Causos para Alunos do 4Âş ano - turma 2016 - ColĂŠgio Atenas
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Causos para Alunos do 4º ano - turma 2016 - Colégio Atenas
1ª Edição 2016 Alfenas - MG
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Uns dedos de prosa e contos contados de Alfenas Contar um conto, é sempre aumentar um ponto e trazer o que te abraçou quando a história foi narrada, aquele momento da gargalhada, do arrepio, da curiosidade, da comoção. As histórias da tradição oral literária existem para o outro e somente tem sentido se há outros para ouvi-las e lê-las para continuarem sendo conduzidos para gerações seguintes. As histórias aqui narradas pelo olhar infantil, autores e narradores deste livro, foram pescadas nas tantas vozes da roça ou cidades da região de Alfenas. E, acreditem, continuam a se manisfestar nas rodas de amigos, reuniões ou cotianos familiares, nas feiras públicas, nos botecos, calçadas e frente dos portões, praças e roças, onde, sempre entre um dedo de prosa ou outro, alguém solta um causo para o deleite de todos. Contudo, leitor, se não tem a oportunidade ou tempo para bater pernas e caminhar para estes locais e ouvir estas coisas e recoisas da palavra contada, enfeitadas destas deleitosas histórias, um conselho, caminhem pelas páginas deste livro. E, sozinho ou acompanhado, esteja preparado para se surpreender com as riquezas narrativas da literatura oral destas terras de Minas, frutos da memória de sua gente e, que agora, são dadas a vocês pelos novos autores de Alfenas.
Eraldo Miranda Escritor de Literatura Infantojuvenil
Índice A cobra cachaceira. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 A mina do corpo seco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 A visão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 Artes do capeta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 Lampião vermelho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 O beliscão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 O Dito preguiçoso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 O dente cariado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 O fantasma da porteira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 O Magrelinho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 O mato da roseira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 O tapa da assombração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 O teimoso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 O velhinho astuto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 Sem cabeça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 Zé da Cruz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
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A cobra cachaceira Um dia, na região de Alfenas, o marceneiro e o mestre de obras estavam conversando que tinham ouvido na feira de domingo que estava tendo muita tubarana nas bandas do Gutierrez. Um deles disse: – Vamos sábado de manhãzinha pescar? O outro respondeu: – Claro, amigo! No sábado, ainda de madrugada, já estavam no Gutierrez para pescar. O marceneiro jogou a vara e logo pescou uma tubarana. Depois o marceneiro pegou uma vara mais forte, jogou mais longe e disse: – Peguei mais uma. Mas na hora que puxou a vara viu uma cobra d’agua, resolveu se vingar dela e disse: – Eu não vou matar, pois não faz nada a ninguém. Já sei... Pegou uma garrafa de pinga que carregava no embornal e deu um pouco para ela, eles riram muito e alguns minutos depois a cobra d’agua voltou abrindo a boca pedindo mais. Ele disse: – Eita, safada! Vou te “dá”, mas não volte mais. Deu a pinga e a cobra foi embora, serpenteando pela represa e querendo mais.
Letícia Macedo Terra
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O beliscao Lá para as bandas de Campos Gerais, havia um armazém conhecido por Armazém do Turco. Diziam que lá encontrava-se de um tudo! O que se procurava na região era encontrado nesse armazém, o estoque do Turco era de dar inveja em qualquer comerciante. Certo dia, chegaram à cidade dois homens e se hospedaram em uma pensão, casa de uma senhora muito simpática que fazia uma comida deliciosa. Os dois estavam almoçando quando um deles disse: – Minha senhora, nunca comi comida mais gostosa, mas a senhora sabe onde posso comprar um paieiro e um fumo? Como viajo muito, esqueci o meu em casa. – Ahhh, lá no armazém do Turco tem de tudo, e com certeza lá vão encontrar. – Obrigado! Os dois homens eram fiscais e, conforme orientados, seguiram para o tal armazém. Quando chegaram ao armazém, foram logo perguntando: – Tem paieiro e bom fumo? – Claro! Aqui tem de tudo! Tem fumo, tem paieiro, tem tudo... Os dois compraram o fumo e o paieiro, agradeceram ao Turco, mas perguntaram: – O senhor ganha muito? – Sabe como é, tem gente que vem aqui pra comprar... Os fiscais voltaram para a pensão e no dia seguinte, logo cedo, foram direto para o armazém e já entraram se apresentando: – Bom dia! Somos fiscais, o senhor pode fazer o favor de nos mostrar o seu depósito? O Turco, já pálido, consentiu e seguiu com os fiscais até o depósito. Logo os fiscais disseram: – Quanto paieiro tem aqui! Tem nota?
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– Sabe como é né! Eu pito, mué pita, fio pita... – E essa quantidade de barris de pinga! Tem nota? – Então! Eu bebo, mué bebe, fio bebe... – Bom, não tem jeito, vou preparar a multa. – disse um deles. Então o Turco gritou: – Mué! Venha aqui! Sua esposa chegou, querendo saber o que acontecia. E o Turco, falando em seu idioma começou: – Mulher, esses dois vão nos multar! Mas eu tenho um plano... Você vai começar a varrer o depósito e do nada vai varrer os pés de um deles e encostar o braço em outro, nisso solte um grito dizendo que te beliscaram. O resto deixa comigo. Assim a mulher do Turco fez e de repente... – Aiiiiii! O fiscal me beliscou! Apavorado o fiscal disse: – Eu não belisquei ninguém. Não belisquei, não! O turco, mostrando-se muito bravo, foi logo dizendo: – Ara! Nenhum fiscal belisca mué minha não! Multar pode, beliscar não! Pegou a espingarda e deu um tiro para cima. Os dois fiscais jogaram as multas para cima e saíram correndo! E nunca mais viram os dois por aquelas bandas. O Turco, satisfeito, continuou com seu armazém.
Ester Nogueira Romanelli Cardoso. Luana Martins Morais Ferreira.
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O magrelinho
Uma curiosa história de uma onça enorme, que só pelo ronco fazia a alma de muitos sair pela boca, aconteceu pelas bandas de Campos Gerais. Muitos já haviam tentado dar cabo da onça, mas a danada era astuta que só! Certo dia, entrou pela porteira do fazendeiro, que só fazia perder gado para a danada, um homem chamado Magrelinho, dizendo que mataria a onça se ganhasse um bom dinheiro. – Dou cabo da danada, mas para isso tenho um plano. – disse o Magrelinho. Tanto o fazendeiro como seus funcionários começaram a rir do Magrelinho, porque ele não tinha forças nem para se colocar de pé. Mas ouviram o plano com paciência. – Preciso que matem um boi e tirem o couro dele; depois, quero que me costurem dentro desse couro, e o resto deixa comigo. Assim fizeram. Depois de costurarem o Magrelinho dentro do couro do boi, não falaram nada, deixaram que ele seguisse o plano, levaram o Magrelinho até a mata e o deixaram lá. Voltaram para a sede da fazenda, sem saber se ele iria voltar ou se seria engolido pela onça. Vestido com a pele do boi, começou a produzir som de boi para chamar a atenção da onça. A onça ouviu o barulho e se aproximou, revirou a pele do boi e o levou para sua toca. De dentro do couro, Magrelinho espiava e aguardava o momento certo para dar cabo da danada. Não demorou e a onça se distraiu bebendo água no riacho bem próximo de sua toca. Foi então que Magrelinho pegou sua espingarda e atirou na onça, que caiu mortinha no chão. Magrelinho, todo garboso, com muito custo arrastou a onça até a venda da cidade. E como palavra dada é palavra cumprida, Magrelinho teve sua bolsa cheia de dinheiro. Feliz por seu feito, seguiu seu caminho quase empurrado pelo vento, mas com a bolsa cheia de dinheiro!
Luiz Pedro Silva de Souza. Yasmin Otto Barboza de Oliveira.
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O mato da roseira Quando caminhamos pelo mato da roseira, no bairro rural do Matão, temos a ideia de atravessar um portal... Certa tarde, um senhor reuniu uma turma para narrar algumas das histórias e mistérios desse lugar. A voz suave encantava a todos, mas logo foi interrompido por um menino que perguntou: – O senhor tem alguma história para nos contar que seja de arrepiar os cabelos? Sorrindo, o senhor falou: – Mas é claro que sim! – e abriu o baú da boca... – Meu pai e meus avós contavam histórias que me deixavam de cabelo em pé e, quando eu ia dormir, não conseguia, ficava parecendo uma coruja de olhos arregalados. Uma das histórias conta que há muito tempo vivia por essas bandas um rico fazendeiro, dono de muitos escravos. Num belo dia, mais precisamente dia vinte e nove de setembro, o fazendeiro foi até a senzala e disse: – Vamos! Seus diabos, hora de levantar! Os escravos, temerosos, tremiam de medo, mas não falavam uma só palavra. E o fazendeiro, acompanhado de seu capataz, gritava e ordenava que trabalhassem; foi quando um escravo, mesmo sabendo que seria castigado, levantou-se e disse: – Senhor, peço que não nos faça trabalhar, porque hoje é dia de São Miguel. De repente, ele foi interrompido por um grito que ecoou o dia inteiro pela mata. – E quem manda em vocês? Eu ou São Miguel? Pois eu digo, seus diabos, sou eu quem manda, e vão logo ligar a caldeira! O cruel fazendeiro, antes de sair, ordenou ao capataz que desse um corretivo no escravo que ousou não querer trabalhar no dia de São Miguel, pois ele seria exemplo para os outros. Assim, todos, de cabeça baixa, seguiram para a caldeira. Como o senhor fazendeiro quis, eles ligaram a caldeira, mas no mesmo momento ouviu-se uma grande explosão, nada e nem ninguém sobreviveu diante daquele estrondo. E, até os dias de hoje, todos que passam pelo mato da roseira veem uma assombração ou visão, pedindo perdão a Deus. Mas pelo sim ou pelo não, eu não quero ir lá para ver, muito menos ouvir.
Bianca Miareli Munhoz Taha Sofia Neder Agostini
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O tapa da assombraCao Na feira de domingo, em Alfenas, numa roda de conversa, um homem falou: – Vocês estão sabendo dessa história que, bem de noitinha, lá pelos desbarrancados de Tabatinga, estão ouvindo latidos de cães e tiros? Suspeitam que é um caçador. Outro homem, tremendo de medo, falou: – Que caçador, que nada! Se fosse, já o teriam encontrado, isso daí é visão, gente! Quando ouviu isso, Fião, um homem grande como um gigante e forte como um boi, disse sorrindo: – Que visão que nada! O povo fala demais, morei na roça a minha vida toda e nunca vi nada. Conversa vai, conversa vem, Fião foi para sua casa. No outro dia, foi à cidade fazer compras, porém demorou mais tempo do que havia imaginado. Já passava das seis horas da tarde, quando Fião encontrou um amigo, que disse: – Fião, não vai pra casa não! Já passou o sino da Ave Maria, vai ver você encontra com a visão e vai que ela te pega. Depois de rir muito, Fião falou: – Se essa visão aparecer, pego meu porrete e acerto o pé da orelha dela, acerto tão forte, tão forte que ela nunca mais vai aparecer por estas bandas. E se aparecer, vou bater tanto nela que nem visão ela será mais, será uma bela pasta de visão. É bom ela contar isso para todos os filhos das trevas, de jeito que nenhum vai aparecer por aqui! E ele foi mesmo! Andou, andou até que chegou ao desbarrancado de Tabatinga. Então, ele avistou um vulto preto, e muito educado disse: – Boa noite! E nada de resposta. E novamente disse: – Boa noite! Não se ouviu nenhuma resposta. Observou o vulto novamente, desta vez mais de perto, e percebeu que aquele vulto não era uma pessoa, mas sim uma visão. Com um rápido movimento, pegou o porrete e o dirigiu à cabeça da visão e antes que o porrete acertasse a cabeça, esse se partiu ao meio. Antes que Fião pudesse reagir, a visão deu um soco bem no pé da orelha de Fião. O soco foi tão forte que o deixou surdo. E, assim, está até hoje ... surdo! Fião nunca mais duvidou de visão; também, vai que a visão se lembre dele e queira lhe dar um outro soco na orelha!
Miguel Rudá Ribeiro da Mota Otávio Santos Baldim
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O t eimoso Certo dia, lá pelas bandas da fazenda Bem-te-vi, na região de Monte Alegre, um homem, muito trabalhador, com apelido de Teimoso, trabalhava sem cansar. Porém, numa determinada hora, falou para seus companheiros: – Vou amassar capim lá para as outras bandas. Seus companheiros o advertiram: – Não vá para aquelas bandas, dizem que lá tem visão e coisa ruim. Como bom teimoso que era, nem deu ouvidos aos seus companheiros de lida e falou: – Estou indo! – disse isso com um sorriso nos lábios. Logo a tarde caiu e seus companheiros terminaram a lida e ficaram por ali um tempo esperando pelo Teimoso. Cansados de esperar, resolveram ir sem ele, porque já era quase hora da Ave Maria. A noite passou, o dia chegou e nada do Teimoso aparecer. Então, seus amigos resolveram seguir para o trabalho sem ele. No caminho, avistaram o Teimoso cambaleando com os olhos arregalados e ainda meio branco de susto. Um deles perguntou: – Onde você estava? Teimoso, ainda meio desnorteado, disse: – Eu só sei que uma sombra esbarrou em mim, fui acordar com respingos d’água no rosto, e vi que estava na cachoeira de Serrania. De lá, passei pela ponte do rio Machado, em seguida escutei um tanto de cachorros latindo e cheguei aqui! Assustados, seus companheiros perceberam que o Teimoso, de tanto esnobar assombração, levou um belo susto e uma rasteira sem igual. Na dúvida ou não, eu é que não quero levar esbarrão de assombração!
Amanda de Souza Figueiredo Letícia de Souza Barbosa
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Sem cabeCa Nos imensos campos de Alfenas, existia um homem muito trabalhador. Certo dia ao chegar em casa, depois de um dia de muito trabalho, ouviu uma grande confusão vindo do galinheiro e também do chiqueiro, onde seus porcos gritavam tanto que chegava a doer os ouvidos. Sem entender o que acontecia, o homem chegou até o terreiro e percebeu que seus animais estavam apanhando de alguém, mas não sabia quem era, pois não conseguia avistar a criatura. Ficou a observar sem ter muito o que fazer, tamanho era seu espanto. Encabulado, não conseguiu pregar o olho naquela noite, mas teve uma ideia. – Vou vigiar! Uma hora eu pego esse danado! Vigiou por dias, mas só o que percebia era a grande barulheira que a bicharada fazia e sons de chicote estalando. Certo dia, já cansado da bagunça, pegou sua espingarda e ficou de prontidão bem atrás do chiqueiro. Não demorou, sentiu um frio na espinha e logo a bicharada começou a gritaria. Sem saber o que fazer, deu um tiro para o alto... _o clarão da pólvora revelou a ele uma figura tenebrosa! Um homem de terno e sapatos pretos, sem cabeça, batia em seus animais. O susto foi tão grande que disparou mais um tiro e pôde ver o homem sumir escuridão adentro. Do susto que levou só entendeu uma coisa... a figura de horror não mostrava sua cabeça para que ninguém soubesse quem ele era. E eu é que não quero descobrir!
Laís Helena Venâncio Isabella de Carvalho Rosa Nogueira
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Ze da Cruz Esta história não aconteceu nos Estados Unidos e muito menos no Japão. Ela aconteceu aqui no Brasil, mais precisamente no interior de Minas Gerais, numa cidade chamada Alfenas, em um lugar que recebe o nome de Mato da Roseira, no bairro rural do Matão. Um homem de muita fé, chamado Osório, teve a brilhante ideia de construir uma igreja, porque o povoado do Matão só fazia crescer. Então, chamou seus maiores e melhores companheiros, Chico Preto e Zé da Cruz. A igreja seria um presente para a população local, pois assim poderiam fazer suas orações. Naquele lugar, até então, só havia um cruzeiro, onde Zé da Cruz adorava ficar parado a descansar. Então, em uma bela manhã, os três amigos começaram a empreitada. Dias de sol e chuva foram vencidos para que a igreja de São Geraldo do Matão pudesse ser erguida. Zé da Cruz ajudava, buscando água na baixada do córrego. De cada lado, trazia um barril com cinquenta litros de água cada um, a baixada era muito íngreme, difícil descer e custoso demais para subir, mas ele nunca desanimava de seu trabalho. Quinze anos se passaram e, finalmente, a igreja de São Geraldo colocava-se de pé e majestosa no bairro do Matão. A alegria tomou conta do povo que organizou uma festa! Seu Osório e Chico Preto, muito satisfeitos por toda ajuda e esforço de Zé da Cruz, resolveram retribuir a lealdade do amigo. E Osório disse a Chico Preto: – Chico, desamarre Zé da Cruz, deixe o nobre cavalo terminar seus dias sobre a Terra com o descanso que merece! Então, Chico Preto foi até o cruzeiro, desamarrou Zé da Cruz e o abraçou em gratidão. Todos daquele povoado, até os dias de hoje, são gratos pelo esforço do cavalo.
Álvaro Francisco Silva Lima Rafaela Zouain Soares
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O fantasma da porteira.
O Magrelinho.
O mato da roseira.
O tapa da assombração.
O teimoso.
O velhinho astuto.
Sem cabeça.
ZĂŠ da Cruz.
AGRADECIMENTOS Quão prazeroso foi sair em busca de pessoas como Senhor Zé do Arvino, que tem em sua vivência uma característica ímpar; Senhor Zoti, simpatia e alegria regadas ao prazer de uma voz suave; Senhor Antônio Ananias, uma figura que não só viveu muitas destas histórias, como as constrói sem pestanejar; Senhor Zé, contador de causos de fazer rir; e por fim Senhor Ezequiel Rogatto, que como bem definiu Eraldo, -“boca mole” de onde causos e causos não param de brotar. Aos senhores rendemos nossa gratidão por nos oferecerem a oportunidade de materializar este livro. Ao Colégio Atenas - Alfenas - MG, muito obrigada pelo apoio e confiança, pois só assim tivemos o caminho para trilhar.
Profª: Eliane Rogatto Pupin
Estas páginas guardam um tesouro! Tesouro resgatado em Alfenas e seu entorno, preservado pela tradição oral daqueles que viveram em um tempo cercado de mistérios e crenças. Aqui as palavras ganharam forma e têm o valor de ouro. Foram tecidas pelas mãos e pela criatividade de meninas e meninos curiosos da turma do 4o ano do Ensino Fundamental/2016, que, não apenas escreveram, mas registraram histórias e fortaleceram o vínculo com o seu povo. Que os causos contados aqui inspirem a todos a buscar sempre mais saberes e mais vivência literária. Deliciem-se pelas linhas e se percam nas palavras deste livro. Quem sabe você não se encontra em alguma destas histórias contadas aqui? Profª: Eliane Rogatto Pupin
Colégio
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