Sumários de Pesquisa Efeito do momento em que são agrupadas as fêmeas gestantes sobre a fertilidade subsequente Num trabalho publicado em 2011, na Allen D. Leman Swine Conference, M. Hopgood; Greiner, J.; Connor, J.; SalakJohnson, J. e Knox, R. apresentaram um estudo que procurou determinar o efeito do momento em que são agrupadas as porcas gestantes, sobre a fertilidade e o bem-estar delas. O estudo foi conduzido nos meses de verão, com 1.435 fêmeas de um rebanho comercial com 6 mil matrizes em sistema confinado.
Método: Após o desmame e início do estro, as fêmeas foram submetidas a um dos seguintes tratamentos: 1) porcas alojadas em gaiolas individuais desde o desmame e durante toda a gestação (controle); 2) porcas alojadas em gaiolas individuais após o desmame e agrupadas (grupos de 58) imediatamente depois da cobertura (D3); 3) porcas alojadas de forma individual após o desmame e agrupadas (grupo de 58) no 14° dia de gestação (D14); e 4)
Suínos & Cia
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porcas alojadas de forma individual após o desmame e agrupadas no 35° dia de gestação (D35).
Resultados: Os resultados preliminares sobre o desempenho reprodutivo demonstram que houve um efeito do tratamento sobre as taxas de concepção e parição. A taxa de concepção das porcas do grupo D3 e D14 foram menores do que as das fêmeas alojadas durante toda a gestação de forma individual (controle) ou das fêmeas agrupadas aos 35 dias de prenhez, enquanto as fêmeas D35 não tiveram uma taxa de concepção significativamente menor que os das fêmeas controle. Com relação à taxa de partos, esta também foi menor para os grupos D3 e D14, em comparação com as fêmeas controle. No entanto, ela somente foi significativamente menor no grupo D3, quando comparada com o grupo D35, enquanto para o grupo D14, o valor numérico bem menor não foi significativo. Novamente para este parâmetro não foram observadas diferenças significativas entre as porcas D35 e as controle. Para os leitões nascidos totais, nascidos vivos, mortos e mumificados, não foram observadas diferenças entre os tratamentos. Este estudo foi realizado numa estação (verão) em que são esperadas mais falhas reprodutivas, comparativamente ao resto do ano. O desempenho reprodutivo global para esse rebanho foi muito bom para a
taxa de partos e os leitões nascidos vivos, para todos os tratamentos. No entanto, os resultados deste estudo levaram os autores à conclusão de que a mistura de porcas gestantes imediatamente depois da cobrição (3 a 7 dias) ou durante o período de implantação dos embriões (dias 13 e 17) pode estar associada com uma redução de 5% a 7% na taxa de concepção, em comparação com as porcas alojadas de forma individual ou misturadas apenas após os 35 dias de gestação. As taxas de parto também foram reduzidas como resultado da mistura de porcas nos primeiros estágios da gestação. Estes resultados sugerem que a mistura de fêmeas durante a primeira e segunda semanas de gestação pode resultar numa redução dos índices de concepção e parto em comparação com as matrizes alojadas de forma individual, enquanto que, como era esperado, a mistura das porcas após o 35º dia de gestação não afetou as taxas de concepção ou parto em comparação com as fêmeas alojadas de forma individual durante todo o período de prenhez.
O efeito da PG600 no desempenho de porcas primíparas no desmame A meta principal dos plantéis de matrizes comerciais é consistentemente atender aos alvos de reprodução semanais. Porcas desmamadas ao falharem em retornar ao cio dentro de sete dias após o desmame contribuem para a perda dos alvos de cobertura e aumentam os dias não produtivos do rebanho. No entanto, em modernas criações bem manejadas, mais de 90% de porcas podem retornar ao cio dentro de 3 a 5 dias após o desmame. O objetivo primário do estudo conduzido por Jennifer Patterson e co-autores - Universidade de Alberta, Canadá (Proceedings of the 21st IPVS Congress, Vancouver, Canada – July 18-21, 2010,pg133) - foi determinar a resposta ao tratamento com gonadotrofinas (TG) ao desmame em fêmeas primíparas comerciais e contemporâneas, com período de lactação típico da indústria suína americana. Ano VII - nº 43/2012