mas demonstra um nível de prudência comum aos países anglo-saxões e europeus. É cediço que a chamada proteção patrimonial visa, dentre outras coisas, dar ao empresário a tranquilidade para que a sua sucessão seja feita de forma pacífica e segura, sem fazer quaisquer manobras societárias e contratuais que visem esse ou aquele tributo. Trata-se de questões que podem levar a uma economia tributária, como corolário de uma estrutura planejada dentro do ordenamento jurídico, visando à prevenção e à proteção do patrimônio. Esse caminho passa endogenamente pelo conhecimento das formas de responsabilização da empresa, com eventuais consequências perante a Fazenda Pública, bem como pela responsabilização no pagamento de dívidas. Em síntese, deve-se conhecer tanto as causas que levam e induzem ao surgimento e ao fechamento da empresa, tal qual se conhece o próprio negócio. As empresas familiares, ao lançarem mão do planejamento sucessório, estarão menos vulneráveis às brigas familiares, podendo, inclusive, terceirizarem a gestão. Portanto, quando se pretender “criar” uma holding é essencial que antes sejam estudadas e esclarecidas suas vantagens e desvantagens. Nossa larga experiência no trato com a questão é um alerta constante quando o assunto é a participação de uma sociedade no capital de outras em níveis suficientes para controlá-la. Parafraseando o filósofo Nietzsche, segundo o qual “não se aprende a voar voando”, podemos dizer que não se perpetua não se planejando.


NOTÍCIAS

Sindicomércio-JF lançará selo personalizado

Como parte integrante das comemorações de seus 60 anos, o Sindicomércio-JF lançará, em parceria com os Correios, um selo personalizado alusivo à data a ser utilizado em todas as correspondências emitidas pelo Sindicato. A data do lançamento ainda não foi definida. O selo personalizado é um produto filatélico composto por um selo base com valor facial vinculado à tarifa postal e uma vinheta destinada à impressão de uma foto ou imagem. No caso do Sindicomércio, o selo trará as montanhas e a bandeira de Minas Gerais, ladeadas pela logomarca especialmente criada em homenagem aos 60 anos do Sindicomércio-JF. O selo não será vendido nos Correios, sendo utilizado somente pelo Sindicato.

História

O Sindicomércio-JF foi criado em 7 de julho de 1953 por um grupo de comerciantes lojistas interessados na superação das dificuldades que afetavam o setor, procurando buscar a retomada do desenvolvimento empresarial e, também, promover a integração do segmento para o incremento e aprimoramento de seus negócios. Entretanto, no início, a entidade era conhecida como “Associação Profissional do Comércio Varejista de Juiz de Fora”. O nome Sindicato do Comércio Varejista de Juiz de Fora (Sindicomércio-JF) seria adotado em 19 de janeiro de 1954 após o reconhecimento junto ao Ministério do Trabalho.

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notícias

O trabalho do

COACHING no gerenciamento de carreiras

O gerenciamento de carreiras tem sido uma das modalidades mais procuradas para quem quer crescer na profissão. Para tanto, a procura pelo coaching aumenta a cada dia e os resultados não tardam a aparecer. O coaching é uma metodologia de desenvolvimento humano, que disponibiliza ferramentas e técnicas para autoconhecimento, melhoria de performance, mudança de visão e comportamento. A ferramenta surgiu na Europa, mas ganhou maior visibilidade nos Estados Unidos, a partir de sua utilização no mundo dos esportes. O coaching é um processo definido com um trabalho realizado em conjunto pelo coach (profissional ou treinador, numa tradução literal) e o coachee (cliente) para atingir a um objetivo. O coach auxilia o coachee na definição de suas metas profissionais, por meio de reflexões e posterior análise das opções e da identificação e uso das próprias competências. O coaching também colabora para que o coachee adquira novas competências, além de perceber, reconhecer e superar as crenças limitantes e os pontos de maior fragilidade.

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Especializada em programas de desenvolvimento humano e comunicação empresarial, Izabel Cordeiro, explica que “qualquer pessoa pode submeter-se a um programa de coaching, desde que tenha bem claro seus objetivos pessoais ou profissionais. O coaching orienta o coachee a entender seu momento atual, identificar suas competências e potenciais, bem como seus gaps (lacunas) e, a partir disso, o coach traça um programa e disponibiliza ferramentas para trabalhar a otimização das competências e potenciais, e anular ou eliminar a ação dos gaps”. “Uma das coisas mais importantes para o sucesso de um programa de coaching é a clareza de objetivos e isso se aplica também para a vida profissional. Se uma pessoa tem claro em sua mente quais são seus objetivos profissionais e o que o motiva a tais conquistas, facilmente ela poderá submeter-se a um Programa de Coaching, no qual o coach poderá orientá-lo quanto aos caminhos que poderão ser percorridos e de que forma”, completa. A Master Coach credenciada pela International Coaching Federation (ICF) e especialista em comunicação tridimensional e consultora organizacional na área de gestão de pessoas Joana Darc Silva destaca que “é importante dizer que o coaching não faz milagres. É uma metodologia que tem caráter transformacional e, como tal, precisa de tempo para sua prática e para sedimentação das mudanças que se busca. O papel do coach nesse processo é de orientação, esclarecimento e acompanhamento. Apenas o coachee tem condições de promover as mudanças que deseja, através da assimilação das técnicas, da prática dos exercícios propostos e da disposição para aceitar e promover essas mudanças. Costuma-se dizer que o Programa de Coaching é um trabalho de parceria, onde o coachee executa e o coach conduz e orienta”.


Artigo

REGULARIDADE FISCAL X PAGAMENTO POR PARTE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA A Lei Federal nº. 8.666/1993, conhecida como Lei de Licitações, estabelece que todos os interessados em contratar com a Administração Pública precisam cumprir as condições elencadas em seus artigos 27 a 31. As referidas condições são aferidas na fase de habilitação1 e servem para verificar a possibilidade ou não do particular apresentar sua proposta e assim, efetivamente, participar ativamente do certame licitatório. Dentre as condições citadas, destaca-se aquela prevista no artigo 29, III da Lei 8666/93, relativa à comprovação da regularidade fiscal, foco único desse breve estudo. Ao realizar uma simples leitura do dispositivo mencionado, compreende-se que a comprovação da regularidade fiscal é condição sine qua non para a contratação do particular pela Administração Pública, sendo notória a inexistência, no artigo invocado, de qualquer vinculação entre regularização fiscal e o respectivo pagamento por serviços já executados e/ou fornecimento já entregue. Importante destacar que a prática de qualquer ato pela Administração Pública está, intimamente, vinculada ao Princípio da Legalidade, só podendo esta fazer o que a lei expressamente autorizar ou determinar. Nesse mister, o artigo 37, XXI2 da CF/88 prevê que nos contratos firmados pela Administração Pública deverá constar cláusula, específica, objetivando que o particular mantenha as condições efetivas da proposta durante toda a vigência contratual, previsão esta também assegurada pelo disposto no artigo 55, XIII da Lei de Licitações. Apesar de estabelecerem a necessidade de manutenção das condições efetivas da proposta, os artigos já referidos não dispõem, em nenhum momento, sobre a pena a ser imposta ao contratado pelo não adimplemento de tal obrigação, razão pela qual deve-se aplicar, neste caso, o disposto no artigo 87 da Lei nº. 8666/933 , por ser este o dispositivo a reger os casos de descumprimento dos contratos administrativos. Portanto, não há na legislação vigente e aplicável aos contratos firmados pela Administração Pública 1 Na fase de habilitação, a Administração Pública afere se o particular possui condições técnicas, jurídicas e/ou financeiras de ser contratado e executar o respectivo objeto. Assim, é entendida como fase preparatória e, portanto, anterior à contratação. 2 “Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...) XXI - ressalvados os casos especificados na

Gustavo Henrique Vieira MBA em Direito Tributário pela FGV, Especialista em Direito Público pelo Centro Universitário Newton Paiva e sócio do escritório A. Vieira Advogados

qualquer previsão de retenção de pagamento por serviços já executados e/ou fornecimento já entregue. Apesar da inexistência de previsão legal, alguns entes da Administração Pública, de forma ilegal e absurda, vêm interrompendo processos de pagamento em razão da ausência da comprovação de regularidade fiscal, sob a justificativa de que o contratado deve, por determinação legal, manter as condições de habilitação durante toda a vigência do contrato. Não raras vezes os pagamentos são suspensos, mas a execução do objeto não, demonstrando a má-fé do gestor. Contudo, como já visto anteriormente, na hipótese do contratado descumprir o disposto no artigo 55 da Lei de Licitações, imperativo se torna, após respeitado o contraditório e a ampla defesa, a aplicação das penalidades elencadas no artigo 87 da mesma Lei, dentre as quais inexiste a retenção de pagamento. Tal entendimento é corroborado pelo colendo STJ4 e pelo Tribunal de Contas da União5. A interpretação do STJe do TCU, como aqui defendido, decorre da compreensão de que a retenção do pagamento, em caso de não apresentação da certidão negativa de débitos, equivale a uma penalidade não insculpida no artigo 87 da Lei de Licitações, e, como tal, submetese ao Princípio da Especificidade, sendo, portanto, vedada a sua realização. Por certo, caso a Administração Pública entenda ser correta a retenção de qualquer pagamento por serviços já executados e/ou fornecimento já entregue, caracterizado estará o seu enriquecimento ilícito e a consequente ilegalidade do ato, haja vista o flagrante desrespeito ao Princípio da Legalidade, diante da inexistência de fundamento legal para subsidiar a sua prática, podendo, assim, os contratados que se sentirem lesados se socorrerem ao Poder Judiciário para que seus direitos sejam, efetivamente, resguardados, inclusive, com eventual ressarcimento de prejuízos causados a teor do que dispõe o art. 37, §6º da CF/88, e do art. 43 do Código Civil, não se afastando outras hipóteses EFICAZES de cobrança administrativa.

legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.” 3 Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:

I - advertência; II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato; III - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos; IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o contratado ressarcir a Administra-

ção pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior. (...) 4 AgRg no AREsp 277.049/DF, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 12/03/2013, DJe 19/03/2013 e AgRg no REsp 1313659/RR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 23/10/2012, DJe 06/11/2012. 5 Acórdão n.º 964/2012-Plenário, TC 017.371/2011-2, rel. Min. Walton Alencar Rodrigues, 25.4.2012.

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Beber regularmente de modo excessivo está relacionado com aumento do risco de acidentes, problemas familiares, de saúde, além de dificuldades na escola e no trabalho. Assim como o álcool, outras drogas permeiam a sociedade. O problema pode ser temporário, causado por alguma desilusão amorosa, por exemplo, mas pode representar dependência. Como identificar a diferença e até quando vale à pena investir em um funcionário que apresenta este tipo de problema? A psicóloga especializada em dependência química Maria José Figueira Pereira, com 16 de atuação na área, afirma que o alcoolismo é, sem dúvida alguma, o problema mais comum, além de ser a porta de entrada para outras drogas, mas o uso do crack tem crescido de forma bastante incisiva nos últimos anos. De acordo com Maria José, a análise de até quando vale à pena investir num funcionário que apresenta envolvimento com álcool ou outras drogas é muito empírica. Em geral, o funcionário bebe muito no final de semana e, frequentemente, na segunda-feira produz menos ou falta. Para Maria José, esta questão do absenteísmo (falta de assiduidade e compromisso com as obrigações), com a apresentação de repetidos atestados, principalmente de problemas gástricos, pode ser um indicativo de que há um problema. O empregador precisa avaliar se, no todo, o funcionário é bom no que faz, tem um bom trato com o público e dá bons resultados nas vendas. Maria José destaca que, antes de mais nada, é preciso identificar se o funcionário é um dependente ou um “bebedor pesado” (aquele que bebe

Psicóloga especializada em dependência química Maria José Figueira Pereira

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grande quantidade num final de semana ou numa festa, por exemplo) ou de alto risco de dependência, o que pode ser feito por meio de testes, como o Audit para álcool, que é muito simples e que pode ser aplicado facilmente, e o Assist, para álcool e outras drogas, que podem ser encontrados no site www.informalcool.org.br. Importante é que, identificado o problema, o funcionário passe por uma avaliação para detecção do nível em que se encontra em relação ao beber. No caso de dependência, que ele seja encaminhado para tratamento, mas com o cuidado de não estigmatizá-lo, pois ele pode ser apontado pelos companheiros como alguém que tem um problema e isso pode ajudar a resolver de fato a situação. O empresário tem que compreender também que o funcionário pode precisar sair do trabalho para ir às consultas. Para quem tem plano de saúde, o melhor é buscar um clínico geral, que possa diagnosticar o problema e encaminhar para tratamento. No SUS, o funcionário deve buscar as Unidades de Atenção Primária à Saúde (UAPS) nas quais há profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos, que vão encaminhá-lo para o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Outras Drogas (CAPS AD) para tratamento específico. Se houver necessidade, o médico irá receitar medicamentos para ajudar a lidar com a abstinência. O advogado e professor universitário Alexandre Bonoto esclarece que “a Consolidação das


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Alexandre Bonoto Advogado e professor universitário

Leis do Trabalho (CLT) em seu artigo 482, alínea ‘f’, elenca como caso de demissão por justa causa a embriaguez habitual ou em serviço. Contudo a jurisprudência tem sido mais benevolente com o empregado e o entendimento que a embriaguez habitual deve ser considerada uma doença tem ganhado força. O mais correto é observar as condições individuais, se a embriaguez, ainda que esporádica pode ser notada no local de trabalho, atrapalhando o funcionamento da empresa, o empregado deve ser advertido, suspenso (ad cautelam - uma vez que a CLT não obriga tais procedimentos), e apenas posteriormente demitido. Cabe observar que o alcoolismo crônico, considerado doença, e que é habitual, não é motivo de dispensa do empregado por justa causa, mas pode, em alguns casos, provocar o afastamento para tratamento de saúde, ou a demissão sem justa causa.

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Alguns problemas são inerentes a qualquer atividade empresarial, como a produção de lixo formado por resíduos sólidos. Quando descartados inadequadamente, eles se tornam um grande problema. Entretanto, se bem gerenciado, o lixo produzido pelo setor comercial, como plásticos, papelões, papéis de escritório e eletrônicos pode até representar lucro para as empresas. A gestora ambiental Adriana Guarçoni Limonge afirma que “não existe estimativa para a geração de resíduos em um pequeno comércio, mas leva-se em consideração que, independente do produto vendido, recebem muitas caixas de papelão e plásticos que embalam as mercadorias compradas. Percebemos no Centro da cidade uma grande geração desse resíduo para ser descartado de maneira indevida, pois, nesse caso, o papelão e os outros materiais recicláveis são coletados junto com o lixo comum e levados ao aterro sanitário, diminuindo sua vida útil e desperdiçando recursos naturais. Apesar de existir uma lei que trata do assunto desde 2010 (Lei nº 12.305 - Política Nacional de Resíduos Sólidos), não vemos em muitos municípios, inclusive o nosso, empenho por parte dos governantes para que seja respeitada”.

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Adriana explica que a separação correta dos resíduos para posterior comercialização pode render lucro para o comerciante, ou seja, somando o resultado de pequenas vendas semanais ou mensais, o valor no final do ano pode ser significativo e ajudar, por exemplo, na festa de confraternização da empresa ou virar bônus para os funcionários responsáveis. Para tanto, é preciso separar os resíduos por tipo, como plásticos transparentes, rígidos, papéis comuns, e papelões de maneira organizada e, se possível, identificada com placas para facilitar aos colaboradores manter a organização no local. Para a comercialização, pode-se criar um espaço comum para que vários comerciantes guardem os resíduos que serão vendidos (algum espaço desativado, galpão, etc), ou pode-se vender em pouca quantidade (nos galpões do Centro que compram esses resíduos). Adriana informa que “em Juiz de Fora existem empresas que compram esses resíduos. No Centro, há galpões que também trabalham em parceria com catadores de materiais reciclados que podem comprar dos comerciantes. O preço pago para o tipo de resíduo varia de acordo com a oferta/procura. Em média, o quilo do papelão e papel comum custa R$ 0,12, o do plástico filme, R$ 0,60, e o do plástico rígido, R$ 0,35. Se visto de forma isolada, o valor pode parecer pouco, mas com o volume estes valores crescem bastante”. “Caso o comerciante não queira ter um trabalho adicional, outra alternativa é fazer contato com a Associação de Catadores de Juiz de Fora e doar todo o material diariamente ou em dias a serem combinados.O importante é que cada um reconheça seu papel junto à sociedade no sentido de promover a sustentabilidade e a responsabilidade social”, completa Adriana.


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Embora seja conhecido como o “mês das noivas”, maio já não é a época com mais casamentos no Brasil, tendência que se repete em Juiz de Fora. Os especialistas garantem que setembro é o novo maio, tendo se tornado o mês preferido das noivas, seguido de perto por outubro. A tradição de maio como “mês das noivas” começou na Europa, porque lá maio é o mês de abertura das flores. Além disso, há muitos séculos, quando não existiam banheiros e muito menos chuveiros elétricos ou a gás, era nesta época que o tempo esquentava, a neve derretia, e as pessoas tomavam o primeiro banho do ano. Com isso, as mulheres escolhiam esse período para se casarem limpinhas e cheirosas. No Brasil, entre as principais vantagens de setembro estão a temperatura mais agradável e o começo da primavera, que deixa as flores mais bonitas e também mais baratas. Quem se casa 15 dias antes ou 15 dias depois do Dia das Mães, por exemplo, pode pagar até 200% mais pela decoração. Em setembro, também chove pouco e o mês ainda é considerado pelo setor hoteleiro como baixa temporada, aumentando as chances de aquisição de um pacote de viagem de lua de mel. Mas há também desvantagens, como aumento no preço dos diversos fornecedores e a concorrência para conseguir a tão sonhada data. A escrivã do Cartório Villela, Yandra Cristina Esteves Genevain, confirma que, segundo dados recolhidos em pesquisa feita pelo Cartório, o mês de maio não tem sido o mais procurado pelos noivos para fins de casamento no civil. Segundo os números, a procura pelo mês de setembro tem crescido significativamente, roubando a cena do famoso mês das noivas (veja Box). Margô Guimarães, proprietária da Tatiana Noivas, diz que hoje maio é o mês das mães e não mais o das noivas. “Hoje pesa muito o fator econômico e, em maio, os custos são mais altos por causa da decoração. A maioria das nossas noivas

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Fotos: Thiago Soares


está frio e, por ser Mês de Maria e com o Dia das Mães, a decoração fica muito mais cara. Hoje, os jovens têm outra cultura, eles querem se casar na primavera”, diz. Célia exemplifica, revelando que em maio deste ano havia nove noivas fazendo vestidos na loja e, em setembro, serão 20.

Fonte: Cartório Vilela

vão se casar em setembro, por causa da primavera, junho, julho e janeiro, por causa das férias, nesta ordem”, afirma Margô. “Comparando maio e setembro, o número de noivas aumenta cerca de 20%”, completa. Sócia da Casa das Noivas, Célia Maria Campos Amaral afirma que esta tendência mudou, e drasticamente, há cerca de três anos. “Maio não é mais o mês das noivas e sim setembro. Em maio,

Fotos: Thiago Soares

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O brasileiro tem por hábito dizer que ganha mal, independentemente do valor do seu salário. O fato é que, na maioria das vezes, o dinheiro não chega até o final do mês. O número de famílias endividadas vem crescendo gradualmente. De acordo com a pesquisa “Endividamento e Inadimplência do Consumidor”, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), referente ao último mês de maio, 64,3% das famílias possui algum tipo de dívida, percentual 1,4% maior que no mês anterior (abril). Se compararmos com maio de 2012, esse percentual é 8,4% superior. São inúmeras as causas para o endividamento, contudo um fator se destaca: a má gestão financeira. Culturalmente o brasileiro não tem o hábito de poupar e gasta mais do que ganha. O endividamento gera estresse e insatisfação com o trabalho. Profissionais de RH defendem que o aumento do salário não é uma estratégia eficaz para motivar o trabalhador, porque alguns meses depois ele já se esqueceu de que teve um aumento. O consultor financeiro, Fabrício Soares, explica esta situação. “Quando se tem um aumento na renda, naturalmente buscamos um novo patamar de consumo e o salário que tinha aumentado, já não dá conta de pagar os gastos. Por isso, a educação financeira é fundamen-

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tal para nos ajudar a diferenciar o desejo passageiro de uma necessidade”. Para a professora Ana Lídia Galvão, do curso de Economia Doméstica da Universidade Federal de Viçosa (UFV), o dinheiro não chega até o final do mês porque não houve um planejamento antecipado dos gastos. “Quando não planejamos, temos a ilusão de ter mais dinheiro do que realmente temos. Por consequência, gastamos mais que ganhamos. A poupança deve fazer parte do orçamento, como se fosse uma prestação mensal”, defende. Mesmo que seja pouco, o ideal é sempre poupar uma parte do salário. Assim, fica mais fácil para criar o hábito. É claro que a possibilidade de gastar é tentadora, mas pode nos privar de realizar sonhos maiores como viagens, por exemplo. Além disso, precisamos estar preparados para imprevistos, e, uma reserva, mesmo que pequena, pode ajudar a resolver alguns problemas pontuais. Entretanto, Fabrício defende que a melhor gestão financeira é a busca pelo equilíbrio. “Não podemos ficar aprisionados na ideia de poupar, pois corremos o risco de não aproveitar o hoje. Um bom planejamento financeiro precisa da participação de toda a família”. Ana Lídia compartilha desta opinião e dá algumas dicas: “O planejamento financeiro deve ser detalhado e realista. Precisa estar de acordo com as necessidades da família. Primeiro, coloque no papel todos os gastos, inclusive os menores, pois são estes que corroem o orçamento. Em seguida, determine as prioridades e defina os limites para as contas fixas. Tenha cuidado com os parcelamentos a perder de vista, pois eles se acumulam e facilmente fogem do nosso controle. Todas as contas devem ser pagas em sua totalidade, principalmente os cartões de crédito, que possuem juros altíssimos. Sabemos que o desejo fala mais alto que a necessidade, mas planejar o orçamento doméstico garante maior qualidade de vida”, conclui.


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Grupo “Ofertas de Empregos EM JF” é destaque no Facebook Lançado em dezembro de 2011, o Grupo “Ofertas de Empregos em JF” tem se tornado uma importante opção tanto para quem busca uma nova colocação no mercado de trabalho, quanto para quem está atrás do primeiro emprego. Com mais de 13 mil membros, o “Ofertas de Empregos em JF” é um dos grupos fechados mais atuantes de Juiz de Fora, sendo coordenado pelo Sindicomércio-JF. De acordo com o presidente do Sindicomércio-JF, Emerson Beloti, o grupo tem o propósito de promover e incentivar o emprego em Juiz de Fora. É um espaço aberto para que empresas e pessoas possam se inteirar de ofertas no mercado no que tange à empregabilidade na nossa cidade. A cada mês, a média de solicitações de novos membros é de 800 pessoas. De acordo com a as-

sessora de Recursos Humanos do Sindicomércio-JF, Michelle Ronzani Cunha, são anunciadas cerca de 20 vagas por dia, postadas pelo Sindicato ou por membros do grupo. Michelle explica que o associado procura o Sindicomércio-JF e passa o perfil desejado do profissional que quer contratar. Para cada vaga, são recebidos pela internet, em média, 15 a 20 currículos. O RH faz as entrevistas prévias, realiza dinâmicas e procedimentos psicológicos padrão, e depois encaminha os pré-selecionados para o lojista, que dá a palavra final na contratação. Toda a participação no grupo é gratuita.

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A Lei Complementar nº 128 criou em 19 de dezembro de 2008 a figura jurídica do Micro Empreendedor Individual (MEI). Além de oferecer garantias e condições especiais ao trabalhador, a lei tem por objetivo legalizar as atividades até então realizadas informalmente. A proposta do Governo Federal deu certo e hoje, os MEI já somam mais de 3 milhões de empresas, segundo estatísticas do Portal do Empreendedor. De acordo com os dados divulgados pelo Sebrae, em junho deste ano, Minas Gerais tem mais de 320 mil MEI, o que representa um crescimento de 19% nos últimos 12 meses. Segundo o mesmo estudo, Juiz de Fora está acima da média do estado, com um crescimento de 22%. Desde junho de 2012, foram registrados na cidade 1612 novos Micros Empreendedores Individuais. Entretanto, esses novos empreendedores vêm passando por

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dificuldades, principalmente relacionadas à gestão financeira do negócio. No Brasil, a inadimplência chegou a 49,03% e, em Minas, 43,02%. Na Zona da Mata mineira, a porcentagem é menor, porém ainda alarmante, 39,9%. A inadimplência deve ser entendida como não cumprimento das obrigações acessórias, seja no não pagamento de tributos ou na entrega fora do prazo de declarações. Mas o que isso quer dizer? Sem dúvida, o despreparo gerencial dos novos empreendedores é evidente. Como o processo foi demasiadamente simplificado, a ponto de ser realizado pela internet, o empreendedor julgase preparado para assumir e gerenciar o próprio negócio, sem buscar nenhuma capacitação ou orientação profissional. Normalmente, a vontade de começar as atividades atropela a necessidade de planejamento e amadurecimento das ideias. Um dos assuntos mais polêmicos da Lei Complementar nº 128 diz respeito a não obrigatoriedade dos MEI em dispor de uma assistência contábil. Apesar de ser facultativa, a assessoria contábil é fundamental para qualquer negócio, principalmente quando o empreendedor não tem qualquer experiência ou conhecimento de gestão contábil. Outra questão para refletir é o futuro do negócio. Os Micros Empreendedores Individuais tem por limite o faturamento anual de 60 mil. Isso significa que para crescer, cedo ou tarde, o empresário vai precisar de uma assessoria contábil. Com certeza muito mais fácil desenvolver uma empresa quando podemos contar com o apoio de profissionais qualificados. Aquele que busca qualificação e planeja todas as etapas do negócio tem mais chances de sucesso. Para prosperar é necessário estar atento às demandas e tendências do mercado, ir em busca a todo tipo de informação que possa ser pertinente para o negócio, seja no presente ou num futuro próximo.


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A inserção de novas tecnologias no comércio pode representar um aumento significativo na produtividade, redução de custos e melhoria no atendimento. A modernização dos negócios se faz cada vez mais necessária diante das exigências do mercado. Ter um produto de qualidade já não é suficiente. É preciso ser competitivo e sustentável e, neste contexto, o uso da tecnologia é essencial. Existem duas frentes possíveis de investimento em tecnologia: a primeira tem por objetivo otimizar os processos, tornando-os mais rápidos e práticos. O tempo em que os controles financeiros eram feitos manualmente ou em planilhas de Excel acabou. Há diversos programas no mercado que controlam automaticamente as entradas e saídas de mercadorias, bem como geram relatórios de lucratividade por produto, indicam quais itens devem ter maior exposição e o desempenho das promoções por um determinado período. A segunda vertente tecnológica, que vem ganhando espaço no mercado, é o uso de dispositivos móveis tanto para vender quanto para se relacionar com o cliente. Atualmente, boa parte dos consumidores consulta sites da web para comparar preços, verificar a localização das lojas e saber sobre outros produtos e serviços, mesmo que já tenham decidido o quê e onde comprar. Assim, para atender essas novas demandas, ter um site e/ou uma loja virtual (e-commerce) tornou-se fundamental. Como citado acima, a tecnologia também pode ser usada para se relacionar com os clientes. Empresas que investem no contato com seus consumidores antes, durante e depois da compra vêm apresentando resultados superiores às demais, pois conseguem fidelizar um número maior de clientes. Neste caso, o uso estratégico das mídias sociais pode ser um diferencial.

No último NRF Retail’s Big Show, maior encontro internacional do varejo, ficou claro a necessidade de se colocar em prática o que há muito tempo se discute na teoria. O desafio agora é criar e trocar experiências com os clientes, fazê-los se sentirem parte do processo e, principalmente, únicos. Para que isso se realize o primeiro passo é coletar informações. Com estes dados em mãos é possível traçar todo tipo de estratégia de venda e atendimento, bem como prospectar planos para o futuro. Outra desafio é se fazer presente em todos os momentos da vida do cliente, o que é essencial e insubstituível. Para a empresa manter-se presente onde quer que ele esteja, é preciso diversificar os canais de comunicação, usar todos os meios disponíveis para fortalecer a marca e investir, sobretudo, nos dispositivos móveis como o celular. Mesmo que o negócio seja pequeno e o orçamento seja curto, é necessário buscar caminhos para alcançar as metas e, principalmente, conquistar os clientes.

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universo entrevista capa

jurídico Especial

A mão de obra tem sido um dos principais gargalos quando o assunto é qualidade no atendimento nos setores de comércio e serviços. Mas não basta reclamar, na hora da seleção é preciso avaliar bem o perfil do funcionário para que os resultados sejam duradouros. Muitas empresas optam por ter seu próprio setor de recursos humanos (RH). Para aquelas que não têm como disponibilizar este recurso, atualmente, existem inúmeras empresas de seleção de recursos humanos no mercado, mas os preços são proibitivos para vários micro e pequenos empresários. A solução, muitas vezes, acaba sendo o cartaz improvisado colado na vitrine, anunciando as vagas disponíveis. Entretanto, o improviso se estende também na entrevista e na seleção do funcionário e, com isso, a rotatividade da mão de obra tende a ser maior. Preocupado com esta lacuna do mercado, o Sindicomércio-JF montou um setor de Recursos Humanos, oferecendo este serviço de forma gratuita a seus associados. Professora de Recrutamento e Seleção e Pesquisa de Clima Organizacional e Coordenadora dos MBA´s Gestão de Pessoas e Administração Estratégica da Faculdade Estácio de Sá de Juiz de Fora, Lucimar Soares Reginaldo Oliveira, esclarece que, hoje, o RH é denominado Gestão de Pessoas e “cria condições entre as lideranças para que exerçam o papel de gestores não só de processos mas também de pessoas, que são o grande capital das organizações. O setor também administra as potencialidades de processos organizacionais, desenvolve e gerencia planos de carreiras, faz remanejamento de pessoal, estimula e proporciona a integração dos setores, além de elaborar planos táticos e operacionais de recrutamento e seleção, treinamento de pessoal, entre outros, garantindo a viabilidade 28

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Palestra no Sindicomércio com o palestrante Felipe Alvim

dos processos para um bom andamento e produtividade das organizações, como propiciar um local agradável para o colaborador”. De acordo com a coordenadora do Departamento de RH do Sindicomércio, Michelle Ronzani Cunha, por ser uma área relativamente nova, em muitas empresas, o RH é confundido com o Departamento Pessoal (DP). Entretanto, o DP trabalha com a parte burocrática relativa à legislação trabalhista e previdenciária, elabora a folha de pagamento, registros na Carteira de Trabalho, calcula guia de FGTS, INSS, cuida da parte admissional/demissional. Já o RH é voltado para as pessoas da organização, faz entrevista de admissão e demissão, acompanha o desempenho dos colaboradores, trabalha para desenvolver não somente processos

mas as pessoas, já que são elas o grande diferencial nas organizações”. O professor de disciplinas como Administração de Cargos e Salários, Recrutamento e Seleção, Treinamento e Desenvolvimento, Administração de Recursos Humano da Facsum e professor da Pós-graduação em Gestão de Pessoas do Instituto Granbery, Altamiro Daniel de Jesus, prefere enfatizar não as diferenças e sim a interdependência e o alinhamento necessário entre o RH e o DP. “As atividades do RH evoluíram e foram gradualmente incluindo novas ferramentas administrativas como recrutamento e seleção, políticas de benefícios e vantagens, sistema de remuneração, comunicação interna, treinamento, avaliação de desempenho e assim por diante”.

A serviço de seus ASSOCIADOS O Sindicomércio desenvolveu um sistema para as pequenas e médias empresas que, por questões financeiras, não possuem um setor de recursos humanos (RH) próprio. Implantado em outubro de 2012, o departamento é coordenado pela psicóloga Michelle Ronzani Cunha e está disponível para atender todos os associados do Sindicato das 8h30 às 18h30, de segunda à sexta-feira. O telefone de contato é (32) 3215-1317. As empresas associadas ao Sindicomércio-JF têm direito a três seleções gratuitas por ano para funções ligadas ao comércio, ao varejo, ao atacado e aos serviços. Acima deste número, é cobrado um valor de R$ 600 por seleção, custo altamente atrativo se comparado com o mercado. Nas empresas de recrutamento, o custo médio corres-

ponde ao primeiro salário do funcionádo Agra e sobre a utilização do Código rio, ou seja, no caso do comércio equide Defesa dos Contribuintes de Minas valeria a, no mínimo, R$ 745. Gerais com o advogado Daniel JanSegundo Michelle, para a contratanotti Lili. Também foram realizados ção, primeiramente, é necessário defiworkshops sobre estratégias de vennir o perfil desejado para a função, dedas com o administrador de empresas terminando quais são os pré-requisitos Felipe Alvim Quinet, e cursos sobre os que se deseja do candidato. O RH faz as fundamentos da gestão condominial, entrevistas, realiza dinâmicas e avaliavoltado para síndicos, administradores ções psicológicas e encaminha os préde condomínios e profissionais da área -selecionados para o empresário fazer de imóveis, em parceria com a Lógica a escolha final. Comunicação. Michelle acrescenta que o RH do Para o presidente do Sindicomércio, Sindicomércio-JF promove, ainda, diEmerson Beloti, este serviço é uma ferversas palestras e cursos para melhoria ramenta de extrema importância para de qualidade de atendimento e perforo pequeno empresário, visto que a mão mance dos funcionários dos setores do de obra contratada por estas empresas comércio e serviços. ganha qualidade, se igualando às méRecentemente, foram oferecidos dias e grandes e empresas na forma do Comércio - Jul/Ago 2013 29 palestras sobre inteligência financeiraConexão mercado de contratações. com o professor de economia Fernan-


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O tempo todo estamos diante de artigos e notícias dizendo que a sustentabilidade das empresas está diretamente relacionada à sua capacidade de inovação. Na maioria das vezes, ideias não faltam, o difícil é tirá-las do papel. A grande diferença entre o empreendedor e uma pessoa “comum” é a habilidade de colocar em prática suas ideias. Mas abrir, ampliar ou diversificar um negócio não é tão simples assim. Estar motivado e preparado para enfrentar os desafios do mercado é o primeiro passo. Lembre-se que o momento mais difícil de um negócio é o começo. Devemos plantar a ideia, ajudá-la a se desenvolver, para aí sim lançar o produto no mercado e depois colher seus frutos. Tenha consciência que o erro faz parte da jornada do empreendedor, então aprenda a lidar com os imprevistos. É preciso ser realista. Os sonhos não se tornam realidade se você não colocar a “mão na massa”. O sucesso é resultado de 25% inspiração, 75% transpiração e 100% atitude.

Então, por onde começar?

Descubra se há mercado para seu produto/serviço. A primeira parte de um plano de negócios é fazer uma análise de mercado, destacando os pontos fortes e fracos do negócio. Assim, será possível saber se o empreendimento é viável. Entrar no mercado oferecendo simplesmente a mesma coisa que todo mundo já oferece é muito arriscado. Tente conhecer tudo o que é possível sobre o negócio e também aquilo que o cerca. Perceba cada detalhe do processo, da rotina de trabalho, do público de interesse e possíveis dificuldades do mercado. Descubra quais habilidades precisará ter domínio para ge-

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renciar o negócio. O conhecimento é fundamental para resolver os problemas do dia a dia. Em seguida, comece a fazer contas. Quanto é necessário para começar a operar? Quais são as despesas fixas e variáveis? Quanto é preciso ter de reserva (capital de giro)? Quanto será necessário vender mensalmente para pagar todas as contas? Faça os cálculos e tenha um controle rígido sobre seus gastos. Vencida essa etapa, pense nos colaboradores que precisará contratar. Quantifique o trabalho, reflita sobre as características e conhecimentos necessários e prepare-se para o processo de seleção. Outro ponto fundamental para início de um negócio é a rede de contatos. Divulgue a empresa e/ou ideia para o maior número possível de pessoas. Invista em marketing e estreite as relações com os clientes e fornecedores. O “boca a boca” é um meio popular e eficiente de fazer contatos.



NOTÍCIAS

O mundo digital é cada vez mais frequente no dia a dia das empresas, mas nem sempre os empresários estão preparados para lidar com todas as suas nuances. A falta de informação pode acarretar uma série de prejuízos, caso os cuidados necessários não sejam tomados na criação e administração dos sites e das contas nas redes sociais. Se houver a dissolução litigiosa de uma sociedade, por exemplo, todo o investimento feito no mundo digital pode ser perdido, caso o sócio autorizado a administrar a parte digital da empresa saia da sociedade e se recuse a fornecer as senhas para o ex-sócio. Os problemas mais frequentes no mundo digital comercial são impossibilidade de registrar o domínio original da empresa, perda de registro por falta de renovação, perda dos e-mails por causa de servidor que não foi pago e perda dos dados de acesso ao registro porque ficou com o funcionário que foi embora. Sócio-proprietário do Grupo Emídia, Diogo Garcia confirma que estes problemas são muito frequentes, principalmente porque não estão dentro da rotina da empresa e são muito técnicos, de conhecimento de poucas pessoas dentro da organização. Garcia alerta que “tanto o domínio do site

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quanto o projeto web são de propriedade da empresa contratante. Exija isso em contrato para evitar futuros problemas, inclusive solicite que o registro de domínio seja feito no CNPJ da empresa ou no CPF do proprietário, nunca deixe em nome da agência web”. Outro conselho é que sempre sejam registrados os domínios .com e o .com.br, para evitar que um concorrente tenha um domínio parecido com o seu. Quanto à administração do site ou das redes sociais, Danilo Martins, Diretor de Relacionamento da Futuro Comunicação, recomenda que “uma página pode ter vários administradores, mas não é o ideal que esses cargos sejam ocupados pelos sócios. Deixar o gerenciamento da página a cargo de um ou mais profissionais qualificados para isso é o que garante que a empresa seja bem representada nas redes sociais. É preciso ter em mente que não basta possuir uma página no Facebook, é preciso que ela seja bem administrada. Do contrário, pode virar um ‘tiro no pé’. Não raro nos deparamos com páginas mal gerenciadas que acabam tornando-se um espaço onde os usuários e clientes publicam várias reclamações e julgam as empresas da pior maneira. Em vez de ser mais uma ferramenta de publicidade positiva para a empresa, torna-se uma mancha na imagem e, quando isso ocorre, reverter a situação pode ser muito difícil e custar grandes investimentos”.


notícias

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NOTÍCIAS

A gestão de um negócio é sempre um desafio, tanto para empresas familiares quanto para as demais. De acordo com a pesquisa Family Business Survey, da Price waterhouse Coopers (PwC), empresa internacional especializada em auditoria e consultoria empresarial, empresas familiares tiveram um desempenho superior no ano passado, devido sua agilidade na tomada de decisões. O estudo foi realizado em mais de 30 países, incluindo o Brasil, e teve como principal objetivo traçar o perfil das empresas familiares, considerando sua infraestrutura, organização e processos. A pesquisa também questionou sobre suas principais dificuldades e desafios para o futuro. Dentre as vantagens apresentadas no estudo, as empresas geridas por famílias se destacam pela agilidade na tomada de decisões, flexibilidade, estabilidade, empreendedorismo, compromisso e confiança. Suas preocupações se concentram na competição de preços e na atual situação econômica do país. Os desafios são múltiplos e estão relacionados principalmente ao crescimento da empresa. São eles: ganho de escala, internacionalização de mercado, obtenção de crédito gestão de competências, retenção de talentos e sucessão de liderança. Este último item vale acrescentar um percentual. Das empresas familiares brasileiras, 31% pretendem passar tanto a propriedade como a gestão de seus negócios para a próxima geração. Mas o que isso significa? Para o empresário Luiz Fernando de Souza Reis, os jovens têm mais opções e oportunidades no mercado. “Na minha geração, os filhos seguiam os passos dos pais. Crescemos juntos com a empresa e assumir os negócios da família era algo natural. Hoje o mercado está mais diversificado e o ensino superior tornou-se acessível. Por isso, existe uma forte tendência de que nossos filhos busquem outras profissões e/ou negócios”, afirma. A família Souza Reis é exemplo de que uma empresa familiar pode dar certo e ser um grande sucesso. “A Superfreios começou com os meus pais, 34

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Família Souza Reis

Sebastião e Maria da Conceição. Depois de alguns anos vieram os filhos. Como eu sou o mais velho comecei primeiro. Em seguida vieram meus irmãos Márcia, Marcelo e Simões”, lembra Luiz Fernando. Segundo ele, o maior desafio é buscar o equilíbrio entre as questões pessoais e profissionais. “As empresas familiares superam melhor as crises porque há uma unidade entre os membros e todos trabalham para atingir um único objetivo”, defende. A família Oliveira Guimarães tem uma história parecida. A loja Eletro Guimarães começou com o pai, Joel de Oliveira Guimarães, há 47 anos. Hoje, os filhos Nélio, Cláudio e Nelinton estão à frente do negócio. “A tolerância é sempre positiva, principalmente quando auxilia na solução de problemas e conflitos”, afirma Nélio.

Família Oliveira Guimarães


notícias

Segundo o empresário, a tendência dos novos negócios é permanecer familiar. “É muito difícil encontrar uma pessoa em que se possa confiar, que esteja realmente comprometida com o crescimento do negócio. Por isso, sou a favor que as empresas comecem e continuem familiares”. Outra família que com muito trabalho conquistou tradição no mercado foi à família Galil. A joalheria já tem 42 anos, mas o entusiasmo pelo negócio continua o mesmo. “Quando a família tem um propósito em comum o negócio tende a fluir com sucesso”, afirma Rogério Galil Silva, marido de Dulcinéia Aparecida e pai de Vinícius. “Aqui, na Galil Jóias, toda a família participa do negócio. Esposa, filho e nora (Telma)”. Segundo Rogério, todos têm responsabilidades a cumprir, assim como um funcionário. “Digo sempre que somos empregados da empresa, por isso temos que obedecer aos horários e satisfazer as metas. Uma empresa familiar tem que ser exemplo de organização”. O empresário defende que a con-

fiança e a estabilidade são os diferenciais de uma empresa familiar. Assim, o laço familiar deve favorecer e fortalecer os valores da empresa, para que juntos seus líderes e toda a família possam construir um caminho de sucesso.

Família Galil

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NOTÍCIAS

Família Galil - Arquivo pessoal

Como forma de combater a criminalidade crescente em Juiz de Fora, onde vêm sendo registrados inúmeros assaltos à mão armada, o prefeito Bruno Siqueira e o comandante da 4ª Região da Polícia Militar, Coronel Ronaldo Nazareth, assinaram, em abril, convênio para instalação de 54 câmeras de monitoramento em diferentes regiões da cidade, no valor de R$ 4 milhões. O “Olho Vivo” é um projeto do governo de Minas Gerais, cujo objetivo é conter o avanço da criminalidade em todo o Estado. Recentemente, o presidente do Sindicomércio-JF, Emerson Beloti, divulgou nota na imprensa cobrando ações mais efetivas por parte da Prefeitura e da Polícia Militar com relação ao sistema de segurança da cidade, principalmente, a falta de policiamento ostensivo no Centro. “Mesmo sendo referência de comércio para Juiz de Fora e para as cidades da região, com alta circulação de valores, a região central continua carente da devida atenção policial, gerando uma sensação de insegurança tanto entre os lojistas quanto entre os consumidores”, alertava Beloti. A chegada do projeto “Olho Vivo” foi anunciada pelo comandante da 4ª RPM e pelo prefeito durante evento na 4ª Região Integrada de Segurança

Prefeito Bruno Siqueira e o comandante da 4ª Região da Polícia Militar, Coronel Ronaldo Nazareth, na assinatura do Programa Olho Vivo em JF.

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Pública (4ª Risp) junto com o lançamento de um pacote de ações para ampliação da segurança pública: o programa “Cidade, Cidadania e Segurança”, que atuará em sete diferentes frentes como Media Training (curso de aprimoramento do contato dos agentes públicos com a imprensa); Rede Mediadora de Conflitos (equipe multidisciplinar atuando em áreas de conflitos); Conselho Municipal de Políticas Integradas sobre Drogas (Compid); Fortalecimento da aplicação do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd); Curso de Pós-graduação Lato Sensu em Segurança Pública e Cidadania (em parceria com a Universidade Federal de Juiz de Fora) e Ação Territorial Integrada, com ampliação do Programa Ambiente de Paz (atualmente nos bairros Benfica e Santa Cruz, com expectativas de implantação na Vila Olavo Costa e no Bairro São Benedito). As câmeras são de alta tecnologia, com infravermelho, gravando em alta resolução, inclusive no escuro, e com giro de 360 graus. O acompanhamento das imagens será em tempo real, no Centro de Operações da PM (Copom). De acordo com levantamento da PM, o videomonitoramento contribuiu para a redução de 30% a 40% nos índices de criminalidade no entorno das áreas com as câmeras. A definição dos locais de instalação levou em conta fatores como alta concentração de pessoas, áreas comerciais e registro de crimes. A previsão é de que o início da instalação ocorra em agosto.


Campanha combate o uso de software

pirata

A pirataria de software no Brasil atinge 53% do mercado. São 2,84 bilhões de dólares gastos com produtos não licenciados em 2011, segundo dados de pesquisa da Business Software Alliance (BSA). Para auxiliar no combate a esse comércio ilegal e conscientizar os empresários, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aderiu à campanha Empreendedor Legal, lançada nacionalmente no dia 27 de março. Além do apoio da CNC, a campanha, que é uma iniciativa da Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), tem, também, o apoio de outras entidades integrantes do Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual (CNCP) e pretende promover a competitividade divulgando a importância do uso de software licenciado pelos empresários brasileiros e do respeito à propriedade intelectual. Para o presidente da Confederação, Antonio Oliveira Santos, o combate à comercialização e ao consumo de produtos falsificados, ou que desrespeitem a propriedade intelectual, é uma das importantes bandeiras da entidade. “A campanha reforça a conscientiza-

ção dos empresários de que a evolução sustentável dos negócios e da própria economia do País não será possível se estiver atrelada a práticas ilegais”, afirma Oliveira Santos. Um portal de denúncia anônima (www.denunciepirataria.org.br) foi criado com o fim de estimular a participação da sociedade. Para Tatiana Abranches, suplente da CNC no CNCP e que representou a Confederação no lançamento da campanha, “o combate à pirataria é um importante passo para a formalização das empresas brasileiras. Afinal, o comerciante, que paga impostos e gera empregos, acaba sofrendo uma concorrência absolutamente desleal”. O secretário Executivo do CNCP, Rodolfo Tsunetaka, vai além e ressalta que o consumidor precisa estar consciente das consequências da aquisição de produtos falsificados: “O benefício econômico de comprar um produto pirata não paga o mal de estar contribuindo para manter um Brasil que ninguém quer: o Brasil da ilegalidade e do trabalho informal”.

encontre os sete erros.

Alguns erros estão nA cArA. outros, não. É fácil esconder algumas práticas de concorrência desleal como, por exemplo, a pirataria de software. empresas que desrespeitam a lei trazem prejuízos para as pessoas, outras empresas e para o país, assumindo riscos de ordem criminal e os impactos financeiros que essa prática acarreta. não importa se você é uma grande empresa ou um pequeno negócio, a concorrência desleal é ruim para todo mundo.

Acesse www.empreendedorlegal.org.br e saiba como se proteger. 1. capacete. 2. Papel no bolso. 3. lápis atrás da orelha, 4. software pirata. 5. empregado não registrado. 6. sonegação de impostos. 7. Desrespeito às leis ambientais. realização:

todos juntos por um Brasil mais competitivo. Acesse www.empreendedorlegal.org.br

Parceria:

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universo

jurídico

Informalidade:

aspectos sociais, políticos e econômicos Colaboração: Gabriel de Andrade Ivo Economista da Fecomércio MG

Existem dois principais motivos para que a informalidade aconteça: a burocracia e os altos custos para abrir e manter uma empresa formal. Muitos brasileiros acabam escolhendo manter o negócio na informalidade, o que prejudica toda a atividade econômica, pois acarreta muito mais problemas que vantagens, penalizando toda a sociedade. A informalidade apresenta entraves sérios ao crescimento e ao desenvolvimento empresarial, pois impede relações comerciais mais estreitas com fornecedores, impossibilita o fornecimento a grandes empresas e ao governo, além de dificultar, principalmente, o acesso a produtos financeiros como empréstimos, financiamentos e a possibilidade de utilizar os cartões de crédito e débito como modalidades de pagamento. A informalidade atingiu, em 2012, um valor estimado em R$ 748,4 bilhões, correspondente a 16,9% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Em 2011, a economia informal correspondia a 17% do PIB, um total de R$ 702,3 bilhões. Em 2003, esse percentual era de 21% do PIB. O comércio é mais afetado pela informalidade, principalmente, segmentos como têxtil, calçados, brinquedos e informática. A alteração deste indicador está diretamente relacionada ao mercado de trabalho e à atividade econômica. Em países desenvolvidos, o porcentual médio da economia informal em relação ao PIB é de cerca de 10%. A expectativa é que o Brasil alcance esse patamar em 2020, o que dependerá de alguns fatores, como a diminuição da burocracia, aumento do nível de escolaridade, crescimento econômico persistente, incentivo governamental e acesso ao mercado de trabalho.

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A informalidade traz prejuízos diretos para a sociedade, com dificuldades nas relações de trabalho, ligação com o crime organizado, além de criar um ambiente de transgressão e estímulo ao comportamento econômico oportunista, com queda na qualidade do investimento e redução do potencial de crescimento da economia brasileira. Além disso, provoca a redução de recursos governamentais destinados a programas sociais, à saúde, à educação e à infraestrutura. Identificar os gargalos que dificultam a formalização em áreas onde há grande concentração de empresas e trabalhadores informais é o principal objetivo na redução da informalidade. O comércio informal reduz a arrecadação do governo, concorre deslealmente com quem busca a legalidade e eleva os impostos do setor formal da economia, para não mencionar outros danos. O problema não é apenas do governo, mas de todo cidadão que abastece esse problema.


universo entrevista

jurídico Especial

Cine Sesc leva a sétima arte para cidades da Zona da Mata Comerciários com mais de 65 anos são reconhecidos pela experiência e comprometimento Desde a sua invenção, o cinema fascina o ser humano. A capacidade que a sétima arte possui de projetar na tela situações cotidianas ou de nosso imaginário, a tornaram uma das mais importantes manifestações artísticas, capaz de difundir ideias e costumes. O Sesc entende que investir na divulgação do cinema faz parte de sua função social, contribuindo para a construção de uma sociedade mais crítica e humanizada. Nesse contexto surgiu o Cine Sesc, projeto que tem como proposta formar um público crítico em relação à cinematografia, exibindo filmes que não estão no circuito comercial e que despertam visões e percepções do mundo e do homem. O Sesc Juiz de Fora participa do projeto e o leva para além dos limites da cidade. Desde o mês de maio, os municípios da região passaram a receber sessões do Cine Sesc em uma programação que se estenderá até o final do ano. As exibições acontecem sempre no último sábado de cada mês. A primeira cidade contemplada foi Lima Duarte, a 71 km de Juiz de Fora. Lá, no dia 29 de maio, foi exibida, na Praça JK, a comédia nacional “Tapete Vermelho”, dirigida por Luiz Alberto Pereira. O público se divertiu com as aventuras de Quinzinho (Matheus Nachtergaele) e seu filho Neco (Vinícius Miranda), para assistir a um filme

de Mazzaropi. As próximas cidades confirmadas que irão receber o projeto são Bicas, em junho; Matias Barbosa, em julho; e Simão Pereira, em agosto. Ao expandir suas atividades culturais para as cidades vizinhas, o Sesc Juiz de Fora atende a um dos objetivos da Diretoria Regional, que é a interiorização das ações do Sesc, levando cultura, saúde, lazer, educação e assistência social às cidades em que não há unidades físicas da instituição.

Cine Sesc levará cultura, saúde, lazer, educação e assistência social a diversas cidades. FOTO: Arquivo Sesc

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A “sorte” para uma empresa

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FOTO:Arquivo Senac

Durante alguns anos percebeu-se que o administrador tinha uma forte tendência de contar com a ”sorte” do seu lado. Porém, não é que ela está “fugindo”. Mas, sim, os negócios que precisam ser diferenciados aos olhos do mercado. O empresário tornou-se um investidor em busca de soluções para evitar o “azar”. Essa busca ou o aprimoramento se dá muitas vezes em função da necessidade de se construir “solução” com base em planejamento, estratégia, tomada de decisão e informações. Todavia, a visão que se tem é que de fato a “sorte” não abandonou os empresários. Ela teve também uma nova dimensão, ou seja, sofreu mutações. O que quer dizer isso? É que a oportunidade de se conseguir bons resultados está pautada na visão de seus administradores que, além da sorte, estão cuidando, de maneira mais assertiva, de suas empresas e de seus investimentos. Dessa forma, o papel do gestor virou muito mais do que simplesmente um agente atento às mudanças. Ele se viu na berlinda das mutações do seu negócio e, assim, está mais atento a tudo que acontece não só em seu segmento, mas, também, no mercado em geral. Os fatos ocorridos em qualquer lugar poderão afetá-lo e deixá-lo em situações muito mais desafiadoras em busca da “sorte”. Por meio da busca pelo conhecimento, informações, técnicas e estratégias, o gestor visa entender melhor sobre marketing, tecnologia, planejamento, gestão de pessoas, logística, cliente, entre outros. Porém, as empresas estão sendo “obrigadas” a traçarem planos cada vez mais ousados para conseguir se posicionar em um mercado altamente competitivo, independente do seu segmento. Muitas vezes, a incerteza paira no ar devido ao que fazer com tanta transformação e desafio. O quê e como decidir? Como estar atualizada? Uma das grandes oportunidades de se pensar e repensar os planos de ação e as estratégias é a

que se atualiza constantemente

José Geraldo Nogueira Instrutor do Senac Juiz de Fora

sinalização do mercado via concorrência. O gestor deve perceber que muitas e muitas empresas conseguem obter retorno sobre seus investimentos devido ao sinal que a concorrência lhe proporciona. A concorrência ficou mais acirrada e, isso, remete ao gestor uma busca constante de adoções de estratégias que culminem em satisfazer os consumidores, impreterivelmente, todos os dias. Não adianta perguntar onde está a “sorte”. Para Las Casas (1997), toda e qualquer organização que se apodera de um projeto mercadológico visa ter o seu foco orientado para o mercado. Marketing e “sorte” podem andar juntos, pois ele começa antes de a empresa apresentar um produto e/ou serviço ao mercado. A ideia é ter “sorte” todos os dias. A fase de atualização é uma constante e deve-se apresentá-la ao mercado, visando dar oportunidades de consumo ao cliente por toda a vida. Aí, sim, podemos dizer que a “sorte” existe todos os dias, ou melhor, que estou com “SORTE”.


Tecnologia para a saúde Uma solução desenvolvida em Minas Gerais está contribuindo para melhorar a relação médico e paciente. O Prescrevo.com é o primeiro web software brasileiro de prescrição eletrônica e consulta integrada de medicamentos, que permite aos profissionais da saúde acesso rápido a uma base de mais de 19 mil apresentações farmacêuticas cadastradas, o que cobre, segundo seus desenvolvedores, 95% das necessidades dos médicos. Com o apoio do Sebrae Minas, a Otimize, pequena empresa de TI com sede em Juiz de Fora, Zona da Mata mineira, aprimorou a tecnologia e passou a oferecer mais agilidade e segurança na prescrição de medicamentos nos consultórios. O software já foi utilizado por mais de 7 mil médicos no Brasil e já registrou, desde seu lançamento, em 2011, mais de 120 mil medicamentos prescritos e 170 mil consultados. Segundo estimativa da própria Otimize, os médicos gastam, em média, sete minutos na prescrição de uma receita manuscrita com cinco medicamentos. “Com o sistema, este procedimento leva em torno de 30 segundos”, garante Jackson Brugiolo, sócio e gestor da empresa. Além de facilitar a rotina dos médicos, dando ele mais tempo para dedicar ao paciente, o Prescrevo.com evita as receitas com letra ilegível. Mesmo inovadora, a tecnologia precisava ser aprimorada para ter melhor aceitação pelos usuários. Com o recurso de R$ 60 mil destinado pelo Sebraetec, a Otimize ajustou as tecnologias empregadas e incorporou novas, gerando um ganho de performance, segundo a empresa, de 28,5% a 41,36%, conforme o tipo de busca no sistema. “Com a assessoria do consultor do Sebraetec reforçamos a equipe interna de desenvolvimento, que também participou de capacitações do projeto e

hoje é mais produtiva”, atesta Brugiolo. A Otimize é uma das 18 empresas que participam de projeto do Sebrae Minas para o segmento de gestão e monitoramento da saúde. São pequenas desenvolvedoras de soluções para o setor, que, por meio do projeto, receberam cerca de R$ 1,6 milhão em recursos para aprimoramento dos produtos e processos, pelo Programa de Consultoria Tecnológica (Sebraetec). “Para ser mais competitiva num mercado cada vez mais dominado pelas grandes corporações, a pequena empresa precisa estar mais focada no desenvolvimento de suas soluções e na sua especialização no mercado de saúde”, afirma Márcia Valéria Machado, analista do Sebrae Minas. Ainda em 2013, segundo a analista, a instituição vai subsidiar a certificação SBIS para sete empresas do grupo. A SBIS foi criada por uma organização mundial, homônima, que regulamenta a tecnologia para a saúde. Serão investidos R$ 122 mil, o que cobre 80% do custo da certificação, via Sebraetec. “Com este certificado as empresas atenderão exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), garantirão um padrão de qualidade superior a seus produtos e serviços e estarão mais alinhadas com o mercado mundial”, completa Márcia Machado.

Jackson Brugiolo, da Prescrevo.com FOTO: Arquivo Sebrae

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ações de representatividade

Sindicomércio participa

da 12ª edição do Sevar Para discutir as novas tendências do setor supermercadista, a Associação Mineira de Supermercados promoveu a 12ª edição do Sevar –

Super Encontro Varejista 2013, em Juiz de Fora, reunindo empresários e colaboradores. O evento contou com o apoio de diversas entidades, entre elas o Sindicomércio, representado por seu superintendente, Sergio Costa, o Sistema Fecomércio Minas, Sesc, Senac e Sebrae. O tema do encontro - “Neoconsumidor, como atender a esta demanda?”, foi o foco das apresentações. Contudo, diversos assuntos foram abordados como prevenção de perdas, liderança e gestão no contexto de mudanças. Durante os dois dias de evento, os participantes puderam participar, conhecendo e degustando os mais diversos produtos e lançamentos para o setor supermercadista, da “Mostra de Fornecedores”, uma exposição montada no local do evento.

Abertura do 12º edição do Sevar contou com a participação do Sindicomércio

Sinal digital chega a Juiz de Fora

Depois de 65 anos da realização da primeira transmissão oficial de TV totalmente eletrônica em circuito aberto no Brasil, o sinal digital, com alta definição de imagens e sons, já chegou em Juiz de Fora por meio da TV Integração. A cerimônia que marcou esta chegada aconteceu no Teatro do Pró-Música, no dia 27 de maio, e foi transmitida ao vivo no MGTV 2ª Edição. Representantes de vários segmentos da sociedade e autoridades participaram da solenidade, entre eles o presidente do Sindicomércio-JF, Emerson Beloti. O sinal digital já está disponível em toda a programação da TV Integração. Com a nova tecnologia, os telespectadores poderão assistir a programação com muito mais cor e nitidez. Entretanto, para receber o sinal digital são necessários certos ajustes por parte do usuário, como instalação de

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antena e cabeamento. Os televisores mais modernos, em sua maioria, já vêm com conversor embutido, mas nos aparelhos mais antigos é preciso adaptar um conversor, além da antena externa em UHF.

Foto da inauguração do sinal digital da TV Integração em JF.


ações de representatividade

Mamm recebe exposição

“Juiz de Fora Verbo e Cor - Das origens ao início do século XX”

O pró-reitor de Cultura da UFJF, Gerson Guedes, e o diretor do Sindicomércio-JF Marcelo Sepúlveda.

Numa parceria entre a Universidade Federal de Juiz de Fora e a Prefeitura de Juiz de Fora, foi aberta, no dia 23 de maio, no Museu de Arte Murilo Mendes (Mamm), a exposição “Juiz de Fora Verbo e Cor – Das origens ao início do século XX”, que traz relatos sobre a história da cidade pela ótica de pintores e escritores locais. Na oportunidade, foi aberto ao público o acervo literário do jornalista Dormevilly Nóbrega e lançado o novo site do museu. O Sindicomércio-JF foi representado no evento pelo diretor Marcelo Sepúlveda. Nesta primeira etapa, são 1.700 obras literárias à disposição do público. De acordo com Rafael Cestaro, biblioteconomista responsável pelo acervo de Dormevilly Nóbrega, ainda há outros 16.300 livros, além de 16 mil jornais, periódicos, artigos, fotos e documentos. O prazo é de três a quatro anos para a finalização.

Sindicomércio-JF participa de evento em prol do Aeroporto Regional

FOTO: Assessoria Fiemg Zona da Mata

Mais de 150 pessoas, entre elas, o vice-presidente do Sindicomércio-JF, Rui Mussel da Silva, e o diretor Marcelo Rodrigues Sepúlveda, compareceram ao “Movimento Pró-Aeroporto Itamar Franco” realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) - Regional Zona da Mata. O encontro teve como objetivo promover a discussão da importância do Aeroporto Regional para a economia da Zona da Mata mineira e apresentar um ofício a ser en-

Bruno Siqueira assina ofício que solicita continuidade das linhas aéreas da região.

tregue à presidente Dilma Rousseff, ao Ministro da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Moreira Franco e ao Governador do Estado de Minas Gerais, Antônio Anastasia, solicitando a continuidade das linhas aéreas de nossa região. Diante da interrupção dos voos no Aeroporto Regional, bem como do fim das operações ligando Juiz de Fora a Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo, várias entidades da região se posicionaram contra a decisão da Azul Linhas Aéreas, entre elas o Sindicomércio-JF. Durante o evento, o Diretor da Multiterminais Alfandegados do Brasil, Ricardo Vega, apresentou um painel sobre o Aeroporto Regional Itamar Franco. Segundo ele,“esta é a segunda maior pista de Minas e a 11ª do Brasil”, disse.

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ações de representatividade

Sindicomércio define convênio também com o CES Juiz de Fora Para garantir uma ampla rede de benefícios a seus associados, o Sindicomércio-JF foi em busca mais uma importante parceria. O recém empossado reitor do Centro de Ensino Superior – CES

Juiz de Fora, professor Carlos Henrique Oliveira e Silva Paixão, esteve no Sindicomércio, em visita de cortesia ao presidente da entidade, Emerson Beloti, para formatar a parceria entre partes, a fim de que a faculdade participasse da rede de convênios na área de educação, oferecendo o desconto de 20% nas semestralidades dos cursos de Administração, Ciências Biológicas, Comunicação Social, Filosofia, Psicologia, Sistemas de Informação, Teologia, Tecnologia em Design de Moda, Tecnologia em Design de Interiores. A parceria atende ao trabalho do Sindicomércio na oferta de produtos e serviços e é dirigido aos titulares das empresas associadas e seus colaboradores, com extensão aos familiares.

O reitor do CES JF, Carlos Henrique Paixão, Presidente do Sindicomércio, Emerson Beloti, e seu superintendente Sergio Costa.

Câmara comemora 160 anos com lançamento de marco Comemorando 160 anos de fundação da Câmara Municipal de Juiz de Fora foi realizada solenidade no Palácio Barbosa Lima, no dia 22 de maio, para festejar a data e homenagear os atuais e os ex-vereadores. O Sindicomércio-JF esteve presente no evento, sendo representado pelo diretor Nício Fortes Garcia. Júlio Camargo, que cumpriu mandatos entre 1977-1982 e 1983-1988, fez pronunciamento em nome dos homenageados. “Estão aqui presentes vereadores de diversas legislaturas e com certeza, assim como eu, temos o orgulho de termos sido eleitos para representar os juiz-foranos. Possuo a confiança em dizer que sentimos saudades do período em que aqui estivemos”. Durante a solenidade, foi inaugurado um marco comemorativo no saguão da Câmara no qual foram afixados os nomes de todos os vereadores

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e ex-vereadores, com suas correspondentes legislaturas. Criado pelo designer gráfico Luiz Cruz, a pirâmide foi o formato escolhido para o monumento, numa alusão às bandeiras de Juiz de Fora e de Minas Gerais. Vereadores e ex-vereadores também receberam certificado exaltando sua contribuição na trajetória do Legislativo, além de miniatura do marco.

O presidente da Câmara, Júlio Gasparette, e o Diretor do Sindicomércio-JF, Nício Fortes Garcia


ações de representatividade

Entrega do Mérito Comendador Henrique Guilherme Fernando Halfeld A mais alta honraria do município, o Mérito Comendador Henrique Guilherme Fernando Halfeld, foi entregue no dia 27 de maio, em solenidade realizada no Teatro Pró-Música. Vinte e duas personalidades e entidades receberam a homenagem, entre elas o vice-presidente do Sindicomércio-JF, Paulo Roberto Lopes. O Sindicato também foi representado pelo vice-presidente Rui Mussel da Silva. Completando 40 anos de existência, a Medalha do Mérito simboliza o reconhecimento do município àqueles que defenderam seus interesses culturais, sociais, econômicos, políticos e humanitários. O Mérito é uma homenagem a Henrique Guilherme Fernando Halfeld, nomeado “Engenheiro da Província de Minas Gerais” e designado para construir a Estrada do Paraibuna,

que futuramente propiciou o surgimento da cidade de Juiz de Fora.

Os vice-presidentes do Sindicomércio-JF Rui Mussel da Silva e Paulo Roberto Lopes, ao lado do prefeito Bruno Siqueira.

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ações de representatividade

Sindicomércio sedia Curso de Capacitação para

Thereza Rampinelli destaca informações importantes aos presentes

Público atento às orientações da palestrante

José Maria Braz Pereira esclarece dúvida do público

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porteiros

Numa parceria entre o Sindicomércio-JF e a Lógica Comunicação Humana, foi realizado nos dias 11 de maio e 8 de junho, no auditório da entidade, o Curso de Capacitação em Administração de Condomínios, abordando os temas “Comportamento e postura profissional para porteiros e zeladores” e os “Fundamentos da Gestão Condominial”, para síndicos e administradores de Condomínio. O curso “Comportamento e postura profissional para porteiros e zeladores” foi ministrado pela advogada e professora Thereza Rampinelli, com informações sobre o trabalho de atendimento na portaria, atributos do porteiro, rotina dos funcionários, além de dicas de segurança, comunicação, regras de boa convivência e apresentação pessoal. Na oportunidade, os profissionais tiveram a oportunidade de trocar experiências, esclarecer dúvidas e rever atitudes, visando corrigir falhas no dia a dia. Enéias de Paula, porteiro do Conjunto Parque Independência, achou que o curso despertou sua atenção para detalhes que passavam despercebidos e que, com isso, irá se aperfeiçoar no trabalho. Já o porteiro do Condomínio do Edifício Village dos Flamboyants, Weidy da Silva, destacou que “o curso nos ajuda a ter uma base mais sólida na profissão”. Para o gerente de qualidade da Destac Conservadora, Marcelo Fernandes, “o curso foi muito importante e muito produtivo, pois vai direto a pontos cruciais do trabalho dos porteiros”. Já o Curso “Fundamentos da Gestão Condominial” foi ministrado pelo consultor de empresas e condomínios e especialista em administração, José Maria Braz Pereira, abordando tópicos como unidade autônoma, área comum, fração ideal, conselhos consultivo e fiscal, convenção e regimento interno, assembleias, ata, quorum, despesas ordinárias e extraordinárias, fundo de reserva, entre outros. Foram tratados ainda o papel do síndico, seus deveres e obrigações, assim como o caráter de liderança abrangido pelo cargo.


ações de representatividade

Polícia Militar de Minas Gerais comemora 238 anos A 4ª Região de Polícia Militar (RPM) comemorou no dia 12 de junho, o aniversário de 238 anos de fundação da Polícia Militar de Minas Gerais. Durante a solenidade realizada no 2º Batalhão, em Santa Terezinha, militares e personalidades civis foram condecorados com a Medalha Alferes Tiradentes, a mais alta honraria da PM, com o Troféu Guardião Zona da Mata e com os Méritos Profissional e Militar. O Sindicomércio-JF esteve presente à solenidade representado pelo superintendente Sergio Costa de Paula. O comandante da 4ª RPM, coronel Ronaldo Nazareth, ressaltou a importância da data para a corporação como forma de destacar o legado de comprometimento e de compromisso com a comunidade.

Durante o evento, o prefeito Bruno Siqueira, anunciou a entrada de Juiz de Fora no programa “Crack, é possível vencer” do Governo Federal, cujo objetivo é possibilitar que a cidade receba investimentos relacionados à prevenção e ao tratamento para dependentes químicos. 2º Batalhão recebeu autoridades civis e militares para a comemoração dos 238 anos da PM

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ações de representatividade

Sindicomércio e outras entidades locais se reúnem para discutir a segurança A preocupação com a segurança pública reuniu, mais uma vez, entidades empresariais e autoridades locais, para discutir os problemas e propor soluções de combate a criminalidade e a violência urbana. A cidade, principalmente as áreas comerciais, é alvo constante de furtos e roubos, demonstrando a atual fragilidade e ineficiência do sistema público de segurança. Tamanha violência traz, por consequência, insegurança à população. Muitos comerciantes se sentem vulneráveis e coagidos no seu dia a dia. Além do Sindicomércio, representado por seu superintendente, Sergio Costa de Paula, entre outras entidades de classe, participaram da reunião o delegado da Polícia Federal, Cláudio Roberto Pessoa Dornellas, o delegado Regional da Polícia Civil, Paulo Sérgio Xavier Virtuoso, o Ten. Cel. Moysés Ricardo Pinto, comandante o 27º Batalhão da Polícia Militar, o Ten. Cel. Mário César da Silva, comandante o 2º Batalhão da Polícia Militar, Dr. Oscar Santos Abreu, promotor de justiça do Tribunal do Júri, Denilson Closato, presidente da OAB/JF e Cláudio Horta, da Associação Comercial e Empresarial de Juiz de Fora, que presidiu a mesa. Todos os presentes tiveram a oportunidade de se manifestar, apresentando suas preocupações e sugestões para a solução do problema. O principal obstáculo apontado pela mesa foi a falta de profissionais efetivos tanto na Polícia Federal quanto nas Polícias Civil e Militar. Segundo o delegado Paulo Sérgio Virtuoso, da Polícia Civil, muitos criminosos já foram presos, mas a fragilidade da lei impede o combate rigoroso. “Nós prendemos, mas as brechas da lei permitem que os criminosos sejam soltos em poucos meses”. Para Cláudio Dornellas, da Polícia Federal, não adianta armar a população. “O porte de arma por civis não resolve o problema. Temos que comba-

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de JF

ter a origem da criminalidade que está nas drogas e nos jogos de azar. São estes que financiam o crime”, afirma. O Ten. Cel. Moysés Ricardo Pinto, do 27º Batalhão PM, mostrou preocupação com a situação de Juiz de Fora. “A área de abrangência do nosso batalhão é enorme e nosso efetivo é limitado. Buscamos parcerias com outras entidades civis para ajudar na fiscalização e na conscientização da população”. Uma das propostas discutidas durante a reunião, apresentada pelo superintendente do Sindicomércio, Sergio Costa, foi a criação de uma comissão permanente para fiscalizar e examinar alternativas para combater a violência no centro de Juiz de Fora. Essa comissão seria composta pelas entidades representativas da indústria, comércio de bens e serviços e órgãos públicos.

Sindicomércio e outras entidades locais se reúnem para discutir a segurança de JF


história dos

associados

rua professor oswaldo veloso, 66 - bairro: Centro

Na década de 1950, a indústria automobilística começava a ganhar força no país. Sob o comando do Presidente da República Juscelino Kubitschek, o Brasil deixava de ser eminentemente agrário para se tornar um país industrial. Vivendo num tempo de muitas mudanças, afinal o presidente anunciava 50 anos em 5, o alfaiate Alexandre Brugiolo, mais conhecido como Alex, vislumbrou que, com a chegada da mecanização, a alfaiataria estava com os dias contados e resolveu alçar novos voos, aderindo ao ramo automobilístico como fornecedor de peças. Do apelido surgiu o nome Peçalex que batizou a loja fundada em 8 de setembro de 1959. A princípio funcionava na Rua Floriano Peixoto e, num primeiro momento, até se firmar no comércio, loja e alfaiataria coexistiram no mesmo espaço de tempo. Até a família composta por Helena (esposa) e os filhos Maria Aparecida, José Geraldo, Ester, Cesar, Inês, Alexandre e Cecília chegou a morar na loja. Na Rua Floriano Peixoto, Alex enfrentou muitas dificuldades, entre elas os constantes alagamentos na área central da cidade na década de 1960. Desde 1981, a Peçalex funciona na Rua Professor Oswaldo Veloso, também no Centro de Juiz de Fora, especializada na parte elétrica automotiva. Filho do fundador e hoje um dos irmãos à frente do negócio, Alexandre Tassi Brugiolo conta que o pai ia à loja todos os dias e dele herdaram os ensinamentos que até hoje norteiam a Peçalex, como a lealdade com os clientes, o que acaba fazendo com que eles também sejam leais à empresa, pois sabem da responsabilidade com a qual o trabalho é desenvolvido. Alexandre destaca que a empresa é encarada por todos como uma família. A média de tempo de casa dos funcionários, que chega aos 25 anos, ilustra isso e garante também a confiança dos clientes no profissionalismo do atendimento. O fundador da Peçalex faleceu em 2012, aos

86 anos, e os filhos Alexandre, Cecília e Ester assumiram a administração do negócio. O forte da empresa é a comercialização de peças, acompanhando a grande variedade de modelos de carros disponível no mercado, mas os clientes podem usufruir também de serviços como troca de lâmpadas, lanternas e regulagem de faróis. Alexandre afirma que a maior dificuldade no ramo é a concorrência desleal, sem princípios, e a pirataria. Para o futuro, os planos da Peçalex incluem o aprimoramento contínuo no ramo e a qualificação permanente da mão de obra de forma a sempre atender as expectativas dos clientes.

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novos

associados

RADAR BIKE

RUA BARÃO DO RETIRO, 582 – BAIRRO: BONFIM

Com cinco anos de atuação no mercado de bicicletas, a Radar Bike já se tornou uma referência para os moradores do Bairro Bonfim e das redondezas quando o assunto é venda de bicicletas novas e usadas, consertos, peças e acessórios. Desde o início, a loja funcionou em outros dois endereços, sempre no mesmo bairro, mas o crescimento da clientela demandou mais espaço, como o atual. O empresário Davidson de Souza Crescencio explica que é preciso estar sempre atualizado com as novidades do mercado, sendo que hoje o desejo de consumo entre os usuários de bicicletas são os modelos com 30 marchas, freio hidráulico, pneu sem arame ou sem câmara, câmbios das marcas Deore, Giant, Gios e Mosso. Ele destaca

também o atendimento pessoal na loja, cuja marca é a simpatia, o que aumenta a confiança dos clientes.

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VAVA SOM AV. BRASIL, 7399 – BAIRRO: CERÂMICA

Com 9 anos de experiência, a Vava Som é referência quando o assunto é montagem e instalação de sons automotivos. Boa parte disso deve-se à experiência e aos conhecimentos do sócio-proprietário Evaldo de Oliveira Rabelo, o Vavá, cujo apelido dá nome à empresa, que trabalhou muitos anos em lojas do ramo até resolver abrir a própria, que trabalha também com acessórios, travas, insulfilm e alarmes. A sócia-proprietária Josiana Aparecida de Assis destaca que outros diferenciais da Vava Som são a

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qualidade dos produtos e o atendimento diferenciado para atender às necessidades de cada cliente, trabalhando com mão de obra especializada. Segundo Josiana, o forte na empresa é a instalação de sons pesados, cujo valor médio varia entre R$ 2 mil e R$ 3 mil, mas pode chegar a mais de R$ 10 mil dependendo dos equipamentos instalados. A procura também é grande pelos acessórios, já que, nas concessionárias, o valor destes itens pode até triplicar. Atualmente, a Vava Som conta com três lojas e tem planos de expansão para crescer ainda mais. Josiana afirma que gosta de ler muito e foi por meio da Revista Conexão Comércio que ficou sabendo dos benefícios oferecidos pelo Sindicomércio para seus associados. “Nós já tínhamos um plano de saúde, mas não sabia que, por meio do Sindicato, teria acesso a outros benefícios”, diz Josiana.

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novos

associados

CERTA DROGARIA

LADEIRA ALEXANDRE LEONEL, 200 - LOJAS 01 E 02 – BAIRRO: ESTRELA SUL

Quando a Certa Drogaria foi aberta em 2005, no recém-criado Bairro Estrela Sul, o crescimento e a valorização da área eram apenas uma aposta. Hoje, 8 anos depois, o bairro é um dos que mais cresce na Zona Sul da cidade, com novos empreendimentos imobiliários surgindo a cada dia e, com isso, aumentando o número de moradores, que sabem que podem contar com a Certa Drogaria em praticamente todos os dias do ano das 9h às 21h. As únicas exceções são os dias 25 de dezembro e 1º de janeiro. Além do horário estendido, a drogaria conta ainda com facilidade de estacionamento e a proximidade com um posto de gasolina e um supermercado, o que facilita, ainda mais, a vida dos clientes.

O gerente da Certa Drogaria, Marcos Aurélio Oliveira Silva, lembra que, quando abriram a loja, o bairro era praticamente deserto, mas havia um anseio grande da vizinhança pela oferta de produtos e serviços que a empresa oferece.

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PORaO MODAS AV. RUI BARBOSA, 1.187 – BAIRRO: SANTA TEREZINHA Localizada em Santa Terezinha, um dos mais tradicionais bairros de Juiz de Fora, a Porão Modas é uma empresa familiar com 27 anos de atuação, cujo forte é a comercialização de roupas, mas que também oferece opções de brinquedos, acessórios e calçados. Sócio-proprietário da loja, Meneleu Duque conta que, no início, vendia roupas em casa, mas,

com o sucesso dos negócios, alugou uma casa que ficava num porão e daí surgiu o nome da empresa. Duque afirma que tocar um negócio de bairro é mais difícil ainda, pois é preciso se desdobrar para conquistar a clientela, concorrendo com o comércio do Centro, com os produtos importados da China e com os grandes magazines. Funcionando no atual espaço há 12 anos, Duque atribui a longevidade da Porão Modas ao tratamento diferenciado que seus clientes encontram. “Temos clientes que compram conosco há 27 anos e alguns que vêm de outros bairros da cidade”, afirma. O relacionamento com os clientes é tão estreito na Porão Modas que os proprietários promoveram bailes comemorativos dos 15 e dos 21 anos da empresa, nos quais homenagearam alguns de seus fregueses mais fiéis. E já estão pensando como será a comemoração dos 30 anos.

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notícias

O planejamento estratégico tem sido uma das ferramentas administrativas mais utilizadas atualmente. Nele, é fundamental definir a missão, a visão e os valores da empresa. Estabelecer estes princípios torna claro seus objetivos e o melhor caminho para atingi-los. A missão é o motivo pelo qual a empresa foi criada, a visão é onde o proprietário quer vê-la no futuro e os valores são as bases que definem suas ações tanto externa quanto internamente. Em microempresas, é comum que elas sobrevivam por anos sem a adoção de um modelo como este, pois, em geral, intuitivamente, o fundador sabe quais são a missão, a visão e os valores de sua empresa. Entretanto, à medida que o empreendimento cresce, a tendência é que o empresário se afaste do dia a dia dos funcionários e a identidade do negócio se perca. A adoção da gestão estratégica permite que todos os colaboradores compartilhem do sonho do fundador e deem continuidade a ele.

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Caso tenha dificuldade na definição destes conceitos, ele pode contratar uma consultoria ou convidar um grupo que reúna sócios e pessoas de confiança para ajudar nessa definição. Uma boa alternativa que facilita o conhecimento da missão, da visão e dos valores por todos os colaboradores é deixar estes princípios no site da empresa ou, caso ela não possua um, elaborar uma cartilha a ser entregue a todos os funcionários. Aos novatos, ela deve ser entregue no ato da contratação. Com base no planejamento estratégico, a empresa pode, ainda, visualizar oportunidades e ameaças ligadas à sua área de atuação. Entretanto, sem a definição de missão, visão e valores fica mais difícil contratar colaboradores de forma apropriada, definir o público-alvo e estipular planos concretos para o futuro.


COLUNA COMPORTAMENTO

Junia Bretas Palestrante, conferencista, trainer e master practitioner em programação neurolinguística

A Programação Neurolinguística (PNL) é um estudo sobre a excelência humana, derivado da modelagem de pessoas altamente eficazes que conseguiram resultados excepcionais em suas diversas áreas de atuação. A PNL modelou atuações fantásticas e criou uma “receita” para que o ser humano se torne excelente no aspecto pessoal e também profissional. Nosso cérebro é como um celular de última geração, o qual possui os melhores recursos tais como MP4, câmera digital, bluetooth, dentre outros e nós insistimos em simplesmente fazer e receber ligações, usando minimamente nosso equipamento tão potente. Com o nosso cérebro também é assim, insistimos em fazer um uso mediano de suas capacidades por falta de interesse ou na maioria dos casos: por falta de conhecimento. Afinal, nosso cérebro não veio com um manual de instruções, então a PNL se propõe a ser esse manual! O objetivo da Programação Neurolinguística é a transmissão, de maneira fácil e acessível de tecnologias e ferramentas extremamente úteis à capacitação do ser humano no setor pessoal e profissional. sempre visando à excelência e uma maior qualidade de vida e de trabalho. Em outras palavras, a PNL estuda como o ser humano funciona e como ele pode escolher funcionar muito melhor. Você não precisa levar uma vida mediana à mercê das circunstâncias e das pessoas, você pode aprender ferramentas capazes de transformar sua vida para melhor. Seu cérebro é seu melhor amigo, ele foi programado para usar os melhores recursos físicos e emocionais que estão à sua disposição, cabe a nós, colocarmos à disposição recursos saudáveis e benéficos... Ninguém escolhe o sofrimento conscientemente, se a sua mente opta por qualquer espécie de sofrimento é porque não conhece ainda um caminho melhor para enfrentar as situações.

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