Jornal do Biólogo 68 jul/14

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Mata Atl芒ntica, armazenai por n贸s

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Julho de 2014


editorial

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Na trilha da Ecologia A última edição de nosso jornal trouxe, em sua matéria de capa, um debate sobre o papel das unidades de conservação no país e também dos preceitos por trás das políticas públicas de preservação ambiental. Na ocasião, salientei, neste mesmo espaço, que a intenção não era defender ou condenar os que são favoráveis à flexibilização da legislação ou os que lutam por seu endurecimento. O objetivo era, antes de tudo, apresentar argumentos de ambas as vertentes para que o leitor pudesse formar seu próprio juízo sobre o assunto. Seguindo nesta proposta, a reportagem de capa deste mês mantém a “pegada” ecológica. Nossa equipe de reportagem entrevistou o biólogo Thiago Metzker, que desenvolveu uma pesquisa de seis anos no Parque Estadual do Rio Doce, maior área remanescente de Mata Atlântica em Minas Gerais. O trabalho de Thiago tinha por objetivo estabelecer uma metodologia altamente confiável que pudesse averiguar o papel da Mata Atlântica na absorção e liberação de carbono na atmosfera. Afinal, as florestas têm um caráter importante na luta contra o efeito estufa ou prevalece a ideia difundida, de que esses

ecossistemas produzem carbono tanto quanto consomem? Os resultados da pesquisa, que você poderá conferir na página 8, podem não ser um argumento definitivo, mas com certeza contribuem para o enriquecimento da discussão proposta no último jornal. Essa reportagem, entretanto, não é a única desta edição que aborda questões relacionadas à Ecologia. Nas páginas 4 e 6 trazemos matérias com os biólogos André Baxter e Cláudia Siúves. André pesquisa há oito anos os sistemas Wetlands Construídos, tecnologia que recria artificialmente as características de pântanos e tem grande potencial de remoção de poluentes das águas. Já Claúdia atua no Laboratório de Ecotoxicologia do Centro de Inovação e Tecnologia SENAI FIEMG campus CETEC, conduzindo ensaios que identificam a qualidade das águas de Minas. Por fim, temos ainda uma entrevista com Lúcio Lemos, profissional que dirige um laboratório de análises clínicas em Juiz de Fora. O biólogo fala dos desafios e de como a tecnologia impacta no setor laboratorial. Boa leitura! Gladstone Corrêa de Araújo Conselheiro Presidente

Erramos Ao contrário do publicado na página 6 da edição 67 do Jornal do Biólogo, a Portaria do IEF 182/2013 não cria áreas de soltura de animais silvestres em unidades de conservação, mas tão somente institui o projeto Áreas de Soltura de Animais Silvestres (ASAS). Pelo equívoco, pedimos desculpas.

CRBio04 Av. Amazonas, 298 - 15º andar Belo Horizonte - MG - 30180-001 | Telefone: (31) 3207-5000 www.crbio04.gov.br | crbio04@crbio04.gov.br Conselheiros Efetivos: Bruce Amir Dacier Lobato de Almeida, Carlos Frederico Loiola, César Augusto Maximiano Estanislau, Elias Manna Teixeira, Evandro Freitas Bouzada, Mariana Nascimento Siqueira Conselheiros Suplentes: Aneliza de Almeida Miranda Melo, Emilson Miranda, Fábio de Castro Patrício, Helena Lúcia Menezes Ferreira, João Paulo Sotero de Vasconcelos, José Alberto Bastos Portugal, Lucas Soares Vilas Boas Ribeiro, Meriele Cristina Costa Rodrigues

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Diretoria Executiva Presidente: Gladstone Corrêa de Araújo Vice-Presidente: Jefferson Ribeiro da Silva Tesoureira: Sylvia Therese Meyer Ribeiro Secretária: Norma Dulce de Campos Barbosa Jornal do Biólogo Ano XVIII - Nº 68 | Julho de 2014 Produção Editorial: Berlim Comunicação | www.berlimcomunicacao.com.br Jornalista Responsável: Vitor Moreira | Registro: 14055/MG Projeto Gráfico: Rafael Chimicatti Impressão: 1.500 exemplares


laboratório

O avanço das análises clínicas Quem quer seguir na área deve investir em formação prática Até o início dos anos 1990 a identificação e contagem de células em um hemograma eram feitas de forma manual. A análise era realizada em lâminas com amostras de sangue do paciente, com o auxílio de um microscópio. Cerca de vinte anos depois, os aparelhos mais modernos são capazes de executar um exame em até dois minutos. De forma incontestável, a revolução tecnológica que se instaurou no setor trouxe mais eficiência, confiabilidade e segurança para os processos. No encalço dessas mudanças, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária também buscou contribuir para o aperfeiçoamento do trabalho laboratorial e publicou, em 2005, a RDC 302, que dispõe sobre o regulamento técnico para funcionamento de laboratórios clínicos. Entretanto, o fator humano ainda é preponderante quando se fala em qualidade em análises laboratoriais e deve receber especial atenção. “Cerca de 80% dos erros em resultados de exames decorrem de problemas pré-analíticos, ou seja, fatores como transporte inadequado e falta de jejum apropriado que interferem no resultado da análise antes mesmo dela ser realizada”, argumenta Lúcio Lemos, diretor e responsável técnico do Lemos Laboratórios. Para sanar a questão, Lúcio explica que os laboratórios investiram na criação de setores de triagem. “Hoje não é mais o atendente que recebe o material de coleta. São técnicos capacitados, sob a supervisão de um profissional de nível superior, treinados para identificar e resolver esses problemas”.

que atuam na área, como os biólogos se situam nesse contexto? “Como um profissional capacitado como qualquer outro”, afirma Lúcio, que cita seu próprio exemplo. “Atuo em análises clínicas como biólogo desde que me formei, em 1985. Mas antes disso já trabalhava como técnico e, quando fui escolher minha graduação, não tive dúvidas de que o curso de Ciências Biológicas me ofereceria o conhecimento que demandava”, ressalta. De fato, ao contrário do que se propaga, segundo o Sistema CFBio/CRBios inexistem empecilhos técnico ou legal para que os biólogos, desde que atendam as exigências curriculares e possuam ART e TRT expedidas pelos Conselhos Regionais de Biologia, exerçam atividades em análises clínicas, inclusive no posto de Responsável Técnico. “O primordial é que o profissional realize bons estágios durante sua graduação. Uma pós-graduação em análises clínicas também poderia ser indicada, mas a verdade é que esse é um trabalho que se aprende na prática, pois os avanços se dão de forma muito rápida”, conclui Lúcio Lemos.

Formação Mas se os avanços tecnológicos e o surgimento de setores cada vez mais segmentados dentro dos laboratórios – tais como hematologia, micologia, imunologia, urinálise – impuseram também o aperfeiçoamento dos profissionais

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biologia sanitária

Águas tratadas de forma sustentável

André Baxter

Wetlands recriam características filtrantes de pântanos Em geral, eles não são vistos com bons olhos. Levam reputação – parte justificada, parte infundada – de serem feios, fedidos e repletos de animais peçonhentos. Até mesmo o cinema se aproveita dessa “má fama” em algumas produções. Não é difícil achar por aí algum filme de terror de qualidade duvidosa que leve a palavra “pântano” no nome. Porém, nenhum desses atributos impressionou a pesquisadora alemã Käthe Seidel. Na década de 1950, após observar as propriedades naturais que esses ecossistemas possuíam de purificar águas poluídas, a cientista iniciou pesquisas com macrófitas – espécies vegetais aquáticas – cultivadas em ambientes controlados, especialmente com o bunho (Schoenoplectus lacustris). A ideia era replicar artificialmente as características de um pântano, permitindo a criação do que Käthe Seidel chamou de sistemas hidrobotânicos, capazes de tratar diversos tipos de águas. Atualmente, a tecnologia é conhecida por sistema Wetland Construído – ou Sistema Alagado Construído (SAC) –, e pode ser projetada com configurações distintas para promover a remoção de diferentes tipos de poluentes. Extremamente versátil, o sistema pode ser aplicado no tratamento de efluentes sanitários e industriais, no pré-tratamento de águas para abastecimento,

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na remediação de águas subterrâneas, no tratamento de lixiviados de aterros sanitários e no tratamento de águas de drenagem ácida de minas, entre outras possibilidades. Além dessa multifuncionalidade, os Wetlands Construídos também têm por característica uma elevada eficiência na remoção de poluentes, que varia de 80% a 99% nos casos de matéria orgânica e sólidos em suspensão e chega a até 40% para Nitrogênio Total. “Eles também apresentam grande eficiência na remoção de organismos patogênicos e indicadores de contaminação fecal, como coliformes termotolerantes e E. coli. Seu potencial para a produção de água de reuso não potável, como por exemplo, irrigação de jardins e culturas e lavagens de estruturas, é muito grande”, explica o biólogo André Baxter Barreto, doutorando da Universidade Federal de Minas Gerais que se dedica ao estudo dos SACs há oito anos. Segundo André, um sistema Wetland Construído atua de forma completamente natural e passiva, o que gera baixos custos, ausência de odores e ruídos, e independência de energia elétrica ou produtos químicos. "Além do tratamento de efluentes, os Wetlands podem ser usados para o controle da poluição difusa ou revitalização de rios, criando espaços públicos ou áreas de preservação com alto valor agregado."


Como funciona No desenvolvimento de um SAC, as macrófitas desempenham uma função essencial: elas proporcionam um ambiente favorável ao desenvolvimento de uma complexa comunidade microbiana que participa ativamente no processo de remoção dos poluentes. Além disso, por necessitarem de nutrientes para se desenvolverem, as raízes das macrófitas também são responsáveis pela absorção de parte das substâncias contaminantes da água. “As raízes das plantas criam micronichos ecológicos, aumentando a riqueza e a atividade biológica do sistema", esclarece André (veja mais no quadro). Para serem utilizadas, é importante que as espécies tenham um ciclo de vida perene, baixa suscetibilidade à incidência de pragas, sistema radicular volumoso e facilidade de manejo. Entre as macrófitas mais aplicadas em Wetlands Construídos estão a taboa (Typha latifolia), o junco (Juncus effusus) e a cana de jardim (Canna x generalis). Além de seu potencial filtrante, essas espécies também possuem características ornamentais, que tornam os sistemas atraentes também paisagisticamente. Porém, uma série de outros fatores também deve ser levada em consideração ao se construir um SAC, pois eles seguem critérios de engenharia hidráulica e sanitária: dimensões do sistema, tipo de escoamento, regime de alimentação, cargas aplicadas etc. A área requerida para um Wetland Construído, inclusive, pode ser considerada sua principal desvantagem. Por outro lado, o sistema é viável para o tratamento de águas desde uma propriedade rural ou condomínio residencial até grandes indústrias e mineradoras. “Os SACs não são a solução para todos os casos, mas têm potencial para solucionar boa parte, especialmente no Brasil. É preciso que os Wetlands, já amplamente estudados na academia, dêem um salto para o mercado”, avalia André.

Arquivo pessoal

biologia sanitária

André Baxter no UFZ - Centro Helmholtz para Pesquisas Ambientais, em Leipzig, na Alemanha

O papel das macrófitas De que forma essas espécies atuam em áreas alagadas naturais e artificiais, transformando-as em grandes sistemas filtrantes •

Aumentam a área de filtragem e a superfície de contato na subsuperfície;

Estabilizam o meio suporte;

Liberam oxigênio e elevam o potencial de oxirredução;

Aumentam a diversidade, densidade e atividade microbiológica;

Absorvem nutrientes e elementos-traço a certo limite;

Liberam exsudatos radiculares importantes para as reações bioquímicas na subsuperfície;

Produção de biomassa passível de reuso;

Agregam valor estético e paisagístico.

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bioindicadores

Minúsculas, mas de importância gigantesca Pulgas d’água são “coringas” em ensaios de ecotoxicidade

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como pulgas d’água, e se dividem em dois tipos: agudo e crônico. Cláudia explica que a utilização desses microcrustáceos específicos se justifica pelo seu alto grau de sensibilidade a agentes contaminantes e pela praticidade na realização dos testes. “Existem espécies de algas e peixes com propriedades bioindicadoras. Porém, são análises que demandam muito mais tempo e espaço físico para um resultado similar”, pondera. O ensaio agudo é um teste de efeito rápido, com resultados em 24 ou 48 horas. Ele é executado com a utilização de indivíduos da espécie Daphnia similis e tem por objetivos a avaliação de mobilidade e letalidade. Já o ensaio crônico é realizado com indivíduos de Ceriodaphnia dubia e tem prazo de sete dias. Nesse caso, a análise recai sobre o comportamento reprodutivo da espécie. As pulgas d’água se reproduzem de forma assexuada, por meio de partenogênese. Para a realização do ensaio é colocado um único filhote por béquer com amostras da água que está sendo analisada. A partir daí, são feitas leituras diárias para acompanhar o ritmo de reprodução dos indivíduos. Qualquer desvio que esteja fora dos parâmetros de controle indica a toxicidade da amostra. PondWaterWorld/YouTube

O mexilhão dourado (Limnoperna fortunei) é um dos principais problemas ambientais enfrentados em usinas hidrelétricas do país, especialmente nas regiões Sul e Sudeste. Originária da Ásia, a espécie chegou ao Brasil na água de lastro de navios cargueiros e, por ter uma grande capacidade de reprodução e dispersão, além de praticamente não possuir predadores naturais, se espalhou rapidamente pelas bacias hidrográficas do país. Porém, o acúmulo de colônias do mexilhão dourado, que se fixam em qualquer superfície sólida, causa o entupimento de tubulações e filtros de hidrelétricas, comprometendo o funcionamento dessas usinas. Um dos métodos mais recorrentes no combate a essa espécie invasora é a aplicação de cloro. Entretanto, essa é uma alternativa com um alto custo ambiental, uma vez que o produto é tóxico e também causa corrosão. Há alguns anos, uma empresa mineira especializada em produtos para o combate de organismos invasores desenvolveu uma nova fórmula que poderia substituir o cloro no controle do mexilhão. Antes de comercializá-la, contudo, era necessário verificar se o composto era ou não tóxico. Para isso, a empresa recorreu às Ciências Biológicas, mais especificamente ao Laboratório de Ecotoxicologia do Centro de Inovação e Tecnologia SENAI FIEMG - campus CETEC. É lá que atua há 12 anos a bióloga Cláudia Lauria Fróes Siúves. “Nosso trabalho consiste em analisar a interação de substâncias químicas no meio ambiente e o que elas causam a seus organismos”, sintetiza. Para isso, Cláudia e a equipe do laboratório – composto por mais dois biólogos, um estagiário e um técnico – realizam os chamados ensaios de ecotoxicidade. Esses ensaios são executados por meio da observação de duas espécies de microcrustáceos bioindicadoras, conhecidas popularmente

Ceriodaphnia dubia é utilizada em ensaios crônicos


bioindicadores

Centro SENAI FIEMG auxilia no monitoramento das águas de Minas Vitor Moreira

Desde 1997, o Estado de Minas Gerais realiza o monitoramento da qualidade de suas águas superficiais por meio do trabalho do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM). Há 13 anos, os ensaios ecotoxicológicos conduzidos pelo Centro de Inovação e Tecnologia SENAI FIEMG - campus CETEC fazem parte do rol dos parâmetros considerados pelo IGAM, dentro do projeto Águas de Minas. De acordo com o último relatório do órgão, que compila os resultados de 2013, a rede básica de monitoramento conta com 544 estações de amostragem distribuídas nas bacias hidrográficas dos rios São Francisco, Grande, Doce, Paranaíba, Paraíba do Sul, Mucuri, Jequitinhonha, Pardo, Buranhém, Itapemirim, Itabapoana, Itanhém, Itaúnas, Jucuruçu, Peruípe, São Mateus e Piracicaba/Jaguari. Desse total, A bióloga Cláudia Fróes atua na os ensaios de ecotoxicidade são realizados triárea de ecotoxicidade há 12 anos mestralmente em 198 estações. Cláudia Fróes explica que, no caso desse monitoramento, apenas o ensaio crônico é aplicado, uma vez que a grande vazão de água dos pontos de coleta poderia mascarar os resultados de ensaios agudos. Isso não elimina, porém, os registros de efeitos agudos quando constatados (letalidade nas primeiras 48 horas do ensaio).

2% 35%

1% 26%

2% 39%

1% 33%

1% 24%

3% 27%

Efeito agudo

62%

41%

40%

49%

31%

2%

12% 10%

23%

100%

13%

Frequência de ocorrência dos resultados de ecotoxidade em Minas Gerais ao longo da série histórica de monitoramento

Efeito crônico

2003

2004

63%

73%

60%

2009

66%

2008

38%

58%

60%

69% 51%

2002

75%

2001

71%

0%

78%

64%

Não tóxico

2005

2006

2007

2010

2011

2012

2013

Adaptado do Relatório de Qualidade das Águas Superficiais de MG do IGAM

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matéria de capa

Uma aliada de peso contra o efeito estufa Mata Atlântica comprova potencial de sequestro de carbono A ratificação, em 1998, do Protocolo de Kyoto potencializou o debate sobre o sequestro de carbono, processos naturais e artificiais de captura e armazenagem de carbono para mitigar o efeito estufa. Dentro desse debate, um grande número de trabalhos científicos apontou o papel protagonista das florestas tropicais. A estimativa é que cerca de 40% de todo o carbono terrestre esteja estocado nesses ecossistemas. Somente na Amazônia são 100 bilhões de toneladas. Mas, apesar de ser a grande “vedete” das pesquisas científicas, nem só de floresta amazônica se faz o bioma brasileiro. Por isso, em 2007 o biólogo Thiago Metzker e um grupo de outros pesquisadores iniciaram um trabalho no Parque Estadual do Rio Doce, na região do Vale do Aço mineiro. A área, de 36 mil hectares, é a maior remanescente de Mata Atlântica no Estado. O objetivo da equipe era promover estudos que avaliassem o potencial de incremento de biomassa e, consequentemente, de carbono dessas florestas, ainda pouco exploradas. "Queríamos, através de um forte protocolo de monitoramento para a Mata Atlântica, a geração de dados que fossem mensuráveis, reportáveis e validáveis", explica Thiago. “Além disso, buscamos compreender a dinâmica da floresta e a influência das mudanças climáticas,

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contribuindo para a formulação de estratégias de manejo e a criação de políticas públicas de valoração da Mata Atlântica”. A pesquisa de Thiago se baseou no monitoramento anual, por seis anos, de quatro Parcelas de Monitoramento Permanentes (PMPs), áreas delimitadas dentro das quais a pesquisa seria conduzida. Cada parcela definida por Thiago e sua equipe tinha uma área total de 10 mil m², contendo, cada uma, uma média de 800 árvores. Cada uma dessas árvores foi, então, identificada, georreferenciada, marcada e medida em seu diâmetro e altura (o cálculo dos estoques de carbono leva em conta três fatores: a altura da árvore, seu diâmetro e a densidade específica da madeira). Foi nessa medição de altura que Thiago se deparou com o primeiro grande desafio. O biólogo observou que o método de estimativa comumente usado não traria resultados confiáveis em uma pesquisa na Mata Atlântica, pois a mata fechada impedia de se enxergar o topo das árvores. A solução foi modelar uma equação específica para a situação. “A margem de erro prejudica muito os cálculos de incremento de carbono. Por isso, medimos manualmente, com uma corda graduada, um conjunto de árvores, para que pudéssemos adaptar o protocolo e diminuir nosso erro para 0,02%”, detalha.


Arquivo pessoal

matéria de capa

Estabelecido esse trabalho de implantação das parcelas, que durou dois anos, Thiago e a equipe iniciaram o monitoramento anual dessas áreas, ou seja, uma vez por ano eles refaziam a medição da altura e diâmetro de cada uma das árvores. Taxas de mortalidade e recrutamento (novas árvores) também eram consideradas para a avaliação completa da dinâmica da floresta.

Resultados Todos os dados coletados eram, então, submetidos a análise e utilizados em uma outra equação – também adaptada às peculiaridades da Mata Atlântica – para o cálculo da biomassa e dos estoques de carbono. Os resultados obtidos jogaram por terra o senso comum de que florestas maduras não têm efetividade no sequestro de carbono, pois supostamente o balanço da fotossíntese e fotorrespiração zeraria. “Nos seis anos de monitoramento houve incremento de biomassa na análise global e também ano a ano. O que se comprovou é que quanto maior a biomassa, maior o incremento, pois a dinâmica do sistema é menor. Florestas ‘novas’ gastam muita energia, porquanto o ganho de biomassa é baixo”, explica Thiago. Em números absolutos, a pesquisa de Thiago concluiu que a Mata Atlântica do Parque Estadual do Rio Doce é um importante sumidouro de carbono da atmosfera, a uma taxa média de 1 tonelada/ano por hectare, ou seja, acumulando mais de 2 toneladas/ano por hectare de biomassa em seu estoque florestal. O trabalho do biólogo, que resultou em sua tese de doutorado defendida pela UFMG em 2012, também comprovou a correlação direta entre o incremento de biomassa e a média de precipitações. Com pouca chuva, a taxa de mortalidade de árvores aumenta, o que afeta o balanço entre o carbono liberado e absorvido. Esse fato indica a vulnerabilidade das florestas ao aumento da frequência de eventos climáticos extremos (como secas prolongadas), que as mudanças climáticas podem acarretar.

Thiago Metzker (1º da esq. p/ dir) e parte da equipe, que contou também com as professoras Queila Garcia e Tereza Spósito

Capital mundial do capital natural Thiago Metzker defende que trabalhos de monitoramento como o que realizou deveriam ser promovidos em larga escala, alimentando um banco de dados nacional. Dessa forma, segundo o biólogo, seria possível a elaboração de planos de manejo e políticas públicas mais efetivas, baseadas em informações sólidas. "Essa política de Governança Ambiental, exemplificada pela iniciativa de monitoramento nacional em rede, pode funcionar como um dos fatores determinantes para se alcançar a almejada credibilidade internacional pelo país". O biólogo também argumenta que seria importante a adoção de disciplinas de economia e gestão de projetos nas grades curriculares dos cursos de Ciências Biológicas. “O Brasil é a capital mundial do capital natural global. Já temos o conhecimento científico e produzimos mais a cada dia, porém, por vezes nos faltam os argumentos certos para dar a devida valoração à biodiversidade e aos serviços ecossistêmicos", conclui.

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registros Definitivos Distrito Federal Aldemiro Sousa Jorge Junior Amanda Coelho Guimarães da Silva Ana Lívia e Palos Brito André Luis Rodrigues Torres Moura Aulus Estevão Anjos de Deus Barbosa Clarice Andreozzi de La-Rocque Couto Daniela Satie Maekawa Costa Danielle de Paula Lira Marques Estevão do Nascimento Fernandes de Souza Felipe Oliveira Resende Fernanda Mendes Duque Flávia Michels Gonçalves Sarges Ivonete Conceição de Oliveira Noleto Jonatas Barbosa Cavalcante Ferreira Joyce Laís Alves de Sousa Juarez dos Santos Fonseca Filho Juliana Ribeiro Rocha Lilian Glenadel Pereira Luisa de Sordi Gregório Marcela da Trindade Passos Márcia Cristina Prado Lima Maria Lúcia Rodrigues Lacerda Murilo Felipe Azeredo Matos Nadia Skorupa Parachin Nathalia Oliveira Medeiro Olga Marluci Passarin Paulo Henrique de Franco Alcântara Raimunda Nonata Melo Rosendo Talita Tabosa Souza de Paula Theomaris Reimann Da Silveira Vivian D'Afonseca da Silva de Resende Goiás Adriano Batista dos Santos Alessandra Rodrigues Marçal Silva Estrela Alliny Taiane Vieira Silva Álvaro Ferreira Duarte Malta Amanda Cristina da Silva Ramos Ana Tábata Rabsch Anna Cristina de Paiva Correia Antonio Batista de Sousa Belkis Martins Ferreira Caio de Faria e Siquieroli Carolina Prudente Marques Cássia Pereira da Silva Ciron Ribeiro de Andrade Cláudia Félix de Almeida Cláudia Nunes Arruda Cristiany Rodrigues de Lima Dirce Inácio Moraes Oliveira Djecelyn Nicole Reinprecht Paschoal Edimaria Alves Bastos Elias Gonzaga de Castro Elizabeth Ferreira Guimarães Lima Ellen Rízia Marcelino Borges Érica Diniz Ferreira Eridani Isaacs Vasconcelos Eunice Parreira de Souza

Fabíola Leide Teixeira dos Santos Félix Gonçalves de Siqueira Fernanda Barbosa Vieira Fernanda Borges da Silva Fernanda Cerqueira Santos Flavia Odília Gomes Flaviana Naves de Faria Gessika Cristine Pereira Ribeiro Grayce Kelly da Costa Oliveira Graziele Alves Campos Graziele Aparecida Fernandes da Cruz Gustavo Leandro Silva Isaias Medeiros Ivana Carvalhães Couto Jackeline de Oliveira Monteiro Jade Ramos Jakelyne Martins Correia Miranda Jefferson Manoel Costa Jefferson Pacheco Vaz José Carlos Mendes Novais José Marques dos Santos Neto Juliana Costa Alves Kallinna Gontijo Regis Karla Cordeiro Ferreira de Sousa Karll Cavalcante Pinto Kênia Alves Silva Almeida Kênia Oliveira Sousa Kyrly Morais Carneiro Laiany Luiza Ferreira Laís Lima de Paula Layara Silva Barros Lee Anderson Gomes Viana Letícia Cunha Fernandes Lia Raquel de Souza Santos Borges Lilian Toledo Gomes de Rezende Livya dos Santos Luiz Dourado Liz de Lima e Silva Lorena da Silva Cosme Lorena Marques Freitas Lorrayne Veloso de Almeida Lucas Cassiano Gonçalves Prudente Silva Luciavanda Espíndola Luis Henrique Mantovani de Farias Luiz Fernando Nunes Rocha Luzia Faustino de Paula Manoel Antonio Volff Marcela Peixoto dos Santos Marcos Paulo dos Santos Vieira Maria Antonio da Silva Maria Cecília Alves de Vasconcelos Maria Eliene Mafra Teixeira Maria Valdicéia Cirqueira Pinto Marina Garcia Sousa Myllena Borges Marques Natália Cristina de Moura Parreira Nathalia de Faria Carvalho e Silva Nehemias Mendes de Souza Pâmela Roberta Dias Franco Patrícia Aparecida Vilela Polyanna Batista dos Santos Priscilla Ferreira Brandão Rafaella Alves Godinho

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Roberta Ferreira de Oliveira Roberta Marques Reis Rômulo Gonçalves Pinto Rúbia Domingos Lima Araújo Rute de Paula Lemes da Silva Stephania Samara de Morais Honorato Suellen Augusta de Mesquita Martins Tadeu Anhanguera Malheiros Taislaine Tosta Queiroz Tanekr Gonçalves dos Santos Tatiane Linha Torres Thais Godoi Vieira Naves Thamires Sousa Silva Thayna Carolinne Guimarães Papalardo Ugo Leonardo Rego e Furlanetto Viviane Costa da Silva Viviane de Lourenço Welington Donizete Marcelino Minas Gerais Adelaide Siqueira Silva Adriana Carneiro dos Reis Adriana Rodrigues de Oliveira Aires Martins Alessandra Araújo França Alessandra Santos Lavio Alessandro Alves Alessandro Ambrósio dos Reis Alex Fiorini de Carvalho Alexandre Túlio Amaral Nascimento Aline Francis Carvalho de Andrade Aline Gisele Costa Almeida Amanda Cardoso de Oliveira Silveira Amanda Schneider Quintela Costa Ana Carolina Araújo Rapini Ana Cristina Moreira Dayrell Ana Luisa Guimarães Torres Ana Luiza Scomparim Oliveira Ana Paula de Jesus Menezes Ana Paula de Oliveira Forapane Ana Paula Ramos Eller Matos Andjara Thiane Cury Soares André Luiz Assis Gomes Andréa Amélia Silva Vieira Andréa de Freitas Faleiros Leali Andreísa Costa Batista Argélia Aparecida dos Santos Ariana Carmelita Naves Pelegrini Arley Cristiano de Andrade Aryane Aparecida Magalhães Cassiano Rocha Atíllio Barreto Ogawa Silva Bárbara Bruna Abreu de Castro Bernadete Monteiro Oliveira Braz Henilson Machado Caio Antunes de Carvalho Camila Benevides de Moura Ferreira Camila Pacheco Silveira Martins Camilla Ribeiro Nery Carla Gabriela Braga de Oliveira Carla Quinhones Godoy Soares Carlos Henrique Patrício de Oliveira Carolina de Silvério Arantes


registros Carolina Rezende Savino Silveira Carolina Silva de Sousa Cássia Carla Guimarães Alves Bernardes Celton Lopes da Silva Cintia Mara Leal Neves Cláudia de Lima e Silva Claudiana Dias Seixas Cleusa Imar Vieira Souza Clovis Augusto Pereira Azambuja Cristiane dos Santos Sanches Cristiane Lopes Paim Pinto Cynthia de Oliveira Assis Cyntia Andrade Arantes Daiana Cristina Barbosa Zorzan Daniel Dutra Batista Catalan Daniel Fernandes Mamede Teixeira Lopes Daniela Gonçalves Ferrarezi Daniele Alves dos Reis Miranda Danielle Esteves Fonseca Daphne de Mello Quinaud Vaz de Carvalho Débora de Cássia Silva Rodrigues Débora Pereira de Faria Deborah Dias de Oliveira Deborah Regina de Oliveira e Silva Devair Benedito Rodrigues Diego Marcel Parreira de Castro Diego Oliveira da Silva Douglas Ferreira Coura Edel Quinn Barbosa de Oliveira Trindade Elcio Meira da Fonseca Junior Eliane Denuncio Lopes Elias Tiago Elisângela Rodrigues Figueira Eloisa Assunçao de Melo Lopes Emanuelle Chrystina Ferreira Silva Emanuelle Silva Lobato Erica Simonelli Duarte Tamaki Erick Augusto Pedroso de Andrade Everton da Silva Ramos Fabiana Alves Fátima Carolina Santana Marques Fernanda Cosenza Fernanda de Oliveira Lana Fernanda Santos Pacheco Silva Fernanda Silva Monção Flávia Fernandes Carneiro Frederico França Cardoso Gabriela Cardeal de Carvalho Gabriella de Faria Oliveira Damasceno Ribeiro Gabriella Guimarães Figueiredo Gilberto Soares Moreira Junior Gislaine Célia da Silva Guilherme Camargos Dias Guilherme Maia Rodrigues Fonseca Gutemberg Eloi de Sousa Haryene Dutra Pereira de Araújo Heliqueni Alves da Silva Henrique Fernandes Dias Huberman Valadares Gonçalves Ighor Antunes Zappes Ineli Gonçalves Ferreira de Almeida Isabel Francisco de Araújo Reis

Isabella Caroline dos Santos Pereira Itamar Vinicius Perpetuo Leão Izabela Sandy Mattos Izabella Fernandes Carvalho França Jairo Rodrigues da Silva Janaína da Luz Dumba Janaína de Faria Pacheco Janaína Silva Melo Janiele Rodrigues de Oliveira Jaqueline Ladeira Melo Jaqueline Paula Rodrigues Jhenifer Kliemchen Rodrigues João Batista dos Reis José Anselmo da Silva Junior Josiane Marques Rodrigues Juliana Pace Salimena Juliana Pereira de Castro Juliano Sá de Oliveira Júlio Antônio Alvarenga Santos Junior Cezar Antunes Millani Jurema da Silva Belina Karina Machado Gonçalves Karina Silva de Carvalho Katymilla Guimarães Girotto Keith Nilo Abranches de Oliveira Pinto Kethrein Priscila dos Santos Leandro Cirilo Monteiro de Castro Liana Sisi dos Reis Ligia Soares de Freitas Liliane Aparecida de Oliveira Tomaz Liliane Teixeira Lopes Lillian Franco Barcia Livia Maria dos Reis Livian Mara Pedroso Lorena D'Anunciação Silva Lucas Garcia do Valle Luceleide Lucas da Silva Luciana Hélvia Silveira de Melo Luciana Mattar Naves Ludmila Rodrigues Lopes Luiz Henrique Toledo Fernandes Luiza Cenízio Barbieri Luiza Muniz Amâncio Manuela Cardoso Stein Marcela Gonçalves Drummond Marcela Ribeiro Leite Márcia Regina da Silva Márcio Cleib Pereira Marco Antônio Padilha Marcos Hanashiro e Silva Maria de Lourdes da Silva Scotta Mariana Campos das Neves Farah Ramos Mariana de Oliveira Caetano Mariana Gontijo Freire Mariana Lourenço Campolino Marisa Brandão Rodrigues Marisa Esmeria Torres Maristella de Souza Ribeiro Max Miller Fernandes da Silva Maysa Fernanda Villela Rezende Souza Meirilane Gonçalves Coelho Mercya Nico Sampaio Vassuler

Moisés Juliano Pinto Mônica Aparecida de Almeida Naiara Viana Campos Nayara Alves Ribeiro Noelly Alves Lopes Oziel Barreira de Matos Junior Patrícia Silva Couto Paula Araújo Bretas Paulo Roberto Regato Filho Pedro Bernardes Gontijo Pedro Leandro Moreira Neto Priscila Brustin Ribeiro Priscila Grynberg Pryscila Maria Santos Rafaela Cristina de Souza Rossi Raissa Maria Mattos Gonçalves Rarine Drielle Ferreira da Silva Renata Bernardes Faria Campos Renata Luiz Ursine Roberta Mara da Silva Souza Rodrigo Gomes Tinoco Rodrigo Nicoli Salma Aparecida Tavares Gregório Samuel Teobaldo de Oliveira Silvânio Eduardo da Silva Simone Maria Mendes Buzim Siziomar Antônio Domingues Braga Sulamita Andrino Tamires de Lima Souza Tássia Costa Souza Terezinha Maria de Sousa Thais de Oliveira Freesz Thais Silveira Pereira Thécia Alfenas Silva Valente Paes Thiago Augusto da Costa Silva Tone Vander Marcilio Uemerson Ferreira da Costa Valdir Dias Magalhães Vanessa Leite Andrade Vinicio Tadeu da Silva Coelho Warley Ávila Costa Washington Cardoso da Costa Wolmar Gomes Cândido Zamara Gomes Laranjeira Zilma Mendes Lourenço Pará Inês Angélica Cordeiro Gomes Tocantins Adriana Barbosa Andrade Adriene Aires Mendes Alessandra de Sousa Pereira Ana Carolina Freire Carvalho Dallyla Tais Assunção Milhomem Ferreira Débora Mendes Siqueira Josué Leasi da Silva Ricardo Karine Dias Gomes dos Santos Leonidio Rodrigo Fernandes Custódio Sonaira da Glória Gomes Parente Stella Costa Santos Valdir Elvídio da Silva Junior

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Bióloga da UFV assume presidência da SBB A Sociedade Botânica do Brasil (SBB) conta, desde o início do ano, com uma nova diretoria, eleita para o quadriênio 2014-2017. A nova presidente da entidade é a bióloga Renata Maria Strozi Alves Meira, professora do Departamento de Biologia Vegetal da Universidade Federal de Viçosa. Renata assumiu o cargo após dois mandatos à frente da diretoria regional – que contempla os Estados de Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo –, no período entre 2010 e 2013. A bióloga também é membro da Comissão de Formação e Aperfeiçoamento Profissional (CFAP) do CRBio04 e coordenadora do curso de licenciatura noturno em Ciências Biológicas da UFV. Há pouco mais de seis meses no cargo, a presidente reafirma o compromisso em dar continuidade ao bom trabalho desenvolvido pelas diretorias anteriores e traça metas de ampliar o

SBB/Arquivo

Renata Strozi comandará a Sociedade Botânica do Brasil até 2017

Renata Strozi (2ª da dir. p/ esq.) e demais membros da diretoria da SBB

ensino de botânica. “Queremos envolver mais pesquisadores e estudantes de graduação e pós, mas também atuar com professores e alunos de ensino básico e médio, para difundir o conhecimento da botânica”, afirma. Para conhecer mais sobre o trabalho da SBB, acesse o site www.botanica.org.br.

Bocaina recebe homenagem do CRBio04 Biólogos promoveram conferência sobre conservação No site da Bocaina é possível saber mais sobre a empresa e também sobre a Conferência: www.bocaina.bio.br. Vitor Moreira

Os diretores da empresa Bocaina Ciências Naturais & Educação Ambiental - Felipe Fonseca, Lucas Perillo e Vinicius Cerqueira - receberam, das mãos do presidente Gladstone Araújo, uma moção de congratulações pela realização da Conferência Nacional de Biologia da Conservação. O evento foi realizado online, entre os dias 19 e 25 de maio, e contou com palestras de 24 profissionais. Com participação gratuita, a Conferência teve 7.845 inscritos, de todos os Estados brasileiros e de 50 países. “É uma iniciativa muito interessante, que disponibiliza o conhecimento de profissionais de renome de forma democrática”, ressaltou Gladstone durante a entrega da moção.

Os três diretores da Bocaina recebem o certificado do presidente do CRBio04

Fechamento Autorizado. Pode ser aberto pela ECT. Remetente: Conselho Regional de Biologia - ª Região Av. Amazonas, - º andar Belo Horizonte - MG CEP: ­ -

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