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mensagem do PRESIDENTE Emerson Beloti de Souza Presidente do Sindicomércio - JF Vice-Presidente do Sistema Fecomércio Minas
“A satisfação dos consumidores é o principal compromisso de qualquer gestão”
O comércio do varejo de Juiz de Fora é o segundo maior de Minas Gerais no seu número de empresas instaladas. São mais de 7.000 estabelecimentos distribuídos no centro e nos diversos bairros comerciais da cidade. Pelo grande número de galerias comerciais que o município possui, podemos destacar um diferencial imperativo para a facilidade dos consumidores em pesquisar preços e realizar suas compras. Porém, para que o centro continue atrativo para todos os clientes, torna-se necessário ações pelo poder público, principalmente no tocante à modernidade estrutural do seu trânsito. Os Edifícios Garagens precisam ser incentivados por políticas de isenção de alguns impostos, justamente para motivar a construção de tal empreendimento. A área azul deveria possuir um sistema eletrônico moderno para a aquisição de tickets de estacionamento rotativo (parquímetro). Os ônibus urbanos precisam oferecer mais conforto para o usuário, para que o consumidor deixe seu carro em casa. É imperativo termos os terminais urbanos ligando ponto a ponto, permitindo que o usuário possa se deslocar de seu bairro a outros, com apenas uma passagem. É necessário um centro de distribuição para, ao menos, diminuir o número de caminhões nas ruas de Juiz de Fora e, por fim, é importante que os ambulantes tenham seu espaço de trabalho em local apropriado e digno, e não nas ruas de nossa cidade. Estes fatores não dependem do setor privado para se tornarem realidade, e sim do poder público. São 30 anos de espera e, mesmo assim, podemos dizer que estamos com sorte, pois ainda existem condições para se fazer tudo que foi descrito acima. Só não devemos permanecer inertes, para posteriormente fazermos com pressa e sem planejamento. Nosso centro comercial e os bairros, que estão crescendo com um comércio ativo, são os maiores geradores de empregos da cidade. São mais de 30.000 empregos diretos e 100.000 indiretos. São mais de 1 milhão e meio de consumidores, englobando a cidade e os 73 municípios que estão distantes até 110 km de Juiz de Fora. Portanto, devemos estar preparados e bem estruturados e por conseqüência fazer jus de sermos o pólo comercial da região. Deste modo, o comércio e os consumidores estão à espera da ação do poder público com apoio do legislativo. Não estou relatando fatos fáceis de serem executados. São desafios que precisam ser traçados, enfrentados e marcados na história de nossa cidade. Foco e determinação são os melhores fatores para que o nosso grande diferencial não se degrade como aconteceu em muitos centros comerciais de outras cidades por esta falta de atitudes. “A satisfação dos consumidores é o principal compromisso de qualquer gestão”.
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índice
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Entrevista Especial Vender bem para vender sempre
Diretoria 2010 / 2014 Emerson Beloti de Souza Presidente Rui Mussel da Silva 1º Vice-presidente Oddone Villar Turolla 2º Vice-presidente Nilton Ramos da Silva 3º Vice-presidente Paulo Roberto Lopes 4º Vice-presidente Nício Fortes Garcia 1º Secretário Marcelo Rodrigues Sepúlveda 2º Secretário
Carlos Alberto Martins de Pinho 3º Secretário Alexandre Tassi Brugiolo 1º Tesoureiro Gilson Guimarães Peixoto 2º Tesoureiro Zênio Fernandes Filho 3º Tesoureiro Sergio Costa de Paula Superintendente
Mercado Mobile tem expressivo crescimento no Brasil
26 Capa: Sindicomércio lança nova logomarca
03. Mensagem do Presidente 06. Notas 08. Prestadores de serviços se adéquam a nova NFS-e 10. Saiba como aplicar corretamente penalidades trabalhistas 11. Efeitos negativos da substituição tributária 12. Legislação confusa e complexa é prejudicial a todos 13. Geração X e Y nas relações de trabalho 14. Motivação baseada em conhecimento 16. Vender bem, para vender sempre! 18. Coleção Primavera/Verão vai colorir as vitrines de Juiz de Fora 19. Vitrines bem montadas causam efeito ímã no consumidor 20. Segmento da beleza é um dos mais promissores do mercado 21. Estratégias: quais são as vantagens competitivas do seu negócio? 22. Mercado Mobile tem expressivo crescimento no Brasil 24. Já está em vigor nova lei que regulamenta o e-commerce 26. Equilíbrio financeiro: Você saber fazer o cálculo correto de preços? 27. Mapeamento de processos para gear informação 28. Sindicomércio: uma nova marca, um novo tempo 30. Sindicomércio realiza diversas palestras e cursos de capacitação
Expediente: Conselho Editorial Emerson Beloti Sergio Costa de Paula Fernanda Assis Jornalistas Responsáveis Fernanda Assis – 16754/MG Colaboradores Aldine Mara - SESC Allynne Lopes CNC Daniel Bizon Gisele Simões – 5784/MG Gabriel de Andrade Ivo - Fecomércio Minas Lavina Rodrigues James - SENAC Marcelo Nogueira de Morais Michelle Ronzani Cunha Rubens Andrade Neto Sebrae
36 Mulher e Trabalho: O direito a estabilidade da gestante
40 Cartões de crédito tem liderança absoluta no comércio varejista
32. Como diminuir o turnover e reter talentos 34. Empresa sedentária: Como sair da inércia? 35. Visibilidade: Você sabe o que é o Marketing de Oportunidades? 36. Economize seu tempo: Faça suas transações financeiras online 38. Mulher e Trabalho: O direito a estabilidade da gestante 40. É hora de planejar as férias de fim de ano 42. CCartões de crédito têm liderança absoluta no mercado varejista 43. Segs: experiência positiva nas capacitações on-line 44. O comércio eletrônico não deve ser ignorado 45. Incentivo à educação 46. Tecnologias e linguagem a favor da aprendizagem 47. Negócio a Negócio 48. Ações de Representatividade 50 . História dos Associados 52 . Novos Associdados 53 . Saiba por que dores musculares são a segunda maior causa de
Fontes Jornais: Diário Regional, Estado de Minas, Fecomércio Informativo e Tribuna de Minas Revistas: ABCFARMA, CNC Notícias, Confenar, Informe Fecomércio-PE, Revista Drogaria Pacheco, Passo a Passo Sites: Abrafarma, Administradores.com, Agência Brasil, Agência Senado, Banco Itaú, Catho, CNC, Estadão, Época Negócios, Falando de Varejo, Fecomércio-MG, Guia Trabalhista, JusBrasil, Prefeitura de Juiz de Fora, , Our Mobile Planet - Google Fotografias Divulgação Arpel Divulgação CVC Divulgação PJF Estúdio 53 João Batista de Araújo Priscilla Ázara Imagens Arquivo CNC Arquivo Sebrae Arquivo Wólmer - Fotografo Shutterstock.com Deptº Comercial: Maria Lucia de Oliveira (32) 9198-0535 Projeto Gráfico e Editoração: ArtWork Propaganda (32) 3215-7075 Periodicidade: Bimestral Tiragem: 5.000 exemplares Impressão: Gráfica América Contato: Telefone: (32) 3215-1317 E-mail: sindicomerciojf@sindicatodocomercio.org.br Site: www.sindicatodocomercio.org.br Twitter: @sindicomerciojf Facebook: Sindicomércio-JF Endereço: Av. Rio Branco 2.588/5º andar – Centro – Juiz de Fora/MG Horário de funcionamento: De segunda à sexta, das 8h30 às 18h30
afastamento do trabalho
54 . Como a depressão pode afetar o dia a dia do trabalho
A Revista Conexão Comércio não se responsabiliza por artigos assinados. A reprodução do conteúdo da Revista é permitida, desde que citada a fonte.
NOTAS
Fique sabendo: Projeto quer garantir estabilidade a empregado perto da aposentadoria O trabalhador que estiver a 18 meses de se aposentar poderá ter seu vínculo empregatício garantido, desde que não seja demitido por justa causa. É o que estabelece o Projeto de Lei do Senado 521/2009 – Complementar, da ex-senadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini (DEM-RN), que está pronto para ser votado em plenário. A medida beneficiará apenas o trabalhador que tiver mais de cinco anos na mesma empresa. O empregador que não obedecer a determinação deverá pagar uma indenização no valor equivalente a um mês de remuneração por ano de serviço. “Os empregados com mais de 50 anos de idade passam a ser desvalorizados pelo mercado de trabalho e muitos perdem seus empregos quando falta pouco para a aposentadoria. É indiscutível a necessidade de adoção de medidas que mantenham no mercado os trabalhadores próximos a se aposentarem”, defende Rosalba Ciarlini, autora do projeto. Fonte: Agência Senado
STJ regula contribuições de prestadoras de serviços
Mães adotivas também têm direito a salário-maternidade de 120 dias Fonte: Diário Regional
A súmula número 499, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou que as empresas prestadoras de serviços também estão sujeitas às contribuições ao Sesc e Senac. No processo, o ministro Mauro Campbell ressaltou que, na estrutura sindical brasileira, toda atividade econômica deve estar vinculada a uma confederação, como previsto no anexo do artigo 577 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O ministro destacou ainda que “os empregados das empresas prestadoras de serviço não podem ser excluídos dos benefícios sociais das entidades em questão (Sesc e Senac) quando inexistente entidade específica a amparar a categoria profissional a que pertencem”. Fonte: Revista CNC Notícias
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O governo federal estendeu para 120 dias o benefício de salário-maternidade para todos os casos de adoção, independentemente da idade da criança ou adolescente. Antes, a lei só dava o benefício de quatro meses de afastamento às mães que adotassem crianças com menos de um ano de idade. Para crianças entre um a quatro anos, o afastamento era de 60 dias. Entre quatro e oito anos de 30 dias e, acima de oito anos, o INSS não concedia nenhuma remuneração. O benefício será pago integralmente pelo INSS, mesmo que a mãe esteja trabalhando numa empresa.
Medicamentos sem fabricante nacional têm corte de imposto
Decreto antecipa para 2015 início do desligamento da TV analógica
Sete medicamentos utilizados no Sistema Único de Saúde (SUS), e sem concorrentes fabricados no Brasil, tiveram o Imposto de Importação zerado. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a diminuição das tarifas vai contribuir para a redução das despesas do SUS, porque os medicamentos são caros e provocam grande impacto no orçamento do Ministério da Saúde. A medida abrange três medicamentos usados no tratamento da artrite reumatóide que são Abatacepte, Cetolizumabe Pegol e Golimumabe, dois remédios para hepatite C que são Telaprevir e Boceprevir, um medicamento indicado para prevenção de infecções respiratórias que é o Palivizumabe e o hemoderivado Fator VIII, usado no tratamento de hemofílicos. Fonte: Abrafarma
Brasil é o país que mais cresce no LinkedIn
Fonte: Estadão.com.br e BBC Brasil
Foi publicado no último dia 30 de julho, no Diário Oficial da União, o decreto presidencial que antecipa de 2016 para 2015 o início do desligamento do sinal analógico da televisão aberta. Com isso, em vez de a transição da faixa de 700 mega-hertz (Mhz) para a telefonia móvel de quarta geração (4G) ser feita em única data, conforme estava previsto, passará a ser feita de forma escalonada. De acordo com o cronograma estabelecido pelo Ministério das Comunicações a transição terá início em 1º de janeiro de 2015 e será encerrada em 31 de dezembro de 2018. A partir desta data, todos canais de TV aberta do país deverão transmitir com tecnologia digital.
Não é de hoje que se sabe que o brasileiro adora redes sociais. Atualmente ocupamos o terceiro lugar no Facebook com, aproximadamente, 76 milhões de usuários. Contudo, outra rede social que está conquistando brasileiros é o LinkedIn. Toda semana, o site de relacionamentos profissionais ganha cerca de 100 mil novos usuários. Já são mais de 13 milhões de perfis cadastrados no Brasil e 238 milhões no mundo. Segundo Milton Beck, diretor de soluções de talento do LinkedIn, 70% dos usuários não estão na rede social para buscar empregos, mas sim para se manter visíveis, fazer contatos e participar de grupos de interesse.
Fonte: Agência Brasil
Erramos: Diferentemente do que foi publicado na edição 12, matéria “Empresas familiares se destacam no mercado”, os filhos de Sebastião e Maria da Conceição chamam Luiz Fernando, Márcia, Marcelo e Simone de Souza Reis.
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Para cumprir a determinação prevista no Decreto Municipal n° 11.416, de 26 de novembro de 2012, todos os prestadores de serviços de Juiz de Fora passaram a emitir obrigatoriamente, desde o último dia 1° de junho, a Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e). O sistema para emissão das notas fiscais foi inaugurado no 1° de dezembro de 2012, no site da Prefeitura de Juiz de Fora, sob caráter experimental. Desde então, o sistema vem sofrendo uma série de adaptações para deixá-lo mais rápido e prático. De acordo com o secretário da Fazenda, Fúlvio Albertoni, a Prefeitura de Juiz de Fora está se empenhando ao máximo para ajudar os empresários nesta fase de transição, do talão para o digital, mas ele ressalta que o período para adaptação está chegando ao fim. “Estamos trabalhando com a educação fiscal desde ano passado. Agora que a emissão se tornou obrigatória e mais de seis mil empresas já estão cadastradas, vamos passar para fase de fiscalização punitiva, pois temos que ser justos com as empresas que cumprem com as suas obrigações no prazo”. Segundo dados levantados pela Secretaria da Fazenda, em 2012, quando às notas eram de papel, emitia-se em média 85 mil notas por mês. De dezembro de 2012 até agosto deste ano, a média subiu para mais de 100 mil notas ao mês, o que representa um acréscimo de aproximadamente oito mil documentos ao dia. Dentre as vantagens citadas pelo secretário está um aumento considerável de dados para desenvolver o planejamento econômico da cidade. “As ferramentas de controle fiscal ajudam na apuração de dados, que são à base do planejamento estratégico de nossa cidade. Com o aumento do rigor na fiscalização, combatemos a concorrência desleal, tornamos as nossas empre-
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sas mais competitivas no mercado e garantimos a qualidade dos serviços prestados aos cidadãos”. Roland Barcelos, subsecretário de Receita da PJF, nos dá mais detalhes sobre o sistema. “Uma das vantagens do programa é que não é preciso estar online para gerar a nota. A empresa pode gerar várias notas e só ao final do dia emitÍ-las no sistema. Outra facilidade diz respeito à emissão da segunda via, onde a própria empresa-cliente pode entrar no site e retirá-la automaticamente. De acordo com o subsecretário, as principais dúvidas estavam relacionadas à obrigatoriedade e a compra do Certificado Digital. Vinícius de Almeida Teixeira, proprietário da Leva e Traz, foi um dos empresários que teve dificuldades para se adaptar ao sistema. “Quando a nota fiscal se tornou obrigatória, fui diversas vezes a Prefeitura para tentar resolver meus problemas. Depois de algumas tentativas consegui ser atendido pelo plantão. Descobri que não estava conseguindo emitir as notas fiscais porque o leitor do Certificado Digital estava com problema e não o sistema. A versão do Java também trouxe problemas, pois a versão usada pelo programa é mais antiga, o que gerou conflito com programa do Internet Banking. Contudo, a equipe da Prefeitura me disse que já estão tomando as providências para resol-
Fúlvio Albertoni, Secretário da Fazenda da PJF
Divulgação PJF
REPORTAGEM Reportagem especial especial
Divulgação PJF
Roland Barcelos, Subsecretário de Receita da PJF
ver o problema”. Para o empresário as principais vantagens da emissão da NFS-e são o ganho de tempo, espaço e maior organização dos documentos contábeis da empresa. Outra empresa que passou pela adaptação recentemente foi a Jacar Pneus. Segundo a gerente do estabelecimento, Neliana Vigna, a nota fiscal eletrônica representa um avanço para o negócio “Não via hora da NFS-e chegar. Acredito que toda a modernização é positiva, principalmente se ela tornar o processo mais rápido e fácil”. Neliana destaca o equilíbrio fiscal como uma das maiores vantagens do novo sistema. “Não tenho dúvida que as empresas como a nossa, que cumpre com todas as obrigações fiscais, estão comemorando este avanço. A NFS-e nivela as empresas, porque traz mais transparência ao processo”. A gerente afirma que o principal problema é fazer o cliente esperar enquanto o vendedor emite a nota. “Temos que entregar a nota no momento que finalizamos a compra. Às vezes, o sistema está lento e os clientes ficam um pouco impacientes com a demora”. Segundo Roland, a Prefeitura de Juiz de Fora está aberta a sugestões para aperfeiçoar o sistema. Ele acrescenta que os contadores e empresários devem ficar atentos as notícias publicadas no site JF ISS Digital, pois o portal é o principal canal de informações e interação com o contribuinte. “Em breve, as empresas que não fizeram seu cadastro no site da Prefeitura receberão um comunicado pelos Correios para regularizar sua situação. Caso isso não aconteça, poderão sofrer as devidas sanções previstas em lei”, conclui.
Fonte: Secretaria da Fazenda da Prefeitura de Juiz de Fora
Coluna
direito e empresa
Rubens Andrade Neto Mestre em Ciências JurídicoEmpresariais pela Universidade de Coimbra - Portugal e Diretor da Rubens Andrade Advogados.
Saiba como aplicar corretamente penalidades trabalhistas No cotidiano do trabalho muitas vezes os empresários se deparam com comportamentos de seus colaboradores que vão contra as regras da empresa, sem saber qual a forma mais correta de lidar com esta situação. A legislação trabalhista não traz de forma objetiva como e quando devem ser aplicadas determinadas penalidades, deixando a crivo do empregador a solução do problema. Pensando nisso, os estudiosos e aplicadores do direito procuram a melhor forma de orientá-los, para que posteriormente os empresários não tenham problemas no judiciário. Além disso, se o empregado mover alguma ação trabalhista, as empresas podem comprovar e demonstrar as razões da aplicação daquela penalidade. Uma orientação bem feita gera uma atitude acertada e um dia a dia mais agradável para todos em uma organização. Quais são as penalizações corretas? Advertência verbal: é a primeira forma de demonstrar ao seu colaborador que aquela atitude não é aceita e não será admitida novamente. Pretende-se que com essa informação o empregado não repita o ato; Advertência por escrito: após o aviso oral, o empregador fica munido de documento probatório da atitude de seu empregado. Caso seja recorrente, é importante constar na advertência todas as penalidades aplicadas anteriormente; Suspensão: o fato de suspender um empregado acarreta em
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desconto dos dias em que o mesmo não compareceu ao trabalho, tratando-se de penalidade financeira. Deve ser aplicada apenas em casos de recorrência de atitudes que já foram penalizadas anteriormente. É importante ressaltar que o prazo máximo para suspensão é de 30 dias e a comunicação deve ser escrita, de forma a deixar claro a motivo da aplicação da penalidade; Dispensa por justa causa: é a penalidade mais grave que pode ser aplicada, por isso deve ser muito bem documentada. Após ocorrido o ato que motivou a dispensa por justa causa, deve haver a constituição de uma comissão para realização de sindicância interna, ouvindo tanto o(s) envolvido(s) como as pessoas que presenciaram o fato. Os depoimentos e a descrição do ocorrido, ambos assinados, demonstram que a empresa tomou todos os cuidados para avaliar o caso antes de tomar a atitude de aplicar a pena mais grave da legislação trabalhista. Para uma correta avaliação do empregador sobre a aplicação da penalidade o auxílio de uma assessoria jurídica especializada torna-se importante para que o critério proporcionalidade seja obedecido.
Coluna advogado
EFEITOS negativos da Substituição Tributária para os ME e EPP no que tange o ICMS O ICMS, Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Transporte Intermunicipal, possui como premissa a incidência plurifásica, ou seja, sobre cada operação realizada, que tende a impulsionar a produção até o consumidor final. Todavia, o Sistema Tributário Brasileiro, prevê a possibilidade de atribuir a terceiro que, apesar de não praticar o fato gerador, possui vinculação indireta com o contribuinte de direito, é o denominado instituto da Substituição Tributária (ST). A Substituição Tributária deveria ser utilizada somente como exceção, mas atualmente está predominando no sistema tributário, pois transfere para o contribuinte a responsabilidade que seria do Estado, de fiscalizar, e, consequentemente, aumenta a arrecadação. Fato que acaba com a própria essência do ICMS, que pressupõe a sistemática do crédito e do débito. Além da desvirtuação do tributo, as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, optantes pelo regime tributário Simples Nacional, estão sofrendo com a utilização exacerbada da ST pelos Estados. É sabido que o Simples Nacional, a princípio, traz uma diversidade de benefícios às MEs e EPPs, como o pagamento unificado de tributos, as alíquotas diferenciadas, entre outros. Mas, a Substituição Tributária está afetando diretamente os referidos benefícios. Um dos efeitos negativos da Substituição Tributária diz respeito à denominada Margem de Valor Agregado (MVA), por meio da qual os estados supostamente apurariam o valor que a mercadoria seria vendida ao consumidor final. Porém, não vem ocorrendo dessa maneira. Na realidade, a MVA vem estimando valores superiores aos que são praticados no mercado, bem
Marcelo Nogueira de Morais
Advogado Tributarista da FECOMÉRCIO-MG
“Um dos efeitos negativos da Substituição Tributári diz respeito à denominada Margem de Valor Agregado (MVA), por meio da qual os estados supostament apurariam o valor que a mercadoria seria vendida a consumidor final. Porém, não vem ocorrendo dessa maneira
como vem engessando as MEs e EPPs. Como é estipulado determinado valor para a mercadoria, será realizado o recolhimento do tributo com a respectiva base de cálculo e, consequentemente, o empresário não conseguirá conceder desconto, uma vez que já tem o compromisso do tributo recolhido com a base superior, gerando o dito engessamento. Tem-se, ainda, a problemática dos tributos recolhidos antecipadamente pelos responsáveis tributários, uma vez que efetuam o recolhimento com alíquota superior às devidas pelas empresas optantes pelo Simples Nacional. Nessa esteira, as empresas optantes pelo Simples, acabam perdendo os benefícios advindos pela LC 123/2006, pois, por exemplo, em Minas Gerais, não podem apropriar ou transferir créditos. Por todo exposto, denota-se que a utilização da Substituição Tributária deve ser devidamente analisada pelos Governantes, sob pena de retirar os benefícios que garantem a sobrevivência e competitividade das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte que optam pelo regime tributário Simples Nacional.
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Colunado Coluna
RH contador
Allynne Lopes ALB Contabilidade
Legislação confusa e complexa juntamente com sistema tributário injusto é prejudicial a todos Se alguém disser que conhece perfeitamente a legislação tributaria brasileira, podendo assegurar com precisão a interpretação do direito vigente, ou é um gênio ou um mentiroso. É devido à legislação existente tão confusa, complexa e mal elaborada que gera as mais variadas interpretações levando especialistas e contribuintes ao desnorteio, onde quando pensamos estar cumprindo rigorosamente a lei, somos surpreendidos por exegências, cujo objetivo único é aumentar a arrecadação tributaria por meio de restrições de direitos. Pouco faz o fisco para simplificá-las ou torná-las mais clara. As empresas precisam cumprir, em média, cerca de três mil diferentes normas tributarias e acompanhar diariamente, os Diários Oficiais da União, dos Estados e dos Municípios que despejam leis, normas, regulamentos, decretos, atos normativos, instruções e outros textos sobre os contribuintes alcançando os mais de 80 tributos existentes no Brasil, o que faz com que empresários intensifiquem o acompanhamento dos impactos legislativos sobre os produtos e serviços. Mesmo assim, podemos afirmar que não estamos livres das redações que geram interpretações dúbias como, por exemplo, em matérias de ISS e ICMS. Infelizmente, boa parcela da população sofre com essa tributação intensa sobre o consumo, pois a alta tributação impede que os preços dos produtos possam ser mais baixos, pois na medida em que a carga tributária é considerada elevada em qualquer padrão
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comparativo, inibe os investimentos externos e também prejudica o empreendedorismo em nosso próprio País. Estamos longe de cargas tributárias de Países Desenvolvidos. Precisamos seguir os ensinamentos do grande filósofo e economista Adam Smith que diz: “As máximas da tributação são: igualdade, certeza, conveniência e eficiência”, tendo como base uma isonomia substancial tratando igualmente os iguais e diferente os diferentes. É necessário que o governo tenha desejo de se mobilizar na redução do numero de obrigações acessórias a serem observadas pelas empresas, que desonerem as atividades produtivas do País, diminuindo alíquotas de alguns tributos e eliminando outros. Precisamos também de uma legislação unificada, pois assim o fisco encontrará no contribuinte um aliado para promover a Justiça Tributária e não um provável sonegador.
Coluna RH
Geração “X” e “Y”
NAS RELAÇÕES DE TRABALHO
Hoje, no mercado de trabalho, os empresários preferem escolher seus colaboradores por faixa etária. A maioria seleciona pessoas entre 25 e 35 anos, atraídos pela energia e disposição que oferecem. As chamadas geração Y estão ocupando seu lugar no mundo corporativo. Mas, será que o empresário de geração X sabe lidar com seu funcionário da geração Y? Na era dos avanços tecnológicos, tudo é muito rápido e a vida exige cada vez mais rapidez na tomada de decisões e no cumprimento das tarefas. Por isso, podemos afirmar que geração Y, considerada por muitos como ansiosos, individualistas e impacientes, nada mais são que reflexo dessa realidade. O que mais preocupa um indivíduo da geração X na hora de recrutar um membro da geração Y é: “Como devo conduzir esta geração para alcançar meus objetivos?” Neste caso, seria melhor pensar: “O que este novo colaborador tem para me ensinar? E de que forma posso usar seu conhecimento e experiência para melhorar os resultados da minha empresa?” Por que tais características, que levam um empregador a fazer a opção de um “sangue novo” na empresa, mais tarde tornam-se um problema? A resposta é simples: Eles desejam pessoas proativas, competitivas, com energia e disposição, que tragam resultados rápidos, sejam informadas, conectadas e atualizadas com o mundo e suas tecnologias, mas
Michelle Ronzani Cunha Recursos Humanos Sindicomércio - JF
que obedeçam a suas ordens, não os critiquem e nem os retruquem. É neste momento que começa a surgir os problemas e os conflitos, pois as pessoas da geração Y precisam se sentir confiantes e confortáveis com o trabalho. Desejam crescer rapidamente dentro na empresa e, para isto, querem ter responsabilidade e liberdade para tomar decisões, sem perder a conectividade com o mundo. Aquele empresário que faz promessas e não cumpre, que não lhe dá autonomia para que se sinta envolvido com a empresa e, ainda, exige formalidade em respeito a hierarquia, não faz parte do seu mundo. A geração Y cresceu com pais mais liberais, sem tanta necessidade financeira e a maioria ainda se encontra sobre as “asas” da família. A saída é dar sentido a tudo o que os envolve. Para que se sintam importantes dentro da empresa, os jovens precisam estar engajados em projetos, participando de todo o seu desenvolvimento. Dê sempre feedback, pois é uma maneira mais fácil de reconhecer seu trabalho e reforçar os objetivos e metas da empresa. É preciso ressaltar também que o empregador deve avaliar até que ponto a tecnologia funciona como ferramenta de trabalho e, quando necessário, estabelecer limites para uso. Na relação empregador X empregado, o profissionalismo deve estar em ambos os lados.
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Motivacional
Daniel Bizon www.danielbizon.com.br
Motivação Baseada em Conhecimento Gerando mudanças duradouras e sustentáveis Já foi o tempo em que sonhar e prosperar ou acreditar em si mesmo era suficiente para motivar alguém. Sonhos, esperança e autoconfiança são muito importantes para todos nós, mas novos tempos chegaram. Além da clássica posição defendida por muitos psicólogos de que ninguém motiva ninguém, estamos vivendo uma realidade bastante diferente das duas últimas décadas do século XX. Naquele tempo, livros de autoajuda eram produzidos em série. Havia grande expectativa para a virada do milênio e certo misticismo em torno da chegada de um novo milênio. Havia principalmente o profundo desejo por dias melhores. Nada mal. É natural que todos nós queiramos dias melhores. Somos merecedores. No entanto, as bases essenciais da motivação vêm se transformando. Sou palestrante profissional e há alguns anos pesquiso o comportamento humano. Faço palestras em todo o país e no exterior e posso afirmar que não há mais como motivar por meios meramente emocionais, porque a motivação provocada somente pela emoção não é duradoura e muito menos sustentável. O que as pessoas precisam para a vida e para os negócios é essencialmente de motivação baseada em conhecimento. Somente enxergando como fazer algo é que realmente poderemos transformar sonho, esperança e autoconfiança em motivação e em resultado. Quanto mais o tempo passa, mais complexo o cenário social e econômico vai se tornando. O mercado brasileiro continua cheio de oportunidades. Sobram empregos, faltam profissionais realmente competentes (e não qualificados como ouvimos falar). Um mínimo de
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pessoas tem educação financeira e a maioria das escolas ainda prepara pessoas para o vestibular (e não para a vida). Atitude é muito importante, mas algumas perguntas nos fazem refletir: como é que alguém vai ter motivação para crescer na vida pessoal se ela não souber como fazer o próprio dinheiro trabalhar a seu favor? O que as pessoas precisam é de educação financeira. Como é que as pessoas vão ter esperança de dias melhores se não souberem como tornar suas carreiras mais valiosas, na prática? O que as pessoas precisam é de trabalhar no que são boas, no que têm talento e investir em conhecimentos que valorizam a carreira. Como é que empresários serão motivados se não souberem como fazer para que suas empresas vendam mais e mais? O que empresários precisam é saber como aumentar os lucros e reduzir os custos, além de saber como transformar suas empresas numa fábrica de inovação contínua. Chegou a hora do conteúdo prático. Chegou a hora do saber como fazer. Motivação sem conhecimento é mero paliativo. É tempo de motivar pelo saber, pelo conteúdo prático e aplicável. O conhecimento é a resposta da humanidade aos seus desafios e também, a maior alavanca para a verdadeira motivação.
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ENTREVISTA ESPECIAL
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Um dos maiores desafios das empresas do comércio é aprimorar a cada dia seu sistema de vendas. Se a abordagem for correta e o atendimento satisfatório, além de concretizar a venda, o vendedor/empresa conquista a empatia do cliente, não raro sua indicação. Entretanto, percebemos que os casos de insatisfação relacionados ao atendimento estão se tornando corriqueiros. Sinal de alerta para os gestores, que precisam ficar cada vez mais atentos à sua equipe de vendas. Pensando nisso, a Revista Conexão Comércio traz nesta edição algumas orientações que buscam apresentar as melhores formas de abordagem e atendimento ao cliente. Para tanto, entrevistamos três profissionais de diferentes áreas que, com seu conhecimento e experiência, contribuíram para o desenvolvimento
desta matéria. Fernanda Geara é consultora empresarial e diretora de atendimento e vendas do Instituto de Desenvolvimento em Vendas (Ideva), de Juiz de Fora. Gilberto Mesquita, formado em Administração de Empresas, é gerente nacional de vendas do Grupo Fabinject, de São Paulo. Por fim, Monique Gardingo, especialista em Administração de Marketing e Gestão Estratégica, é sócia da Mezzo Soluções e gerente de planejamento da Precisão Contabilidade, de Cataguases. Durante a entrevista, esses profissionais destacaram as melhores formas de abordagem, bem como os erros mais comuns cometidos pelas equipes de vendas. Eles contam o que fazer para contornar situações difíceis do dia a dia.
Conexão Comércio: As empresas do comércio, independente do segmento, buscam constantemente a excelência no atendimento. Na sua opinião, como deveria ser a abordagem de um vendedor? Monique Gardingo: Vejo o setor de vendas como um dos mais complexos departamentos de uma empresa e que, de fato, precisa de uma atenção especial. Entendo que a abordagem deve en-
volver a razão e a emoção. Sabemos que os vendedores têm metas para cumprir, mas seu foco deve estar voltado para a solução do problema/ necessidade do cliente. Portanto, para que o vendedor não se atropele, ele precisa planejar a venda e pensar em soluções possíveis, mas sem perder a naturalidade e a emoção. Fernanda Geara: Um sorriso sincero sempre abre portas. É fundamental abordá-lo com frases
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que não sejam ligadas à venda. Inicialmente, é importante “quebrar o gelo” falando sobre amenidades... Naturalmente, o cliente irá se “soltar”, e assim o vendedor inicia o atendimento. Após a abordagem correta, o vendedor sente-se mais seguro com o cliente para fazer a sondagem. Esta deve ser feita com perguntas abertas tipo “Qual modelo/peça você está procurando?”, “Para qual ocasião?”, “Para quem é o presente?”. Nesse tipo de pergunta não cabe respostas como “sim” ou “não”. Obter informações é a parte mais importante da venda, porque é a oportunidade do vendedor mostrar seu interesse pelo cliente. Gilberto Mesquita: A abordagem precisa ser com o intuito de ajudar e orientar o cliente. Ninguém gosta do vendedor tipo “chiclete”, que fica seguindo o cliente como se fosse um segurança. Além de ser desagradável, também é constrangedor. A maneira certa de atender o cliente é cumprimentá-lo assim que ele entrar no estabelecimento, se apresentar e se colocar à disposição. Ficar longe, mas sempre a vista. CC: Quais são os principais erros cometidos pelos vendedores na hora de abordar o cliente? Gilberto: Alguns erros são inadmissíveis, como falar mais que o necessário, sem o conhecimento de causa do produto/serviço e da empresa. Isso pode trazer sérios problemas, principalmente, relacionados à credibilidade do estabelecimento. Mas, na minha opinião, o pior mesmo é mentir. Hoje o cliente está muito mais bem informado. Com apenas alguns toques no celular, ele possui uma pesquisa de preços atualizada e a ficha técnica do produto. Mentir sobre liquidação e/ou promoção é um “tiro no pé”. Fernanda: A famosa frase “POIS NÃO”? e todas as suas variações... Qualquer pergunta que o vendedor fizer e que o cliente possa responder com um monossílabo (sim ou não), deve ser evitada. No momento inicial da venda, devemos sempre “abrir” a venda utilizando sempre perguntas abertas, que o cliente dificilmente irá responder com um simples “sim” ou “não”. Monique: A ansiedade, a falta de preparo, pensar somente em números podem ser listados como
erros de abordagem. Contudo, acredito que o erro começa na gestão e no treinamento. Parte deste problema é de responsabilidade da empresa e de seus líderes, que precisam avaliar melhor se o perfil do profissional escolhido está de acordo com o cargo. Sem dúvida, o bom desempenho é fruto das pessoas certas, nos lugares certos, além, é claro, da capacitação e qualificação para o cargo. CC: Vender é uma habilidade nata ou pode ser desenvolvida por qualquer pessoa? Gilberto: Vender é uma habilidade que pode ser desenvolvida, porém isso depende muito do interesse da pessoa que busca este caminho. O segredo do sucesso de qualquer profissional, independentemente da área de atuação, é gostar daquilo que faz. Eu identifico três tipos de profissionais de vendas. Primeiro, aqueles que “são vendedores”, que naturalmente possuem habilidades para vender. Eles gostam do que fazem, mas precisam estar sempre buscando o aprimoramento das suas técnicas. Segundo, aqueles que “não são vendedores”, que nunca trabalharam efetivamente com vendas, mas devido à necessidade se tornaram vendedores. Estes profissionais possuem habilidades comunicativas, que precisam ser adaptadas ao novo trabalho. Por fim, aqueles que “estão como vendedores”, que não possuem habilidades para o cargo, não gostam de vender e não pretendem fazer carreira na profissão. Estão na área de vendas temporariamente, por causa de uma transição profissional ou necessidade financeira. CC: Podemos dizer que a capacitação constante da equipe de vendas é um investimento estratégico para as empresas do comércio? Monique: De fato, o setor comercial deve ser estratégico e planejado. Treinamento faz parte do ambiente de vendas. A vivência, a troca de experiência, os conceitos e a profissionalização precisa ser constantemente trabalhada. É um cenário para trocas e aprendizados contínuos. Acredito que a empresa tem o seu papel, mas nossa carreira está em nossas mãos.
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Mesmo sendo difícil prever o tempo em Juiz de Fora, algumas lojas já estão com sua coleção Primavera/Verão 2014 nas vitrines. No mês de setembro, o movimento começa a crescer e os lojistas contam com isso para alavancar suas vendas. O empresário Ainton José de Oliveira, proprietário da loja de roupas femininas Mundo Mix, diz que é a novidade que atrai os clientes. “É preciso ter a mercadoria certa para vender o ano todo. Aqui na loja sempre tenho novidades para atrair minhas clientes. A coleção Primavera/Verão deste ano terá muito brilho e as cores cítricas como o amarelo, verde ‘jade’ e azul ‘bic’ prevalecerão”. Segundo o empresário os acessórios também ganham destaque nesta coleção. “Os pingentes coloridos entrarão no lugar dos maxi colares. As peças de acrílico vão estar com força total”, afirma. Esta estação também é a ideal para quem gosta de estampas de animais e florais. “As cores estarão presentes em quase tudo, mas os tecidos serão leves e confortáveis. A transparência continua nesta estação.” Para os pequenos, de 0 a 12 anos, a loja Lilica e Tigor está preparando uma coleção super especial. “Todas as nossas coleções contam uma história. Desta vez o tema é “Expedição Amazônia” que tem tudo a ver com o verão. As estampas vão retratar a natureza e a cultura local como arte marajoara. Teremos penas coloridas, flores e o guaraná. Algumas peças vão reproduzir texturas como escamas de peixes”, afirma a gerente da loja Fabiana Micherif. Mas, segundo ela,
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a maior preocupação está no atendimento. “Do que adianta ter todo esse trabalho para desenvolver a coleção, pensar nos seus mínimos detalhes se a vendedora não estiver preparada para passar isso ao cliente. Por isso, antes de fazer o lançamento desta coleção expliquei para cada colaboradora a origem das tendências e apresentei um release de toda coleção”, destaca. Quem disse que sapatos e bolsas também não seguem tendências? Muito pelo contrário, esses artigos são essenciais para compor um visual com estilo. De acordo com o empresário Rodrigo Rocha, proprietário da loja de bolsas e sapatos Luz da Lua, o estilo retro voltou com tudo. “O salto em formado de bloco e anabela estarão nos pés das mulheres, pois são mais confortáveis. A mulher que trabalha fora preza por calçados práticos e bem confortáveis. A sapatilha, neste caso, é um ‘coringa’ em qualquer guarda-roupa”. Para período de transição entre as estações, a aposta da loja é a combinação preto e branco, que deixa de ser tradicional pelos detalhes em dourado. Para o alto verão, as cores amarelo, laranja e azul também estarão nos pés. “Meu conselho para quem quer andar sempre na moda é adequar a roupa, o sapato e acessórios a cada situação, mas sem esquecer de dar aquele toque pessoal, que traduz nossa personalidade”.
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por: Gisele Simões
Jogue a primeira pedra quem nunca se sentiu atraído por um produto exposto em uma vitrine, mesmo que ele não esteja na lista de prioridades ou até nem se precise dele de verdade? Esse efeito de ímã que certas vitrines provocam na gente, em geral, tem um grande profissional por trás: o vitrinista. Ele é o responsável por deixar o que é bonito ainda mais bonito e capaz de fazer com que o consumidor escolha essa e não aquela loja. Para ser vitrinista é necessário, antes de mais nada, bom gosto. Mas só isso não basta. O ideal é que se faça um curso específico na área. De acordo com o orientador de curso do Senac, Kennedy Campos Lopes de Faria, do curso de vitrinismo, o profissional tem acesso a todas as informações pertinentes ao assunto, assim como tipos de vitrines, iluminação, cores, formatos, temas específicos, combinações, vitrines de grandes grifes, como montar vitrines em diversos recursos e também marketing. Para o lojista, a contratação de um vitrinista tende a trazer só benefícios, representando, principalmente, reforço da marca e aumento nas vendas. Faria informa que, no curso oferecido regularmente pelo Senac, vários alunos são lojistas e comprovam que uma vitrine bem feita, não somente em datas comemorativas, pode alavancar as vendas em 25%. Pesquisas também comprovam esta estatística.
O vitrinista pode ser contratado fixo pela grife com salário pré-estabelecido ou ser free lancer, atendendo a várias empresas, sem vínculo trabalhista. No caso de free lancer, é fundamental o empresário firmar um contrato por escrito de prestação de serviços, estipulando todas as responsabilidades de ambas as partes. Para quem se interessar em atuar na área, na maioria das vezes, o free lancer tem um retorno financeiro maior. Os segredos para que os profissionais estejam entre os mais cotados são a criatividade e a identificação do público-alvo, pensados depois da teoria dos “4Ps” do marketing (preço, praça, produto e promoção). O custo médio para contratação de um vitrinista depende muito do que precisa ser feito e também de quantas vezes o profissional trabalhará na vitrine e se o material usado na decoração será próprio ou fornecido pela grife. Faria afirma que, em média, um vitrinista, para uma vitrine com material oferecido pela grife, deve cobrar em média R$ 400, para um projeto feito em detalhamento. Por possuir o curso de Vitrinismo, o Senac de Juiz de Fora possui também um banco de dados com nomes e contatos dos profissionais formados pela Escola que pode servir de base para os comerciantes da cidade e da região.
Divulgação Arpel
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A busca pelo bem-estar, estimulado pelo aumento da longevidade, faz do “mercado da beleza” um dos mais prósperos do Brasil. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), o segmento cresceu 10% nos últimos 15 anos e, entre 1996 e 2011, o faturamento saltou de R$4,9 bilhões para R$29,4 bilhões. Hoje, o Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking de consumo de cosméticos, atrás apenas dos Estados Unidos e Japão. A expectativa da entidade é que o setor mantenha esse ritmo de crescimento até 2017. De acordo com uma pesquisa do Instituto Data Popular, divulgada recentemente, o gasto dos brasileiros com produtos de higiene pessoal e beleza cresceu 124% nos últimos 10 anos, confirmando o bom momento do segmento. A médica e empresária Liora Gonik, proprietária da Onodera, também está otimista e diz acreditar no potencial da nossa cidade. “O setor estético está em franco desenvolvimento e Juiz de Fora segue esta tendência. Os juiz-foranos gostam de cuidar do corpo, de sair bem arrumado. Quem não quer parecer saudável, não é mesmo? Minhas clientes buscam mais que tratamentos estéticos, elas querem se sentir bem consigo mesmas e, principalmente, ter saúde”. Liora acrescenta: “Atualmente, as mulheres estão se cuidando cada vez mais cedo, por isso, muitas aparentam ser bem jovens”. De acordo com a empresária, o mercado de Juiz de Fora pode crescer muito mais, se os horários de atendimento forem estendidos. “Existe demanda para isso, afinal durante o horário comercial estamos todos trabalhando. Assim, um horário de funcionamento alternativo resolveria o problema”, defende. Comunga desta mesma opinião a empresária Joana D’Arc Torres dos Reis, proprietária do Portal da Beleza. “Na correria do dia-a-dia, falta tempo para cuidar do corpo. Então a solução encontrada pelo segmento foi desenvolver produtos de qualidade para que os consumidores pudessem fazer os tratamentos em casa. O setor está tão desenvolvido que os produtos da linha comercial são tão bons quanto da linha profissional. Assim, não há desculpa para não ficar bonita”. Mas se engana quem acha que trabalhar no setor é fácil. Joana D’Arc diz que a grande dificuldade do segmento é acompanhar a mídia. “Sempre tem alguma novidade sendo lançada no mercado. O que a mídia põe no ar num dia, no outro os clientes já estão pro-
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curando. É positivo incentivar o consumo, contudo, é muito difícil gerir tanta variedade. Trabalhamos com o mínimo de estoque possível, mas ainda temos perdas”. O cabeleireiro Fernando Alves, do salão Jacques e Janine, lembra que os homens também tem sua parcela de participação no crescimento do setor. “Nos últimos quatro anos, o atendimento direcionado ao público masculino cresceu aproximadamente 200%. Isso porque as marcas de cosméticos começaram a desenvolver produtos direcionados aos homens”. Ele diz que as crianças também têm espaço neste mercado. “As meninas começam a se cuidar cada vez mais cedo. Normalmente, elas vêm no salão para acompanhar a mãe e acabam fazendo as unhas e arrumando o cabelo”. Ainda segundo o cabeleireiro, o principal desafio do setor é a profissionalização. “É muito comum no nosso segmento o profissional abrir o próprio negócio quando conquista alguma clientela. Entretanto, essa expansão não vem acompanhada de infraestrutura. Acredito que apenas 5% dos salões contam com um espaço adequado, onde o cliente tem espaço para circular e o profissional espaço para trabalhar. O que vejo, na maioria das vezes, são estabelecimentos pequenos, mal iluminados e sem ventilação. O cliente está cada vez mais exigente, por isso dispor de um lugar adequado e confortável é o mínimo que temos que oferecer”, conclui
Fonte: Jerônimo Mendes, “Quais são as vantagens competitivas do seu negócio?”
Um dos conceitos mais importantes para quem quer se diferenciar no mercado é desenvolver uma vantagem competitiva. Na prática, esta é o distingue uma empresa das demais dentro do seu segmento de atuação. Só deve ser considerada uma vantagem competitiva aquilo que uma empresa oferta, que seja difícil de imitar, sustentável, único, superior a competição e, principalmente, aplicável a múltiplas situações. Normalmente, ela está associada à competência principal do negócio. É a habilidade que se desenvolve com o passar dos anos, tornando-se eficiente a tal ponto que fica difícil para a concorrência copiar. Assim, a vantagem competitiva pode estar no projeto, na produção, no marketing, na entrega e/ou no suporte do serviço ou produto. Existem dois tipos de vantagem competitiva: baixo custo e diferenciação. A liderança em custos é quando uma empresa consegue aperfeiçoar seus processos
de produção e distribuição fazendo com que o preço final dos seus produtos e/ou serviços fiquem abaixo do que é praticado pela concorrência. Quanto à diferenciação, podemos dizer que é a busca pelo melhor desempenho numa determinada tarefa ou processo. Portanto, alcançar uma vantagem competitiva nos dias de hoje é realmente uma das tarefas mais difíceis de um negócio, pois a concorrência consegue imitar produtos e serviços com mais facilidade que no passado. Entretanto, isso não deve ser entendido como obstáculo e sim como uma oportunidade para buscar a melhoria contínua.
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Muito mais que telefones portáteis, os celulares e os smartphones estão cada vez mais presentes no nosso dia a dia. Para comprovar essa “estreita” relação, a Our Mobile Planet, do Google Insights, desenvolveu em maio deste ano, a pesquisa “Nosso Planeta Mobile: Brasil”. Segundo ela, no Brasil já existem mais 260 milhões de linhas e 26% dos aparelhos são smartphones. 85,8% dos usuários que possuem internet em seus aparelhos se conectam a rede diariamente, sendo que pesquisa em geral, uso de aplicativos, acesso a redes sociais e visualização de vídeos são opções mais utilizadas. Dentre opções de pesquisa, a busca por informações locais como telefones e endereços é destacada por 89% pelos usuários. Assim, ter um cadastro em serviços de localização como, por exemplo, Google Maps, pode facilitar o contato dos consumidores com a sua empresa. Os smartphones já mudaram o modo como os consumidores realizam suas compras. De acordo com a pesquisa, 96% dos anúncios para celular são vistos por seus usuários e 82% dos consumidores consultam informações sobre produto/serviço no dispositivo antes de concretizar a compra. Isso significa que o celular tornou-se uma importante ferramenta de marketing, contribuindo diretamente para o engajamento dos consumidores. As projeções futuras são ainda mais otimistas. Com a expansão da internet 3G e a chegada da rede 4G, o nível de conectividade das pessoas será cada vez maior, ampliando consideravelmente o mercado móbile. “Além de criar um ambiente mais imersivo e integrado, as principais vantagens das ações mobile são o alto poder de segmentação, agilidade da ação e poder de resposta do consumidor, mensuração exata dos resultados e baixo valor de investimento”, afirma Felipe Gazolla, diretor executivo da agência Ato Interativo. O diretor de planejamento da Tripé Criação, Thiago Valério, explica porque esse tipo de marketing é mais assertivo. “Há dois tipos de marketing mobile: o desenvolvimento de anúncios e a criação de aplicativos. No primeiro caso, os anúncios são Base: Proprietários de Smartphones
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segmentados por região, tecnologia e/ou comportamento de navegação do usuário. No segundo caso, crio um aplicativo de acordo com o meu negócio para interagir com o cliente, ou seja, se vendo vinhos, crio um aplicativo com um catálogo de rótulos para compartilhar com meus amigos. Não existe uma receita de bolo quando falamos de estratégias de comunicação. A inspiração é importante, mas ela tem que andar lado a lado com o planejamento”. Por ser uma novidade no mercado publicitário, erros ainda são comuns, principalmente quando a empresa/cliente não contrata um profissional especializado. “O erro mais comum no marketing mobile é trazer anúncios de outras mídias sem fazer a devida adaptação. É preciso entender que anúncios para celulares e smartphones são diferentes de anúncios em revistas e jornais”, explica Renan Caixeiro Almeida, sócio da Edialog Comunicação Digital. Não existe um código de conduta específico no marketing mobile, mas como os celulares e smartphones fazem parte do dia a dia do usuário, é preciso considerar a privacidade do público, seja na utilização de dados coletados ou no envio de mensagens e anúncios. Mais do que vender um produto ou serviço, o marketing mobile é uma oportunidade de se relacionar com o cliente. “Sem dúvida, o relacionamento fala mais alto. Mas é preciso dizer que uma coisa está ligada a outra. Se eu me relaciono com uma marca e passo a confiar nela, a chance de comprar ou usar seus serviços é bem maior, ou seja, a venda é conseqüência do relacionamento criado”, defende Felipe. “O mercado terá um ‘boom’ significativo a medida em que mais pessoas tiverem acesso a uma internet de qualidade. Pensar em aplicativos e jogos será um pré-requisito para muitas empresas nos próximos anos”, conclui Renan. Portanto, quem deseja ampliar seus canais de comunicação com o consumidor tem no marketing mobile uma grande oportunidade para vender e fidelizar o cliente. Fonte: Our Mobile Planet- Google
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Empresas e empreendedores precisam ficar atentos as novas regras do e-commerce. O Decreto nº 7962/13, publicado no Diário Oficial da União no último dia 15 de março, prevê maior transparência nas relações de consumo no ambiente virtual. A nova lei traz significativas vantagens aos consumidores, principalmente quanto à segurança e garantia. De acordo com o superintendente do Procon-JF, Nilson Ferreira Neto, as principais mudanças estão relacionadas ao direito à informação. “Já era hora de se criar leis específicas para regulamentar as relações de consumo no e-commerce. Agora, todos os vendedores precisam informar aos seus clientes o nº CNPJ/CPF, e-mail, telefone fixo e endereço físico. Não existe diferença de tratamento entre micro, pequena, média ou grande empresa e nem entre pessoa física ou jurídica. Aquele que não respeitar as regras pode sofrer as sanções previstas no Art. 56 do Código de Defesa do Consumidor”, afirma. Essas mudanças trarão custos a muitos empresários que, para estarem de acordo com as novas regras, precisarão investir em softwares e recursos humanos para ampliar seu atendimento e facilitar o acesso às informações. Apesar disso, as mudanças estão sendo bem recebidas pelo setor, que vê na transparência das informações, maiores oportunidades de venda. Além das informações relacionadas à empresa/vendedor, a descriminação detalhada do produto ofertado, bem como sua disponibilidade, forma de pagamento, despesas adicionais e prazos de entrega devem ficar bem explícitos ao consumidor. “Outra importante condição prevista pelo decreto diz res-
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peito ao direito de arrependimento da compra. Todo site deve ter um canal de comunicação onde o cliente possa manifestar sua desistência. Se a mesma for feita em até 7 dias após o recebimento do produto, todos os custos de logística reversa ficam por conta do vendedor, além do estorno do valor pago, é claro”. Tanto na compra quando na desistência, o comprador deve ser notificado imediatamente. No caso de dúvidas, a loja virtual tem até 5 dias para responder a solicitação. “É fundamental que a empresa/vendedor disponha de um atendimento adequado e eficaz para atender as demandas dos consumidores. Não é necessário dispor de um atendimento 24h, mas é essencial informar ao cliente o horário de pronto atendimento”. No caso das compras coletivas, além do que foi colocado acima, os sites devem informar o número mínimo de consumidores para consumar a oferta e prazo de utilização da mesma. “Existem muitos sites e comunidades de compras na internet que apenas hospedam anúncios. Estes são considerados responsáveis solidários na relação de consumo. Assim, caso ocorra algum problema na compra e não seja possível encontrar o vendedor, o site responde pelos danos ao consumidor”, afirma o superintendente. Outra questão que causa muitos aborrecimentos nas compras online é o cumprimento dos prazos de entrega. Nilson afirma que problemas desta natureza são de responsabilidade do vendedor, mesmo que ele dependa de terceiros. “Quando uma encomenda é enviada ao cliente pelos Correios, por exemplo, a responsabilidade pelo atraso na entrega, não é da empresa terceirizada e sim do vendedor, que deve ressarcir o cliente, caso solicitado. Se o consumidor se sentir lesado, ele ainda pode requerer uma indenização da empresa. Em resumo, o vendedor não pode repassar ao cliente o problema causado pelos seus fornecedores e/ou prestadores de serviço. Neste caso, resolvido o problema com o cliente, a empresa deve procurar resolver a situação com a terceirizada”, aconselha. Em caso de dúvidas, a empresa ou vendedor pode entrar em contato o Procon pelo telefone (32) 36907610 ou com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) pelo site: www.abcomm.org.
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O Cooperativismo soma mais de 1 bilhão de pessoas, gera cerca de 100 milhões de empregos e está presente em mais de 90 países. É uma filosofia que inspira valores que dão suporte ao nosso cotidiano. Antigamente, o cooperativismo era visto como algo incerto, hoje faz parte de um cenário inovador e de um futuro promissor, pois, a conclusão de que juntos podemos fazer muito, já sobressai em diversos ramos, e um deles é o do cooperativismo de crédito. O Sicoob Coopemata é uma cooperativa de crédito que foi fundada há 15 anos em Cataguases, cidade da zona da mata mineira, com o intuito de facilitar a vida financeira de seus cooperados. Atua hoje em oito cidades (Cataguases, Leopoldina, Muriaé, São João Nepomuceno, Ubá, Visconde do Rio Branco, Viçosa e Juiz de Fora) e a cada dia tem ganhado mais força onde está presente. O empresariado, de uma forma geral, movimenta diariamente com as instituições financeiras e gera resultados para elas. No Sicoob Coopemata é diferente, você tem os mesmos serviços de um banco, porém com um grande diferencial,
os resultados são revertidos aos seus cooperados. Em 2012, o Sicoob Coopemata bateu seu próprio recorde de crescimento atingindo a marca de 59,66% em relação a 2011. Com isto, o Sicoob Coopemata distribuiu entre seus cooperados um total de quase 3 milhões de reais em sobras, proporcional às suas movimentações naquele ano. Esse expressivo resultado deve-se à solidificação cada vez maior da marca Sicoob Coopemata nas cidades em que está presente, demonstrando assim, de forma clara, seu trabalho e ascensão. “O Cooperativismo de Crédito é, sem dúvida, a libertação de todos nós empresários e não empresários das amarras do sistema financeiro convencional. Geramos riquezas para nós mesmos e temos no Sicoob Coopemata mais uma sólida fonte de renda,” disse Cesar Mattos, Presidente do Sicoob Coopemata. Em 2013, o Sicoob Coopemata adotou como desafio a abertura do Ponto de Atendimento em Juiz de Fora, cidade que foi pioneira e referência no ramo da industrialização mineira. É notável que o Sicoob vem crescendo das cidades menores para as maiores e Juiz de Fora este ano teve a honra de abrigar o maior sistema cooperativo de crédito do País, com isto percebemos a força que o cooperativismo vem ganhando. “A atuação do Sicoob Coopemata em Juiz de Fora tem sido pautada por visitas direcionadas, atendimento personalizado e principalmente em levar aos nossos cooperados a força da nossa marca e os nossos diferenciais”, comenta o Gerente do Ponto de Atendimento do Sicoob Coopemata de Juiz de Fora, José Roberto. Para conhecer mais sobre o Sistema Cooperativo de Crédito e o Sicoob Coopemata, visite-nos em Juiz de Fora ou agende uma visita com o nosso gerente. Sicoob Coopemata, você participa, todos crescem.
Equipe PA de Juiz de Fora
Conexão Comércio - Set/Out 2013 Rua Barão de São João Nepomuceno, 182- Centro- Juiz de Fora – MG (32) 3231-0500
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O cálculo correto dos preços é fundamental para o equilíbrio financeiro das empresas. Em alguns casos, um erro pode significar um grande prejuízo. Mas será que levamos em consideração todos os custos fixos e as variáveis necessárias para estabelecer o valor correto de cada produto? Por mais simples que possa parecer, o calculo correto de preços é um processo complexo que requer planejamento e constante atualização. Num mercado onde o fator preço é considerado o mais atraente pelos consumidores, ter um preço competitivo é mais que um diferencial, é uma questão de sobrevivência. De acordo com a equipe de estudos econômicos da Masci Consultoria, Empresa Jr da Faculdade Machado Sobrinho, formada pelos alunos Maryana Mauler, Eduardo Nalon, Álvaro Salgado e Raphael de Paula, grande parte dos micro e pequenos empresários não sabem nem ao certo quanto ganham. “Na maioria das vezes o preço é baseado na concorrência e não há um cálculo que considere os custos fixos e variáveis da empresa”, afirma Eduardo. Segundo o especialista em finanças, Maurício Galhardo, sócio-diretor da Praxis Business, existe duas
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formas para calcular o preço de venda de um produto: com base nos custos financeiros ou analisando o preço praticado no mercado e pela concorrência. “O ideal é unir as duas formas, pois uma completa a outra. Quando só considero os custos, posso correr o risco do valor final não ser competitivo no mercado. Quando só analiso o mercado, corro o risco de não cobrir os custos e contrair um grande prejuízo. Assim, a receita para um cálculo correto e justo está no equilíbrio destes dois fatores”, defende. Ainda de acordo com o especialista ter uma margem de lucro maior é uma boa estratégia para manter o preço no momento da sazonalidade. “Nesta situação, a maioria dos seus concorrentes precisarão aumentar seus preços. Se você manter o valor por algum tempo, poderá conseguir um diferencial no mercado”. Os empresários também devem ter atenção ao fazer promoções, pois no impulso de querer vender mais, acabam dando descontos além do limite dos custos. “O preço deve ser estabelecido com responsabilidade e conhecimento dos números que os cercam como as despesas operacionais, por exemplo. Quem pratica a “guerra de preços” deve ter total consciência de seus custos e, principalmente, saber qual é limite para manter seguro sua margem de lucro”, afirma o consultor empresarial Flávio Queiroz, da Prismi Consultores Associados. Maryana Araújo, vice-presidente da Masci Consultoria, explica detalhadamente quais pontos que devem ser observados para o cálculo correto de preços. “Inicialmente consideramos os custos fixos como aluguel, água, luz, impostos e carga tributária. Em seguida, os custos variáveis ou custos do processo que incluem a mão de obra. Custos com insumos e matérias-primas também devem ser considerados e, por último, o preço da concorrência.” Segundo ela, uma pesquisa de mercado e de público ajuda muito a estabelecer o preço correto dos produtos. “Não basta saber apenas por quanto um determinado produto está sendo vendido no mercado. É preciso saber quanto o nosso cliente está disposto a pagar por ele”, afirma. Para Rafhael de Paula, não existe “gordurinha” no preço. “Tudo deve estar dentro da margem de lucro da empresa, inclusive a porcentagem para a negociação com o cliente. Fazer o planejamento contábil dá trabalho, mas o retorno, com certeza, vem dobro”.
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O mapeamento de processos faz parte do Modelo de Excelência em Gestão, metodologia cujo objetivo é orientar as empresas às melhores práticas a fim de aumentar seu desempenho organizacional. Ele deve ser utilizado como recurso inicial, pois seus resultados podem auxiliar e/ou alterar a gestão do negócio. “Uma organização só consegue prosperar se houver uma avaliação de seus processos para melhorar o que está ruim e aperfeiçoar o que está bom”, afirma Maurício Cavalcanti, consultor empresarial da MFC Consultoria e Educação Corporativa. Segundo ele, o mapeamento de processos serve para dar direção às estratégias, mas é preciso medir para saber se a direção está correta. “A periodicidade de acompanhamento é conforme o processo, mas se não for contínua a correção pode ser tardia”, adverte. Uma das principais ferramentas para o acompanhamento de processos é o ciclo PDCA, que consiste em planejar, executar, checar e agir de acordo com a demanda ou necessidade. É um método de monitoramento permanente das operações que busca a melhoria contínua dos processos. “A eficiência operacional por si só não garante uma vantagem competitiva ou a inovação, porém, é extremamente difícil obter um diferencial no mercado sem que a organização opere com a máxima eficiência”, afirma Ícaro Bolotari, diretor presidente da Campe, Consultoria Jr. das Faculdades de Administração, Ciências Contábeis e Economia da UFJF. Racionalização de rotinas, eliminação de desperdícios diversos, redução de custos operacionais e melhoria na qualidade dos produtos são algumas das possibilidades viabilizadas pelo monitoramento de processos. Segundo Ícaro, a melhoria contínua
não deve ser encarada como uma ideologia, mas como um estilo de gestão. “A gestão de processos visa basicamente à melhoria de todas as operações, assim, certamente o mapeamento de processos tem um papel e lugar de destaque nos resultados da empresa”. Podemos dizer que o acompanhamento dos processos gera inovação? “Com certeza!”, afirma a coordenadora do Programa Regional de Qualidade da Zona da Mata, do Instituto Qualidade Minas, Fernanda Junqueira. “Se a liderança gerencia corretamente seus indicadores, estará atenta ao mercado e consecutivamente mais preparada a inovação. Quando há excelência na gestão, é natural que as organizações busquem melhoria contínua por meio da gestão de processos, pois toda gestão precisa ser baseada em dados concretos”. Inovação nas micro e pequenas empresas Sempre que pensamos em mapeamento de processos, nos vem à mente as grandes empresas com seus complexos sistema de gestão. Porém, o desafio é aplicar esta ferramenta nas micro e pequenas empresas e ainda gerar inovação. É preciso ser competitivo naquilo que se faz, e ao contrário das grandes empresas, as MPE são mais flexíveis e, portanto, as mudanças podem ocorrer com maior facilidade. Assim, aquele empresário que conhece bem seu negócio, a partir do mapeamento de processos, e está por dentro das mudanças do mercado, se adapta rapidamente e sai na frente.
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Toda empresa tem seus valores e princípios intrínsecos representados por um símbolo (logomarca). Esta deve ser reconhecida com um dos seus patrimônios, tamanho é o valor que representa para a organização. O Sindicomércio-JF tem hoje uma nova logomarca, compartilhando com os demais 950 sindicatos patronais do comércio brasileiro vinculados a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) do processo de padronização visual. “A necessidade de fazermos uma identidade única para todos os sindicatos era um desafio. A conscientização de que através desta atitude fortaleceríamos o sistema sindical foi aceita pelos sindicatos. Desse modo, partimos para o segundo processo, o da continuidade da credibilidade e o da evolução de ferramentas para atender os anseios coletivos dos empresários do comércio de bens e serviços do país. Agora, CNC-FECOMÉRCIO-SINDICOMÉRCIO possuem uma identidade visual correlata, para que todos os empresários identifiquem que o sistema é único, cada um na sua esfera e com sua responsabilidade”, declara o presidente do Sindicomércio-JF, Emerson Beloti. Na cerimônia de lançamento da nova logomarca da CNC, ação que aconteceu em novembro do ano passado e deu início ao processo de padroni-
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zação das entidades, o presidente Antônio Oliveira Santos expôs seu sentimento em relação ao novo momento vivido pelo sindicalismo brasileiro, “sem abrir mão da tradição, mas de olho no futuro”. Para a chefe da Assessoria de Comunicação da CNC, Cristina Calmon, são inúmeros os benefícios que essa padronização traz aos sindicatos. “A modernização e a padronização da identidade visual facilita a comunicação com o mercado, interage com as demais marcas do Sistema, agregando à imagem dos sindicatos as qualidades e a força dessas entidades”, argumenta. Para o presidente da Fecomércio-MG, Lázaro Luiz Gonzaga, a nova identidade visual representa a modernidade e unidade do Sistema Comércio. “O Sistema Confederativo da Representação Sindical do Comércio de Bens Serviços e Turismo, constituído de Sindicatos, Federações e Confederação Nacional e seus complementos sociais, estão com identidade visual nova que espelha, nacionalmente, unidade e modernidade. O Sistema é um robusto e valioso patrimônio de desenvolvimento econômico e social, idealizado, constituído e mantido pelos empresários e legado à sociedade brasileira”. É da mesma opinião a gestora das áreas Comercial e Marketing da Fecomércio-MG, Lúcia Vieira, que está acompanhando de perto o processo em todo o estado.
“A padronização das marcas tem como resultados positivos o fortalecimento dos sindicatos, através da uniformização em âmbito nacional da identidade visual do Sistema Comércio, composto pela Confederação Nacio-
nal do Comércio, Federações e Sindicatos. A integração das marcas do Sistema implica em maior visibilidade e força para defender e representar os interesses do empresariado do comércio de bens, serviços e turismo.”
Com o objetivo de aprimorar o trabalho desenvolvido pelas entidades representativas do comércio tornou-se imperativo o alinhamento gráfico entre a CNC, as Federações e os Sindicatos. Para tanto, foi proposto à unificação visual das entidades a partir da criação de uma família tipográfica própria, Comércio Sans, e adotou-se um símbolo comum, a asa, que representa a liberdade e a capacidade de alçar voos cada vez mais altos. Desta forma, atendeu-se as necessidades individuais de cada sindicato e estado, sem perder a coerência informacional e visual das unidades sindicais ligadas a CNC. Para que uma marca se estabeleça e seja reconhecida no mercado é fundamental a integração e uniformidade em todas as suas aplicações, independentemente do meio ou mídia de comunicação. Sendo assim, a nova logomarca do Sindicomércio-JF poderá ser vista, em breve, em todas as peças de papelaria corporativa do sindicato como envelopes, cartões, papéis timbrados e pastas, além das assinaturas digitais. É através dela que nossos associados, colaboradores, parceiros e a sociedade em geral irá reconhecer nossos princípios e valores, bem como ratificar a credibilidade e solidez de todo o Sistema Comércio.
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Para atender o desejo e a necessidade de capacitação dos colaboradores e empresários do comércio de bens e serviços, o Sindicomércio-JF está promovendo periodicamente palestras e cursos em seu auditório. Todo o conteúdo é minuciosamente elaborado e trabalhado para propor soluções práticas às dificuldades enfrentadas diariamente pelas empresas. O sindicato dispõe de toda infraestrutura e equipamentos necessários para o desenvolvimento de tais eventos com conforto e segurança. Mais que uma boa formação acadêmica, os palestrantes escolhidos têm em seus currículos muitos anos de experiência no mercado, sendo referência em suas áreas de atuação. Como não poderia ser diferente, as empresas associadas ao Sindicomércio têm condições especiais, pois o objetivo é facilitar e incentivar a participação de todos seus gestores e colaboradores. Para quem estava precisando melhorar suas técnicas de negociação e aprender novas estratégias, o Sindicomércio promoveu no dia 17 de julho a palestra “A Arte da Negociação”, com Rogério Paschoalino, administrador com mais de 17 anos de experiência em negócios, especializado em Programação Neurolinguística (PNL). “Existem várias técnicas que utilizam-se de palavras para atingir a mente da pessoas, com o intuito de produzir uma determinada ação. A PNL tem como objetivo levar o ser humano a excelência através do desenvolvimento pessoal e profissional”, afirma Rogério. Nesta mesma linha de conhecimento, a Advanced Trainer e Master Practitioner em PNL, Júnia Bretas, apresentou “Como combater os vilões da motivação” no último dia 30 de julho. “Saber lidar com o ser humano, seja em casa ou no trabalho, é um sempre grande desafio. É preciso reconhecer as necessidades e entender
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Turma “A Arte da Negociação”
Turma “Como combater os Vilões da Motivação”
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as diferenças entre as pessoas. Esse processo fica mais difícil quando não compreendemos nossos sentimentos e nem reconhecemos aquilo que nos aborrece. O autoconhecimento é o primeiro passo para o sucesso”. Já no mês de agosto, o Sindicomércio realizou dois cursos de capacitação. O primeiro, “Excelência em Gerenciamento Comercial”, com Felipe Alvim Quinet, contou com a participação de empresários e gerentes que tiveram a oportunidade de aprender como superar com eficiência as difíceis situações do dia a dia. Temas como negociação, gestão de pessoas, excelências no atendimento ao cliente, solução de conflitos, gestão de estoque no comércio foram abordados. “Facebook para Pequenas e Médias Empresas” foi o tema do segundo curso. O palestrante Evandro Martins mostrou como as mídias sociais podem trazer resultados significativos para as empresas. Todo o curso foi direcionado para atender as demandas e esclarecer as dúvidas dos participantes. “O primeiro passo para conquistar fãs no Facebook é oferecer um bom conteúdo. Depois é preciso interagir para conseguir o engajamento. Mas, de forma simples, eu aconselharia as empresas a se colocarem no lugar do usuário. Assim, fica mais fácil planejar e desenvolver uma estratégia eficaz”, afirma Evandro.
Turma “Excelência em Gerenciamento Comercial”
Turma “Facebook para Pequenas e Médias Empresas”
VEJA OS COMENTÁRIOS DOS PARTICIPANTES: “Fui para conhecer a ferramenta e fiquei encantado com as possibilidades. O palestrante é cativante e mostrou domínio no assunto. A palestra foi espetacular. Já até indiquei para os amigos. Com a palestra percebi a importância de ter um profissional na área para atuar nas mídias sociais”. Wólmer Monteiro (Fotógrafo) - Participou do Curso “Facebook para Pequenas e Médias Empresas”. “O que tenho a dizer sobre a palestra ministrada pelo Rogério Paschoalino, é que foi de grande aprendizado. O conteúdo e a explanação das informações foram ótimas e o tempo muito bem administrado. Numa próxima oportunidade, com certeza estarei presente”. Daniele Curcio (UNIMED - Participou da palestra “A Arte da Negociação”.
“A palestra foi super interessante e proveitosa. Toda informação é importante. Estou usando tudo o que aprendi no meu dia a dia” – Marcus Vinícius N. Esteves (Jepeças) - Participou da palestra “A Arte da Negociação” “Gostei do curso, pois o palestrante sabe apresentar o conteúdo de forma dinâmica. Não foi cansativo, porque teve vários vídeos e dinâmicas. Estou pensando em mandar meu funcionário para participar do próximo curso”. Gabriel Dourado Moreira (Arco Iris Livraria) – Participou do Curso “Excelência em Gerenciamento”.
“De forma assertiva e com uma desenvoltura de quem tem total domínio do assunto e do palco, Júnia trouxe conhecimentos básicos da Programação neurolinguística para nossa região. Simplesmente fantástica apresentação! Parabéns Júnia!” Leonardo Martins Cintra (Sistema Soluções em Geotecnologia) - Participou da palestra “Como Combater os Vilões da Motivação”. “A palestra foi excelente! Acrescentou muito no meu trabalho. É nítido o domínio, conhecimento e experiência do palestrante no assunto. Sua didática é maravilhosa!” – Camilla Bedeschi de Lima (Curso Yes) - Participou do Curso “Facebook para Pequenas e Médias Empresas”.
“A palestra foi muito válida, pois o palestrante apresentou situações do dia a dia através de dinâmicas em gru“O Rogério apesar de novo, nos passa po. Foi muito importante para a atucredibilidade e segurança, sempre nos danalização dos meus conhecimentos”. do exemplos das suas experiências profissionais”. Elisabete Thomaz Grigorosque Marcos Abel de Carvalo Mencalha (Clientt Negócios Imobiliários) - Partici(Ferragens Pinho) - Participou do Cur- Set/Out 31 so “Excelência em Gerenciamento”.Conexão pouComércio da palestra “A Arte 2013 da Negociação”.
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O turnover é um dos mais conhecidos indicadores aplicados pelos Recursos Humanos. Refere-se à taxa de admissões e demissões dentro de uma empresa, num determinado período, e pode ser entendido como um indicador da saúde organizacional. Sem dúvida, ter colaboradores comprometidos com o seu trabalho e com a empresa é o mais valioso bem que uma organização pode ter. Porém, é justamente um dos maiores desafios enfrentados pelas empresas nos últimos tempos. Para a consultora em Gestão de Pessoas, Roseane Cancela, a grande oferta de trabalho propicia o turnover. “Estamos vivendo um momento de pleno emprego. Os profissionais, principalmente os mais jovens, estão mais imediatistas, impacientes e exigentes. Não ficam na empresa se a mesma não lhe proporcionar chances de crescimento a pequeno e médio prazos”. “Não existe mais a crença de que se deve arrumar um emprego e se aposentar nele. Os jovens não querem só o emprego, mas desejam estar felizes nele e, principalmente, buscam qualidade de vida”, afirma a coach de carreiras, Márcia Miranda. Segundo Raquel Oliveira, gestora de pessoas, a alta rotatividade é muito prejudicial para as organizações. “O empresário não consegue passar a cultura da empresa para sua equipe e o colaborador perde a oportunidade de aprender e colher os re-
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sultados do seu trabalho”. O turnover pode causar impactos diretos e indiretos no negócio, entre eles, destacamos: custos de desligamentos e novas contratações, falhas operacionais, retrabalho, horas extras, sobrecarga do quadro ativo, queda na qualidade do atendimento e perdas de oportunidade de negócio. A rotatividade só é justificada quando o desligamento acontece após avaliações de desempenho. A alta rotatividade é um dos maiores problemas enfrentados pelo comércio e, para Raquel, isso decorre da própria natureza da atividade. “A carga horária diferenciada é um dos fatores que contribuem com o turnover. No entanto, defendo que é preciso desmistificar o trabalho do vendedor. Vender não é fácil e é preciso desenvolver técnicas, habilidades e competências para fazer um bom trabalho. O problema é que a maioria dos jovens não sabem disso quando buscam um emprego na área”. Mas o que fazer para cultivar e reter talentos? De acordo com o resultado da última pesquisa sobre as melhores empresas para se trabalhar, da revista Exame, o salário e os benefícios já não são suficientes para atrair e reter talentos. O estudo mostrou que atualmente os profissionais estão buscando uma cultura organizacional compatível com as suas crenças e valores. Outra questão ressaltada pela pesquisa é que os valores declarados devem ser verdadeiramente os mesmos que os praticados para evitar a decepção e desmotivação do novo colaborador. Existe uma alternativa simples, praticada por muitas empresas, que pode apresentar bons resultados: o turnover interno. Este consiste na troca de atividades e funções dentro da própria empresa. O objetivo é incentivar aos colaboradores a busca por novos conhecimentos diante dos novos desafios. Contudo, o que traz resultados é, sem dúvida, um tratamento respeitoso, reconhecimento do trabalho, um ambiente harmonioso, instruções e informações claras que lhe permitam evoluir dentro da empresa.
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Todos sabemos que o sedentarismo prejudica a saúde dos indivíduos. No mundo corporativo isso também acontece, pois algumas empresas parecem que pararam no tempo. A acomodação e a falta de disciplina são extremamente prejudiciais ao futuro de qualquer negócio. É preciso estar atento a situação econômica, tendências do mercado e, principalmente, demandas dos clientes internos e externos. Existem alguns sintomas que podem ser facilmente percebidos pelos gestores. O consultor empresarial Ivan Fajardo cita alguns deles: “Penso que a empresa torna-se estagnada quando a liderança entende que não precisa mais crescer. Alguns sintomas são evidentes como a paralisação de investimentos - no sentido de renovação/atualização de produtos/serviços - não buscar novos mercados de atuação, não se preocupar com a educação e qualidade de vida do colaborador. É claro que estas atitudes podem levar a empresa à morte, mas é fato também que sair da zona de conforto não é fácil. Cada empresa deve encontrar seu próprio caminho”. “Se você não expandir seu negócio, o concorrente certamente ocupará seu lugar”, é o que defende o consultor empresarial Gerson Cancino Jr., que trabalhou muitos anos com empresas de São Paulo. “Toda mudança gera medo e insegurança, mas o empresário precisa estar preparado para isto. Sempre haverá empresas correndo atrás do prejuízo, porém, o que me assusta em Juiz de Fora, é que a grande maioria das empresas está assim”. Ele acredita que o mercado juiz-forano precisa ser estudado, pois ainda há muitas oportunidades a serem exploradas. O também consultor empresarial Arésio Ribeiro Jr., ressalta que nem todo empresário é empreendedor. “Acredito que a consultoria é a melhor alternativa para empresários com esse perfil e, principalmente, para aqueles que não têm tempo para traçar um planejamento de mudanças. O momento certo para inovar é ontem, contudo este processo deve ser
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gradual e contínuo, sempre respeitando as etapas”. Ivan Fajardo aproveita a oportunidade para dar algumas dicas que podem restabelecer a ‘energia’ da empresa. “Em alguns casos, é necessário fazer um adequado processo de sucessão de liderança. Implantar um efetivo processo de gestão de qualidade é outra alternativa. As empresas também podem analisar a ações dos concorrentes para traçar um plano de negócios mais agressivo, sem esquecer dos investimentos em tecnologia e qualidade de vida dos colaboradores”. Por fim acrescentamos: desenvolver metas desafiadoras que motivem a equipe e mudar a rotina fazendo o trabalho diário sempre de forma diferente. Deste jeito é possível manter a boa forma dos negócios.
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Aproveitar um assunto, um acontecimento ou um modismo que está em alta, associá-lo a um aspecto positivo da marca/produto/serviço é desenvolver o Marketing de Oportunidades. Quem não se lembra da propaganda “Motorista da Rodada”, promovida pela Skol, quando a blitz da Lei Seca ficou mais rigorosa? Para o publicitário Sergio Gattás Bara, Iso4 Comunicação, o Marketing de Oportunidades é pegar “carona” numa situação e tentar transformá-la em algo positivo para o negócio. “Atualmente, o Marketing de Oportunidades ganhou ainda mais possibilidades e agilidade, graças às redes sociais. Acontecimentos relevantes logo têm seus vídeos visualizados e compartilhados por milhares de pessoas no You Tube, ganham uma hashtag (#) no Twitter e uma imagem com uma frase engraçada no Facebook. Só é preciso ter cuidado para não perder o foco, transformando a oportunidade em oportunismo”. De acordo com o publicitário Luiz Cavalini, da Griffin Comunicação, o conceito de Marketing de Oportunidades é antigo. “É o pipoqueiro que instala seu carrinho de pipocas na porta da escola no horário da saída. É claro que os estudiosos procuram compreender o fenômeno e aplicá-lo de modo organizado, a fim de que dele se extraia o máximo de possibilidades, mas na maioria das vezes o evento é espontâneo”. Segundo ele, as pequenas empresas são as mais aptas a identificarem e aproveitarem as oportunidades. “As grandes empresas têm mais dificuldades para ação, por causa da complexidade da sua gestão”, defende. “Qualquer ação passa pela análise dos 4Ps de Marketing (Produto, Praça, Preço e Promoção). É essencial que a oportunidade de mercado esteja alinhada ao tipo de negócio. Na maioria das vezes as oportunidades são perdidas por razões óbvias, como incapacidade de atendimento à demanda, preço fora da margem de percepção de valor, entre outros”, afirma o diretor executivo da Aria Publicidade e Marketing, Nivaldo Alvarenga. O principal problema apontado pelos três publicitários é a dificuldade dos gestores em alinhar seu produto/serviço a oportunidade. Recentemente, o Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística (Ibope) divulgou um estudo que mostra quais são as maiores paixões dos brasileiros. Confira a tabela a seguir com os principais resultados.
Quando questionados sobre qual tema devia ser mais explorado em campanhas de marketing, os publicitários foram unânimes: “Todos!”. “Pelo simples fato desses pontos terem sido apontados como preferências do brasileiro e, de certa forma, fazerem parte da nossa cultura, a possibilidade de êxito de uma ação com esses temas é consideravelmente maior”, afirma Sérgio Bara. “É claro que as paixões nacionais têm e devem ter um merecido destaque nos apelos comerciais”, acrescenta Nivaldo. Ainda, segundo Luiz Cavalini, “as paixões são momentos de pouca reflexão do consumidores, o que por consequência gera boas oportunidades de consumo. Assim, as empresas que vislumbrarem qualquer atividade ligada ao evento pode ter sucesso. Do turismo à moda, do souvenir à música, da capacitação de pessoal à vitrine, existe um universo de possibilidades que não podem ser descartadas”, conclui.
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Já está se tornando rotina ir ao banco sem sair de casa. Seja pelo conforto, praticidade, agilidade ou, até mesmo, por segurança, o fato é que o Internet Banking ganha cada vez mais adeptos. Para poupar o tempo nas intermináveis filas dos bancos, muitos clientes têm optado pelas agências virtuais para realizar suas transações financeiras. Hoje, estes sistemas são referência de modernidade e segurança, passando periodicamente por atualização. O Internet Banking no Brasil foi lançado em 1996. Deste ano em diante, o serviço ganhou força e atualmente representa quase 50% de todas as transações financeiras realizadas pelos bancos. Segundo Leila Pavani, assessora de comunicação do Grupo Bradesco, quando os clientes passam a realizar suas transações financeiras por meio dos canais digitais, as agências conseguem aperfeiçoar seu atendimento, focando nos negócios. “De janeiro a maio deste ano, somente na internet foram realizados mais de dois bilhões de transações, o que representa 48% do total de transações realizadas no banco neste mesmo período”, destaca. Ela acrescenta que quanto maior a escolaridade e renda do cliente, maior é a penetração deste serviço. As empresas também podem dispor deste serviço. Normalmente, os sites possuem um ambiente especial destinado a Pessoa Jurídica. “O Internet Banking Empresarial apresenta todas as informações atualizadas da conta do cliente e permite efetuar pagamentos e transferências de forma online, além de serviços como Cash Management, investimentos, empréstimos, câmbio, débito direto autorizado, recebíveis, recolhimento de valores, entre outros”, afirma a diretora de comunicações corporativas do Grupo Santander, Suelem da Silva Oliveira. “Já percebemos que quando o cliente começa a usar o Internet Banking freqüentemente, esse se torna o canal principal dele, ficando a agência para necessidades mais complexas”, acrescenta. Apesar de oferecerem praticamente todos os serviços das agências físicas, os principais serviços utilizados pelos brasileiros nas agências online são consulta de saldos e extratos, pagamentos diversos
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e transferências. Contudo, o mais importante ao realizar transações financeiras no ambiente virtual é garantir a segurança das informações. Para isso é preciso seguir algumas recomendações. Veja abaixo as principais, indicadas pelo banco Itaú.
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Além do acesso através de computadores e notebooks, hoje também é possível dispor do Internet Banking ou Mobile Banking através dos dispositivos móveis como os smartphones e tablets. Para isto, basta fazer download gratuitamente dos aplicativos disponibilizados pelos respectivos bancos. A adoção de canais digitais para a realização de transações financeiras mostra-se irreversível, uma vez que o número de usuários de internet e mobile banking crescem exponencialmente. Cabe aos bancos modernizar suas ferramentas de atendimento para suprir as demandas e aos clientes aproveitar as facilidades que este serviço oferece.
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A história do trabalho mostra que, ao longo dos anos, a mulher não só vem conquistando significativa representatividade no mercado, como também direitos. Um dos mais importantes, sem dúvida, diz respeito à maternidade. Desde sua criação, em 1943, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) prevê garantias especiais às mulheres grávidas. Esses direitos estão dispostos em seu Capítulo III, Seção V, do Título III, intitulado “Da proteção à maternidade”. A Constituição de 1988, nos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias, também trata deste tema em três incisos do seu artigo 7°. A preocupação com a proteção à maternidade aparece tanto na licença-maternidade como na estabilidade garantida à gestante, assegurada desde o momento da confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. É preciso ressaltar que a garantia à estabilidade, concedida após os 120 dias de licença-maternidade, nada tem a haver com o benefício de férias remunerado. Muitas vezes, quando a gestante tem o direito a férias, ela, em acordo com a empresa, escolhe gozar do benefício logo após o fim da licença-maternidade, a fim de prolongar o tempo ao lado do filho. Mas o benefício das férias não interfere na garantia a estabilidade no trabalho. • Mas, quando o direito a estabilidade começa? A partir do descobrimento da gravidez ou da comunicação à empresa?
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Na verdade, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) entende que o direito a estabilidade começa no momento da concepção do feto, ou seja, antes mesmo do conhecimento da mulher. Contudo, a própria legislação proíbe a empresa de exigir um teste, exame, perícia, laudo, atestado ou qualquer outro tipo de declaração que comprove o estado de gravidez tanto na admissão quanto de demissão. Porém, já existem decisões, mesmo que em número reduzido, inclusive do próprio TST, considerando legal a exigência de exame de sangue para gravidez no momento do exame demissional. Em resumo, esta corrente, argumenta que a realização do exame traz uma proteção a mais ao empresário, à empregada e, sobretudo, à criança que vai nascer. • O que acontece a empresa quando a mesma dispensa, sem justa causa, uma colaboradora grávida? Nesta situação, fica o empregador obrigado a reintegrá-la ao quadro de funcionários, pelo menos até que o período de estabilidade termine. Contudo, há casos em que a gestante só comunica a empresa de sua condição após a mesma já ter contratado outro profissional para substituí-la na função. Neste caso, fica a critério da empresa recontratar a colaboradora ou indenizá-la o valor dos salários e demais benefícios referentes ao período de estabilidade. • Esse direito é válido para todos os tipos de contrato de trabalho? Sim. Recentemente, o direito a estabilidade no trabalho tornou-se válido tanto para os contratos por tempo determinado, quanto no curso do aviso-prévio trabalhado ou indenizado e, ainda, para os contratos de experiência. É preciso destacar que o objetivo das leis citadas acima não é punir ou prejudicar as empresas, mas garantir o sustento da criança nos seus primeiros meses de vida.
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Para quem quer ter diversas opções, garantir um bom hotel e ainda deseja economizar, está na hora de começar a planejar as férias de fim de ano. Com o turismo nacional e internacional aquecido, a procura por pacotes está cada vez maior e quem se antecipar conseguirá as melhores condições do mercado. Segundo a agente de viagens da Top Tour, Lícia Goulart, as pessoas devem começar a se planejar com seis meses de antecedência. “O fim de ano é um dos períodos mais concorridos e por causa da alta procura, quanto mais perto da data, mais caro os pacotes de viagens. O transporte aéreo é o que mais pesa. Assim, quem não quer comprometer o orçamento familiar, precisa planejar as férias com certa antecedência. Com formas de pagamento variadas, muitos passageiros escolhem pagar seu pacote antes mesmo da viagem. É uma forma inteligente para não se endividar”, ressalta. De acordo com a pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas com o Ministério do Turismo, em junho de 2010, 24% dos entrevistados disseram ter a intenção de viajar nos próximos seis meses. Neste ano, a mesma pesquisa apontou ser o desejo de 31% dos entrevistados. Isso quer dizer que os brasileiros estão viajando mais, com destaque para a classe C, e que as condições para viajar também estão melhores. Opções de pacotes não faltam. Conforme a assessora de comunicação da CVC, Andreza Rodrigues, as cidades nordestinas são as preferidas pelos juiz-foranos. “Maceió (AL), Porto Seguro (BA) e Natal (RN) são muito procuradas. Entre os destinos internacionais destacamos Buenos Aires (Argentina), Santiago (Chile), Orlando, Miami, Las Vegas, Nova York (Estados Unidos), Cancun (Caribe), Paris (França), Roma (Itália), Madri (Espanha) e Londres (Inglaterra). Atualmente, as viagens internacionais correspondem a 30% do total de vendas”. Para a diretora da Passadena Turismo, Karina Costa, alguns países já estão olhando diferente o turista brasileiro. “As embaixadas estão buscando agilizar seus
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processos de liberação de vistos para os brasileiros. Um bom exemplo é o que recentemente vem acontecendo com o visto americano”. Karina diz que outra opção de turismo que vem ganhando o mercado são os cruzeiros. “Os valores dos cruzeiros são bem atrativos e a procura por esse produto está crescendo”. Lícia Goulart concorda e diz ter motivos para comemorar: “Hoje, 15% dos pacotes vendidos são para cruzeiros. Eu sempre digo para os meus clientes que os cruzeiros são um hotel cinco estrelas sob a água. Nele os passageiros têm atenção diferenciada, pois toda a tripulação passa por um treinamento especial para receber o turista”. Andreza Rodrigues também comemora: “Em 2010, aproximadamente 330 brasileiros procuraram por cruzeiros nas agências. Já em 2012 esse número saltou para 1.200. Neste ano, entre os meses de janeiro e maio, a procura por pacotes dessa modalidade está 60% maior que no ano passado. Assim, posso afirmar que os cruzeiros caíram no gosto dos brasileiros”, conclui.
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Fonte: Balanço do Crédito do Comércio Varejista de Belo Horizonte / Agosto de 2013 - Fecomércio Minas
Mensalmente, o Departamento de Economia da Fecomércio Minas divulga o “Balanço do Crédito do Comércio Varejista”. Essa pesquisa é realizada com os lojistas de Belo Horizonte e tem por objetivo levantar informações sobre a composição das vendas a prazo. Apesar do estudo reproduzir a situação do comércio da capital, podemos aproveitar seus resultados para estabelecer uma comparação com o comércio de Juiz de Fora, pois os processos de compra e venda são afetados da mesma forma pelos avanços tecnológicos no mundo. Segundo a última pesquisa, publicada em agosto, com base nas operações realizadas em julho, as vendas a prazo representaram 70% do total de vendas, sendo o cartão de crédito responsável por 87% destas transações. No parcelamento, os prazos praticados concentram-se entre 3 a 10 parcelas, res-
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ponsáveis por 88% das operações realizadas. Neste estudo, qualquer operação com cartão de crédito é considerada vendas a prazo, pois o lojista só recebe efetivamente o valor após 30 dias ou mais da venda. A pesquisa considera que o prazo tem forte apelo no processo de decisão de compra, porque acomoda o preço à renda do consumidor, independentemente do valor do produto. Outra constatação feita pela pesquisa se refere ao uso de cheques. Estes vêm perdendo espaço no mercado em virtude do risco da operação. No mês de julho de 2013, os cheques representaram apenas 7% das vendas a prazo. É preciso ressaltar que 96% das empresas entrevistadas disseram evitar o aceite de cheques para o parcelamento de compras. Completando o quadro de formas de venda a prazo está o uso de boletos e carnês, com 4% das vendas e o cartão de crédito próprio com 2%. Assim, somando todas as formas de pagamento eletrônico, elas representam 89% das operações realizadas em julho. Para explicar tamanha preferência pelos meios eletrônicos, podemos destacar a segurança, a facilidade e a conveniência do acesso, aliada ao apelo “pagamento sem juros”, que atende tanto aos interesses do cliente quanto dos empresários. Do ponto de vista do consumidor, a pesquisa destaca que a preferência do uso dessa modalidade se dá por causa da facilidade nos parcelamentos. Por parte dos empresários, o estimulo a esse tipo de pagamento está relacionado ao fortalecimento da carteira de recebíveis, garantia de pacotes de benefícios junto às administradoras (redução na taxa de juros e/ou aluguéis de terminais), mas, principalmente, a garantia de receber ao final do mês, pois não há risco de inadimplência do consumidor. Dos empresários consultados, 94% trabalham/ aceitam o cartão de crédito. Na opinião de muitos lojistas, o fato de não trabalhar com cartões limita o fluxo de negócios da empresa, além de comprometer a imagem do estabelecimento. Assim, a percepção de que o parcelamento suaviza o peso da compra sobre a renda das pessoas, o que por consequência incentiva o consumo e garante a melhor relação custo-benefício.
O Sistema de Excelência em Gestão Sindical (Segs) deu um passo importante na inovação e na inclusão de novas tecnologias em seus processos. Em junho e julho, representantes de federações e sindicatos participantes do Segs realizaram a Capacitação de Avaliadores pela modalidade de Educação a Distância (EAD). As primeiras turmas contaram com 120 participantes e se encerraram em 3 de julho. O método utiliza uma plataforma online que disponibiliza todo o material do Segs relacionado à realização de Avaliações e coloca os participantes em contato tanto uns com os outros como com os tutores do Segs e os multiplicadores das Federações, em um fórum de debates. Para a multiplicadora da Federação do Comércio do Estado de Santa Catarina (Fecomércio-SC), Cecília Miranda, a ferramenta trouxe mais dinamismo ao processo. “Esta experiência foi muito mais rica do que um treinamento presencial, pois anteriormente os avaliadores dispunham de um único treinamento de oito horas. Agora, durante quinze dias, eles têm um ambiente virtual disponível
com todo o material necessário, além da presença dos tutores e de outros avaliadores”, falou Cecília. Um dos tutores do Ciclo de Avaliações, o assessor da Gerência de Programas Externos da CNC, Alexandre Marcelo, ratifica a opinião de Cecília e destaca que a utilização dos recursos tecnológicos disponíveis visa aumentar a capacidade de atendimento. “Algo que notamos nesta primeira turma foi a intensa troca de conhecimento e práticas, um ponto extremamente favorável possibilitado por esta ferramenta e uma demonstração de que estamos no caminho certo”, disse. Avaliadora do Sindilojas Tubarão, em Santa Catarina, Natalia Cordini aprovou a novidade e disse que o método trouxe praticidade no processo e conseguiu integrar os participantes. “A adoção deste sistema mostrou que a CNC acompanha o processo evolutivo da sociedade e está empenhada em promover a integração tecnológica dos sindicatos. Além disso, a aproximação entre os sindicatos é ótima”, concluiu Natália. O prazo final para entrega da Avaliação de consenso foi dia 31 de agosto.
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Por: Gabriel de Andrade Ivo - Economista da Fecomércio MG
A crescente informatização corporativa inova e transforma o mercado e as relações entre empresas e consumidores. A tecnologia da informação é cada vez mais importante economicamente, em um momento, em que o tempo vale ainda mais dinheiro. As mudanças nas relações de mercado estão baseadas em segurança, facilidade, comodidade e pagamentos eletrônicos. Também envolve pesquisa, desenvolvimento, marketing, propaganda, negociação, vendas e suporte tecnológico. Tudo isso evolui conjuntamente ao comércio pela internet, ainda mais presente na vida dos brasileiros. A expectativa para 2013 é que o comércio eletrônico atinja R$ 28 bilhões em vendas, superando 50 milhões de consumidores, segundo projeções da e-bit, empresa especializada no segmento virtual. A tendência é que a expansão do mercado on-line continue nos próximos anos, associada ao aumento das vendas de dispositivos móveis como tablets e smartphones. As transações feitas por meio desses aparelhos representaram 2,5% de todas as compras pela internet no país. Em 2011, esse número era de apenas 0,1%. A previsão para 2013 atinge crescimento de 25% sobre os R$ 22,5 bilhões faturados em 2012, excluindo serviços e ofertas em sites de compras coletivas. O varejo virtual atinge quase 5% do volume de transações no comércio brasileiro, e a expansão está associada ao maior acesso à banda larga. De acordo com a e-bit, os segmentos mais expressivos em volume de negócios no e-commerce são: eletrodomésticos (15%), produtos de informática (12%), eletrônicos (8%), cosméticos e perfumaria (7%) e vestuário (7%). Esse cenário em crescimento traz oportunidades, principalmente aos empreendedores que se voltam para mercados especí-
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ficos. O investimento em logística e atendimento passa a ser fundamental para atrair consumidores com perfil diferenciado, exigente e moderno. O bom momento não é apenas para os gigantes varejistas, mas também para as micro, pequenas e médias empresas. Investir no ambiente virtual não pode ser visto como uma estratégia que apenas aumenta os custos, mas um investimento que trará resultado. Essa não é mais uma dúvida, mas uma certeza da necessidade de adequação, para aumentar a competitividade, as vendas e a confiança do consumidor. O consumidor está interessado na comodidade que as compras virtuais podem oferecer. Por isso, há a necessidade de adaptação dos empresários a esse novo perfil, dinâmico, inovador e exigente.
Por: Aldine Mara
Em Juiz de Fora, na Zona da Mata, 120 alunos da rede pública de ensino ganharam uma rotina diferente no contra turno escolar. Desde junho, estes estudantes participam do Projeto de Habilidades de Estudo, o PHE. As atividades acontecem no Sesc Juiz de Fora, de segunda a sexta-feira, gratuitamente. Lá, eles recebem acompanhamento do dever de casa e nas pesquisas escolares, aulas de inglês, dança, teatro, música, passeios, oficinas de esportes e muito mais. O PHE é uma proposta do Departamento Nacional do Sesc e está sendo implantado em algumas unidades mineiras da instituição. Juiz Fora foi a pioneira em Minas Gerais. O projeto destina-se a atender estudantes do ensino fundamental (do 2º ao 5º ano), com faixa etária entre 7 e 12 anos, matriculados em escolas públicas, com renda familiar bruta de até três salários mínimos, preferencialmente filhos de trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo. Para fazer parte do projeto, os estudantes interessados participaram de um processo seletivo, divulgado anteriormente em edital publicado no site do Sesc. Para Evandro Pinheiro, gerente do Sesc Juiz de Fora, é motivo de orgulho receber um projeto que tem como objetivo a formação integral das crianças
e que abre caminhos para uma real transformação da sociedade. “Os alunos e alunas assistirão concertos, peças teatrais, exposições artísticas, saraus de poesia, literatura e shows que têm como finalidade dar acesso ao mundo da arte e da cultura, fortalecendo o sentimento de cidadãos participativos e atuantes no futuro do país. As crianças que frequentam o Sesc e participam do PHE terão experiências que certamente contribuirão para a construção de um de mundo mais justo e democrático, e principalmente, exigir que isto aconteça”, conclui Evandro. PHE EM MINAS A capital mineira também já recebeu a iniciativa. Em Belo Horizonte, as ações tiveram início no Sesc Floresta. Ao todo, 64 alunos são atendidos durante a semana, com acompanhamento pedagógico, aulas de inglês, informática, artes cênicas, oficinas de esportes, saúde e jogos. Ainda em BH, o Sesc Santa Quitéria também irá receber a proposta. No interior, Bom Despacho, na região Centro-Oeste, também participará do projeto. Os editais e mais informações estão disponíveis no site www.sescmg.com.br.
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Por: Lavina Rodrigues James - Orientadora de Cursos do Senac Juiz de Fora desde 1995
Hoje, no cerne do debate entre educação presencial e a distância, novos desafios são colocados. Um deles diz respeito ao aproveitamento das novas tecnologias e linguagens nos processos pedagógicos presenciais ou a distância. Os métodos, técnicas e tecnologias de educação construíram um novo paradigma para a educação brasileira. A perspectiva que se coloca é a de que o aproveitamento do aluno está vinculado à habilidade instrumental e manuseio eficaz das ferramentas colocadas à disposição dos professores e alunos. A revolução tecnológica e a revolução da linguagem com seus novos códigos verbais, verbo-visuais e verbo-audiovisuais se correlacionam na transmissão, difusão e construção do conhecimento presencial ou a distância. Neste sentido, o desenvolvimento da competência discursiva e linguística dos usuários das novas tecnologias deve ser uma preocupação constante, visto que na interação presencial ou a distância a linguagem tem um papel bem definido: a partir de um assunto
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de interesse comum, contribuir para a construção, revisão ou refutação de opiniões ou de pontos de vista. Neste contexto, o Senac, instituição de educação profissional comprometida com o desenvolvimento de competências profissionais, faz a diferença. Empenha-se na garantia da qualidade em todos os cursos, em todos os níveis e modalidades de ensino, não só para que os alunos tenham acesso à informação, mas para que a transformem em conhecimento e continuem aprendendo. De maneira integrada, a Instituição trabalha os conhecimentos, as habilidades, as atitudes, os valores e as emoções do indivíduo. Não basta ao aluno apenas aprender, é preciso ter condições de colocar em prática aquilo que se aprendeu para responder aos desafios da vida pessoal e profissional de maneira original, criativa e eficiente. O Senac forma profissionais competentes e capacitados para o mercado de trabalho e a vida tanto nos cursos presenciais quanto nos à distância.
O Negócio a Negócio é uma consultoria personalizada e gratuita para pequenos empreendimentos. O projeto está sendo realizado em 14 cidades do Estado. Em Juiz de Fora, durante o mês de julho, foram atendidas 1.200 micro empresas em todas as regiões da cidade. No primeiro atendimento, o empresário recebe a visita de um funcionário do Sebrae Minas que levanta dados cadastrais e gerenciais da empresa. Essas informações são analisadas por especialistas, que fazem um diagnóstico do negócio. No segundo atendimento, o empresário recebe um relatório com orientações empresariais. Esse documento aponta ferramentas de gestão para sanar os pontos fracos identificados. Há ainda uma terceira visita à empresa, para avaliação dos resultados alcançados e levantamento das dificuldades encontradas na implantação das melhorias indicadas.
O Negócio a Negócio foi criado em 2010 para levar orientação gerencial ao empresário, em seu próprio endereço. O projeto já atendeu mais de 80 mil empreendimentos em Minas Gerais. Já foram atendidos pelo projeto empreendimentos de 101 cidades do Estado. Para esta nova fase do projeto, a previsão é que sejam visitadas cerca de 90.000 empresas. Os funcionários do Sebrae Minas estarão identificados com crachá. O empresário que receber a visita pode consultar a relação com os nomes dos funcionários que estarão realizando as visitas, no site www.sebraemg.com.br, para conferir a identidade do técnico. Além de Juiz de Fora, as cidades que participam do projeto em 2013 são: Belo Horizonte, Contagem, Sete Lagoas, Divinópolis, Governador Valadares, Ipatinga, Uberaba, Uberlândia, Varginha, Poços de Caldas, Montes Claros, Paracatu e Teófilo Otoni.
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ações de representatividade
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) lança, anualmente, o Portfólio Referencial de Produtos e Serviços, onde os sindicatos a ela ligados tem sua qualidade reconhecida. O Sindicomércio-JF foi apontado este ano em sete diferentes categorias: Assessoria Sindical, Banco de Talentos, Comunicação, Educação, Disponibilidade de Espaços, Sites e Planos de Saúde. Isso comprova como a entidade está focada na defesa dos interesses da categoria. Ao tomar conhecimento da publicação, o presidente Emerson Beloti declarou “ser muito importante para o Sindicomércio ter seus serviços e produtos reconhecidos pela CNC, principalmente agora que estamos passando por um processo de padronização, focado nos parâmetros da qualidade de nossa Confederação”. Para ter um produto ou serviço reconhecido pela CNC, os sindicatos devem atender a uma série de critérios, bem como oferecer informações confiáveis a todos os membros parceiros, representados e à comunidade.
No último dia 23 de agosto, o Sindicomércio concretizou sua participação no nível 2 do SEGS (Sistema de Excelência em Gestão Sindical), procedendo sua avaliação de consenso – Ciclo 2013, contando com a presença da avaliadora Danielle Rocha (Sindilojas BH). O objetivo do trabalho foi o de comprovar o atendimento aos critérios de avaliação do programa, elaborados com base nos quesitos estabelecidos pelo Prêmio Nacional de Qualidade. Praticar gestão estratégica é a palavra de ordem! Uma entidade sindical moderna compreende constante exercício de planejamento, rotinas adequadas, aplicação eficiente de recursos, redução do desperdício e agilidade nos seus processos. Assim, a adoção de ferramentas de qualidade para a busca da excelência é uma ótima opção para garantir bons resultados e gerar crescimento constante. O acompanhamento dos resultados permite corrigir rumos e trabalhar sempre para a melhoria contínua.
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Os representantes do Sindicomércio no SEGS são o superintendente, Sergio Costa de Paula, e a responsável pelo departamento administrativo, Rosilene de Assis.
No centro Danielle Rocha (Sindilojas BH), a esquerda Rosilene de Assis (Departamento Administrativo do Sindicomércio) e a direita, Sergio Costa de Paula (Superintendente).
ações de representatividade
No último dia 31 de julho, a Prefeitura de Juiz de Fora promoveu em sua sede a cerimônia de posse da nova diretoria do Conselho Municipal de Turismo (Comtur). Diversas entidades da cidade, entre elas o Sindicomércio-JF, estiveram presentes no evento. A solenidade foi presidida pelo então presidente do conselho Gustavo Lemos. O Sindicomércio, representado por seu diretor-secretário Nício Fortes Garcia, foi convidado a participar do Conselho, assumindo uma das cadeiras do colegiado. O superintendente do Sindicomércio, Sergio Costa de Paula, assumiu como suplente. Na oportunidade, assumiu o Conselho, em nova gestão, como presidente a gestora do Núcleo de Turismo da Prefeitura de Juiz de Fora, Danielle Rabelo Feyo Lopes, na vice presidência Gustavo Silveira Lemos, representante do Convention Visitors Bureau, e na secretaria executiva Marcos Henrique, representante da Abrasel Zona da Mata. Entre os desafios da nova diretoria para os próximos dois anos estão à volta dos voos comerciais
no Aeroporto Itamar Franco, criação do Centro de Informações Turísticas, desenvolvimento de uma campanha de sensibilização para o acolhimento de turistas, tornar o espaço do Expominas funcional e, finalmente, atrair mais eventos para Juiz de Fora.
No centro Danielle Feyo, presidente do Comtur, a esqueda o superintendente Sergio Costa de Paula, a direita Nício Fortes Garcia, diretor secretário do Sindicomércio que assumiu uma cadeira no Conselho.
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história dos
associados
Rua Monsenhor Gustavo Freire, 233 – São Mateus Uma das primeiras empresas especializadas em produtos para piscinas em Juiz de Fora, a Serpa Piscinas comemora em 2013 seu quadragésimo terceiro aniversário. Tradição e excelência no atendimento marcam a história desta empresa, que já está na sua quarta geração. O empresário José Alberto Bedendo apresenta com orgulho a trajetória do seu negócio. “A empresa foi fundada por meu pai, em 1970. Na época, poucas famílias possuíam uma piscina em casa. Era considerado um artigo de extremo luxo. Nossa primeira loja foi no bairro Mariano Procópio, perto de casa. Mas o negócio prosperou rapidamente e nos mudamos para Av. Barão do Rio Branco, quase esquina com a Rua Espírito Santo. Alguns anos depois mudamos para a Rua Espírito Santo, próximo a Rua Batista de Oliveira e desde 1992 estamos aqui, na Rua Monsenhor Gustavo Freire, no bairro São Mateus”. A loja, localizada em um ponto estratégico do bairro, possui uma ampla área para exposição de produtos e artigos de piscina, além de contar com estacionamento próprio. “Hoje, o cliente busca conforto e bom atendimento. Ter um estabelecimento que atenda essas necessidades é um diferencial. Se o cliente não pode vir à loja, levamos os produtos até
ele. É como se diz: vender bem, para vender sempre”. Além de produtos para o tratamento da água e assessórios para piscinas, a Serpa Piscinas possui filtros, equipamentos para aquecimento e iluminação. “São poucas as empresas que possuem conhecimento e experiência na área para oferecer ao cliente uma orientação adequada. Aqui na loja informamos ao cliente tudo o que ele precisa saber sobre o produto que está comprando. Prestamos assessoria a muitos engenheiros da cidade”, afirma José Alberto. Segundo o empresário, a preocupação com o bem estar do cliente vai mais além. “Damos até dicas e orientações para prevenir e combater a dengue.” Com o crescimento da construção civil, o comércio de piscinas vive um bom momento. “O número de piscinas aumentou significamente. Hoje, a maioria dos condomínios possui uma ou até duas piscinas, sem esquecer dos clubes, associações e academias de ginástica. Acredito que, atualmente, o grande desafio das empresas seja sobreviver a alta carga tributária do país. Ninguém tem interesse em vender caro, por isso a reforma tributária se faz necessária para a manutenção dos negócios em geral”, conclui.
Foto retirada do site www.mariadoresguardo.com.br Foto autoria de João Batista de Araújo em agosto de 1977.
José Alberto Bedendo, José Alberto Bedendo Jr. e Fernando Bedendo
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ESPAÇO PUBLICITÁRIO
A Manjar Alimentos Gastronomia em Congelados Light e Gourmet chega a Juiz de Fora trazendo um novo conceito em alimentos congelados. Certificada pelo PAS- Programa de Alimentos, a empresa conta com uma equipe qualificada de nutricionistas, engenheiros alimentares e técnicos de nutrição. Seus alimentos são 100% naturais e tem o objetivo de dar ao consumidor, refeições prontas em poucos minutos de aquecimento em forno micro-ondas, sendo que alguns dos pratos também podem ser em forno elétrico e/ou convencional. A nutricionista Ana Alice ressaltou o diferencial da empresa. “Os nossos produtos atendem a qualquer tipo de consumidor. Trabalhamos com hospitais, hotéis e motéis, bares e restaurantes que chamamos de linha institucional; para os consumidores finais oferecemos a linha PDV (ponto de venda). Além dessas, oferecemos as linhas designadas para a reeducação alimentar que são: Spa Week e Dieta Detox E deliciosos lanches que atendem qualquer ocasião”, destacou.
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Rua José Lourenço, 192, São Pedro. • Horário: Segunda a Sexta de 9h às19h e aos sábados de 9h às 13h.
novos
associados
Monte das Oliveiras Materiais de Construção Rua Evaristo da Veiga, 645 – Benfica
A Monte das Oliveiras Materiais de Construção é uma loja especializada em produtos para obras, da fundação ao acabamento, que há 12 anos atende aos moradores da ZonaNorte. Aline Martins de Carvalho Fernandes, proprietária, diz que a demanda da região se equivale à capacidade da empresa. “Eu e minha família moramos aqui em Benfica. Vimos este bairro crescer e se desenvolver e a nossa empresa faz parte desta história. O centro é muito afastado e, às vezes, o frete fica muito caro. Nossos preços também são equivalentes, por isso, os moradores da região compram conosco”. Recentemente, sua empresa se associou ao Sindicomércio. “Decidi me associar à entidade quando descobri os benefícios que ela proporcio-
nava às empresas associadas. O que mais chamou minha atenção foi o plano de saúde, a assessoria jurídica e os trabalhos do departamento de RH.”
Arquivo Sindicomércio
Wólmer P. Monteiro – Fotográfo Com 25 anos de experiência na cobertura de eventos corporativos e casamentos, Wólmer Monteiro é um dos fotógrafos mais conhecidos de Juiz de Fora. Seu interesse pela fotografia surgiu após o nascimento de sua filha, em 1982. “Queria registrar todos os momentos do seu desenvolvimento. Neste momento conheci Francisco Bicalho, fotógrafo que me passou as primeiras noções de fotografia. Foi com ele também que comprei minha primeira máquina fotográfica. Logo, a fotografia se tornou meu hobby e virei o fotografo da família”, lembra. Em 1988, o então motorista da Cesama se tornou fotógrafo profissional. “Bicalho foi o grande incentivador da minha carreira, precursor dos meus primeiros trabalhos como fotógrafo profissional. É claro que durante estes 25 anos fiz diversos cursos para aprimorar minha técnica, entre eles, o de iluminação com JR Duram (Brasil) e Dean Collins (USA), entre outros. Outra pessoa
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muito importante na minha carreira foi o professor Rolf Curt Benda, com quem aprendi a respeitar rigorosamente os horários, a estar sempre participando de cursos e palestras para atualizar meus conhecimentos”. Wólmer, que também é sócio fundador do Proimagem, clube de fotógrafos profissionais de Juiz de Fora, diz que sua recente associação ao Sindicomércio se deu pelas condições especiais nas palestras e cursos promovidos pela entidade.
ESPAÇO SAÚDE
Conhecida como LER (Lesão por Esforço Repetitivo) ou DORT (Doença Ocupacional Relacionada ao Trabalho), as dores no sistema muscoesquelético (músculos, nervos e tendões) são a segunda maior causa de afastamento do trabalho no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Esse distúrbio está relacionado à exposição excessiva de determinado grupo muscular, seja por repetição ou sobrecarga, que quando não tratado adequadamente leva a dor crônica. Normalmente, os membros superiores como mãos, braços e pescoço são os mais afetados, mas o distúrbio pode ocorrer em outras partes do corpo como na coluna e nas pernas. “Não necessariamente essas dores são ligadas ao trabalho. Postura inadequada, estresse, sobrepeso, exercícios físicos realizados de forma incorreta e atividades repetitivas podem causar fortes dores no corpo”, afirma a fisioterapeuta Silmara Peres Vieira. A LER ou DORT surge lentamente, por vezes, imperceptível, pois as dores começam brandas e com o tempo se tornam mais fortes, por isso as pessoas não se previnem e só buscam tratamento quando a dor compromete ou impede de realizar uma determinada função. Os principais sintomas deste distúrbio são: dor, dificuldade de movimentação na região afetada, formigamento, fadiga, perda de força muscular e redução da amplitude de movimento. O clínico Ronaldo Müller, especializado em Medicina do Trabalho, alerta sobre os riscos da automedicação. “É muito comum as pessoas tomarem relaxantes musculares, sem prescrição médica, para aliviar a dor. Mas, além de não resolver o problema, a automedicação pode trazer danos à saúde. Tudo o que é diagnosticado e tratado precocemente pode ter cura. O primeiro passo é buscar na rotina a origem do problema”, afirma. O médico ressalta a importância da ergonomia nos ambientes de trabalho. “Num escritório, por exemplo, as mesas e cadeiras precisam estar adequadas à altura da pessoa, por isso, aquelas ajustáveis são as mais indicadas”. Ele também explica que a tendência da dor é se tornar crônica e que os tratamentos, neste caso, são longos. Segundo o médico do trabalho Dr. Fernando de Castro Dutra, o condicionamento físico é fundamental
para evitar a LER. “Cada pessoa tem um limite. Quem faz algum tipo de atividade física está mais preparado para realizar as funções do dia a dia, pois o corpo é fica mais resistente aos impactos”. Ele ressalta que fatores emocionais também podem intensificar os sintomas. “O corpo tem várias maneiras para manifestar sua insatisfação, uma delas é a dor. Já tive vários casos que o problema não era físico e sim, psíquico. Então, estabelecer relações pessoais positivas e manter-se motivado é muito importante”. Na maioria dos casos, quando a dor se torna insuportável, a pessoa é afastada por tempo indeterminado do seu trabalho, pois é preciso se distanciar do fator desencadeante para iniciar o tratamento. Inicialmente, é preciso consultar um médico, para que ele indique o tratamento mais adequado. Normalmente, a fisioterapia associada à análise ergonômica do ambiente é prescrita junto com a medicação. O rodízio de tarefas sem mudar a função é uma das opções para as empresas que precisam reinserir um funcionário as suas atividades.
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CompoRtamento
A presença intensa de sintomas como alteração de humor, sono, falta de apetite, desânimo e desinteresse podem indicar uma patologia que está se tornando comum no ambiente de trabalho, a depressão. Em entrevista para a Revista ABCFARMA, o neurologista Antônio Eduardo Damim, do Hospital das Clinicas de São Paulo, concorda que entre os transtornos psiquiátricos da atualidade, a depressão é o mal século. “Eu diria que sim, não só pela alta prevalência, mas por afetar profundamente o cotidiano das pessoas na vida pessoal e em sociedade. Pessoas deprimidas tendem a produzir menos, faltam mais ao trabalho, não interagem”. Segundo dados divulgados pela Revista ABCFARMA, em julho deste ano, a depressão atinge de 8 a 15% da população brasileira e a mulher está mais suscetível a desenvolver esta doença. A psicóloga Elisabeth Lacerda Barbosa, explica o porquê: “O estresse é um dos maiores causadores da depressão. A mulher, para cumprir com todas as suas obrigações, dentro e fora de casa, vem acumulando funções. O trabalho é apenas uma jornada do seu dia, pois além dele, ela também precisa cuidar da casa e dos filhos”. De acordo com a psicóloga, outro fator que influencia no desenvolvimento da depressão é o jeito de cada um ver o mundo. “Pessoas ansiosas, pessimistas e inseguras têm mais chances de desenvolver a doença. Neste caso, o autoconhecimento ajuda muito, porque conseguimos controlar melhor nossos sentimentos e conhecemos nossos limites. O autoconhecimento não nos deixa imune a situações do dia a dia, mas nos torna menos reativos”, afirma. Fatores genéticos ou situações extremas, como a perda de um ente querido, também podem lavar o sujeito a desenvolver um quadro depressivo. É preciso diferenciar a depressão da tristeza. Depressão é um estado me-
lancólico intenso que perdura por mais de duas semanas. Já a tristeza é uma forma do organismo lidar com algo alheio a nossa vontade, que dura poucos dias. O maior desafio para quem tem depressão é assumir sua condição e procurar ajuda. Segundo a psicóloga Fernanda Rocha, da Psiconline Brasil, cada individuo manifesta a doença de um jeito. “No ambiente de trabalho, a baixa produtividade aliada a uma brusca mudança no estado de humor são os sintomas mais comuns, mas o estado de melancolia não é igual em todas as pessoas”. Em muitos casos, a depressão leva a pessoa ao isolamento o que causa problemas de relacionamento interno. Mas, o que fazer para ajudar este colaborador? Fernanda Rocha dá algumas dicas. “Inicialmente é preciso buscar a causa, procurar saber se o motivo está no ambiente de trabalho. Depois, o empregador pode chamar o colaborador para uma conversa. Mostrar-se solidário, sem ser invasivo, ter paciência. No mais, a não ser que ele peça ajuda, nada deve ser feito”, aconselha. Hoje, a depressão é uma das principais causas de afastamento do trabalho e, quando não tratada, pode se tornar crônica. Além dos sintomas já mencionados, a depressão pode causar sérios problemas à saúde como úlceras, diabetes, obesidade, infartos, fobias entre outros. “O afastamento é, muitas vezes, reflexo do tratamento. A medicação é pesada e tem efeitos colaterais. Pois isso, muitos pacientes acabam abandonando o tratamento ou buscando outras alternativas. Dependendo do caso, o tratamento pode levar anos, até mesmo a vida toda”, afirma Fernanda. “A volta ao trabalho é sempre difícil, mas fundamental para seu restabelecimento. É muito importante criar um ambiente de trabalho favorável para o seu retorno”, conclui.
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