Sanidade Ecologia de doenças infecciosas aplicada no diagnóstico, controle e erradicação de doenças em suínos Fabio Vannucci 1, 2, 4 vannu008@umn.edu
Médico-veterinário 1 Doutorando da Universidade de Minnesota 2 MBA em Gestão Empresarial 3 Mestre em Patologia Animal - UFMG 4
Daniel Linhares 1, 2, 3 linha005@umn.edu
Parte III: Controle e eliminação de agentes infecciosos em sistema de produção de suínos Introdução No sistema de produção de suínos, lucratividade e sanidade andam juntas no sentido de maximizar a produtividade do sistema. Suínos modernos devem crescer em um ambiente confortável e com mínima exposição a agentes patogênicos. Desta forma, é possível explorar ao máximo a capacidade de produção e alcançar o sucesso econômico desejado. O papel do sanitarista é entender profundamente os desafios sanitários do sistema de produção e decidir quais ferramentas podem ser usadas de forma economicamente viável
para a otimização do nível de saúde dos animais, ou seja, quais doenças serão controladas e quais serão eliminadas de cada população. Para atingir este objetivo, é necessário um diagnóstico preciso dos patógenos circulantes no sistema, bem como o entendimento da origem da infecção e suas formas de transmissão.
suínos (Parte 2 – Edição 42 de Suínos & Cia). Esses temas previamente discutidos nos permitem chegar à parte final desta série, abordando especificamente o controle e a eliminação de agentes infecciosos em granjas de suínos (Parte 3).
O presente artigo constitui a terceira parte de uma série de publicações em que foram explorados tópicos envolvendo a origem, evolução e mecanismos de transmissão de patógenos (Parte 1 – Edição 41 de Suínos & Cia) e uma visão global de diagnóstico na produção de
Um programa de eliminação de patógenos requer conhecimento preciso sobre os pilares descritos na tabela 1. Agentes infecciosos de importância econômica na suinocultura mundial que não se adequam serão listados abaixo. Portanto, não estamos prontos, no momento, para planejar um programa de eliminação destes agentes.
Controle ou eliminação?
Estratégias para controle
Os programas controle devem ter objetivos claros e específicos, como, por exemplo, a produção de leitões desmamados, testando negativos para Mycoplasma hyopneumoniae em PCR de swab nasal
Suínos & Cia
14
Quando a eliminação de agentes infecciosos não é possível, sistemas de produção adotam estratégias para controlar o nível de infecção, minimizando a manifestação de sinais clínicos e diminuindo a excreção de determinado patógeno e, consequentemente, sua disseminação. Tais programas de controle devem ter objetivos claros e específicos, como, por exemplo, a produção de leitões desmamados, testando negativos para Mycoplasma hyopneumoniae em PCR de swab nasal, minimizando níveis populacionais do patógeno e, consequentemente, reduzindo níveis de transmissão horizontal na fase de crescimento. Algumas estratégias documentadas para controle de patógenos são descriAno VII - nº 43/2012