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O Sal da Terra
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Ficha Técnica
Título O Sal da Terra Autor José Sepúlveda Capa José Sepúlveda Revisão de texto Amy Dine
Editado em E-book https://issuu.com/correiasepulveda
Setembro 2018
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José Sepúlveda José Sepúlveda, nascido em Delães, Vila Nova de Famalicão, hoje a residir em Vila do Conde. Começou a escrever poesia aos doze anos, influenciado sobretudo pelos escritores clássicos que aos poucos foi conhecendo, primeiro através da biblioteca familiar, depois, na sequência da sua educação, como estudante do ensino secundário. Frequentou os Institutos de Francês e Britânico na sua extensão da Póvoa de Varzim, ensino noturno. No decorrer da sua carreira profissional trabalhou: primeiro, como funcionário público; depois, durante 35 anos, como empregado bancário, onde adquiriu formação diversa na área bancária e das novas tecnologias, parte da qual no Instituto de Formação Bancária. Antes e depois publicou em alguns jornais, tendo sido detentor duma rubrica semanal –
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Palavras e Cantos – num jornal poveiro. Ocasionalmente, publicou na Revista Terras de Portugal e num Roteiro de Festas local. A partir dos 17 anos desenvolveu profícua atividade poética, tendo escrito as primeiras coletâneas: Musa Perdida, Anjo Branco, Kay, Pastorinha. Seria, no entanto, no término da sua atividade profissional que se viria a dedicar à poesia com mais regularidade. Foi correspondente do Jornal O Banco (depois Revista), durante algum tempo. Amante da literatura, administra os grupos do facebook Solar de Poetas, Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa, Casa do Poeta, SolarTV, Solarsi-dó e Solarte, a Arte no Solar. Frequenta a Universidade Sénior do Rotary Clube da Póvoa de Varzim, como aluno e como professor, orientando a disciplina de Iniciação à Informática há cerca de seis anos. Apoia vários projetos literários, divulgando-os e promovendo a edição de muitos autores, iniciados ou não, ora prefaciando livros, ora participando no seu lançamento e divulgação, frequentando e organizando com regularidade muitos Saraus e Tertúlias.
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Livros publicados Editados em papel: . Meu verso, meu berço, meu poema – 2014 . Porque Ele vive – 2015 E-books . Akrosticis, Caprichos de Poeta . Josíadas, Epopeia da Vida . Estórias Reais, Memorial do Tempo . Génese, Retratos de Família . Amor-perfeito, Radiografia do Sonho . Menina do Mar (jogral/opereta) . Tempo de Natal . Vale Encantado . Balada de Abril . Movimento Adventista em Vila do Conde Parcerias: Recolha histórica, texto e partituras (em parceria com o Prof. João Silva, professor de música): . Opereta Maria . Opereta Poveiros . História do Rancho do Castelo . Grupo Folclórico Poveiro
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Trabalhos de grupo: . Órgãos de Tubos – Recolha geral sobre organologia e os órgãos existentes no concelho da Póvoa de Varzim, em parceria com alguns colegas; . A Banjola e Joaquim Godinho . O Cavaquinho . A Balalaika Estes três trabalhos integraram-se nas Iniciativas Paralelas do Festival Internacional de Música da Póvoa de Varzim em 2015 e 2016. Outros trabalhos pessoais: . Uma Canção para a USPV . Os Gozíadas . Na Rota d’u…ma…pinha (relato em quadras populares dum passeio da USPV). Participações em coletâneas . Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa (Antologia) . Um Mar de Poemas . Sinfonia do Mar . Heróis do Mar . As cores do Mar . Mar de Bruma
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. Ventos do Norte I, II e III . Antologia do Solar de Poetas . Solar de Poetas, Coletânea II . Poetas de Hoje I e II, Grupo de Poesia Beira Ria . Luta Contra a Pobreza, Poesia da Beira Ria . Palavras de Cristal II, III e IV, Modocromia . Ser Mulher I e II (a/f da Luta c/ o cancro), . Cinco Lágrimas por Alepo) . Livro Aberto, Rádio Alenquer . A Arte pela Escrita, Goreti Dias . Natal, um Olhar poético, Grupo de Poetas Livres . Solstícios e Equinócios, Edições Vieira da Silva . Entre o Sono e o Sonho, Chiado Editora . Expoética, Braga Participou noutras Antologias portuguesas, brasileiras e italianas. Participações em coletâneas em e-book: . Dia Internacional da Mulher 2014 . Pantera Negra (Homenagem a Eusébio) . Eu gosto de Livros . Dia Nacional da Consciência Negra . Ler, ler, ler . Nasceu, é Natal . Violência doméstica . Há Magusto no Solar
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. Xôo, bruxinhas . Quando eu era criança . Poeta Sou . Era uma vez… um Menino . Não Havia lugar para Ele Trabalhos de pesquisa: . A Aldeia de Dine . Carlos Cipriano Ghira Dine, Uma Mão Amiga nas Trincheiras da I Guerra Mundial. . Genealogias familiares e outras . Projeto Gemini Obras na sua página de e-books Pesquisa Google: issuu josé sepúlveda Blogues e Grupos . O Canto do Albatroz . A Família Sepúlveda em Portugal . Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa . Solar de Poetas . Solarte, A Arte no Solar . Sol…lá (r) Si… Dó, a Música no Solar . SolarTv online . Canal de Divulgação do Solar, Casa do Poeta.
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Apoia e divulga programas literários de Rádio e outros. É membro Correspondente Estrangeiro da Academia de Letras do Portal do Poeta Brasileiro, tendo sido agraciado por esta com a Palma de Ouro É colunista do Grupo Divulga Escritor (que ajudou a criar) e da Revista Divulga Escritor, onde mantém uma página. Em Janeiro de 2016 esta revista dedicou-lhe a capa e espaço de relevo. Ao longo do seu percurso literário tem vindo a compor algumas músicas, hinos, e marchas (música e letra), alguns depois transformados em partitura por João Silva, professor de música e compositor, com quem tem efetuado alguns trabalhos em parceria. Muitos dos seus poemas encontram-se musicados por diversos autores.
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Olhar a Vida Pensar a vida, olhar o meu passado E analisar o tempo que esgotou, Momentos de alegria, o mal gerado, Tirar as ilações do que ficou. Pensar no meu presente e no repasto Que deixo nesta minha encruzilhada, Livrar-me dos cadinhos, no meu rasto Deixar gravada assim cada pegada. Olhar confiante e firme o amanhã, Sentir quanta alegria que nos dá O matutino alvor no amanhecer. E olhar o mar, sentado ao fim do dia, Olhar o céu e ver com alegria O sol no infinito adormecer!
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Preâmbulo Desde há muito que vinha acalentando o desejo de lembrar através da prosa e do verso pessoas que têm ao longo da vida preenchido o meu percurso espiritual e se tornaram lições de vida no caminho da minha peregrinação, obreiros ou membros leigos que, cada qual à sua maneira, acabaram por me proporcionar momentos que não vou esquecer. Foi a forma que encontrei para os homenagear e agradecer, pelo mérito da sua dedicação e entrega na proclamação da mensagem que, cada um a seu tempo, abraçou ao serviço dos seus semelhantes. Uma forma também de me redimir do muito que poderia ter feito e não fiz e, simultaneamente, lembrar um pouco daquilo em que, unidos ou não, com humildade fomos partilhando ao longo do tempo. Tanta gente com belas experiências de vida arrumadas por aí, cuja história irá sendo contada gradualmente. Eles merecem.
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O Sal da Terra não pretende ser um livro institucional mas antes o abrir duma Arca de Memórias que aconchega muitos momentos vividos lendo ou convivendo na mais gratificante companhia. Àqueles que porventura não forem incluídos nesta pequena edição, não por esquecimento mas por impossibilidade de sobre todos eles escrever, o tributo da minha gratidão e amizade. Quem sabe, amanhã surgirá uma segunda parte! Quando não antes, os seus feitos, registados no Livro da Vida, serão por todos recordados um dia, reunidos nessa terra que almejam, poderemos conhecer e rever com saudade. À minha companheira de sempre, Ana Maria Sincer, um reconhecido obrigado pela forma como, com carinho inigualável, tem sabido marcar a minha vida. Maranata! José Sepúlveda
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O Sal da Terra
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Com Versos
Com versos, com palavras, me deleito Na estrada deste intenso caminhar, Arranco a melodias do meu peito E deixo que se espalhem pelo ar. E sinto-me a voar em pensamento No etéreo céu, feliz e a cantar E vivo em plena paz cada momento Com puro sentimento a despertar. E quando essa alegria se levanta, O pensamento exulta, já não canta As mágoas, a tristeza, a ilusão. Pois descobriu tão cheio de alegria Que a vida não é mais que poesia Que exulta e faz vibrar meu coração.
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“Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens.” Mateus 5.13
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O Sal da terra O alvo sal que surge em cada instante Entre a salina longa, desmedida, Se usado de uma forma temperante Preserva e dá sabor à nossa vida. Tempera, trata, cuida e o seu sabor Faz bem e dá saúde a toda a gente Mas pode fazer mal e trazer dor Se usado de uma forma negligente. Tu és o Sal da terra e eu também; Busquemos na Salina o mundo além Que nos conduz ao nosso Salvador. "Vós sois o sal da terra", diz Jesus. Possamos ser o sal que olhando a cruz Iremos dar à vida mais sabor!
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Clarence Rentfro Nascido em Sigourney, Iowa, EUA, no ano de 1877, chegou a Portugal em 1904, acompanhado da esposa, Mary e do filho Charles, então com seis meses de idade. As dificuldades em dar início a um trabalho pioneiro foram muitas e só em 1906 abriu a primeira salinha de culto. Passando por privações mil, um dia teve que dar de penhor o seu violino, para conseguir comprar alguns alimentos, momentos que registava em seu Diário: “1904: Pequeno-almoço frio; almoço – maçãs e pão. … Tentei vender revistas mas não consegui. Empenhei o violino – dois mil reis…” A sua tenacidade e perseverança fazia vislumbrar alguma luz: “1906: A Sra. Portugal (Lucy) começou a guardar o Sábado. Os nossos corações rejubilam…” … Primeiro batismo em Portugal ao anoitecer…” Homem com Fé invulgar, a sua ligação a Deus e tenaz perseverança fizeram nascer a Igreja Adventista em Portugal.
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Clarence Rentfro Qual sementinha, quando cá chegaste E te instalaste junto ao Tejo, ao mar, Foi grande o desafio que enfrentaste Naquele tempo infindo, a desbravar! Com tanta devoção, à fome, ao frio, A sós com teu Amigo a conversar, Com tua esposa e filho, a olhar o rio, E a ver a sementinha a germinar! O violino deste de penhor P'ra saciar a fome. E com louvor Cantavas nessa paz celestial. E eis que a sementinha germinava: Rendida um dia à força da Palavra, Se convertia Lucy Portugal!
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Joaquim e Sebastião Joaquim e Sebastião do Lago fizeram parte do primeiro grupo de Adventistas conversos no norte de Portugal. No seu primeiro encontro com Rentfro e Carmesim, entre eles travou-se o seguinte diálogo: - Então, o que há de novo, Carmesim? - De novo, é que há novas luzes. A segunda vinda de Jesus está próxima e o Sábado é o verdadeiro dia de repouso. E as novas luzes foram examinadas em mangas de camisa, num quintal, debaixo de uma ramada. Pouco tempo depois, foram batizados na Praia da Ajuda, integrados no primeiro grupo de crentes que se converteu ao adventismo na área do grande Porto. Não demorou muito para que Sebastião desse testemunho da sua fé, através duma série de artigos que apareceram em 1907, no Jornal de Notícias, do Porto, sobre o tema Religião e descanso semanal, artigos que depois reuniu num opúsculo, que se crê desaparecido.
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Joaquim e Sebastião Andava Carmesim a colportar P'rá Sociedade Bíblica Britânica, Levando as Boas Novas e a espalhar A Fé de Cristo, co’a maior dinâmica. E em Vila Meã foi encontrar Sebastião e Joaquim do Lago: ⁃ Que trazes, Carmesim, para nos dar? ⁃ As Novas do Senhor aqui vos trago. Anos depois, com Rentfro, o amigo, Ali voltou. Levava então consigo A nova Luz há muito prometida.
⁃ Que trazes, Carmesim, aí contigo? ⁃ A nova Luz que temos, meu amigo, Vai transformar p'ra sempre a nossa vida!
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João de Sá Filho de Sebastião Pereira do Lago, fez parte do primeiro grupo de conversos batizados na área do Porto em 1907, na Praia da Aguda, perto de Espinho, fruto do trabalho desenvolvido por Rentfro. Foi o primeiro colportor em Portugal e missionário português em Angola. Através da sua vida muito contribuiu para levar a conhecer a mensagem adventista. Em 1921, dizia Paul Meyer: - Como resultado dos nossos esforços no inverno passado, onde o irmão João de Sá me foi uma ajuda preciosa… Ainda em 1921, já em Portalegre, o mesmo Meyer dizia: - O Irmão João de Sá veio para aqui para continuar o trabalho. As últimas notícias que recebi dele são encorajadoras. Mais tarde, diria: - Sinto-me feliz ao dizer que os esforços do irmão João de Sá em Portalegre foram recompensados. Em 1924, foi ajudar a organizar no Bongo, Angola a rudimentar escola primária ali existente. Em 1928, parte para França onde, com Claire, sua esposa, foi
residir até ao fim dos seus dias.
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João de Sá Levado pelas mãos do pai, do tio, João foi conhecendo a sã doutrina E um dia ali no mar, ao vento, ao frio, Se batizou em tarde peregrina. E entre peripécias e viagens, Na capital se viu a carregar A mala e os panos com imagens Que Rentfro sempre usava p’ra pregar. No seu percurso longo e frutuoso, João pode sentir um grande gozo Servindo ao seu Senhor com alegria. O seu exemplo aqui nos quis deixar P’ra num momento puro e singular Nos abraçar no céu, quem sabe, um dia!
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Paul Meyer Paul Meyer foi Presidente da Igreja Adventista em Portugal na década de 40. Regressou a França no decorrer da Segunda Guerra e dedicou-se a recolher e esconder judeus perseguidos pelo nazismo. Acabou por ser denunciado e foi parar ao Campo de concentração nazi de Dachau, onde se dedicou a e apoiar pessoas que sofriam. Pessoa de conduta exemplar, anunciava Cristo com sinceridade e verdadeira convicção nas Suas doutrinas, um farol na sua vida diária. Acabou por ser morto naquele Campo de Concentração debaixo de grande sofrimento, convicto da sua fé e animado pelo grande amor que recebia do seu Mestre.
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Paul Meyer Lá longe na Suíça, o Lar de Amor Deixaste para dar a tanto crente As Boas-Novas do teu Salvador Com todo o teu vigor, tão diligente. Mas a Segunda Guerra, meu amigo Marcou o teu viver profundamente; De um lado, o Amor de Cristo era contigo, Do outro, co’a Gestapo pela frente! O Campo de Dachau deixou em ti Tormento e sacrifício e foi ali Que viste a tua vida ser roubada. O testemunho teu vai ser guardado No nosso coração e em todo o lado A história desse amor vai ser contada.
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Cesária Cesária era uma crente muito humilde que vivia por caridade num anexo da Igreja presbiteriana em Portalegre e que, quando podia, frequentava a Igreja Adventista de Lisboa, onde estava inscrita como membro. Por se tratar duma pessoa doente e carente, um dia foi visitada pelo Pr. Paul Meyer no seu humilde aconchego. Paul Meyer criou empatia com os membros daquela Igreja acolhedora que tão bem o receberam. E foi assim que, a convite de Cesária, com a anuência do Pastor e membros da Igreja Presbiteriana, Paul Meyer realizou ali um ciclo de reuniões no qual abordou as profecias do Livro de Daniel. A Igreja encheu-se de pessoas interessadas nas conferências e ainda elas não tinham terminado, um bom grupo começou a aceitar as doutrinas que acabavam de ouvir, e começaram a divulga-las. Em pouco tempo surgiu um grupo de interessados que se juntaram à Igreja Adventista, entre eles, alguns dos responsáveis espirituais daquela comunidade. A humildade de Cesária tinha ocasionado, sem que ela imaginasse, o aparecimento da Igreja Adventista de Portalegre. Desígnios de Deus. Razões que a razão não entende.
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Cesária Cesária, mulher crente, em seu caminho Humilde, vagueava p’la cidade; Vivia em Portalegre, num cantinho Que a Igreja lhe cedeu por caridade. Um dia, o seu Pastor via chegar À Igreja da Reforma, onde vivia; E convidaram Meyer p’ra pregar De Daniel, a longa Profecia. E nessas noites, uma multidão Encheu todos os cantos do Salão E um milagre ali aconteceu. A imensidão de crentes abraçava As Boas Novas que o Pastor pregava E a Igreja Adventista ali nasceu.
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Ernesto Ferreira Enquanto jovem sacerdote a servir em Portugal, em meados da década de 1930, Ernesto Ferreira antecipava que o seu futuro seria preenchido pelo empenho de toda uma vida ao serviço da sua Igreja. Ernesto Ferreira foi um dos grandes obreiros da Igreja Adventista em Portugal e por diversas vezes ocupou o lugar de Presidente da Igreja e dos seus paroquianos. Um dia, uma paroquiana veio até si pedir-lhe conselho, sobre dois livros que trazia consigo: o Conflito dos Séculos e A Nossa Época e o Destino do Mundo. Decidiu lê-los para poder aconselhar a sua paroquiana. Ao lê-los, ficou perplexo. Ele, que andava perturbado com algumas doutrinas da sua Igreja, ficou estupefato. Resolveu estudar esses textos mais a fundo e converteu-se ao adventismo, tornando-se um dos baluartes da Igreja em Portugal.
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Ernesto Ferreira Nesse Mosteiro, numa cela fria, Oravas, procuravas diligente A tua liberdade. Até que um dia Aqueles livros surgem de repente. Abriste-os, releste intensamente; E quanto mais segredos descobrias, De par-em-par se abria a tua mente Com o poder que ali encontrarias. E concluíste então que essa verdade Gritava pela tua liberdade E abraçaste-a então com mais vigor. Aquela voz clamava sem disfarce E a tua cela fria abandonaste, Seguindo nas pegadas do Senhor!
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José Nunes Branco Depois de ter frequentado o Seminário Católico de Santarém durante cinco anos, prosseguiu os seus estudos de Filosofia e Teologia em Roma, desde 1925 a 1931. Teve os seus primeiros contactos com a Igreja Adventista através de A. Dias Gomes, Pastor em Portalegre. No mesmo ano fixou residência em Lisboa, onde trabalhou como repórter da Agência United Press e do Jornal O Século e concluiu a licenciatura em HistóriasFilosóficas, na Universidade Clássica de Lisboa. Desde 1942 até 1946, foi professor metodólogo no Liceu Pedro Nunes. Em 1946, batizou-se na Igreja Adventista de Lisboa, seguindo nesse mesmo ano para o Seminário Adventista de Portalegre, onde foi professor e diretor. De regresso a Lisboa, foi professor no Liceu D. João de Castro e colaborou assiduamente com a Igreja. Aposentou-se e continuou a colaborar no Colégio Infanta D. Joana e em diferentes áreas da evangelismo. Foi um alicerce forte na condução da Igreja no seu tempo.
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José Nunes Branco O Doutor Nunes Branco era um docente Prestigiado entre a sua grei Brilhante era o futuro à sua frente Que lhe augurava tanto que nem sei. Um dia, ao caminhar, vê de repente Seu Mestre. E o desafio que lhe faz É este: - Vem comigo - tão-somente E deixa o teu prestígio para trás. E tudo se alterou no seu caminho, Agora não estava mais sozinho, Seu fardo era assim suave e leve. Ao decidir seguir o seu Senhor, Passou a ser distinto Diretor Num simples Seminário, em Portalegre!
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Padre Ascensão Pelos anos quarenta, em Portalegre É forte o bastião de adventistas No novo Seminário que se atreve A proclamar a Cristo... e dá nas vistas Ao grande líder, o Pastor Ferreira Juntou-se o Nunes branco, o Nunes Ramos, E muitos crentes cheios de canseira Em proclamar a fé que professamos. Mas Carreira das Neves, jesuíta, Ao descobrir aquela intromissão, Na Espada do Senhor protesta, grita, Contra esta agora intrusa religião. Um padre cujo nome era Ascensão Ousou ouvir Jesus de Nazaré E foi pregar com mais convicção Na sua Igreja o fruto dessa fé.
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O povo, surpreendido, amedrontado, Ao bispo foi queixar-se e Ascensão P'ra Singeverga um dia foi levado E retratou-se dessa religião. O povo adventista ficou triste E o pastor Ferreira lhe escreveu Mas dessa sua fé já nada existe E logo o desenlace aconteceu. Em Portalegre a gente discutia E no fulgor de toda essa paixão O amordaçado grito que se ouvia Do jovem sacerdote, o Ascensão.
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Rosa Grelhe Cerca de 1927, A. Dias Gomes ia visitar no Barreiro, uma senhora que ali vivia isolada. No pequeno grupo lá reunido estava Rosa Grelhe, que podemos considerar como suma das pessoas que mais contribuiu para a formação da igreja do Barreiro. O primeiro impulso do seu coração convertido era trazer almas a Cristo. Para se manter, andava de porta em porta com um jumento, vendendo cal. Mas junto com a cal trazia a Bíblia e literatura para distribuir. Quando lhe perguntavam o motivo, dizia que a cal limpava por fora, os escritos limpavam por dentro. Contava a quem a ouvia a doce história de Jesus e falava-lhes no caminho para Salvação. Convidava-os a assistir às reuniões na Igreja de Lisboa. Quando lhe diziam não ter posses, oferecia-se para suportar os custos. Apesar dos parcos recursos, contribuiu para os custos dos estudos em Collonges, França, duma obreira bíblica. Fora especialmente dotada para tratar de doentes. Dedicava-se a fazer tratamentos simples, para o que era muito solicitada. A sua casa enchia-se de gente e ela dizia-lhes que as curas eram graças ao poder de Deus e esses tratamentos eram um meio para aproximar muitas almas de Jesus.
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Rosa Grelhe De porta em porta, ia num jumento Vendendo cal a todos que encontrava; Levava viva no seu pensamento A Bíblia, e a Mensagem que abraçava. Com pura devoção, num passo lento, Lições de fé às gentes entregava E com a cal vendida - o seu sustento Os mais carenciados ajudava. Nos dois alforges que ela transportava, Num deles era cal que carregava, No outro, a sua fé em movimento. A quem a questionava respondia: ⁃ A cal disfarça toda a porcaria, A Bíblia limpa tudo mas por dentro.
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Isabel Falcão Isabel Falcão foi uma missionária consagrada nas Missões de África, na companhia do seu marido, Jerónimo Falcão. Quando numa missão em Angola, foi acometida de doença grave e embarcou para Portugal a fim de tentar tratar-se. Durante a viagem de barco o seu estado de saúde agravouse e acabou por não resistir. O seu corpo ficou então depositado nas águas do oceano, no chamado Mar de S. Tomé, na paz do seu Deus, aguardando ali o dia em que poderá de novo abraçar o filho que cá deixou ainda bébé e todos os outros queridos seus, de acordo com a fé que convictamente abraçou até fim dos seus dias.
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Isabel Falcão Com grande zelo, com dedicação, Agraciada pela Santa Luz, Partiu para o Ultramar com a missão De lá servir o seu Senhor Jesus. E na Missão, com coração contrito, A sua fé com todos partilhou, Até que um dia, o coração aflito, Tão frágil, tão doente, soçobrou. De volta, já no barco, envolta em dor, Adormeceu na paz do seu Senhor E repousou nas águas desse mar. E lá vai descansar na paz de Deus, Na esperança de abraçar queridos seus Um dia, quando Cristo a despertar!
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Maria Augusta Pires Cresceu num ambiente cristão, onde bem cedo lhe foram inculcados os mais nobres valores da vida: o amor a Deus e ao próximo. Em sua casa era costume haver grandes tertúlias filosóficas e religiosas, onde amigos e clientes discutiam abertamente acontecimentos e ideias novas e o que havia de mais profundo: os ensinos das Sagradas Escrituras. Gente humilde, mas de grande sensibilidade, com um verdadeiro dom de observação e persuasão, poucos seriam aqueles que, ao deixar esse lar, não levassem consigo uma sementinha de fé, uma nova maneira de apreciar a natureza e de ver o mundo e as suas gentes. Viria a tornar-se na primeira professora do Ensino Primário na Igreja e conservou sempre a simplicidade de falar às crianças e jovens, a capacidade de encontrar a palavra certa para confortar os mais velhos e amenizar o sofrimento daqueles tocados pelas amarguras da vida, porque a sua existência não foi isenta de dor e sofrimento. Deixou-nos um inspirado livro de poesia, delícia de quem o lê. São assim as Mães em Israel.
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Maria Augusta Pires Pudera eu contar quantas estrelas Luziam lá no céu p’ra nosso Deus E no espectro infindo poder vê-las Brilhando, iluminando os altos céus, Aí, minha amiga, o brilho que teria A Casa do Senhor do Infinito, São tantas que contá-las não podia Um coração feliz, o mais contrito! O grande amor que Cristo te outorgou Naquele dia em que te convidou A ir e anunciar o Seu Amor Encheu a tua vida de venturas E esconde tantas, tantas aventuras, Quais Hinos para o nosso Salvador!
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Jorge Pires Para cumprir serviço militar, Jorge Pires entrou em 1964, na Escola Prática de Infantaria em Mafra, como sargento miliciano. Depois de muitos esforços para obter a dispensa do serviço ao Sábado, na defesa das suas convicções, não conseguiu e foi preso. Depois de trinta dias, foi levado para a Primeira Companhia Disciplinar de Penamacor. Ali permaneceu cinco meses, sem uma cadeira ou banco em que pudesse sentar-se e sem uma cama em que pudesse descansar. Deram-lhe um colchão quase sem palha para dormir. Não lhe foi permitida uma Bíblia. Excecionalmente, podia receber uma visita, mas sempre vigiada. Cinco meses depois, foi transferido em carro celular, com escolta, para a prisão do Regimento de Artilharia Pesada 2, em Gaia. Ali permaneceu vinte e oito dias. Foi então levado para a prisão do Depósito de Adidos, em Lisboa, com ordem de marcha para a Guiné. Ali ficou dois anos, com estadia e serviço com os Sábado livre, no Quartel-General, em Bissau. Em 1967, regressou a Portugal, com um louvor em sua caderneta militar.
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Jorge Pires Quando chegou o tempo requerido Para cumprir serviço militar Tu foste e te alistaste, meu amigo, Com desafios mil a enfrentar. Não era por temeres o perigo Que as armas recusavas disparar, Sabias que matar não faz sentido E a Lei de Deus dizia: “ Não matar”. As lutas e torturas na prisão Vieram e mostravam a razão Que tinhas ao gritar com tal vigor. E tudo o que viria a acontecer, Batalhas duras foram, pr'a vencer Co'a força que te vinha do Senhor!
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José Sá Logo após ter conhecido a Mensagem Adventista, José Sá dedicou a sua vida à pregação do Evangelho. Não necessitava de púlpito pois a sua vida era uma constante pregação. A sua maior alegria era trabalhar na Obra do Senhor e ajudar os necessitados. Muitas vezes, desabafava: - Quanto mais dou, mais tenho para dar. O Senhor tem-me dado muitas bênçãos. Nascido na Madeira, trabalhou como aprendiz de alfaiate aos sete anos, bombeiro, numa gasolineira aos dez anos, pedreiro aos doze anos, concluiu o curso de mestre-deobras aos dezoito anos. Com uma Bolsa de Estudos, veio para Lisboa estudar Teologia. Concluiu o Curso de Enfermagem com 23 anos. Mas a sua grande ambição era ir trabalhar para as Missões de África. Já casado, com 25 anos, embarca para Angola. Durante seis anos trabalha na Missão do Bongo como enfermeiro, acumulando com apoio espiritual à Igreja dos Africanos, que dirigia.
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José Sá (1) Quando a Palavra veio, espavorida Tu dedicaste a vida à pregação Mas tudo o que querias desta vida Era poder servir numa Missão. Passaste pelo Bongo e no Quicuco Dormiste vinte noites ao relento, Debaixo do ruido tão maluco Que os animais faziam nesse tempo. A vida foi madrasta pra contigo: Subiste àquele andaime, meu amigo, E eis-te estatelado em estertor. E já numa cadeira, de repente, Gritaste para o alto vivamente: - Eis-me, Senhor, aqui ao teu dispor!
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Em 1952 parte para Quicuco, no sul de Angola, onde fundou uma Missão. Em plena selva e por não haver casas, dormiu vinte dias ao relento, debaixo duma árvore. Por companhia, o ruído de leões e outros animais da selva. Concluída a construção da primeira casa da Missão, construiu o Dispensário e começou a prestar cuidados de saúde à população, ora como enfermeiro, ora como médico, quando as necessidades o exigiam. Projetou e edificou os edifícios da Missão, entre os quais, Escola, Dormitórios, Refeitório e Oficinas. Em 1960 sofre um grave acidente. Ao subir a um andaime quando construía o Dormitório dos alunos, caiu, ficando com uma lesão grave na coluna que o tornou paraplégico. Sem esmorecer, continuou a orientar a Missão, tornando-a autónoma, então com cem trabalhadores e quatrocentos alunos. Com a guerra civil angolana, regressou a Portugal. Reformado em 1978, fixou-se no Vale Queimado onde realizou o projeto de construção do Lar Adventista para Pessoas Idosas, e ali angariou bens alimentares e outros para enviar para Angola. Colaborou ativamente na Igreja de Salvaterra, e outras ali nos arredores. O seu exemplo perdurará. Foi um homem de Deus.
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José Sá (2) Recordo quando ia a Salvaterra! Entrava no armazém e num momento Na tua cadeirinha, à nossa espera, Pensavas no Quicuco de outro tempo. Homem de Deus, Pastor, o teu exemplo Há-de marcar em todos a Missão De toda a tua vida, em cujo Templo Jesus nos vai mostrar a salvação. Sozinho, no teu amplo Armazém Olhavas, perscrutavas. Que ninguém Ousasse um maldizer ou contestar! Olhavas com carinho ao teu redor Com tanta devoção, com tanto amor, Recantos lindo do teu doce Lar!
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Viriato Ferreira Viriato Ferreira, médico, foi fundador da APMP - Associação Portuguesa de Medicina Preventiva. Passou a sua infância perto do Hospital da Missão Adventista do Bongo, em Angola, e foi impressionado pelos médicos missionários que ali havia. Após a sua formação como médico, ajudou a estabelecer uma Missão entre o Povo Himba, num remoto lugar da Namíbia. Em 2003 torna-se responsável pelo Departamento de Saúde junto da Igreja Adventista em Portugal. Aceita a seguir um convite para servir como Diretor do mesmo cargo na Divisão Inter-Europeia. Aí, promove o modelo da Expo-Saúde extensivo a toda a Europa. Estes certames atraíram milhares de pessoas. Foi cofundador e diretor do Projeto do centro de promoção de um estilo de vida saudável que está a ser desenvolvido junto do Campus da Saúde em Penela. Em 2009 ajuda a organizar a Conferência Global sobre Saúde e Estilo de Vida em Genebra e em 2013 preside à comissão da organização da Conferência Europeia de Saúde, realizada em Praga.
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Viriato Ferreira Vi-te chegar com fé, determinado Em dar à gente paz e harmonia Com passos simples, mas alicerçado Em Leis que o Criador nos deu um dia. São oito as Suas regras naturais: Ar, Água, Sol e Alimentação, Repouso, Exercício e ainda mais A Temperança e a força da Oração. E foi na ExpoSaúde que espalhaste Com tantos voluntários que encontraste Conselhos mil que tens como teu lema. O New Start, o Campus da Saúde, Há tantas coisas lindas que não pude Dizer nos parcos versos de um poema.
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Mário Brito Nascido na Praia, em Cabo Verde, veio para Lisboa e em 1975 tornou-se membro da Igreja Adventista. Depois de dois anos no Curso de Teologia em Sagunto, concluiu esse curso em Collonges. De regresso a Portugal, serviu como estagiário em Lisboa e depois no Porto, Canelas, Avintes e Matosinhos. Interinamente, foi preceptor no CAOD. Como obreiro em Vila Real, o pequeno grupo de crentes tornou–se uma florescente igreja, onde acabaram por construir um belo Templo. Consagrado ao Ministério, prosseguiu os estudos na Universidade de Andrews, onde foi graduarse Master of Divinity. Foi-lhe então confiado o Campo da Madeira até à sua nomeação como Presidente da UPASD. Em 2005, foi chamado para a Divisão EuroAfricana, em Berna, Suíça, como responsável dos Departamentos da Escola Sabatina, Ministérios Pessoais, da Mordomia, além do Evangelismo Público e Missão Global. Hoje é Presidente daquela Divisão. Um baluarte no desenvolvimento da Igreja Adventista, tendo tido sempre uma conduta exemplar e digna de registo.
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Mário Brito De Cabo Verde, tu vieste um dia Em busca de encontrar vida melhor; A voz do Mestre logo se ouviria E abraçaste a causa do Senhor. Seguiste com Jesus p'ra todo o lado E enfrentaste os ventos do Marvão E em Vila Real, apaixonado, Deixaste um Templo, cheio de ilusão. Depois, nas Assembleias da União, Com Cristo, tu pegaste a Embarcação, Remaste como um servo e Presidente. Chamado p'ra cumprir outra Missão, Chegaste à Europa e lá, na Divisão, Tu serves hoje como Presidente.
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António Amorim Desde o embalar do berço, sentiu a influência enorme da mãe na sua formação e de muito novo demonstrou uma grande inclinação para a área da educação e teologia A instrução básica correu em Angola e Moçambique e já em Portugal, experimentou a área da eletrónica. Com 25 anos conclui o curso de formação em Teologia, em Collonges, França, formação que desenvolve depois em Sagunto, Espanha, no Brasil e Estados Unidos (Univ. Andrews). Regressa a Portugal e faz o seu estágio pastoral na Igreja Central, Lisboa, onde se dedica a contactos com comunidades africanas, sul americanas e de etnia cigana. Pastoreia então diversas igrejas e grupos. Com a esposa, Irene Paula partilhou ao longo da vida em Campos Missionários, mormente na Guiana Francesa, experiências muito intensas. Ali permanece alguns anos. Regressa a Portugal e pastoreia diversas Igrejas do norte. Uma vez mais convidado, volta à Guiana Francesa, o seu lugar de eleição para a missão evangelística. É então convidado a exercer a função de Presidente da Missão Adventista naquele país. Chamado de novo a Portugal, é convidado para Presidente da União Portuguesa, função que atualmente exerce.
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António Amorim Nos passos Seus seguiste p'rá Guiana Com zelo, p'ra cuidar da sua gente E ali reacendeste a viva chama Saída dum Tição incandescente. Depois, o Bom Pastor te grita, chama; Teu coração se agita e lhe responde. E o teu Senhor te fez a Voz que Clama, Chamada a despertar Vila do Conde. Mas esse apelo do teu coração Vibrou mais forte. E foste, e em Missão Voltaste p'rá Guiana, o teu amor. Mas logo o povo teu, com voz premente, Te foi chamar, te fez seu Presidente, Qual guia do Rebanho, o Cão Pastor!
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José Grave No ano de 1941, José Grave e a esposa, Capitolina, foram enviados como missionários para S. Tomé. Desde logo se depararam com dificuldades múltiplas de locomoção para se deslocar para as longínquas aldeias, para proclamar a mensagem. Num apelo que hoje podemos ler com algum humor, escreve à Direção da Igreja em Portugal no sentido de conseguir ajuda para a aquisição duma bicicleta em segunda mão que lhe permitisse deslocar-se ao longo das aldeias perdidas da Ilha para levar àquela gente a chama da mensagem que tinha no seu coração. O desfecho deste episódio não o conhecemos mas é visível a dificuldade enfrentada por aqueles que ao longo da vida se submeteram aos desafios da vida de missionário nos campos mais agrestes para onde se deslocam para levar mais longe o mesmo Senhor que os guia, os transforma e os impele a ir por todo o mundo e anunciar as novas da Sua salvação.
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José Grave Lá longe, em S. Tomé, José seguia Distribuindo com fervor plangente Mas a distância não lhe permitia Chegar com prontidão a toda a gente. Preocupado, junto da Hierarquia, Pedia encarecido permissão Para comprar aquela companhia Que o transportasse lesto a cada irmão. Queria a bicicleta pois sabia Que com o seu concurso conseguia Subir, subir, voar até aos céus. E o Anjo seu dizia: - Não te rales, Contigo hei-de cruzar montes e vales Para levar’s ao mundo o amor de Deus!
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Albino Vieira Um dia, debaixo duma chuva torrencial, Albino ia de volta para a Missão, ainda a uns longos 300 Km de distância. O jeep estava encharcado. Ele e Catola, o ajudante que o acompanhava, vinham completamente encharcados. Cansado e ansioso, numa estrada cujo piso parecia imbuído de manteiga, o jeep resvalava em direção às bermas. A visibilidade era quase nula. A Missão estava a uns longos 30 Km e havia ainda que passar aquela ponte. Se não a passasse, a distância multiplicaria e os perigos também. Quando ali chegaram, alta madrugada, a ponte construída em canas de bambu, estava completamente submersa e a corrente de água em fúria fustigava-a fortemente. Estava bem perto de desabar. Pediu a Catola para verificar se dava para passar. Ele saiu e sugeriu que talvez desse. Pediu-lhe então que se colocasse em posição e o fosse orientando, a fim de não irem com o carro rio abaixo. Sob a sua orientação, foi andando com a máxima cautela, metro após metro, até que miraculosamente conseguiram passar. Ao subir a encosta, com a ponte ao alcance dos olhos, um enorme estrondo se fez ouvir. A ponte desabara e deslizava agora rio abaixo. Uma vez mais, Deus estava ao comando.
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Albino Vieira Ao longo dessa estrada farta e louca Eu sinto em teu viver suave calma Porque ao invés do respirar p'la boca, Eu sei que mais respiras pela alma. Dobrado, em oração longa e contrita, Tu vais ouvindo a voz do teu Senhor Que às vezes te segreda, às vezes grita, Quiçá, te pega ao colo com amor. Cinquenta anos, longa essa jornada Que teve início nessa madrugada. Quando lhe deste o barco pra remar. Agora, olhas pra trás, feliz, contente, E nesse teu olhar está presente O mesmo brilho d’Esse imenso olhar.
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Enoque Nunes Nasceu na ilha da Madeira, na cidade do Funchal, filho e neto de Adventistas, na terceira geração. A sua infância e adolescência decorreram no ambiente clássico de um lar adventista e, por conseguinte sempre muito perto da Igreja, com 43 anos de membro de Igreja. Na sua juventude decide-se pela carreira pastoral e nessa perpectiva partiu em 1984 para a Faculdade Adventista de Teologia, em Collonges –sous- Salève, França, tendo concluído a licenciatura em Teologia no ano de 1989. Foi fundador com outras denominações religiosas da implementação do Serviço Espiritual de Apoio Religioso nos Hospitais da Universidade de Coimbra, tornandose o primeiro pastor adventista em Portugal com a credencial de capelão num organismo público. Após ter servido a Igreja em Portugal como membro do Conselho Diretor da UPASD durante dezassete anos, na presente data toma posse do pastorado das igrejas do Porto, Ermesinde, Vila do Conde e Viana do Castelo.
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Enoque Nunes Há quem nos diga (só por confusão) Que às vezes és austero e exigente, Que quando a Igreja perde a direção Então, que levas tudo à tua frente. Soubessem penetrar teu coração Veriam como és franco e diligente E que essa tua “vara de condão” , Ao ver o mal, se torna intransigente. Tu olhas p’ra Jesus, o Seu exemplo, E lanças fora os “vendilhões do Templo” Que trazem ao rebanho males mil. Com redobrado esforço e muito amor Conduzes o rebanho do Pastor Aos verdes pastos do Seu céu de anil!
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Joaquim Dias Grilo Joaquim Dias Grilo é pastor aposentado da Igreja Adventista do Sétimo Dia. A principal motivação da sua vida tem sido, desde muito jovem, dar a conhecer a mensagem da Bíblia a todas as pessoas. Para melhor concretizar este objetivo, preparou-se fazendo estudos em teologia no Seminário Adventista de Collonges, França; Mestrados nas Universidades de Andrews e Loma Linda, ambas nos Estados Unidos da América. Durante mais de 40 anos foi pastor, professor de Bíblia, quer em Portugal quer como missionário no Uruguai e no Brasil. Dirigiu a União Portuguesa dos Adventistas em Portugal durante alguns anos. A sua gratificante experiência profissional trouxe-lhe a confirmação sobre o poder da Bíblia para transformar vidas, profundamente. Já nesta nova fase da sua vida, publicou um interessante e elucidativo trabalho sobre o percurso da Bíblia na língua portuguesa. E as circunstâncias ajudaram a tornar o seu desejo em realidade. (Texto de Dra. Maria Augusta Lopes).
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Joaquim Dias Grilo O teu olhar sereno e delicado Que é fruto dum Tição incandescente Levou-te a viajar por muito lado Levando essa Mensagem tão premente. Na América ou Europa, em qualquer lado Aonde a Providência o permitisse, Dois anjos tinhas sempre do teu lado: Um era Jesus Cristo, o outro Eunice. Aos Jovens foste dar um longo abraço E ainda a navegar num farto espaço, Quiseram-te chamar p'ra Presidente. Com esse tão profícuo Ministério, Co'as mãos na Bíblia e os pés no Batistério, Lavaste o coração de tanta gente!
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José Manuel de Matos Com trato delicado e carinhoso, José Manuel de Matos foi durante toda a minha vida o bom pastor que me acompanhou em todos os caminhos, através de carinhosas cartas pastorais que nunca deixou de enviar, mesmo quando não recebia qualquer resposta. Nos momentos precisos, eilo presente, trazendo através de simples palavras e conselhos alento e amizade e aquele sorriso encantador, tão cheio de carinho. Recordo aquelas tardes reconfortantes passadas em seu lar, à mesa do almoço, com a querida Celeste e os seus filhinhos, as corridas ao jardim ali tão perto para dar dois chutos na bola enquanto conversávamos sobre as coisas da vida. Quiçá, o padrinho que nunca tive, José Manuel de Matos foi sobretudo o amigo, o pastor que ao longo da vida sempre me acompanhou e apoiou nos momentos mais difíceis. Obrigado, meu amigo!
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José Manuel de Matos Cada missiva linda que escreveste Ao longo duma vida, meu amigo, Foi bálsamo suave que trouxeste Em tempo tormentoso ao meu abrigo. Percorro aqueles sábados à tarde No seio do teu lar, essa alegria Tão simples e distante do alarde Que o mundo à nossa volta oferecia. Uns chutos numa bola com teus filhos, Distante dos atritos, dos cadilhos, Espinhos feitos rosas de brocado. E toda essa afeição, esse carinho Sentido no teu colo de padrinho Acompanhou-me sempre em todo o lado!
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Abílio Echevarria 1961. A guerra estala em Angola. Abílio Echevaria, militar de carreira, faz parte do Corpo de Paraquedistas e é incorporado para a frente de combate. Cristão convicto, procura seguir os passos de Jesus, que aceitou como Salvador pessoal, já no decorrer da sua vida militar. Não Matarás, palavras que não lhe saiam da mente. Chegado a Luanda, apresenta-se como objetor de consciência. Como enfermeiro, oferece-se para ir para o campo como socorrista. Pedido indeferido. Rejeitando ir contra os ditames da sua consciência, é condenado a quinze dias de prisão por indisciplina agravada. Após esse tempo, é enviado para casa, desempregado, com mulher e duas filhas. Chamado de novo, regressa à prisão, e logo após enviado de novo para Angola sob prisão para ser julgado por cobardia. Família e amigos juntam-se em oração. Após alguns meses na prisão, é chamado a Tribunal para ser avaliada a sua situação. Nesse dia, uma senhora da igreja visitava uma amiga, que não era senão a esposa desse juiz. Lembra-se que o marido lhe falara nessa história e promete interferir junto dele. Era Deus a agir. Já decorria o ano de 1962, quando, após tanta luta e tormenta, Abílio Echevarria vê o seu caso julgado como improcedente e regressa ao lar em liberdade.
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Abílio Echevarria Na Força Aérea levantaste um dia O Estandarte desse velho ideal, Movido pelo orgulho e a galhardia De seres um piloto em Portugal. Jesus olhou teus olhos pois queria Ter-te a Seu lado. E lá, do céu de anil, Gritou bem alto: - Abílio Echevarriiiaaaa, Deixa essa vida, vem p'ró meu redil! Que luta intensa, amigo. Na prisão Passaste mil tormentos e a aflição Sentida nos momentos de pavor Guiou-te nos caminhos dessa Luz E, vencedor, o teu Senhor, Jesus, Te fez no Seu redil fiel Pastor!
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Fernando Mendes Ainda muito jovem, abraçou a causa Adventista e foi proclamá-la ao longo do país como colportor, vida árdua que o levava a estar ausente do lar por longos dias. Entre as muitas peripércias que viveu (experiência tantas vezes transversal à vivida por colegas seus) um dia foi detido pelas autoridades por alegadamente andar a espalhar doutrinas contra a ordem e os bons costumes, tendo passado um bom par de dias na prisão, até que o libertassem. Passadas estas aventuras, com a chegada da RádioPostal, passou a ser uma das vozes que levava conforto e esperança junto das pessoas que os contatavam. Estudou Teologia e dedicou-se à proclamaçao do Evangelho, vida que abraçou até ao fim dos seus dias. Recordo o seu trato amável, a sua voz suave e cordial e o seu elevado espírito de serviço. Deixou saudades.
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Fernando Mendes Na tua vida como colportor, Calcorreaste todo o Portugal, Levavas na bagagem teu Senhor, Na tua mente a paz celestial. E quando apresentavas teu Jesus, Às vezes se instalava a confusão, As trevas se viravam contra a Luz E às vezes terminavas na prisão. A recompensa havia de chegar; Foi quando a nossa Rádio já no Ar, Te transformou num ágil locutor. Depois que concluiste a formação, Com todo o teu fervor, dedicação, Cuidaste das ovelhas do Pastor.
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Paulo Cordeiro Paulo Cordeiro nasceu para ser Pastor. Os caminhos da vida levaram-no, no entanto, a que rapidamente tirasse o Curso de Enfermagem. Desassossegado, por não ver a candeia que abraçara irradiar a Luz que era o apelo do seu coração, deixou a sua profissão e fez a sua incursão nos estudos de Teologia, tendo acabado por abraçar a vida de Pastor. Dedicou-se ao estudo das Sagradas Letras com afinco e ei-lo transformado num verdadeiro condutor de almas e exímio pregador. O modo profundo como transmite esses raios de Luz que lhe são ditados pelo seu Mestre - qual outra Luz que escolheu para sua dedicada companheira - fez dele um Pastor procurado e seguido com carinho pelos crentes que lhe são confiados.
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Paulo Cordeiro Um dia na enfermagem procuraste A Lâmpada que brilha. E viste então Que nessa chama ténue que encontraste A luz não alcançava o coração. Contrito, de joelhos, teu Senhor Buscaste com jejum e oração; E Ele te fez vara do Pastor Que leva o seu Rebanho à salvação. Cordeiro, em pregador te viste assim; Na capa de Enfermeiro, viste enfim, A Lâmpada brilhar e dar mais Luz! Pastilhas, comprimidos, panaceias, Agora são Doutrinas, são Candeias Aonde brilha o rosto de Jesus!
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Justino Glória Justino Glória era um jovem Pastor que um dia, na companhia da sua doce Neuza, chegou a uma Igreja em convulsão. Com humildade e muita dedicação lentamente a transformou numa Igreja viva e cheia de iniciativas. Num longo abraço, conseguiu juntar quem cantava ou não cantava e arrancar dum grupo desafinado doces melodias angelicais. Num tempo de desafios, o desafio de mostrar o amor de Cristo na simplicidade de cada gesto.
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Justino Glória Nas ruas da cidade te cruzaste Com uma Igreja em grande convulsão E receoso, humilde, ali entraste E. conquistaste cada coração. Chamaste cada um que no seu canto Cantava sem qualquer afinação. Juntaste-os e depois, p'ra nosso espanto, Mostraste a força desse Diapasão. Havia quem cantasse e não cantasse E mesmo quem no grupo se afoitasse Na mais suave e bela melodia. Maestro com Batuta pelo ar, Levaste esse teu grupo singular A proclamar a paz e a harmonia!
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José Duarte Nasceu em Dume, Braga, um dia, para ser Pastor e os caminhos da vida levaram-no a mergulhar nos verdes pastos e nas águas tranquilas que a vida nos oferece. Gosta de calcorrear pela natureza, à procura da Aventura e é no seu seio que encontra a paz e a tranquilidade que precisa para viver, na comunhão de tudo o que esta tem de belo para lhe oferecer. Faz do convívio e da amizade a sua religião, vivendo a vida com intensidade, no convívio com amigos, com aves e com todos os seres criados pelo Pai. Nasceu para ser Pastor e é como pastor que vive cada momento, ouvindo a voz do Criador, numa verdadeira Aventuda da Saúde, nome do grupo que dinamiza e que acompanha ao longo de muitos anos.
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José Duarte As águas do Nabão cruzaste um dia Em busca do teu Mestre, o Bom Pastor E nesse curso imenso de água fria Lançaste uma semente com amor. Depois, subiste ao Bom Jesus do Monte, Sedento de desejo e de aventura, Bebeste na Natura de outra Fonte Tão cheia de pureza e de frescura. Mas a semente que o Nabão levou, Um dia, já no Tejo, germinou E cresceu forte e cheia de atitude. E tu, entre aventuras sem ter par, Lá na Montanha, havias de encontrar A Fonte da Aventura da Saúde!
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Júlio Carlos Santos Carlos Santos, como era conhecido à época, no final da década de setenta andava ali pelas margens do Nabão envolto numa trama desregrada, à procura dum sentido que o levasse a encará-la de frente. Convidado pelo então jovem pastor José Duarte, participa num acampamento de juventude. Regressa a casa e fala à mãe sobre o modo como ficara impressionado com o pastor. Foi assim que a mãe resolveu visitá-lo e lhe pede ajuda para o filho que lutava para se libertar do consumo de drogas. Duarte conversa com a sua esposa e os três filhos e recebem Júlio no seio do seu lar. Envolvem-no em atividades diversas, dentro e fora do seio da Igreja (aventuras, programas com crianças e idosos, ações de sobrevivência na natureza, etc.). Carlos vai viver para o Entroncamento mas nunca mais deixa de participar nessas atividades. A atividade na Serra da Estrela durante 15 dias marcou a sua vida. Por fim, sob essa influência poderosa, decide abraçar o Ministério e viver uma vida com Jesus.
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Júlio Carlos Santos Que bom quando esse Amigo te encontrou Na trama dessa teia dependente E toda a tua vida transformou Tornando-te mais puro e transparente! E esse rumo lindo te levou A consagrar a vida ao teu Senhor Que te falou de Amor e te enviou A proclamar as Bençãos do Amor. Munido de poder, no "Aliança" Tu depuseste a tua confiança E foste anunciar o Amor de Deus E aí, no gabinete, dia-a-dia Projetas, crias Novas de Alegria, Abrindo ao mundo a porta lá dos céus!
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Carmen Sala“ “A minha mãe, Carmen Sala, foi a primeira Adventista do Sétimo dia em Vila Nova de Monsarros. Foi através dela em 1955 que essa mensagem chegou aquela localidade onde vivia a minha Avó Sara Sala. Ali mesmo, ela começou o seu trabalho de divulgação da Palavra de Deus e fomentou as primeiras reuniões em casa de pessoas da aldeia. Posteriormente muitas se converteram, foram batizadas e se transformaram numa comunidade bem representativa da Igreja naquela terra bairradina. Ali presenciei tudo isso entre os meus 6 e 10 anos e recordo as dificuldades iniciais, por vezes até violentas, com que alguns extratos da população reagiam e tratavam, os que eles designavam de "protestantes" e tentavam boicotar, expulsar e até agredir, quem assistia às reuniões e abandonava a Igreja Católica Romana. Foram tempos muito difíceis, mas ricamente abençoados por Deus. Só vários anos depois vem a nascer o primeiro Templo Adventista em Vila Nova. O segundo Templo um magnífico edifício construído de raiz - que é o actual - só acontece bem mais tarde. Carmen foi uma das convidadas especiais para a sua inauguração e seria homenageada nessa mesma cerimónia, por ter sido ela a primeira pessoa a ter levado a Mensagem do Advento a Vila Nova de Monsarros.” (Texto de António Sala)
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Carmen Sala Durante a vida inteira, a Carmen Sala Levava a sua fé de mão-em-mão; Que quando a gente crê, a gente fala Daquilo que lhe vai no coração. A toda a parte, com tenacidade, Levava as Boas Novas de Alegria E gradualmente a luz dessa verdade Ao longo do caminho se expandia. Do norte ao sul, a voz do Bom Pastor Se fez ouvir com zelo, com louvor, No Luso, no Buçaco, Além do Rio... Durante a vida inteira, olhava os céus, Ia seguindo os passos de seu Deus E tendo o Bom Jesus por desafio.
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António Sala Nascido em 1949, em Vilar de Andorinho, Gaia, exerceu e exerce muitas atividades, nomeadamente: locutor, cantor, produtor de rádio, apresentador de televisão, escritor, jornalista e tantas outras. Oriundo de uma família adventista, participou em muitas atividades da sua comunidade e criou, com alguns amigos o Grupo Maranata, conjunto de vozes e sons que se inspirava em música de inspiração cristã e princípios morais. Ao longo da sua carreira foi sendo absorvido pelas atividades que exercia e lentamente foi deixando de participar em atividades que envolvessem a Igreja, não tendo, no entanto, fechado à participação em programas organizados à sombra desta. Criado debaixo duma influência cristã recheada de princípios que o seguiram ao longo da vida, participa ativamente em festas de solidariedade. Figura pública muito conhecida, a sua forma educada de se apresentar e de falar, o seu sorriso, irão marcar sempre a sua presença onde quer que se encontre.
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António Sala Em todas as estradas onde andaste Na ânsia de encontrares o Caminho, Aos muitos desafios que encontraste, A todos te entregaste com carinho. A velha Escola, a vida Além do Rio, A Serra do Buçaco, os tempos idos, O mar da Costa, o gozo, o desafio, O mestre Sala, os teus melhores amigos. O tempo voa! A Rádio, essa paixão, O Maranata e a Televisão, Tao longe e perto, fogem com o vento! Daqueles lindos sonhos de criança Ninguém ouse falar! Dessa esperança Só Deus conhece e lê teu pensamento!
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Ti’ Tuxa Só quem a conheceu no decurso da sua vida pode entender por que razão Ti’Tuxa era tão estimada no seio da sua família, fosse ela família de sangue, fosse espiritual. A sua forma de ser simples, duma delicadeza que surpreendia, logo despertava a atenção de quem dela se abeirava. Uma mão acariciava, a outra ajudava. É lembrada pela sua tenaz persistência e zelo na defesa das suas convicções, enfrentando tantas vezes a fúria de familiares e vizinhos que se opunham a que seguisse as suas convicções religiosas, gente que enfrentava sem temor, alicerçada no poder que lhe vinha do seu amado Jesus que a seguia para onde quer que fosse. Enfrentou ameaças de morte mas o seu zelo e persistência nunca esmoreceram e o propósito de anunciar as boas novas da salvação era a bússola que a orientava ao longo da sua vida.
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Ti’ Tuxa Andava a tia Tucha Além do Rio Cuidando do eirado e do quintal Com tal carinho e zelo, tanto brio, Na sua dura faina matinal. Mas ao chegar a casa, um calafrio Desceu-lhe pelas costas de repente; À sua espera um novo desafio Para enfrentar, contrita em Deus, silente. Munido de um cutelo, o "seu senhor" Ameaçou com o ar provocador: ⁃ Não quero ver-te mais viver assim! Se voltas a igreja vais morrer!
⁃ Não tenho medo - disse - se eu sofrer Já antes meu Jesus sofreu por mim!
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Ti’ Peu Quando te olhava com esse olhar sereno e cativante, não podia entender que num período da tua vida foste tomado por uma vontade inabalável de perseguir os propósitos de quem com zelo e perseverança tentava seguir nos passos de Jesus. Até àquele dia em que teu coração se deixou tomar nos braços de Jesus e tudo em tua vida se transformou. Como é bom olhar o teu andar seguro e confiante nesse trajeto longo com que o teu Amigo te recompensou desde o dia em que lhe entregaste o leme da vida. Confiante, feliz no teu cantinho, sorrindo para filhos e netos, eis-te agora no caminho que um dia te levará às Mansões Celestiais para o reencontro com a tua companheira de jornada, dedicada e simples, que contigo partilhou o seu caminho.
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Ti’ Peu Ao ver-te assim, dobrado pelos anos, Nos trilhos pedregosos dos caminhos, Eu lembro tempos idos, tão insanos, Tão cheios de canseiras, de cadinhos. E volto a ver Ti' Tucha - que saudade Sorriso franco, afagos e carinhos... Respiro os olhos teus, felicidade, A ver os filhos, netos, bisnetinhos. Foi pródiga esta vida p'ra contigo! Ao ver o teu sorriso, meu amigo, Eu agradeço ao Pai tanta afeição. Qual ouro refinado pelo fogo, Tu descobriste em Cristo um mundo novo No dia em que lhe deste o coração!
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Júlio e Landa O Júlio Ramos Campos e a Landa são daqueles amigos de coração que todos gostaríamos de conservar por muitos e longos anos. Verdadeiros pilares, pedras vivas, da sua Igreja em Vila Nova de Monsarros, redobrando em apoios e energias todas as vezes que solicitados pela comunidade e pelos amigos, nunca regateando esforços ou canseiras. São daqueles amigos sempre disponíveis e em quem podemos depor a nossa confiança.
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Júlio e Landa Quão bom e quão suave estar convosco, Sentir vossa amizade e companhia E ver resplandecer no vosso rosto Um manancial de paz e de harmonia. Quão bom viver convosco esta esperança Da volta de Jesus, da parusia, E ter no coração a confiança No sonho, no raiar de um novo dia. Quão bom sentir a paz, felicidade Que brota do fulgor desta amizade E enche de alegria o coração. Que um dia, no raiar de um novo tempo, Tendo em Jesus o nosso fundamento, Possamos viver sempre esta união!
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Amadeu Mendes Nascido em Guimarães, em 1913, cedo foi para o Porto para trabalhar num armazém de tecidos. Casou com Júlia da Soledade, pelo civil até que lhes nasceu a primeira filha. Dirigiram-se à Sé do Porto para a cerimónia religiosa. Foram mal recebidos e foi então que se decidiram por outra saída espiritual. Sentia necessidade profunda dum Deus que ele não conhecia mas que sabia existir. Até que um dia, num Sábado de tarde, depois de ter estado com amigos num café, foi a Braga levar uma carrinha com mercadorias quando numa curva não conseguiu desfazer a curva e de repente se viu pelo ar a cair no fundo de um campo... Não ficou ferido. Entendeu que Deus o chamava. Resolveu procurá-lo em diversas Igrejas. A esposa tinha já frequentado a Igreja Adventista. Foi ver como era. Um dia, almoçava com o pastor evangélico Arbiol, perguntou-lhe o que pensava dos Adventistas: - Esses levam as coisas da Bíblia muito à risca, cumprem tudo e até guardam o Sábado. Para ele foi o momento exato em que compreendeu que encontrara a verdade que procurava. A ele se deve a construção da Igreja Adventista de Vila do Conde.
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Amadeu Mendes Na busca de viver e ser feliz Com Júlia, a sua esposa foi casar Na Sé. O sacerdote é que não quis Aquela cerimónia realizar! Calcorreou Igrejas protestantes E na Adventista pôs um longo olhar. Perdido, confundido por instantes, Foi um Pastor amigo consultar:
⁃ Amigo, esses são sempre tão zelosos! Levam a Bíblia à risca, rigorosos! Caramba, até o Sábado é o seu dia!
⁃ Não diga! Pois lhe fico muito grato, Esse fervor e zelo, o seu recato, São mesmo tudo aquilo que eu queria!
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Júlia da Soledade Naqueles longos dias em que com teu companheiro procuravas um rumo para a tua vida espiritual, foste tu que o convidaste a entrar num Templo acolhedor da Rua Ferreira Cardoso, no Porto, a Igreja Adventista, lugar onde tinhas a certeza encontrarias as respostas a todas as questões que vos perseguiam. E ali encontraram o vosso caminho. Naqueles anos em que proclamavas um evangelho prático e atuante, com ações de beneficência junto daqueles que necessitavam de auxílio, a tua fé cresceu e o mundo ao teu redor florescia. Depois, rainha do teu lar, a tua vasta prole é o testemunho vivo da chama da fé que lhes deixaste por legado no decurso da tua peregrinação. Tão jovem, cheia de projetos, quando partiste nos braços do Mestre, levaste contigo a esperança de um dia te encontrares de novo com os filhos que amas nas mansões celestiais. Maranata!
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Júlia da Soledade A cândida feição do teu olhar Pairava pelo ar no lar de amor Em gestos de ternura e paz sem par, Em preces que elevavas ao Senhor. E ao teu lar, qual dor que nos consome, Tu vias acorrer constantemente Mendigos mitigando a sua fome Que a todos saciavas diligente. No lar, no doce lar que partilhavas Com todos os amigos, te entregavas Em preces nessa imensa paz celeste. E quando ouviste a voz do Salvador, Com gratidão, com gestos de louvor, Nos braços do Senhor adormeceste!
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Rosa Elisa Rosa Elisa conheceu a mensagem adventista no Porto, através de uma pessoa de família. Casada, foi viver para Guimarães. Como dizia Paulo de Tarso: “Do que está cheio o coração, disso fala a boca”, e ela aproveitava a sua atividade de modista para falar de seu Deus e do excelso amor que tem para com cada um dos Seus filhos. Lentamente, foi lançando a sementinha da fé, até que um dia uma pequena salinha se abria em Guimarães, a cidade berço, cuja semente se estendeu até Vizela. A sua vida levou-a depois para Vila do Conde, onde se tornou um verdadeiro alicerce na sua Igreja. Com zelo e dedicação, espalhava carinho e amizade entre todos, mantendo sempre um espírito de entrega enorme que dava grande alento a todos que dela se rodeavam. Era um gosto ouvi-la pregar. O seu exemplo era reconhecido por vizinhos e amigos que a respeitavam e gostavam de a ouvir falar. Era frequente espalhar por eles docinhos que com as suas própria mãos confecionava com carinho. Partiu cheia de fé, debaixo de grande sofrimento mas com os olhos postos no seu Mestre que nunca deixou de a acompanhar em todos os momentos.
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Rosa Elisa Como era bom ouvi-la na tribuna Fazendo realçar a voz aguda Nas vestes de anciã ou mesmo aluna A proclamar a fé, levar ajuda. Ó como é bom lembrar! Em Guimarães, Entre cambraias, vestes de mil folhos, Deixara a sementinha para os pães A germinar no brilho dos Seus olhos. E com aquela fé que não se esconde, Partiu e foi cantar Vila do Conde Aonde em viva fé permaneceu. Deixou-nos a ternura e o carinho; E um dia, ao palmilhar o seu caminho, Nos braços de Jesus adormeceu!
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Nê Pinto Né Pinto (Manuel Pinto Loureiro) foi um membro dedicado da Igreja Adventista de Vila do Conde. A sua qualidade de invisual nunca foi impeditiva do desempenho de cargos dos mais diversos, ora no seu trabalho, ora na sua querida Igreja, funções que desempenhava com dedicação e competência. Um dia, encontrava-se connosco a tagarelar no escritório da Igreja, sentado na secretária ali existente. No meio da conversa, vimo-lo com curiosidade a abrir a gaveta da secretária, vazia, e a analisar um rasgo que a mesma tinha no forro, ao fundo, a toda a largura e que deixava cair qualquer objeto que lá fosse colocado. Essa anomalia já há muito tinha sido detetada e aguardava oportunidade para ser corrigida. De repente, Né Pinto estende a mão por baixo da gaveta até ao fundo, puxa o forro da gaveta e pronto, ficou nova. Afinal, o forro encontrava-se apenas deslocado. Nós não vimos mas ele, o invisual, estava atento!
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Né Pinto Chamavam-lhe Né Pinto... Trabalhava Na Fábrica Valfar em tecelão. No dia-a-dia todos espantava Com seu labor, tamanha a perfeição. Tecido após tecido examinava, Passando suavemente a sua mão; Se a outro algum defeito lhe passava O nosso Né chamava-lhe à atenção. Calcorreava as ruas da cidade Apenas co'a bengala, agilidade Que a todos provocava confusão. Podia até ser cego, invisual, Mas sua bengalinha era afinal A luz que o conduzia pela mão.
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Baltasar Sousa
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Baltasar Sousa Ei-lo correndo a procurar a glória, Marcando o seu terreno passo a passo Em busca do triunfo, da vitória, Da força e do poder de um longo abraço Mergulha em si e um banho de suor Inunda todo o corpo. Então, contrito, Esquece o sofrimento, qualquer dor, E corre nessa ânsia de infinito! Espreita para trás, mais um atleta, Desenfreado, corre para a meta E, triunfante, ouve a multidão! Mas já no Podium olha tudo isto E vê que a sua meta é Jesus Cristo E a Vida Eterna o grande Galardão.
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José Sincer Um dia, ao sair do trabalho, passou numa livraria onde viu à venda uma Bíblia. Entrou e comprou-a. Pouco tempo depois, encontrou em casa do sogro um jornal aberto que dizia: Curso Bíblico Grátis. Inscreveu-se. Em 1953, o casal Amélia e José Sincer começou a receber estudos bíblicos do Pastor Alberto Raposo, convidando para esses estudos vizinhos e amigos. Mesmo antes de batizados, o casal organizou e dirigiu na sua própria residência uma Escola Sabatina anexa que lá funcionou durante alguns anos. Pouco depois, juntaram-se ao casal Sincer, duas senhoras. O casal Sincer foi batizado em 1959 e, como fruto das suas atividades missionárias, outras pessoas foram-se juntando ao grupo. Em 1961 apoiou o trabalho na Igreja de General Roçadas. Em 1962 pastoreou as Igrejas de Caldas da Raínha, Cadaval, Peniche e Rio Maior, como membro leigo. Em 1963, tendo o irmão Sincer ingressado no Ministério, partiu para Angola, deixando ao cuidado da obreira Bíblica, irmã Aniceta Baião, o pequeno grupo e pessoas interessadas. Ali permaneceu dez anos, regressou e pastoreou diversas Igrejas em Portugal.
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José Sincer A gatinhar na Fé, no Algueirão, Vivendo ainda o teu primeiro Amor, Edificaste em tua habitação O Anexo, uma Igreja ao teu Senhor. Vila do Conde, terra de cultura. Na Rua do Pinhal germinou Deus Um Grupo que Delães, já mais madura, Mais tarde transformou em São Mateus. Depois, em Figueiró, no Cerro, ainda A efémera Igrejinha pura e linda Que lá deixaste numa paz celeste. Mas dessas Igrejinhas que formaste, De todas, a melhor que nos deixaste Foi essa Igreja, a filha que me deste.
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Ana Sincer e Sepúlveda Quando tinha onze anos, partiu para Angola em companhia dos seus pais, com destino a Nova Lisboa. Batizou-se aos nove anos surpreendendo os examinadores com o modo como dominava a doutrina bíblica. Acompanhou seus pais no decurso da sua obra missionária e em 1970 exerceu na Missão do Bongo o cargo de professora de Francês, Ciências Naturais e Desenho, trabalho que acumulava com o de Secretaria e apoio à Cantina e explicações a alunos. Em 1971 foi para Nova Lisboa, aonde lecionou Francês a alunos do primeiro e segundo ano do liceu. Regressou a Portugal em 1972 e instalou-se em Vila do Conde, onde casou com José Sepúlveda. Aí, nos anos letivos de 1987 e 1988 fez parte do Corpo Docente do ATL instalado em Salas anexas à Igreja Local, onde exerceu diversas funções de apoio aos alunos. Nesta Igreja foi sempre um elemento ativo e conciliador, tendo exercido as mais diversas funções e cargos de Direção, sobretudo junto das diversas faixas etárias do Grupo de Desbravadores que ali existia. Amiga leal, esposa, mãe e avó excelente, o seu exemplo prevalecerá sempre junto daqueles que consigo convivem e a acompanham o seu quotidiano.
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Ana Sincer e Sepúlveda Quando desceste às águas batismais Com tuas vestes brancas de menina, Surpreendeste todos os mortais Ao dominares Sua sã Doutrina. Depois, no Bongo, foste por lá fora A todos proclamando essa Verdade; Tu eras a Menina-professora, Tão bela, no ensino e na amizade. A tua crença pura, o teu viver, Não deixa nunca de surpreender Por ser real, sincero, tão constante! Menina e moça, esposa, mãe, avó, Na mão de Deus um dia irás tão-só Subir aos céus com Cristo, triunfante!
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Luís Sincer e Sepúlveda
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Luís Sincer e Sepúlveda Vi-te correr por vilas e cidades, Guitarra aos ombros, cheio de vigor, Cantando e anunciando as mil verdades, Que levam a Jesus, o Salvador. Depois, por entre as tuas amizades, Vi-te a lutar, a mitigar a dor Àqueles a quem vis enfermidades Da vida lhes roubavam seu sabor. E agora, filho, vais alegremente, Cuidando e preservando o corpo, a mente, De tanta gente, em teu labor diário. E segues teu caminho, prazenteiro, Qual barro, que das mãos do grande Oleiro Nasceu para Enfermeiro Missionário!
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Miguel Sincer e SepĂşlveda
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Miguel Sincer e Sepúlveda E o ledo se fez triste... A confusão Gerada à nossa volta nesse dia, Trazia-nos imensa apreensão Por algo que ao redor acontecia... Ali, silente e envolto em comoção, Ele chorava a dor que então sentia... Mulher e filho e um terno coração Pleno de amor que, lento, se esvaía… E foi então que a voz do seu Senhor Se ouviu bem forte e todo o mal, a dor, Num ápice partiu, se dissipou... Rejubilai, irmãos, haja alegria Que o corpo do meu filho nesse dia P'la graça do meu Deus ressuscitou!
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Pedro Sincer e SepĂşlveda
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Pedro Sincer e Sepúlveda Quando te sinto ali, na tua Igreja, Levando o teu Rebanho ao Bom Pastor, Eu abro o meu olhar para que veja As bênçãos desse Seu imenso amor! Tu sabes que no fim o que sobeja De tudo o que encontramos ao redor É essa fé tão firme que entreveja Que os filhos são herança do Senhor. A devoção sentida no teu peito Conduz teus passos no caminho estreito, Qual porta que te leva para os céus. Então, sob o poder da oração Almejas encontrar a perfeição Em comunhão estreita com teu Deus!
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Rosa e António Rosa Dolores e António Silva tiveram o primeiro contacto com a Igreja Adventista em Luanda nos fins dos anos sessenta, lugar onde se encontravam a residir. Durante esse tempo, frequentaram a Igreja local, até ao dia em que regressaram para o Continente. Aqui, procuraram uma Igreja Adventista, acabando por a encontrar no Porto, assistiram a algumas reuniões, até que tiveram conhecimento da existência da Igreja de Vila do Conde que passaram então a frequentar regularmente. Foram acompanhados diligentemente pelo então Pastor local, José Sincer, que lhes ministrou a doutrina necessária e os preparou para serem batizados.
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Na pessoa do seu pastor e de outros membros, essa família era visitada com regularidade na casa do casal, em Delães, para cujas reuniões começou a convidar alguns amigos, entre eles, a numerosa família de Laura e Joaquim Machado, que logo franquearam a sua casa, mais ampla, para continuação daquelas reuniões. Com o batismo do casal e o crescimento do grupo, sentiram a necessidade de criar um espaço próprio onde se reunir que veio a ser corporizado numa pequena salinha de culto anexa às traseiras dum grande armazém pertencente a Domingos Carvalho, empresário e patrão de António Silva, que lhes cedeu o espaço gratuitamente As pressões das autoridades civis e religiosas não se fizeram esperar mas o grupo ia crescendo em número e espiritualidade. Surge de novo o problema do espaço e da necessidade de melhorar as condições de todos que acorriam para assistir às atividades contínuas da Igreja. A oportunidade surge com o aparecimento duma grande urbanização de moradias onde o grupo conseguiu adquirir um lote de terreno.
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Ali, com a participação de todos e o poder de Deus acabaria por surgir a Igreja Adventista de S. Mateus.
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Rosa e António Vagueavam pelas ruas da cidade De Luanda, com seu coração desperto E foram encontrar a liberdade Na Igreja Adventista, ali tão perto. Passaram pelo Porto, olhando os céus, Depois, Vila do Conde os viu crescer E foi num Armazém, pela mão de Deus, Quero a Igreja de Delães viram nascer. Juntaram-se aos Machados, grande rol, E construíram um lugar ao sol Trazendo ao Seu redil amigos seus. Foi com labor, com fé, perseverança, Que se acendeu a chama da Esperança Que brilha muito além de São Mateus!
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Laura Machado Laura e Joaquim viviam na sua casinha humilde lá na aldeia cuidando com carinho a vasta prol com que o seu Senhor os tinha abençoado, crianças que cuidava com zelo e um amor inexcedível. Partilhava ainda uma porção do seu tempo ensinando catequese na sua comunidade. Um dia a sua vida mudou, num encontro inesperado com Rosa e António, que lhe falaram de Jesus de um modo diferente, que os impressionou e surpreendeu. Foi então que, sem vacilar, resolveram mudar a sua vida e entregar-se nas mãos de Jesus. E foram por todo o lado, proclamando as Novas de Alegria a toda a gente. O seu lar logo se tornou num centro de convívio entre pessoas que quiseram partilhar a mesma experiência. Com zelo e carinho, foram apascentando o rebanho e o grupo cresceu. E logo nasceu uma Igreja. Hoje, na mesma casinha humilde mas cheia desse amor que vem de Deus, partilham com os amigos o amor de Jesus e anunciam ao redor a Sua salvação e o Seu regresso em poder e glória para nos levar consigo para as Mansões Celestiais.
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Laura Machado O teu cabelo escuro, ora grisalho, Qual touca que protege um grande amor, É berço de labuta, de trabalho, E duma vida feita de labor. Nos dias em que ainda catequista Te davas totalmente ao teu Senhor, Tu não sonhavas ser uma Adventista A proclamar ao mundo o Salvador. Mas o Senhor, com seu olhar perene, Um dia, num momento tão solene, Chegou... E nunca mais deixou de olhar-te, E disse: - Vem, carrega a minha Cruz! E com os olhos postos em Jesus Saíste a proclamá-Lo em toda a parte!
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Dalila Cabrita A irmã Dalila nasceu em 1913. Encontrava-se internada no Sanatório do Caramulo quando conheceu uma amiga, Clarinha (Clara Correia Leite), membro da Igreja de Canelas que ali estava também em tratamento. Foi pioneira na formação do Grupo de Crentes Adventistas de Viana do Castelo, de que foi diretora ao longo de vários anos, tendo falecido ali em 25 de Janeiro de 1991. Inicialmente abriu as portas da sua casa, onde começou a estudar a Bíblia com amigos que foi contactando, entre eles o casal Carvalhido, a irmã Custódia e filhas. Eram assistidos pelas igrejas vizinhas entre as quais Vila do Conde. Recordo as tardes de sábado naquela salinha pequena e escura, onde passamos bons momentos. Com o aumento de interessados, houve necessidade do grupo se organizar, tendo então sido aberta uma Sala de Culto no Bairro de Socomina, naquela cidade, onde se encontra a funcionar até hoje. Saudades do seu ar carinhoso e do empenho que mostrava em proclamar a fé que abraçara.
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Dalila Cabrita Parece que foi ontem. Em Viana, Na sala de jantar, com alegria, Soprávamos naquela viva chama Que tu, enferma em dor, trouxeste um dia. A Olga, o Carvalhido, o Oliveira, A Custodinha, a Márcia, tu e eu, Unidos pela tarde soalheira Dobrados, mãos erguidas para o Céu! Aquele grupo simples, pequenino, Orava, procurava o seu caminho E via a sua fé fortalecer. E eis que lá no alto, em Socomina, Aquela chama, simples, peregrina, Brilhava numa Igreja a alvorecer.
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SilĂŞncio, a Custodinha dorme!
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Silêncio, a Custodinha dorme! Quando te via ali, ao pé do rio, Alegre, co'as meninas ao redor, Não importava muito o sol ou frio Mas sim os belos hinos de louvor. Nos dias de batismo das meninas, O teu olhar, então, resplandecia, Corriam pela face, peregrinas, As lágrimas de afeto, de alegria! A Paula, a Zeza, a Dada e a Diana Alimentavam essa imensa chama Mesmo durante chaga tão disforme. E quando terminou a tua dor, Adormeceste aos pés do Salvador... Silêncio!... Chiiuuu!..., a Custodinha dorme!
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Olga e Zé Carvalhido Conheci o Zé e a Olga ainda muito jovens, na pequena salinha onde um pequeno grupo de crentes se reunia, na casa da saudosa Dalila Cabrita, em Viana do Castelo. Não tinham ainda decorrido muitos anos desde o tempo em que os dois tinham fugido numa motorizada, da fúria dos pais, que se opunham ao seu relacionamento amoroso, visto serem ainda muito jovens. Fugidos, calcorrearam montes e vales. Um dia, tiveram contacto com esse pequeno grupo, acabando por gradualmente se tornar num casal ativo junto da sua comunidade. Prosperaram como marmoristas e acabaram por construir com muito suor e dedicação a casa que possuem no meio do monte, em Perre, Viana do Castelo. Amantes de atividades ao ar livre, durante cerca de duas décadas organizaram os Acampamentos Amizade, tendo acabado por construir, num terreno adquirido junto à sua casa, o Parque da Amizade aonde durante anos se organizaram acampamentos com jovens Desbravadores que ali acorriam de todo o país.
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Olga e Zé Carvalhido Percorro em paz o Parque da Amizade, Na ânsia de encontrar sonhos antigos E olho o céu e entre a claridade A luz dos vossos olhos, meus amigos. Recordo a Serra d' Arga, S. Lourenço, Acampamentos lindos que fizemos E nesse Espelho d' água, o brilho intenso Da Luz do Céu que ainda aqui vivemos. O Fogo do Conselho a crepitar, Os hinos de louvor que andam no ar Os jovens que cantavam ao redor... De mão-na-mão, em noites de luar, As orações sinceras a voar Para alcançar o nosso Salvador!
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Álvaro Bastos Álvaro Bastos nasceu em Celorico de Basto a 29 de Maio de 1960. Representou o Serviço Educacional Saúde e Lar, no Alto-Minho e durante onze anos na Região Autónoma dos Açores. Escreveu para diversos jornais locais e regionais e fez mais de 1.000 programas de Rádio em dezenas de estações Radiofónicas com o programa “Nascente de Esperança”. Na televisão participou como convidado nos programas da RTP Açores, RTP Madeira, RTP 1, RTP 2, RTP Internacional, SIC, TVI e Porto Canal. Desde 2008 que coordena o projeto Konta Komigo no apoio aos Sem-abrigo, crianças, jovens em risco e Associações que trabalham com pessoas portadoras de deficiência. Tem alguns livros escritos onde narra experiências diversas vividas no decurso da sua experiência humana. Casado, é pai de um jovem com PEA ( Perturbações do Espectro do Autismo) o Emanuel, que frequenta a APPDA-Norte.
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Álvaro Bastos Tão cheio de fervor, de confiança, Ainda como jovem Colportor, Na Rádio, em teu “Nascente de Esperança" Entrevistavas tudo ao teu redor. Depois, essas verdades que perfilhas Levaste para a Ilha do Faial E com o teu projeto, o "Inter-Ilhas" Mobilizaste tudo em Portugal. O tempo passa, o "Alppha", o "Amizade", O Amor e a Solidariedade, "Camas de Papelão" andam contigo. Os Sem-abrigo sabem que és assim, Num "Saco Gigantesco" hás-de por fim Levar aos céus o teu "Konta Komigo"!
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António Santiago Desde muito novo, então, como acólito na Igreja Católica, foi percebendo que a Missa não estava de acordo com o que lia na Bíblia, cuja leitura, no seu recato, procurava. Iniciou, por isso, com o pai, uma busca para encontrar alguém ou uma igreja cujos princípios e ensinos estivessem em conformidade com os textos sagrados. Na década de 1950 encontrou-a em Lisboa. Aceitou os seus ensinos e foi batizado com a esposa. Mas Lisboa era longe e os seus quatro filhos precisavam de formação religiosa presente e constante. Neste sentido, Deus trabalhou. Um dia levou a sua casa um crente vindo de Angola, em férias. Falaram de religião; mas quem seria essa E.G.White de que tanto falava? Nada melhor que examinar. Ficou surpreendido. Agora tudo “encaixava” e ia ao encontro da sua longa procura, dos seus anseios. A partir dessa altura, 1962, a família Santiago passou a frequentar a Igreja de Coimbra e franqueou o seu lar para reuniões com os amigos sob a orientação do Pr. Samuel Reis. Mas logo foi necessário umr espaço maior. Preparou uma pequena sala e ali recebia os seus convidados. Construiu uma nova casa, tendo dedicado o r/c para Sala de Culto. O grupo cresceu. Com a grande dedicação da esposa, e muitos dos amigos que se foram juntando, no culminar do século XX, surge em Sangalhos um belo Templo consagrado ao Senhor. (Texto cedido pela filha)
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António Santiago Sangalhos, aonde ao sol, de manhãzinha Ainda cresce a vinha e pinta o bago, Um dia vi crescer formosa vinha Na casa do António Santiago. Estava no labor do escritório E ouviu falar na Vinha do Senhor Então, montou o seu "laboratório" E foi a anunciar o Deus de Amor. Na Rádio, no conforto do seu lar, No dia-a-dia, quando a labutar, No meio de canseiras e trabalhos, Levava à gente Novas de Alegria; E assim nasceu da noite para o dia A consagrada Igreja de Sangalhos!
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Alexandre Dias Durante uma vida inteira, Alexandre se dedicou à Igreja que abraçara, fazendo do seu dia-a-dia um pretexto para falar na fé que professava. Negociante de gado, entre outras atividades que desenvolvia, aproveitava os contatos com clientes e amigos para difundir a sua fé e amiúde era vê-lo entusiasmado a falar de Jesus com todo o zelo e convicção. Um dia, foi vender ao seu cliente e amigo José Cardoso uma vitelinha. Feito o negócio, este combinou pagar-lhe a rez no Sábado seguinte, o que foi recusado por Alexandre em virtude desse dia ser para si um dia especial, o dia que guardava para ir à sua Igreja para louvar a Deus. Nesse dia os negócios eram enterrados na gaveta. E aproveitou o momento para convidar o amigo a ir consigo à Igreja. E lá foram todos no Sábado. Surpresa! Era a mesma Igreja aonde entrara tempos antes para ouvir os harmoniosos sons que se ouviam através da porta quando caminhava pela rua. Depois, abraçados já na mesma fé, juntos continuaram na sua caminhada até ao fim dos seus dias. (História transmitida verbalmente por amigos)
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Alexandre Dias Andava o Alexandre a labutar E a vender gado numa tarde bela. Na faina acabou por encontrar Um velho amigo. E vende-lhe a vitela! Negócio feito, foram combinar O modo de fazer o pagamento ⁃ No sábado virei p'ra te pagar Se não houver - lhe disse - impedimento.
⁃ No sábado não posso, vou à Igreja. ⁃ Ao sábado? - estranhou - Pois assim seja! Não quero profanar teu Santo Dia.
⁃ Porque não vens comigo, bom amigo? ⁃ Pois bem, fica a vitela no abrigo E vamos ouvir Novas de Alegria!
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José Cardoso Natural de Dossãos, Vila Verde, Braga, ficou sem pais aos nove anos, e com essa idade começou a trabalhar, primeiro como criado de uma quinta e depois, como os seus dois irmãos trabalhalhavam em restauração, foi aprender a profissão de cozinheiro com eles, tendo-se tornado num profissional de renome. Casou, teve sete filhos, e a vida corria-lhe aparentemente bem. Certo Sábado, a sua vida mudou quando foi com os irmãos tratar de uns assuntos ao sindicato. Ao sair do edifício, ouviu no ar lindas melodias. Convidou os irmãos a entrar no espaço, na Rua Santo Ildefonso, mas apenas um o acompanhou. E deixou-se ali ficar a ouvir cantar e pregar. Um dia seguia na Ponte D. Luís para o trabalho e foi interpelado por Alexandre Dias que o convidou a voltar à sua Igreja. Conversaram, e ele disse-lhe que qualquer dia iria, mas não foi. Tempos depois, já em 1950, lá se reencontraram, e o mesmo convite. Quando se deu conta, já tinha passado o lugar de trabalho e ei-lo na Igreja, esta agora já na Rua Ferreira Cardoso. Assistiu às atividades de Sábado e tomou a decisão não mais trabalhar no dia de Sábado. Foram muitas as provações que se seguiram. Perdeu o emprego, vendeu a mercearia e taberna, arrendou umas terras, comprou gado. Este morria, sabe-se lá porquê. Mas Deus estava ao leme. E, finalmente, o negócio prosperou. A sua fé cresceu e, também com o seu esforço, a Mensagem prosperou na sua terra, onde nasceu o Colégio Adventista, o Internato e quanto mais. (Texto cedido pelos filhos)
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José Cardoso As melodias soltas pelo ar Num caminhar sereno e tão seguro, Levaram-te a entrar e a escutar A música, num Templo ainda obscuro. Mas foi mais tarde, um dia, junto ao Douro, Que alguém falou contigo de Jesus E te lembraste das pepitas de ouro Que abriram o teu peito à nova luz. E abraçaste a Igreja. Então, lhe deste O coração. Depois, nas mãos do Mestre, Um templo edificaste com amor. Então, gritaste: - Irmãos, hoje escolhei A quem servir, mas eu e minha grei Havemos de servir ao meu Senhor!
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Pedro Fernandes Pedro Fernandes foi um dos membros pioneiros da Igreja Adventista de Espinho, Igreja que encontrou através de um Curso Bíblico por correspondência da Escola Rádio Postal, num pequeno anúncio num dos jornais locais, no já distante ano de 1951. Tem sido um peso-pesado na sua Igreja, a quem dá um grande apoio e que divulga junto de muitos clientes e amigos no seu negócio. A Igreja de Espinho tem sido ao longo dos anos, também sob a sua ação, um Farol na cidade e arredores.
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Pedro Fernandes A tua imensa sede de infinito Levou-te a procurar o amor de Deus; Depois, num ímpeto, quase que num grito, Lançaste um desafio a amigos teus. Mas nada! Nada tinham para dar… E tu, sedento, cheio de ansiedade, Partiste p'ra de novo procurar As sendas do Caminho e da Verdade. E foi nesse Jornal, pequeno anúncio, Que te reencontraste. Era um prenúncio, Quiçá, dum reencontro co’a verdade. Com tua companheira, bela e quista, Tu procuraste a Igreja Adventista E viste em Cristo a tua liberdade!
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Marta Dalila Martinha era uma menina cheia de vida que frequentava regularmente as atividades de jovens da sua Igreja, Espinho. Gostávamos de a ver integrada no grupo a participar nos Acampamentos Amizade que se faziam por terras S. Lourenço da Montaria e depois no Parque da Amizade, em Viana do Castelo. Um dia, já no Parque, recebíamos os convidados e a Olga, a anfitriã, aproximou-se com os olhos brilhantes e disse: - Chegou a Martinha. Corremos, abraçamo-la efusivamente e agradecemos a sua inspiradora presença. Lá estava, carequinha e linda, irradiando alegria, esperança e uma confiança enorme no seu Jesus, a sua companhia de todos os momentos. Tempos depois, em Vila do Conde, no Dia de Ação de Graças pela cura do nosso filho Miguel (que passara problema semelhante) convidámos um grupo de amigos de Espinho para cantar músicas de louvor. A dada altura, notamos lágrimas no olhar de um dos participantes. Era o irmão de Marta. Pedi-lhe que se sentasse e ficasse a assistir, para se sentir mais confortado. Olhou-me com um sorriso e disse: - Participo sim, a Marta havia de gostar! A Martinha partiu no dia 5 de Janeiro de 2005, sorrindo confiante, na certeza que um dia vai despertar nos braços de Jesus.
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Marta Dalila Tu eras essa Estrela que luzia No seio da família e dos amigos E espalhava luz e alegria Tão longe de amarguras e perigos. E nessa imensa força a despontar Que para nós trazias num momento, Não conseguimos nunca imaginar Vestígio de doença ou sofrimento. Até que um dia, Estrela lá do Norte, Lograste com Jesus vencer a morte Deixando o teu sorriso em nosso olhar. Ao ver-te assim, no sideral espaço, Anseio receber teu longo abraço Um dia quando Cristo aqui voltar!
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Quim Alves Um sábado de manhã dirigia-me para a Igreja Adventista de Espinho para participar nas atividades de culto. Em plena estrada, o carro começou a fumegar e parei. Desconsolado, inclinei a cabeça no volante e fiquei ali alguns instantes. De repente, vi pelo retrovisor um carro que parava. Era o Quim e a esposa. Aproximaram-se e Rosa ajudou Amy a sair do carro com os miúdos. - Bom dia, posso ajudar? – questionou. Agradeci. Sentou-se no volante, deu à chave e o motor começou a trabalhar. ⁃ Vão para a Igreja de Espinho? ⁃ Sim - respondi surpreendido. ⁃ Nós também, venham atrás. Curiosos, perguntamos: - O que os levou a pensar isso? ⁃ Vimos a Bíblia no tablier traseiro do carro. Tempos depois, outro cenário, outro carro, outra situação embaraçosa. Chegava à pedreira da Trindade, parque de estacionamento improvisado no Porto, entro no carro e este não trabalha. Com a insistência, a bateria vacilava. De repente, ouço uma voz familiar: ⁃ Olá, meu irmão, atrapalhado? Vamos ao trabalho. Aqui não vais ficar. Se não resultar – disse com humor - reboco-te até à Póvoa. Passei-lhe o volante. Sentou se, deu à chave e o motor começou a trabalhar. Eu fui para casa alegre e feliz. Durante o resto dos seus dias, quando nos encontrávamos, saudava-o com um caloroso abraço e dizia: - Chegou um anjo.
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Quim Alves Na nossa vida, ao longo da jornada, Há sempre alguém, qual anjo, que nos segue E num momento, numa encruzilhada, O nosso fardo faz suave e leve. Seguia para Espinho e num instante O carro fez-se em fumo em plena estrada. O Quim chegou, sentou-se no volante E o carro trabalhou, sem fazer nada! Um outro dia. perto da Trindade, O carro não andava e na cidade Ao fim da tarde, o dia se fez breu. E Quim apareceu, sorriu pra mim E disse: - Tu não vais ficar assim. Sentou-se ... e o milagre aconteceu!
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Maria Sampaio Nunes Foi pioneira na Igreja Adventista de Viseu, juntamente com o marido. A ela se deve o grande impulso que deu origem ao Lar Adventista de Avintes. O seu incansável zelo e dedicação, apesar da sua já longa idade, ora financiando, ora angariando apoios, ajudaram a tornar realidade o seu sonho de há tempo. Antes, tinha vindo de Luanda passar umas férias a Portugal, passou por Viseu, onde sentiu que o Senhor os ajudaria a partilhar a tríplice mensagem angélica nessa cidade. Alugaram uma casa e nela formaram um pequeno grupo de estudo da Bíblia com vizinhos e com outras pessoas que foram contactando. Como era enfermeira parteira, fazia também tratamentos e ensinava a praticar um estilo de vida saudável junto de todos os que contactava. O grupo foi crescendo e foi necessário arranjar um lugar maior na cidade de Viseu. E ali nasceu uma Igreja. Mulher de raça, com zelo e perseverança viveu e deu o seu melhor em prol da divulgação da Mensagem que abraçara e em cuja esperança adormeceu, ali na Casa que ajudara a levantar.
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Maria Sampaio Nunes De além do mar tu regressaste um dia Tão cheia de utopia e de ilusão, Aquele sonho antigo que floria Se transformava em grande construção. Angariaste apoios em cardume E ajuda recebeste olhando o céu, Enquanto davas frascos de perfume, Essências dum perfume que era teu. Por muito que se sofra e o tempo passe, A mulher sonha e logo a obra nasce Com Jesus Cristo ao leme ou a remar. O sonho se tornou realidade, E Avintes, toda a gente na cidade, Contigo ousou gritar: Lar, doce lar!
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Mário Santos Recordo o seu sorriso afável e o gosto de partilhar as coisas da fé que estavam sempre presentes onde quer que ele andasse. Amigo do seu amigo, era vê-lo envolvido em atividades constantes com o grupo de amigos da sua Igreja e das Igrejas vizinhas. Poeta nato, sempre pronto a escrever poesia, foi o autor da música que serviu ao Alppha, projeto evangelístico que abraçou nos anos noventa e para o qual escreveu um Hino: Refrão
Primeira Estrofe No principio era assim Um projeto a começar Qual pequena estrela No céu a brilhar Tão clara e natural Cada dia ao caminhar Veio a todos inspirar Um ideal Segunda Estrofe Todos nós temos um fim Que queremos alcançar Ajudar um bom amigo E partilhar A alegria daí vem Como a chuva a gotejar E o meu e cada lar A ir mais além
Este é o Alppha p’ra servir Este é o Alppha pra ajudar A despertar o teu sorrir E um novo olhar Este é o projeto a nascer O coração que a palpitar A ti e a mim está a dizer Que é bom amar
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Mário Santos Olhava os olhos teus. O seu clamor Não tinha para ti qualquer fronteira; E foste a anunciar o Deus de Amor, Levar Sua Lei pura e verdadeira. Na Onda da Amizade, diligente, Fosse em Castelo Branco ou em Cerveira, Levavas gozo e paz a tanta gente Que andava triste e farta de canseira. Fosse onde fosse, olhavas e sorrias, Falavas de Jesus e lhes dizias Como alcançar a Sua liberdade. Naquele longo dia em que partiste, Com teu sorriso não fiquei tão triste Pois vi no teu olhar felicidade!
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Manuel Francisco Quando conheceu a Mensagem Adventista, Manuel Francisco logo se mostrou um membro diligente no apoio à sua nova comunidade. Junto da sua habitação laborava uma pequena indústria de calçado, produtos que com a família produzia e comercializava. Com o correr do tempo, o Grupo sentiu a necessidade de construir um Templo aonde, com maior dignidade, pudesse louvar o seu Deus. Logo, a família não se coibiu em oferecer à igreja uma boa fração do terreno contíguo à sua habitação para que ali fosse erigido aquele que ainda hoje é um dos mais marcantes Templos Adventistas em Portugal. Abraçava com entusiasmo programas de solidariedade e com os seus amigos e o Grupo Musical que ajudara a formar, participava em muitos programas, acarinhando-os e ajudando nas ações de promoção e divulgação de muitas atividades.
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Manuel Francisco Naqueles tempos áureos lá na Igreja, Se às vezes me sentia mais sozinho, Ligava para ti - louvado seja! E logo te metias a caminho. Trazias o Quinel, a tua gente, E muitos mais amigos ao redor Para que assim, de forma reverente, Louvássemos o nosso Salvador. E o convívio, a música, os jograis, Tão genuínos, tão especiais, Faziam mais feliz a nossa gente. O tempo passa, a história continua, Olhando ao teu redor, a vida tua É fôlego perene, consistente!
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Vila Meâ (Castelões) Vila Meã (Penafiel) foi desde o principio do século XX, um polo de atenção da Mensagem Adventista, ora através de Rentfro e Carmesim, no fim da primeira década, ora através de Marcelino Viegas e José Júlio Pires, na década de cinquenta, onde os sinos tocaram a rebate e uma multidão enfurecida, munida de sacholas, varapaus, tachos e panelas estridentes se dirigia para a casa onde se encontravam que era cercada de palha a fim de lhe deitarem fogo. Um dia, valeu a intervenção de pessoas influentes da aldeia e o seu bom senso e a presença duma força da GNR que fora chamada ao lugar, para que não se assistisse a um holocausto. Dentro, contritos, em oração, os crentes pediam a intervenção Divina. Tudo acabou em bem, com a chegada das autoridades, e os sons harmoniosos de violinos e das vozes angelicais fizeram-se ouvir ao longo da aldeia. Já no culminar do século, com o diligente trabalho de alguns crentes da Igreja de Oliveira do Douro, o trabalho foi reposto. Longe vão as convulsões da década de cinquenta. Ali permanece uma pequena Capela, qual facho a iluminar aquele simpático lugar.
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Vila Meâ (Castelões) Andava Júlio Pires e os amigos Num sábado de tarde, em Castelões, Levando a boa nova, os Santos Livros, Ao povo dessa e de outras regiões. Consigo, ia o Herminio, o Zé Monteiro, O Arnaldo Borges com seu violino E o Amadeu Mendes, velho companheiro, Que vinha de Vizela, peregrino. À sua espera, tinha um mar de gente Numa resposta hostil e estridente Aos sinos, que tocavam a rebate. Alguém lançara palha ao seu redor; Mas desse lar, em oração, louvor, Um som mavioso ecoava em toda a parte.
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Rio de Água Viva
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Rio de Água Viva Na minha terra, ali junto do Ave Existe um Curso de Água cristalina Que desce pela rua tão suave E espalha a Luz que gera na Turbina. E nesse seu trajeto onde não cabe A simples geografia de um lugar, Transpõe-se muito além de Riba d’Ave E corre pelo mundo sem parar. Um curso de Água Viva feita gente Que leva a toda a parte na corrente, Essa Verdade assaz Desconhecida. Com suas águas, firme, frágua a frágua, Fala de Amor: - “Quem bebe dessa Água Não mais vai sentir sede em sua vida!”
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Além do Rio
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Além do Rio Além do Rio, aonde ao sol-nascente O sol desponta ainda p'la frescura, Ali, no coração de tanta gente, Há historias mil tão cheias de aventura. Além do Rio as aves fazem ninho Naquela igreja cheia de harmonia Aonde existe amor, tanto carinho, Qual bálsamo suave em cada dia. Além do Rio, entre Lopes, Campos, Carvalhos e Cerveiras, Mestres, tantos, Ti Lúcia, o Ti Zé Sol, a Carmem Sala, Duartes e Pereiras, os Branquinho, E tanto o santo que anda no Caminho, Nos passos do Pastor… e não se cala!
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René dos Reis Vem, trovador, ouvir a voz dos anjos, Cantar comigo hinos de louvor, Trinar as cordas de violas, banjos, E exaltar o nome do Senhor! Já se ouvem as trombetas dos arcanjos Anunciando a Cristo, o Salvador, Na terra os crentes perdem-se em arranjos Para o encontro com seu Criador. Vem, trovador, ó, vem cantar comigo As trovas que sozinho eu não consigo Levar a todo o mundo, vem depressa! Vamos cantar as novas de alegria, O Cristo Redentor, a parusia, E a vida prometida que começa!
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Maria Augusta Pires Na mais linda Estação Adormeceu Seu coração de prata, Um coração Humilde e bom Que soube partilhar Sua alma grata. Descansa, irmã, Espera o amanhã Que te acalenta O coração… … e confia Partiste Com esperança E um sorriso de alegria, Com aquela confiança Que Jesus há-de voltar Na parusia E tudo vai mudar Naquele dia… Maranata!
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Graça Durante toda a vida andei cativo Da minha lei, qual norma p'ra viver E caminhei sozinho, convencido Que, escravo dessa lei, ia vencer. Preceito após preceito fui seguindo Tentando as minhas normas entender E cada escada, lento, fui subindo Até ao cimo, ao cume do meu ser. Mas de repente olhei aquela cruz E ao ver meus olhos postos em Jesus, Caí do pedestal do meu querer. E descobri na cruz um grande amigo Que, morto, por seu sangue fui remido E só por Seu amor irei viver!
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Toma o Leme Quando me sinto frio no meu quarto Contando o tempo pela noite fora, Sinto um vazio intenso e fico farto De tanta coisa! E quero ir-me embora. Não faz sentido o meu viver tão parco Que neste tempo infindo se evapora Sigo à deriva, triste, no meu barco, Envolto neste mar que me devora! Vem ter comigo, doce Companheiro, Pega meu barco, sê meu timoneiro, E leva-o contigo em segurança! Só quando sinto a Tua mão na minha Eu sei que a bonança se avizinha, Contigo ao leme o tempo é de bonança!
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Acrรณsticos
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Jesus Cristo
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Jesus Cristo
J esus, ao ver-Te assim em sofrimento, E xangue, a expiar o meu pecado, S enti-me constrangido e num momento U m lancinante grito lanço ao vento S abendo-te inocente e eu culpado‌
C urvado, de joelhos, te chamei, R asguei as minhas vestes e chorei I ndignado e triste pecador! S enhor, muito obrigado, aqui, sozinho, T ento levar nas pedras do caminho O lenho que me deste com amor!
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Amie
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Amie A minha vida ĂŠ cheia de incerteza M as quando a sinto fria, vĂŁ, desnuda, I nclino-me em teus ombros de princesa E em ti, amor, vou procurar ajuda!
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José Luís Correia
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José Luís Correia J unto de Ti encontro gozo e paz, O Teu formoso olhar me segue e guia.
S e vou Contigo, a vida se compraz
E m gestos de ternura e alegria! L iberta este meu ser com teu carinho U sando-o p’ra causa do amor, I mpede, ó Deus, que as pedras do caminho
S oneguem teu abraço, meu Senhor! C onquanto a minha vida ande à deriva, O Teu amor meu ser pode mudar, R epor em mim aquilo que eu perdi, R io de amor em triste deslizar. E nvolto em Teu amor, não vou sozinho; I rei com Tua força, o Teu carinho, A o mundo, a proclamar o teu amor!
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Guida Esteves
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Guida Esteves G ravavas com carinho em toda a gente U nida nesse imenso pavilhão I lustrações de vida em cuja mente D eixavas teu saber eloquente A limentando cada coração! E no brotar de tão imensa luz, S entimos soletrar o verbo amar,
T razido nas mensagens de Jesus E que connosco ousaste partilhar…
V ieste à hora certa… E agora eu quero E sse sabor a mel que em Si espero S entir, quando com Ele me encontrar!
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Raquel Echevarria
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Raquel Echevarria R eabro os olhos meus. Esse teu manto A deslizar p’los ombros, cinza, branco, Q uedava-se tão cheio de harmonia! U m doce enlevo, olhar tão brando e puro, E m suave murmurar, nobre, seguro, L evando à gente a fé que em ti vivia! E de repente, o teu falar sereno C hegava a todo aquele que te ouvia; H avia nos teus lábios um aceno E o teu falar, qual voz do Verbo Pleno, V ibrava em todos nós com alegria… A tua voz, naquele espaço santo, R efulge em nós no tom desse teu canto! R endida ao rigor da Profecia, I ntentas dar a todos com encanto A esp’rança no raiar de um novo dia!
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Carolina Silva
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Carolina Silva
C om tua voz serena transmitias A súmula da boa educação R eavivando no correr dos dias O nosso adormecido coração
L imavas cada aresta e trazias I lustrações brilhantes, inspiradas N o firme Fundamento que, sabias, A limentavam mentes ancoradas. S e desse teu ensino alguém ousar I maginar o mundo que há-de vir, L ouvado seja o Pai que neste andar, V oltando um dia para nos buscar A o Lar Celestial havemos de ir.
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MilĂş Cordeiro
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Milú Cordeiro Milú, ao ver-te assim sorrir contente, Irradiando paz ao teu redor Lembro o sorriso lindo, eloquente, Urdido no olhar do Salvador. Com teu sorriso trazes novo alento, O mesmo alento já sentido um dia
Rendido àquele nobre sentimento Dos olhos Seus, de tudo o que dizia! E quando acordo, logo o pensamento Incendiado com tanta alegria Reacende a mesma luz que num momento O Seu sereno olhar nos transmitia!
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Enoque Pinto
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Enoque Pinto
Encontro n'Esse olhar de tanta paz No qual tu colocaste tempo atrás Os olhos teus e toda a tua vida, Qual pura segurança, alicerçada Um dia, nessa voz ao céu alçada, Escada que tu sobes nesta vida. Por toda a parte, ao longo do caminho, Insigne olhar protege os passos teus; No teu jardim de rosas sem espinho Tu lanças com amor e com carinho O teu olhar na direção de Deus!
Deus!
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Hortelinda Gall
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Hortelinda Gall Há nos teus olhos nobres de criança O brilho duma estrela a cintilar Realinhando teias de esperança Tão cheias de certeza e confiança Envoltas na ternura desse olhar. Lançadas numa onda de carinho, Ilusões mil, segredos de teu Deus, Nos lábios teus, são pétalas de linho De um novo lar que surge em teu caminho Ao longo da jornada para os céus. Gentil e carinhosa, com encanto, A nossa mente em ti vai encontrar Laivos de amor que em gesto nobre e santo Lavados são nas ondas desse mar!
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Paula Sintra
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Paula Sintra
Patente em teu olhar existe um Guia A conduzir teus passos com encanto Um Guia cuja paz, cuja harmonia Levanta em cada instante, noite e dia, A luz do Seu olhar tão puro e Santo. Se a lâmpada a teus pés - o Seu carinho Iluminar teus passos, teu caminho, No decorrer de toda a tua lida, Tu hás-de sentir paz, felicidade, Reencontrar a tua liberdade, Ao lado de Jesus, por toda a vida!
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Ana Pedro Mota
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Ana Pedro Mota Aquela sombra longa que surgia No teu caminho, no teu dia-a-dia, A tua vida trouxe amarga cor. Por ásperos caminhos já seguiste E quando o dia se toldava mais, Do teu olhar, um rasgo amargo e triste;
Relendo as sãs Doutrinas, conseguiste Ouvir a voz serena dos teus pais. Momentos tão suaves, que prazer O que hoje vives junto ao Salvador Tentando dar-te em cada alvorecer A luz virada ao céu, ao Deus de Amor!
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LĂlia Tavares
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Lília Tavares L evanto os olhos, vejo nesse olhar I mensidão e fontes de alegria, L embranças de gaivotas a voar I nvadem num momento o imenso mar A anunciar a grande parusia. T eus olhos são qual água cristalina A deslizar no curso de outro Rio, Vertente duma Rocha que te ensina A enfrentar constante desafio. Reacende-se em teu peito intensa Luz E tu depões aos pés de teu Jesus S ilêncios dos teus sonhos de menina!
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Manuela Matos
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Manuela Matos M anso e suave, o teu olhar traduz A majestosa paz que existe em ti, N um versejar sereno, dá-nos luz,
U m plácido Farol que nos sorri…
E
com pensamento numa Cruz, L ibertas tua alma e um tal Jesus Ao lado teu está, ao pé de ti.
M aravilhoso dom, princesa linda, A luz do teu olhar brilha ao luar T razendo para nós a Graça infinda,
O Bálsamo do amor nos canta ainda S onhando e partilhando o teu cantar!
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Teresa Costa
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Teresa Costa
T ens no olhar a dor, o sofrimento E quando choras, esse sentimento R essente-se se a vida não sorri. E pela noite, quando falta a luz, S entes brilhar os olhos de Jesus A dar-te alento, estar juntinho a ti. C omo era bom pensar que num momento O sonho finda e junto desse Amigo S entisses renovado o pensamento‌ T alvez assim, no teu viver sedento A vida fosse pródiga contigo!
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Índice O Sal da Terra ................................................................. 2 Ficha Técnica .................................................................. 3 José Sepúlveda................................................................ 4 Preâmbulo ..................................................................... 12 O Sal da Terra ............................................................... 14 Com Versos ................................................................... 15 O Sal da Terra ............................................................... 17 Clarence Rentfro .......................................................... 18 Clarence Rentfro .......................................................... 19 Joaquim e Sebastião ..................................................... 20 Joaquim e Sebastião ..................................................... 21 João de Sá ...................................................................... 22 João de Sá ...................................................................... 23 Paul Meyer .................................................................... 24 Paul Meyer .................................................................... 25 Cesária ........................................................................... 26 Cesária ........................................................................... 27 Ernesto Ferreira ............................................................ 28 Ernesto Ferreira ............................................................ 29 José Nunes Branco ....................................................... 30 José Nunes Branco ....................................................... 31 Padre Ascensão ............................................................ 32 Rosa Grelhe ................................................................... 34 Rosa Grelhe ................................................................... 35 Isabel Falcão.................................................................. 36 Isabel Falcão.................................................................. 37
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Maria Augusta Pires .................................................... 38 Maria Augusta Pires .................................................... 39 Jorge Pires ..................................................................... 40 Jorge Pires ..................................................................... 41 José Sá ............................................................................ 42 José Sá (1) ...................................................................... 43 José Sá (2) ...................................................................... 45 Viriato Ferreira ............................................................. 46 Viriato Ferreira ............................................................. 47 Mário Brito .................................................................... 48 Mário Brito .................................................................... 49 António Amorim.......................................................... 50 António Amorim.......................................................... 51 José Grave ..................................................................... 52 José Grave ..................................................................... 53 Albino Vieira ................................................................ 54 Albino Vieira ................................................................ 55 Enoque Nunes .............................................................. 56 Enoque Nunes .............................................................. 57 Joaquim Dias Grilo ...................................................... 58 Joaquim Dias Grilo ...................................................... 59 José Manuel de Matos ................................................. 60 José Manuel de Matos ................................................. 61 Abílio Echevarria ......................................................... 62 Abílio Echevarria ......................................................... 63 Fernando Mendes ........................................................ 64 Fernando Mendes ........................................................ 65 Paulo Cordeiro ............................................................. 66 Paulo Cordeiro ............................................................. 67
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Justino Glória................................................................ 68 Justino Glória................................................................ 69 José Duarte .................................................................... 70 José Duarte .................................................................... 71 Júlio Carlos Santos ....................................................... 72 Júlio Carlos Santos ....................................................... 73 Carmen Sala .................................................................. 74 Carmen Sala .................................................................. 75 António Sala ................................................................. 76 António Sala ................................................................. 77 Ti’ Tuxa ......................................................................... 78 Ti’ Tuxa ......................................................................... 79 Ti’ Peu............................................................................ 80 Ti’ Peu........................................................................... 81 Júlio e Landa ................................................................. 82 Júlio e Landa ................................................................. 83 Amadeu Mendes .......................................................... 84 Amadeu Mendes .......................................................... 85 Júlia da Soledade.......................................................... 86 Júlia da Soledade.......................................................... 87 Rosa Elisa ...................................................................... 88 Rosa Elisa ...................................................................... 89 Nê Pinto ........................................................................ 90 Né Pinto ........................................................................ 91 Baltasar Sousa............................................................... 92 Baltasar Sousa............................................................... 93 José Sincer ..................................................................... 94 José Sincer ..................................................................... 95 Ana Sincer e Sepúlveda............................................... 96
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Ana Sincer e Sepúlveda............................................... 97 Luís Sincer e Sepúlveda .............................................. 98 Luís Sincer e Sepúlveda .............................................. 99 Miguel Sincer e Sepúlveda ....................................... 100 Miguel Sincer e Sepúlveda ....................................... 101 Pedro Sincer e Sepúlveda.......................................... 102 Pedro Sincer e Sepúlveda.......................................... 103
Rosa e António……………………………..
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Rosa e António ........................................................... 107 Laura Machado .......................................................... 110 Laura Machado .......................................................... 110 Dalila Cabrita.............................................................. 110 Dalila Cabrita.............................................................. 111 Silêncio, A Custodinha Dorme! ................................ 112 Silêncio, A Custodinha Dorme! ................................ 113 Olga e Zé Carvalhido ................................................ 114 Olga e Zé Carvalhido ................................................ 115 Álvaro Bastos.............................................................. 116 Álvaro Bastos.............................................................. 117 António Santiago ....................................................... 118 António Santiago ....................................................... 119 Alexandre Dias ........................................................... 120 Alexandre Dias ........................................................... 121 José Cardoso ............................................................... 122 José Cardoso ............................................................... 123 PedroFernandes ......................................................... 125 Pedro Fernandes ........................................................ 125 Marta Dalila ................................................................ 126 Marta Dalila ................................................................ 127
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Quim Alves ................................................................. 128 Quim Alves ................................................................. 129 Maria Sampaio Nunes ............................................... 130 Maria Sampaio Nunes ............................................... 131 Mário Santos ............................................................... 132 Mário Santos ............................................................... 133 Vila Meâ (Castelões) .................................................. 136 Vila Meâ (Castelões) .................................................. 137 Rio de Água Viva ....................................................... 139 Além do Rio ................................................................ 140 Além do Rio ................................................................ 141 René dos Reis.............................................................. 142 Maria Augusta Pires .................................................. 143 Graça............................................................................ 144 Toma O Leme ............................................................. 145 Acrósticos .................................................................... 146 Jesus Cristo ................................................................. 148 Jesus Cristo ................................................................. 149 Amie ............................................................................ 150 Amie ............................................................................ 151 José Luís Correia ........................................................ 152 José Luís Correia ........................................................ 152 Guida Esteves ............................................................. 154 Guida Esteves ............................................................. 155 Raquel Echevarria ...................................................... 156 Raquel Echevarria ...................................................... 157 Carolina Silva ............................................................. 158 Carolina Silva ............................................................. 159 Milú Cordeiro ............................................................. 160
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Milú Cordeiro ............................................................. 161 Enoque Pinto .............................................................. 162 Enoque Pinto .............................................................. 163 Hortelinda Gall .......................................................... 164 Hortelinda Gall .......................................................... 165 Paula Sintra ................................................................. 166 Paula Sintra ................................................................. 167 Ana Pedro Mota ......................................................... 168 Ana Pedro Mota ......................................................... 169 Lília Tavares ............................................................... 170 Lília Tavares ............................................................... 171 Manuela Matos ........................................................... 172 Manuela Matos ........................................................... 173 Teresa Costa................................................................ 174 Teresa Costa................................................................ 175
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