Sinfonia do mar print2

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Pelo segundo ano consecutivo, os Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa comemoram o Dia Mundial da Poesia organizando o sarau Mar-à-Tona em Poesia, este ano, estendendo o convite a mais poetas e amigos com quem diariamente partilhamos poesia no Solar de Poetas, grupo do facebook. Este sarau vai ganhando cada vez mais popularidade, trazendo à Póvoa de Varzim muitas dezenas de novos poetas de todo o país e do estrangeiro que se juntam a nós para apresentar os poemas que com inspiração escreveram expressamente para este evento. Eis o programa para esta sessão: Tema: A Sinfonia do Mar Local: Póvoa de Varzim, Diana-Bar - Biblioteca da Praia Data: 23 de Março de 2013 Hora: 21:00 Do programa, além de diversas intervenções poéticas de convidados diversos, de entre os elementos dos grupos do facebook Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa e Solar de Poetas, teremos a intervenção de: . Nádia Fidalgo, soprano; . Melissa Fidalgo, pianista; . Dente de Leão, grupo de poesia e música; . Outras participações musicais e intervenção de muitos poetas. Aos participantes será oferecido um exemplar da coletânea A Sinfonia do Mar expressamente preparada para este evento. Os autores presentes exporão os seus livros para que a sua obra possa ser conhecida. Esperamos assim comemorar mais um Dia Mundial de Poesia com a dignidade, o respeito, a ponta e a circunstância que nos merece quem escreve para nosso deleite e com tanto carinho. E viva a Poesia! Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa (3)



SINFONIA DO MAR Ao longe, o marulhar, a melopeia Das ondas desse meu imenso mar... Chegou de madrugada, maré cheia, Em lindas melodias, seu cantar... Eterna paz, caminho pela areia Olhando mil gaivotas a voar Num mágico bailado que se enleia Aos sons da sinfonia, o marulhar... Se de repente aquele mar se agita, Eu perco-me de amor, minha alma aflita Se lança pelas ondas sem temor... Ó mar sem fundo, tão imenso e forte Tu és meu mundo, sina, a minha sorte, A Sinfonia Eterna do Amor! José Sepúlveda

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O MAR No horizonte o sol começa a declinar… Vem daí amor, vem comigo ver o mar. De mãos dadas vamos percorrer essa praia. Olha o extenso areal que ao nosso olhar se espraia… Vê as ondas que em turbilhões de branca espuma Se vêm desfazer na areia uma a uma. Reclina a tua cabeça sobre o meu regaço Enquanto olha o mar, pleno de sargaço. Gritos de gaivotas e ondas a marulhar Fazem parte desta “Sinfonia” do mar! Deixemo-nos levar por esta melopeia Que acalma os corações e as almas enleia… Mar, tu que pareces contar-nos teus segredos Leva contigo para longe nossos medos, Para que vivamos felizes como dantes, Unidos nesta vida, eternamente amantes! Amy Dine

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A SINFONIA DO MAR Longe do mar Trago nos sentidos marítima sinfonia Daqueles lugares que guardados em búzios Escondem das profundezas sua arritmia Trazendo a terra murmúrios sussurros Do fundo do mar Doce poesia Mar que sangra corações temerosos Velas que se rompem na fantasia De noites e dias tenebrosos Cobertos de negra maresia Longe do mar Sinto os gritos que balançam as vagas Os cascos em rombos feitos espadas Rasgando salgados oceanos no olhar E o vento murmurando esse louco mundo A cada onda o riso a desorientar A cada vaga o choro profundo A cada ser o sal a salgar A doce vida onde afundo A sinfonia desse mar Mar que se forma encrespados relevos Mar que esconde energúmenos segredos Mar que se deita sobre os meus medos A sinfonia do mar chama por mim Há nas palavras encantadas sereias Uma melodia sonora sem fim Que brilha no sal das húmidas areias… Ana Bárbara Santo António (7)


MAR DA ILUSÃO M eu coração que ainda crê nos sonhos A briga em seu âmago um tristonho ser R etrato desbotado distorcido do viver D esenha na branca areia a felicidade A pagada sem pena na água da realidade I nsistente vive da esperança cristalina L umiar de pirilampos preenche a retina U mida de lágrimas acomoda-se na sina S ob um céu de estrelas, fuga da rotina A titudes incapazes de restaurar o amor O utrora vivido no distante jardim em flor. Ana Stoppa

A autora é brasileira

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SINFONIA DO MAR… Ouvi cantar o belo mar Numa autêntica sinfonia Quando a onda vinha a dar Aqui perto à gelosia Gelosia que eu abria Sempre que o queria ver Olhava-o com toda a alegria Porque nele sentia prazer Eram canções de amor Aquelas que ele nos dava Mas havia viúvas com dor Pela dor que ele cantava Aquele aroma a maresia Me deixava mui contente Nas entranhas quem diria O amor sempre presente Era tão bela a sua sinfonia Quando a noite se entranhava Belos corpos em harmonia Ele de nós os desejava Um autêntico clamor Um chamariz à razão Sinfonia do amor Símbolo da sua paixão

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Cantava e encantava Numa onda de prazer Era tudo o que amava E de noite o queria ver Sobre o mar alguĂŠm dizia Para ter cuidado com ele Porque em si a demasia Era ficar com nossa pele Armindo Loureiro

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BARCO NEGRO A fúria do mar te envolve O gemido do vento te embala O céu cinzento e neblina te cobrem E tu lá continuas a navegar Nesse tenebroso mar... Vais carregado de sonhos e esperança Homens destemidos que o mar enfrentam Para ganharem para o seu sustento Passam o cabo das tormentas Bandos de gaivotas te acompanham Divertidas no seu lindo esvoaçar Elas indicam a tempestade Toma cuidado… olha o mar Deus te vai a acompanhar e à terra triunfante vais regressar Bárbara Godinho

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SINFONIA DO MAR Ao contemplar o mar imponente apercebo-me que somos apenas partículas deste mundo em transformação em constante mutação... Ao olhar o horizonte, que está para além do mar assumo a minha condição de ser humano. Fecho os olhos e imagino que gostava de ir para lá do horizonte, ver outras coisas, conhecer novos lugares e pessoas e outros modos de viver! O mar transmite-me muita paz, tranquilidade, Ouço uma música especial... Uma verdadeira sinfonia de sons! E fico retida com a sua beleza e poesia... Quando estou contigo junto ao mar, que sussurra de mansinho, parece que ouvimos os seus queixumes e segredos que só ele tem... Sentimos uma paz interior enorme, É um lugar que ambos gostamos estar, de mãos dadas, sem falar... Apenas a contemplar a magnitude da paisagem, que nos transmite sensações e palavras que servem apenas para sentir e reter no coração! Mas, o mar também é rebelde, imenso e impaciente. Tal como nós, o mar tem também duas maneiras de ser! O mar fascina-me tanto que retenho a sua imagem... Fecho os olhos, por uns momentos e capto a sua beleza e imponência para a levar comigo, para me dar forças no meu dia-a-dia, e é ele que constitui o equilíbrio na minha vida... Bernardina Pinto ( 12 )


MAR AZUL Inspiras agrides revoltas és amado por amantes de olhares penetrantes lendas histórias corsários homens navegantes sempre com o olhar muito distante cabo de boa esperança que não alcanças és o adamastor arrasador e não acalmas a nossa dor és a fúria e o agressor nas águas revoltas dos azuis profundos na linha do equador as nuvens cor de prata dão-te vestes de rei és a liberdade em tão grande imensidão és amor paixão solidão são solidários os marinheiros nesta estrada de solitários és tu mar azul Inspirador do amor da saudade da fraternidade e da dor Carlos Fernando Bondoso ( 13 )


O MAR À TONA Azul sal, luar do sonho, Adormeci, vi o corpo a arder na água, Quando o amor adoçou o mar. Deita-me na areia, ama-me, Movimenta-te, Nada no meu peito Rebentam ondas de desejo ardente, Murmuram violinos no infinito... O amor É um véu, Colorido filtrado nos corpos. A lua sem roupa, Espalha a pele na minha sombra. Melodia do mar, brisa cálida de verão, Mil dunas húmidas de paixão! Carlos Margarido

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MAR… DOCE MAR!... Onde estás ó doce mar Que te vinhas espraiar Nesta areia morna e terna Que sempre te esperava Qual amante enfeitiçada Para em meus braços te enlear? Onde jaz teu marulhar Da onda suave e mansa Do teu canto de sereia Que me seduz e enleia Nas noites de lua cheia À luz suave do luar? Ouço o teu rugido medonho Qual fera enjaulada E com grilhetas amarrada Nesse profundo e negro abismo Nesse rosnar enfadonho De quem já perdeu a esperança Das medusas se libertar. E nesse lamento sem fim Nesse choro constante e louco Que tentas aquietar Revolves as tuas entranhas E num grito forte e rouco Gemendo de dor e cansaço Desfazes-te em espuma E em molhos de sargaço Vens de novo espreguiçar-te No calor do meu regaço Onde podes descansar. Carolina Sá ( 15 )


SEREIA Flutuo de encontro aos teus abraços, Nessa maré envolvente Amarrada nos tentáculos de amor, Grudados ao meu corpo nu e quente. Ondas encantadas nesse grandioso mar, abrem-se as entranhas de espuma, sublime ternura e prazer, eu corpo, dormente de um doce doer, Excitante tremor, de carícias sensuais Eu delicada sereia, enrolada nessa teia deixo que me pesques, Pois teu grito de amor me afasta de qualquer dor, Ou de redes de pescador. Pesca amor meu coração, pesca a sereia esguia, Com nuvens de algodão e célebres castelos de areia, E a sereia deixa-se enroscar nesse teu bravio mar, Por a sinfonia do mar deixou-se apaixonar, Pelo Teu infinito mar. Celeste Seabra

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ÉS MINHA MÚSICA Navego, escalas que beijam. Gaivotas pintam o azul céu... Vaga, desfragmento no olhar. Infinito, transpõe pensamento. Estrelas orquestram pautas, Suspiraram caricias de maresia. Cantos de sereias... Mar revolto, ventos, Suave brisas... Sinfonia de concordância! Fantasia, instrumentais inacabados! Banham claves do meu coração. Robustez, compõem devastação. Violência, em baile de feitiço. Arrebentamento em notas de Sol. Melodias em ondas brancas. Salgado, doce, fragrância musical. Pulsar de vida. Corpo em contornos musicais. Pingos de sons, recitam gemer. Areia, grãos dourados, onde escrevo, Só te quero Amar... Oh...Mar! Céu Pina

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A SINFONIA DO MAR A melodia voa no bico da gaivota, Sabe-me a sal a última vaga poente, Como se fosse molhada plo sol Deglutida num áspero momento Fica um malmequer em cada pegada, Ária da primavera que plo areal da vida, Sempre nos encanta e arrasta… Sobrevive às intempéries sentidas, As pedrinhas jogo-as no tempo, Enquanto me encosto aos búzios, E me entrenho a trautear o canto Do silêncio de todas A-Mar-És, Acomodo o mar ante os olhos, Libero a tempestade num grito, Na crueza de um tempo que se esvai Em areia-pó, marulho de meus dedos, Essa chuva arde-me o instante Na contemplação da costa que se infinita, Do farol nasce a chama, fogo ardente Que incendeia a noite de azeviche, Que passos me seguem sem sombra?! Que solidão é esta que se arrasta na rede?! No dilúvio deste meu grito salgado Afundado num abismo de tormentas, Fica a inércia de um corpo naufragado, Espero a calmaria… a bonança, Regresso aos passos des-compassados, Dobrando o cabo da boa esperança,

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Embalo-me no anoitecer, Pescadora ou gaivota… Voo no ilimite do sonho, Pesco à linha o horizonte, Sou-me a sinfonia de todas A-Mar-És! Cristina Correia

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VOO INDOMÁVEL... Há um voo que se espraia no destino da ave que arrisca o rasgo eterno e sobrevoa a planície num só hino ao desfolhar as sombras do inverno Nessa vontade de sul ergue-se a voz o cântico ansiado no ventre do estio sabor inquieto desta paixão feroz seara crescente do luar em pousio Na rota sem morada cresce a sede arde na margem do lastro indecifrável trespassado neste voo que antecede o culminar da chegada indomável entre agruras do frio que se despede num novo raiar de luz inquebrável... Cristina Fernandes

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SONHOS DE AMOR NA SINFONIA DO MAR No vai e vem de espumas ondulantes sobre a areia quente de um dia de sol, Gaivotas sobrevoam sobre as águas salgadas Num balé ritmado, cadenciado e estridente... Peixes e mariscos de toda espécie, ziguezagueiam entre pedras, musgos e abismos, como uma dança tropical Oferecida pelas águas cantantes do mar infinito, belo, inspirador, sagrado e colossal... À noite, estrelas enfeitam suas águas com um brilho radiante e enternece os amantes que suspiram em delírio, tal a beleza e nobreza da Sinfonia do Mar que encanta, decanta e acalenta todos os sonhos de amor de um poeta! Denise Flor

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SINFONIA DO MAR No voo das aves, perdido no tempo das cálidas águas, sinto o marulhar, vagas que em sinfonia com o vento vão para além de gaivotas a grinfar. Em repentinos mergulhos no mar quebram a plenitude do momento, céleres voos picados cortando o ar buscam o peixe, o contentamento. Suaves acordes de ondas a cintilar no azul e no verde do firmamento, acres aromas a sargaço, no solfejar. Na orla da praia a espuma acalento, beijos do mar, que em leve suspirar, ternos na areia, largam seu alento. Edite Pinheiro

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NO MEU SENTIR A VOZ DO MAR “Eu sou a voz do Mar… Vem até mim… vem até mim…” Nos meus ouvidos lassos Indolentes de cansaços O teu chamamento no espaço é solilóquio irreal Neste denso nevoeiro sideral … … e no som intrépido, ó mar No arfar sonâmbulo Das tuas vagas penosas que choram lamentos dolentes, delirantes ao vento viajo no teu manto diáfano de sons, melodias, murmúrios… é a sinfonia do teu marulhar melopeia do meu sentir do teu espraiar na areia no fragor insano das tuas vagas aladas no murmúrio sonolento da brisa que sopra, espreguiça e passa no eco titânico das tuas profundezas… no bramir inquieto da tua turbulência. “Eu sou a voz do Mar… Vem até mim… vem até mim…” … e eu corro para ti descalça na areia

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Embalada no teu perfumado sibilar Quero navegar no teu reino místico de silêncios, odes e mistérios mergulhar no etéreo dos teus brilhos e cores sucumbir ao doce canto das sereias e planar nos gritos das gaivotas rumo ao horizonte… “Eu sou a voz do Mar… Vem até mim… vem até mim…” Fátima Veloso

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A SINFONIA DO MAR Vibrante, ondulante, colorido, Alegre, triste, revoltado, conformado, Assim és tu, ó mar! ...Cadenciado em teu ritmo, Incorporas o íntimo que todo o ser tem. Tal como tu, assim sou eu e muitos outros, Iguais ou diferentes – pouco ou nada importa, Que diferenças diluem-se em tuas águas, ó mar... E eis que, de quando em quando, Ao entrar em tuas ondas Contigo me confundo neste ir e voltar sem fim... ...Levas-me para longe, trazes-me de volta, E logo me levas em tua suave melodia – Brisa distante dos sonhos mais queridos, Agora contigo vividos neste instante... Fernando Figueirinhas

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NAS ONDAS D’A SINFONIA DO MAR Deitei-me com uma onda do mar. E na sinfonia da intimidade Pautada pela ausência de gravidade Cavalgámos ambos sem medos Até por cima de rochedos! Amo-te. Shhhhh…não gastemos as palavras. Não precisámos delas quando Os meus olhos se tomaram dos teus Ou foram os teus que se tomaram dos meus? Que interessa… Bem depressa sentimos na latência A urgência de nos cumprirmos um pelo outro: Eu de braços alados Tu de abraços salgados… "Quem disse que o Amor era doce?" Mas, de repente Só me recordo de um brilho impiedoso Fugaz, mas tenebroso E acordámos, acordei eu pelo menos Prostrado na areia: Doce cama de algodão Para qualquer desafortunado náufrago, Amarga pausa do tropel Que agora percorro; recobro De uma saga que se insinua a cada nova vaga De praia-mar; antes tempo de sabor A-mar Agora espera; prelúdio de quem desespera…

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Preâmbulo também, pudera Libertar o período da esfera: "Quem disse que o Amor era doce?" "Quem disse que o Amor era doce?" Shhhh… Shhhhhh… Shhhhhhhhhh Francisco Correia

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A SINFONIA DO MAR Mar! “impiedoso Mar!” No teu marulhar, As tuas águas enfurecidas… Em ondas revoltas, “Roubam… inocentes Vidas, Semeiam calamidade e dor… E desfazem sonhos de Amor…” Porquê, Mar! “impiedoso Mar!” Mas, Mar! “ tu não semeias somente, “agonia…” Mar! A tua Sinfonia, tem “poesia!” E não és somente, “impiedoso Mar!” és também, “grandioso Mar!” Tu “ és transcendental poesia! ” Que me inebria “de encanto, enlevo, graça e harmonia!” A Sinfonia do Mar, Do “grandioso Mar!” Tem “poesia!” E nesta volúpia… “Em ti, Mar!” Deleito-me… “a abraçar a tua areia, Tua companheira!” A Sinfonia do Mar, Do “grandioso Mar!” Tem “poesia!” E nesta volúpia… “Para ti, Mar!” ( 28 )


Em deleite… “o olhar meu, Vai, ao encontro do teu, Nas tuas águas amenas… Em ondas prateadas e serenas!” Mar! “grandioso Mar!” Tu “ és poesia! ” Que inebria… o Sol e a Lua, em sintonia, “Com beijos de luz a cintilar… E abraços prateados de luar...” Mar! “grandioso Mar! ” Tu “és transcendental poesia!” Abrigas “a Fauna e a Flora” no teu fundo, A maior “riqueza e beleza” do teu Mundo! A Sinfonia do Mar, Do “grandioso Mar!” Na sua sublime melodia… Tem “poesia!” A exaltar… “a Terra o Céu e o Mar, Em perfeita harmonia!...” Helena Maria Simões Duarte

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VOZES DO MAR Tentei fazer uma melodia Queria encantar o mar Qual surpresa foi tanta Que nos rochedos surgiam A mais doce sinfonia... Comecei entรฃo a chorar Eram lagrimas salgadas Misturadas com ondas Que batiam levemente Nas areias escaldadas... Refugiei-me ao meu canto Na areia escrevi meus versos Tentei descrever o amor O sol sem piedade Queimava sem salvar nada Eram feitos de espumas Que ficavam ali a rolar Sem forรงas para voltar... Restou-me ficar parada Ouvindo o cantar do mar Eram vozes apaixonadas Vindo para te encantar... Irรก Rodrigues

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SINFONIA DO MAR Mar calmo! Azul... Azul dos olhos teus. Brisa acariciante Manhã primaveril Melopeia ondulante. Maresia... Perfeito odor Suavidade de sons Suavidade de cor Melopeia ondulante O verdadeiro amor... Maresia Frescura intemporal Perfume que ao de leve toca Envolve, cerca e enleia Se entranha... Raio de sol Penetra e alenta Em manhãs brancas e frias Nos invernos da vida Dá calor Puro amor. Suco de uva Em tardes amenas de outono Linha mar/céu Outono! Cores quentes Amarelos avermelhados Sol poente. Horizontes afogueados. Amor ardente Amor paixão...

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Palavras soltassem substrato Palavras apenas... Palavras ditas por dizer. Palavras sem nexo Confundem-se com o marulhar... Palavras momentâneas, mentiras! Amor ilusão... Amor sem amar. Palavras veras Palavras de mel Ouvindo das ondas o som A verdadeira sinfonia do mar Palavras que ondulam no espaço e no tempo E se perpetuam Na toada da vivência. Infinitas Amizade-Amor Resistente aos temporais Às agruras Amor sem vaidade Amor lealdade Puro amor. Verdadeira Melopeia ondulante SINFONIA do MAR Amado /Amante Isabel Simões

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SINFONIA DA SEREIA - (TONA DE ÁGUA) Tão calmo estava aquele mar suas ondas eram sinfonia... Quando se ouviu aquele cantar era uma sereia numa linda melodia Tão feliz ela estava, doce sereia... Que não se via à tona de água... Ela cantava brincava naquela areia mas seu cantar era de tristeza e mágoa Depois que muito cantou, esta linda sereia, ela que o mar abraçou, e feliz dentro da água... Ela sereia se lavou e limpou daquela areia... E numa rocha cantou, e já não tinha mágoa... Aquela linda sereia, cor de prata e mar.. Ela brincava mergulhava mas voltava.... Era vista à tona de água, na sua cantoria naquela linda sinfonia à tona de água voltava. Joana Rodrigues

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OLHA O MAR Olha o mar estendido na praia... E a lua caída no mar... Foi, engolida por uma raia...! Já não há luar, já não há luar... E as estrelas, caíram ao mar... Além no distante horizonte...! Vai um barco... A navegar... Oxalá...! Não lhes afronte... Oxalá...! Não lhes afronte...! "Olha lá, no horizonte " Vem, vem, ver o mar Antes, que ele apronte... Tem pressa de chegar...! E a lua caída no mar...! O mar entretido na praia... Vê, no céu as estrelas ------------------- brilhar...! E na terra, as meninas --------------- de minissaia...! João Nunes Carneiro

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SINFONIA DO MAR Estou estático ao ver o horizonte adormecido sobre a linha infinita onde o sol se acoita mergulhando a força da luz entre o espelho da vida e os sonhos dos homens que olham como eu olho este mar de ondas salgadas, amarguradas, por homens, com destinos traçados, segurando lemes… Estou estático, deslumbrado, pela fantasia divina que me é transmitida em cada roncar por ondas, abraçadas em contínuos desalinhos, como se fossem sereias cantando-nos histórias passadas, memórias, como se saíssem do fundo do leito gemidos de dor, sonhos perdidos!

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Sinto-me hirto, parado e imóvel á beira mar ouvindo e sentido a sinfonia deste deslumbramento que me é dado graciosamente pela mãe natureza que me enche a alma de um colorido infinito numa extraordinária beleza! Joel Lira

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SINFONIA DO MAR Um mistério na ilha da fantasia... O maestro do mar fez sinfonia... Um tocar com um doce e teu balanço... Nessa alma tão submersa, até já avanço! Ilusão está imersa; a afundar! Segue em frente... A vida é tua e é meu mar! Por favor, não recorra a subterfúgios! Deixe-me em calabouços fugidios! Nosso futuro, sim, só a Deus pertence... És tudo em mim, meu hoje e amanhã! Em busca do meu amor, me convence!! Podes até de cafajeste chamar... Já nem ligo, pois não sou alma vã! Só sei: gosto da sinfonia do mar... Jorge Guimarães

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O CANTO DAS ONDAS O meu é o nosso mar Oceano d’infinidade Para onde o olhar Enternecido repousa Na onda que venero E toco com a mão Quando o sentir ousa Se viras uma maratona De brava água salgada E à tona salta o peixe Na posta cama de rede Num tenso arrebatar E que deixe o coração De contente a chorar Do regressar radiante De inteiro pescador Que sente triunfante Que pra além da dor Há barco é timoneiro E muito amor à espera. José AM Rodrigues (Zeal)

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PRIMEIRO MAR Há uma praia que já foi mar e eu vida e tu luar. Mora em Pangeia um olhar antes de ti, osso, posto coração, protótipo de amor. E se maré vier prenhe de crustáceos e jardins em redor, No sopro de correntes antes que lamentes, já não deverei tardar. José Brites Marques Inácio

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A SINFONIA DO MAR Navego-me em pensamentos embalado por claves de sol sobre este mar melodioso que sobre serenas vagas me sussurra cânticos de sereia no seu doce marulhar soprado pelo assobio de brisas e em cantos de estiais ventos! Este mar belo e imenso, que beija o céu azul da sua cor e se aconchega ao verde da esperança! Que me enleva nos mistérios insondáveis das suas profundezas, e pelo encanto que me deslumbra, no reflexo do sol sobre seu dorso! Mar de tantas canções, palco de imensas sinfonias, caminho de tantas ilusões! Perdes-te no alcance do meu horizonte, surges esplendoroso em outro quadrante, és grande, doce mar, és a minha fonte, de acalmia no desassossego que me faz navegante! Nas tuas ondas vem o meu sentir, que te acompanha à praia da minha serenidade, tens a música que sempre desejo ouvir, és a minha sinfonia em momentos de saudade! José Carlos Moutinho ( 40 )


O MAR E TU Nos teus olhos vejo o mar Que me seduz E, cheia de luz A planura inquietante Marulhando desvarios Gemidas marés de calafrios Tu e o mar, o mar e tu Dicotomia Murmúrios, sons, melodia… A sinfonia do mar! Melopeia Das ondas vivas do teu corpo nu Onde me sinto navegar Nele me perco em enseadas Na volúpia das tuas algas salgadas Entre cardumes coloridos Num caleidoscópio de prazer Mergulho em águas profundas do teu ser E diviso, na linha do horizonte O pôr-do-sol. Flâmulas afogueadas Nas tuas faces rosadas E qual Adamastor Que emerge e submerge No mar que és Tornado amante, monstro de marés Em ti… no mar… Sei que o meu fim é naufragar José Maria M. Carneiro

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QUE SINFONIA É ESTA Que sinfonia é esta, oh mar?! És harmonioso quando cantas, és desarmonia quando choras E tantas, tantas são as horas em que choras! E quando cantas são tão poucas! Roucas são as lamentações da tua voz, a rugir Como rixa de trovões da tua investida a bramir Contra o castelo de leixões a praia a proteger. Tu gritas! Vomitas lamentos, Desesperos varridos pelos ventos! Medos! Segredos de que os penedos Na sua massa embrutecida são guarida. Olha ali um pedaço da saia de uma varina, No sargaço enrolada, e de cujo regaço, tanto cansaço Levou a tua água salgada! Que fizeste do seu corpo?! No teu seio, lá no mar alto Eu bem te oiço! Tu dizes: Está morto! A sepultura é o meu fundo! Tu, oh mar, és a sepultura de tanta ilusão Palco da tragicomédia de viagens começadas e não acabadas Olha a traineira, a fragata, veleiros, cruzeiros, a caravela, o barco à vela, O navio, o vapor! A Esperança na alegria de quem parte, a dor pela ausência de quem não chega! É esta a cadência do ir e não voltar do mar! Pessoas novas e velhas, destemidas, audazes De rapazes e donzelas! Olha o que de todas elas tu fazes! Até o barquinho de remar e ao pescador No frio, no suor, na sua dor, à procura do pão-nosso-de-cada-dia, Tu levas e engoles no teu seio profundo!

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E nas trevas da angústia, aos gritos, aos ais Deixas a viúva, na mortalha do seu xaile embrulhada Ao vento e à chuva e os filhinhos ao redor. Oh mar! Se cantas, muito mais desencantas! Triste é a tua sinfonia! Não cantes mais!! Chora, oh mar! José Pedro Marques

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HERANÇA DO MAR Herdei dois pedaços de ti Dois pedaços de partir e voltar Dois pedaços de anoitecer Dois pedaços de madrugar Herdei o silêncio e o canto O medo, a revolta e a fúria O encanto, o grito e o pranto. Do ventre de minha mãe Trouxe dois pedaços de ti Feitos de algas secas perfumadas Acordes de gaivotas desafinadas E horizontes sem segredos. Herdei e comigo quero levar Os olhos verdes de minha mãe... Dois pedaços de luz, sol, sal e mar. Lourdes dos Anjos

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MAR À TONA Assim me sinto… Numa maratona De quereres Marés montantes Emoções em crescendo… Tsunamis de prazer Em carnes angulosas Banha das de salgados humos Sabores de paixão Com odores de maresia Montando em nós Até à derradeira … Em que se anuncia a vazante Num estrebuchar de corpos Em delírio irracional Num deleite indescritível Sinfonias de mar E ondas de prazer Lucibel

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PÓVOA DE VARZIM Sempre viagem apetecida Estadia então, tão desejada Vida simples, praia e esplanada É nobre Póvoa que me convida! Um areal extenso, sem igual Pleno de corpos, jovens e tão menos Casais, amigos, grandes e pequenos Praia famosa, deste Portugal! Plena de diversões, acções culturais Local de encontro, e de passeio Mar de gente, nos verões ideais! Águas calmas, vivas de permeio Mar feito de paixões, não por demais Póvoa de Varzim: és meu ego cheio! Luís Gomes Pereira

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O MAR NA ESPLANADA Repara. O que vês Um disco luminoso Da cor do fogo, A cair do ar Lenta, Tranquilamente, Na nudez longínqua do nosso mar, Largo, Formoso. Quanta beleza! Debruçado na esplanada, Deixa-te embalar Pelo sussurrar das ondas, Lambendo as pegadas na areia, Quais seios bamboleantes De formosa sereia! Quanta doçura! Do cheiro forte a maresia Surge a ninfa do sargaço, Quais cabelos doirados Caídos no teu regaço! Quanta ternura! Do manto estrelado do céu Surge a princesa lua Rodeada por um rosário, Bela, Doce, Nua!

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Quanta candura! E embalado pelo seu cantar, Respir ando o seu odor, Iluminado pelo luar, Adormeceste o meu Amor! Manuel Craveiro

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SINFONIA DO MAR És o azul nos mastros esguios que escrevem sulcos no sangue das águas morrendo nas palavras dos navios que trazem praias de mágoas em ventos sombrios És bandeira de pão que geme no sargaço trigo molhado de esperança no palácio florido dos corais floresta enrolada na espuma suave que avança e morre no cais. Passeias veludos nas marés macias em baile de oásis no estio que arde em ondas cansadas e frias no poema da tarde. Acende as velas na tona da tua pele e na máscara da noite tece rendas nas rochas esculpidas com o teu cinzel De onde vem a tua força que sacode o silêncio em ti imerso? Porque és trono das águas e senhor julgando teu escravo o audaz pescador? Traz antes mansas vagas nascendo no leito do horizonte como a urze que nasce no monte na sinfonia da cor. Murcha as ondas lentamente em olhos de águas notas pintadas na pauta de tantas mágoas. Cerca o areal de fragrâncias perfuma os meus pés dorme o silêncio do sol no ouro das marés. ( 49 )


E Não digas que não és capaz de cumprir que o vento te incita que a lua te irrita! Não inventes surdez na raiva das ondas nem batas nas portas das conchas já mortas! Não cavalgues as rochas não galgues a terra não tragas mais guerra! Deixa-te assim ficar sereno, azul, irmão. É tempo de paz é tempo de pão! Sem ti mais fome se faz! Da linha do horizonte como um voo de condor traz a tua paz à tona e inunda-nos de Amor! Manuela Barroso

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SINESTESIA DO MAR Na imensidão do mar Jurei-te amor eterno Foste o meu cálido manjar Naquela noite à beira-mar Unimos os corpos em caderno Dedilhaste-me... Com toque, suave e terno Juntos flutuamos no ar... Amamo-nos até o dia voltar Vou fazer uma sinfonia Em lençóis a oiro bordado Vou afagar-te em sintonia Quero sublimar-te até ser dia Juro... Chegaras à histeria Meu amor há muito procurado Vamos mergulhar, lado a lado Juntos em sinestesia Na orquestra da melodia Neste mar imenso À vida e ao amor, eu pertenço Manuela Bulcão

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O FUNDO DO MAR No mais profundo do mar Há objetos de todas as cores, Corais e tesouros de encantar E algas em forma de flores... As conchas abundam às mãos cheias, De tamanhos e formas tão diferentes, As grutas são em forma de colmeias E os peixes parecem transparentes... Pudesse eu lá ir ao fundo Rodear-me de coisas tão belas, Fugir deste pobre mundo, Morar numa casa sem portas nem janelas... Que bom seria lá ter a minha cama, Adormecer deitada nas areias, Sonhar que era uma grande dama E acordar ao canto das sereias!... Manuela Matos

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A SINFONIA DO MAR Maríntimo de mim dedilho tua música nos dedos Dentro de ti sou pluma a ti entrego segredos no teu amor me espreguiço meu eterno namorado Teus longos braços me abraçam teus doces marulhos me excitam teus beijos a boca me adoçam meus desejos em ti gritam No fundo do teu silêncio sempre ouvi os sons da vida contigo vou e não penso nas tuas ondas erguida Já esperei tuas marés maríntimo e navegante Já fui tua nas maresias eterno e sábio amante há minha alma não mentias amando meu corpo errante Já minha alma tu querias pois que ta ofereço, é tua ensina-lhe sabedoria em ti tudo desagua ( 53 )


A sinfonia do Mar é o começo da vida gerada no meio da água aos seus olhos fui nascida Tua cantiga é constante teu humor é pertinente a ti oh Mar dos poetas te dou versos de presente Margarida Cimbolini

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ESTOU A ANDAR estou a andar a ver-te a ir eu passo meus dias aqui estou longe mas perto de ti sabes não te agites agora só quando eu for embora agora quero-te de mansinho a ver-me devagar ouvir a tua perdição e eu espreguiço-me quando te ouço meu desejo delira quer sair na tua sinfonia quero juntar meu coração nesse balançar brilhas eu brilho também tenho olhos para te ver tenho os braços do rio para me estreitar quando ele te penetra ouve teu cântico e faz-me bailar em sinfonia contigo tu és um amigo és a solidão que me persegue sem abrigo um dia meu desejo torna-se realidade eu entrego-me a ti isso já é meu tua sinfonia me atraí olhos postos em ti eles brilham

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e tu mar ĂŠs um amigo que cantas comigo e trazes as brumas a tua sinfonia que sĂŁo belas e me animam ĂŠs o minha alegria mar mas ao mesmo tempo tua sinfonia faz-me triste mar Maria Alice Fernandes

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NAVEGANTES Nem mar, nem marés nem traineiras que rebentam, podem retirar a fé a estes homens navegantes, quando a perseverança é o manto que acompanha o seu embarque! Livram as dores do esforço, solta o grito da coragem, a fome que ficou em terra e a esperança na sua barca! Navegam os mares do sul, enfrentam os mares do norte, as correntes a sua morte, calam na boca o medo! Levam o credo na boca e a sorte nas suas redes, apertam a dor da saudade, lembram quem chora por eles! Levanta a vela do barco e a proa embala de leve, veem estrelas cadentes e o mar que as engole! O frio que o Inverno queima, gela até suas almas, crestam os vultos ao sol e a pele torna-se negra! Cantam glórias ao mar, deixam os sonhos em terra e a vontade de voltar, a buscam no porão cheio! ( 57 )


E cedo se põem a rezar aos santos do seu apego, que Nossa Senhora do Carmo nos livre e afaste do perigo! Homens de força e braços gigantes, seu regresso é esperado, por todos a quem o peixe, lhes põem um prato na mesa, não há ninguém que os deixe em terra por abraçar, estes homens que no mar reza e os põe a navegar! Maria Morais de Sá

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MAR À TONA Mar a Tona É um Evento de gente que pela poesia faz qualquer maratona Mar a Tona em Póvoa de Varzim cidade piscatória, com um Mar que apaixona Mar a Tona Que com o carinho e entrega dos organizadores nunca dececiona Mar a Tona Com um Mar ora revolto, ora sereno que um lindo entardecer nos proporciona Mar a Tona Um Mar que com a sua melodiosa sinfonia nos aprisiona Mar a Tona É para todos irmos saborear Poesia que impressiona E apreciar um Mar que a sua beleza ninguém questiona. Mina Salvador

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SONATA DO AMOR Sobre o mar calmo...! Como palco De lua cheia clara A iluminar uma gaivota Que em voo retido Está a escutar A menina linda A tocar...! Uma sonata de amor Dos seus dedos o prelúdio... Rompe em seu instrumento Comunicando-se no mar A mais bela música Estimulando todo o mundo Amar...! A brisa flui serena E fina Fazendo ondular Os cabelos da menina Que está a tocar...! A sonata de amor Que é a sinfonia do mar Que para além do mundo A gaivota a lua e o mar... Estão a escutar...! Mário Sampaio

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FUI PASSEAR ATÉ AO MAR Fui em direção ao mar Deixei meus passos na areia molhada No meu ligeiro caminhar O meu vestido longo Acabei por molhar! Havia uma brisa ligeira e neblina no ar Senti força… Ao olhar aquela cor azul que tem o mar E ali pensei em te amar Logo meu espírito senti flutuar Perdida em pensamentos! Naquela tarde tranquila e sem vento Dei largas ao pensamento Minha mente começava a divagar Com os pés afundados na areia Beijados pelas ondas do mar! E debaixo daquele céu anil De sol, de sal Que salgava a minha pele! Sentia-te ali a meu lado De cabelos e corpo molhado Querendo com o teu, meu corpo enxugar! Ai de mim… Senti que estava a divagar Com o olhar virado p’ro amar

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E ali naquela falésia vi descer sobre mim O mais lindo entardecer, Ali sentada… Em meu colo o vi adormecer! Mais um devaneio de poeta Procurando palavras rimadas Outras até fantasiadas Para no fim terminar Com a palavra amar! Nazaré Ferreira (Naná)

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A SINFONIA DO MAR A Sinfonia do Mar Que docemente nos embala As ondas que vão e vem Espreguiçando-se n`areia É noite de Lua cheia Estar ali sabe tão bem E poder observá-la Tudo é perfeito O aroma intenso a maresia Eu a teu lado me deito Envolvida pela magia A sinfonia do mar Continua a murmurar Bem junto ao meu ouvido Parecia estar a chamar Mas não queria acordar Estava feliz contigo Rosa Ferreira (Tulipa Negra)

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OLHAR O MAR Gosto das tardes sombrias a olhar o mar Do traço que desenho na areia húmida Do sabor salgado nos meus lábios Da tranquila sensação do afago da brisa Gosto deste intervalo de mim... Na procura de lugares onde estive Nas paisagens que já senti Tenho a espuma a meus pés Num branco baço leitoso Como a palidez da tarde Já se vislumbram ténues as luzes Ao longe...na cidade que desconheço Está acanhada o fim de tarde... Não há recorte no horizonte Não os distingo… As sombras regressam a matizar o entardecer Fico mais um pouco...escuto-me Entendo-me com a noite que se encosta a mim De mansinho... E segredamos a despedida a este encontro Guardo toda a fragrância das tardes sombrias A olhar o mar… Rosa Fonseca

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SEREIA Sou das águas uma filha aquática Nasci em dia de chuva tropical Tenho parceria com o mar, meu berço Da lua sou reflexo e o brilho. Convivo com gaivotas e baleias, Sou cúmplice do ciclo das marés, Conto meus segredos ao vento, Perco-me nas brumas das sereias. Gosto de ser mulher sempre molhada, Como a beira da praia, em vai e vem, De água salgada, na chuva, ou suada, E esta parceria liquida, me mantém. Mulher golfinho, nadando nua e sensual, Sinuosa, deslizando erótica molhada, Cardumes de desejos, em temporal, Meus braços no mar... Meu corpo enseada. Rosangela Ferris

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SINFONIA DO MAR DO AMOR Eu vou navegar pela imensidão do mar de amor que ora, então, me invade... Na chama de amar, fez-me ter saudade do tempo bom,.. De outrora,.. Da paixão! Tu tens minh'alma presa ao coração... Fervente sem ter calma, tal que arde! Quero-te agora, mesmo se for tarde! Nem sei se é a hora!... Voa a escuridão... A duras penas, sofro por tua ausência... Pra qual tenhamos toda paciência! Se pura ou maldita? Alguém acredita? Sim, canto ao vento o nosso sentimento... Na esperança de ter melhor momento... Tamanha tempestade, até levita! Sol Figueiredo

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SINFONIA DO MAR As tuas ondas beijam E afagam o areal Sorvem raios de ouro E desfazem as brumas matinais. Sem naufragar, o meu sonho se desprende Veleja em cada vaga, entreaberta E palpita em cada renda de espuma Risonho e cálido. Ao entardecer, o céu se ilumina Com um relâmpago E não tarda a espalhar gotas de poesia pelo ar O sopro do vento esfria… Sinto um arrepio na minha pele, dorida. Ao acordar, o luar brando e prateado Vai delineando as tuas formas E pousando no teu eterno azul, sem idade. Quando a luz do dia emana O som agitado das vagas Sente, uma sede infinita! E murmura o teu nome, no meu lençol de água. Sou a Deusa das águas salgadas Sem ti, fico menor que um grão de areia! Ao relento, no areal Escrevo o teu nome Com algas e conchas E o mar subindo, em sussurros noturnos. Na água rasa, me afogo em sinfonia. Para trás, nas areias cristalinas Ficam as minhas pegadas, esfumadas E as minhas mágoas. ( 67 )


Nos meus braços levo o teu cheiro, inebriante E o teu terno olhar… que eternizo! As minhas quimeras, soalheiras E o desejo intenso, do bater das tuas ondas Brandas e serenas. Telma Estêvão

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SINFONIA DO MAR Assaltava-me o teu perfume e a voz bramia o meu corpo tremia em festa e desassossego como se tivesse medo de te provocar como se fosse vento a galgar ondas impetuosas a beijar as rosas que no peito me trazias e tu, no jeito ardente de seduzires sem sentires que a mágoa descia bailavas na alegria clara da maré cheia e eu areia molhada, lúbrica e quente em dolente ansiedade me desprendia e morria no desejo de te cativar e abraçar-te em cada dia onda nua e bravia haveria de ser sendo tua na tarde quente ter-te e bailar-te o pensamento ritmo, tempo, tentadora melodia louca euforia em fogoso presente Teresa Almeida

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MAR dá-me os teus beijos a água salgada bebível em ondas breves num galope branco de espuma de um vaivém incansavelmente repetido enquanto escrevo no vento o eco persistente que entra em mim adentro como um mar de beijos inaudíveis e o poema nasce ensopado em palavras de maresia sem rumo definido por terem sal o teu sal e sussurros os meus sussurros encostados ao silêncio do meu corpo quando os sentidos se entregam ao prazer de te ver de te sentir de te beber. Teresa Gonçalves

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A SINFONIA DO MAR Ali, junto a ti, nesta minha pacífica existência, nunca te vira tão irado, nunca te sentira tão violento. Escalavas os céus abruptamente, As tuas ondas vociferavam palavras amargas, acabaras de fazer uma viagem extenuante. Carregavas imagens dilacerantes, as nuvens desabaram, a trovoada irada ainda ecoava, O cântico harmonioso das sereias diluíra-se, perante a deusa tempestade. As ondas cavalgavam destemidas, uma melodia grotesca invadia a noite, E eu ali petrificada Incapaz de dar um passo. Temia-te, mas sabia que não me magoarias. Ansiavas estender-te na praia. Chegaste, espraiaste-te subtilmente. Sentei-me na areia molhada, Como sempre o fizera, Meu eterno confidente! Partilhamos os últimos acordes De uma sinfonia avassaladora, Mas também ela Vencida pelo cansaço! Tina Tinoco ( 71 )


EU SOU O TEU MAR Naquela praia deserta, onde O nosso amor faz a festa, Ouvindo o barulho do quebra-mar, Bem juntinho de nós. Eu sou o teu mar, a ti embalar No frenesi dos nossos corpos, Cheios de maresia. À tardinha, o sol bem perto de nós, Dá brilho à paixão que nos envolveu, Nessa enseda de luz, refletida pelos Clarões do sol e os das noites de lua. Eu sou o mar que te arrepia, quando danço Faceira, uma ciranda de amor! Vanuza Couto Alves

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ÍNDICE

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Introdução, Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa JOSÉ SEPÚLVEDA, Sinfonia do Mar ................................................................. 5 AMY DINE, O Mar ...............................................................................................6 ANA BÁRBARA SANTO ANTÓNIO, A Sinfonia do Mar...................................7 ANA STOPPA, Mar da Ilusão ...............................................................................8 ARMINDO LOUREIRO, Sinfonia do Mar BÁRBARA GODINHO, Barco Negro BERNARDINA PINTO, Sinfonia do Mar CARLOS FERNANDO BONDOSO, Mar Azul CARLOS MARGARIDO, O Mar à Tona, CAROLINA SÁ, Mar… Doce mar!... CELESTE SEABRA, Sereia CÉU PINA, És Minha Música CRISTINA CORREIA, A Sinfonia do Mar CRISTINA FERNANDES, Voo Indomável... DENISE FLOR, Sonhos de Amor na Sinfonia do Mar EDITE PINHEIRO, Sinfonia do Mar FÁTIMA VELOSO, No Meu Sentir a Voz do Mar A Sinfonia do Mar, Fernando Figueirinhas Nas Ondas d’a Sinfonia do Mar, Francisco Correia A Sinfonia do Mar, Helena Maria Simões Duarte Vozes do mar, Irá Rodrigues Sinfonia do Mar, Isabel Simões 33 Sinfonia da Sereia - (tona de água), Joana Rodrigues 34 Olha o Mar, João Nunes Carneiro 35 Sinfonia do Mar, Joel Lira´ 37 Sinfonia do Mar, Jorge Guimarães 38 O Canto das Ondas, José AM Rodrigues (Zeal) Primeiro Mar, José Brites Marques Inácio A Sinfonia do Mar, José Carlos Moutinho 41 O Mar e Tu, José Maria M. Carneiro 42 Que Sinfonia é Esta, José Pedro Marques 44 Herança do Mar, Lourdes dos Anjos Mar à Tona Lucibel 45 Póvoa de Varzim, Luís Gomes Pereira 46 O Mar na Esplanada, Manuel Craveiro A Sinfonia do Mar, Manuela Barroso 50 Sinestesia do Mar, Manuela Bulcão 51 O Fundo do Mar 52


E acordar ao canto das sereias!... 52 Manuela Matos 52 A Sinfonia do Mar 53 Margarida Cimbolini 54 Estou a Andar 55 Maria Alice Fernandes 56 Navegantes 57 Maria Morais de Sá 58 Mar á Tona 59 Mina Salvador 59 Sonata do Amor 60 Mário Sampaio 60 Nazaré Ferreira ( Naná) 62 A Sinfonia do Mar 63 Rosa Ferreira (Tulipa Negra) 63 Olhar o mar 64 Sereia 65 temporal, Meus braços no mar... Meu corpo enseada. Rosangela Ferris 65 Sinfonia do Mar do Amor 66 Sol Figueiredo 66 Sinfonia do Mar 67 Telma Estêvão 68 Sinfonia do mar 69 Teresa Almeida 69 Teresa Gonçalves 70 A Sinfonia do Mar 71 Tina Tinoco 71 Eu Sou o Teu Mar 72 Vanuza Couto Alves 72

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