Nozes, castanhas e vinho

Page 1

1


S. Martinho, 2014. 11.11 Edição: Solar de Poetas Formatação: José Sepúlveda

2


NOZES, CASTANHAS E FIGOS https://www.facebook.com/events/3900208911514 97/?ref_newsfeed_story_type=regular Tempo de S. Martinho… os folguedos, nozes, castanhas, jeropiga e muita alegria. Tempo de celebrar a poesia. Haja festa no Solar. Convidámos nossos poetas a inspirar-se nesta tradição popular muito alegre e de convívio fraterno. Segunda, terça e quarta quisemos festejá-lo à nossa maneira, regando-o com jeropiga e à mesa com castanhas, figos e nozes. Como nos eventos anteriores, serão distinguidos alguns trabalhos, cuja seleção será da responsabilidade da Administração, a quem distribuiremos Menções Honrosas. Todos os trabalhos figurarão, para a posteridade, no nosso Blogue e no ISSUU, em Coletânea. Admitidos até três trabalhos por poeta, em verso ou em prosa poética. A publicação dos trabalhos foi feita no SOLAR DE POETAS precedida do texto: S. MARTINHO, publicada como comentário ao post do evento. A Administração foi soberana nas suas decisões. Aos poetas, a nossa gratidão pela participação e empenho. Solar de Poetas 3


4


S. MARTINHO Quentes e boas São elas! Com um copinho dá para aquecer; Com dois copitos dá para esquecer; Com mais um pouco vai casca e tudo; São sempre boas Vamos a elas! É S. Martinho! Vai a castanha vai a avelã - assim é que é! À moda antiga ambas são boas com um copinho de jeropiga ou de água-pé! © Acácio Costa

5


6


DIA DE S. MARTINHO Castanha assada e jeropiga Água-pé e vinho novo Que S. Martinho consiga Alegrar de novo o povo. O assador está na braseira Ardendo está o carvão A castanha assada cheira Na voz do vendedor o pregão. P’ra manter a tradição No dia de S. Martinho E alegrar o coração Vai á adega prova o vinho Milagreiro o S. Martinho Cavaleiro de bom coração Aqueceu um pobrezinho No Outono ao sol d'verão. De Adelaide Simões Rosa

7


8


A CASTANHA E A VIDA! Fruto da árvore Castanha da luz Surges de um sorriso Cercado de espinhos Que rasgam meu corpo E ferem minhas mãos. Ouriço aveludado Que acaricias teu fruto! Coração protegido Pelo sol melancólico do outono Cantas o amor E choras a dor. Vens com o sol Beijas meu corpo E sacias a minha fome. És doce e selvagem Aqueces o meu corpo Faminto de ti! Ana Antunes

9


10


NOZES, CASTANHAS E VINHO É dia de São Martinho!!!... No ar alegria a rodos... Muitas castanhas e vinho, E água- pé para todos!!!... Se não gostas de água-pé, Procura outro caminho... E sabes bem qual é: Bebe jeropiga ou vinho!!!... São Martinho...São Martinho... Oh meu santo milagreiro!!!... Dá-me castanhas e vinho, E também algum dinheiro!!!... No dia de São Martinho, O verão vem espreitar... Se existe água-pé e vinho, E castanhas para assar!!!... Vinho velho e vinho novo, Hoje vai mais um copinho!!!... Bebo á saúde do povo, E em louvou de São Martinho!!!... O inverno anda a rondar, Já há neve p´lo caminho. Todos estão a suspirar, P´lo verão de São Martinho!!!... Ao veres o sol brilhar, No dia de São Martinho... 11


As castanhas vai assar, E vai provar o bom vinho!!!... Festejar o São Martinho, Alegra a alma do povo... Bebe-se água-pé ou vinho... Seja ele velho..ou novo!!!... Encontrei o São Martinho, A beber com Santo André!!!... O primeiro...bebia vinho, E o segundo...água-pé!!!... António Joaquim Alves Cláudio.

12


13


14


HOJE É DIA No dia se São Martinho... Vamos comemorar, fazer uma fogueira, beber um vinho. Deixaremos... A vida leve faceira nos levar E com muita graça, degustamos nozes, variedades de castanhas e outras guloseimas. Bebericamos o esplendor da uva passada pela vinha, colhida no parreiral... Bebericamos em taças, vamos nos alegrar! Arribe o coração nesse dia, saiam pelas ruas Vamos andar pelas praças e abraçar os nossos irmãos... Todos somos filhos de Deus! Vamos encher e transbordar a taça do nosso coração de felicidade, abrir o nosso peito para alegria, vamos cantar, sorrir vamos viver nesse dia... Comemoramos e deixaremos para traz, todas as nossas arrelias. Hoje, espantaremos a solidão, venha, vamos navegar pelos jardins... Veja as flores?! As flores mesmo de baixo do sol escaldante... Mesmo após noites de escuridão e tenso frio... Elas sorriem para mim, para ti para todos nós! E nesse dia vamos viver a harmonia Observe os amores... Florescem, é só deixar. A vida renasce e enaltece é só nos amar... Temos pouco tempo, vamos abraçar a alegria 15


Ainda temos saúde e vida... Venha, vamos viver? O mundo tem dado voltas e voltas, mas tem sido... Ameno e meigo para mim, amoroso com você, abracem-me não fique assim vamos com alegria abraçar o nosso viver. António Montes

16


17


18


QUADRA A SÃO MARTINHO Oh meu Santo Martinho Você tão grande e eu tão menino! Dai-me saber um pouquinho Para eu viver no mundo ladino. Eu quero sorrir com o senhor Na fogueira do teu coração Viver esse teu amor Desfrutar de tão grande paixão. E quando vinhos eu tomar Eu quero ir pelos braços teus E contigo aprender esse amar Pois também sou filho de Deus. E das castanhas desse Éden Voarei como albatrozes Degustarei assim como pedem Nesse dia... Saborosas nozes. António Montes 13/11/14

19


20


S. MARTINHO Há uma brisa no ar soprando quente. Ei-lo... É o S. Martinho a chegar. S. Martinho alegra a alma da gente. Vamos todos a sua vinda festejar. Oh S. Martinho. és santo popular. Vens para cumprir a tua tradição. Chegas no Outono, e queres colocar. Muita alegria em cada coração. Ouvem-se manifestações de pessoas. Vendedores de castanhas a apregoar. Ei-las aqui, quentinhas e boas. Belas estas castanhas a estalar. Viva todo o magusto em festa. É mais um ano para assinalar. Come-se, bebe-se e muito resta. O bom vinho faz-nos alegrar. E a vida cria assim mais cor. Ouvem-se cantares ao desafio. S. Martinho trouxe-nos calor. Hoje ninguém sente mais frio. Aurora M.F.C. Martins Afonso

21


22


S. MARTINHO. S. Martinho cumpre a tradição. De aquecer o nosso Outono. Ei-lo que traz o calor do Verão. Para alegrar o tempo tristonho. A gente ganha vigor e se afadiga. Comem-se castanhas bem saborosas. Regadas com bom vinho e jeropiga. Água-pé, e bebidas espirituosas. Hoje a castanha é rainha. Quentes e boas a estalar. Bebe-se jeropiga fresquinha. É S. Martinho a se comemorar. E viva o magusto da alegria. Néctar dos Deuses este vinho. Magusto é tempo de grande folia. E viva o dia de S. Martinho. Aurora M. F. C. Martins Afonso

23


24


HÁ MAGUSTO NO SOLAR Há magusto no Solar Vamos castanhas assar Acompanhadas de vinho novo Venham todos festejar Quem vai fazer a fogueira Para as castanhas assar? A estalarem bem quentinhas as podermos saborear Para acompanhar as castanhas Temos água-pé e bom vinho Vamos todos festejar O dia de S. Martinho É dia de S. Martinho Todos entram na reinação À volta do nosso magusto Haja poesia e animação Bárbara Godinho

25


26


S. MARTINHO Pelo dia de S. Martinho o sol apareceu de repente para mostrar a toda a gente como Deus está contente. No dia de Magusto no País há alegria no ar e muito carinho. Assam-se boas castanhas acompanhadas de um belo vinho. A fogueira costumo saltar com alegria e satisfação, todos querem ir dançar e manter essa tradição. Vamos animar pessoal neste dia de S. Martinho, ninguém nos leva a mal se bebermos um copinho. Haja muita comida e animação e amizade nessa festa especial, muita alegria no nosso coração nesta data festiva e nacional. Bernardina Pinto

27


28


MAGUSTO S. Martinho é uma festa linda que devemos comemorar. Valorizar as nossas tradições e manter muita alegria no ar. A Fogueira está acesa para as castanhas bem assar, há amizade na nossa mesa e um bom vinho a acompanhar. Castanhas bem quentinhas na fogueira estão a estalar, o Povo sente-se contente a comer, beber e a conversar. No dia da festa de S. Martinho, na Festa do Magusto há alegria bebe-se água-pé e bom vinho e prova-se a melhor gastronomia. O povo gosta de ser estimado, além de gostar de ser respeitado. Assim é nas festas deste país amado onde o vinho aparece bem valorizado. Bernardina Pinto

29


30


S. MARTINHO (Lenda) Conta a lenda, que Martinho, Um soldado Romano, fiel cavaleiro Emproado e altaneiro Coberto com sua capa quentinha Em um dia de tempestade Fazia a ronda a cavalo, destemido De repente avistou um mendigo Pobre a tiritar de frio, quase despido Dos ombros tirou sua capa Ao meio a cortou com a espada Uma parte a ofereceu por piedade Para confortar seu novo amigo Deus, ao ver tal ato de bondade Fez um milagre e parou a tempestade No horizonte um belo dia de sol desabrochou. Até hoje, ano após ano continuou O povo lhe chama o Verão de S. Martinho! Como impõem a tradição Todos os anos há reinação Muita festa e boa disposição Mesa farta... Assasse o porco a preceito Acompanhado de vinho bem feito Jeropiga ou agua pé Castanhas, nozes e figos Não podem faltar os amigos Nem música para dar gosto ao pé Para celebrar a bondade E este formoso milagre Carla Gonçalves

31


32


S. MARTINHO Venham Amigos Venham Festejar É noite de S. Martinho Traz daí o cavaquinho Venham Amigos Venham Festejar Apressem-se tragam o violão E quem sabe também o acordeão Vamos acender a fogueira na eira Com muita caruma e sem madeira Vamos espalhar as castanhas Que beleza tamanha Venham Amigos Venham Festejar As castanhas já estão a estalar Os instrumentos a telintar Vamos aquecer as vozes Entretanto chegam figos e as nozes Vem chegando o garrafão de vinho Novo Que faz a alegria do Povo Outros trazem jeropiga e água pé Assim é que é Começam as desgarradas As grandes gargalhadas 33


Venham Amigos Venham Festejar Alegria é contagiante Nesta noite fria e pulsante Venham Comer e Beber Venham Dançar e Cantar Venham Partilhar Alegria Até ao raiar do Dia. Carla Gonçalves 11/11/2014

34


FACES quentes são as castanhas que me saltam frias são as folhas húmidas de outono quente é o teu olhar que me atrai romãs são as faces do teu rosto POR Carlos Bondoso 35


36


SÃO MARTINHO Nesta noite de São Martinho, A fogueira vou pular Com nozes, castanhas e vinho, Vamos todos festejar Troncos de azinho a arder E um borralho a preceito As castanhas vão cozer E que nos faça bom proveito, Depois para rebater, Um copinho de água pé E mais lenha na fogueira, Para nos manter de pé Cantares à desgarrada Com calor e alegria Vamos lá mas é comer Que amanhã é outro dia. Celeste Leite

37


38


S. MARTINHO, CASTANHAS, JEROPIGA, FIGOS E VINHO Novembro! Folhas no chão! Silêncios cantam nas vozes. Tons cinza! Quadros de solidão Com castanhas, figos, nozes. S. Martinho desce agora E vem à adega provar O vinho que a toda a hora Faz o tristonho cantar. Há na tristeza dos olhos A esperança duma cantiga Que traz pão e não abrolhos E fado e jeropiga. Hoje há festa no Solar! Poetas cantem poesia S. Martinho a celebrar Arco-íris de magia. Pelo outono da vida Ai como a dor é tamanha! Só há festa colorida Com mãos dadas e castanha. Tão rápido que passa o tempo Um suspiro, um instantinho. Vem a chuva, corta o vento… Vale-nos o S. Martinho. Com sua capa ele cobriu O pobre desprotegido Contudo a crise não viu Por vinho a mais ter bebido. 39


Vós que hoje folgais na dança Parai um pouco a pensar O mundo é de quem alcança (O sonho) no S. Martinho a bailar. Viva pois este santinho Neste onze de Novembro Nozes, castanhas e vinho Pois hoje a crise não lembro. 4 Donzília Martins

40


41


42


SÃO MARTINHO É alegre o São Martinho Um dia p’ra festejar ‘Stá frio bebe-se o vinho Que já correu do lagar. Abre-se então o pipinho Inchado… irá regalar… Gargantas, é São martinho E há castanhas a estalar. Brilha a fogueira ao relento E há jeropiga p’ró povo Nos folguedos… o momento Da alma do vinho novo! Sentem-se aromas no ar… O das castanhas e vinho E há histórias p’ra contar Num serão de São martinho. Élia Morais Araújo

43


44


SÃO MARTINHO Diz a lenda...! “Martinho era um valente cavaleiro que encontrou um mendigo faminto roto e encharcado, pegou na sua espada rasgou a sua capa e o mendigo, nela enrolava’’ ‘’E de repente, de um dia de chuva e frio se fez sol’’ Pois é...! Uma boa ação tão bem pode aquecer o pobre que também tem coração’’ oh Deus...! Se tudo estivesse na tua mão! ‘’Daí a ‘lenda de que se fala’ O verão de São Martinho E então...! festeja-se o São Martinho, com castanhas e vinho vinho e água-pé, embriagados de calor humano como é bom dar as mãos, tratarmo-nos devidamente com o ‘devido’ carinho, dar aos outros um pouco do nosso pano Nem precisamos, ser nobres, ricos ou pobres precisamos sim...! Ser corretos 45


nos embriagar de afetos seguir viagem sem altruísmos olhar um e outro...! Na arte do bem-querer sem desdém sem egoísmos. Vamos...! Vamos ser um Martinho e dar um ‘pouco’ do nosso Vinho. Florinda Dias

46


47


48


SÃO MARTINHO MAGANÃO ´ São Martinho, São Martinho, Tu és mesmo uma ilusão Muito água, pouco vinho, E inverno em vez de verão. Anda por cá muita chuva E tu nem dás um jeitinho Muita parra e pouca uva, São Martinho, São Martinho. Toda a gente habituada Com o teu fugaz Verão Este ano há chuva à barda, Tu és mesmo uma ilusão. Castanhas lá vão havendo, Cachaça dá-se um jeitinho, A crise cá vai correndo… Muita água, pouco vinho. Toda a cambada está tesa, Anda tudo de aflição, Pouca festa, muita tristeza E inverno em vez de verão. Num gesto bem singular 49


Deste um exemplo profundo Para a pobreza acabar Neste miserável mundo. Quem tem o poder à mercê Vai assobiando pro lado Alma vazia, bem se vê, E um sentimento frustrado. Tu, porém, inda resistes Vais transitando certinho És a esperança dos tristes Numa pichorra de vinho. Mas não enganes ninguém Nem te tornes maganão Traz de volta, sem desdém, A tua melhor Tradição! Frassino Machado

50


51


52


CELEBRAÇÃO DE S. MARTINHO Toca o sino, eu adentro no mosteiro Na fazenda, jaz aqui S. Martinho Essa noite tem magusto, eu festeiro Os jovens organizam com carinho. Hoje é dia, hoje tem celebração Na fogueira realizam tal façanha Traz os velhos, jeropiga é tradição Acompanha com nozes e castanha. Já passando meia-noite, eis a mesa Traz o vinho, junto nozes e castanha Todos querem, sim assadas degustar. E da festa, foi tornando uma beleza Lembrança de outrora tão tamanha Fui deixando pela festa me levar. Gerson Clayton Rodrigues dos Santos

53


54


O Povo que não cuida de preservar as suas tradições, acervo cultural rico no nosso caso, é um Povo que perdeu a Alma e aliena a sua identidade... Vem-me à memória neste dia a minha vivência de adolescente, em casa de meus avós paternos onde se vivia a véspera de São Martinho na azáfama da colheita e recolha das últimas castanhas em soitos úberes de belos e luzidios frutos castanhos e as nozes nos nogueirais… A tradição mandava fazê-lo porque a partir do São Martinho iniciava-se a época do rebusco, em que qualquer pessoa tinha o direito de procurar castanhas e nozes sem que fosse necessário pedir autorização aos seus proprietários…. Era uma forma generosa de conjugar o verbo partilhar e a melhor homenagem ao Santo que retalhou com a espada a sua quente capa para valer aos que tinham frio… Mas era a noite de São Martinho que era pretexto para reunir a família, 55


a do sangue e a dos afectos ao redor de uma mesa de generosas dimensões que me deixa saudades… Os cheiros característicos da fogueira onde em grandes potes de ferro de três pés se coziam castanhas, só com sal sem o espúrio gosto da erva de cheiro e batatas que iam para a mesa fumegantes a rirem-se para nós com o tradicional rachar de bem cozidas porque arrancadas à terra em tempo certo e não em pressa de aviário como se faz hoje por pura ganância comercial A mesa bem avinhada, com o vinho novo, como manda a tradição, tinha generosos nacos de presunto com o indispensável dedo de gordura para que se pudesse apreciar o sabor da bísara carne bem fumada. Depois era o acompanhamento do rodeão de vitela bem grelhado, só com areais de sal, quanto baste e virada apenas uma vez na grelha para que o suco nela permanecesse e a carne fosse tenra para a mesa… Era a forma de ao redor da mesa oferecer a generosidade da festa 56


para agradecer a farta colheita, mas também a forma mais sábia, de cimentar os laços da união, da fraternidade e da partilha… Hamilton Ramos Afonso

57


58


OURIÇOS, CASTANHAS E DOR Ouriços, castanhas e dor… A dor dos ouriços é tamanha Como se dum parto se tratasse Deixam sair, seu fruto, a castanha Para os trabalhadores que a apanham E fique pronta para que se asse. Na noite de S. Martinho Vai à adega e prova o vinho Castanhas sobre a mesa Poesia se declama Amigos em cavaqueira amena Até que a cama os chama. Era muito o frio que tinha Aquele velhinho… No castanheiro albergado Numa noite de tempestade Medonha e muito fria. A tempestade só acalmou Quando Martinho sua capa doou Com sua espada a cortou E com o velhinho a partilhou. A dor dos ouriços… A apanha da castanha… O carpir do seu estalar… A lenha a crepitar… Quando está a assar… Assemelha-se ao sofrimento Da pobreza e do frio… Presente no velhinho… Culminando com a destreza Do feito Santo, Martinho Como diz a lenda. Ilda Ruivo 59


60


S. MARTINHO São Martinho diz-me agora Se te está a correr bem o dia Mandaste o verão embora, Ou só lhe mudaste a rodovia. Andas todo trocado São Martinho Mandaste o verão adiantado, Que por pouco nos estragava o vinho O nosso néctar tão apreciado. Mas eu até desculpo, foi do vinho E das castanhas também, Como o clima está baralhado Não quiseste ficar mal com ninguém São Martinho vou dizer-te agora Não estragues o nosso vinho, Para o ano virás em melhor hora Trazendo a boa jeropiga de outrora Boa castanha também, e viva São Martinho Joana Rodrigues

61


62


S.MARTINHO Hoje é dia de S. Martinho Vou assar umas castanhas Vou beber um bom vinho Jeropiga ou água-pé. Não vou deixar de ver O caminho Fico ao lado da chaminé, Com as castanhas a estalar Vamos ver como é que é Se depois de beber o vinho Vou conseguir ficar de pé E o S. Martinho é assim Alegre e divertido, Eu não sou nada assim Mas o S. Martinho está comigo Mas não quero a sua capa Mas é um bom amigo E quem tem capa sempre escapa Quero ver o que ele faz, se me dá Algum castigo. Joana Rodrigues

63


64


QUENTES E BOAS Viva a bela castanha assada Pelo povo português apreciada Castanhas água-pé ou jeropiga Assim era uma noite bem animada Castanhas cozidas ou assadas Bom vinho jeropiga e água pé Nem as mulheres ficavam sentadas Tudo queria dançar com o ZÉ. O Zé animava a malta, S. Martinho Os apadrinhava, Abria-se a pipa do novo vinho E nessa noite ninguém os parava E a festa era animada, Abençoada pelo S. Martinho Todos comiam e bebiam que fartava E todos gritavam abençoado vinho. Mas muitas iguarias surgiam As nozes os figos fazem parte Em qualquer cantinho se serviam E as quentinhas e boas se comiam Porque assar castanhas é uma arte Nem todos as sabem assar Requer alguma sabedoria Quentinhas e a estalar São assim uma doce alegria, Joana Rodrigues 65


66


S. MARTINHO DE PENAFIEL Foi “S. Martinho” que deu Metade do seu manto ao pobre E nessa hora escreveu A história mais bela e nobre. Eu vou sempre ao “S. Martinho” Festejar com a minha amada E lá encho-me de vinho Nozes e castanha assada. Como dos melhores rojões E bebo do melhor vinho, A maior das minhas paixões São as feiras de “S. Martinho”. As castanhas e um bom vinho Fazem parte do farnel Que eu levo para o “S. Martinho” Da minha terra…“Penafiel”. O “S. Martinho” tem magia A sua feira é um vai- vem… Há concursos de poesia E mais que a cultura contém. Joaquim Barbosa

67


68


S. MARTINHO Na noite de S. Martinho aconchega a fogueira convida o teu vizinho diz-lhe de forma verdadeira: - "Vem provar o meu vinho, tambĂŠm tens nozes e castanhas, chega-te mais ao borralho, pois as noites estĂŁo estranhas, podes comer migas de alho, sempre aquecem as entranhas." na noite de S. Martinho... Jorge T. De Morais/14.11.11

69


70


SÃO MARTINHO. São Martinho das castanhas ai como adoro pois é uma bela jeropiga e uma boa água-pé castanhas quentes e boas eis a tradição belas castanhas cozidas e assadas pois então tradição neste pais creio não haver igual é tradição de raiz neste nosso Portugal seja de norte ao sul não á tradição com rival esta tradição bem o diz é do nosso Portugal. castanhas e água-pé neste nosso ritual pois viva o São Martinho. este santo sem igual. jeropiga, castanhas e vinho nada disto nos faz mal. José Caetano Gomes.

71


72


S. MARTINHO… Nas ruas a fumarada, Deixa no ar um perfume, Da brasa que arde no lume E a bela castanha assada! Mesmo em frente há uma tasca, Onde a malta faz banzé… E entre copos de água-pé, Há sempre alguém que se enfrasca… Quentes na boca a escaldar, Que aos sopros lá se mastiga… Dá-se um gol na jeropiga, Para melhor escorregar… Alegres, algumas vozes, De tanto beberricar, Pra não ter de se queimar, Vão também comendo nozes! Mas há quem prefira o vinho, Nesta quadra bem festiva! Que de o beber não se priva, Em honra de S. Martinho!... José Manuel Cabrita Neves

73


74


SÃO MARTINHO, A LENDA E conta a lenda que quando, Sob enorme temporal, Quase nu e tiritando, Um pobre passava mal!... Quis o Destino ou a sorte, Que nesse mesmo momento, O salvasse alguém da morte E desse seu sofrimento… Era um nobre cavaleiro, De apelido Martinho, No seu cavalo altaneiro, Que o viu a meio do caminho… Estava a pedir uma esmola E Martinho teve dó! Nada tinha na sacola, Apenas o manto e só… Com a espada, ao meio, cortou O seu manto adorado E com o pobre partilhou, Que ficou agasalhado…

75


Salvou o pobre coitado, Que estava encharcado e frio, De morrer enregelado… Depois, mais feliz, partiu! O seu feito meritório, Que praticou com encanto, Gerou um tal falatório, Que foi aclamado Santo!... José Manuel Cabrita Neves

76


77


78


A LENDA O onze de Novembro é especial, Dia de festejar o São Martinho! Beber a água-pé, provar o vinho, Na tradição mantendo o ritual… Pairam nuvens no céu em desalinho, A chuva vai caindo torrencial… Tempo que para a época é normal, A Natureza traça o seu caminho! Miraculosamente, a chuva pára! Um sol bem radioso se escancara, Como que a premiar a boa acção… Assim nasceu a lenda deste dia, De um Outono cinzento em que chovia, Passando a ser um dia de Verão!... José Manuel Cabrita Neves

79


80


NOZES, CASTANHAS E VINHO Era tempo de colheita E toda a rapaziada Ia pela estrada estreita A colher a castanhada Castanhas… e eis senão quando Aparecia o lavrador E com todo o seu desmando Nos gritava: - Andor, andor! Mas aquela ganapada Que procurava castanhas As castanhas apanhava Até suar p’las entranhas O raio do lavrador, Com uma enxada na mão Causava-nos muita dor, Sofríamos… pois então! Mas desistir, nem pensar, Enchíamos o bornal Depois, toca a desandar E ninguém levava a mal

81


Em casa, pela noitinha Juntávamos toda a gente E com doce bebidinha Lá vinha a castanha quente Era assim o S. Martinho Passado quando criança Saudades do doce vinho, É o folguedo na lembrança No dia de S. Martinho, Neste tempo que nos resta, Trazei castanhas e vinhos E faça nossa festa José Sepúlveda

82


83


84


CASTANHAS E VINHO Não sou poeta Nem poetisa Só venho Lembrar a Lenda do S. Martinho Como não sei conta-la Bebo o vinho e declamo Poesia Ou-vinde... Não … essas são as castanhas Ou-vinde … os dentes a ranger É as nozes!… Ou-vinde é o vinho que desce pela garganta A Poesia esta no papel! Com tantas Histórias … De os amigos poetas já me esqueci de declamar Olhai pela janela o Outono está a espera De vos ver a cantar …. Declamar... Ao vento frio com o bafo da jeropiga Estais aquecer o S. Martinho Que esta a ouvir... As vossas vozes poetas Com alegria comemorais este dia E o Sol amuado já lá longe nasce Um dia bem lembrado O de S. Martinho Entre os poetas e castanhas Tomai mais um golinho Este sou eu que vos dou Um pouco mais de poesia! Maria Alice Fernandes 85


86


AS NOITES DE S. MARTINHO Liguei o aquecedor Pensei na minha avozinha que Deus me levou Bons tempos era esses! Que castanhas punha na mesa Contava-me Historinhas de erguer a caneca Era umas tantas da matina Ria-se feliz para todos Contava velhas Historias do S. Martinho maroto E ria-se.......... feliz com os netos Que botavam as mãos a barriga Das Histórias sem fim da minha Santa Avozinha Era meiga e descascava tantas !!! Dava a todos com sua felicidade Esquecia-se de as comer... Era ela que as assava feliz com as suas bondades Suas faces já rosadas Do calor da fogueira Já quase madrugada e nós ainda a ouvíamos Era assim a minha noite com avozinha A falar do S. Martinho! Maria Alice Fernandes

87


88


NOZES,CASTANHAS E VINHO Nas castanhas me adoço Na jeropiga entorno Ah.... que eu disse Estou sempre a espera Que venha o Outono Festejar a grande o S. Martinho Com castanhas nozes e um copinho Vou ficar ko... pela certa Segurar-me a garrafa E saborear ela toda Quando os poetas derem pelo mal Estou a declamar ao vinho Como o meu avozinho O Vasquinho vai ter inveja Quando no copo me vir pegar Até me vem ralhar! Venha lá mais uma castanha Para ninguém desconfiar Que o meu mal é ser poeta do jeropiga fatal E o S. Martinho... Vai dar risada! Quando vir na linha a fazer um quatro Vamos lá Poetas hoje vou-me divertir a Bessa No S. Martinho vou cantar Declamar ao som do hino E pedir mais um copinho!... Maria Alice Fernandes

89


90


MARTINHO Oh meu querido e popular São Martinho! Das castanhas assadas, água-pé e jeropiga! Bem conhecido pelo verão e novo vinho! Pelas nozes, figos secos e boa pinga! Este ano veio temporal e não lindo arrebol... Difícil com chuva...a fogueira do magusto! Mas mesmo não havendo calor e sol... Nos divertimos e fizemos o que era justo! Oh meu querido e bem-aventurado santinho! Santo de muita piedade, bondade e virtude! Viajaste em dia de tempestade e sozinho... Deste a tua roupa ao clamante pobrezinho! Mostrando despojo, muito amor e quietude! E o sol brilhou...daí o verão de São Martinho! Maria Dulce Leitão Reis

91


92


É DIA DE S.MARTINHO

Está chegando o S. Martinho Já anda em alvoroço todo o povo Pra provar das talhas, o vinho novo E pôr em dia a conversa com o vizinho! Lá fora, no lume assim brandinho Estalam as castanhas a rigor Vai-se aquecendo as mãos nesse calor Levando para casa mais carinho! Cabe quase um mundo no coração Neste Novembro em que o frio aperta Onde as ruas estão quase ao abandono Mas enquanto existir a tradição Eu terei sempre a minha porta aberta Para nela habitares…todo o Outono! Renato Valadeiro

93


94


QUENTES E BOAS Quentes e boas Grita alguém que quer vender Na rua onde o frio vai gelando. Cheguem mais perto, para ver o que apregoas Que no lume se podem aquecer E aproveitar pra irem comprando! Estalam aqui no lume, as castanhas A quem levar uma dúzia dou mais duas Prá aquelas que estiverem decompostas. Cá de mim sei que já não estranhas Que entre sete sois e sete luas Carregas uma pipa de vinho às tuas costas! E tu perguntas logo à mercê do povo Se o néctar que provas dá tonturas Ou faz rodopiar os fios de cabelo. Pois sabes que saiu da talha, novo Capaz de provocar mil diabruras A quem se digne abusar dele…ao bebê-lo! Pedes mais um copo e uma noz Embrulhas mais castanhas pra levar Dás uns dedos de palestra aborrecida. Afinas as palavras que tens voz Ficando para sempre a imaginar Os Outonos e a sorte…desta vida!

95


Aos poucos sais de tal paisagem E segues lentamente para casa Deixando as saudades ali deitadas. Mas por certo que transportas na bagagem O cheirinho que ainda te arrasa Das castanhas‌quentes e boas‌bem assadas! Renato Valadeiro

96


97


98


VAMOS FESTEJAR O S.MARTINHO É a onze de Novembro Que eu sempre me lembro Do que tu não estranhas! Nas docas, nos cais Suplico em ais P'las quentes castanhas! Vamos festejar Vê-las a estalar No lume que agito. Porque em tradição Nosso coração Traz um mundo bonito! Chamemos o povo Para o vinho novo E a quanto obriga. Castanhas quentinhas Mais duas tacinhas De uma jeropiga! Meu Santo tão grato Vem encher-me o prato Nas noites de Outono. Ao deliciar-me Nem quero deitar-me Pois fico sem sono!

99


S贸 penso em comer Por puro prazer Com tanto carinho. E pra afinar a voz N茫o estarei a s贸s Pelo S茫o Martinho! Renato Valadeiro

100


101


102


S.MARTINHO No seu cavalo valente São Martinho cavalgava Estava um dia de tempestade Que a todos assustava. A trovoada e a chuva Eram de facto muito fortes Mas São Martinho sereno Corria no seu cavalo a trote. Na sua frente surgiu Um mendigo numa pedra sentado Estava a tremer de frio Com seu corpo todo engelhado. Desceu do seu cavalo Junto do mendigo se abeirou Tirou a sua capa que trazia Ao meio ele a cortou. Ofereceu ao mendigo que sofria Uma metade da sua capa Colocando-a por cima da suas costas Um gesto de quem muito ama. De repente a tempestade parou No Céu um azul lindo brilhou Milagre ali surgiu… Um sol maravilhoso raiou. A partir desse dia O Sol aparece de mansinho Assim, foi memorizado Como o Verão de S. Martinho. 103


S. Martinho ia para a festa Como sempre ele gostou Mas ao ver o pobrezinho Da festa não se lembrou. É sempre com alegria Que o S. Martinho é festejado Muito vinho, água-pé e jeropiga Boa castanha, febras e chouriço assado. Rosete Cansado

104


105


106


DIA DE SÃO MARTNHO Vamos todos festejar com alegria O dia de São Martinho, Vamos a adega provar o vinho Como tradição, é feito com carinho O vinho para hoje estar bebível Pronto para ser provado, Fez muita gente laborar e suar E deu-lhes muito trabalho. Também é grande tradição Comer a boa castanha, Quer cozida ou assada Com uma boa água-pé regada. A batata-doce, saborosa Que se come com prazer, O chouriço e agradáveis febras Um bom vinho degustando a beber. Cantando um belo fado Ou uma bonita canção, Todos vão comemorando Num baile com emoção. São Martinho um Santo alegre Do vinho, sempre gostou, Ficou na Historia este dia Porque o ser humano sempre amou Rosete Cansado

107


108


SÃO MARTINHO...CASTANHAS E VINHO Nesta noite tão cheia de estrelas sentada ao lado de uma fogueira Uma taça de vinho aquece este dia assando castanhas que estalam em centelhas. São Martinhos deixou uma lenda onde ser amigo nos faz reaver conceitos e valores a quem entenda que ser feliz na vida, basta querer. Entre amigos a festejar o rubro vinho castanhas assadas e nozes a compartilhar A este soldado que diz a lenda tão linda foi capaz de um desconhecido abrigar. É Portugal que hoje homenageia entre seu povo, S, Martinho o herói em redor da fogueira um alegre fado em taças de cristais feito candeias um cantar se faz por todo lado festejando mais um ano ao Santo Guerreiro enchendo de música um lindo fato. Rosangela Ferris

109


110


AO AMOR E AOS AMIGOS Meu amor me encontra em S. Martinho Lá tenho um brinde ao nosso carinho a dois Um copo de vinho e um pires de castanhas Para colorirem a nossa festa de casamento Não há outro lugar de jeropigas e nozes Bem quentinhas como em S. Martinho Minha paixão acelera quando saboreio Da tua boca o doce das castanhas e figos Tempero os tempos e as horas dos folguedos Com os amigos depois de estarmos a dois Danço com as bailarinas a alegria de S. Marinho E relaxo com a poesia e as castanhas na mesa Ah S. Martinho que amor dai-me nesta tarde Que troco os goles das jeropigas e das nozes Com a poesia de sua celebração entre amigos Como é belo amar e cantar as nozes e o vinho… Sanjo Muchanga

111


112


MAGUSTO EM GOA Foi pelo largo das Fontainhas Estado de Goa, bem me lembro Passaram elas bem quentinhas De mão em mão, era Novembro Comida picante, especiaria Cultura exótica, diferente Música, dança e alegria Entusiasmo pelo Oriente Telefonaste algumas vezes A lembrar a data e a festa Mesmo que houvesse revezes Como te esqueceste desta? Templos hindus já visitámos Tão longe o rio Mandovy Na Índia a saudade deixámos Estou a lembrar-me de ti Ave triste, ferida de asa Quase me diverti e dancei Saltavam castanhas na brasa Lembro tudo e de ti nada sei Teresa Almeida

113


114


NOITE DE S. MARTINHO! Com castanhas e vinho doce assim era o S. Martinho ainda que pobre fosse não faltava esse miminho. Todos juntos à lareira bebendo e assando castanhas era grande a brincadeira rindo até doer as entranhas... ia à adega o S. Martinho buscar o melhor vinho p'ra regar as castanhas... trazia também jeropiga p'ra animar as raparigas e a festa era tamanha! Teresa Costa

115


116


S. MARTINHO Diz o povo e lá terá a sua razão No S. Martinho mata o teu porco E abre o teu vinho… Poderia passar por aqui a minha ideia deste dia Seria uma brincadeira que não me aborreceria No entanto os meus pensamentos fogem Como o vento das castanhas e jeropiga Não sou dada a esses manjares dos deuses Este dia leva-me para a felicidade e infelicidade Qual a razão? Pensarão! Eis a questão! Nasceu nesse dia um irmão que cedo partiria Como festejar tanta alegria? As emoções misturamse O coração dita as regras…cala-se na solidão! Pede perdão ao Santo amigo dos pobres E em eterna oração lhe diz que a sua lição Ficará gravada neste dia quando a chuva caía Na sua espada pegou e a sua capa cortou E desse modo um pobrezinho cobriu e o sol sorriu Desde então todos festejam com amor S. Martinho a castanha e o bom vinho Teresa/Teixeira/Zinha

117


Índice NOZES, CASTANHAS E FIGOS .................................................. 3 S. MARTINHO .................................................................................. 5 DIA DE S. MARTINHO .................................................................. 7 A CASTANHA E A VIDA! ............................................................... 9 NOZES, CASTANHAS E VINHO ............................................... 11 HOJE É DIA.................................................................................... 15 QUADRA A SÃO MARTINHO..................................................... 19 S. MARTINHO ................................................................................ 21 S. MARTINHO. ............................................................................... 23 HÁ MAGUSTO NO SOLAR ......................................................... 25 S. MARTINHO ................................................................................ 27 MAGUSTO ....................................................................................... 29 S. MARTINHO (Lenda) ................................................................. 31 S. MARTINHO ................................................................................ 33 SÃO MARTINHO............................................................................ 37 S. MARTINHO, CASTANHAS, JEROPIGA, FIGOS E VINHO .............................................................................................. 39 SÃO MARTINHO............................................................................ 43 SÃO MARTINHO............................................................................ 45 SÃO MARTINHO MAGANÃO ´................................................... 49 118


CELEBRAÇÃO DE S. MARTINHO ........................................... 53 OURIÇOS, CASTANHAS E DOR .............................................. 59 S. MARTINHO ................................................................................ 61 S.MARTINHO.................................................................................. 63 QUENTES E BOAS ....................................................................... 65 S. MARTINHO DE PENAFIEL ................................................... 67 S. MARTINHO ................................................................................ 69 SÃO MARTINHO. .......................................................................... 71 S. MARTINHO… ............................................................................ 73 SÃO MARTINHO, A LENDA ....................................................... 75 A LENDA .......................................................................................... 79 NOZES, CASTANHAS E VINHO ............................................... 81 CASTANHAS E VINHO ................................................................ 85 AS NOITES DE S. MARTINHO.................................................. 87 NOZES,CASTANHAS E VINHO................................................. 89 MARTINHO ..................................................................................... 91 É DIA DE S.MARTINHO.............................................................. 93 QUENTES E BOAS ....................................................................... 95 VAMOS FESTEJAR O S.MARTINHO ...................................... 99 S.MARTINHO................................................................................ 103 DIA DE SÃO MARTNHO ........................................................... 107

119


Sテグ MARTINHO...CASTANHAS E VINHO .......................... 109 AO AMOR E AOS AMIGOS ...................................................... 111 MAGUSTO EM GOA ................................................................... 113 NOITE DE S. MARTINHO!........................................................ 115 S. MARTINHO .............................................................................. 117

120


121


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.