Sanidade Tabela 1 – Pilares básicos para início de um programa de eliminação de agentes infecciosos de sistemas de produção de suínos. Conhecimento
Justificativa
Agentes infecciosos que não atendem
Origem de infecções
Precisa-se ter conhecimento sobre as potenciais fontes de infecção de animais
Mecanismos de transmissão entre animais e entre granjas
Transmissão vertical e/ou horizontal? De porca para leitão? Via sêmen? Aerossóis? Zoonose? Aves Vírus da Influenza e/ou roedores são susceptíveis? Insetos atuam como vetores?
Disponibilidade de técnicas de diagnóstico precisas
Técnicas precisas para determinação sobre infecção (ex. sorologia) ou excreção (ex. diagnóstico molecular) são essenciais para definição do estágio do programa de eliminação e, posteriormente, para confirmação do sucesso da operação
Mycoplasma hyopneumoniae b, Haemophilus parasuis
Disponibilidade de animais de reposição SPF
A disponibilidade de animais de reposição livres para determinado patógeno (SPF) é pré-requisito para um programa de eliminação sustentável a longo prazo
Alguns patógenos são endêmicos na maioria das granjas, mesmo de alto nível em pirâmides genéticas, como exemplo, Erisipelas, Parvovírus, Leptospiras, Haemophilus parasuis, A. suis. Bordetella bronchiseptica, E.coli, Pasteurella multocida.
Correlação entre parâmetros imunológicos e imunidade protetora
Conhecimento sobre imunidade protetora deve existir: um animal infectado elimina o patógeno eventualmente, ou pelo menos para de excretar o agente em algum ponto? Imunidade protetora pode ser correlacionada com medição de anticorpos neutralizantes?
H. parasuis, Lawsonia intracelullaris
Lawsonia intracellularis a
a. Embora haja teorias e especulações, não se sabe como este microrganismo sobrevive no meio ambiente, bem como a existência de vetores biológicos ou mecânicos e/ou reservatórios. b. Uma das limitações em programas de controle/eliminação deste patógeno é a incerteza sobre a negatividade de animais devido ao possível longo período de incubação de Mh. Além disso, os diagnósticos sorológicos são frequentemente inconclusivos. De qualquer forma, programas de eliminação de Mh sem depopulação existem e têm uma taxa de sucesso razoável.
tas a seguir. Considerando a gravidade da infecção pelo vírus da PRRS (PRRSv), há uma vasta literatura sobre experimentos científicos a campo realizados na América do Norte e Europa nos últimos 20 anos
com este agente, e, portanto, usaremos muitos exemplos baseados no controle/ eliminação de PRRSv. Vale ressaltar que os princípios adotados com PRRSv (conhecimentos acumulados) podem ser ex-
trapolados a outras doenças infecciosas de suínos: • Aclimatização de marrãs antes da introdução no rebanho para o desenvolvimento de imunidade protetora contra patógenos, como descrito para PRRSv (Dee et al., 1995; Dee, 2003). Como exemplo, fêmeas por volta de 12 semanas de idade ou 2 a 3 meses antes da introdução no rebanho são expostas deliberadamente ao vírus da PRRS via inoculação de soro de animais virêmicos ou via vacinação, utilizando vacina viva atenuada (FitzSimmons and Daniels, 2003). • Despovoamento parcial com o objetivo de eliminar o ciclo de transmissão do vírus da PRRS. Esta estratégia é baseada no despovoamento da creche. No entanto, algumas limitações envolvem a logística para transferir os animais desmamados para outro local e a necessidade de repetir este procedimento a cada 1 ou 2 anos (Dee and Joo, 1994; Dee et al., 1997b).
Um dos pilares básicos para o início do programa de eliminação de agentes infecciosos é conhecer os mecanismos de transmissão entre os animais e granjas
Suínos & Cia
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• Práticas de manejo para minimizar transmissão horizontal de PRRSv, incluindo (a) fluxo de animais todos dentrotodos fora, o que consiste na prevenção Ano VII - nº 43/2012