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A revolu^ao na forma de fazer seguro
des temas e desa fios que enfrentaremos muito em breve, como por exemplo: estrate gia — canais de distribuigao, mercados alvo, focalizagao geograflca, reais competidores; pessoas qualidade do pes soal, niveis de hab i 1 i d a d e s especificas, cultura de focalizagao no cliente, flexibilidade no trabalho, novas formas de remuneragao; tecnologia antigos sistemas centralizados. siste mas baseados nas apolices e nao nos clientes,infonnagoes gerenciais. flexibi lidade para langamento de novos produ tos, dificU manutengao e atendimento a usuarios, sistemas orientados para o trabalho de mesa e nao para a prestagao de servigos com qualidade; processos reengenharia dos processos do negocio (ellminar, simplificar. automatizar), reduzir custos de retaguarda, melhorar a eficiencia de vendas, ellminar riiveis de supervisao, aumentar a velocida e e a quaUdade dos processos de emissao,sinistros e comissionamentos.
Ora, sem duvida, como ja foi mencionado, todos os itens sao de extrema importancia, mas tecnologia ainda e, no Brasil, o que mais nos distancia dos mercados mais avangados. Na industria nacional poucas sao as seguradoras que utilizam hoje sistemas descentralizados que permitem decisao"na ponta", visando a prestagao de servigos rapida e com qualidade, orientados a clientes, que neste caso devem ser compreendidos como OS segurados e os canais de produgao. Se exaininarmos os componentes basicos da tecnologia da informagao vemos que, do lado do hardware, as redes locals de microcoinputadores permitem hoje solugoes flexiveis para qualquer porte de seguradora,integrando dados, graficos e imagein a um custo que nao e comparavel com as antigas solugoes centralizadas inultiusuarias. Do lado do software, os gerenciadores de rede, os bancos de dados relacionais, as linguagens de quarta geragao. as linguagens de "query", o padrao SQL e os sistemas aplicativos integrados, rnodulares e ricos em infonnagoes gerenciais. permitem facilidade de manutengao corn rapida adaptagao as novas necessi dades de mercado. Temos amda a arquitetura tecnica cuja realidade hoje e a cliente-servidor com estagoes inteligentes, maior eficiencia no processamento e menor custo por transagao. Para finalizar, tecnologicamente. o setor no Brasil encontra-se amda muito atrasado, mas especiahnente com o fun da reserva de mercado e dlficil acreditar que nao va haver uma inudanga rapida. de todos, para a duegao aqui apontada. E claro que esta inigragao nao sera sim ples, mas solugoes como o WIX — um software de dezenove sistemas integra dos, para informatizagao completa de uma seguradora em suas areas operacionais, financeii a, vendas e marketing, serao os maiores aliados do salto tecnologico e de negocios das empresas do mercado. Rigorosamente concebido dentro dos conceitos expostos anteriorinente, o WIX foi desenvolvido pela An dersen Consulting em conjunto com a Santa Cruz Seguros, e estara sendo apresentado e demonstrado no II SIAS — Simposio Internacional de Automagao de Seguros, no final de novembro no Rio de Janeiro.
Livre da camisa-de-for^a que sufocou o setor de mformatica nos ultimos anos, mercado seeurador se preparaparamvestirem automa^ao rros aLs 90
A historia da informatica brasileira ^promete ser mais prodiga com o mercado segurador do que foi com o sistema baucario. Com o fim da re serva de mercado do setor-que mor^ ammo outubro de idade as nos fazer. nos Mos 90,seu grande Investimentorara forqados a realizar seus inves tuueutos macigos em autom^To segunda metade dos anos Rn o doale,7,232,ba^adfeLfe^rp* presidente Joao Figueiredo.rest^m gia o dlreito de ir e vir ao que de m^smodernohavianomunlVos
O II SIAS(Simposio Internacional de Automagao de Seguros). nos dias 25, 26 e 27 de novembro, sera o primeiro encontro sobre informatica OS profjssionais de seguros na era pos-reserva. Ha muito mais o que iscutir do que comemorar. Apesar OS bons ventos que arejam o enferrujado parque nacional de computadores, o fim da lei de Figueiredo nao garante, por si so, a liberdade total de concorrencia na informatica.
Alfquotas de importagao que ferem acordos internacionais de comercio firmados no ambito do Gatt e outros resqulcios de protecionismo ainda encarecem o acesso ao equipamento estrangeiro. Alem disso, ha situaqao de livre concorrencia. O dinamismo da economia de mercado tambem permite formas de associaQao empresarial que,no caso do mer cado segurador, abre novas perspectivas para a informatizaijao em termos mais Vcmtajosos do que foi feito no sistema bancario. com impressoras a laser, micros 486 etc. Prova de que esperar a reserva de mercado foi um bom negocio: o IRB ja precisa trocar 200 micros que foram comprados nos dois ultimos anos e correm o risco de virar sucata dentro das novas necessidades do Instituto. "Nao sei o que fazer com eles", diz Carlos Leonardo.
"Ha muitas seguradoras estrangeiras no pais que tem na matriz uma ponte com fomecedores cativos no exterior. E uma garantia de bons descontos no prego do produto , diz 6 gerente do Centro de Informatica do IRB (Instituto de Resseguros do Brasil), Carlos Leonardo dos Santos. Nasua opiniao,o mercado segurador " deu mais sorte" do que o da area fmanceira."Estamos no momento de fazer grandes investimentos e, se nao fosse a recessao, este momento seria perfeito".
Modismo-A reserva de merca do sempre funcionou mais direcionada aos equipamentos de pequeno e medio portes. Ai reside, para as seguradoras, o maior alivio em relaqao a morte da lei de Figueiredo. Na opiniao de Jose Roberto Catharino, diretor da area de Seguros do Banerj e integrante da Comissao Ekspecial de Informatica (CEI) da Fenaseg. o downsizing (movimento de migraqao de equipamentos de grande porte para os de porte menor) virou "mo- comunicaqoes do Rio de Janeiro), e um dos mais otimistas com os resultados do fim da reserva. Ao contrario da maioria dos profissionais da area, ele acha que, apesar da grande taxaqao, a liberaqao das importaqoes diminuira em ate 30% o preqo medio dos micros nacionais. Para o primei ro e maior produtor de hardware no Nordeste, o grupo Elogica, o fim da reserva permitira que os componentes, hoje comprados em Sao Paulo, passem a ser adquiridos nos Estados Unidos,graqas ao baixo preqo do fi-ete Miami/Recife. muito o que legislar sobre o setor, hoje regido pela lei 8.248, assinada em outubro de 91 pelo presidente afastado Fernando Collor de MelloAs regi'as do jogo nao estao comple' tamente definidas, o que dificulta o planejamerlto de uma empresa que objetiva a plena informatiza^ao, coif respaldo no que ha de mais avan?ado para prorrogar ao maximo o sucateamento dos equipamentos " inevitavel nesses tempos de revoluqoes tecnologicas diarias.
Perspectivas- Alguns acham que OS resquicios de protecionismo no setor sao motives suficientes para que OS contrabandistas comemorern a nova legislaqao como um terreiio fertil para suas atividades. Pelos calculos do especialista era du'eito da informatica Georges Fischer, as taxas (imposto de importagao de ate 40%, ICMS. frete e seguro) fazem com que o produto chegue ao consumidor brasileiro pelo dobro de seU prego no exterior.
A queda livre dos pre^os de produtos de informatica nos paises mais avangados tecnologicamente,de certa forma,compensa a taxagao excessiva e aproxima o pais de um^
Nos anos 80,segundo Carlos Leo nardo, a regulamentaqao excessiva do mercado de seguros minimizou a importancia da informatizacao. O raesmo nao aconteceu com os bancos, que se viram forgados a mergulhar de tal forma nos chips que a maioria dos grandes fabricantes de computadores tinha aporte de capital dos bancos. Em 1990, mesmo que ainda nao desregulamentado, o mercado segura dor come^ou a se preocupar com o software e as grandes firmas de computaqao passaram a se preocu par com o mercado segurador.
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LEONARDO
Um dos maiores cuidados ao optar. por um produto feito fora do pais deve ser a preocupaqao com a garan tia e a assistencia tecnica. As empresas estrangeiras nao sao obrigadas por lei a oferecer garantia a produtos vendidos a consumidores de outros paises. Nem os representantes dessas empresas no pais sao obrigados a honrar o tempo de garantia assumido pela matriz."Abriraos uma filial e nomeamos distribuidores no pais justamente para que os brasileiros nao comprem no exterior", diz o ge rente de Marketing da Compaq Bra sil, Jacques Beginsky.
Bom negocio-A cotncidencia do fim da reserva de mercado da informatica com a onda de desregularaentaqao do setor de seguros criou um ambiente propi'cio a grandes in vestimentos. A concorrencia entre as seguradoras, segundo o gerente de informatica do IRB, vai forqadas a informatizagao, dobrando os investi mentos. Carlos Leonardo acha que as seguradoras atrasaram um pouco seus investimentos em computaqao para esperar a reserva de mercado.
Motivos para esperar nao faltaram. Enquanto seguradoras do mundo todo operam ha anos com processadores de imagem,por exemplo, so agora comeqara a surgir no Brasilfomecedores dessa tecnologia. A tarifa ainda e alta, mas o acesso a tecnologia e possivel sem apelar para o contrabando. O mesmo acontece dismo"entre as seguradoras. Catha rino so nao esta mais otimista porque, segundo ele, as tarifas excessivas que pesam sobre os importados fazem com que o fim da reserva de mercado, por si so, "nao altere muita coisa".
A substituigao do proibido pelo encarecido como princlpio de proteqao a industria nacional de compu tadores introduziu a geografia como elemento de competiqao na area da informatica. O Nordeste, apesai" de deter apenas 4% do mercado nacio nal de informatica, tem mais a ganhar com o fim da reserva do que as outras regioes do pais. A proximidade dos grandes produtores mundiais de software e hardware, principalmente os Estados Unidos, permite uma reduqao significativa dos fretes e, consequentemente, do preqo final dos produtos importados.
O perncimbucano Jose Mussalem, 0x-presidente da Sucesu (Sociedade dos Usuarios de Informatica e Tele-
PoldniC3. — A substituicao da lei protecionista de Figueiredo pela lei liberal de Collor nao acabou com a polemica entre a iiecessidade de se modernizar o parque nacional de in formatica - para entrarmos no seculo XXI tendo acesso as tecnologias de ponta - e o perigo de destruiqao da indastria nacional pelos "gigantes de alem-mar". Os defensores da abertura e da continuidade da proteqao continuam se enfrentando nos deba tes academicos e, principalmente, na Comissao de Ciencia e Tecnologia, Coqiunicaqao e Informatica, da Camara dos Deputados, onde se concentram os trabalhos de regulamentacao da nova lei.
O presidente da ABDl(Associaqao Brasileira de Direito de Informatica), Georges Fischer, acha que, com a taxaqao atual,"prevalece o interesse de um grupo bem organizado de empresarios, em detrimento do interes se da coletividade". Segundo Fischer, prova de que a reserva nao serviu aos interesses de raodernizaqao do pais 6 o I'ato de, depois de tantos anos de protecionismo, a indiistria nacional "nao tenha produzido uma I'lnica tecnologia exportavel".