Sanidade de infecção de leitões mais novos pelos mais velhos (Dee, 2003); (b) aplicação de McREBELtm, que constitui, “ao pé da letra”, práticas de manejo para reduzir a exposição de bactérias para eliminar perdas (McCaw, 2000); e (c) adoção de medidas de biossegurança (Pitkin et al., 2009c); • Imunização de animais – o objetivo é a formação de imunidade de rebanho contra patógenos específicos (Dee and Phillips, 1999; Lowe et al., 2006). Para tal, podem ser usados o próprio patógeno circulante, vacinas atenuadas e/ ou vacinas inativadas (Fano et al., 2005a; Lowe et al., 2006). • Fechamento temporário do rebanho reprodutivo (herd closure) – descontinuamento da introdução de animais de reposição (susceptíveis a infecção) por um período de 6-10 meses com o objetivo de quebrar o ciclo de transmissão entre animais do rebanho (Dee et al., 1995; Torremorell et al., 2003). • Adoção de vacinação combinada com o fluxo unidirecional de animais de crescimento – medida eficaz, especialmente em sistemas de produção com múltiplos sítios e capacidade para operar em sistema todos dentro-todos fora (Dee and Phillips, 1998). • Antibioticoterapia – uso estratégico de antimicrobianos contra agentes específicos com o objetivo de limitar o crescimento e a propagação de bactérias, facilitando o controle delas. Ou seja, a
Eliminação X Erradicação Os dois termos são usados para descrever métodos de extinguir totalmente um determinado patógeno de todos os animais e o meio ambiente de uma população hospedeira pré-definida. Nos últimos anos, o termo erradicação tem sido usado em programas oficiais para extinguir patógenos de uma região com diversas unidades de produção, enquanto que eliminação tem sido usado para programas voluntários (decididos por produtores) para extinção de patógenos de sua(s) granja(s). diminuição da carga de infecção aumenta o “custo de transmissão” do patógeno, como discutido na parte 1 desta série de artigos, o que facilita o seu controle pelo sistema imune do animal.
Eliminação Eliminação em granjas Para alguns patógenos, como PRRSv e Mycoplasma hyopneumoniae, não há drogas e/ou vacinas que efetivamente inibem replicação, crescimento e transmissão entre populações infectadas. Vacinas não previnem completamente o desenvolvimento de sinais clínicos e perdas produtivas. Portanto, sistemas de produção de suínos devem adotar medidas rigorosas de biosseguridade para prevenir a introdução destes agentes. Uma vez infectado com agentes devastadores como PRRSv, as opções são: a) manter a granja positiva e adotar medidas de controle mencionadas acima
ou b) eliminar o patógeno do sistema. Para eliminar PRRSv de granjas, há diferentes estratégias que podem ser adotadas, incluindo a) despovoamento e repovoamento completa do rebanho com animais “livres” (Dee, 2003), b) teste e remoção (Dee and Molitor, 1998), c) fechamento temporário do rebanho (Torremorell et al., 2003) e d) depopulação parcial (Dee et al., 1997a; Dee et al., 1997b). Caso não seja eliminado do rebanho, patógenos podem persistir no plantel devido à constante introdução de animais susceptíveis (leitoas de reposição) e à presença de animais em diferentes estágios de infecção e imunidade (subpopulações) (Dee et al., 1996; Dee et al., 1997a). Diferentes estratégias para eliminação de patógenos de sistemas de produção têm sido documentadas:
Estratégias para eliminação: • Despovoamento/repovoamento completo – como sugerido pelo nome, esta estratégia consiste em depopular o rebanho reprodutivo e repopular com animais livres após completa lavagem e desinfecção das instalações (Dee, 2003). • Teste e remoção – quando a prevalência da doença é baixa (<20%) e o rebanho está controlado com relação à sintomatologia clínica, pode-se usar a estratégia de testar 100% dos animais do rebanho para determinado patógeno e descartar animais positivos. Esta técnica foi descrita para PRRSv no final dos anos 90 (Dee and Molitor, 1998) e continua sendo usada hoje em dia em casos específicos (Dee, 2011). • Depopulação parcial – descrita na seção de “controle”.
Para o controle e a erradicação de microrganismos, é necessário implantar todas as medidas de biosseguridade que possam minimizar a transmissão de patógenos entre as granjas
Ano VII - nº 43/2012
• Desmama precoce medicada segregada (DPMS) – leitões são desmamados precocemente (6 a 14 dias de idade, dependendo do projeto) para um sítio externo. Esta técnica visa à produção de Suínos & Cia
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