No mundo de faz de conta

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A Gata Borralheira Branca de Neve Chapeuzinho Vermelho João e Maria João e o Pé de Feijão Rapunzel

HISTÓRIAS RECONTADAS PELO 3° ano/2014 do Ensino Fundamental do Colégio Atenas.


Prefácio Um convite para prefaciar a obra encantadora, “No Mundo do Faz de Conta”, com vários recontos, escritos por crianças tão pequenas, porém tão sensíveis, muito me envaidece. Trabalhar algumas obras dos Irmãos Grimm com alunos do 3º ano do Ensino Fundamental foi uma ousadia encantadora das professoras Eliane e Giovana – um exercício da sensibilidade. Cada leitor terá a oportunidade de sentir as emoções, relembrando momentos de criança, através de suas histórias preferidas, que, tenho certeza, jamais foram esquecidas. Será envolvido pelas tranças de Rapunzel, pela beleza de Cinderela, a meiguice de Branca de Neve, a Casa de Biscoito de Gengibre de João e Maria, as travessuras de João e o Pé de Feijão e pela doçura de Chapeuzinho Vermelho. Assim como eu, espero que todos os que percorrerem pelas páginas deste livro se encantem com os recontos aqui escritos e sintam a essência pura das palavras, da magia dos clássicos literários dos Irmãos Grimm, que as crianças e professoras alcançaram. Boa leitura! Profª. Carmem Oliveira Swerts Diretora


Sumário A G ata Borra l heira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04 B r a n c a d e Ne ve . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0 8 C h a p e u z i n h o Ve r m e l h o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 2 J o ã o e M a r i a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 João e o Pé de Feij ão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 Rapunzel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24


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GRUPO: EstĂŠfany Campos Pereira Giovana Martins Zauli Isabelle de Oliveira Centi Isadora Vilela Incerti Maria Clara Costa Tavares Nina Alonso Yris Teixeira Nunes


Era uma vez um homem que teve uma linda filha. A mãe da menina havia morrido e o homem se casara novamente com uma mulher má. Ela tinha duas filhas que, após o casamento, se tornaram irmãs da menina. A madrasta ao assumir o posto de dona daquele lar, logo mandou a menina fazer todas as tarefas domésticas e suas novas irmãs tiraram-lhe seus lindos vestidos e deram-lhe vestidos velhos e esfarrapados para ela vestir. Elas também tiraram seus sapatos e lhe deram tamancos de madeira desconfortáveis e disseram: - Agora vá cozinhar! E a menina foi correndo para à cozinha. E a partir desse dia a menina passou a fazer todas as tarefas da casa do acordar até o sol se por. Ela não tinha cama para dormir, dormia perto da lareira em cima do borralho (cinzas) e assim lhe puseram o apelido de Gata Borralheira. Os dias se passaram e a menina continuava trabalhando e a madrasta e as filhas pediam para que ela fizesse cada vez mais coisas. Certo dia, o pai viajou e perguntou as filhas o que elas queriam. - Lindos vestidos – disse uma. - Muitas jóias – disse a outra. - E você minha filhinha, Gata Borralheira, o que você quer? – perguntou o pai. - Um ramo verde de alguma árvore. Quando já estava para retornar, foi fazer as compras, comprou os vestidos e jóias de suas enteadas e, no caminho para casa, pegou um ramo de uma oliveira. Ao chegar em casa, entregou os presentes às filhas. A Gata Borralheira foi correndo para o túmulo da mãe, enterrou o ramo e começou a chorar. Ela chorou tanto, que suas lágrimas regaram a planta e o que era um pequeno ramo se transformou em uma grande oliveira. A menina passou a visitar a árvore e o túmulo todos os dias. Um dia, ela ouviu uma pomba branca dizer: - Não chores mais, a partir de hoje eu realizarei seus sonhos. Pouco depois, o rei anunciou que iria dar um baile durante três dias e que todas as jovens estavam convidadas para que o príncipe pudesse assim escolher sua princesa. Imediatamente as irmãs da Gata Borralheira ficaram sabendo do baile e lhe disseram: - Penteie nosso cabelo e escolha nossos vestidos, nós temos que ir ao baile. O príncipe irá decidir qual de nós irá ser sua esposa. A Gata Borralheira obedeceu gentilmente, mas quando viu as irmãs vestidas com vestidos luxuosos, pediu a madrasta para ir também. - Ir ao baile? Você? Você já se olhou no espelho? Mas ela insistiu: - Tudo bem! Se você separar essas lentilhas em duas horas você poderá ir. A menina correu para o jardim, orando, se lembrou do que a pomba tinha dito e assim fez o seu pedido: - Doces pombinhas, rolinhas e todos os pássaros, me ajudem a separar as lentilhas. Os grãos bons vão para o prato e os ruins no papo. Duas pombinhas brancas, duas rolinhas e um bando de passarinhos vieram ajudar. E muito antes de terminar as duas horas eles acabaram. 5


- Muito bem! Disse a madrasta. - Mas o que você vai usar? E você nem sabe dançar! Vai ser melhor você não ir ao baile. Muito triste, a Gata Borralheira ficou chorando e se ajoelhou aos pés da madrasta e voltou a pedir para ir ao baile. - Tudo bem! Disse ela – Eu vou te dar outra chance. E voltou a jogar as lentilhas em cima das cinzas. - Se você conseguir separar tudo em uma hora, poderá ir conosco. Ela saiu correndo para o jardim e gritou: - Doces pombinhas e rolinhas e todos os pássaros ajudem – me a separar as lentilhas. Os grãos bons para o prato e os ruins no papo. Novamente os animais entraram pela janela e separaram as lentilhas. A menina correu e foi mostrar para a madrasta o que havia feito, mas não adiantou. - Você não vai ao baile! - Me deixe em paz com essas lentilhas! Quando já não havia mais ninguém em casa, a Gata Borralheira foi correndo para o túmulo da mãe e debaixo da árvore gritou: - Arvorezinha, comece a abanar e jogue ouro e prata para eu usar. Nesse momento a pomba que havia prometido conceder os desejos dela apareceu e transformou seus farrapos em um lindo vestido de baile e os seus tamancos em sapatos luxuosos de ouro e prata. E quando ela entrou no salão de baile, todos ficaram admirados, inclusive as irmãs dela, mas nem a irmãs e nem a madrasta a reconheceram. O príncipe, se surpreendeu com tanta beleza e doçura e só dançou com ela. Dado a hora de se despedir, o príncipe quis acompanhá- la, mas ela recusou.

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A pomba estava esperando, pegou o vestido e foi embora. No segundo dia, ela vestiu novamente as roupas e foi ao baile. O príncipe quis acompanhá-la, mas novamente ela não quis. O príncipe a seguiu mas não conseguiu encontrá-la, só encontrou seu sapatinho. No terceiro dia ela foi ao baile e o príncipe novamente só tinha olhos para ela. Terminando o baile ela sumiu sem deixar qualquer sinal. Com o sapatinho em seu poder, o príncipe chamou seu mensageiro e juntos, fizeram com que todas as moças do reino calçassem o sapatinho. O sapatinho não servia em nenhuma moça, até que chegaram à casa da Gata Borralheira. As irmãs foram as primeiras, calçaram mas o sapatinho não serviu. O sapato era delicado demais para os pés desengonçados das irmãs. A mãe desesperada forçava as meninas, chegando a ferir seus pés. Até que o príncipe e seu mensageiro perguntaram: - Não há mais ninguém que possa calçar o sapatinho? - Não, disse a madrasta – aqui não tem mais ninguém! - Na verdade tenho uma filha do meu primeiro casamento. Disse o pai, do cantinho da sala. - Eu disse, que todas as jovens do reino devem calçar o sapatinho e assim será! Tragam–na que eu mesmo irei calçá-la. Quando o príncipe colocou o sapatinho nos pés da Gata Borralheira, serviu perfeitamente. O príncipe ficou encantado e ao olhar para ela, reconheceu sua amada, a bela e doce moça com quem havia dançado por todas as noites do baile. O príncipe emocionado, pediu sua mão em casamento e assim que chegaram ao castelo, a grande festa teve início. A madrasta, foi convidada, compareceu, mas sempre cheia de inveja e ciúmes. Ao ir embora, a madrasta foi surpreendida por um par de botas de ferro quente, as botas grudaram em seus pés, fazendo–a dançar até cair morta no chão. Cinderela ou melhor Gata Borra lheira e o príncipe, v ivera m felizes para sempre.

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GRUPO: Artur Ribeiro de Oliveira Terra Diogo Augusto GuimarĂŁes da Silva Eduardo Carvalho Dias Terra Gabriel Ricci Rudaif Navarro Mansur Filho Victor Reis Braga


Era uma vez uma rainha que teve uma linda menina e deu a ela o nome de Branca de Neve. A menina tinha cabelos negros e lábios vermelhos como o sangue. A rainha era bondosa, mas um dia ela morreu e veio a madrasta má. A rainha má ficou com inveja da beleza de Branca de Neve e contratou um caçador para matá-la e trazer o seu coração como prova. O caçador levou a bela menina para floresta, a fim de cumprir a ordem da madrasta, mas ao ver sua beleza ele não teve coragem de matá-la. Para enganar a rainha, trouxe um coração de um jovem veado. Branca de Neve ficou sozinha e com muito medo na floresta, depois de muito andar, encontrou uma casinha, ao entrar na casa pequenina, começou a limpar a casa toda e de repente de tão cansada, ela adormeceu. Ali moravam os sete anões, que ao chegarem do trabalho levaram um baita susto ao verem a casa toda arrumada e com o jantar pronto. Subiram as escadas devagarinho e se assustaram ainda mais ao verem em suas caminhas a bela menina dormindo serenamente. A bruxa pensando que a bela Branca de Neve estava morta, foi para o quarto até seu espelho e perguntou: - Espelho, espelho meu, existe alguém mais bela do que eu? - Sim! Minha rainha! Tu és bela, mas Branca de Neve é a mais bela. A rainha enfurecida, dirigiu-se aos seus aposentos e transformou-se em bruxa. Então, foi até a casa dos sete anões. A bruxa levou um laço de renda e ajudou Branca de Neve a colocar o laço na cintura, apertou tanto, que Branca de Neve ficou sem ar e caída no chão. Os anões, ao chegaram do trabalho, tiraram o laço de sua cintura e ela logo acordou. Já no castelo, o espelho da bruxa voltou a falar: - Você és bela minha rainha, mas Branca de Neve é a mais bela de todas.

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GRUPO: Alana Pupin Silvério Amanda Cambraia Franco De Souza Anna Carolina Da Silva Nascente Torres Prado Livia Labegalini Moreira Sarah Fonseca Brandão Tainá Gomes Prado Thamiris De Souza Moreira


Há muitos anos atrás, vivia em uma cabana um lenhador com sua segunda esposa e seus dois filhos, João e Maria. Mas a vida era sempre difícil para a família, mas naquela época a coisa tinha piorado ainda mais, pois não havia comida para todos. Então, a madrasta convenceu o pai a abandonar as crianças na floresta. Maria, durante a noite, escutou a conversa de seu pai e sua madrasta e começou a chorar. João então, a acalmou e foi lá fora, pegar pedrinhas brilhantes. No dia seguinte, o pai levou as crianças para cortar lenha com ele e as deixou na floresta, mas João, havia marcado o caminho com as pedrinhas brilhantes e ao anoitecer eles seguiram a trilha e chegaram em casa. O pai ficou muito feliz, mas a madrasta o convenceu a levá-los, ainda mais longe, para o meio da floresta. Para evitar peripécias de João, ela trancou o quarto e João não teve como pegar as pedrinhas e Maria chorou a noite toda. Ao amanhecer o pai deu um pedaço de pão a cada um, ao invés de guardar o pão para comer, João o despedaçou para marcar o caminho. A madrasta, levou-os um pouco mais longe e mandou-os esperar e os abandonou. Maria chorou, mas João, havia marcado o caminho com pão.

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GRUPO: Gustavo Fonseca Gama Igor Rocha Azevedo Matheus Pereira de Moura Leite Murilo Pupin de Oliveira Renato Vieira Faria TĂşlio Ferreira da Silva Roberto Yuri Lopes Carvalho da Silva


Há muitos anos atrás existia uma mulher que tinha um filho chamado João. João e a mãe eram muito pobres e o pai de João pescava todos os dias e vendia os peixes na cidade para ganhar seu sustento. Um dia o rio secou e os peixes morreram e ele não conseguiu mais pescar, e assim ficaram com fome e sem dinheiro. João foi em busca de um emprego para ajudar sua família, mas o emprego também estava difícil, pois João era só um menino. A mãe e o pai de João, desesperados resolveram vender a única vaca que sobrara no pasto. Então João foi para a cidade tentar vender a vaca. No caminho ele achou um homem que o convenceu a trocar sua vaca por feijões que ele dizia serem mágicos, inocente, João pegou os feijões e voltou para plantá-los e tentar fazer uma horta. O pé de feijão cresceu muito rápido. João acordou na manhã seguinte e viu que o pé de feijão era gigante. Sem pensar duas vezes subiu no pé de feijão até chegar em um castelo. Lá avistou uma moça parada na porta e logo lhe pediu: - Moça, você me dá comida e água, eu preciso me abrigar em algum lugar. A mulher abrigou João mas ao ouvir o gigante se aproximando, escondeu João dentro do armário. Logo ouviu-se a voz do gigante: - Mulher, eu quero jantar macarrão com carne moída. - Já vou fazer o jantar. O gigante, comeu, comeu e comeu, depois de comer o gigante falou para mulher: - Traga a galinha dos ovos de ouro!

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GRUPO: Igor Luiz Leite João Pedro Pereira Calheiros José Pedro Leite R. Schneedorf Da Silva Leonardo Padilha Rocha Lucas Silveira De Carvalho Marcos Augusto Da Silva Filho Mateus Cândido Albertin


Era uma vez um humilde casal que queria muito ter uma filha, até que um dia, a mulher percebeu que estava grávida e ia ter um bebê. Por uma porta dos fundos de sua casa, a mulher podia ver lindas plantas exóticas, todas as plantas do mundo, mas pertenciam ao jardim de uma bruxa. Certa manhã a mulher disse ao marido: - Se você não me trouxer cada uma daquelas plantas sou capaz de morrer. Então o marido louco com a esposa, foi correndo para o jardim. No dia seguinte a mulher tratou de preparar uma salada com as plantas, comeu até se fartar mas não satisfez sua vontade. No dia seguinte, sua vontade era ainda maior e o marido teve que voltar ao jardim. Enquanto colhia as plantas a bruxa disse: - Seu bandido, me roubou as plantas. O homem assustado disse: - A minha esposa disse que seu eu não levasse as plantas, ela morreria de desejo, pois espera um bebê. A bruxa pensou e pensou... - Vou dar as plantas mas o bebê será meu ao nascer. A criança nasceu e era muito linda. E assim, foi levada pela bruxa que deu a bebezinha o nome de Rapunzel. Rapunzel, cresceu em meio a floresta e quando completou doze anos, foi levada para uma torre sem portas, somente com uma pequena janela bem lá no alto.

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Escrever é a arte mais pura de expressar nossas verdades. Por pensarmos assim, lançamos o desafio aos nossos alunos 3º ano- Ensino Fundamental/2014, a se aventurarem nesse divertido mundo do escrever. E para escrever, precisamos conhecer! E foi assim que conhecemos um pouco dos Irmãos Grimm, renomados compiladores de contos folclóricos. Envolvidos nesse mundo de mistérios fantásticos, nossos alunos recontaram algumas das mais notáveis histórias dos Grimm. E você está convidado a se encantar também! Profª. Eliane Rogatto Pupin

www.criaeditora.com.br


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