ANO XII / Nº 51 - JULHO A SETEMBRO DE 2013
Comunicação
é sinônimo de lucro
Veja orientações de Reinaldo Polito
JOVEM APRENDIZ - MUITO ALÉM DAS COTAS 1
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EDITORIAL
Confirp Conselho Editorial: Aline Miranda André Ferreira Ariadne Toledo Ribeiro Cláudia Germano Ettore Delgado Evelyn Moura Ilson Gomes Júlio Rodrigues Lucélia de Faria Silva Marcos Gomes Richard Domingos Rogério Batista Sudré Rosana Santana Rubens Santos Thiago Barbosa Vagner Lima Welinton Mota Redator e Jornalista Responsável: Paulo Fabrício Ucelli MTB -30.326
Serviço de Atendimento ao Cliente Confirp (SAC): 11 5078 3005 Sac@confirp.com o www.confirp.com
.ponto inicial comunicação Editor e Redator-chefe: Paulo Fabrício Ucelli Diretor de Arte: Álvaro Gouveia Revisão: Jéssika Lopes Diretor Executivo: Richard Domingos
A Revista Gestão In Foco é uma publicação da Confirp Consultoria Contábil produzida pela Ponto Inicial Comunicações. Todos os direitos reservados. - Todas as imagens utilizadas nesta edição são de reprodução. 4
Comunicação como diferencial
A
importância da comunicação no mundo empresarial nunca foi tão destacada, hoje, mais do que ter um bom produto, é necessário que se prove isso! Para tanto, é necessário que tanto os empresários como seus liderados saibam se expressar adequadamente. Orientações referentes a este tema é o foco de nossa capa nesta edição.
Mas não é só, também buscamos abordar os mais variados temas, sempre com o objetivo de informar sobre tudo que envolva o mundo dos empresários e líderes de empresas. O temas são diversos e abordam desde assuntos mais amenos até à complexidade da área tributária do país. E essa é a principal função da Gestão in Foco, ser informativa de forma que possibilite tomadas de decisões acertadas em todos os setores de uma empresa e, como sempre, estamos abertos a críticas, dúvidas e sugestões, pois trabalhamos para você. Que cada página contribua para informar, aperfeiçoar e entreter. Boa leitura!
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ÍNDICE
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CAPA
COMUNICAÇÃO É SINÔNIMO DE LUCRO A comunicação verbal precisa ser objetiva e persuasiva. Para ser clara, é fundamental que seja bem planejada e didática.
TECNOLOGIA 8
negócios comprar bem é o segredo para se destacar
ULTRABOOK OU NOTEBOOK
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Qual melhor opção?
CarrO BLINDADO
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Conheça as desvantagens
vantagens
e
TRIBUTÁRIO
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BEM ESTAR
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GRUPOS DE CAMINHADA E CORRIDAS Proporcionam melhoria desempenho das empresas
Efeitos da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) no
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MARKETING 30
Marketing ao alcance das pequenas empresas O marketing de guerrilha trabalha em cima do inusitado para divulgar as marcas e é opção para pequenas empresas.
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A inconstitucionalidade da base de cálculo do PIS e da COFINS
Lutando pela melhoria tributária Veja entrevista exclusiva com a vice-presidente do IBPT, Letícia do Amaral, na qual fala das lutas do Instituto e melhorias pelo qual o sistema tributário tem que passar para que as empresas se tornem mais competitivas
VIAGEM
AUSTRÁLIA - ASCENÇÃO COMERCIAL E BELEZA Boas relações econômicas internacionais e forte estrutura hoteleira fazem do país um dos destinos mais frequentados no meio business
14 FISCAL 40
Governo prorroga obrigatoriedade da Ficha de Conteúdo de Importação
Trabalhista
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SPED SOCIAL
Além de trazer grandes vantagens para empresas, a contratação de jovens aprendizes é uma lei
Seu mundo 55
Abrange empregador doméstico até as grandes empresas
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O PODER DO HÁBITO
Curso online e gratuito de educação financeira
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Yahoo aquece dabete sobre home office Existe a necessidade de planejamento e confiança para disponibilizar o benefício, principalmente em função de dificuldades de administrar alguns pontos.
JOVEM APRENDIZ - MUITO ALÉM das cotas
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Conheça O iphone 5s e o iphone 5c
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Jobs - o FILME 7
TECNOLOGIA
Ultra ou noteb
Qual melh
Novidades que já conquistaram os aficionados em tecnologia são os ultrabooks, que contam com modelos cada vez mais avançados, até mesmo com telas sensíveis ao toque. E a pergunta que fica dos que não são tão interado com o tema, mas que querem um produto de qualidade, é: vale a pena comprar esse produto ou ainda é mais recomendado o bom e velho notebook?
Primeiro é preciso entender o que são esses aparelhos e quais suas características, e essas vão além do fato de possuírem design super fino e leve. O termo Ultrabook foi criado para definir computadores portáteis com a mobilidade de um netbook e o alto desempenho dos notebooks. Busca assim unir o melhor desses dois.
As regras que diferenciam o ultrabook do notebook ou de outras máquinas são: Tipo Espessura
Ultrabook Máximo 20 mm
Não possui limitação
Peso
Até 1,6kg
2,6kg em média
Bateria
Autonomia de 5 horas ou mais
Autonomia bem menor
Armazenamento Memória flash SSD, mais resistente,
Navegação, ligar e desligar 8
Netbook
mas com capacidade menor.
Memória HD com maior capacidade.
Alta velocidade de resposta e navegação, e é Instant on, ou seja, ligar e desligar mais rapidamente.
Navegação mais lenta e moroso para ligar e desligar.
abook u book
hor opção?
Nos Estados Unidos também há a exigência do aparelho custar na na faixa dos US$ 1.000,00, mas no Brasil isso seria um sonho. E aí começam os pontos a serem comparados, principalmente com os notebooks que ainda são vistos como mais profissionais. As vantagens de peso e tamanho destes aparelhos são inegáveis. Já o fato do armazenamento ser SSD propicia que ocupe menos espaço físico e oferece maior resistência a choques que o HD tradicional. Entretanto, ai aparece uma de suas desvantagens já que a capacidade de armazenamento é menor do que a maioria dos notebooks, apesar da velocidade muito maior. Para esta questão há a possibilidade de possuir um HD externo. O tamanho pode ser uma vantagem no Ultrabook, mas também gera um problema, já que não possui entrada para CD ou DVD. Há também a questão da segurança, tendo estes aparelhos a função antirroubo, que
possibilita bloquear o equipamento via web tornando-o totalmente inutilizável. E a tecnologia de segurança à identidade garante mais um nível de proteção na hora de efetuar uma transação bancária ou qualquer compra na internet. Porém, ficou por último a principal desvantagem desses aparelhos, eles ainda são ultracaros no Brasil, sendo que pela metade do preço se consegue comprar um bom aparelho de notebook. Contudo, a perspectiva é que com o tempo a valor caia. Conclusão, esses aparelhos vieram para ficar e tem muitas vantagens e ainda alguns problemas, que podem ser driblados e que as empresas fabricantes já estão revertendo. Contudo, ainda existe a questão do custo benefício. Para quem pode investir um pouco mais, com certeza já é hora de comprar o aparelho. Caso contrário é só aguardar um pouco que logo esses se tornarão mais acessíveis. 9
TECNOLOGIA
Carro blindado Conheças as vantagens e desvantagens Cresce a procura no país por carros blindados. Como fazer para escolher qual o tipo de blindagem a ser utilizada
Os números de carros blindados no Brasil estão crescendo exponencialmente, tendo passado de uma frota de 20 mil para aproximadamente 118 mil carros blindados nos últimos dez anos, o que representa um aumento de 490%. Os dados são da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin). Apenas em 2012, foram mais de 10 mil novos veículos desse tipo que passaram a circular pelas cidades. Um dos principais motivos desse crescente número são os custos de uma blindagem, que tornou acessível para os brasileiros, podendo variar entre R$ 22 mil a R$ 70 mil. Isso faz com que esse mercado brasileiro movimente, por ano, algo em torno de R$ 460 milhões. Com isso, o Brasil, hoje, lidera o ranking dos países com maior frota de blindados do mundo, estando a frente de países como Colômbia, Rússia, México, África do Sul e Índia. O levantamento mostra ainda que o estado de São Paulo concentra 70% da produção de carros blindados, seguido do Rio de Janeiro, com 12% e Pernambuco, com 4%.
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Por O principal motivo para esses dados é que é cada vez maior o número de pessoas que, amedrontadas pela incessante violência urbana, buscam na blindagem automotiva uma maior proteção. “Mesmo com a instabilidade econômica, o setor seguiu em alta. O fator primordial para isso é a sensação de insegurança. A pesquisa revela, ainda, que o medo frente à violência urbana não é exclusivo da região Sudeste. Estados do Nordeste, que, anos atrás, não eram mencionados no levantamento, agora compõem o
ranking dos que mais blindam no país”, afirma Christian Conde, presidente da Abrablin O levantamento da Abrablin revela também o perfil do usuário de blindagem. O sexo masculino segue predominante (57,5%), mas as mulheres aumentaram sua participação nesse universo, representando, em 2012, 42,5% do setor. Em 2011, elas representavam 35%. “Os dados mostram outra realidade já conhecida. As mulheres têm participado cada ano mais do mercado de trabalho, passam grande parte do dia fora do lar. E também, como se sabe, são vítimas preferenciais da criminalidade.
Mas qual o tipo de blindagem a ser utilizado? No mercado, a blindagem mais praticada é a chamada nível III-A, que suporta até tiros de submetralhadoras (pistolas) 9mm e revólveres .44 Magnum. “Há diferentes níveis de blindagem que o Exército, órgão que fiscaliza o setor, autoriza. Mas o III-A é o mais adequado à atual realidade enfrentada nos grandes centros, pois garante proteção contra as
“Um dos principais motivos do crescimento dos blindados é o preço, que se tormou acessível” maiores ameaças de armas curtas de fogo (revólveres, pistolas e submetralhadoras) em mãos da criminalidade”, afirma Conde.
A blindagem surge, então, como opção para que se sintam mais protegidas”, explica Conde. Por conceito, carro blindado é o que possui uma placa, ou armadura, reforçada de aço, que protege os ocupantes de tal veículo. Além da lataria, os vidros também são blindados, o que faz com que a espessura seja muito maior. No mercado, já estão a venda vários veículos que já vem com essa blindagem.
Com um número cada vez maior de interessados em blindar um veículo, o presidente da associação que representa o setor deixa um alerta. “O primeiro e mais importante passo nessa busca de maior proteção é a escolha da blindadora que fará o serviço. É preciso checar se ela está devidamente regularizada junto ao Exército, buscar boas referências antes de escolher a empresa, lembrando que a garantia de segurança deve ser primordial nesse processo de seleção. Ela é determinante para se ter a confiança necessária para fugas como as vistas nos casos recentemente noticiados”, diz. “Somente, então, se deve analisar o preço como ponto decisivo. Nesse sentido, a associação está à disposição para prestar qualquer tipo de esclarecimento”, conclui Conde.
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Veja alguns pontos que podem fazer com que a blindagem não se torne interessante: a) Custo maior – Por mais que não sejam tão absurdos, os custos ainda são um empecilho a ser levado em conta e também a dificuldade de venda futura; b) Aumento do peso – A colocação da blindagem reflete em um considerável aumento do peso do veículo, refletindo negativamente em vários desempenhos; c) Consumo de combustível maior – Com o peso maior o veículo consumirá muito mais combustível, aumentando gastos; d) Diminuição da performance – Em muito casos, com essa mudança as acelerações e retomadas ficam prejudicadas; e) Frenagem mais longa – Mais um reflexo do aumento do peso, que faz com que a distância necessária para parar o carro aumente; f) Estabilidade prejudicada – Em carros altos, principalmente, a blindagem desloca o centro de gravidade do carro, já que parte do peso do veículo fica nos vidros, por serem mais grossos, por isso, são necessários mais cuidados; g) Maior desgaste – Peças da suspensão, dos freios e da transmissão (embreagem) são afetadas mais rapidamente com o aumento do peso e devem passar por constantes revisões; h) Segurança não é ampla – Por lei, a blindagem no país só oferece segurança relativa a armas curtas.
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OPINIテグ
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NEGÓCIOS
Austrália ascensão comercial e beleza Boas relações econômicas internacionais e forte estrutura hoteleira fazem do país um dos destinos mais frequentados no meio business
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VIAGEM NEGÓCIOS O turismo é uma atividade que vem ganhando grande importância para os brasileiros – principalmente em função do crescimento econômico – e, com isso, diversos destinos estão sendo descobertos e impressionando pelas opções que oferecem. Nesse cenário, com certeza, uma região que se destaca é a da Austrália. O país, localizado na Oceania, oferece uma variedade de oportunidades tanto de lazer como de negócios. Nesse último caso, os empresários brasileiros contam com um ambiente estável e com regulação eficiente, mão de obra altamente qualificada e multilíngue e cultura de inovação. Outro ponto positivo são as características culturais
e geográficas únicas, que justificam a reputação impressionante do local, que se encontra na região que mais cresce no mundo como excelente destino para investimentos, negócios e turismo. A boa notícia para quem quer ir à Austrália pela primeira vez é que as preocupações devem ser mínimas, apenas com o visto correto e um cartão de crédito internacional. Pode ser difícil de acreditar, mas, na maioria das vezes tudo funciona direito no país e dificilmente o visitante terá problemas de qualquer natureza, principalmente se falar inglês. Contudo, mesmo que não fale, não será difícil se comunicar com as pessoas, que 16
são muito solícitas e já estão acostumadas com turistas e imigrantes de várias nacionalidades. Vale a pena viajar para esse país que abrange uma área total de 7,69 milhões de quilômetros quadrados. O continente australiano é a maior ilha do mundo, mas o menor continente, e tudo isso possibilita que seja cheio de belezas naturais e que o visitante tenha grandes aventuras. O continente se estende por cerca de 3.700 quilômetros de norte a sul e 4.000 quilômetros de leste a oeste, fazendo dele a sexta maior nação. O território oceânico da Austrália é o terceiro maior do mundo, estando entre três oceanos e cobrindo cerca de 12 milhões de quilômetros quadrados.
A “ilha” possui uma população de quase 23 milhões de pessoas e é muito urbanizadas e concentradas no litoral, com mais de 80% dos residentes vivendo nos 100 quilômetros da costa. E não espere só cangurus e coalas na Austrália, pois ela pode oferecer muito mais. Veja dez dicas apontadas pelo Portal Oceania de pontos a serem visitados:
Sydnei - A cidade possui lugares muito interessantes de se visitar, com a Opera House, o Darling Harbour com aquários marinhos, shoppings, museus e uma visita ao outro lado da baía, incluindo o zoológico e a praia de Mainly. A vida noturna em Sydney é a mais ativa de toda a Austrália.
Cairns - A cidade é pequena, mas as coisas para fazer ao redor são fantásticas, tais como ir até a Grande Barreira de Corais ou subir de teleférico até Kuranda e fazer o passeio de trem pelo vale que é repleto de cachoeiras. GOLD COAST - Praias bonitas, parques temáticos e a vida noturna no bairro de Surf Paradise são muito animados. Os Parques Nacionais nas imediações são imperdíveis, com muitas cachoeiras, flora e fauna para serem apreciados. FRASER ISLAND – Ótimo para passeios pela areia em veículos 4x4. Lagoas muito bonitas e extensa natureza para se ver.
Great Ocean Road – A cidade é uma das preferidas dos pilotos de Fórmula 1, com população bastante descontraída e agitada vida noturna e restaurantes. A Great Ocean Road vai pela beira mar, em cima de falésias. Kakadu National Park - Um dos parques nacionais com maior concentração de vida selvagem na Austrália.
Magnetic island - Em frente de Townsville, com praias maravilhosas, sendo dois terços da ilha um parque nacional com várias colônias de coalas. Whitsundays – Para quem gosta de esportes náuticos, esse é o lugar certo, além de possuir uma ótima vida noturna e bons restaurantes. Ayers Rocks - No coração da Austrália, perto da cidade de Alice Springs. É o maior monólito de pedra no mundo e local sagrado para os aborígenes. Todo o contexto ao redor é deserto.
Tasmânia – Um dos lugares mais bonitos da região e que, de certa forma, lembra as paisagens da Nova Zelândia. A natureza é o ponto alto, com praias espetaculares. As montanhas e lagoas são estonteantes. 17
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BEM ESTAR
Grupos de caminhada e corridas melhoram desempenho nas empresas A criação nas empresas de grupos de corrida e caminhada corporativa traz uma infinidade de benefícios para o ser humano e pode refletir até mesmo nos resultados.
Pode parecer antagônico, mas a correria contemporânea faz com que os profissionais utilizem, cada vez menos, suas potencialidades corporais e, consequentemente, esse baixo nível de atividade física resulta no crescimento de doenças degenerativas, com reflexos negativos para todos. Em vista disso, é crescente a preocupação de empresas por ações que reflitam em mudanças no estilo de vida de seus colaboradores, incorporando a prática de atividades físicas ao cotidiano. Nesse contexto, a criação nas empresas de grupo de corrida e caminhada corporativa 20
traz uma infinidade de benefícios para o ser humano e pode refletir até mesmo nos resultados das empresas. Entre os principais efeitos físicos, estão: • redução do peso corporal; • maior controle dos níveis de colesterol; • aumento da capacidade cardiorrespiratória; • redução dos riscos de infarto; • aumento da massa muscular; • melhor controle da pressão arterial de repouso; • auxílio para regular a glicemia (a taxa de açúcar no sangue), evitando que os níveis de glicose se elevem.
Mas os reflexos positivos não são só na parte física, mas também os no ambiente de trabalho, quando as atividades são feitas em conjunto com os outros colaboradores das empresas. Veja algumas dessas vantagens: • Networking – Durante os treinamentos, os colaboradores criam um relacionamento consistente com seus contatos profissionais. Com isso, se amplia os interesses em comum; • Melhora na liderança e fortalecimento de laços – Diferente do que ocorre na empresa, chefes e subordinados, durante a corrida, são todos iguais, o que acaba sendo benéfico para a convivência dentro do escritório; • Melhoria de relações entre diferentes áreas – As constantes disputas entre áreas são minimizadas com as corridas, que incentivam a união; • Menos faltas no trabalho – Melhorias na saúde refletem diretamente em redução do número de faltas; • Redução do estresse – Exercícios físicos são ótimas válvulas de escape para problemas cotidianos e possibilita que funcionários fiquem mais motivados; • Trabalho em equipe fortalecido – Com a autoestima fortalecida, os profissionais ampliam o espírito de equipe no escritório. Também melhora a autoestima de cada, já que se sentem parte de um grupo. Assim, cresce no mercado o número de empresas que estimulam a prática da caminhada e corrida em grupo, montando uma equipe da empresa e fazendo com que os funcionários tomem gosto pela prática da atividade física, para que, com isso, obtenham ganhos na qualidade de vida, na saúde, na autoestima e nos fatores psicossomáticos.
Essa demanda criou um novo mercado de companhias que oferecem uma assessoria especial, montando grupos de funcionários que praticam atividade física ou que desejam iniciá-la. Contudo, cuidados também devem ser tomados com ações prévias, como a avaliação médica e física dos participantes e o respeito à limitação dos praticantes, evitando que a busca por melhorias tenha um efeito inverso.
Caminhada une empresas do Grupo Alliance Um exemplo da importância que a atividade física pode ter para o meio corporativo são as caminhadas realizadas constantemente pela Associação Grupo Alliance. Os eventos ocorrem normalmente no Parque do Ibirapuera e contam com uma grande participação dos colaboradores das instituições que fazem parte do Grupo, fortalecendo assim o network entre as empresas. Os participantes tem a opção de fazer uma caminhada de 3 km ou uma corrida de 6 km e contam com a orientação de profissionais especializados para a medição de pesagem, altura, pressão arterial e IMC, além de instruções de uma alimentação saudável. “Os eventos têm o objetivo de trazer orientações de saúde, contribuir com a qualidade de vida dos participantes e estreitar as relações entre as empresas e colaboradores do Grupo Alliance”, conta Tatiana Cristina Gonçalves, vicepresidente da Associação. 21
CAPA
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Comunicação
é sinônimo de lucro A comunicação verbal precisa ser objetiva e persuasiva. Para ser clara, é fundamental que seja bem planejada e didática. Logo no início, o orador deve esclarecer qual o assunto e o seu objetivo
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CAPA Uma comunicação eficaz é fundamental no mercado, seja para o profissional, seja para uma corporação, sendo ponto crucial que leva ao sucesso, já que só serão vistas as qualidades quando forem apresentadas de forma correta. Entretanto, isso não deve englobar apenas questões relativas à comunicação verbal, isto é, como se fala ou escreve. A preocupação também deve envolver as comunicações não verbais, que poucas são levadas em conta, como é o caso de expressões faciais, contato visual, postura, gestos e vestimentas.
uma apresentação que realizou e reveja criticamente alguns textos (relatórios ou e-mails) que enviou. Avalie também a sua postura perante aos outros. Questione como está a sua comunicação, seja com os clientes, seja com o publico interno. Será que está sendo claro em suas mensagens? Existem erros?”, conta Barbosa.
“A dificuldade é que grande parte dos profissionais não percebem suas limitações nessas áreas, se acham autossuficientes e, quando percebem que há um problema, é tarde, já tendo enviado um e-mail crucial com erro
Principais problemas enfrentados por empresas e profissionais
Veja, na sequência, pontos relacionados à comunicação analisados por Reinaldo Polito, principal consultor de comunicação do país:
Comunicação é sinônimo de lucro. Ou de prejuízo. Tudo depende da qualidade da apresentação.
“A comunicação verbal precisa ser objetiva e persuasiva. Para ser clara, é fundamental que seja bem planejada e didática. Logo no início, o orador deve esclarecer qual o assunto e o seu objetivo” básico ou mesmo demonstrando falhas em uma apresentação corporativa”, conta Ricardo Barbosa, diretor executivo da Innovia Training & Consulting. A principal questão é que a comunicação verbal e as técnicas de redação são saberes que passam por constantes modificações. Assim como especialistas buscam fazer uma reciclagem de tempos em tempos, descobrindo novos conhecimentos e aperfeiçoando possíveis falhas, com você não pode ser diferente. “Existe alguns caminhos para buscar melhorias. Por exemplo, pelo menos uma vez por ano, para uma avaliação, filme 24
Vamos imaginar que a empresa tenha de fazer o lançamento de um produto ou anunciar um novo projeto. Como se trata de um evento importante, convoca os gerentes e diretores de todas as unidades espalhadas pelo país. Gasta um dinheirão com transporte, hospedagem, alimentação e com as instalações e equipamentos. Se o responsável pela apresentação for um excelente orador e fizer uma exposição eficiente e persuasiva, todo o dinheiro gasto se transformará em um ótimo investimento. Ou ao contrário, se o orador não se comunicar bem e fizer uma apresentação truncada e desestimulante, o dinheiro gasto não será bem aproveitado e até se
transformará em prejuízo. Esses fatos com mais ou menos relevância ocorrem praticamente todos os dias na vida das organizações. Quanto recurso desperdiçado por problemas de comunicação? Da mesma forma ocorre ao profissional. Se tiver comunicação com boa qualidade, estará sempre representando bem a imagem da empresa. Se falar mal, de maneira inversa, poderá prejudicar o conceito da organização. O profissional não precisa ser um comunicador excepcional, que faz discursos para arrebatar multidões, mas deve saber se comunicar bem para cumprir de maneira adequada
seu papel nas reuniões, nos processos de negociação e nas apresentações de projetos e propostas. Sem contar que, falando bem, o profissional fará, naturalmente, o seu marketing pessoal, pois será sempre convidado a abrir e fechar seminários, estimular e motivar equipes e representar a empresa em entrevistas e nos mais diferentes eventos. Cuidados na comunicação verbal A comunicação verbal precisa ser objetiva e persuasiva. Para ser clara, é fundamental que seja bem planejada e didática. Logo no início, o orador deve esclarecer qual o assunto e o seu objetivo. Dessa forma, os ouvintes poderão acompanhar com mais interesse e tranquilidade toda a apresentação. Em seguida, deve dizer 25
qual o problema a ser solucionado. Cumpridas essas etapas, poderá desenvolver o tema central, expondo o que foi anunciado e mostrando os pontos para que o problema seja solucionado. Se sentir resistências dos ouvintes com relação aos argumentos que apresentou, deve refutar essas objeções. Cuidados com e-mail Infelizmente, muitos profissionais tratam seus e-mails com negligência. Um único cuidado poderia evitar a maioria dos problemas: ler o que acabou de escrever. A quantidade de erros primários contidos nos e-mails é impressionante. Palavras incompletas, com problemas de grafia, erros gramaticais e falta de pontuação. Algumas pessoas escrevem e enviam e-mails como se tivessem autorização para cometer todo tipo de equívoco. Precisam se lembrar de que um e-mail pode servir de base para avaliação da sua formação, experiência e preparo intelectual. Se um erro grave de gramática é cometido, quem lê a mensagem pode supor que houve uma lacuna na educação de quem o enviou e passar a avaliá-lo como desqualificado. E-mail deve ser curto, muito curto. Esse não é espaço para treinar os dotes literários e transformar simples mensagens profissionais em verdadeiros romances. Um bom exercício é reescrever uma mensagem usando apenas metade do tamanho original. Em alguns casos, apenas um terço. Se for necessário passar uma mensagem muito longa, talvez seja mais apropriado transmitir uma rápida informação no corpo do e-mail, para dar ideia do que se trata, e colocar todo o conteúdo num anexo. Caberá a quem recebe julgar qual o momento mais adequado para fazer a leitura. Por exemplo, tudo o que eu acabei de dizer poderia ser resumido em um e-mail com poucas palavras: Os e-mails devem ser curtos e revisados para não conter erros. Se a mensagem for 26
longa, prefira pôr o conteúdo num anexo. Cuidados com Redes Sociais As redes sociais chegaram para participar definitivamente da vida das pessoas. Para o bem e para o mal. Com as redes sociais, é possível ampliar o relacionamento, reencontrar pessoas, fazer negócios e compartilhar conquistas, enfim, estender as fronteiras das nossas ações. O problema é que algumas pessoas não possuem filtro e incluem nas redes sociais um verdadeiro diário de tudo que fazem. Elas se esquecem de que, hoje, as empresas monitoram essas redes como um instrumento para saber o que seus funcionários ou pretendentes a cargos estão fazendo. São incontáveis os casos de profissionais que chegaram a ser demitidos e de pessoas que deixaram de ser admitidas por causa das informações que incluíram em suas páginas. Soube até de um caso de uma mãe que perdeu a guarda da filha, porque vivia postando fotos com bebidas e em ambientes pouco recomendáveis. Ao ser indagada por que havia tomado essas iniciativas, respondeu que imaginava que apenas os amigos próximos estavam vendo. O que fazer em palestras Para que uma palestra seja bemsucedida, é preciso que o tema seja bom e que vá ao encontro do interesse e das necessidades dos ouvintes. Ao mesmo tempo em que uma boa palestra precisa ter conteúdo, precisa também ser leve e atraente. A quantidade de espetáculo a ser incluída na palestra vai depender do tamanho e do preparo do público. Quanto maior o público e mais despreparado intelectualmente, mais espetáculo e menos conteúdo deve ter a palestra. Quanto menor e mais bem preparado intelectualmente for o público, menos espetáculo e mais conteúdo deve ter a palestra.
Um bom método para planejar uma palestra é dividir a apresentação em quatro ou cinco blocos. Cada bloco poderá ter de cinco a dez minutos, dependendo do tempo total. O profissional deve pôr, em cada bloco, uma mensagem completa com começo, meio e fim. No final de cada um, para tornar a palestra atraente, poderá contar uma história curiosa, uma piada ou passar um vídeo curto com informações interessantes para ilustrar o que foi exposto. Deve fazer o mesmo com os blocos seguintes, até chegar ao último. Quando todos estiverem prontos, bastará passar um fio condutor, ligando cada um deles para que possa haver unidade. Otimizando reuniões de negócios Uma boa reunião deve ter pauta. Seria difícil conduzir e participar bem de uma reunião sem saber os temas que serão tratados. É importante também que seja estabelecido não apenas o horário de início, mas também o horário de término para que todos possam se programar para seus compromissos. O líder da reunião tem como função controlar o rumo das discussões para que não fujam do que foi determinado, motivar a participação de todos e ajudar a esclarecer as possíveis dúvidas que possam surgir. O participante deve estar preparado para responder às questões ligadas a sua área e ter uma atuação participativa. Para isso, ajuda muito demonstrar interesse pelos assuntos abordados. Se for uma reunião com o objetivo de transmitir decisões já tomadas, o participante deve estar pronto para fazer perguntas que afastem dúvidas com relação ao que deve fazer com as informações transmitidas. Se for uma reunião com a finalidade de colher informações para a tomada de decisão, o participante deve estar preparado para fornecer informações que ajudem na 27
tomada de decisão. Em reuniões de negócio com público externo, alguns pontos são importantes: conhecer muito bem o assunto a ser discutido; saber como a parte contrária costuma agir em suas negociações – informações sobre como se comportaram em transações anteriores ajudam bastante; ter noção do limite que pode ser atingido, como preço mínimo e prazo máximo; saber ouvir para entender bem as necessidades e o estilo do interlocutor; ter noção dos momentos em que se deve recuar, mudar de assunto para esfriar confrontos e resistências; e, finalmente, entender o momento certo para concretizar a negociação. Embora seja quase impossível eliminar a rádio peão, pois sempre há alguém querendo ser o novidadeiro e passar informações “em primeira mão”. A maneira de atenuar o problema é o líder agir de forma clara e transparente sem tentar ocultar informações dos seus pares e colaboradores, exceto nas situações que exijam sigilo. Por isso, a importância da qualidade da comunicação. Se o líder souber se comunicar de maneira eficiente, ampliará as chances de impedir que informações equivocadas sejam disseminadas. Vença a timidez Para afastar a insegurança em suas apresentações, o profissional precisa: • Conhecer o assunto com a maior profundidade que puder; • Saber ordenar sua exposição com começo, meio e fim; • Praticar bastante. Deve aproveitar todas as oportunidades para falar diante das pessoas; • Finalmente, saber identificar seus pontos positivos. Saber que aspectos da sua comunicação são fortes e quais 28
precisariam ser aperfeiçoados. O profissional se sentirá mais seguro se levar um apoio com um roteiro das informações que irá expor, começar a falar mais baixo e mais devagar para não deixar que seu desconforto seja percebido, acertar sem pressa as folhas com anotações, ajustar também sem pressa o microfone, cumprimentar um a um os componentes da mesa diretora, apoiar as mãos sobre a mesa ou a cadeira para que possíveis tremores não sejam notados, entre outros cuidados. Isso proporciona um tempo precioso para que o orador queime o excesso de adrenalina, renove o oxigênio e fale com mais confiança. Quando deve se preocupar Cada vez mais a comunicação se transforma em competência essencial para que todos os profissionais possam aspirar melhores posições em sua carreira. Depois de determinado posto hierárquico, como gerência e diretoria, o profissional passa a depender menos dos conhecimentos técnicos e a necessitar mais da sua habilidade de comunicação. Não se admite, por exemplo, que o diretor de uma organização importante se apresente em público demonstrando insegurança e desconforto. Por isso, é preciso que o profissional se prepare para falar bem já nos primeiros estágios da sua carreira. Se não teve essa oportunidade, o mais rápido que puder deve procurar um bom curso de oratória e ler bons livros sobre esse tema para aprimorar o seu desempenho para falar e conversar bem com as pessoas. Reinaldo Polito é Mestre em Ciências da Comunicação, professor de oratória, palestrante e escritor. Escreveu 21 livros com mais de um milhão de exemplares vendidos. Cinco de suas obras entraram para as listas dos livros mais vendidos no país. Seu site www.polito.com.br
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MARKETING
Marketing ao alcance das pequenas empresas O marketing de guerrilha, que é o que trabalha em cima do inusitado para divulgar as marcas, é opção para pequenas empresas. Essas iniciativas são bastante interessantes e eficientes. Altos investimentos em campanhas publicitárias e ações em mídias sociais é o sonho de toda empresa que quer crescer e costumam ser associados a grandes companhias. No entanto, com a necessidade de expansão de mercado, as pequenas empresas também tem dado certa atenção a investimentos em marketing.
As ações na área de marketing devem ser divididas em dois grupos. O marketing institucional é o que engloba ações para que possíveis clientes conheçam a empresa, seus produtos e serviços. Refere-se, por exemplo, ao desenvolvimento da logomarca, do site, da assessoria de imprensa, das mídias sociais e dos materiais gráficos.
Mas, devido às limitações financeiras, essas empresas estão buscando inovar, tendo como opção o marketing de guerrilha, que é o que trabalha em cima do inusitado para divulgar as marcas. Essas iniciativas são bastante interessantes e eficientes. Causam impactos e, geralmente, são de baixo custo.
Já o marketing comercial é feito de atividades mais focadas e esporádicas, que possuem o objetivo de gerar aumento de vendas e é nele que se encontra o marketing de guerrilha e também campanhas para datas especiais e promoções.
Hoje, o marketing de guerrilha está em foco e possui aliados importantes, que são a internet e as redes sociais. As campanhas de marketing de guerrilha geram muitos comentários por parte de quem presencia e essa divulgação boca a boca vai se ampliando por meio das redes. Mas, como fazer esse tipo de investimento e quanto deve ser investido? A resposta sairá de um planejamento detalhado de marketing que a empresa deve fazer. Deve-se listar possíveis ações, fazer orçamentos para saber os custos, buscar por fornecedores que possam executálas, criar um cronograma para adequar as ações à sazonalidade de seu negócio e, principalmente, determinar objetivos. 30
O valor a investir é uma dúvida constante da empresa e especialistas apontam que isso varia muito, de acordo com o segmento da empresa. Empresas que dependem de ações de marketing para vender chegam a investir 10% do faturamento ou até mais. No geral, investir de 3% a 5% do faturamento é um bom patamar. Fora isso, veja algumas dicas de especialistas de como o pequeno e médio empreendedor poderá se diferenciar da concorrência, adotando técnicas de baixo custo: • O empresário é a primeira ferramenta de marketing – O sucesso da pequena e média empresa está diretamente relacionado a esse personagem. Assim, atualização é a palavra
de ordem, conhecendo o seu mercado, seus concorrentes, acompanhando tendências e lançamento de novas tecnologias e produtos. “Essas são regras básicas para o bom desempenho de sua empresa”, conta o publicitário Alessandro Basile; • Marketing como lição de casa – Basile acrescenta que a baixa capacidade de investimento faz com que se busque alternativas caseiras. Sendo assim, monte um pequeno grupo de marketing com os funcionários da empresa, para que se possa obter ideias e definir ações rápidas. Também é viável terceirizar o marketing; • Conheça o consumidor 2.0 – A conquista desse consumidor é muito mais complexa do que as simples ações publicitárias Ele está preocupado com a reputação, já que a tecnologia proporcionou uma revolução na relação de compra. Atualmente, há uma facilidade muito grande de localizar os produtos, mais opções de compras e, principalmente, um senso muito mais crítico para definição do que e de quem irá consumir. Exemplo disso é a evolução de sites de reclamações e de direito do consumidor, dentre os quais o mais destacado é o Reclame Aqui. Mas a preocupação vai muito além, pois as redes sociais também são fontes de informações e reclamações atualizadas constantemente; • Bom site é porta de entrada – Os buscadores online se tornaram grandes meios de compra e checagem de produtos. Cada vez mais, as pessoas olham esses meios antes de comprar e o resultado é que um site bem elaborado e otimizado para buscadores podem ser geradores de negócios e não só um cartão de visitas eletrônico. Deve transmitir de forma muito clara quem é a empresa, o que ela faz e para quem; • Redes Sociais é a ferramenta da moda – Ninguém mais nega a importância dessas ferramentas, mas a estratégia de guerrilha nesses meios é estafante e incerta, e essa é premissa básica da publicidade nas redes sociais. Segundo Mark Zuckerberg,
proprietário do Facebook, a guerrilha é o trabalho de boca a boca para possibilitar que prospects e cliente compartilhem as suas ideias. O segredo é gerar assunto em qualquer oportunidade. Hoje, há quase 70 milhões de brasileiros que compartilham, curtem e comentam no Facebook. Eles são consumidores e é uma oportunidade para a empresa divulgar e fortalecer a marca e seus produtos e serviços; • Faça comparações – Avalie como está a sua empresa em comparação às concorrentes, veja seu site, material e, principalmente, seu atendimento. Simule compras para depois comprar; • Aposte nas indicações – Um bom atendimento aos clientes, fornecedores, funcionários e formadores de opiniões e um estreitamento do diálogo é uma forma de atrair novos clientes. Busque se diferenciar e ser sempre lembrado, pois uma indicação é meio caminho andado para fechar um negócio. Amplie seu relacionamento, mantenha contatos frequentes com os seus clientes mais rentáveis e com seus principais fornecedores; • Participe de grupos e faça parcerias – Uma tendência no mercado são as associações de indicações, como é o caso do Grupo Alliance, formado por empresas de diferentes segmentos, que promovem ações de marketing entre si; • Participe de Ações Sociais – Busque trabalhos que sejam benéficos a sua comunidade e se associe a eles. Você pode, por exemplo, oferecer o seu espaço, equipamentos e equipe. Procure atrelar sua marca a ações positivas e apoiadas pela comunidade local. Esse tipo de ação, além de proporcionar benefícios a todos, podem gerar notícias que divulgarão a sua marca, contribuindo para a consolidação de sua imagem no mercado.
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NEGÓCIOS
Comprar bem é segredo para se destacar
Quando se pensa nos lucros de uma empresa, a primeira coisa que vem à cabeça de qualquer empresário é ter uma equipe comercial competente, que consiga fechar ótimas vendas e, consequentemente, ter uma boa rentabilidade. O pensamento com certeza está correto, vender é ótimo, mas a prática por si só não garante os lucros do negócio. No mercado, é fácil observar casos de empresas que, por mais que vendam bem, não conseguem lucrar em função de gastos excessivos e, para tanto, é 32
fundamental que se tenha também um forte setor de compras. O velho ditado “quem compra bem, vende bem” é fundamental para as empresas que pretendem crescer. “Só consegue vender com preço mais competitivo quem compra melhor. Observo que a área de compras poderia ser mais valorizada, pelo potencial que ela pode explorar”, conta o consultor empresarial Renato Biondo, da empresa WestMax. A área de compra tem uma amplitude que envolve todos os departamentos da
empresa, principalmente o financeiro. É essa a área responsável por obter o material certo, nas quantidades certas, com a entrega correta (tempo e lugar), da fonte correta e no melhor preço.
peso ao preço, ela estará selecionando, de saída, o fornecedor de menor preço, não, necessariamente, o melhor, e isso ocorre também aos outros pontos”, explica Biondo.
Saber comprar não é necessariamente escolher o menor preço, como muitas vezes pensam alguns empresários, pois, como diz outro ditado muito frequente nas empresas: “o barato sai caro”. Assim, aspectos como variedade, prazo de entrega, quantidade, qualidade dos produtos e serviços, garantia oferecida, dentre outros, são fatores determinantes na escolha de bons fornecedores para a sua empresa.
Lembre-se, a área de compras é estratégica, sendo fundamental uma avaliação aprofundada das melhores alternativas para uma empresa ter, por exemplo, exclusividade com o fornecedor ou optar por ter mais de um. Tenha em mente que toda alternativa pode ter prós e contras, que devem ser colocados no papel.
“O preço faz parte de uma tríade (qualidade, preço e prazo de entrega). Se a organização compradora atribui maior peso ao preço, ela estará selecionando, de saída, o fornecedor de menor preço, não, necessariamente, o melhor, e isso ocorre também aos outros pontos”, explica Renato Biondo. Reflexo disso é que o preço não é a maior preocupação das empresas em relação à compra. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Supply Chain (Inbrasc) para traçar um panorama sobre a relação entre empresas e fornecedores apontou que 24% dos entrevistados disseram ser o prazo de entrega a maior dificuldade na gestão do fornecedor, seguida pela qualidade dos serviços prestados ou produtos entregues, com 18% de apontamentos. Os preços elevados vêm em seguida, com 15%. “O preço faz parte de uma tríade (qualidade, preço e prazo de entrega). Se a organização compradora atribui maior
Conhecer os fornecedores Por isso, é importante que as empresas se estruturem com um bom departamento de compras, que terá a responsabilidade de localizar fontes adequadas de suprimentos e de negociar preços, além de ser diretamente responsável pelo relacionamento com os fornecedores. E esse relacionamento deve ser igual ao que se tem com os clientes; empresas com boa relação com os fornecedores encontram melhores condições de negociar e encontrar alternativas em parceria. Por isso, é importante que se mude um pouco a ideia de que só uma 33
NEGÓCIOS empresa ganhe para a relação do ganhaganha, com a qual todos saem satisfeitos. Isso é fundamental até mesmo para a posição da empresa no mercado.
Principais dicas para fazer uma boa compra
“Os fornecedores, dependendo do setor empresarial, comentam entre si os aspectos de fornecimento valorizados pelo comprador. O processo de compra de uma empresa deve ser bem descrito e respeitado pela estrutura organizacional. Empresas organizadas transmitem boa impressão aos fornecedores”, explica o consultor da Westmax, que conta ainda que já observou casos de empresas que queriam comprar, mas tinham dificuldade em função da imagem que tinham no mercado.
• Ter mais de um fornecedor;
“Para ter os melhores fornecedores, a empresa deve definir, claramente, qual o processo de compra adotado, os objetivos definidos para os compradores e qual o papel estratégico pretendido para os fornecedores. Não esquecer que quem estiver mais informado a respeito da outra parte, atinge mais seus objetivos! A proatividade favorece mais quem a prática rotineiramente”, finaliza Biondo.
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• Conhecer o produto que está comprando (fazer um detalhamento de todas as características); • Saber em quanto tempo utilizará o produto adquirido para determinar a quantidade correta de compra; • Ter no mínimo três cotações; • A cada ciclo de compra, trazer um fornecedor novo; • Pesquisar procedência do fornecedor no mercado (pode utilizar redes sociais e contatos em comum); • Formalizar todos os processos de compras (pode ser por meio de contratos, e-mails ou outros documentos).
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A inconstitucionalidade da base de cálculo do PIS e da COFINS efeitos da decisão do STF
E
m recente julgamento do Recurso Extraordinário 559.937, o Plenário do Supremo Tribunal Federal reconheceu, por unanimidade, a ilegalidade da inclusão do próprio tributo e do ICMS na base de cálculo do PISImportação e da COFINS-Importação. A matéria objeto desse recurso foi introduzida na legislação em 2004, por meio da edição da Lei nº 10.865/2004, que prevê a incidência da COFINS e PIS sobre as importações de bens e serviços efetivadas por quaisquer contribuintes. A base de cálculo dessas contribuições foi determinada como sendo o valor aduaneiro acrescido do ICMS e das contribuições ao PIS e COFINS. Essa situação provocou um aumento indevido na base de cálculo, de maneira que a alíquota efetiva desses tributos seja de, aproximadamente, 13%, ao invés dos
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9,25% estipulados pela lei. A legislação é inconstitucional, pois ultrapassou o conceito de valor aduaneiro estipulado na legislação, visto que o Acordo de Valoração Aduaneira vigente e do qual o Brasil é signatário somente admite como base de cálculo dos tributos aduaneiros o chamado ‘valor de transação’, previsto no Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio – GATT. Diante dessa situação, o ministro Dias Toffoli apontou em seu voto que, ao determinar que as contribuições fossem calculadas não só sobre o valor aduaneiro, mas ainda sobre o valor do ICMS e sobre o valor do PIS e Cofins, a regra extrapola o artigo 149 da Constituição. Para as empresas que recolhem o PIS e a COFINS pela sistemática cumulativa,
ou seja, a alíquota de 3,65% calculados sobre o faturamento da empresa, essa situação é ainda mais danosa, visto que o PIS e a COFINS pagos na importação são custos, uma vez que a legislação não autoriza nenhum tipo de compensação de créditos nessa situação. Como a decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal se deu em uma ação de um contribuinte, a decisão gera efeitos apenas naquele processo, sendo que, para obter o mesmo resultado, os contribuintes devem ingressar com medida judicial para ter direito ao afastamento da incidência da contribuição sobre importações futuras. Para empresas que calcularam o PIS e a COFINS pelo sistema cumulativo (as tributadas no Lucro Presumido e Simples
Nacional e algumas atividades do Lucro Real), cabe ainda uma ação para requerer a restituição de valores recolhidos indevidamente. Dessa maneira, as empresas que recolheram o PIS e a COFINS importação nos últimos 5 (cinco) anos têm grande chance de reaverem a parcela do tributo que foi calculada sobre o ICMS e a própria contribuição. Ocorre que a União Federal pretende que o Supremo Tribunal Federal declare a modulação dos efeitos dessa decisão, pois entende que ela pode gerar um impacto de R$ 34 bilhões de reais aos cofres públicos. A modulação de efeitos
consiste em determinar a partir de qual momento valerá a declaração de inconstitucionalidade do tributo, se a partir do julgamento ou se terá efeitos retroativos. Caso haja a modulação dos efeitos da decisão proferida pelo STF, os contribuintes não poderão pleitear a restituição dos valores pagos indevidamente nos últimos 5 (cinco) anos, podendo requerer, apenas, que a decisão tenha efeitos para operações futuras. Contudo, terão assegurado o seu direito aqueles que adotarem as medidas necessárias para obter a restituição dos valores indevidamente recolhidos antes que seja proferida a decisão sobre modulação.
Paulo Rogério Ferreira Santos, Sócio da área tributária do escritório Magalhães, Villen e Ferreira Santos Advogados Associados. Graduado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/ SP. MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios pela Fundação Getúlio Vargas – FGV/ SP. Atua a 10 anos como advogado, professor e instrutor de cursos e palestras.
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MARKETING
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Lutando pela melhoria tributária Veja entrevista exclusiva com a vice-presidente do IBPT, Letícia do Amaral, na qual fala das lutas do Instituto e melhorias pelo qual o sistema tributário tem que passar para que as empresas se tornem mais competitivas Cada vez mais, o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) vem se destacando no cenário nacional. Isso porque, desde 1992, atua para diminuir o impacto dos impostos sobre as empresas e racionalizar a arrecadação de tributos. Segundo a vice-presidente executiva do IBPT, Letícia Mary Fernandes do Amaral, o Instituto vem passando por grandes alterações, até mesmo em seu nome, já que, nos próximos meses, passará a ser Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação. Após 20 anos de atuação, o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário mudou de nome para melhor traduzir as atividades que realiza. Embora pequena, a alteração na composição do nome muda todo o significado. Nos últimos nove anos, gradativamente, o IBPT aprofundou-se nas áreas econômica, contábil, administrativa e tecnológica, além do direito tributário, à medida que, para alcançar sua visão – descomplicar a tributação, criar transparência e propor os melhores cenários para pessoas, empresas e governo –, foi necessário entender todos os agentes econômicos envolvidos, assim como suas relações, que implicam em consumo, produção, arrecadação e gasto público, somados à evolução da tecnologia tributária e de gestão. “Mudamos muito nossa atuação. Nascemos com a ideia de congregar pessoas para debater o planejamento tributário, mas, hoje, as atividades são muito mais amplas. Assim, decidimos
que agora é a hora certa da mudança de nome, pois estamos oferecendo muitos produtos e serviços diferenciados”, conta. Veja a entrevista exclusiva que a Gestão in Foco fez com Letícia do Amaral, na qual fala das lutas do Instituto e mudanças que o sistema tributário brasileiro deve passar para tornar as empresas mais competitivas: Quais as principais bandeiras defendidas pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário) hoje? Temos três focos de atuação. Um é o institucional; é por meio deste que fazemos a comunicação com a sociedade, levando informações tributárias para a população, com dados sobre tributos, empregos e o que as empresas podem fazer. Nessa área, temos instrumentos como o Impostômetro (Foto do Impostômetro), um contador em tempo real do volume de impostos que é arrecadado no país. Temos também o Empresômetro, que funciona como um censo que apresenta a totalidade das empresas e entidades privadas e públicas abertas no Brasil em tempo real. Estamos em processo de finalização de uma grande novidade que será o Gastômetro, uma ferramenta que vai mostrar onde o dinheiro arrecadado em impostos será empregado, coletando a receita tributada. Essa é uma ferramenta bastante complexa, pois necessitamos da maior quantidade de informações, mas já estamos bem adiantados. Desenvolvemos também a Lupa no Imposto, que visa conscientizar sobre tributos embutidos 39
nos produtos e serviços consumidos pela população. É um site para comerciantes que possibilita detalhar em etiquetas os tributos dos produtos. Outra ferramenta muito importante é o De Olho no Imposto, que é o Manual de Integração que exibe a carga tributária de produtos e serviços que serão emitidos em cupons e notas fiscais. Ainda para empresas, criamos o Programa de Assessoramento Intensivo do Micro e Pequeno Negócio (PAI), que apresenta soluções inéditas para os micros e pequenos empresários, dando-lhes condições para administrarem suas empresas, por meio de um assessoramento digital exclusivo e diferenciado. Isso tudo sem contar os estudos e pesquisas que divulgamos na imprensa.
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O segundo foco do IBPT é o Empresarial e Setorial, que foi desenvolvido para auxiliar as empresas. Esse é um serviço que é contratado, sendo assim, tem um custo, e é desse que vem a verba para que possamos desenvolver a grande gama de serviços apresentados anteriormente. Por fim, temos o foco acadêmico, dentro do qual desenvolvemos e participamos constantemente de congressos, palestras e cursos, auxiliando na disseminação educacional em nossa área, tendo como objetivo levar informação a quem tem interesse.
Como vem sendo a evolução da carga tributária do país, sendo que, em 2012, ela bateu o valor recorde de 36,27% do PIB? A evolução é predatória e, enquanto nada mudar, a expectativa é que se continue a bater recorde de arrecadação. O nosso modelo é formatado a consumir muito mais do que a população produz em forma de carga tributária e, com isso, com certeza, haverá o crescimento desse número em relação ao Produto Interno Bruto.
Descriminação
Índice de retorno ao bem estar da sociedade Ano 2011
Ano 2012
Índice Obtido
Resultado
Resultado
C.T sobre o PIB
IDH
IRBES
Ranking
Ranking Anterior
Estados Unidos
25,10%
0,937
165,78
1º
2º
Austrália
25,60%
0,929
164,53
2º
1º
Coréia do Sul
25,90%
0,909
162,48
3º
3º
Japão
27,60%
0,912
160,78
4º
4º
Irlanda
28,20%
0,916
160,43
5º
5º
Suiça
28,50%
0,913
159,83
6º
6º
Canadá
31,00%
0,911
156,79
7º
7º
Nova Zelandia
31,70%
0,919
156,66
8º
8º
Israel
32,60%
0,900
154,01
9º
10º
Espanha
31,60%
0,885
153,89
10º
9º
Brasil
36,02%
0,730
135,63
30º
30º
Ranking 30 países de maior tributação
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FISCAL Todo mundo fala da alta carga tributária para as empresas existentes no país, mas quais os reais impactos? A questão tributária é tão preocupante no país que uma empresa não consegue girar sem uma boa inteligência fiscal, o que demanda ainda mais custos. É necessário fazer um investimento grande em mão de obra e sistemas, para ver onde se pode otimizar as ações sem cometer falhas que levem a ser pego pelo Fisco, que, por sua vez, é feroz quando se trata de punições. Toda essa questão tem como resultado o fato de afastar investimentos de empresas estrangeiras, já que elas, antes de se instalarem, pesquisam as taxas tributárias e fazem suas exigências. Exemplo disso foi que, recentemente, se criaram medidas para o fim da chamada “guerra dos portos”, mas esse ponto gerou diversas burocracias para empresas, refletindo até mesmo na quebra de sigilo industrial, o que fez com que houvesse casos de corporações que suspenderam investimentos no Brasil. Para racionalizar, o caminho é uma governança tributária, que consiste na prática de controle de todos os processos que afetam as informações operacionais, de negócios e tributárias destinadas à gestão dos tributos a que uma organização está sujeita. Isso inclui os cálculos, a elaboração de guias de recolhimento, a escrituração de livros fiscais e a elaboração de obrigações acessórias relacionadas aos tributos indiretos sobre insumos, mercadorias, produtos e serviços que circulam nos negócios realizados pelo Brasil afora. Esse é o tema do momento, pois aperfeiçoa o sistema e também a carga tributária; entretanto, isso faz com que se tenha que trabalhar no limite da lei e da ética. Essa é a solução para otimizar as empresas. Por que essa alta carga tributária não tem retorno para a população? Nós temos como grande problema do 42
país o fato de termos uma arrecadação de primeiro mundo, mas a prestação de contas e retorno para população de terceiro mundo. E isso ocorre em função da má gestão dos recursos públicos. A área administrativa dos governos é muito ruim e focada em interesses individuais, o que gera a corrupção. Então, os gastos públicos se tornam exorbitantes e, mesmo assim, é gritante a realidade de que esse trabalho não é eficiente. Se os entes governamentais passassem a enxergar a administração pública como a de uma empresa, veriam muitos furos, obrigando-os a ficarem mais eficientes. Também, pode ser considerado um exemplo desse ponto as estabilidades nos empregos públicos, o que faz com que muitos ganhem bem e não sejam cobrados profissionalmente. Recentemente, o governo adiou para o próximo ano as multas para empresas que não detalharem os tributos na nota. Por que isso aconteceu? Quais as dificuldades encontradas pelas empresas? Isso ocorreu porque não saiu a regulamentação a tempo e, com isso, muitas dúvidas na implementação surgiram, principalmente, porque a realidade tributária nacional é muito complexa. Porém, a IBPT já havia desenvolvido uma metodologia para calcular os valores dos tributos. Depois que isso foi explicado com detalhes, foi regulamentada a lei, na qual o cálculo poderia ser feito por uma empresa de conhecimento notório, como já havia sido feito pelo Instituto, que fez diversos cálculos e ampliou de maneira massiva os produtos com valores de impostos detalhados. Assim, nós já disponibilizamos esses valores e já tem empresas implantado o sistema. Sobre as dificuldades encontradas pelas empresas para implantação, posso afirmar que essa não existe mais. Toda empresa consegue oferecer os dados entrando no site da IBTD, na área De Olho no Imposto, de forma gratuita.
É possível as empresas detalharem os tributos de forma exata nas notas fiscais? Não é possível e nem será. Entretanto, é importante que se atente que não é isso que a lei exige, mas sim um valor aproximado, possibilitando que a população vislumbre qual é o peso dos tributos na formação dos preços. Em que consiste o Programa de Assessoramento Intensivo do Micro e Pequeno Negócio – PAI, que a IBPT lançou recentemente e como as empresas podem utilizar? O PAI é um completo sistema de gestão empresarial (Entrerprise Resource Planning – ERP), que está disponível gratuitamente no endereço www.pai. org.br. Essa ferramenta é direcionada ao microempreendedor individual e de pequenos negócios com faturamento anual de até R$ 360 mil.
As empresas se cadastram no site do IBPT e tem um link que direciona para a página, onde, se confirmado o interesse, se pode baixar um software que fará a gestão. O Programa possui módulos sobre preço médio de mercadorias e serviços, custo tributário por nota emitida, fluxo de caixa inteligente com a geração de cenários, controle de estoque, controle patrimonial, módulos integrados de BI e CRM, módulo de cálculo e projeção de custo dos funcionários, aluguel, financiamentos, dentre outras inovações. Cada vez mais o SPED amplia seu campo de abrangência. Como você avalia o impacto disso para
empresas brasileiras? O SPED é com certeza uma evolução e revolução que estamos vivendo; ele facilita os trabalhos por possibilitar que se disponibilize as informações de forma totalmente eletrônica. Entretanto, essa ferramenta ainda gera muita discussão, já que, para que a implantação seja facilitada para adaptação das empresas, é necessário ter uma longa fase de teste. Outro problema é que, se as empresas precisassem entregar apenas o SPED, tudo seria mais simples. No entanto, o Fisco também exige a entrega de outras obrigações simultaneamente e, além disso, o Governo está autuando as empresas por erros e atrasos nessas entregas. Então, o problema é que o SPED ainda está em teste, mas já é obrigatório e as empresas terão que responder por tais informações nos próximos cinco anos, podendo serem fiscalizadas, o que torna injusta essa questão.
Dentre os projetos do IBPT, está o impostômetro. Como é feito esse cálculo e para que serve essa ferramenta? O Impostômetro é uma ferramenta que contabiliza os tributos arrecadados no Brasil. Com ela, a população pode tomar conhecimento de quanto os governos estão arrecadando em forma de tributos. O sistema utiliza os dados do ano anterior, atualizados com o índice de crescimento médio de cada tributo nos três anos imediatamente anteriores. Além disso, são levadas em conta as sazonalidades de cada um dos tributos, de acordo com as características de arrecadação dos 43
períodos analisados. Enfim, se trata de uma fórmula matemática, criada em 2005, com base em informações oficiais do Fisco e órgãos governamentais. Qual a solução para a alta carga tributária para as empresas brasileiras? Quais pontos são os principais de serem abordados em caso de uma reforma tributária no país? O caminho é a simplificação do sistema tributário por meio da lei, buscando a redução da burocracia e diminuindo as obrigações acessórias para empresas. É urgente uma reforma que simplifique o complicado sistema brasileiro de impostos, que tem característica única, cobrando vários impostos parecidos pelos governos federal, estadual e municipal, o que prejudica a economia. Para se ter ideia, existem mais de 80 tributos diferentes, cobrados sobre produção, consumo, movimentações financeiras, renda, entre outros. Segundo estudos que realizamos, o brasileiro trabalha, em
média, 150 dias por ano, ou seja, quase cinco meses, só para pagar impostos. Outro ponto preocupante é que a maioria dos impostos é tributada sobre o consumo e não sobre a renda, diferentemente de muitos países europeus; com isso, quem ganha menos paga mais. Numa reforma, esses tributos sobre consumo deveriam ser retirados e deveria se tributar mais renda, patrimônio e lucros. O primeiro passo para reverter essa situação é justamente diminuir o número de impostos referentes à tributação indireta. O ideal seria ter algo como um Imposto sobre o Valor Adicionado (IVA) único e, depois, a repartição entre governo, estados e municípios seria feita de outra forma. Dentre os dois impostos principais que deveriam ser agregados a um IVA, estariam o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o ICMS, mas também deveria englobar o PIS-Cofins e também o Imposto sobre Serviços de qualquer natureza (ISS), cobrado pelos municípios.
Veja ferramentas e serviços sociais gratuitos que o IBPT disponibiliza: • Impostômetro, que torna possível conhecer a arrecadação em tempo real do Brasil, estados e municípios; • Carga tributária que qualquer cidadão pode encontrar nos cupons e notas fiscais do Brasil, calculada para mais de 100 milhões de produtos e serviços; • Empresômetro, que apresenta o crescimento do número de novas empresas, dezenas de estatísticas, inclusive a mortalidade por município e atividade econômica, por meio do monitoramento do mercado em tempo real; • Estudos regulares e indicadores econômicos como o “número de dias trabalhados para pagar imposto” e o “IRBES – Índice de Retorno ao Bem-Estar da Sociedade”; • Balancos.com, maior central de balanços da América Latina, onde é possível conhecer e comparar resultados e indicadores de empresas, inclusive para subsidiar planos de negócios, com o objetivo de disseminar o uso da contabilidade e a profissionalização de empresas; • Gastômetro, que foi lançado em agosto, atribuindo ao cidadão o poder de conhecer e comparar o gasto público, por meio de pesquisas e filtros de forma descomplicada; • SIEC – Sistema de Inteligência de Escritórios Contábeis, elaborado para transformar dados tributários em informações gerenciais para decisões.
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FISCAL
Governo prorroga obrigatoriedade da Ficha de Conteúdo de Importação
Em mais uma medida que demonstra falta de planejamento e a confusão com que o Governo vem tratando a Guerra dos Portos, no meio do ano, foram publicadas duas normas que modificaram substancialmente as regras que tratam da alíquota de ICMS de 4% nas operações interestaduais com produtos importados ou com “Conteúdo de Importação”.
pois possibilita um maior prazo para adequação a mais essa necessidade”, explica o diretor tributário da Confirp Consultoria Contábil Welinton Mota. “A FCI é mais um passo que o Governo dá para o cruzamento de informações das empresas, que cada vez se mostra mais amplo”, complementa.
Primeiramente, o governo prorrogou para 1º de outubro deste ano a data da entrega da FCI e regulamentou a alíquota de 4% nas operações interestaduais com produtos importados. O prazo anterior de obrigatoriedade era 1º de Agosto de 2013.
Além da prorrogação acima, a partir de 1º de outubro de 2013 o “industrializador” e o “revendedor” de produto nacional com Conteúdo de Importação deverão informar nas suas notas fiscais de saída apenas o número da FCI e estarão desobrigados de informar o percentual do Conteúdo de Importação.
“As empresas que industrializam produtos com utilização de insumos importados estarão obrigadas ao preenchimento e entrega antes da emissão da Nota Fiscal. Entretanto, a prorrogação é bastante apropriada,
A grande novidade é que o importador ou revendedor de produtos importados não estará mais obrigado a informar nas notas fiscais o valor da “parcela importada”. A identificação do produto importado será feito pelo Código da Situação Tributária. 45
TRABALHISTA
Sped Social
abrange empregador doméstico até as grandes empresas
O
SPED Social ou eSocial, como é conhecido, é o novo projeto do Governo Federal em sua busca de tornar eletrônica todas as informações sobre ações das empresas. Essa nova obrigação acessória tem como objetivos principais unificar, integrar e padronizar as informações sobre os empregadores e seus empregados ou contratados.
O projeto eSocial é uma ação conjunta dos seguintes órgãos e entidades do Governo Federal: Caixa Econômica Federal, Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Ministério da Previdência (MPS), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) e o Ministério do Planejamento. A novidade é que não terá reflexo apenas nas empresas. Milhões de famílias do país terão que entregar o eSocial, já que ele abrange todos os contribuintes, desde o empregador doméstico até as grandes 46
empresas. Com isso, serão contemplados, dentre outros, a escrituração digital da folha de pagamento, as alterações no contrato de trabalho e nas atividades desempenhadas pelo trabalhador e as informações sobre os serviços contratados por empreitada ou por intermédio de cooperativas. A ideia é que o SPED Social se torne um grande facilitador no futuro, já que ele abrangerá todas as obrigações trabalhistas, previdenciárias e fiscais referentes a qualquer trabalho contratado no Brasil. Dentre as obrigações acessórias que estão programadas para serem eliminadas, estão a Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP), o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), a Guia da Previdência Social (GPS), a
Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte enviada pelas empresas à Receita Federal (DIRF), entre outras. O primeiro passo para implantação do eSocial foi dado em junho, quando o Governo Federal lançou um portal (http://www.esocial.gov.br/ ) para atender ao empregador doméstico. Nele, já é possível registrar as informações referentes aos serviços contratados ou realizados desde junho e recolher as obrigações trabalhistas, previdenciárias e fiscais, como FGTS, INSS e Imposto de Renda. Segundo informações do próprio portal, quando for implantado em sua totalidade, o eSocial será estendido aos demais empregadores, pessoas físicas e jurídicas, trazendo diversas vantagens em relação à sistemática atual, tais como: • Atendimento a diversos órgãos do governo com uma única fonte de informações, para o cumprimento
das diversas obrigações trabalhistas, previdenciárias e tributárias atualmente existentes; • Integração dos sistemas informatizados das empresas com o ambiente nacional do eSocial, possibilitando a automação na transmissão das informações dos empregadores; • Padronização e integração dos cadastros das pessoas físicas e jurídicas no âmbito dos órgãos participantes do projeto. Assim, a escrituração das empresas em geral será feita por meio de arquivos digitais, que serão transmitidas via internet. O Governo já liberou para teste os layouts provisórios desses arquivos, ainda pendentes de aprovação. Mas já é possível avaliar que o documento será elaborado de forma semelhante ao que ocorre na NF-e, sendo voltado a eventos (ou fatos). 47
TRABALHISTA Veja o cronograma de implantação que vem sendo divulgado pelo Governo: · Empresas tributadas pelo Lucro Real devem efetuar o cadastramento em 30 de abril e entregar a folha de pagamento via eSocial em 30 de maio de 2014; · Empresas tributadas pelo Presumido e Simples Nacional devem efetuar o cadastramento em 30 de setembro de 2014 e entregar a folha de pagamento via eSocial em 30 de outubro de 2014.
Veja outras obrigações acessórias já existentes ou em desenvolvimento: SPED Contábil – Substitui os Livros Contábeis em papel. Todas as empresas brasileiras optantes pelo regime de Lucro Real estão obrigadas ou podem aderir voluntariamente ao SPED Contábil. SPED Fiscal – Essa obrigação substitui a escrituração tradicional dos livros de entrada saída de inventário. Nela, será demonstrado como foi calculado os imposto ICMS e IPI. SPED Contribuições – Utilizado pelas pessoas jurídicas de direito privado, demonstra em seu conteúdo como foi apurado o PIS/Pasep e a COFINS. Conhecimento de Transporte eletrônicos (CT-e) – Substitui o antigo Conhecimento de Transporte de Carga (CTRC) e deve ser entregue Receita Federal ou à Secretaria de Fazenda do estado onde é emitida. Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e) – A NF-e de Serviços é um documento digital que substitui a nota 48
fiscal de serviços em papel que deve ser emitida ou entregue às Secretarias de Fazenda Municipais. SPED Imposto de Renda – Essa obrigação demonstra como foi apurado o Imposto de Renda e as contribuições sociais sobre lucro das empresas tributadas no lucro real presumido ou arbitrado. Essa obrigação substituirá a entrega da antiga Declaração de Ajuste Anual de Imposto de Renda Pessoa Jurídica, a partir de 2015, Ano Base 2014. SPED Central de Balanços – Em fase inicial de desenvolvimento, deverá reunir demonstrativos contábeis e uma série de informações econômico-financeiras públicas das empresas.
Programa DSOP de Educação Financeira nas Empresas Como reduzir custos? Como evitar o desperdício de recursos? Como criar sustentabilidade financeira para seus colaboradores? Para auxiliar as empresas nessas questões, a DSOP Educação Financeira estruturou o Programa de Educação Financeira nas Empresas. Nossos treinamentos estão diretamente ligados ao bom desempenho do colaborador no ambiente de trabalho, proporcionando o aumento imediato de rentabilidade, ampliando os conhecimentos sobre finanças, planejamento e responsabilidade socioambiental, permitindo que os aprendizados sejam levados também para o ambiente familiar.
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Yahoo aquece debate sobre home office Existe a necessidade de planejamento e confiança para disponibilizar o benefício, principalmente em função de dificuldades de administrar alguns pontos.
A CEO do Yahoo! Marissa Mayer reacendeu o debate sobre a viabilidade das empresas disponibilizarem aos funcionários os benefícios do home office. Isto porque, contrariando as últimas tendências em gestão de pessoas, foram proibidos que funcionários do Yahoo!, em qualquer parte do mundo, produzam de casa, como até então acontecia. Segundo a empresa, no sistema de home office, “a velocidade e a qualidade são muitas vezes sacrificadas”. Em contrapartida, grandes companhias do mundo seguem em caminho inverso, 50
possibilitando que cada vez mais colaboradores utilizem esses benefícios, já que levam em consideração questões como locomoção, avanços tecnológicos e busca de qualidade de vida, dentre outros pontos, que fazem com que os home offices sejam uma tendência nas grandes cidades no mundo todo, principalmente pelos empregados. Entretanto, cada vez mais também se percebe a necessidade de planejamento e confiança para disponibilizar o benefício, principalmente em função de dificuldades de administrar alguns
pontos. Para se ter ideia, em janeiro, foi divulgada uma pesquisa de uma empresa de consultoria internacional que ouviu 24 mil profissionais em 90 países para saber quais são os três maiores obstáculos para quem trabalha em casa. No Brasil, o resultado foi:
• benefícios monetários da economia com gasolina, desgaste e quebra de seu carro, roupas de trabalho e almoços fora;
- 64%: ter crianças e familiares exigindo atenção;
• benefícios de poder trabalhar quando você se sente mais produtivo;
- 44%: dificuldade de concentração;
• benefícios à saúde por poder se alimentar com uma dieta mais saudável, que inclui menos fast food;
- 44%: crianças, familiares e animais de estimação que atrapalham ligações telefônicas. Assim, é possível trabalhar em casa, mas é fundamental o cumprimento de regras e que se renda como se estivesse dentro da empresa, mas, para isso, é necessário disciplina, organização e consciência de tudo. Tem que se ter em mente que não é porque o funcionário mudou de lugar que vai mudar alguma atitude. Pelo contrário, a pressão e as metas continuam as mesmas. Tem casos em que a produtividade é maior do que a de estar dentro do escritório ou da própria empresa. Outra opção de muitos profissionais é deixar os escritórios para trabalharem em outros espaços, ficando longe da correria diária e problemas que podem atrasar questões que necessitam concentração. Esses profissionais se utilizam de escritórios virtuais ou mesmo espaços disponibilizados pelas empresas, com wireless, como é frequentemente visto em Frans Cafés e Starbucks. Assim, é interessante pontuar vantagens que esses profissionais buscam: • os benefícios ambientais de não dirigir um veículo a motor no tráfego lento e poluir o ar; • tempo poupado não se deslocando até um escritório;
• oportunidades de fazer exercícios físicos, cursos ou outras atividades no tempo em que estaria no trânsito;
• benefícios do equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Porém, as desvantagens também devem ser levadas em conta, dentre as quais se destacam: • problemas para separar seu tempo livre de seu trabalho, pois em situações de pressão, você tende a trabalhar muito mais do que o horário normal de trabalho; • falta de comunicação cara a cara aumenta as chances de erros de interpretação ou mal entendidos; • dificuldades técnicas que prejudicam as comunicações ou o andamento do trabalho; • sentimento de separação ou dissociação entre os funcionários; • menos interação entre os colaboradores; • falta de suporte, tanto administrativo quanto gerencial. Enfim, o debate ainda está apenas começando e muitos prós e contras existem. Assim, as empresas devem ter muito cuidado ao refletirem sobre esse benefício, sempre lembrando que cada caso deve ser tratado como único.
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Jovem aprendiz – muito além das cotas
Além de trazer grandes vantagens para empresas, a contratação de jovens aprendizes é uma lei A Gerente de Relacionamento da Confirp Consultoria Contábil, Ariadne Ribeiro Toledo, iniciou sua vida profissional em 1994, quando fez parte da seleção junto ao CAMP Jabaquara, entidade do ensino profissionalizante. Aprovada, iniciou a formação e, após três meses de capacitação em diversas áreas como noções administrativas, tecnológicas, atendimento ao cliente, entre outras, foi contratada de imediato pela empresa Confirp. Lá, teve uma grande ascensão. “Comecei como auxiliar fiscal, promovida à assistente, depois analista, alcançando o cargo de coordenação da área, totalizando nove anos de permanência nesse setor. Paralelamente, em 1997 ingressei na Universidade FASP, no curso de Administração de Empresas com ênfase em Comércio Exterior, me formando em 2001. Em 2004, conclui minha especialização em Direito Tributário e, com isso, as portas se 52
abriram ainda mais. Na própria Confirp, trabalhei no outsourcing fiscal e, hoje, atuo como Gerente de Relacionamento da empresa”. A história dessa profissional é apenas uma de milhares que foram benéficas para empresas e trabalhadores em função de programas de jovens aprendizes. A grande vantagem para o empregador é ter um funcionário moldado às suas necessidades, criando uma relação de conhecimento e fidelidade. Para o profissional também é ótima a oportunidade, já que proporciona capacitação e também uma chance para entrar no mercado. “Para a minha trajetória profissional, foi fundamental. O programa Jovem Aprendiz traz em seu conteúdo aprendizados que proporcionam ao jovem uma melhor condição logo no início de seu trabalho”. Contudo, mais que essas vantagens, a contratação de jovens aprendizes é uma
lei criada em 2000 e chamada de Lei do Aprendiz. Foi criada para a entrada de jovens no mercado de trabalho e consiste em exigir que médias e grandes empresas preencham, com esses profissionais, pelo menos 5% do seu quadro. Os jovens contratados devem ter entre 14 e 24 anos e ocupam vagas que não exigem formação técnica ou superior. “Os estabelecimentos de qualquer natureza, que tenham, pelo menos, sete empregados, são obrigados a contratar aprendizes, de acordo com o percentual exigido por lei, mínimo de 5% e máximo de 15% do CAGED, sendo facultativa a contratação de aprendizes pelas micro e pequenas empresas, inclusive as do Simples Nacional. A quantidade que deve ser admitida se dará após análise do CAGED, calculada sobre o total de empregados, retirando funções que demandem formação profissional (nível técnico ou superior) e os cargos de direção, gerência ou de confiança. As frações de unidade, no cálculo da percentagem, darão o número”, explica Luiz Alberto de Paula, supervisor de Relacionamento da ISBET, instituto que prepara aprendizes qualificados para o mercado. Os jovens devem estar cursando ou já terem concluído o Ensino Médio e terão direito a registro em carteira de trabalho, 13º salário, fundo de garantia, INSS, valetransporte, férias e jornada de trabalho de 6 horas. Mas, segundo Sérgio Mindlin, presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Ethos, essa lei ainda apresenta resultados abaixo do esperado. “No ano passado, foi beneficiada menos da metade do total de aprendizes esperado pelo Ministério do Trabalho. A expectativa era de que 800 mil jovens fossem beneficiados pela lei, mas, na prática, eles somaram menos de 300 mil”. Fiscalização e mudanças
Em função da baixa procura das empresas por esses profissionais, estão se tornando constantes as fiscalizações e autuações praticadas pelo Ministério do Trabalho e emprego (MTE) às empresas que não estão cumprindo a cota a que são obrigadas. “O aumento da fiscalização está acontecendo, pois a Secretaria de Políticas Públicas e Emprego estipulou uma meta de um milhão de aprendizes contratados até dezembro de 2014. Dessa forma, as Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego intensificaram as fiscalizações para auxiliar no cumprimento da meta, seja em empresas que já possuem jovens contratados, para verificar se estão cumprindo a cota, ou em empresas que ainda não iniciaram o programa”, conta Luiz Alberto de Paula. O supervisor da ISBET ainda conta que o descumprimento da lei pode refletir em pesadas multas. “Hoje, a empresa que não cumpre a cota de aprendizagem fica sujeitos à multa de valor igual a um salário mínimo regional por jovem empregado em desacordo com a lei, não podendo, todavia, a soma das multas exceder cinco vezes o salário-mínimo, salvo no caso de reincidência em que esse total poderá ser elevado ao dobro. E é importante ressaltar que o prazo para cumprir a cota, atualmente, depende muito da quantidade de jovens, ramo de atividade e as diretrizes do auditor fiscal”. Além do aumento da fiscalização, recentemente, a Lei do Aprendiz também passou por mudanças, dentre essas, o fato de o jovem dever cumprir 80 horas sequenciais de estudo nas entidades qualificadoras antes de iniciar suas atividades na empresa. Depois do início, o curso ainda tem continuidade. Um dia por semana, o aprendiz ficará ausente de suas funções no empreendimento para receber o treinamento. Os cursos são obrigatoriamente relacionados à atividade a ser desempenhada na 53
companhia. A tendência é que as empresas também sejam favorecidas com a antecipação da carga teórica. “Já vimos que a lei traz benefícios para a educação desses jovens e os insere no mercado de trabalho, tirando-os da rua e da criminalidade. Além disso, auxilia na vida financeira deles e traz benefícios até para a escolaridade, já que é exigido que frequentem ou que já tenham concluído o Ensino Médio”,
explica o presidente do Ethos. “Um dos principais ensinamentos que tive nessa época é que, quando temos boa vontade, atitude, disciplina e foco podemos alcançar tudo o que desejamos para as nossas vidas. E foi fundamental inciiar a minha carreira como uma jovem aprendiz. Mas a jornada continua, há muito para caminhar e realizar”, finaliza Ariadne Toledo.
Veja as principais mudanças para a Instituição formadora: · Cadastro e validação de novos cursos voltados para a necessidade do dia a dia da empresa e do jovem; · Diretrizes curriculares apropriadas para o público-alvo; · Todo curso do programa deve apresentar 40% do total da carga horária de um curso técnico equivalente; · Carga horária do curso: o tempo de contrato reduziu; atualmente, o prazo para os contratos são de 1 a 2 anos. Muitos cursos, antigamente, possuíam carga horária elevada em relação à aprendizagem teoria/prática; as atividades práticas e teóricas eram de pouca complexidade, o que tornava o programa desmotivador para o jovem. Para as empresas: · A distribuição da carga horária ficou: 70% para as atividades práticas e 30% para as atividades teóricas; · A jornada de trabalho do jovem terá que ser distribuída em apenas cinco dias durante a semana, contemplando atividades teóricas e práticas; · Raio de distância sobre a empresa, entidade qualificadora e residência do jovem será de no máximo 50km. Benefícios da contratação de jovens aprendizes: · Contribuir com o desenvolvimento profissional e pessoal do jovem; · Qualificar o jovem tendo em vista a possibilidade de aproveitá-lo para seu quadro; · Associar sua marca a um programa social de política pública reconhecida nacionalmente. Dificuldades encontradas: · Orientar e alinhar a política do Programa Jovem Aprendiz junto aos gestores e colaboradores; · Integrar o jovem ao corpo funcional da empresa, devido sua carga horária diferenciada.
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Fique
por dentro Seu Mundo – Literatura O Poder do Hábito - Por Que Fazemos o Que Fazemos na Vida e Nos Negócios Autor: Charles Duhigg Editora: Objetiva Sinopse: Durante os últimos dois anos, uma jovem transformou quase todos os aspectos de sua vida. Parou de fumar, correu uma maratona e foi promovida. Em um laboratório, neurologistas descobriram que os padrões dentro do cérebro dela – ou seja, seus hábitos – foram modificados de maneira fundamental para que todas essas mudanças ocorressem. Há duas décadas pesquisando ao lado de psicólogos, sociólogos e publicitários, cientistas do cérebro começaram finalmente a entender como os hábitos funcionam – e, mais importante, como podem ser transformados. Embora isoladamente pareçam ter pouca importância, com o tempo, têm um enorme impacto na saúde, na produtividade, na estabilidade financeira e na felicidade. Com base na leitura de centenas de artigos acadêmicos, entrevistas com mais de trezentos cientistas e executivos, além de pesquisas realizadas em dezenas de empresas, o repórter investigativo do New York Times Charles Duhigg elabora, em O poder do hábito, um argumento animador: a chave para se exercitar regularmente, perder peso, educar bem os filhos, se tornar uma pessoa mais produtiva, criar empresas revolucionárias e ter sucesso é entender como os hábitos funcionam. Transformá-los pode gerar bilhões e significar a diferença entre fracasso e sucesso, vida e morte. 55
Seu Mundo – Online Curso online e gratuito de educação financeira A DSOP Educação Financeira preparou uma grande novidade para os internautas que visitam o seu site, é o Curso de Educação Financeira Online Gratuito na Versão Compacta (http://cursodeeducacaofinanceira.com.br/online-gratuito/). Este curso online gratuito foi preparado especialmente pra você que busca retomar as rédeas de sua vida financeira. Segundo o presidente da DSOP, Reinaldo Domingos, essa ferramenta será uma grande oportunidade para quem deseja iniciar o caminho para se livrar de problemas relacionados ao dinheiro possibilitando a realização de sonhos materiais. O curso tem duração reduzida em relação aos demais oferecidos pela DSOP, mas, mesmo assim, seu conteúdo é muito rico. São cinquenta minutos de informações e exercícios, estruturado em oito videoaulas de curta duração. Cada aula possui um pequeno teste que deverá ser realizado para avançar para as próximas aulas. Por ser online, o participante pode desenvolver o conteúdo no seu ritmo e de acordo com seus horários disponíveis, além disso, está disponível em todos os dispositivos, possibilitando que você assista às aulas de computadores, notebooks, tablets ou smartphones. 56
NEGÓCIOS
Seu Mundo – Tecnologia Conheça o iPhone 5S e o iPhone 5C E, falando da Apple, a empresa apresentou recentemente para os consumidores seus dois novos modelos de telefone celular: o iPhone 5S e o iPhone 5C (versão mais barata). É a primeira vez que a empresa lança dois tipos diferentes de celular ao mesmo tempo. Dentre as principais novidades do 5S está um sensor de impressão digital incorporado ao principal botão do aparelho para identificar o usuário. Outro diferencial do 5S é um processador A7, tornado o aparelho mais rápido e que pode monitorar o movimento continuamente, aprimorando o uso de aplicativos ligados à atividade física. Já o 5C possui uma estrutura de plástico disponível em cinco cores diferentes. A versão econômica com 16GB de armazenamento e atrelado a uma operadora de telefonia celular, tem como grande vantagem o preço, custará nos Estados Unidos US$ 100 (cerca de R$ 230) e o modelo de 32GB, US$ 200 (R$ 460). Já a versão desbloqueada sairá por US$ 550 e US$ 650, respectivamente. 57
Seu Mundo – Cinema Jobs - o filme Elenco: Ashton Kutcher, Dermot Mulroney, Josh Gad, J.K. Simmons, James Woods, Ron Eldard, Matthew Modine, Lukas Haas, Amanda Crew, Jeremy Shada, Lesley Ann Warren. Direção: Joshua Michael Stern Duração: 122 min. Distribuidora: Imagem Filmes Sinopse: A história da ascensão de Steve Jobs, de rejeitado no colégio até tornar-se um dos mais reverenciados empresários do universo da tecnologia no século 20. A trama passa pela jornada de autodescobrimento da juventude, pelos demônios pessoais que obscureceram sua visão e, finalmente, pelos triunfos que transformaram sua vida adulta. Ashton Kutcher vive Steve Jobs. Dermot Mulroney é Mike Markkula, primeiro executivo a acreditar na visão de Jobs e investir na Apple, em 1976. Josh Gad vai interpreta Steve Wozniak, criador dos computadores Apple. Ahna O’Reilly interpreta Chris-Ann Brennan, primeira namorada e mãe da filha de Jobs. 58
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