Cooperleite - Outubro 2017

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INFORMATIVO DA COOPERATIVA SANTA CLARA LTDA.

ANO 42 • NÚMERO 312 • OUTUBRO DE 2017

Indústria de Casca chega a 65% da obra estrutural

Conselho e direção da Cooperativa visitaram a obra da nova indústria após a reunião mensal realizada em Paraí

Equipes trabalham em diversas frentes no canteiro de obras da indústria A OBRA da Indústria de Laticínios em Casca segue com o andamento dentro do previsto no planejamento inicial. Segundo o gerente do Projeto, Daniel Bandeira Silva, a obra civil (estrutural) está 65% concluída. As equipes da empresa responsável pela construção trabalham atualmente na instalação da caldeira. Além disso, atuam em outras

frentes no canteiro de obra. “Os operários estão concluindo a parte mecânica da casa de máquinas”, relata. Na obra, está em andamento a construção do sistema de armazenamento e os reservatórios de água estão sendo erguidos. Ainda é realizada montagem mecânica de processo industrial produtivo e montagem das tubulações. Já a instalação de equipamentos segue sendo feita. Segundo o gerente do Projetos, a Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) está na fase final

na parte mecânica. Após, o trabalho se volta para a parte elétrica. Visita O Conselho da Cooperativa visitou o canteiro de obras no dia 28 de setembro, integrando a programação mensal da reuniões do Conselho, que neste mês ocorreu em Paraí. O grupo foi acompanhado por Bandeira que explicou como estão organizada as instalações. “Na visita, a comitiva esclareceu dúvidas em relação a obra”, relatou. COOPERLEITE | OUTUBRO 2017


EDITORIAL

Dias para aprender um pouco mais Aprender as melhores formas de obter bons resultados na atividade leiteira está entre as propostas dos dias de campo. Às vezes, ao fazer as tarefas sempre da mesma forma não se foca nos pequenos detalhes que podem fazer toda a diferença no processo. Preocupada em oportunizar bons resultados de qualidade, a Santa Clara, através do DPL, promove encontros técnicos sobre assuntos de interesse do associado. São atividades que exemplificam na prática as diversas situações e contam com a explanação dos técnicos. No entanto, vale lembrar que as dúvidas não precisam ser esclarecidas apenas nas tardes de campo. Para isso, basta procurar os profissionais que atendem a propriedade, que estão sempre dispostos em ajudar. É importante se deter a todo o processo quando for realizar a silagem, desde a preparação do solo, plantio, corte e armazenamento do material. Caso não tenha uma terra boa, nem o uso de uma semente de qualidade irá auxiliar em um produto de qualidade, o que consequentemente irá influenciar na produtividade leiteira. O trabalho é intenso no tambo. Porém é válido tirar um momento para aprender um pouco mais e trazer para o dia a dia as orientações técnicas. São diversos temas e debates nos encontros. Também é uma oportunidade para a troca de experiência entre os produtores. Boa leitura!

O Cooperleite tem o objetivo de conscientizar, orientar e capacitar os produtores para a produção de leite com qualidade, segurança e em conformidade com a legislação vigente, fazendo valer desta forma o item 9.2.4. do Anexo IV da Instrução Normativa 62, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimemento (MAPA).

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O processo de compactação é extremamente importante para que se consiga obter uma silagem de qualidade, e assim se consiga ter uma produção de leite na propriedade, dentro da expectativa do produtor. Na região, a preferência é para o uso de milho na silagem.

João Luz, médico veterinário da Emater, durante Dia de Campo sobre Silagem realizado em Carlos Barbosa (Leia na página 05)

EXPEDIENTE COOPERATIVA SANTA CLARA Rua Pedro Baldasso, 47, Carlos Barbosa 95185-000 | Fone: (54) 3461-8300 www.coopsantaclara.com.br Conselho de Administração Rogerio Bruno Sauthier Presidente: Gelsi Belmiro Thums Vice-presidente: Itamar Tang Secretário: Conselheiros: Arno Ricardo Goelzer, Clairton Pedro Cecconello, Dirseu Tomasel, Inocência Dalsin, Justino Paludo, Lauro Antonio Benedetti, Nelson Volpato e Tiago Pitol Frizon Anselio Molon, Conselho Fiscal: Ivalino Tonatto e Vilmor Paulo Baldasso COOPERLEITE Informativo mensal dos produtores associados à Cooperativa Santa Clara Ltda. Direção: Dptos. de Marketing e de Política Leiteira Redação: Estefania V. Linhares (MTB 13.239) Contato: estefanial@coopsantaclara.com.br Tiragem: 4.300 exemplares Distribuição gratuita. Acompanhe nas redes sociais: facebook.com/coopsantaclara; instagram.com/coopsantaclara twitter.com/coopsantaclara; youtube.com/coopsantaclara


MARKETING

Ricota Santa Clara Zero Lactose chega ao mercado da região Sul PENSANDO EM oferecer uma alimentação saudável às pessoas que possuem algum tipo de restrição alimentar, a Santa Clara amplia sua Linha Saúde. Chega ao mercado a Ricota Fresca Zero Lactose. O pré-lançamento do produto ocorreu durante a 36ª Expoagas para supermercadistas gaúchos. O novo produto possui baixo teor de gordura, é leve e dietético e será comercializado em

toda região Sul do país, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Variedades A linha Zero Lactose conta ainda com Leite Longa Vida Semidesnatado, Queijo Minas Frescal, Queijo Mussarela, Nata, Doce de Leite, Requeijão Cremoso e bebida láctea Frut Clara nos sabores Morango e Salada de Frutas.

Produto integra a Linha Saúde

Santa Clara é homenageada pelo Governo do Estado A Santa Clara foi homenageada pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul no dia 05 de outubro, durante o 5º Encontro de Presidentes e Executivos de Cooperativas (Epecoop), em Nova Petrópolis. A honraria foi entregue na solenidade ao presidente da Cooperativa, Rogerio Bruno Sauthier, pelo governador, José Ivo Sartori.

Luiz Chaves/Palácio Piratini

Agro Veranópolis participa de feira Varejo promove ações alusivas ao Outubro Rosa

O Mercado Agropecuário Santa Clara Veranópolis esteve presente expondo seus produtos na 50ª Festa do Colono e do Motorista no dia 30 de julho, em Protásio Alves. No evento, os visitantes conheceram a linha de produtos disponível na loja.

AS UNIDADES DA Santa Clara estão mobilizadas para ações referentes ao “Outubro Rosa”, quem tem por objetivo chamar atenção da importância do diagnóstico precoce do câncer de mama através da realização de diversas ações. No Varejo serão utilizadas sacolas na cor rosa, as funcionárias usam lenço rosa, além da distribuição de folders explicativos e uma decoração alusiva à data. COOPERLEITE | OUTUBRO 2017

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QUALIFICAÇÃO

Associados participam de Dia de Campo sobre a qualidade A SANTA CLARA realizou uma série de atividades de qualificação nos meses de agosto e setembro. Os associados da Cooperativa

participaram de Dias de Campo sobre a Qualidade do Leite, nutrição animal e controle de CCS. Os encontros aconteceram

em Machadinho, Estação, David Canabarro e Carlos Barbosa e os temas foram abordados por técnicos das Cooperativa.

Uma palestra sobre o Controle de Qualidade, novas técnicas para controle de CCS e aditivos na nutrição de vacas leiteiras foi ministrada para os associados da Santa Clara. O encontro foi realizado no dia 27 de setembro, na Casa da Cultura, em David Canabarro. A qualificação reuniu 15 produtores de leite.

O 2° Dia de Campo de Segurança e Soberania Alimentar foi realizado em Quinze de Novembro, no dia 27 de setembro. A estação produção leiteira à pasto ocorreu na propriedade dos associados Valderi Antônio e Elena Marcon. O evento foi promovido pela Santa Clara em parceria com a Emater e Prefeitura.

O tema “Qualidade do Leite” com ênfase em boiler e clorador foi abordado no dia 27 de setembro, na propriedade do associado Rogerio Carteri, em Estação. O encontro reuniu 15 associados e teve palestras com o médico veterinário Fabio Hanel e o técnico Vagner Milan.

O Dia de Campo sobre a “Qualidade do Leite” reuniu associados no dia 23 de agosto, na Capela Raia do Pessegueiro, em Machadinho. O encontro contou com a participação aproximadamente 20 associados, que aproveitaram para esclarecer dúvidas sobre o tema.

Os associados da Santa Clara participaram de uma atividade técnica no dia 26 de setembro, na propriedade dos Irmãos Baldasso e no Auditório do Escritório Central, em Carlos Barbosa. No encontro, foram abordados temas como a produção eficiente de volumoso pré-secado, processos, equipamentos e tecnologia agropecuária.

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NUTRIÇÃO

Escolha do silo correto auxilia na conservação da silagem de milho Produtores podem optar pelo silo torta ou trincheira para o armazenamento A QUALIDADE da silagem é fundamental no processo de produção leiteira, pois é a garantia da alimentação do rebanho por um período onde a disponibilidade de pastagem é menor. A ensilagem é o processo de fabricação da silagem, a qual garante a conservação de forragem. Na região, a cultivar mais utilizada é o milho. Para obter bons resultados é necessário tomar alguns cuidados durante o armazenamento. O médico veterinário da Emater João Luz explica que ao iniciar o processo de ensilagem, o primeiro passo é fazer o corte da planta, e juntamente com este material estão presentes as bactérias aeróbicas. Devido a estes agentes, os produtores devem disponibilizar o material em camadas compactadas. No entanto, o profissional enfatizou que quanto menos ar tiver no silo, melhor será a qualidade da silagem. A orientação foi dada para os associados que participaram de um Dia de Campo em Carlos Barbosa, promovido pela Santa Clara em parceria com a Emater. “O processo de compactação é extremamente importante e a silagem deve ser picada bem pequena”, orienta. Outro fator importante é a vedação do silo, e para isso é necessário que se utilize lonas de melhor qualidade. Dois tipos de silos são utilizados para armazenamento do material: a trincheira e o torta. “Ambos possuem vantagens e desvantagens. No tipo torta é muito fácil de virar e a compactação e o resultados não são tão bons quanto o do silo trincheira”, esclarece João Luz. Para obter uma

Silo trincheira é uma das opções apresentadas em encontro de produtores

melhor silagem o recomendado é a utilização do silo trincheira, e o material pode ser melhorado com a uso do trator trincheira de roda estreita na compactação.

evitar a ocorrência de levedura, bolores e fungos. Contudo, em uma silagem na qual o processo é feito adequadamente, não há necessidade de seu uso.

Fases

Ponto de corte

O ideal é que a fase aeróbica dure apenas 24 horas, e logo entre em um novo período em que é produzida a bactéria acética, onde pH fica igual ou inferior a 5. “Com esse ambiente aparecerão bactérias lácticas, responsáveis pela qualidade na silagem. Essa fase chamamos de fase anaeróbica, que são bactérias que desdobram o carboidrato sem a presença de ar”, esclarece o técnico da Emater. Esse processo ocorre até o 14º dia. A partir deste momento não acontece mais multiplicação bacteriana, chegando na fase da estabilização da silagem, quando ela está pronta para o uso. A quarta fase, é quando o material é utilizado. Alguns produtores ao invés de aguardar 20 dias para dispor o material para a nutrição dos animais, esperam 30 dias para terem uma margem de segurança. De acordo com o João Luz, o uso de inoculante serve para

O ponto de corte começa bem antes do início da silagem. Segundo a zootecnista da Santa Clara, Géssica Farina, o processo inicia no plantio e na escolha do milho com um híbrido de qualidade. “O indicado é que se opte por uma variedade que se produza mais”, orienta. O ponto de corte ideal é aquele que tem um terço da linha do leite, onde a parte mais externa está mais dura. Nessa fase é quanto se tem melhores resultados bromatológicos. Conforme Géssica, o ideal é que se tenha entre 30% e 32% de matéria seca, para se ter um melhor rendimento de consumo. “Outro ponto importante é depois na hora da colheita, a ensiladeira deve estar regulada adequadamente”, revela. Ela orienta que os produtores verifiquem durante o processo de silagem se o grão está sendo machucado, para que quando o animal ingira sejá absorvido o amido. 05 COOPERLEITE | OUTUBRO 2017


CONHECENDO MINHA COOPERATIVA

Associados de Estação e Jacutinga participaram de visita técnica

Um grupo de 115 associados de Estação e Jacutinga, Sertão, Ipiranga do Sul, Quatro Irmãos, Paulo Bento, Erechim, Barão do Cotegipe, São Valentim e Campinas do Sul participaram do programa Conhecendo Minha Cooperativa que ocorreu no dia 19 de setembro em Paraí. O grupo visitou as instalações do Mercado Agropecuário e Supermercado em Paraí e a propriedade do associado Pedro Nólio, onde conheceram a primeira ordenha robotizada do Rio Grande do Sul.

Cooperativa participa de encontro da Embrapa OS ASSOCIADOS e técnicos da Santa Clara estiveram presentes no Dia de Campo Institucional do Leite no dia 04 de outubro, junto a Estação Experimental Terras Baixas em Capão do Leão. O evento, que integra o projeto Protambo, foi promovido pela Embrapa Clima Temperado em parceria com a Emater. Entre os temas abordados estiveram o melhoramento de pastagens e cultivares voltadona qualidade de leite e doenças reprodutivas. A Embrapa apresentou ainda um aplicativo de gerenciamento de propriedade. Os temas foram discutidos em seis estações técnicas. A comitiva da Cooperativa foi composta pelos associados Clério Haas de Carlos Barbosa, Lucas Zenatto de Antônio Prado e de Nova Roma Nelson Volpato, Mi-

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Associados e técnicos participaram de Dia de Campo, em Capão do Leão

guel Volpato e Antônio Fiametti, e pelos médicos veterinários Kleber Fiori e Rafael Martins Lucas. O Protambo é desenvolvido com os associados da região de Nova Roma do Sul, e recentemente foi renovado o convênio para a

continuidade do projeto, que tem objetivo permitir que produtores e técnicos tomem decisões baseadas nas práticas adotadas nas propriedades, visando a atingir os melhores níveis de qualidade e eficiência na produção leiteira.


CAPACITAÇÃO

Curso de Gestão forma 32 associados em duas regiões Capacitação foi destinada aos produtores das regiões de David Canabarro e Veranópolis A SANTA CLARA formou duas turmas do Curso de Gestão Eficaz na Propriedade Rural Leiteira, uma em David Canabarro e outra em Veranópolis. A capacitação teve a carga horária 45 horas/aulas, ministradas entre os meses de julho e setembro. Para o associado Maico Batistello de David Canabarro, “o curso abriu os horizontes e o modo de ver a propriedade”. Já para o produtor Romário Vizioli de David Canabarro, relata que aprendeu que “para um bom desenvolvimento precisamos de um bom planejamento”. Os associados receberam orientações sobre a Importância do Agronegócio, Relações Interpessoais e Sucessão Familiar, o Cooperativismo e a Macroeconomia Atual, Administração Rural e Agronegócio, Funções Administrativas e Ferramentas de Gestão, Planejamento e Organização da Propriedade, Indicadores Econômicos Financeiros, Meio Ambiente e Agricultura Sustentável, Programa Alimento

Turma Veranópolis

Turma David Canabarro

Seguro e Segurança no Trabalho. No total foram formados 32 alunos, cada turma composta por 16 associados. Segundo o gerente do Departamento de Política

Leiteira (DPL), Maurício Bonafé, para o próximo ano, o curso será novamente ofertado, porém para outras regiões, onde a Santa Clara possui produtores.

Último trimestre do ano será chuvoso no Sul A MUDANÇA no regime de chuvas e temperaturas na maior parte do Brasil inicia durante a primavera. Neste período, geralmente ocorrem pancadas de chuva no final da tarde ou noite, devido ao aumento do calor e da umidade que se intensificam gradativamente no decorrer desta estação. Segundo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) em algumas ocasiões podem ocorrer

raios, ventos fortes e queda de granizo, o que já foi registrado em algumas regiões na primeira quinzena deste mês, e causou diversos estragos em alguns municípios gaúchos. No Rio Grande do Sul, a previsão é que ocorram poucas alterações no volume de chuvas, porém a expectativa é o regime siga uniforme ao longo de todo o ano. Contudo, a preocupação é com o aumento da ocorrência de raios, pelos sistemas que provocam

grande quantidade de chuva em períodos relativamente curtos. De acordo com o CPTEC, nos meses de outubro e novembro, quando vigora a primavera, as temperaturas aumentam gradativamente nas regiões Sul. Porém, não se descarta a ocorrência de dias mais frios neste período. Apesar disso, as temperaturas médias deverão ficar em torno da normal climatológica para a Região Sul, segundo o instituto. COOPERLEITE | OUTUBRO 2017

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GESTÃO

A importância da eficiência econômica na atividade leiteira Carlos Barth Médico veterinário, DPL – Paraí O DESEJO de todos os produtores é que as propriedades sejam viáveis e gerem lucro. Mas para isso é preciso ser eficiente na produção. Como isso é possível? De uma forma geral é preciso traçar os objetivos delimitando onde se quer chegar. Isso quer dizer que se deve saber quanto leite se quer produzir por dia, quantas vacas a propriedade suporta e quanto de comida é possível fazer com a terra que cultivo. Por exemplo: tenho condições de fazer uma silagem com quantidade e qualidade suficiente para esse objetivo? Tenho mão-de-obra? Como está a sanidade do rebanho, reprodução, qualidade do leite e estrutura da propriedade? O que é melhor para a propriedade? Aumentar o número de animais ou a produção de leite. Tem alimentação suficiente para elas? E quando se fala em comida, não pensar somente para 1 ano. É necessário que se some de 3 ou 4 meses a mais, para não haver surpresas quanto as adversidades do tempo e clima. É de conhecimento também que a sanidade e a reprodução

O planejamento é fundamental para que se tenha bons resultados no tambo

são vitais para aumentar a eficiência, não só reprodutiva, mas econômica também. Para isso é preciso um planejamento sanitário e reprodutivo, os quais estão diretamente relacionados com um ótimo planejamento alimentar e de manejo. Entre outras, são as perguntas que devem ser colocadas no papel para elaborar um bom planejamento, não de curto prazo, mas que seja possível atingir os objetivos desejados. Para tanto, é necessário saber que um planejamento bem feito leva em torno de 5 a 10 anos para ter resultados concretos. Sendo assim, otimizar a produção melhorando a eficiência

econômica é possível? Com certeza sim, mas é preciso muito trabalho, dedicação, persistência e paciência. É importante pedir a ajuda do técnico que atende a sua propriedade para que faça um levantamento de dados junto ao produtor e após, juntos, procurarem as melhores soluções para o que foi diagnosticado. Isso é muito importante para o bom funcionamento do planejamento. Converse com os profissionais do DPL da sua região e pergunte sobre o que leu. Você pode se surpreender com o potencial da sua propriedade. Lembre: ¨aumentar a eficiência é aumentar lucros¨.

BRASIL/MUNDO FEBRE AFTOSA O governo do Estado vai solicitar ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) uma auditoria para avaliar a execução das metas do Plano Nacional de Erradicação da Febre Aftosa. O Plano Estadual, elaborado no Estado, prevê que todas as metas do Ministério sejam atingidas até 2018 e que em 2019 seja retirada a imunização, dando ao estado o status de área livre de febre aftosa sem vacinação.

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SAFRA DE GRÃOS A safra de grãos 2017/2018 deverá registrar redução de 4,3% a 6% em relação à safra 2016/2017, de acordo com levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Conforme a projeção, a produção deverá ficar entre 224,1 e 228,2 milhões de toneladas, uma queda em relação à última safra, de 238,5 milhões de toneladas. A expectativa é de queda na produção em praticamente todas as culturas.

LEITE EM PÓ O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) irá suspender a importação de leite e derivados do Uruguai para que seja investigada a entrada do produto no Brasil. A suspeita de irregularidade surgiu a partir de dados sobre o volume exportado para o Brasil e o consumo interno. A soma supera em mais de 50 milhões de litros a produção total do país vizinho.


ARTIGO

Problemas reprodutivos relacionados ao ambiente Martin Frederico Schneider Médico veterinário, DPL – Tapera VÁRIOS SÃO os fatores que podem influenciar no bom desempenho reprodutivo em vacas leiteiras, entre os principais destaca-se o estresse térmico e o ambiente de produção, além do clima. A maioria dos animais criados para a produção de leite são sensíveis a elevadas temperaturas, e esta é uma das características do Rio Grande do Sul no período do verão, onde as temperaturas altas são acompanhadas de umidade relativa do ar alta. A grande incidência de radiação solar comprometem a produção de leite e a reprodução, pois além de o animal utilizar energia, que é necessária para produzir leite, na tentativa de dissipar o calor ele também diminui a ingestão de alimentos o que reduz o escore de condição corporal tornando-o mais suscetível a doenças e a problemas reprodutivos. As vacas necessitam estar com balanço energético positivo, ou seja, ganhando peso para entrar em cio. O aumento da temperatura retal, como é ocasionada no caso de estresse calórico, faz com que ocorra uma diminuição da taxa de prenhes. Isto ocorre quando as vacas atingem temperatura corporal acima de 40°C, o que é bem comum, principalmente no final do dia no verão, onde a taxa de concepção é muito baixa ou praticamente nula. Os problemas no casco podem ocorrer nos períodos chuvosos, quando há excesso de barro e lama. Já as temperaturas muito elevadas, principalmente no verão, dificultam as vacas demonstrarem o cio durante dia, porém quando

Deixar os animais à sombra diminui o estresse calórico

indicam à noite é mais difícil de identificar o período de fertilidade. A identificação do cio está relacionada ao piso, onde os animais circulam ou permanecem durante o dia. No entanto, quando estão em galpões confinados e o solo for muito liso, ou campo em dia de chuva, ou terrenos ondulados, as vacas sentem dificuldades de equilíbrio e acabam não montando uma nas outras, que é uma das principais observações de que está no cio. Como evitar Para animais em sistema de confinamento total ou semiconfinamento, a utilização de ventiladores e aspersores amenizam os sintomas do estresse calórico. Os equipamentos melhoram o ambiente, e o consumo do alimento resultando em maior produção de leite e a eficiência reprodutiva, aumentando a observação de cio e as taxas de prenhe. Em relação as dietas de verão, quando há possibilidade de fornecer a alimentação com maior nível de gordura, pode amenizar a produção de calor do animal, provocado pela fermentação dos carboidratos. Para animais em pastoreio, os transtornos ocasionados pelo

estresse calórico podem ser amenizados implantando áreas sombreadas nos piquetes, através das alternativas naturais como árvores ou sombreamento artificial com sombrite e outros telhados. No local deve ser disponibilizada água e alimentação como feno e silagem. Outra alternativa é mudar o manejo, principalmente no verão. Logo após a ordenha, quando o calor ainda é menos intenso, levar as vacas ao pasto, depois próximo ao meio dia, quando o calor é mais intenso, fornecer outros volumosos, como feno e silagens à sombra. Este manejo tem apresentado resultados em produção de leite e eficiência reprodutiva. Devido à grande incidência de cios não identificados, que é muito comum no verão, a inseminação em horários pré-estabelecidos (IATF) tem aumentado as taxas de concepção. Uma ferramenta que pode ser utilizada é a transferência de embriões para as receptoras, com sete dias de vida, já teria vencido a fase de maior suscetibilidade ao calor. Esta técnica pode aumentar em torno de 10% a taxa de prenhez em relação a inseminação artificial nos períodos de estresse calórico do animal. COOPERLEITE | OUTUBRO 2017

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AGENDA

CLASSIFICADOS DIVERSOS VENDEM-SE roda d'água turbinada Betta, conforme desnível de 2.500 a 25.000 litros de água por dia, R$3.000,00. Silo GSI, 2010, 7.300kg, R$3.900,00. Tratar com Enso Parise (54) 99972-1585 – Veranópolis

EQUIPAMENTOS VENDEM-SE aquecedor boiler, 600 litros, baixa pressão, aço, R$1.700,00, resfriador Friomax 2500 litros, 2 ordenhas, monofásico, R$14.000,00. Tratar com Enso Parise (54) 99972-1585 – Veranópolis VENDEM-SE resfriador Sulinox 500 litros, transferidor de leite 40 litros. Tratar com Luiz Durante, (54) 3340-1512 ou (54) 99625-4410 – Vanini

VENDEM-SE ensiladeira New Pecus, Nogueira toda hidráulica com quebra grãos e espigadeira Penha, em excelente estado. Tratar com Nilo Cagnin, (54) 99987-3835 – Nova Roma do Sul VENDE-SE resfriador Etscheid, 800 litros, ano 2000. Valor a combinar. Tratar com Emir Dal Magro, (54) 99909-2735 – Fagundes Varela VENDE-SE ensiladeira JS, plataforma 6 linhas para verão para milho, 12 pés de corte para aveia no inverno, R$ 85 mil. Aceita-se veículo ou trator no negócio. Tratar com Felipe, (54) 99623-4864 – Tapera VENDE-SE resfriador Etscheid 500 litros, monofásico, 2 ordenhas. Tratar com Mario Reche, (54) 99942-3032 – Cotiporã

17/10 Conhecendo Minha Cooperativa Associados de Carlos Barbosa visitam Paraí/RS 13/12 17º Encontros Santa Clara de Criadores de Gado de Leite Carlos Barbosa/RS

VENDE-SE resfriador Friomax 500 litros, 2 ordenhas, 2014. Tratar com Daniel Betiato (54) 99653-0430 ou (54) 99685-6095 – Jacutinga VENDE-SE resfriador Sulinox, 1.500 litros, 4 ordenhas, trifásico, 2006. Tratar com Gilmar Gusberti, (54) 99905-8263 – Veranópolis

Anunciar nos classificados do Cooperleite é gratuito para associados. Envie seu anúncio com nome do associado, telefone para contato (com DDD) e cidade para cooperleite@coopsantaclara.com.br ou entre em contato com o DPL de sua região.

RECEITA CONFRARIA GOURMET

Nhoque de Batata ao Molho de Queijo Fontina Ingredientes Massa do nhoque • 8 batatas médias • 6 colheres (sopa) de farinha de trigo • 4 gemas de ovo • 2 pitadas de noz-moscada Molho • 200g de Nata Santa Clara • 200g de Queijo Fontina Santa Clara • 3 colheres (sopa) de conhaque • Sal e pimenta-do-reino moída Modo de Preparo Para o nhoque: Cozinhe as batatas por 15 minutos, retire-as da água e espere que elas esfriem em temperatura ambiente. Use uma peneira para amassá-las. Misture a farinha de trigo, as gemas e a noz-moscada ralada

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com as batatas amassadas até a massa dar liga. Depois formate os nhoques. Coloque os nhoques em uma panela com água fervente e retire-os assim que subirem para a superfície. Reserve.

Molho: Coloque a nata, o queijo e o conhaque em uma panela aquecida e mexa até o queijo derreter completamente.Tempere com sal e pimenta. Sirva com o nhoque.


MEIO AMBIENTE

Sistema de irrigação sustentável, os benefícios na propriedade Departamento de Meio Ambiente da Santa Clara CADA VEZ MAIS, o uso da tecnologia na agricultura pode auxiliar os agricultores. Um dos aspectos relevantes desse contexto é a redução das perdas de água e o aumento da produtividade das culturas, com racionalidade e sem desperdício. A irrigação é uma estratégia para elevar a rentabilidade da propriedade agrícola por meio do aumento da produção e da produtividade. É uma das práticas culturais mais importantes na produção agrícola, sobretudo em regiões ou estações com distribuição irregular de chuvas ou com períodos prolongados de estiagem. Os sistemas convencionais de irrigação são responsáveis por 72% do consumo de água no país, porém é importante lembrar que a irrigação não deve ser vista como “vilã”, uma vez que este método é de suma importância na produção de alimentos, matérias-primas e produtos voltados à exportação. No entanto, um sistema interessante, e que vem buscando espaço nesse cenário é o sistema de irrigação sustentável. Uma das propostas é o sistema de gotejamento, que é uma tecnologia simples, mas eficiente para garantir uma lavoura saudável o ano todo e otimizar o consumo de água. O gotejamento consiste na instalação de uma ou duas mangueiras com pequenos furos, posicionadas no pé da planta e protegidas por um plástico que ajuda a reter a umidade no solo. Com esse sistema, os agricultores não precisam fazer adubação de cobertura, porque existe um controle na saída da tubulação, com um filtro, que mistura o adubo na água, possibilitando também, uma economia de fertilizantes.

Sistema de gotejamento é uma das práticas que podem ser utilizadas

No sistema de gotejamento, a água corre por meio de tubos de polietileno sob pressão, de modo a se dirigir diretamente à raiz da planta, tendo um nível de aproveitamento em torno de 95%. Instalação Embora a instalação do gotejamento seja mais cara que o método de irrigação por aspersão, o sistema tem uma série de vantagens em relação ao método tradicional, principalmente na eficiência de economia de água, porque a irrigação é localizada diretamente nas raízes das plantas. Outras vantagens são a facilidade na mão de obra e a prevenção das pragas e doenças, já que o sistema não molha as folhas das plantas, impedindo a disseminação de fungos. Com essa técnica, o desperdício de água em razão da evaporação ou pelo uso desmedido é praticamente nulo, o que ajuda a manter a produtividade das lavouras de maneira sustentável, sob o viés hídrico. Além disso, o impacto sobre os solos é mínimo, pois não há escoamento superficial da água e o nem impacto da queda no chão que possa vir a ocasionar erosão.

Ainda existem outros sistemas de irrigação localizada, realizados próximo ao solo, que também permitem a economia de água, embora não tanto quanto a técnica do gotejamento. Um deles é a microaspersão, onde pequenos microaspersores de água são posicionados para distribuir água por um espaço próximo. Existem modelos que também permitem o uso em áreas maiores, embora o gasto seja inevitavelmente maior. Em vários casos, programas de computadores são elaborados para fornecer informações sobre a umidade dos solos e do ar, temperatura, entre outros fatores. Assim, consegue-se calcular mais precisamente a quantidade de água a ser utilizada na irrigação, o que diminui consideravelmente o desperdício. Percebe-se que existem diversas formas de economizar água na irrigação, o que pode ser importante para a preservação dos recursos hídricos tanto regionalmente quanto em termos globais. Estudos realizados pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) revelam que uma economia de 10% na irrigação seria o suficiente para abastecer por duas vezes a população mundial. COOPERLEITE | OUTUBRO 2017

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GADO LEITEIRO

17º Encontro de Criadores com Registro ocorre em dezembro Evento será realizado no dia 13 de dezembro, em Carlos Barbosa A 17ª EDIÇÃO do Encontro de Criadores de Gado de Leite com Registro já tem data definida. O evento irá acontecer no dia 13 de dezembro, na Associação dos Funcionários da Cooperativa Santa Clara (Ascla), em Carlos Barbosa. O objetivo é fortalecer o produtor rural, incentivar o registro de animais e atualizar informações relativas aos rebanhos. O evento é destinado aos associados da Santa Clara. Hoje a Cooperativa possui aproximadamente 180 produtores de leite com animais registrados. A programação contará com palestras diversas. Entre os palestrantes já confirmados está o presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Odacir Klein, que irá falar

Evento reuniu 110 produtores de leite em 2016

sobre o cenário politico e econômico no Brasil. O evento terá a participação do associado de Paraí, Ezequiel Nólio, que irá relatar sobre ordenha robotizada, implantada em sua propriedade. O controle de CCS e CBT estará presente na abordagem do médico veterinário Ricardo Rocha, da Nutrifarma. Já o técnico da Santa Clara, Claudir Vibrantz

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Confira no mercado agropecuário santa clara. OUTUBRO 2017 | COOPERLEITE

V���A� ��S VISITAR!

irá fazer a atualização dos dados referente aos registros. Na pauta também está previsto o debate sobre técnicas de inseminação. O 17º Encontro de Criadores de Gado de Leite com Registro inicia às 9h30min e se estende até às 16h30min. As inscrições devem ser realizadas com os técnicos do DPL de sua região.


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