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A ATIVIDADE DE UNDERWRITING E ALGUMAS DE SUAS FUNQOES II

Retomando A Questao

No numero anterior da Revisia ,9lo IRB,foram aprescniadas algumasdas funfoes da alividade de under writing, ou de subscri^ao dc riscos. Inicialmenie, foi cnfatizada a necessidade dc se fazer underwriting, scguida do lema relative ao confronio selefSo favorivcl versus selc^ao adversa; na seqiicncia, e a rcspeiio da airibuifao apropriada de taxas, ficou claro que, paraleiamcnte, a dcscjada cqiiidadc, tcmos dc conviver com a exigcncia impossfvcl de rigor; por fim, fez-se com que a chamada disiribui^ao lucrativa de exposures sc manifesiasse airavds dos airibuios que, necessariamcnte, envolve. ou seja, [a] eviiar urn exccsso de sinistros acima daquele nfvel dc provisao de reservas fcilas scgundo o nfvel dc laxas praticado; [b] assegurar urn adequado volume de ncgdcios, [c] pensar a distribuifao 6tima nao ape nas no curto mas, tambdm, no longo prazo;e[d] conferirodcvidopesoa dispersao dos riscos assumidos. ^ Agora,dandoprosscguimcntoaoe^glo [U] damaidria,edomcsmomodo nacondi^aodefunfOcsdaalividadedc fazerunder-writing,entraraocmcena

OS seguintcs sub-iemas: a) osubscriioreseusatribiitos; b) OS dcpariamentos dc subscn^ao dosseguradores-comcnfasenos underwriting departments dc scguradoras americanas-esuas funfOes; c) quernsao,dcfato,subscriioresou underwriters; d) a imporiancia dos chatnados subscritores de staff; e) oprocesso de subscri9ao propnamente dito; e. por tjUimo, f) deforma muiio sucinta, resseguro.

O SUBSCRITOR E SEES atribetos

Embora o corrcior, funcionarios de ftllais c agentes-vendedores, de urn modogcral,possam fazerumaaiialise preliminardaexposure, osiibsiancial e 0 grossodo iraballiodc subscri^aoc feiio por subscriiores em regime dc tempo integral,qucrirabaliiemnamairfz das scguradoras ou mcsmocm fiiials com grandc movimcnio dc aceiutfao. Grupos extcmos aos segurado res, taiscomociigcnhciros, audiiorcse cscritbriosdctaxa^ao- aindanaocxistcntes enirc nos, mas conhecidos, nos Esiados Unidos,como ratingbureaus -, fomeccminfomiagifcserecomenda9(5es de modo a auxiliarcm nas dccisbcs do subscriior.

O subscriior c, primarianiehlc, rcsponsavel pclosrcsiiliados da subscri{30posiacm praiica peloscu scgurador. Scelc nao6 inteligente, qualificado, responsavel, experiente ou eficiente.o segurador, provavelmente,experimentard ruinosas pcrdas dc underwriting. Dc falo, aunicacoisa quc poderd salvar um lal subscriior seriauma inesperada aura dc boa sorte, quc poderiaproduzir umacxperiencia lucrativa, mcsmonahipdlescde quco subscriior nada fizcsse ou falliassc em I'aza-lo. No cnianio, cm icrmos dc longo prazo.para scr permancntcmcnic bcm succdido, um subscriiordcvcpossuirextraordiiiaria inteligencia, liabilidade, responsabilidade, energia, experiencia e eHciencia, e. mcsmo assim, sob condifOes adversas, terd dc contar, vez ou ouira, comboa dose dc sorie. para gerarlucros ou cviiar inaiores prcjuI'zos, lais sao os obsidculos que, usualmente. ou em ocasibcs cspeciais, o acossamnodia-a-diadcsuaalividade.

Os Departamentos De Sebscricao Dos Segeradores E Seas Fenqoes

As funfoes do depariamcnio desubscri^ao sao duas: a] obier uma cuidadosa e conftdvel disirlbuifao de riscos; b] assegurar uma disiribuifao lucra tiva de riscos.

O negdcio dos seguros 6 andlogo dquelcdas empresas manufatureiras: fabricar produios acabados, tomando o risco como mat6ria-prima. Na manufaiura, a qualidadc do produio acabado depende, em grande medida, da qualidade da mat6ria-prlma. As empresas manufatureiras maniem depariamcnios de inspc^ao e, cm alguns casos, dispendiosos laboraidrios para tcsiar as materlas-primas, de modo que somcnte uma qualidade satisfaidria e uniforme possa ser aceila e utilizada. Os materiais disponiveis poderao ser uiilizados sob difercnles condifbes, cabendo aquele depariamento classifica-los c dirigi-los para o uso mais adequado. O depar iamcnio dc subscri9ao dc um segura dor possui fun90cs an^logas.

QEEM SAO, DE FATO, SEBSCRITORES OE ENDERWRITERS ?

Embora corretores e funcionarios da area de produ9ao da mairiz ou dc filiais possam aiuar na selC9ao daqueIcs segurados que, de acordo com a polfiica de acciia9ao da Companhia, dcvam scr lidos como adequados, a responsabilidade pela pane mais diffcil da subscri9ao recai sobre os departamcnios de subscrl9ao dos segu radores e/ou rcsseguradorcs. Esses subscritores especializados podem ver o quadro ou a cena da subscri9ao com a perspectiva - mais ampla - e que escapa ao corretor e ao agente local. Por exemplo, agentes locals atuando em cidades medias podem sc vertentados a subscreverSO apdliccs de incendio em propriedades localizadas numa determinada regiao. Cada proponente tern uma boa reputafao e situagao ft nanceira cstavel, sendo aceito por cada agente. Urn subscritor da seguradora, contudo, rejeitaria muitos dos proponentes,a menos qiic^ adequadas facilidades de resseguro fossem di.sponiveis. Por causa das condi^oes catastroficas, a concentragao dos riscos, supondo-sc que com nenhuma prote?ao contra incendio, pode significar algo maior do que aquilo que o segurador pode razoavelmente subscrever. De acordo com a terminologia de.uso consagrado no mercado americano, OS departamentos de subscri^ao dos seguradores, bem como os subscritores que neles atuam, sao divididos em duas se9oes - staffe line - de acor do com sua funjao,ou seja; •OS subscritores de staff tern fun^ao predominantemente supcrvisora e estao preocupados somente com aspectos gcrais da politica de subscri9ao dos seguradores.Fazem recomenda9oes pertinenles a politica de subscri9ao,desenvolvimento de produtos, inciuindo o aperfei9oamcnto de clausulados existentes e/ou a cria9ao de clausulados novos, e estruiura de taxas. Outra fun9ao sua6 analisar estati'sticas operacionais de modo a determinar se rcsultados desejdveis es tao sendo oblidos. Por ouiro lado, • OS subscritores de linha sao respon.saveis pela aceita9ao e rejei9ao de riscos individuals; atuam intimamente envolvidos com os produtores (vendedorcs) de seguro. Os subs critores de linha sao aqueles propriamenie referidos. ou chamados de "subscritores", uma vez que sua responsabilidade e assumir decisoes especificas de subscritores e estabelecer runda9oes, bases para urn negbcio lucrative. Os peritos em subscri9ao de linha sao de imenso valor para os seguradores,na medidaem que sao a cspinha dorsal de operagoes lucrativas.

A Importancia Dos Subscritores De Staff

Se aos subscritores de linha deve ser crcditada a massa do trabalho de subscri9ao, os subscritores de staff, numa perspectiva de planejamcnto-empresarial, de longo prazo, tem um papel muin'ssimo mais importante para'os seguradores; de fato, sao eles que:

♦ observam o comportamento da po litica de subscri9ao prevalecente;

♦ atravcs das coftclusoes que tiram a respeito de tal comportamento,sugerem altera90cs de taxas e franquias, mudan9as no clausulado das apblices, restringindo ou ampliando as coberturas, tornando as clausulas mais explicitas, etc, dai promovendo reestrutura9oes amplas ou restritas nas normas codificadas de aceita9ao e rejeigao de riscos; e, por ultimo,

♦ sugerem a supressao de produtos com maus resultados e/ou p6ssima aceita9ao pelos segurados, e, paralelamente, dcsenvolvem estudos sobre novas cobcrturas c/ou produtos com maiores probabiiidades de absor9ao pelos consumidores de seguros.

Para que os subscritores de staff possam ter sucesso cm seu trabalho, duas condi96es,no minimo,seimpocm como absolutamente ncccssdrias:(a]seu atastamento das atividades didrias dos subscritores de linha - com os quais mantcrao contatos apena.s incidentals e informativos,em reuniSes de avalia9ao de modo a poderem desenvolver seus estudos e reflclirem sobre o que acontece com a atividade subscrilora, e[b] tcrem di.sponivcis bancos dc dados atualizadose eficazmente estrulurados, de modo que. nos momcntos adequados,possam contarcom os indicadorcs qua'ntitativos de dcsempenho das carteiras e/ou dos ramos suhscrilos,sem o que nao serd possivel o cxame critico da politica de underwriting prevale cente. com as eventuais sugesloes de mudan9as para o future.

0 Computador Como Subscritor

Em anos rccentes, uma qucstao foi Icvantada a respeito de se os computadores podem desempenhar com su cesso a fun9ao de subscritor. A primeira vista, os computadorcs parecem ser ideal e especialmente adequados para a subscri9ao dc linhas de massa,tais como seguros de automoveis, dc residencias ou mulliriscos. Computadorcs sao rdpidos,eficientes c neutros. Informa90cs relevantes podem ser programadas e os compu tadorcs podem aceitar ou rejeitar propone.ntcs com menos erros e custos do que pode faze-lo um ser humano. Contudo,0 consenso geral na industria do seguro e de que os computa dorcs nao podem subslituir pessoas como subscritores. A mirfade de variaveis e sutilezas envoividasem cada decisao exigiria um computador exiremamcnte complicado e caro. O computador nao poderia ser programado para proferir um jufzo ou julgamento cujo valor exigiu anos de cxperiencia aos subscritores das companhias.Ao subscrever,nenhuma fbrmula analitica precisa pode ser utilizada para sc chegar a uma decisao como aquelas que,pelo menos parcialmcnie, sao subjetivas, e, como se sabe, computadorcs nao consegucm ser subjetivos.

Embora OS computadorcs nao possam substituir pessoas como subscritores no futuro previsivel, eles sao imporlantes como instrumento na moderna subscn9ao. De Fato:

•computadorcs sao uiilizados por todos os maiores seguradores para reduziro trabalho com papcis, proporconando um acesso mais rdpido a Precisa.s e melhorando a taxi relativas a axaseclassificafaodc riscos;

/^s^Parcce que cada vez mais utr, poderaoser "tilizadosparareduzirmuitodaquiio no trabalho dos j,j P^'incipalmente nas lipodem"^ propostas ser programadas no compu- tador. O computador pode aceitar aquelas que ciaramente estao de acor do com OS padroes e rejeitar as questiontiveis;

•por ultimo,os subscritores das companhias poderiam,cntao,avaliare tomar decisoes com respeito aquiloque 0 computador rejeitar. Tal procedimcnto pode ser especialmente valioso no processamento de rcnova90es de propostas, liberando os subs critores da companhia de reverem exposures nao alteradas, aumentando,assim, a cficicncia da subscri9ao. Contudo, papel de muito maior relevo esta reservado aos computadorcs no que diz respeito a existfincia dc bancos de dados relativos ao compor tamento de carteiras,dcsempenho de tarlfas e grau de eficScia dc tdcnicas de subscri9ao prevaiecentes, para um dado pcriodo de tempo. Como os softwares tern sc tornado cada vez mais podcrosos c versateis,pcrmitlndo registros de dados com requintes de detalhes, consultas rapidas e ale intcrliga9ao com outros bancos possuidores dc alribuios relacionais compalivcis, OS underwriters tern nos computadorcs uma excelente ferramenta de mensura9ao dcdcsempenho e dc aquilata9ao dc praticas de subscri9ao,permitindo corrc96es de rumo para o futuro, e com a necessana e desejavel seguran9a,desdequeo ins trumcntal da ciencia t^cnico-atuanal possa ser utilizado sobre dados colhtdos e registrados pelos bancos de da dos dos computadorcs.

O Processo Desubscricao

A subscri9aocompreende tanto a preseleQao como a p6s-sele95o de ris cos,com OS mdtodos de sele9ao vanando,grandemcnte,de segurador para segurador,e segundo os ramos de se guro subscritos.

A pre-seIc9ao ou sele9ao preliminar

Para a grande maioria dos casos. o trabalho preliminar de sele9ao deve ser feito, do um modo geral, por representantes dos seguradores, por funciondrios que nao subscritores da drea de produ9ao, ou mesmo atd pe los intermediadores (corretores) do seguro. Seu trabalho deve se orientar pela inslru96es emanadas do escritbrio a que eslao subordinados. As inslru9oes sao comunicadas no texio das prbprias tarifas, manuals, circulares emitidas pelo escritbrio-chefeou pela casa-matriz;em parte por correspondencia trocada entrc o escritbrio cen tral e0funciondrio c/ou represeniante em questdo; e tambem via instru9oes orais transmitidas por agentes especiais ou atravbs de reiinioes de trabalho ou em palesiras, por funcionarios do escritbrio principal,em conven96es dc agentes.

As lnstru9oes de um segurador bem organizado podem ser de duas modalidadcs:

1] po.sitiva. indicando o negbcio a ser procurado; e

2] negativa.na forma deinstru95es relativas a tipos dc exposi9ocs e/ ou riscos que o segurador recusa ou prcfere nao aceitar.

As insiru9oes positivas,usualmcnte, abrangem: a] classes de negbcios a serem procurados;e b] montante que pode ser subscrito a respeito dc qualquer exposure segurada.

As instru9oes de tipo negativo sao comunicadas cm termos defmitivos, com sua eventual viola9ao,geralmente, implicando em penalidades. Por exemplo,seguradores de vida podem declinar o pagamento das despesas de exames mbdicos de vidas cujas pro postas Ihcs foram submetidas, em dcsobediencia fiagrante instru96es ou normas de aceita9ao. Desde que todas as regrassao sujeitas a exce96es, 0 procedimento em casos nos quais o agente ou corretor senlem que uma exce9ao pode ocorrcr deve,tambem, ser objeto de consulta ao escritbrio central, sem cujas instru9oe.s nao poderd se dar aquilo que seria uma aceita9ao excepcional.

A pre-sele9ao envolvc a reuniao de informa9oes relevantes com respeito ao risco, de modo a pcrmitir que se chegue h decisao de aceitd-lo ou rejeitd-lo. Uma vez aceito o risco, o segurador deve,entao,praticar a pbssele9ao, o processo dc rever riscos ja assumidos, descartando aqueles que nao forem mais desejaveis,conforme veremos num dos tbpicos a seguir.

Sele9ao de um novo segurado

As regras que orientam a selegao de novos segurados tern inicio com as instru96es aos corretores e/ou agen tes para recusarem certos tipos de pro ponentes.Por exemplo.uma deterrninada seguradora pode adoiar como filosofia de subscri9ao a nao aceita9ao dc propostas para seguros de vida de acrobatas,jogadores proFissionais de futebol ou de hockey; certos trabalhadores com expiosivos, pessoas que tiveram cancer ou outras doencas graves, c assim por diantc. Por outro lado, na venda de seguros de bens, os agentes podem ser instruidos a rejeitar seguros de roubo, em determinadas regioes da cidade, ou seguros Incendio, para areas tombadas pelo Patrimonio Histbrico. por exemplo, onde a unica possibilidade de OS proprietarios se livrarem de ou "alienarem"scus imbveis parece, per vezes, ser airavbs de um incendio intencional e propositado.

Obtendo informaQOCS

Uma vez tendo o agente submeiido uma proposia ao subscritor,este pode obter adequada informa9ao de modo a assumir jusia e lucraliva decisao de siibscri9ao. Alguns proponentes estao expostos a maiores probabiii dades de perda do que outros por cau sa da natureza dos riscos ou das condigbes ils quais se acham expostos. As informa96es podem ajudar a identificar possivcis riscos e muitas ve zes fornccer sugestoes sobre o controle desses riscos. A oblen9ao de informa9oes pode tambem ajudar a idcniificar casos dc sele9ao possivelmente adversa.

Tipo de informa9ao necessaria 0 volume c o tipo das infonria9bes necessdrias depende do tipo de segu ro proposto e do proponente envolvido. Enquanto todas as infotma9oes possfveis sao necessdrias para maxi- mizar a eficiencia das decisoes de subscri^oes, o subscritor deve estar contente com um dtimo de dccisao fundado em informagoes limitadas, porque o total passfvel de ser obtido esta restringido pelo custo c as dlficuldades em reunir os fatos.

Os mais importantes tipos de informa900 sac; a] a expcriencia passada do proponente; b]a posi9ao financeira do proponente; cj seus hdbitos de Ndda; d] as condigoes fi'sicas do proponente, ou de sua propriedadc; e e] o carater da pessoa que esta querendo seguro.

Fontes de informa9ao - Muitas fontes de informafao encontram-se disponfveis para o subscritor. As fontes cscolhidas siio funfao de um risco particular, praticabilidade e custo.

Informa5oes fornecidas pelo propo nente - O proponente, para um contrato de seguros,frcqiientemente faz afirma90es escritas e/ou orais. Afirma9oes escritas e assinadas constituem procedimento normal nos seguros de vida e de satide, e, de um mode geral, nos demais ramos de seguro. De fato, sac as prdprias companhias seguradoras que elaboram proposcas-padrao, nas quais os proponenles respondem a um decerminado numero de quesitos que IheeIbrmulado.Como tais quesitos sao elaborados de modo a serem reievantes para a aceita9ao e/ou rejei9ao da proposta,constituem importante meio do veiculagao de informagoes iJteis h atividade dos subscritores.

Infonna9oes do agentes - Os corretores e/ou agentes fomecem valiosas informafoes aos subscritores, come9ando com a proposta contendo informa96cs basicas a respeilo do ris co.Agentes,tambdm,costumam submeter um relatdrio juntamente com a proposta,respondcndo questoes re!ativas ao risco e fazendo suas sugestoes a respeilo de sua aceitabilidadc.

Para determinado numero de casos, OS subscritores aceitam ou rejeitam um risco cxclusivamentecom base na informa9ao do agente.

Relatorios de inspe9ao - Em inuito.s tipos de seguros, os subscritores dcsejam mais informa96es a respeilo de segurados prospectivos do que aquilo que foi fomecido pelo agente ou pelo proponente ou, entao, podem desejar confirmar aquela informa9ao.Para tal, seri necessarioqucum inspetcrderiscos da Seguradora saia em busca das informa9oes dcsejadas, que poderao, tambem, como ocorre em mercados mais desenvolvidos, serem obtidas de escritorios prestadorcs de servi9os,especializados em inspe96es e que fornecerao aOs segiiradores relatorios a respeito de segurados prospectivos. Biros de associa9oes'- Listam propo nenles indesejaveis. No caso do mercado americano,cabem citaro Medical Information Bureau,para0seguro de vida, c 0 Index Bureau for the American Insurance Association, para automdveis e outros seguros,oferecem um servigo ccntralizado de informagoes sobre proponentes cadastrados cujas propostas tenham sido recusadas, que tenham lido sinistros freqiientes, frauduicntos ou suspcitos.

Rating Offices - Trata-sc de escrildrios reprcsentando grupos de seguradores, mantidos para servigos de elaboragao de, clausulados de apdlices, taxas e tarifas. Porexemplo,a princi pal organizagao de taxagao para o seguro incfindio e o Insurance Service Office% que possui filiais c escritorios regionais por todos os Estados Unidos.

Laboratorios de subscrigao - No mercado americano, cabe citar os Underwriters Laboratories,Inc., de Chicago, que constituem uma das, mais importantes agendas na execugao de servigos de subscrigao. Esta companhia coniegou como uma or ganizagao cooperaliva para as com panhias dc seguro Inccndio do ocsie. Tcsiam dispositivos e mdtodos,Tudo, desde aparelhos mais simples atd locomotivas saoescrutinizados.Osque passam, adquirem o direito de utilizarem o selo UL, Sao. frequentemente solicitados,a vista das nornias de subscritores ecddigosde construcao a aprovarcm itens especificos. leu selo d uma marca de seguranga.Equipamentosdeprotegao contra m- cendio e roubo sao testados por cles.

Outras fontes - Muitas outras fontes para informagao aos subscritores existem, como, por exemplo, a] empresas especializadas em avaiiarem riscos de responsabilidade; c b] cngcnheiros free-lancers ou escritori os de engenharia especializados em loss prevention.

Tomando a decisao

Desde que os fatos relevantes tenham sido reunidos,os subscritores podem anaiisar as informagoes e decidirem. A confiabilidadc da informagao e se ela e subjetiva ou objetiva sao impor tantes fatorcs a afetar a decisao do subscritor. Os subscritores confiam em sua expcriencia e conhccimento dc modo a que possam seiecionar uma de tres opgoes:[a]aceitar a pro posta, [b] oferecer uma cobertura modificadaou[c]rejeitar aprbposta-. Aceitagao - Se 0 subscritor decide que aquelc risco cm particular 6 um risco "padrao",o proponente 6 accito. O proponente reccbera a coberlura-padrao para um premio-padrao.

Cobertura modificada - Em algims casos, as informagoes podem dcixar claro que o proponente tcm uma ex pcriencia dc perdasmais baixadoque a mddia,0 que, paralclamentc a ou tros fatores, permitira ao proponente scrclassificadocomo "risco prcfcren- cial , Riscos preferenciais, normalmente,reccbem a cobertura-padrao e a um premio mais baixo.Contudo,em muitos casos nao-padrao as informa goes podem indicar que 0 proponen te tcm uma expectativa de perdas mats alta do que a media. Nesse caso, o proponcue 6 classificado como substandard" e.seaceito.recebe rZiH "modificada e mais restriiiva do onp ado incluir uma fr ^ vnHa r, . mais ele-

PodL OS segu,adores pod® op, p„ ^ nar lurr-,f podcm so tor- altaa «... - "^^das OU taxas mats ouas, ao invi^e ru . . "ves cie rcjeitd-Ios.

Rejcigao-Alguns riscos sao inelegiveis. Os seguraclores nao acreditam que es ses proponentes possam ser iucralivos a qualqucr premio pralicdvel ou gragas a qualquermodilicagao razodveldccober tura, e, portanlo. rcjeitam-nos.

Competigao

As condigocs de competigao desempenham nao pequena parte cm tcrmos de obstaculos e liniitagoes aos subscritores e seu irabalho de sclegao. Muitas pessoas que necessitam de seguros encaminham sous pedido.s atraves de corrctoies ou agentes, freqiientemente escolhidos porcausadc amizade pessoal ou relagocs dc negdcio. Correiores que rcprescntam muitos seguradores c subscrevendo o mesmo tipo de seguro podcm submcler a proposta de seu segurado a qualqucr um dos muitos seguradorescom os quais operam. A um segurador particular podera ser oferecido um certo volume de negocios do tipo que elc mais deseja e, ao mesmo tempo, alguns poucos riscos que ele, de modo algum,pretcnde assumir. Para nao perder a boa vontade e a condescendencia do correior, tal scgura dor terd de aceior os riscos nao desejados,que,no mercado americano,saoctomados de "riscos de acomodagao". Os seguradore.s, em tais casos, costumam pesar as vantagens dos ncgocios desejados contra as desvantagens daquilo que desejariam rcjeiiar,tudo a luzdaquilo que aquelecorretorparticularreprcscntapara sua companhia,principaimente vis-a-vis dc negocios futuros. Contudo, assim agindo, OS seguradores devcrao avahar, corajosamente, possiveis prejuizos que atitudcs suas desnecessdrias ou imprudcntemciile fracas possam projeiarsobrc sua condula fulura.

Pos-selegao

Ossubscritores rcvgem as propostas de renovagao utilizando-se muito as mcsmas tdcnicas emprcgadas no exame dc novos proponentes, de modo a chegarem a uma decisao de aceitar ou rejeitar a cobertura pleiteada.Com excegao da cnlica publica fcita per aqueles em cujaopiniao os seguradores t6m obrigagao social de proporcionar segu ro para todos a pregos acessiveis, os subscritores podem,facilmente, recu- sar uma proposta, mas a recusa e arriscada parao corretorou agente que vive na mesma comunidade que o propo nente rejeiiado.

Com referenda d rejeigao, os segura dores tem muitas cscoihas. Um dos mdtodos consistc em o segurador se absier do cancclamento ate que a ap6lice expire e, entao, notificar o agente e/ou corretor deque o contrato nao sera renovado.O corretor pode represcntar oulro segurador com regras dc subs crigao menos estritas.podendo, assim, fazcr com que a proposta rejcitada scja accila por outra seguradora.

A pos-selegao e possivel apenas quando a apdlice e cancelavel ou nao garantidamente renovavcl.

Os termos do contrato.e a" redagao de clausulados

A cuidadosa elaboragao das condi gocs e cldusulas do contrato estao grandemente presentes no irabalho do subscritor. Sabidamente, os subscri tores - com enfase para aqueles que OS americanos chamam de subscri tores de staff- dedicam muito tempo e reflexao a elaboragao dos clausu lados de apdiice e textos de endossos, assim como as instrugoes que dcvem dar aos representantes da com panhia e/ou corretores, para seu pr6prio uso. A elaboragao pouco cuida dosa das cldusutas contratuais, assim como a ausencia de endossos com tex tos adequados podem resultar na exposigao do segurador a riscos nao necessiiria ou apropriadamente parte do negdcio. Denlre esses encontram-se:

1] aceitagao de risco.s nao previstos pclas taxas ou tarifas;

2] risco moralexcessivamentenegative;

3] morale hazard^ excessive;

4] selegao adversa;

5] sinistros diividosos, ou seja, scm base, pages muitas vezes de modo ase evitar problcmas;

6] peqiienossinistrosenvolvendodcspesas de regulagao desproporcionais;

7] sub-seguro;

8] trabalhos complexos de regula gao. em virtude da superposigao de contraios de seguros; e

9] seguro excessivo.

Resseguro

Em todas as linhas de seguros o se gurador, de modo a satisfazer os re presentantes de campo ou os segura dos,deve frequenlemcnte subscrever um valor muito elevado numa unica exposigao, numa linica regiao, ou seja, mais do que aquilo que poderia suporiar contando com seus prdprios limites de retengao.Elc pode assumir tais riscos recorrendo, primeiramenle, a sua capacidade de retengao, e, caso possivel. ao mecanismo do cosseguro. Esie, por^m, pode se revelar insuficicnie para rcsolver a absorgao de grandes responsabilidades. O remedio infalivel para o segurador, em tat situagao, sera recorrer ao resscguro,que cobrird o excesso dc res ponsabilidade, nao absorvida pelo segurador.O rcsseguro e uma pratica muito antiga e tem, em anos recentes, alingido uma posigao de grande importancia,com apropriados desenvolvimcntos de mdtodos.

Bibliografia

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Williams & Heins, Risk Manage ment and Insurance,5th.edition, McGraw-Hill, New York, 1976,

1 Cf. Bickcalhaupi. General Insurance. Irwin Series, Nona edi9iio. Homewood(IU.), 1974, pgs. 141 e .ss.

2 Cf. Williams & Heins.in Risk Management and Insnruncc, McGraw Hill, New York. Quiniaedifuo, 198.S, pgs. 585.

3 Na liieraiura americana .sobre seguros. morale hazard - que nao deve ser confundido com moral hazard - significa a presen{a de atitudes pouco cuidadosas da par te do segurado. os quais aumcnlam a probabilidade dc sini.stros ou causam dnnos maiorc.s do que em condigoc.s normais; difcrencia-se do coneeito de moral hazard, que pode ser traduzido por uquilo que chamanios, no Brasil, dc risco moral.

(•) Economisla,Tdcnico de Seguroa do IRB

ABSTRACT

The second pan ofan article which discusses Ihc underwriting roles.

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