6ª Edição Viver bem

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AOS LEITORES

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VIVER EM PLENITUDE ALGAR MÍDIA www.algarmidia.com.br Diretor Superintendente José Inácio Pereira Coordenador de Conteúdo Cezar Honório Teixeira Coordenadora Comercial Jurema Martinez Coordenadora de Operações Enéia Mendes Morais CORREIO Negócios revistas@correiodeuberlandia.com.br Edição e reportagens Adreana Oliveira Fernando Natálio Fotografia Cleiton Borges Marcos Ribeiro Paginação House Gráfica Rápida - Wilson Vilela Revisão Victor Mariotto Palma Para anunciar nas revistas do CORREIO Uberlândia e região (34) 3218-7666 São Paulo Reinaldo Ramirez e Márcia Moraes (11) 3361-6319 | (11) 3338-1287 comecial@ramirezmarketing.com.br Belo Horizonte Simone Mendes (34) 3218-7666 | (34) 9991-6427 simoni@algarmidia.com.br Goiânia Walison Veríssimo (62) 3945-8295 | (62) 3945-2194 comercial@wverissimocomunicacao.com.br SAC (34) 3218-7666 sac@correiodeuberlandia.com.br Esta revista é uma publicação da ALGAR MÍDIA, editora do CORREIO de Uberlândia. É parte integrante do jornal e não pode ser vendida separadamente. Avenida José Andraus Gassani, 4.555, Industrial CEP 38402-324 | Uberlândia, MG

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azer a CORREIO VIVER BEM é um exercício físico e intelectual. Um desafio que para nós, repórteres editores, a cada ano se transforma em algo maior. E como é bom ver a receptividade de tantos profissionais da área médica que nos recebem em seus consultórios e abrem um espaço na agenda para nos atender e dividir com nossos leitores o conhecimento deles. Nesta edição você verá que, cada vez mais, fica claro que o bem-estar é mais do que ter um corpo perfeito, e independe do quanto de gordura corporal você tem. Corpo e mente estão conectados e a saúde está cada vez mais ligada ao equilíbrio entre eles. Você conhecerá histórias inspiradoras. Verá que a união de uma família em torno de sua matriarca em um momento delicado, vivendo com Alzheimer, é uma verdadeira lição de amor. Verá que há quem se preocupa em manter a boa forma ao mesmo tempo em que quer ajudar os menos favorecidos. Saberá como policiais militares, envoltos em uma rotina em que têm que encarar a violência todos os dias, conseguem dedicar-se a projetos sociais para evitar que jovens se percam nessa violência. Inauguramos a seção “Direto ao assunto”, na qual entrevistaremos, a cada edição, um especialista a respeito de um tema que geralmente é rodeado por tabus. Nesta edição, o assunto é síndrome do pânico. Trazemos ainda uma reportagem sobre as necessidades nutricionais em cada fase da vida, dicas de como perder peso sem perder a saúde e, ainda, um assunto que deixa as mulheres preocupadas: a perda de cabelos. Você vai aprender um pouco mais sobre cuidados com os olhos e saberá o que os especialistas pensam a respeito do uso indiscriminado das lentes de contato. E sabe aquela história de que a saúde começa pela boca? Odontologia também está nesta edição. E tem muito mais: confira tudo que rolou na 4ª CORRIDA DO CERRADO do CORREIO de Uberlândia. Tem ainda nossas dicas de entretenimento, porque ninguém é de ferro: livros e DVDs para aqueles momentos em que tudo que você quer é sentar-se no sofá e colocar os pés para cima. Boa leitura! Adreana Oliveira

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NESTA EDIÇÃO ENTRETENIMENTO

Série “House” traz um protagonista competente mas muito chato Pág. 08 LEITURA

Em livro, especialistas ensinam técnicas para exercitar o cérebro Pág. 12

CORRIDA DO CERRADO

INTERNET

Tudo sobre a 4ª edição da corrida que já virou tradição na cidade Pág. 77

Conheça a mineira que conquistou mais de 1 milhão de seguidores no Instagram com dicas de fitness Pág. 16 FITNESS DO BEM

ALZHEIMER

Iniciativas que visam o bem do corpo e fazem bem ao próximo Pág. 42

A doença não tem cura, mas o tratamento existe Pág. 60

BALANÇA

Saiba como perder peso sem perder a saúde Pág. 48 DIRETO AO ASSUNTO

Nova seção tira dúvidas sobre a Síndrome do Pânico Pág. 32 CABELOS

Como prevenir a queda exagerada dos fios para as mulheres Pág. 38

ODONTOLOGIA

A saúde começa pela boca Pág. 66

NUTRIÇÃO

OFTALMOLOGIA

Cada fase da vida requer um tipo de alimentação Pág. 48

Cuidados para ter uma saúde ocular perfeita Pág. 72

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ENTRETENIMENTO

“HOUSE” ANTIPATIA QUE DÁ AUDIÊNCIA E ARRANCA RISADAS

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e você gosta de séries de drama, principalmente relacionadas a temas médicos, tem tudo para gostar de “House M.D.” - simplesmente “House” ou “Dr. House” no Brasil. Em oito temporadas de sucesso na TV, o doutor Gregory House, interpretado brilhantemente pelo ator britânico Hugh Laurie, ironicamente, conquistou seu público pela antipatia. Especializado em medicina diagnóstica, House anda com uma bengala de apoio, é antissocial, viciado em Vicodin (analgésico que usa por conta de dores crônicas) e um fã de jazz, blues e rock. Tem um jeito todo particular e arrogante de lidar com sua equipe, chefe, e até mesmo com os pacientes. É um drama com pitada de humor negro, bem produzido e que agrada aos espectadores mais exigentes, assim como House, que, apesar de tudo, quase sempre, está certo. A série teve seu episódio final exibido em junho de 2012.

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SERVIÇO “House M.D.” – Box Set Universal 39 discos 177 episódios R$ 499,90 (DVD) R$ 799,90 (Blu-ray) NA INTERNET As oito temporadas também estão disponíveis no site Netflix (mediante assinatura) www.netflix.com.br NA TV Reprises de “House” podem ser vistas no canal pago AXN e na TV aberta pela rede Record. Confira programação das emissoras.

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ENTRETENIMENTO “DIÁRIO DE UMA PAIXÃO”

O AMOR QUE RESISTE A TUDO, ATÉ À FALTA DE MEMÓRIA

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á 10 anos o livro “The Notebook”, de Nicholas Sparks, ganhava versão cinematográfica sob direção de Nick Cassavetes. E o longa, estrelado por Ryan Gosling (Noah Calhoun) e Rachel McAdams (Alle Hamilton), como o livro, foi sucesso, e estourou nas bilheterias pelo mundo. Com o título “Diário de uma paixão” no Brasil, a história que envolve drama e romance tem como pano de fundo o mal de Alzheimer, tema de uma reportagem que você lê a partir da página 60 desta revista. Um amor que tem suas raízes nos anos de 1940, proibido pela família de Alle, é verdadeiro, por isso inabalável, mesmo com a passagem do tempo. A história de Alle e Noah é recordada por meio da leitura de um diário, daí o nome original da obra “The Notebook”.

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Por meio da leitura do diário, Noah (nesse ponto já interpretado por James Garner) está sempre ao lado de Alle (então vivida por Gena Rowlands), que está em uma casa de repouso. Apesar de o romance ser o destaque da produção, chama a atenção como o Alzheimer é abordado e principalmente a forma como a família está sempre ao lado de Alle, mesmo DVD “Diário de uma paixão” Drama/Romance 2004 144 minutos Warner Home Video R$ 14,90 LIVRO “Diário de uma paixão” Nichlolas Sparks Ed. Novo Conceito 256 Páginas R$ 29,90

que ela não seja mais capaz de reconhecer nenhum deles. A história conquistou os amantes da sétima arte e, com um orçamento relativamente modesto para os padrões de Hollywood, US$ 29 milhões, o filme arrecadou pouco mais de US$ 115 milhões nas bilheterias. Quanto ao livro, já foram mais de 12 milhões de exemplares vendidos.

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ENTRETENIMENTO GINÁSTICA PARA O CÉREBRO

OBRA ENSINA A TURBINAR A SUA ROTINA

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cérebro ainda é o mais fascinante e misterioso componente do nosso corpo. É um campo de estudo fértil e surpreendente para quem se aventura para descobrir cada vez mais como extrair o melhor dele. Esta dica de livro surgiu durante a reportagem sobre Alzheimer, que você lê nesta edição. A obra é “Mantenha o seu cérebro vivo”, de Lawrence C. Katz (1956-2005) e Manning Rubin, dois experts da neurociência que apresentam 83 técnicas para melhorar a capacidade cerebral a partir das últimas pesquisas da área. Com base na neuróbica - um programa de exercícios para o cérebro, baseado nas últimas pesquisas da neurociência – são usadas combinações dos cinco sentidos, baseando-se em atividades simples e divertidas que podem ser realizadas a qualquer hora dentro das suas tarefas diárias. Espera-se como resultado uma mente mais sadia e capaz de enfrentar qualquer desafio, seja lembrar um nome, aprender um novo programa de computador ou permanecer criativo no trabalho. Segundo os autores norte-americanos, os exercícios ajudam a estimular a produção de nutrientes que desenvolvem as células do cérebro, tornando-o mais jovem e forte, e po-

dem ser realizados em qualquer lugar. Este livro já foi traduzido para 24 idiomas e, pelo que apuramos, quem lê recomenda. Afinal, da mesma foram que os exercícios físicos ajudam a manter a forma física, a neuróbica pode ajudar a melhorar sua capacidade cerebral. O programa de exercícios da neuróbica oferece ao cérebro experiências fora da rotina, usando visão, olfato, tato, paladar e audição, além dos sentidos emocional e social. Assim, circuitos quase nunca ativados da rede associativa do seu cérebro são utilizados, aumentando a flexibilidade mental. Essa é a proposta. OS AUTORES Lawrence C. Katz foi professor de neurobiologia na Duke University Medical Center e perito no Howard Hughes Medical Institute. Graduado na Universidade de Chicago, fez pós-doutorado na Rockefeller University. Katz publicou mais de 50 artigos científicos e recebeu vários prêmios por pesquisas relacionadas ao cérebro. MANNING RUBIN Manning Rubin é membro da Phi

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Beta Kappa da University de Richmond e Johns Hopkins. Se aposentou da área criativa de agências de propaganda para se dedicar somente à literature. Entre seus livros estão ainda “60 formas de aliviar o stress em 60 segundos” (Workman). Ele ensinou neuróbica por muitos anos enquanto ajudava Dr. Katz e é membro da Sociedade Americana para neurociência da Sociedade Cognitiva de Neurociência. SERVIÇO “Mantenha seu cérebro vivo” – Livro Editora: Sextante Autores: Lawrence C. Katz (1956-2005) e Manning Rubin Páginas: 160 R$ 24,90

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ENTRETENIMENTO LITERATURA PARA A FAMÍLIA LIVRO INFANTIL ENCORAJA CRIANÇAS PARA O PRIMEIRO DIA DE AULA

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primeiro dia de aula é um momento especial na vida de qualquer um. Quem, mesmo adulto, não se lembra dos primeiros momentos de aprendizado e vida social? E o nome da primeira professora? Para esclarecer as surpresas e oferecer um conforto às crianças nesse período de descoberta, Rafael Alvarenga escreveu o livro “Meu primeiro dia de aula”. Ele conta a história de Paula, uma menina que vai enfrentar início do período escolar e serve de incentivo para os pequenos que ingressam na escola. Para o autor, esse momento é tão importante, que alguns meninos e meninas ficam tão ansiosos e não param de falar; outros querem sair correndo; e tem aqueles que ficam tímidos, assustados e até com vontade de chorar. As reações individuais são citadas no livro por meio de outros pequenos, mas a protagonista logo se sente confortável, após alguns minutos de convivência, e se enturma. Paula descobre que na escola pode fazer diversas coisas legais de que já gostava, como brincar e pintar, mas agora em companhia de crianças de sua idade. Segundo Alvarenga, o livro é um presente ideal para crianças (ou para o

pai delas) que ingressam na pré-escola e no ensino fundamental ou que mudaram do colégio com o qual estavam habituados. As ilustrações de “Meu primeiro dia de aula” são do desenhista brasiliense Rafael Hildebrand, conhecido como Anjinho, e complementam a história, dando cor e vida à personagem e aos ambientes pelos quais ela passa. Assim como o autor, que escolheu a palavra para tal, ele dedica ao universo infantil e busca uma forma constante de se comunicar com as crianças. O AUTOR Rafael Alvarenga é graduado e mestre em Psicologia pela Universidade de Brasília. É empresário e voluntário nas áreas educacionais e de saúde infantil. Acredita que é possível mudar o mundo cuidando de crian-

ças. Por isso escreve para elas. O ILUSTRADOR Rafael Hildebrand, desenhista brasiliense conhecido como Anjinho, dedica-se à ilustração infantil e à arte digital. Formado em Comunicação Social e pós-graduado em Design Gráfico, buscou na arte e no desenho uma forma de escapar e se desapegar do mundo adulto para se refugiar no universo da ilustração. Trabalhou também com publicações e vídeos animados para instituições como MEC e Unesco. Livro “Meu primeiro dia de aula” Rafael Alvarenga Ilustrações: Rafael Hildebrand Ed. Volta e Meia 20 páginas R$ 21 FOTOS: DIVULGAÇÃO

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ENTRETENIMENTO HORA DE TIRAR AS DÚVIDAS SOBRE PHRASAL VERBS

EXERCÍCIOS PARA FAZER EM CASA OU MESMO DURANTE A ESPERA NUM CONSULTÓRIO MÉDICO

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ão é porque a Copa já acabou que você deve deixar diminuir o seu entusiasmo em aprender um novo idioma ou mesmo em dar uma reciclada nos seus conhecimentos em outras línguas, principalmente, na língua inglesa, tão presente no dia a dia dos brasileiros. Para quem já estuda o idioma tem uma questão que sempre dá margem a grandes dúvidas. Sabe aquelas palavrinhas que, geralmente, não podem ser traduzidas ao pé da letra? Os famosos phrasal verbs (verbos frasais) muitas vezes deixam muita gente preocupada antes dos testes. Aprender seus significados é fundamental para o bom desenvolvimento do aluno. Pela primeira vez no Brasil, o selo

Coquetel lança dois livros com 50 phrasal verbs cada que vêm com minidicionário e exercícios para praticar e fixar os significados. O conteúdo é licenciado pela Oxford University Press, especialista no ensino do inglês para estrangeiros. Os exercícios dos livros “Aprenda definitivamente 50 phrasal verbs” estão dispostos em cinco etapas que são essenciais para dominar aqueles phrasal verbs que realmente são mais importantes e mais utilizados no inglês. A etapas são: Observe, Confirme, Pratique, Amplie seu Vocabulário e Verifique. A reportagem da VIVER BEM testou e aprovou. Em Observe são expostos os significados mais comuns de cada verbo. Aqui, é possível a descoberta dos contextos em que cada um é

empregado e apresentadas as estruturas em que pode ser utilizado. Em Confirme você verificar a compreensão das informações exemplificadas na etapa anterior. Em Pratique o leitor/estudante coloca em prática o conteúdo estudado até então e utiliza o phrasal verb de maneira natural. Se tiver dificuldades, é só voltar às seções anteriores. Saiba sempre mais Use e abuse da seção Amplie seu Vocabulário, na qual há informações extras sobre o phrasal verb que podem ser importantes e úteis, como: a possibilidade de o verbo ser empregado com um significado semelhante ou outro significado comum; assim como a indicação de outros phrasal verbs ou verbos comuns que têm significado oposto ao do estudado. Saiba como se saiu em Verifique, que traz todas as respostas e as dicas de gramática, significado, uso e pronúncia correta no minidicionário e respostas que estão disponibilizados nos livros. Se ficou insatisfeito, comece de novo, não desista. Serviço

“Aprenda definitivamente 50 Phrasal Verbs” (1 e 2) Ed. Coquetel 107 páginas R$ 16,90 cada Disponíveis em bancas de revista e livrarias.

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CORREIO | VIVER BEM FOTOS: REPRODUÇÃO/INSTAGRAM BELLA FALCONI

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FITNESS

FORÇA NO CORPO E NA MENTE

MINEIRA DE BELO HORIZONTE GANHA O MUNDO VIA REDES SOCIAIS

edes sociais, como o Instagram, têm se tornado cada vez mais vitrine para os aficionados com a boa forma. Perfis com dicas de exercícios e treinos, alimentação e também valorização da autoestima, quando bem mantidos, podem ser o ponto de partida para quem precisa de um incentivo para entrar na linha. Com o verão se aproximando, aí vai uma dica para as mulheres que querem ficar bem no biquíni. Bella Falconi não é atriz de novela, não está envolvida em escândalos que envolvem sexo, drogas ou bebidas, não participou de reality shows, mas sua popularidade está nas alturas. Aos 29 anos, a mineira, natural de Belo Horizonte, radicada nos Estados Unidos, é uma das mais badaladas no mundo fitness e nas redes sociais. No Instagram, neste mês, ela ultrapassou o número de 1 milhão de seguidores. A fan page dela no Facebook chegava a meio milhão de “likes”. Ex-estudante de direito e ex-funcionária do Banco do Brasil nos Estados Unidos, Bella Falconi começou a investir na boa forma há aproximadamente quatro anos. No último dia 6, ela postou no Instagram: “Sabe porque eu sigo esse estilo de vida há quase 4 anos? Por que eu não sou escrava do meu corpo. Eu não passo fome, não vou à academia como uma forma de punição por ter comido chocolate e nunca deixei de ter vida social... Seja feliz. Viva com equilíbrio e jamais com obsessão”. Bella, que está prestes a se casar, já colhe os frutos desse trabalho com foco na boa forma: já abriu uma academia em Orlando, na Flórida, que será inaugurada no fim deste ano, tem uma loja virtual que vende pro-

dutos com sua marca e segue faturando prêmios fitness por aí. Outra dica postada pela atleta é: “Seja um exemplo, um bom exemplo. Quebre seus limites e vá além de suas expectativas”. Dica de quem conquistou neste ano o 1º Diva Fitness Model, do World Beauty Fitness & Fashion, em Las Vegas, e fala sem-

pre que a força não tem que estar só no corpo, mas também na cabeça.

Instagram @bella.falconi Facebook facebook.com/officialbellafalconi


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ENTRETENIMENTO SOLANGE FRAZÃO É EXEMPLO DE BOA FORMA

AOS 51 ANOS, ELA É UM MULHERÃO DE PARAR O TRÂNSITO

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olange Frazão é uma unanimidade quando o assunto é boa forma. Apresentadora, modelo e atriz, ela tem 51 anos e, com uma rotina de exercícios e alimentação equilibrada, mantém um corpo que deixa muitas meninas de 20 anos para trás. Nos últimos anos, Solange Frazão tem intensificado ainda mais seu trabalho como consultora. Não é à toa que ela é sempre procurada por programas de TV de variedades, revistas de boa forma, para falar sobre sua experiência e dar dicas para quem almeja um corpo como o dela. Entre seus trabalhos de mais destaque estão o “Passo a Passo com Solange Frazão”, na Rede Mulher, o quadro “Agente Frazão”, no “Planeta Xuxa”, e o programa “Bom Dia Mulher”, na RedeTV. Recentemente, ela lançou a revista “Reeducação Alimentar com Solange Frazão” (Ed. Alto Astral), que você pode encontrar nas bancas. Mas, se a sua ideia é começar uma rotina de exercícios, é possível fazê-la pelo site de Solange Frazão. Por lá, ela publica vídeos de exercícios que trabalham todo o corpo e você pode fazer na hora que quiser, na sala, no quarto, ou em um espaço aberto da casa. Todo material produzido pela musa para o site está disponibilizado gra-

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tuitamente, sem necessidade de assinatura. Dê uma olhada, inspire-se e prepare-se para o verão sem sair de casa.

SERVIÇO Dicas de boa forma, exercícios e alimentação com Solange Frazão no site: www.solangefrazao.com.br.

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GIRO PELA CIDADE ESPORTE E ARTE JUNTOS NA EDUCAÇÃO

EDIÇÃO 2014 DE PROJETO SOCIAL DESPERTA O INTERESSE PELO ESPORTE LOCAL

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ssim como a educação, o esporte deve fazer parte da vida das crianças. Na prática de exercícios coletivos, elas aprendem a trabalhar juntas e têm aí uma lição para toda a vida. Há projetos sociais que incentivam a prática esportiva a princípio pela curiosidade que deve brotar a partir de uma pesquisa, por exemplo. Cerca de 12 mil alunos da rede pública – municipal e estadual – de Uberlândia participaram da 9ª edição do projeto “Calu contando história”, iniciativa da cooperativa agropecuária de Uberlândia, segundo os organizadores. Alunos do 1º 9º ano trabalharam com o tema “O esporte na história de Uberlândia” e, por meio de desenhos e peças teatrais, levaram para as folhas e para o palco em versão lúdica o que aprenderam durante as oficinas no decorrer do ano, que terminaram em setembro. Não é de se estranhar que o futebol, por meio do Uberlândia Esporte Clube, teve atenção especial dos pequenos. O meia-atacante Maurinho, um dos grandes ídolos do Verdão, vice-artilheiro da equipe em 1984, quando o Uberlândia venceu a Taça CBF, maior conquista do clube até hoje, prestigiou um dos dias de apresentação das peças no auditório da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL).

Admiração era perceptível nos olhos das crianças. Mas não foi só isso. Além do basquete de Uberlândia os alunos lembraram o vôlei e natação do Praia, UTC e Sesi, o atletismo do Sesi e os destaques do esporte paraolímpico. Pelo que pude perceber entre os orgulhosos pais, professores e principalmente entre os alunos, arte, esporte e educação juntos ainda vão dar o que falar pela cidade.

CLASSIFICAÇÃO DAS ESCOLAS NO FESTIVAL DE TEATRO 1º AO 5 º ANO 1º Lugar: Escola Municipal Professor Leôncio do Carmo Chaves 2º Lugar: Escola Municipal Sebastiana Silveira Pinto 3º Lugar: Escola Municipal Irmã Odélcia Leão Carneiro 6º AO 9º ANO 1º Lugar: Escola Municipal Professor Leôncio do Carmo Chaves 2º Lugar: Escola Municipal Professor Eurico Silva 3º Lugar: Escola Municipal Sebastião Rangel FOTOS: CLÉCIO DUARTE/DIVULGAÇÃO

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DE OLHO NO ESPORTE

ATLETISMO

BRASIL MANTÉM HEGEMONIA NO SUL-AMERICANO SUB-23

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Rio de Janeiro será a cidade sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Por mais que a movimentação em torno do torneio não seja tão evidente quanto para a Copa do Mundo, por exemplo, é hora de voltar os olhos para os mais diversos esportes praticados por brasileiros. Uma das modalidades em que o país tem grandes chances de se destacar no Rio 2016 é o atletismo. E para isso, os jovens atletas brasileiros treinam muito e participam de vá-

rias competições nacionais e internacionais para fazer bonito em casa. Neste mês, o Brasil manteve a hegemonia no 6º Campeonato Sul-Americano Sub-23 de Atletismo, que terminou em 5 de outubro no Estádio Darwin Piñeyrúa, em Montevidéu, no Uruguai. A equipe somou 288 pontos na classificação geral do torneio após os três dias de competição, sen 164 no masculino e 124 no feminino. Os brasileiros e brasileiras voltaram para casa com 51 medalhas conquistadas: 18 de

ouro, 21 de prata e 12 de bronze. As duas equipes que mais se aproximaram da brasileira foram a venezuelana, com 121 pontos, e a chilena, com 116 pontos, bem abaixo dos 288 conquistados pelos brasileiros. O carioca Aldemir Gomes Junior, nos 200 m, está entre os atletas que tiveram os melhores resultados técnicos da competição. E não pense que foi fácil. Ao todo, o Sul-Americano de Atletismo Sub-23 reuniu cerca de 400 atletas de 12 países. DIVULGAÇÃO

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Aldemir Gomes Junior foi destaque brasileiro

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DE OLHO NA CIÊNCIA

PESQUISA

“DESCOBERTA É AQUILO QUE FOMENTA O AVANÇO DA CIÊNCIA”

PRÊMIO NOBEL DE QUÍMICA DEFENDE CIÊNCIA BÁSICA DA AGÊNCIA BRASIL

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Prêmio Nobel de Química, pesquisador norte-americano Martin Chalfie, defende a ciência básica como caminho para grandes descobertas e critica a pressão por quantidade de publicações acadêmicas, em detrimento da qualidade do que é divulgado. Chalfie é professor da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, e recebeu em setembro o título de doutor honoris causa da Universidade de Brasília, onde deu palestra

para estudantes, professores e admiradores. A eles, o Nobel deu um recado: “que não desistam das pesquisas e sejam persistentes”. O Nobel foi premiado em 2008 pela descoberta da proteína verde-fluorescente como marcador biológico. É possível injetá-la em organismos vivos, como microrganismos, minhocas, e fazer estudos que antes só eram possíveis com os organismos mortos. A utilização do marcador foi expandida em cerca de 160 trabalhos publicados após a descoberta. O pesquisador defende que a chamada ciência básica - que se faz para

principal mantenedor da ciência é o governo nacional. As empresas dão muito, mas não chega ao que é investido pelo governo.” O Nobel de Química também critica a pressão por quantidade de publicações. No seu entender, “é importante o conteúdo, o teor; não a quantidade. Sobre a pressão por publicar, acredito que as pessoas precisam publicar os resultados. É importante disseminar, as pessoas precisam dos resultados para pensar. Mas [os pesquisadores] poderiam concluir os trabalhos e não focar na pressa em publicá-los”.

aquisição de novos conhecimentos, que parte de uma inquietação - não deve ser deixada de lado por uma valorização apenas da ciência aplicada, voltada para um problema específico, em uma definição simples. Para que ela seja mantida, o pesquisador afirma que o estado tem que contribuir com o desenvolvimento dos projetos. “O apoio do governo à ciência é muito importante. Usualmente, as empresas fazem pesquisa, mas é para objetivos específicos: querem desenvolver um remédio ou industrializar algo”, disse. “Nos Estados Unidos, o

INCENTIVO

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Nobel de Química Martin Chalfie incentiva pesquisadores a insistir nas pesquisas, mesmo que os resultados não sejam os esperados. “Se você fizer um experimento e confirmar a sua hipótese, faz uma medição. Se fizer um experimento e refutar sua hipótese, você faz uma descoberta. Descoberta é aquilo que fomenta o avanço da ciência. Para fazê-la é preciso ser teimoso, insistir”, afirmou. “Geralmente gostamos de fazer relatos científicos que não tomem muito tempo, e não falamos dos problemas ocorridos, apenas do lado bom”, acrescenta e brinca que as descobertas em químicas são feitas jogando-se o material no chão, jogando-o fora. Chalfie lembrou a história do também Nobel de Química Osamu Shimomura. Foi jogando o material no qual trabalhou durante todo um dia - com exaustão, sem conseguir um resultado - na pia, que ele conseguiu combiná-lo quase acidentalmente a outra substância, o que deu o impulso inicial para os trabalhos com a chamada proteína verde fluroescente, que renderam a Shimomura e a Chalfie o Prêmio Nobel. O pesquisador que veio ao Brasil foi do Decanato de Pesquisa e Graduação da Universidade de Brasília, em parceria com a biofarmacêutica AstraZeneca e o Nobel Media, empresa responsável por levar premiados pelo Nobel a universidades e centros de pesquisa.

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BRASIL BOA NOTÍCIA

EM 2014 COMPLETAM-SE

7 ANOS DE LEI SECA

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m estudo do Ministério da Saúde, publicado no início deste mês, revela que a frequência de adultos que dirigem após o consumo abusivo de álcool foi reduzida em 45% em sete anos. O índice passou de 2% em 2007, para 1,1% em 2013. A redução mostra uma mudança significativa nos hábitos da população após a aprovação das duas edições da Lei Seca (2008-2012), tornando mais rígida a proibição do consumo de álcool associado à direção. Os dados são da pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) do Ministério da Saúde, que entrevistou 52,9 mil pessoas maiores de 18 anos durante o ano de 2013. A coordenadora de Vigilância de Agravos e Doenças Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Deborah Malta, afirma que a redução significativa pode ser atribuída ao rigor da legislação, implantada pelo Governo Federal. “Uma lei mais rígida, mexe com o comportamento da população de todo o país”, destaca a coordenadora. De acordo com o estudo, houve uma queda de 47% no consumo de bebidas alcóolicas

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entre os homens associado à direção, de 4% em 2007 para 2,1% em 2013. Já entre as mulheres, este percentual se manteve estável: 0,3 no mesmo período. A pesquisa identificou também queda de 62% no consumo de álcool relacionado ao volante na faixa etária de 35 a 44 anos, passando de 2,1% para 0,8%. Houve ainda uma redução no consumo de álcool quando se trata do número de anos de escolaridade. Entre pessoas com mais de 12 de escolaridade, a redução passou de 2,8% para 1,7%.

FORAM ENTREVISTADAS 52,9 MIL PESSOAS MAIORES DE 18 ANOS NO ANO DE 2013

REGIÕES Na pesquisa Vigitel foram encontradas também diferenças entre as regiões entre homens e mulheres. Na região Norte a redução foi 54% - passando de 2,2% para 1,0% - e no Nor-

HOUVE QUEDA DE

62%

CONSUMO DE ÁLCOOL ASSOCIADO À DIREÇÃO CAI

45%

NO CONSUMO DE ÁLCOOL RELACIONADO AO VOLANTE NA FAIXA ETÁRIA DE

DA AGÊNCIA SAÚDE

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deste de 50% - de 2,4% para 1,2%. Na região Sul, a queda de consumo de álcool associado ao volante foi de 47% - de 2,1% para 1,1%; na região Centro-Oeste a diminuição foi de 40% - passando de 3% para 1,8% - e no Sudeste também foi 40%, de 1,5% para 0,9%. FICA O ALERTA No Brasil, a violência no trânsito é uma das principais causas de mortes. Em 2012, 44.812 mil pessoas perderam a vida no trânsito. Essa violência reflete diretamente no Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2013, foram registradas 169.869 mil internações no SUS relacionadas a acidentes de trânsito, o que representou um custo de mais de R$ 229 milhões.


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ARTIGO - COMPORTAMENTO

Veja algumas dicas de como agir

ELE(A) NÃO ACEITA O TÉRMINO O QUE DEVO FAZER?

e devemos estar atentos a qualquer demonstração fora do comum em uma dessas situações.

PSICÓLOGO E ESPECIALISTA EM RELACIONAMENTOS FALA SOBRE COMO AGIR DIANTE DESSA SITUAÇÃO, VISTA NA NOVELA “IMPÉRIO”

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erminar um relacionamento nunca é fácil, seja casamento, namoro, noivado e outras relações. As dificuldades do rompimento envolvem a aceitação do outro, sentimento de rejeição, entre outras coisas que dependem de cada pessoa. Um dos grandes problemas é quando um dos lados não aceita, fazendo de tudo para voltar, gerando a obsessão, sentimento de transtorno, derivado da ansiedade e compulsão. Esse tipo de comportamento é visto em jornais, revistas, sites, geralmente na editoria policial e também nas telenovelas, como “Império”, da faixa das 21h na Golbo. Na trama acompanhamos os personagens Cristina (Leandra Leal) e Vicente (Rafael Cardoso), que mal começaram a se relacionar e já são vítimas da obsessão de Fernando (Eron Cordeiro), ex-noivo da mocinha, que na novela não aceitou o término imposto por Cristina, sugerindo sua pouca resistência ao lidar com a rejeição e frustração pessoal. Uma pessoa normal consegue lidar com a perda sem manifestações altamente neuróticas, como as exibidas por Fernando. Na atualidade, não foram ainda decifradas as principais causas que originam o TOC (transtorno obsessivo-compulsivo),

Por Alexandre Bez* DIVULGAÇÃO

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no entanto parecem ser justamente a ansiedade, o baixo limite a frustração e uma perene situação de estresse, as mesmas características apresentadas por Fernando. A questão do personagem é ainda mais complicada por ele apresentar,

além da compulsão, a agressividade e a possessividade, sendo uma mistura bombástica e perigosa. O exemplo citado pode ser de uma novela, mas serve de alerta para nossa sociedade. A conversa deve ser mantida sempre em primeiro lugar

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*Alexandre Bez é psicólogo e escritor, graduado na Universidade São Judas Tadeu, com especialização em Ansiedade e Síndrome do Pânico na UCLA (Universidade da Califórnia) em Relacionamentos pela Universidade de Miami. É membro internacional afiliado pela APA (American Psychology Association) e atua há mais de 18 anos em consultório. Autor dos livros “Inveja: o inimigo oculto” (2011) e “O que era doce virou amargo” (2013.)

Ele(a) me procura demais por todos os meios de comunicação e isso incomoda Explique a situação novamente, diga que ele(a) deve seguir em frente e que não irá mais atendê-lo(a). Nada de encontros, última conversa, aplicativos, redes sociais ou qualquer coisa que mantenha ou dê algum tipo de esperança a ele(a). Se necessário bloqueie. Temos os mesmos amigos em comum Não perca o contato, apenas evite por enquanto saídas com esses amigos, opte por dar um tempo, ao menos até as coisas estarem mais claras. Ele(a) me cobra satisfações Não caia nas provocações que poderão

ser frequentes. Evite esse tipo de conversa. Devo procurar ajuda? Sim, se possível fale com sua psicóloga, converse com sua família sobre como agir. Ele(a) me persegue no trabalho Se ele(a) ligar, atenda uma vez e peça para ele(a) não ligar mais. Caso ele(a) não obedeça e apareça por lá ainda sim, avise os colegas e o chefe sobre a situação. Uma dica bacana: mande um e-mail para ele(a), dizendo que esse comportamento atrapalha seu trabalho. Você pode usar esse e-mail como prova caso ache que seu emprego corra riscos e precise procurar um advogado.


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DIRETO AO ASSUNTO SÍNDROME DO PÂNICO

INFORMAÇÃO É ARMA CONTRA O

PRECONCEITO PSIQUIATRA TIRA NOSSAS DÚVIDAS SOBRE UMA DOENÇA RODEADA POR TABUS POR ADREANA OLIVEIRA

A

“A SÍNDROME DO PÂNICO É UM CONJUNTO DE SINTOMAS FÍSICOS E COGNITIVOS LIGADOS À ANSIEDADE GRAVE”

Daniela Peres de Souza é psiquiatra

de forma inesperada, sem fatores desencadeantes aparentes. Após procurar atendimento em serviços de emergência, passar por avaliação clínica detalhada, o indivíduo recebe o diagnóstico de síndrome do pânico. A doença é hereditária ou não? Existe algum grupo com alguma pré-disposição a ela? A síndrome do pânico está ligada a fatores hereditários. Desta forma, quando comparados a outros gru-

MURILO ARAÚJO/DIVULGAÇÃO

lguns assuntos relacionados à medicina ainda são rodeados por tabus. Seja por falta de informação ou medo, portadores da síndrome do pânico muitas vezes não se sentem à vontade para falar sobre a doença nem com a própria família. Pense em como seria embaraçoso você ser paralisado por um medo que chega a lhe impedir de sair de casa, trabalhar, entrar em um carro ou um avião. E o pior de tudo isso é quando perguntam: “o que há de errado?”, e o doente não tem uma resposta. O que é a síndrome do pânico? Existe cura? Qual é o tratamento indicado? Como diagnosticar? Essas e outras perguntas são respondidas nesta nova seção da revista CORREIO VIVER BEM, a “Direto ao assunto”, de forma clara e direta, pela médica psiquiatra Daniela Peres de Souza, nossa convidada desta edição.

“ESSA DOENÇA ESTÁ LIGADA A FATORES HEREDITÁRIOS”

VIVER BEM: O que é a síndrome do pânico e quais seus principais sintomas? DOUTORA DANIELA PERES DE SOUZA: A síndrome do pânico é um conjunto de sintomas físicos e cognitivos ligados à ansiedade grave. Um sintoma marcante desta síndrome é o ataque de pânico, de forma súbita o indivíduo começa a sentir: falta de ar, tontura, palpitação e dor no peito levando ao medo intenso de morrer e à sensação de estar fora de controle. Na síndrome do pânico os “ataques de pânico” são frequentes e ocorrem

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pos, os parentes em primeiro grau das pessoas que tiveram síndrome do pânico apresentam maior risco de desenvolver o quadro. Os fatores ambientais, como experiências traumáticas na infância e eventos estressantes na vida adulta, também estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver a síndrome. Como é feito o diagnóstico da síndrome do pânico? Após os ataques de pânico, o pacien-


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te passa por uma avaliação médica detalhada. Afastadas outras causas clínicas que levam a sintomas semelhantes (problemas cardiológicos, neurológicos e hormonais, entre outros), o paciente é encaminhado ao atendimento psiquiátrico. O diagnóstico é estabelecido após exame do estado mental e análise criteriosa dos dados colhidos durante a entrevista médica ao paciente.

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Nos consultórios, vocês percebem que a pessoa diagnosticada com síndrome do pânico se sente mal ou até mesmo vítima de certos tipos de preconceitos por parte da sociedade? Pergunto isso por conhecer algumas pessoas diagnosticadas que se sentem um pouco enver-

gonhadas de falar sobre o assunto. A psicofobia, preconceito contra os portadores de transtornos mentais, infelizmente é frequente na sociedade. A pessoa com síndrome do pânico não consegue identificar as razões de estar passando por tanto mal-estar, medo e insegurança. A autocobrança para melhorar é alta. Os familiares, amigos e colegas não conseguem compreender o que está acontecendo, pois os ataques de pânico não têm motivos aparentes nesta síndrome. Então começam a julgar de forma inadequada. A única forma de afastar as críticas e o preconceito é a informação. A partir do diagnóstico, como é feito o tratamento?

O tratamento tem início logo no serviço de emergência, onde o paciente recebe as primeiras informações sobre a síndrome e é encaminhado ao tratamento psicológico e psiquiátrico. O tratamento médico-psiquiátrico é realizado por meio de “psicoeducação” (orientações ao paciente e aos familiares em relação à prevenção, compreensão e tratamento da síndrome) e medicamentos. O tratamento psicológico oferece ao paciente técnicas para reduzir a ansiedade e aprender a lidar com os sintomas físicos do ataque de pânico, ajudando a pessoa a enfrentar as principais situações que teme por medo de passar mal e não encontrar socorro.

Qual a importância da família e dos amigos na recuperação do portador da síndrome? No início, os ataques de pânico geram muito medo e insegurança. A presença de um amigo ou familiar pode ser tranquilizadora. O portador da síndrome deve ser encorajado pelos familiares a se cuidar. O pedido de um ente querido pode ser um grande incentivo para que a pessoa inicie e continue a fazer o tratamento. O familiar pode até mesmo se dispor a agendar consultas e a acompanhar o paciente. Criticar, cobrar sem oferecer o apoio não resolve. Quanto mais informação a família buscar em relação a este adoecimento, maior será o apoio e a compreensão oferecidos à pessoa com a

síndrome do pânico.

“CRITICAR, COBRAR SEM OFERECER O APOIO NÃO RESOLVE” “A PSICOFOBIA, INFELIZMENTE É FREQUENTE NA SOCIEDADE”

Existe prevenção para a doença? Sim, o principal enfoque é o controle dos sintomas de ansiedade, até mesmo em crianças e adolescentes. Naqueles que já têm o diagnóstico de síndrome do pânico, a manutenção do tratamento mesmo em períodos de melhora é uma estratégia para prevenir o ressurgimento dos sintomas. Há cura para a síndrome do pânico? Sim, existe. Mas para uma grande parcela dos pacientes a síndrome do pânico é crônica e exige tratamento farmacológico e psicológico contínuo para o controle de sintomas.


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ESTÉTICA CUIDADOS

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roblema temido por mulheres e homens, a queda de cabelos pode ser causada por mais de 200 fatores, mas os dois mais comuns são a presença de caspa no couro cabeludo e pela calvície, que é genética. A ocorrência tem tratamento, mas ele deve ser feito o mais rápido possível para que o crescimento de novos fios possa voltar a acontecer. Cerca de 70% das pessoas que têm caspa enfrentam a queda de cabelos, afirma a dermatologista Cíntia Cunha. “A dermatite seborreica é provocada por um fungo. Ela aumenta quando a pessoa deixa o cabelo sem lavar durante muito tempo ou quando fica com ele úmido e fechado, por exemplo”, diz a médica, que atende em Uberlândia.

CASPA E CALVÍCIE HEREDITÁRIA:

AS INIMIGAS DOS CABELOS

TRATAMENTO PARA QUEDA DEVE SER FEITO O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL PARA QUE O CRESCIMENTO DE NOVOS FIOS POSSA VOLTAR A ACONTECER POR FERNANDO NATÁLIO

Ainda de acordo com a dermatologista, dentre as pessoas que sofrem com a queda de cabelo, em 50% dos casos envolvendo homens e em 25% a 50% que abrangem as mulheres, o motivo é a calvície hereditária. “Entre os outros causadores estão doenças da tireoide, diabetes, alterações hormonais e a pós-gestação”, afirma. “O uso de anticoncepcionais e a parada do tratamento com eles, a menopausa e até a deficiência de ferro em mulheres que menstruam mais também provocam esta situação.” Também segundo Cíntia Cunha, para que o tratamento seja bem-sucedido é preciso fazer, assim que a alteração foi percebida, a investigação médica para descobrir o que levou à queda. “O estresse é apontado mui-

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tas vezes como o responsável por este problema. Ele também é uma das causas, mas não a única. Por isso, a identificação não pode ficar fechada nisso”, diz. Antes de qualquer conclusão, é preciso fazer uma bateria de exames, estabelecer um diagnóstico, definir o tratamento e iniciá-lo”, afirma. Entre os exames indicados, de acordo com a dermatologista, estão alguns de sangue e o do couro cabeludo, chamado dermatoscopia. “Com ele, é possível visualizar o couro cabeludo e avaliar a qualidade dos fios. É como uma espécie de lupa de grande aumento”, diz Cíntia Cunha. A lente do aparelho permite aumentar até 70 vezes o tamanho dos sinais no couro cabeludo de um paciente.


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VISUAL

Ver um homem careca não é incomum. O visual é provocado muitas vezes pela calvície hereditária em estágio avançado, que se torna irreversível. Mas a situação se deve, na maioria dos casos, ao fato de que a pessoa demorou para fazer o tratamento necessário contra a queda de cabelo. A afirmação é da dermatologista Cíntia Cunha. “Se este problema não for tratado da forma adequada e logo que o homem percebe os primeiros sinais de queda acentuada, pode ficar careca mesmo”, diz a médica. “O combate tem que ser feito quando o paciente ainda é novo. Geralmente, nestes casos, começa a perder os fios com 12, 13 anos. É neste momento que os recursos médicos têm que ser adotados. Mas muitos só buscam este apoio quando estão próximos dos 30 anos, quando o controle fica mais

difícil”, afirma. Para os homens que perdem os cabelos e não conseguem recuperá-los naturalmente nem com os tratamentos mais habituais, há vários tratamentos estéticos que revertem esta situação, diz a dermatologista Caroline Castro Perillo. “Entre eles, está o transplante no couro cabeludo”, diz. A técnica consiste na remoção de uma área doadora do couro cabeludo, que não sofra de calvície, para a área receptora que já está sem fios. O método é feito fio por fio. O implante ou transplante capilar pode ser feito por pessoas acima de 25 anos. As chances de sucesso, ou seja, de os fios crescerem na área afetada, segundo dermatologistas, chegam a 95%. O Brasil, os Estados Unidos e países europeus são referência na técnica.

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INTERVENÇÃO RÁPIDA EVITA QUE HOMEM FIQUE CARECA

Caroline Perillo faz orientação MARCOS RIBEIRO

Cíntia Cunha detalha cuidados necessários

INDICAÇÃO

CUIDADO NA LAVAGEM É RECOMENDADO POR ESPECIALISTA

Uma das principais formas para se evitar a queda de cabelos é ter cuidado ao lavá-los e penteá-los. O equilíbrio da força nestas duas ações é importante para que os fios não sejam forçados demais nem quebrados. Outra recomendação para que o paciente não sofra com este problema, segundo a dermatologista Caroline Castro Perillo, é o enriquecimento do cardápio com ferro, encontrado em alimentos como pães integrais,

grão-de-bico cozido, carne de fígado, beterraba crua e agrião. Ervilha e lentilha cozidas também são ricas neste elemento que previne doenças como o estresse e a anemia, uma das causadoras da perda de cabelos. “Caso ache prudente, a pessoa também pode fazer acompanhamento psicológico para combater esses problemas”, afirma a médica. O alisamento e a coloração dos fios em excesso também devem ser evita-

dos, de acordo com a dermatologista. “Diminuir a frequência destas ações ajuda a diminuir a queda.” Fazer penteados, implante de mega hair e rabo de cavalo em excesso são fatores, também, que provocam a diminuição dos fios, diz Caroline Perillo. “O secador também faz parte desse grupo, pois provoca a perda da raiz dos cabelos, já que a alta temperatura queima o couro cabeludo, deixando os fios quebradiços e desidratados”, afirma.


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RECURSOS

LASER E VITAMINAS PODEM AJUDAR NA RECUPERAÇÃO Para fazer com que a queda de cabelos pare e os fios possam voltar a crescer, a paciente pode fazer o tratamento baseado na utilização do laser diodo. O recurso é recomendado pela dermatologista Cíntia Cunha. “Este método estimula o crescimento capilar”, afirma a médica. Durante a aplicação, a luz do laser penetra no local direcionado, atinge as células, e estimula seu metabolismo. Outra indicação, segundo Cíntia Cunha, é o uso de vitaminas. “Se for diagnosticado que a pessoa está

com deficiência de ferro, por exemplo, ela deve receber o reforço de vitaminas.” Ainda de acordo com a dermatologista, o tratamento também pode ser feito com a mesoterapia, que são injeções no couro cabeludo para reativar as estruturas do sistema capilar. “Com estas técnicas, a recuperação, que normalmente leva até um ano sem estes elementos, é agilizada, podendo ocorrer em cinco meses”, afirma a dermatologista, lembrando que, se a queda de cabelo for provo-

cada por calvície genética, o acompanhamento médico e alguns cuidados deverão ser mantidos por toda a vida. “Todos estes caminhos têm que ser discutidos com o médico antes de serem seguidos”, diz Cíntia Cunha, apontando ainda as opções baseadas na ingestão de medicamentos, como a espironolactona. “Os remédios via oral devem ter efeitos colaterais. Por isso, só podem ser adotados se houver recomendação médica”, afirma.

QUEDA DE CABELO TRATAMENTOS v Deve ser feita a investigação médica, com exames de sangue e o do couro cabeludo (dermatoscopia) para descobrir o que levou à queda. v A paciente pode se tratar com laser diodo. Durante a aplicação no local direcionado, a luz do laser estimula seu metabolismo.

v Se a queda de cabelo for provocada por calvície genética, o acompanhamento médico deverá ser mantido por toda a vida. v Todos estes caminhos devem ser discutidos com o médico antes de serem seguidos. CUIDADOS

v A pessoa que enfrenta a queda de cabelo também pode fazer uso de vitaminas, simultâneo a outras formas.

v Atenção ao lavar e pentear o cabelo

v O tratamento também pode ser feito com a mesoterapia, que são injeções no couro cabeludo para reativar o sistema capilar.

v Não fazer uso excessivo de secador de cabelo

v Com estas técnicas, a recuperação, que normalmente leva até um ano sem estes elementos, é agilizada, podendo ocorrer em cinco meses.

v Enriquecer o cardápio com ferro, encontrado em alimentos como carne de fígado, beterraba crua e agrião

v Evitar implante de mega hair e rabo de cavalo em excesso

v O alisamento e a coloração dos fios em excesso devem ser evitados


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FOTOS ADREANA OLIVEIRA

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POR AÍ

FITNESS DO BEM

CORPO SAUDÁVEL,

MENTE SÃ UBERLÂNDIA TEM EXEMPLO DE PROJETOS SOCIAIS QUE UNEM BOA FORMA A SOLIDARIEDADE Por ADREANA OLIVEIRA

M

anter o corpo em forma e ajudar aqueles que passam por algum tipo de necessidade e jovens que carecem de oportunidades para buscar um futuro melhor e mais saudável. Estes são objetivos de três projetos que a revista CORREIO VIVER BEM conheceu, acompanhou e mostra para vocês nesta edição como exemplos de que com boa vontade e espírito solidário é possível transformar vidas. É manhã de sábado e 70 pessoas de faixas etárias diferentes despertaram cedo para pedalar. Mas dessa

vez, a superaula de spinning, além de levar à perda de calorias dos participantes, vai levar alimentos para o Lar Alziro Zalur, da Legião da Boa Vontade, que há 54 anos está sediado no bairro Osvaldo, em Uberlândia. Atualmente a unidade atende 35 idosos em regime institucionalizado. O projeto “Vitae Cycling - Tour Solidário” deu suas primeiras pedaladas em 2013. Segundo um dos idealizadores do projeto, o professor de Educação Física Humberto Rubens Machado, muitos alunos pediam aulas aos sábados. “A princípio era algo para os alunos se divertirem e se mo-

tivarem mais. E como a adesão foi boa, surgiu a ideia de fazer alguma ação solidária”, afirmou Machado, que trabalha hoje no projeto com Fábio Silva, Fabi Machado e Dionísio Carvalho. De modestas 28 bicicletas, para as cerca de 60 da aula do sábado acompanhada pela reportagem, um salto maior será dado no fim do ano. Uma mega-aula com cerca de 150 pessoas deve marcar o encerramento da edição deste ano do projeto. “Os professores doam as aulas, os alunos doam os alimentos que desta vez vão para o Lar Alziro Zalur e os pa-

trocinadores ajudam na logística, como fornecimento das frutas para o café da manhã antes da aula. A adesão é tão grande, que às vezes falta bike, mas sempre sobra disposição e vontade de ajudar”, afirma o professor. Machado afirma que o projeto é construído sobre três pilares: 1 – saúde por meio da prática de uma atividade física; 2 – doação de alimentos para quem precisa, exercício da solidariedade; e 3 – conscientização ambiental, porque quem pratica bike indoor tem uma tendência também a adotar a bike nas ruas e assim aju-


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POLÍCIA MILITAR

da o meio ambiente. O projeto não é exclusivo de uma academia há três até o momento que recebem as aulas, que são bimestrais. A educadora física Fabi machado participou com seus alunos pela primeira vez e apoia a iniciativa. “Eles estão animados e integrados com o projeto. A ideia de ajudar o corpo a ficar em forma e a ajudar a quem precisa os estimula mais ainda”, disse. SPINNING O spinning é uma atividade com alta perda de calorias, em média 800 por aula. Segundo o professor de Educação Física Fábio Silva, antes de começar a atividade é feita uma triagem para ver se a pessoa está apta a praticar o exercício. “A triagem começa quando o aluno entra na academia. A partir daí, há todo um cuidado desde a orientação de postura na bike e a regulagem dela”, afirma. O spinning não tem restrição quanto a idade ou peso, desde que não haja algum fator de impedimento médico.

Para famílias de baixa renda é difícil fazer sobrar algum dinheiro no orçamento do mês para manter a criança ou o adolescente na prática de uma atividade física que, consequentemente, ajuda também no desenvolvimento intelectual e social deles. Além da mensalidade tem o custo com transporte, uniforme e um ou outro adicional. Foi pensando em famílias assim que o sargento Denílson Borges deu início ao Núcleo de Ação Social pela Cidadania e Esporte (Nasce), da Polícia Militar, com apoio da Justiça Federal e do Ministério Público Federal e aulas no Poliesportivo Jardim América, coordenado pela Fundação Uberlandense do Turismo, Esporte e Lazer (Futel), da Prefeitura de Uberlândia. Em setembro o projeto completou dois anos e, para o sargento Denílson, não há dinheiro que pague a satisfação que ele vê no rosto das crianças atendidas no projeto, ao todo 150 atualmen-

FOTOS CLEITON BORGES

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CRIANÇAS APRENDEM COM A AJUDA DE PMS VOLUNTÁRIOS

te, entre 6 e 15 anos de idade. “É bom a gente vê-los se desenvolvendo como esportistas e cidadãos. Muitos pais acompanham as aulas e conversam com a gente sobre a melhora das notas na escola e do comportamento dos filhos em casa”, afirma o sargento, que dá as aulas voluntariamente com o soldado Elder. Além de aulas de jiu-jítsu e futebol, para as quais o Nasce forne-

ce uniforme completo, há ainda reforço escolar e aulas sobre cidadania. “Elas utilizam melhor o tempo estando no projeto, muito melhor do que estar nas ruas. O que aprendem aqui pode ser compartilhado com os colegas. É uma interação entre cidadania e esporte”, afirma o sargento Denílson, que afirma que o projeto social foi uma conquista conjunta da 9ª RPM, 32º BPM, 92ª Cia. de Uberlândia.


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ção do Triângulo Mineiro (Cotrim) e com o capitão Paulino, militar de reserva, que também apoia voluntariamente o projeto. “O tráfico penaliza não só quem entra nele, mas toda a família. Ao praticarmos esses exercícios juntos, queremos que os jovens se envolvam com algo bom e quanto mais ajuda tivermos melhor. Mas a atividade não seria possível se não fosse a participação da escola. “Os adolescentes estão empolgados com o projeto e, além de atividade física, os policiais fazem palestras e se fazem mais presente na escola e conquistaram a confiança dos alunos”, disse a supervisora da Parque São Jorge, Daniela Honorato Couto. E ela não ficou só olhando, participou da corrida na qual todo mundo, na faixa de partida, já é um vencedor.

PARQUE DO SABIÁ

CORRIDA É PARCERIA DA PATRULHA ESCOLAR COM ESCOLA

As crianças e os adolescentes deveriam se fazer cumprir o desejo de serem todas iguais. Terem preocupações sobre as provas bimestrais, se aderem ao corte de cabelo da moda, os horários para encontrar os amigos e colocar em dia a conversa sobre quem ficou com quem, no caso dos adolescentes, ou sobre quem conseguiu passar de mais fases no videogame, no caso das crianças. Porém, na vida real, muitas crianças e adolescentes perdem tudo isso quando as drogas e o tráfico entram em cena. Por meio da Patrulha Escolar, a 148ª Companhia da Polícia Militar de Uberlândia criou, no segundo semestre do ano passado, o projeto social “O outro lado do tráfico”, no qual trabalha, junto às esco-

las, com crianças e adolescentes mostrando a eles os perigos ligados ao tráfico. “Nosso trabalho mostra o prejuízo que se tem quando se entra no mundo das drogas, seja como usuário ou a serviço de um traficante e mostra também que nós, policiais, estamos juntos do cidadão de bem”, afirma um dos participantes do projeto, o soldado Pereira, que trabalha diretamente nas chamadas ZQCs (zonas quentes de criminalidades) e já viu crianças e jovens perderam a vida por atividades no tráfico. “Se não morrem perdem a infância a serviço de um traficante e isso é muito triste”, afirma. E para buscar uma realidade melhor, em um sábado de manhã, nublado, o soldado Pereira, o colega soldado Leandro e os cabos D. Go-

mes e Fernanda estavam na ativa desde as 5h30 da manhã. Às 8h se encontraram com cerca de 40 alunos do 1º ano do ensino médio da Escola Estadual do Parque São Jorge que deixaram a cama mais cedo – coisa difícil nesta idade, ainda mais em um fim de semana – para participar de uma corrida de orientação, no Parque de Sabiá. “É uma atividade biopsicossocial. Além de trabalhar a parte física, trabalha o raciocínio e a socialização entre eles. Comunicação e cooperação são fundamentais para as equipes. E o que aprendem aqui, eles levam para o dia a dia”, disse o soldado Pereira. Para realizar a atividade, eles contam com a participação voluntária de profissionais do Clube de Orienta-

FOTOS ADREANA OLIVEIRA

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SERVIÇO *Sobre o Vitae Cycling Tour Solidário Academia Informa: 3235-2911 ou Humberto Machado: 9915-3355 *Sobre o Núcleo de Ação Social pela Cidadania e Esporte (Nasce) Poliesportivo Jardim América – Bairro Jardim América: Avenida Anália Resende Siquerolli, s/nº Horário: de segunda a sexta-feira das 9h às 11h e das 15h30 às 17h Segunda e sexta-feira: futebol Terças e quintas-feiras: jiu-jítsu Quartas-feiras: reforço escolar *Corrida de orientação com a Patrulha Escolar e projeto “O outro lado do tráfico” 148ª Cia: 3237-4555


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REEDUCAÇÃO ALIMENTAR BOA FORMA

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segundo endocrinologistas, esta tentativa é possível e, após o período inicial, torna-se mais simples. Isso, desde que os interessados adotem dietas alimentares equilibradas e façam exercícios físicos. Segundo o endocrinologista Joel Heitor Filho, que atua em Uberlândia, a reeducação alimentar é fundamental. “Costuma ganhar peso quem tem pré-disposição genética para engordar. Quem vive esta situação precisa ficar atenta, ir ao médico e fazer uma alimentação balanceada”, afirmou. “Se a pessoa perder 10 a 15% do seu peso, perceberá os benefícios na sua saúde, evitando ter doenças cardíacas e derrame, por exemplo. Para isso,

Joel Heitor Filho recomenda alimentação balenceada

PERDA DE PESO

COM SAÚDE NA BRIGA CONTRA A BALANÇA, ALIMENTOS COM GORDURA, COMO LINGÜIÇA E DOCES, DEVEM SER EVITADOS, APONTAM MÉDICOS ENDOCRINOLOGISTAS POR FERNANDO NATÁLIO

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ual pessoa que está com seu peso acima do ideal não quer reduzi-lo sem perder a saúde? A busca pelo emagrecimento é uma constante nos dias atuais. Principalmente entre as mulheres, que são influenciadas por estereótipos do mundo da moda, baseados em corpos de modelos altas e magras. Mas, se por um lado é fácil querer esse visual, por outro, dez a cada dez pessoas consideram difícil consegui-lo mantendo uma condição saudável. Apesar dessa visão,

precisa mudar seus hábitos alimentares. Essa alteração deve valer para o resto da vida, mas os primeiros resultados começam a aparecer após 90 dias [três meses]”, disse. Entre os alimentos que devem ter o consumo deixado de lado, como parte da luta contra a balança, estão lingüiça e salsicha. “Mortadela e carne de porco também não são indicados”, afirmou o médico. “Todos estes têm gordura, que é o que mais engorda. Por isso, devem ser evitados, assim como os doces e chocolates.” O endocrinologista aponta também o pão de queijo, a muçarela, o presunto e a manteiga como outros produtos com gordura

que podem atrapalhar os planos de quem quer ficar em forma, mantendo a saúde. Por isso, devem ser consumidos de forma moderada. “Além disso, a carne vermelha também não pode estar no prato de forma exagerada. Ela pode fazer parte da refeição diária duas ou três vezes por semana. Nos outros dias devem ser trocadas por frango e peixe, mas sem excessos”, afirmou Heitor Filho. Já as frutas, como banana, maça, mamão, acerola e laranja, e saladas com alface, rúcula, acelga, tomate e palmito, entre outros, são mais recomendadas para a dieta. Couve-flor, couve, cenoura, beterraba e grão-de-bico também são indicados.


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ORIENTAÇÃO

EXERCÍCIOS AERÓBICOS SÃO FUNDAMENTAIS Para perder peso com saúde, além de dieta alimentar, práticas esportivas e disciplina também são fundamentais para promover a perda de peso com saúde, dizem os especialistas. Exercícios aeróbicos, como natação e ginástica, são os mais indicados, afirma o endocrinologista Joel Heitor Filho. “A reeducação alimentar é responsável por 70% deste trabalho de redução de peso. Os 30% restantes ficam por conta da atividade física”,

disse o médico. De acordo com Heitor Filho, caminhada, corrida e pedalada também se encaixam nesta proposta. “Estas ações devem ser praticadas durante 40 minutos por dia, três a quatro vezes por semana”, afirmou o endocrinologista. “Não existe mágica. É preciso esta combinação de dieta alimentar com atividade física e tempo para que este processo funcione”, disse. Segundo o endocrinologista, os pri-

meiros resultados aparecem após 90 dias (três meses). Mas, para se ter o efeito completo esperado. são necessários 180 dias (seis meses) de eliminação de alimentos gordurosos e realização de exercícios aeróbicos. “De qualquer forma, tudo isso deve ser feito com base em orientações médicas, de forma planejada e monitorada. Nenhuma pessoa deve tomar estas decisões por conta própria”, afirmou Heitor Filho.

CONCEITO

MÉDICO RECOMENDA MUDANÇA NO ESTILO DE VIDA A reeducação alimentar e a adoção dos exercícios aeróbicos, como caminhadas, configuram-se em uma mudança de estilo de vida permanente necessária para que a pessoa que está acima do peso consiga entrar em forma e ter saúde. O conceito é apresentado pelo endocrinologista Joel Heitor Filho. Segundo o médico, caso o paciente desrespeite esta orientação, desperdiçará todo o esforço emprega-

do e perderá aquilo que conquistou no tempo em que fez o tratamento indicado. “É o que chamamos de efeito sanfona”, disse Heitor Filho. “Se a pessoa muda sua alimentação e pratica as atividades recomendadas durante seis meses, perdendo alguns quilinhos, e depois começa a comer aquilo que não pode e para de fazer exercícios, volta a ganhar peso e a complicar sua saúde”, afirmou.

Por isso, diz o endocrinologista, o foco inicial do tratamento é voltado para a perda dos quilos em excesso. Depois destina-se à manutenção do peso. “Desta forma, deixamos claro ao paciente que ele deve continuar praticando esportes, como a natação, e evitando ou consumindo pouco os alimentos gordurosos, como bolos, pães e salame, por exemplo, para o resto de sua vida”, afirmou o médico.


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INIBIDORES DE APETITE

MEDICAMENTOS CONTRA A COMPULSÃO ALIMENTAR

Além das dietas alimentares e dos exercícios físicos aeróbicos, também podem ser utilizados medicamentos para obter a perda de peso. Mas, de acordo com o endocrinologista Joel Heitor Filho, a pessoa só pode fazer uso dos remédios antiobesidade caso se encaixe no perfil dos pacientes que realmente precisam deste tipo de tratamento. “Recomendamos estes medicamentos se a pessoa for obesa e não conse-

guir emagrecer mesmo adotando a reeducação alimentar e praticando exercícios físicos. Ou se tiver compulsão alimentar, por doces, por exemplo”, afirmou o médico. “Estes remédios servem para inibir a fome”, disse Heitor Filho. LIBERAÇÃO Suspensos no mercado brasileiro desde outubro de 2011, os remédios para emagrecer produzidos com base nas

substâncias femproporex, mazindol e anfrepramona voltaram a ser liberados para comercialização no país no início de setembro de 2014. A autorização veio após votação do Senado realizada no dia 3 daquele mês. Os senadores aprovaram projeto de decreto legislativo que suspende a resolução nº 52 da Anvisa. A proposta também libera a venda de medicamentos que contenham a substância sibutramina.

INDICAÇÕES PARA A PERDA DE PESO ALIMENTOS QUE DEVEM SER CONSUMIDOS v frutas: banana, maça, mamão, acerola e laranja v saladas com: alface, rúcula, acelga, tomate e palmito v carnes: frango e peixe ALIMENTOS QUE DEVEM SER EVITADOS v linguiça e salsicha v Mortadela v carne de porco v doces e chocolates ALIMENTOS COM CONSUMO MODERADO v pão de queijo, muçarela, presunto e manteiga EXERCÍCIOS FÍSICOS RECOMENDADOS v exercícios aeróbicos como natação, ginástica, corrida, caminhada e pedalada

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m cada etapa da vida há uma demanda nutricional e, para todas as fases, os médicos recomendam combinações de alimentos para que as pessoas tenham saúde e qualidade no dia a dia. As composições das refeições variam de acordo com a idade e são reforçadas gradativamente. A maior atenção ocorre no período de crescimento, que vai até os 19, 20 anos de idade. Para crianças com até 6 meses, a indicação é o leite materno. A partir deste momento, os alimentos devem ser introduzidos na rotina do bebê de forma sequencial, afirma o nutrólogo Márcio Henrique Alves. À medida que este trabalho vai sendo feito, os pais devem observar se o filho ou filha tem alguma intolerância aos elementos oferecidos. “Este é um momento importante, em que os pais têm a grande chance de fazer com que seus filhos se alimentem bem e de maneira variada, pois é neste período que as crianças têm a formação do paladar”, diz o médico, que atende pacientes de diferentes idades em Uberlândia. Com um ano completo, o bebê deve passar a ter uma dieta mais completa. Desta idade em diante, a orientação é para que o menino ou a menina faça cinco a seis refeições diárias. “A alimentação precisa ser pobre em gordura e rica em vitaminas. É necessário priorizar frutas, legumes, verduras e os grupos dos cereais, quem têm os pães, por exemplo”, afirma o nutrólogo. “Laticínios, feijão, carnes e ovos, de forma equilibrada, também são importantes”, diz Alves.

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EQUILÍBRIO ALIMENTAÇÃO FOTOS MÁRCIO HENRIQUE ALVES

DEMANDAS NUTRICIONAIS

AS COMPOSIÇÕES DAS REFEIÇÕES VARIAM DE ACORDO COM A IDADE E SÃO REFORÇADAS GRADATIVAMENTE, COM MAIOR ATENÇÃO À FASE DE CRESCIMENTO Por FERNANDO NATÁLIO

Com o passar dos anos, o garoto ou garota precisa ir variando a alimentação, para abranger os diferentes nutrientes. Também deve evitar os produtos que tenham muito açúcar, como os refrigerantes, e os que aumentam o colesterol, como os embutidos e os queijos amarelados. Ainda de acordo com o nutrólogo, na adolescência, é necessário o aumento da ingestão de alimentos ricos em proteína, como carnes, peixes, ovos e feijão, que ajudam no crescimento dos músculos. E também o reforço de produtos com cálcio, como leite, queijos brancos, sardinha e espinafre, capazes de dar resistência aos ossos. Vitaminas A, como a cenoura, o brócolis e vegetais folhosos verde-escuro (rúcula e couve), e C, entre elas as frutas cítricas (laranja e limão), mamão papaia e a acerola, são outros elementos fundamentais nesta fase da vida. “Além disso, os adolescentes não devem pular as refeições nem optarem por lanches e frituras”, diz Alves.


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NUTRIÇÃO ADEQUADA

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CRIANÇAS ATÉ 6 MESES - leite materno CRIANÇAS COM IDADE ENTRE 6 MESES E 1 ANO Introdução de alimentos, um de cada vez - frutas - legumes - verduras - laticínios - arroz - feijão - carnes - ovo CRIANÇAS ATÉ 12 ANOS - variar alimentação - aumentar frutas e legumes - evitar refrigerantes - evitar alimentos que aumentam o

NOVIDADE

DASH É A DIETA DO MOMENTO PARA A FASE ADULTA Na fase adulta, a partir dos 20 anos, a dieta do momento é a Dash, sigla em inglês para Abordagem Dietética para Parar a Hipertensão. Apesar do nome, o método, criado nos Estados Unidos e que caiu no gosto dos brasileiros, vem sendo seguido cada vez mais por pessoas que não sofrem desta doença. De acordo com o nutrólogo Márcio Henrique Alves, a dieta Dash prevê quatro a seis refeições

por dia com três porções vegetais, três a quatro frutas e dois a três laticínios desnatados. “Também conta com uma a duas carnes e cinco a seis porções de grãos e cereais integrais”, diz o médico. O conceito do método limita a ingestão de sódio, de gordura saturada e de alimentos com colesterol, que contribuem para ocorrência de doenças cardiovasculares. Carnes verme-

lhas, alimentos industrializados, embutidos, doces, bebidas açucaradas e álcool devem ser evitados. Por outro lado, a dieta Dash estimula o consumo de frutas, verduras, legumes, grãos integrais, peixes, aves e leite e derivados com baixo teor de gordura. “Ela favorece o ritmo metabólico e não deixa a pessoa engordar, mantendo a pessoa com saúde”, afirma o nutrólogo.

colesterol

- 5 a 6 porções de grãos e cereais

ADOLESCENTES E JOVENS (DE 12 A 19 ANOS) > Reforçar alimentação baseada em vitaminas A e C, cálcio, ferro e proteínas e evitar lanches e frituras - verduras coloridas - legumes coloridos - cereais integrais - carnes - leites - leguminosas

IDOSOS - alimentos ricos em cálcio, ferro, vitamina D e vitamina B12, como bife de fígado e salmão - reforçar alimentação baseada em proteínas

ADULTOS > Dieta Dash - 4 a 6 refeições por dia - 3 porções vegetais - 3 a 4 frutas - 2 a 3 laticínios desnatados - 1 a 2 carnes

GESTANTES - 3 refeições por dia - ingestão de alimentos amarelos, alaranjados e verde-escuros, como a rúcula e a couve, 3 vezes por semana - 1 fruta rica em vitamina C por dia, como tangerina e morango - 2 copos de laticínios desnatados - carnes ricas em proteínas animal ou vegetal - arroz - feijão


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ATENÇÃO ESPECIAL

VITAMINAS SÃO ESSENCIAIS NA TERCEIRA IDADE A terceira idade requer cuidados especiais com a saúde e um dos principais está na elaboração das refeições diárias que os idosos precisam fazer e no reforço muscular que precisam ter. A indicação médica aponta para quatro elementos como essenciais na dieta para esta fase da vida das pessoas: vitamina B12, que aparece no queijo minas, bife de fígado, salmão e amêndoas; vitamina D, que está presente no atum, carne de frango e iogurtes, entre outros; cálcio, visto na sardinha, laranja e salsa; e ferro, que está em cereais, vegetais verdes, carne bovina e frutas secas. Considerada o principal período de risco nutricional, a terceira idade exige uma dieta alimentar balanceada e rica em proteínas também. Principalmente com carnes, ovos, peixes e feijão, afirma o nutrólogo Márcio Henrique Alves. “É nesta etapa que os homens e as

Márcio Henrique Alves aponta dieta alimentar para idosos mulheres têm diminuição do olfato e paladar. Também enfrentam a rápida perda de massa muscular”, diz Alves. “Além disso, o uso contínuo de remédios dificulta a rotina alimentar deles. Por isso, devem receber atenção redobrada”, afirma o médico, que também recomenda aos idosos a

realização de exercícios de força. “Devem fazer a avaliação cardiológica e, se estiver tudo certo, podem fazer a prática de duas a três vezes por semana. O mais indicado é a musculação, que precisa ser iniciada devagar e aumentada gradativamente”, afirma.

SAÚDE NA GESTAÇÃO

GRAVIDEZ EXIGE REFORÇO DE FERRO E CÁLCIO Fase de maior vulnerabilidade da mulher, a gravidez também tem necessidades nutricionais específicas. Segundo o nutrólogo Márcio Henrique Alves, a gestante tem aumento na demanda alimentar a partir do segundo trimestre de desenvolvimento do feto. “A partir deste período, são acrescidas 300 calorias à dieta, que deve ter reforço de ferro e cálcio. Também é preciso atenção com o peso para não aumentar muito. Em uma gestação normal, o ganho de peso varia

entre 11 kg e 16 kg”, diz o médico. Ainda de acordo com Alves, a mulher gestante deve fazer três refeições por dia, mantendo a ingestão equilibrada de carnes, que são ricas em proteína animal, arroz e feijão. “Três vezes por semana também devem ser consumidos alimentos amarelos, alaranjados e verde-escuros. Entre eles, cenoura, laranja, couve e rúcula”, afirma. Também é recomendado pelo nutrólogo a presença diária na dieta de uma fruta com vitamina C,

como caju, morango e tangerina, e de dois copos de laticínios desnatados que oferecem cálcio à mulher grávida. SUPLEMENTO O ácido fólico na gravidez também é importante. Durante os três primeiros meses, a mulher deve tomar uma dose diária de suplemento de ácido fólico, na quantidade recomendada pelo médico, para prevenir malformações congênitas no bebê.


TERCEIRA IDADE

ALZHEIMER FOTOS ADREANA OLIVEIRA

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UMA GRANDE FAMÍLIA UNIDA PELO

AMORÀMÃE

CARINHO, CUIDADO E ATENÇÃO NO COMBATE A UMA DOENÇA SEM CURA

O

relógio da Catedral Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Família marca 19h. Ouve-se o sino badalar sete vezes. Da janela de um apartamento no 9º andar de um edifício na rua Machado de Assis, paralela à Duque de Caxias, rua da Catedral, vê-se a cruz já iluminada para a noite que cai. Dentro do apartamento, em uma cama de hospital adaptada para a sala, está dona Teresinha de Jesus Bittencourt, de 85 anos, que, apesar de não mais conseguir expressar fisicamente o que sente, tem nos belos olhos azuis um brilho que significa muito. Diagnosticada com Alzheimer

POR ADREANA OLIVEIRA em 2006, hoje ela depende dos cuidados da família e também de cuidadores especializados dia e noite. E parece que lá atrás, quando se casou com o farmacêutico e político que foi duas vezes prefeito de Indianópolis (MG), Waldemar Magalhães, hoje com 91 anos, estava escrito que eles deveriam ter sete filhos. A união já dura 65 anos e a criação de família unida do interior hoje dá forças para as sete filhas e o filho, que se revezam toda as noites nos cuidados com dona Teresinha. Aos domingos, a partir do fim da tarde nem precisa trancar a porta. Caso contrário a campainha não vai parar. É o dia em que todos os filhos, e às

vezes até os netos e bisnetos do casal Magalhães se reúne, religiosamente, na casa dos pais no Centro de Uberlândia. As filhas de dona Teresinha e do senhor Magalhães têm nomes compostos: Tânia Cristina, Kátia Rosane, Valéria de Fátima, Teresinha Beatriz e Priscilla Rachel; o filho traz o nome do pai, seguido de Júnior. Agora a grande família ficou ainda maior e agregou sobrenomes. A vida não é um filme e para eles não é fácil ver a mãe, que sempre foi muito ativa e independente, nesta situação. De onde eles tiram força? De todo o amor recebido durante tantos anos, pelo sentimento de gratidão e

por corações que se preocupam agora em tornar os dias de dona Teresinha o mais agradáveis possível. 8H20 Teresinha Beatriz Bittencourt Magalhães, a Bia, lembra a fase que antecedeu o diagnóstico da mãe. “Ela começou a ter perda de memória e ficar muito nervosa. Procuramos um psicólogo. Foi feito o que que chamam de teste do relógio. Em um relógio sem ponteiros foi pedido para ela marcar 8h20. Ela não conseguiu. E como ficou irritada por isso, logo ela que era tão tranquila”, recorda Bia. Ainda morando em Indianópolis, dona Teresinha vinha muito de ônibus para Uberlândia para visitar as filhas. “Chegou um ponto em que ela começou a não se lembrar mais do caminho. E relutava em reconhecer que tinha algum problema, principalmente por se uma pessoa que foi sempre contida, guardava as coisas para si, se preocupava tanto com os outros que esquecia dela mesma”, conta a filha mais velha, Tânia. A perda de memória recente ficou mais frequente. Dona Teresinha foi levada ao neurologista Reinaldo Ugrinovich – coincidentemente o profissional procurado previamente pela VIVER BEM para falar sobre Alzheimer. Foi decidido que seria melhor dona Teresinha se mudar para Uberlândia, onde praticamente todos os filhos vieram estudar e construíram carreiras de sucesso em diferentes áreas. “O comportamento dela mudou. Passou a se apegar demais a dinheiro, imaginou que estávamos roubando dinheiro dela a ponto de nosso irmão, Magalhães, colocar um cofre no quarto dela. Arrumava e desarrumava armários e malas”, recordam as filhas. Apesar de o quadro piorar com o tem-

po, a família segue firme, mas não sem a ajuda profissional dos cuidadores. De segunda a sexta dona Teresinha tem uma cuidadora com ela das 8h30 às 18h30. A noite, um dos filhos assume o posto, e de quebra, cuidam também do senhor Magalhães, que está sempre ao lado da mulher. “Não é uma situação fácil e é importante que a gente reveze na função para que cuidemos também de nós, porque só conseguimos cuidar bem dela se estamos bem”, afirma Bia. Ela insiste que às vezes é preciso dar uma chamada em Tânia, que insiste em ficar mais de uma noite. Ela vem de Indianópolis na sexta e fica até domingo. “Lá em Indianópolis estou fazendo o curso de cuidadora, oferecido gratuitamente pelo Senac, assim me sinto cada vez mais preparada para cuidar de mamãe”, diz Tânia. Pelas paredes da casa, além dos belos quadros e muitas fotos, estão as planilhas bem organizadas com os dias e horários de cada um, telefones de contato, horários dos remédios, da alimentação e telefones dos médicos tanto de dona Teresinha quanto do senhor Magalhães. A cama, típica de hospital, preparada para dar o máximo de conforto, foi levada para a sala para que dona Teresinha pudesse sempre estar com mais gente por perto, e acompanhar também o senhor Magalhães diante da TV.

“Ela tem lapsos de memória e adora quando a gente conta histórias que ela nos contava na infância. Ela se casou cedo, aos 18 anos, e conheceu papai em um baile de virada do ano. E como eles gostavam de dançar… Mamãe trabalhou sempre com educação, 25 anos, foi professora e diretora de escola e uma mãe exemplar e a gente não deixa que ela se esqueça de nada disso”, conta Elaine. CUSTOS Dona Teresinha e senhor Magalhães têm uma boa aposentadoria. Porém, sem a ajuda dos filhos seria difícil manter o tratamento deles como é feito hoje. “O plano de saúde, os remédios, a alimentação, é tudo muito caro, mas ainda bem que somos sete para ajudar, dividimos tudo”, afirma Bia. E para eles, isso não é um sacrifício. Fazem com amor e o mais importante, estão presentes ao lado da mãe. Que ali, pela janela com vista para a torre da igreja que coincidentemente tem Teresinha no nome, tem hoje um mundo dela onde estão todos eles. O corpo não responde como deveria mas por aqueles belos olhos azuis percebe-se que em algum lugar em sua mente há vida, há música, há dança e muitos livros com histórias como a dela, que os filhos ajudam a escrever todos os dias, vivendo o hoje, como se não houvesse amanhã.


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PALAVRA DO ESPECIALISTA

ALZHEIMER NÃO TEM CURA, MAS TEM TRATAMENTO

Antes de conhecer a família de dona Teresinha conheci o doutor Reinaldo Ugrinovich. Esse neurologista, apesar do sobrenome complicado, tem o dom das palavras simples. Afinal, eu precisava de alguém que fosse além do “mal de Alzheimer é uma forma de demência que leva o sobrenome do alemão Alois Azheimer, que a descreveu pela primeira vez”, como está ali no wikipedia, á um clique de você. “Quanto mais idoso maior a chance de desenvolver o Alzheimer, é uma doença da terceira idade que pode vir a se manifestar a partir dos 65 anos. Porém, já temos registros de casos com paciente de 56 anos, eu tenho paciente com Alzheimer de 40 anos”, afirmou o doutor. O especialista diz que para o diagnóstico de Alzheimer é preciso ter obrigatoriamente a perda da memória recente. “Isso é o inicial, ao longo do tempo o paciente terá outros problemas de déficit cognitivo de outras ordens”, afirma Ugrinovich. As causas do Alzheimer ainda não são totalmente conhecidas. A doença não é considerada genética, são poucos os casos. Ugrinovich explica que aqueles que sofrem de Alzheimer deixam de produzir uma substância chamada acetilcolina, que dá os primeiros sintomas da doença. “Aquela pessoa que esquece por exemplo o que almoçou, o que jantou, tem que dar um recado para uma filha e não consegue, não consegue guardar um número de telefone, perde compromissos, mas se perguntar do passado lembra o nome dos filhos, lembra do casamento, pode ser um indício do início do Alzheimer”, afirma o médico.

CLEITON BORGES

“Às vezes você tem algumas manifestações de outras formas de demência que começam de outras formas como uma alteração de comportamento, como um quadro depressivo, esse é o sintoma que chama mais atenção. A pessoa está desanimada, sem iniciativa e fica tratando 3, 4 anos de depressão, mas depois de entrevistas e testes que fazemos, detectamos o Alzheimer, nesses casos se manifestando pela perda de iniciativa”, disse. O doutor explica que o Alzheimer em si não leva à morte. A pessoa que tem Alzheimer morre mais de pneumonia, infecção, porque começa a ter dificuldade para respirar, para engolir, morre de algum tipo de in-

fecção. Também não existe prevenção. Há estudos que comprovam que quanto maior o nível de escolaridade, menor a incidência do Alzheimer, mas não se deve crer somente nisso. “Se fosse assim Ronald Reagan (1911-2004), não teria sofrido da doença”, afirma o médico. Porém, não custa dar uma ajudinha para o cérebro e exercitá-lo ao máximo. O doutor indica o livro “Como manter seu cérebro vivo” (leia mais na página 12). “Os autores-pesquisadores do livro chegaram a conclusão de que quanto mais você usar as potencialidades todas do seu cérebro, melhor o resultado. Fala-se muito em fazer palavra-cruzada, leitura, mas dessa forma você só exer-

cita a memória verbal. O livro dá dicas do dia a dia para teoricamente evitar ter Alzheimer, porque você exercita as várias áreas do cérebro. São coisas simples como quando voltar para sua casa de carro fazer caminhos novos, combinar um almoço de família e, no preparo, se comunicarem sem palavas, só por gestos”, exemplifica. Ugrinovich conta que, de todas as atividades de lazer, a dança é a que mais ajuda o cérebro. “Foi publicado um estudo recente feito com um grupo de idosos que têm mais tendência a ter Alzheimer pela idade. Os grupos foram divididos e a atividade de lazer praticada pelos que tinham menos propensão a ter Alzheimer foi a dança. “Essa atividade estimula várias partes do cérebro:

tem que coordenar o passo, para fazer benfeito, coordenar de acordo com a música. Então combinar parte auditiva com a parte motora, você tem que dimensionar o tamanho do seu passo para não pisar no pé do companheiro. Tem que ter ritmo, decorar os passos. A música é, do ponto de vista de riqueza, a que usa mais o cérebro”, afirmou o neurologista. O PAPEL DO CUIDADOR Pelo que conhecemos da família de dona Teresinha, que abriu essa reportagem, segundo o que diz o doutor Reinaldo Ugrinovich, eles estão certos em manter a família ao lado da mãe, com Alzheimer, mas mantêm juntos os cuidadores. “Eles têm um papel fundamental na qualidade

de vida desses doentes. A família não está preparada para tudo e a ajuda profissional tem que ser requisitada”, disse o médico. Ele afirma que é preciso também dar atenção à saúde do cuidador, que não exerce uma função fácil. O mais importante agora é a necessidade de não deixar o assunto “morrer”. É preciso falar sobre Alzheimer, discutir e lutar para que os governantes entendam a importância das pesquisas para o futuro. “O foco agora é manter o paciente independente por mais tempo, é nisso que estamos trabalhando. O objetivo do tratamento não é dar mais tempo de vida, é dar mais qualidade de vida. Se, antes, após a descoberta da doença, a pessoa tinha uns quatro anos bem, agora são oito, 10 anos.”, diz Ugrinovich.


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MENINO DE OURO

PRECISAMOS FALAR SOBRE A DOENÇA Aos 22 anos, o jovem gaúcho Fernando Aguzolli, de Porto Alegre (RS), tem transformado vidas com palestras cada vez mais requisitadas em todo o território nacional. Se, para muitas famílias, conviver com alguém que sofre de Alzheimer é um sofrimento a ponto de deixar a pessoa sob cuidados de terceiros em clínicas e evitar falar sobre o assunto, Aguzolli fez o caminho inverso. Em 2011 ele largou a faculdade de Filosofia e todos os projetos que tinha para dediar-se a um só: a avó Nilva. Diagnosticada com Alzheimer, ela ficou famosa ao lado do neto na internet, em vídeos no YouTube que emocionaram muita gente. Ao invés de chorar, ele preferiu sorrir e seu prêmio, um sorriso da avó, estava de bom tamanho. Contra a falta da memória, ele usou o humor. Mais detalhes desta história você conhece no livro “Quem, eu? Uma avó. Um neto. Uma lição de vida” (Ed. Belas Letras, 176 páginas, R$ 34,90). Com ele, Aguzolli mantém viva a “nonna”, que faleceu no ano passado, aos 79 anos, depois de sofrer uma infecção urinária forte. E ainda ensina como ele fez para não transfomar o Alzheimer em uma sentença de morte. Falei com Fernando Aguzolli por telefone. Não foi fácil conseguir um horário na agenda dele. “A repercussão do livro está ótima. Está sendo tudo muito diferente e vejo minha história fazer a política perceber que a discussão

sobre Alzheimer está defasada. Para mim é gratificante quando termino uma palestra e as pessoas se aproximam para agradecer, para dizer que vão fazer o

mesmo em casa. Se elas ficam felizes, fico mais ainda, e imagino minha avó feliz também, vendo que estamos transformando vidas”, diz.

Durante os anos dedicados exclusivamente à avó, que cuidou muito dele na infância, Aguzolli não se arrependeu em nenhum momento da escolha. “Me dava prazer de viver com ela, que sempre foi muito forte, passou por dificuldades na vida cujas lembranças, depois da doença, deram espaço para o bom humor, para a inocência. Para mim, ela viveu uma infância que lhe foi privada”, disse. Entre o jornalismo, psicologia e filosofia, no momento Aguzolli pensa em “mudar vidas”. Os amigos de Porto Alegre, assim como a reportagem, também não o encontram facilmente em casa. Portanto, entre uma viagem e outra, quando ele volta, é só fes-

ta. “Eles são grandes amigos, uma família, é difícil ficar longe deles, mas o motivo é justo”, afirma. Ele espera que a cada palestra mais pessoas entendam e compartilhem que não adianta exigir mais do que o idoso tem capacidade. “Às vezes, eles não percebem que estão falando uma besteira, mas é porque não sabem mesmo e tem gente que reage a isso com seriedade e hostilidade, o que causa um sentimento que fica impresso no idoso por muito tempo e gera descontrole. Isso é muito negativo.” Para Aguzolli, a terapia do amor funciona. “O humor funcionou para mim e minha avó, talvez não funcione para todo mundo,

mas há outros caminhos, como musicoterapia, bonecoterapia, cinema. Agora é investir mais nas pesquisas”, disse. Por conta do neto dedicado, dona Nilva é imortal. “Consegui fazer com que ela mudasse vidas, estivesse na casa de muita gente. Logo ela, uma pessoa simples, hoje tem ‘netos’ espalhados por todo Brasil”. A história de Fernando e a vovó Nilva já foi sondada até para virar filme. “Chegou uma abordagem, acho muito legal o interesse, mas o que queriam fazer era algo mais ‘deprê’ e Deus me livre, isso é tudo que eu não quero”, finaliza o escritor.


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SAÚDE BUCAL

ORIENTAÇÃO

DENTES EXIGEM CUIDADOS

ESPECIAIS USO DE FIO DENTAL APÓS AS REFEIÇÕES DIÁRIAS E ESCOVAÇÃO SÃO FUNDAMENTAIS NO COMBATE ÀS DOENÇAS DA GENGIVA E ÀS CÁRIES

MARCOS RIBEIRO

POR FERNANDO NATÁLIO

E

lemento importante na aparência das pessoas, os dentes devem ser alvo de cuidados constantes. Entre eles, estão o uso de fio dental após as refeições diárias, a escovação três vezes ao dia após as principais alimentações e a utilização de enxaguante bucal sem álcool. Segundo a dentista clínica geral Bryanna Vieira Cabariti, estas ações ajudam a evitar doenças na gengiva e cáries. “Com estas aplicações, principalmente à noite, quando a salivação é menor, o que favorece o aparecimento de cáries, podem ser evitadas a gengivite e a periodonti-

Bryanna Cabariti diz que ida ao dentista deve ocorrer a cada seis meses

te”, afirma. Gengivite é uma inflamação da gengiva que pode comprometer um ou mais dentes. Ela é causada pela placa bacteriana. E, se não for tratada, a gengivite pode evoluir para a periodontite, uma forma mais grave da doença que compromete todos os tecidos ao redor do dente. Ainda de acordo com Bryanna Cabariti, a ida ao dentista a cada seis meses também é importante para que o monitoramento da saúde dentária seja realizado. Ela também recomenda atenção à necessidade da colocação de aparelhos para correção dentária. “A ida ao dentista para ver se há necessidade do aparelho deve ocorrer quando nascem os molares permanentes, aos 6 anos de idade”, diz a

dentista que atua em Uberlândia. “E o uso do aparelho tem que começar até os 9 anos, quando a criança tem o auge do crescimento”, afirma. Também conforme Bryanna Cabariti, os aparelhos dentários se dividem entre os móveis e os fixos. “A definição sobre um ou outro tipo depende do problema que o paciente enfrenta. E dentre estes dois, existem vários modelos, que devem ser buscados de acordo com a necessidade e com a dentição”, diz. A dentista afirma ainda que os aparelhos podem corrigir problemas frequentes, como o bruxismo (distúrbio que se caracteriza pelo ranger ou apertar dos dentes durante o sono), e defeitos congênitos na articulação dentária. Ambos podem ocasionar dores nos dentes, de cabeça, na co-

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“A IDA AO DENTISTA PARA VER SE HÁ NECESSIDADE DO APARELHO DEVE OCORRER QUANDO NASCEM OS MOLARES PERMANENTES, AOS 6 ANOS DE IDADE” luna, nos joelhos e até nos ombros. Completam a lista de problemas vistos em maior número nos consultórios odontológicos a ausência de dentes, que, segundo Bryanna Cabariti, devem ser repostos, e as infecções dentárias.


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FAIXAS ETÁRIAS

CRIANÇAS E IDOSOS REQUEREM APOIOS ESPECÍFICOS

MOVIMENTOS ADEQUADOS

DENTISTA ORIENTA FORMA CORRETA DE ESCOVAÇÃO

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Os cuidados com os dentes de crianças e de idosos são específicos. A dentista clínica geral Bryanna Vieira Cabariti afirma que cada fase da vida da pessoa tem suas exigências neste âmbito e, por isso, requerem estas atenções específicas dos especialistas que as tratam. No caso das crianças, diz Bryanna Cabariti, as medicações utilizadas em tratamentos dentários de doenças como a gengivite (inflamação da gengiva causada pela placa bacteriana) e a periodontite (forma mais grave da gengivite que compromete todos os tecidos ao redor do dente), por exemplo, precisam ser mais leves. “Esta é a principal indicação que

fazemos aos pacientes nesta etapa da vida”, afirma. E quando a abordagem é feita com os idosos, segundo a dentista clínica geral, a principal atenção deve ser dada ao risco da perda de dentes,

que ocorre de forma acelerada na terceira idade. A recomendação, nestes casos, é a periodontia, ciência que estuda e trata as doenças do sistema de implantação e suporte dos dentes.

A maneira adequada de profilaxia dos dentes pode prevenir uma série de problemas bucais, como as cáries e a gengivite. A recomendação principal feita pelos especialistas é que seja feita a escovação três vezes por dia, com os movimentos de vai e vem e circular quando a boca estiver aberta e fechada, respectivamente. “A pessoa não deve colocar força na escova de dente na hora que estiver fazendo a limpeza dentária”, afirma a dentista clínica geral Bryanna Vieira Cabariti. “Além disso, é importante que opte por uma escova com cerda macia e cabeça menor, para que todos os dentes sejam alcançados e não fiquem com traumas”, diz.


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CLAREAMENTO DENTÁRIO

CUIDADOS COM OS DENTES v Uso de fio dental após as refeições diárias v Escovação dos dentes três vezes ao dia após as principais alimentações, principalmente com limpeza da língua v Utilização de enxaguante bucal sem álcool, que aumenta a presença de flúor

VISUAL

CLAREAMENTO DENTÁRIO EXIGE QUATRO SESSÕES

O clareamento é recomendado pelos especialistas quando os dentes já estão manchados. O procedimento também é realizado pelos dentistas quando o paciente está insatisfeito com a coloração dos seus dentes e eles já estão com o aspecto desgastado. De acordo com a dentista clínica geral Bryanna Vieira Cabariti, para que o resultado esperado seja alcançado são necessárias quatro sessões com 40 minutos cada, mantendo intervalos de uma semana a cada aplicação. O recurso consiste na aplicação de

um gel clareador e a incidência de fonte luminosa nos dentes, com o tempo e a força necessários e estabelecidos previamente. “Antes disso, para evitar problemas na gengiva, é colocada uma barreira protetora nela, que é personalizada no momento do procedimento”, afirma a dentista. A tonalidade definida para os dentes após o clareamento é definida pelo dentista, em acordo com o paciente. “Indicamos que este procedimento seja feito após uma primeira sessão de limpeza dentária e

antes de qualquer tipo de restauração, pois, se for feito depois, o clareamento não pega no dente tratado”, diz. Bryanna Cabariti recomenda também que o paciente evite alimentos com corantes até 15 dias após as sessões de clareamento e lembra que, em alguns casos, o paciente pode ter hipersensibilidade na arcada dentária após a realização do tratamento. “É um trabalho que não agride os dentes, por isso, é raro este tipo de ocorrência. Mas, há registros”, afirma a dentista.

O que é: o recurso consiste na aplicação de um gel para clarear os dentes manchados e a incidência de fonte luminosa nos dentes, com o tempo e a força necessários e estabelecidos previamente Cuidado necessário: antes da aplicação do gel, para evitar problemas na gengiva, é colocada uma barreira protetora nela, que é personalizada no momento do procedimento Tempo de tratamento: para que o resultado esperado seja alcançado são necessárias quatro sessões de clareamento com 40 minutos cada, mantendo intervalos de uma semana a cada aplicação


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OFTALMOLOGIA

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LENTE DE CONTATO NÃO É ACESSÓRIO

FASHION BANALIZAÇÃO PODE LEVAR A PROBLEMAS SÉRIOS PARA QUEM FAZ O USO INDISCRIMINADO POR ADREANA OLIVEIRA

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las estão por aí, literalmente na cara. As lentes de contato coloridas ou com temas específicos – como olhar de gato, de vampiro, de zumbi, tigre... – fazem a cabeça principalmente dos jovens, que as usam como um acessório para incrementar o visual para uma balada, um show, ou simplesmente para tentar se destacar entre os outros. Muito disso se dá graças ao apelo de figuras pop que arrasam nos palcos e nas salas de cinema. Fãs da saga “Crepúsculo”, em noites temáticas se revezam entre lentes de vampiro ou lobisomen. As meninas se derretem com o olhar de Edward Cullen, vivido nas telonas por Robert Pattinson. Fãs de Lady Gaga ficam ávidos pelas chamadas “circle lenses” (lentes circulares), que dão uma aparência maior aos olhos e são febre no mercado asiático. Desde que a musa pop surgiu com aqueles “olhões” no videoclipe de “Bad Romance”, as noites nas capitais e baladas também no interior começaram a receber um público apreciador que seguia na cola da diva. As circle lenses podem ser adquiridas facilmente pela internet, mas é proibido o uso em mercados como o norte-americano, australiano e brasileiro, no qual a responsável pela liberação é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). E não pense que essa fixação pelas lentes atinge só os adolescentes. Na procura por personagens para esta reportagem encontrei Elbson Luiz de Oliveira em Araguari, cidade vizinha a Uberlândia. Ele é funcionário público, tem 35 anos e também está envolvido no mun-

do das artes cênicas. É simplesmente, louco por lentes. Após conversar com ele ainda brinquei que ele deve ser o “pesadelo” dos oftalmologistas. “Uso lentes há uns 12 anos e nunca procurei um oftalmologista para falar a respeito. Compro no shopping e às vezes até do Paraguai, no final das contas são todas iguais mesmo”, afirma. Ele diz ainda que, apesar de não usar as lentes todo os dias, não se preocupa muito com moderação. “Sei que há ocasiões em que não combina”. Aí está o ponto: o uso de lentes para Elbson Oliveira é puramente estético. E, detalhe: ele usa óculos para uma correção pequena (0.75) de astigmatismo e miopia. Porém, nas visitas à oftalmologista ele não se lembra de ter “comentado” sobre o uso das lentes. Para o funcionário público araguarino – lotado na Fundação Araguarina de Educação e Cultura, a lente é “como um vírus, à medida que usa você se adapta”. Elbson Oliveira fica atento a algumas condições em que o “acessório” incomoda. “Às vezes quando chego de lente em um lugar muito quente, como ao redor de uma churrasqueira, por exemplo, me preocupo porque os olhos doem, aí eu tiro. Mas não creio que vá ficar cego por causa disso”, disse. Como adquire as lentes sem prescrição médica, ele também não fica atento à data de validade. “Comprei lentes cinzas descartáveis que uso já há três anos”, afirmou ele, que no palcos, como ator, faz a personagem Claudete Goiabinha e já encarnou, em festa a fantasia, a personagem Tempestade, do X-Men, da Marvel Comics. Elbson Oliveira está de bem com a vida e tem uma energia boa que é perceptível pela voz. Porém, algo me diz que, caso essa reportagem chegue ao consultório da oftalmologista dele, o rapaz vai receber um puxão de orelha...

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ELBSON RODRIGUES/ REPRODUÇÃO FACEBOOK

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PREVENÇÃO DA CEGUEIRA

LENTE DE CONTATO SÓ DEVE SER USADA SOB PRESCRIÇÃO A oftalmologista Márcia B. Cunha da Lima está há 20 anos no mercado, é especialista em plástica ocular e nos últimos anos tem se preocupado bastante com o uso indiscriminado das lentes de contato. “É preciso fazer uma avaliação oftalmológica minuciosa antes de indicar uma lente de contato”, afirma a doutora. Nessa avaliação é determinado se o paciente não possui alguma condição adversa para a qual as lentes não são indicadas, como o olho seco. “O paciente às vezes menospreza essa avaliação que leva em consideração fatores como o uso de anticoncepcional, antidepressivos e antialérgicos, que podem causar ressequidão nos olhos, ou o olho seco. Associados ao uso indiscriminado ou mau orientado da lente de contato pode levar a problemas muito graves”, afirmou.

Para a doutora Márcia o usuário da lente é o indivíduo que fez uma consulta oftalmológica e, se constatada a necessidade, está apto a usá-la. Porém, a facilidade de acesso às lentes complica a situação. “Hoje em dia se compram lentes em óticas e outros pontos não legalizados. Eu já vi lentes à venda em lojas de conveniência de posto de gasolina. Isso faz com que as pessoas invertam o valor da lente de contato. Menosprezam o que pode trazer de complicação com o uso inadequado e prolongado principalmente”, afirmou. Para Márcia Lima, o ideal seria uma fiscalização mais efetiva, já que a adaptação de uma lente de contato é um ato médico e requer cuidados. “As pessoas estão tratando as lentes como um acessório, uma roupa, um sapato, que não via fazer dife-

UBERLÂNDIA TEM TECNOLOGIA DE PONTA

rença nenhuma em colocar como bem entende. Porém, elas se esquecem que a lente está em contato com a mucosa do globo ocular e está muito mais propensa a contrair vírus, bactérias e fungos. As pessoas banalizam isso de uma maneira voltada para a ilusão, para ‘montar um look’ e essa banalização leva a complicações sérias”, afirmou. A doutora cita uma infecção decorrente da acanthamoeba – que atinge muitos usuários de lentes de contato – e tem um tratamento demorado, que pode levar de 8 a 9 meses e em alguns casos precisam de um transplante de córnea. “É um caso de saúde pública. Essa falta de orientação e de fiscalização em vendas de óticas e outras maneiras de se adquirir essas lentes sem passar por uma avaliação oftalmológica pode comprometer seriamente a visão do indivíduo.” CLEITON BORGES

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FAÇA O QUE É CERTO

Márcia B. Cunha Lima atua há 20 anos na área de oftalmologia

A oftalmologista Raquel Souza Nunes Paiva participou, no mês de setembro, do Congresso Brasileiro de Oftalmologia (CBO), um dos mais importantes da área no país. O tema deste ano foi a prevenção da cegueira e a doutora voltou a Uberlândia satisfeita. “Pensei que iria até lá para essa reciclagem e veria muitas novidades para trazer para cá, dividir com os colegas. Porém, o que mais me surpreendeu e me deixou feliz foi perceber que, aqui em Uberlândia, já temos tudo o que há de mais moderno em tratamentos. Nós não estamos atrasados”, disse a profissional. Ela lembra que o laser mais moderno para cirurgia refrativa já está no mercado uberlandense e tem obtido resultados expressivos. O Cross-Linking, indicado para evitar a progressão do ceratocone, uma área que até então não apresentava muitas novidades, chamou a atenção da oftalmologista uberlandense. Com a finalidade de fortalecer a córnea e estabilizar a doença, os resultados apresentados no congresso mostram que a técnica tem cada vez mais sucesso. O difícil em um evento como o CBO, segundo dra. Raquel Paiva, é escolher as palestras e aulas a acompanhar. “É um congresso muito grande, com profissionais de todo o Brasil e presença de palestrantes internacionais. Abrange tudo, todas as áreas, vários temas e parte das aulas são reciclagem para os oftalmologistas mais antigos e até para renovar”, disse. Além dos avanços na área de ceratoconte, entre outros assuntos discutidos no congresso estão o desenvolvi-

CLEITON BORGES

Raquel Souza Nunes Paiva

mento na área da córnea, principalmente no que se refere a transplantes, cirurgias refrativas para correção de grau, miopia e presbiopia. TEMA PRINCIPAL Você sabia que existe prevenção para a cegueira? Porém, isso depende do diagnóstico precoce de doenças, como a catarata, e, segundo a doutora Raquel Souza Nunes Paiva, no Congresso Brasileiro de Oftalmologia deste ano ficou claro que as lideranças atuais do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, os oftalmologistas que estão à frente engajados na política, têm se mostrado preocupados com a colocação da oftalmologia como atenção primária à saúde. “Até então a oftalmologia não faz parte da atenção primária à saúde, seria uma secundária. Você não tem acesso à oftalmologia de

primeira consulta atualmente. Hoje tem essa grande batalha ao SUS (Sistema Único de Saúde) para colocar a oftalmologia também como assistência primária na saúde”, afirmou Raquel Paiva. Ela afirma que a classe oftalmológica está se oferecendo para o SUS para que a população tenha acesso às consultas, que, atualmente são vistas como um “luxo”. “E não é. A oftalmologia não é só tratar as doenças encaminhadas pelo clínico. Nós temos um papel importante na prevenção à cegueira. Um diagnóstico precoce de várias doenças pode impedir esse que uma pessoa fique cega. O que acontece hoje é que às vezes até passar pelo clínico e chegar ao oftalmologista, já não há mais tempo para o tratamento e é este panorama que queremos mudar.


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O CALOR QUE

FAZBEM

SAIBA MAIS SOBRE OS BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE Por ADREANA OLIVEIRA

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ma atividade para relaxar e recuperar as energias que traz benefícios para quem pratica. Já há alguns estudos que confirmam os benefícios para quem não abre mão da sauna. Ainda vista mais como uma atividade de recreação, a sauna pode sim fazer bem à saúde. A começar pela transpiração. Junto com o suor eliminado na sauna saem também substâncias tóxicas do organismo. De origem finlandesa, a prática serve muito para estimular o convívio social de quem adere à prática. Os dois tipos mais comuns de sauna são a vapor – também conhecida como úmida ou banho turco – e a seca, que utiliza pedras ou outro material aquecido que não libera vapor. O período em que a pessoa fica na sauna depende da resistência de cada um, e a frequência também. A temperatura costuma ficar em torno dos 60 graus. É comprovado que o corpo humano tolera até 80 graus em curtos períodos de tempo. Saiba mais sobre os benefícios da sauna e lembre-se de que é sempre bom o aconselhamento médico para ver se você não possui nenhuma patologia respiratória ou circulatória que impeça a prática. As fotos que ilustram esta reportagem são das saunas do clube Cajubá, em Uberlândia.

BENEFÍCIOS DA SAUNA v Segundo estudo do Departamento de Reabilitação e Medicina Física na Universidade de Kagoshima, no Japão, a sauna ajuda nos sintomas de fibromialgia v Segundo estudo do Centro Cardiovascular e Prevenção da Universidade de Montreal, Canadá, o exercício físico combinado com a sauna melhora os sintomas de hipertensão. Alguns médicos, no entanto, não indicam sair da sauna e ir de imediato ao banho gelado, o que pode aumentar o risco de arritmias cardíacas v Na Nova Zelândia foi comprovado que os corredores de longa distância que utilizavam a sauna aumentaram seu tempo de corrida até a exaustão em 32% v A transpiração em uma sauna pode ajudar a desintoxicar o corpo de agentes tais como o ácido láctico, o sódio e o ácido úrico, que se acumulam no organismo FONTE: JORNAL DA CIÊNCIA FOTOS MARCOS RIBEIRO

SAUNA DEIXE O SUOR ROLAR 76

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Atenção: não é todo mundo que se adapta ao ambiente fechado e quente. Portanto, se não se sentiu bem, evite.

APROVEITE AO MÁXIMO A SAUNA 1 – Antes de mais nada, tome um banho de chuveiro; 2 – Lembre-se que quanto mais baixo for o banco da sauna, mais baixa é a temperatura; 3 – Sente-se sobre uma toalha; 4 – Evite ingerir bebida alcóolica ou muita comida antes da sessão; 5 – Após a sessão, caso o local não disponha de uma piscina com água fria, use o chuveiro frio para finalizar, assim, tonifica e revigora a pele.


ZONA SUL

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CORRIDA DO CERRADO MARCA

ASUPERAÇÃO DELIMITES PROVA REALIZADA PELO CORREIO DE UBERLÂNDIA REUNIU CERCA DE 1,2 MIL PARTICIPANTES NA SUA QUARTA EDIÇÃO REALIZADA NO DIA 24 DE AGOSTO POR FERNANDO NATÁLIO

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EVENTO ESPORTIVO

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conversa do atleta José Gama, de 80 anos, com o amigo José Izídio Martins, 70, após a Corrida do Cerrado CORREIO de Uberlândia, chamou a atenção de muitos que participaram do já tradicional evento esportivo, no dia 24 de agosto. Ambos disputaram a prova e demonstraram que a idade não impõe limite para a prática. Muito menos para a busca pela saúde. Naquele momento, mesmo tendo concluído o percurso de 10 km há poucos minutos, José Gama não estava com a respiração ofegante e permanecia em pé. José Izídio havia corrido 5 km e também mostrava disposição de um jovem, enquanto dava essa entrevista. Os dois competidores foram alguns dos quase 1,2 mil que duelaram na quarta edição da prova e fizeram a festa do atletismo local na manhã daquele domingo. Responsáveis por mudar o cenário de parte da zona sul durante a corrida, os participantes passaram por subidas desafiadoras como a da avenida Lidormira. E, mesmo assim, pareciam inteiros, prontos para iniciar os treinamentos para a próxima edição, em 2015. Participante mais velho da Corrida do Cerrado, José Gama disse que o melhor remédio para a saúde é a realização de exercícios. “E uma atividade como essa, que mexe com todo o nosso corpo, traz ainda mais benefícios”, disse o competidor, que elogiou o percurso da prova. “Exige bastante da gente, mas assim que é bom”, afirmou. Também entusiasta da prova, José Izídio foi outro que apontou a prática esportiva como um trunfo para a manutenção do bem-estar no dia a dia. “Até os 60 anos sofria com pressão alta e tinha que tomar remédios para controlá-la. Depois, comecei a correr e não precisei mais dos medicamentos. Estou com a pressão controlada e me sinto cada vez melhor”, diz o corredor, que afirma ter orgulho de chegar aos 70 anos em condições de participar de mais uma edição da Corrida do Cerrado CORREIO de Uberlândia.


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DISPUTA NA MANHÃ DE DOMINGO REÚNE MÃE E FILHA Além de ter a participação de atletas da terceira idade que dão exemplos de superação, a quarta edição da Corrida do Cerrado CORREIO de Uberlândia também foi um espaço para reunião de familiares adeptos do esporte. Giselle Vasconcelos Gomes e Isadora Vasconcelos Gomes Tavares, mãe e filha, respectivamente, disputaram a prova juntas e não esconderam a satisfação com o desempenho obtido. Tam-

bém destacaram a mensagem que queriam dar aos demais participantes e a quem ainda não faz caminhadas ou corridas rotineiras. “Fomos bem. Terminamos o percurso sem problemas e estamos inteiras. E, mais que isso, esta é uma ótima oportunidade para mostrar ao filho um bom e saudável caminho a ser seguido”, afirma Giselle Gomes. “Esta é uma aprendizagem que podemos oferecer aos

nossos filhos”, diz a participante da corrida. A filha de Giselle Gomes, Isadora Gomes, também elogiou o evento esportivo cuja largada ocorreu no Uberlândia Shopping no dia 24 de agosto. “Gostei do percurso e da minha condição apresentada. Tive um ritmo muito bom e tenho certeza que nas próximas edições estarei ainda melhor”, afirma a corredora. FOTOS CLEITON BORGES

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UNIÃO

AMIZADE

IRMÃS TROCAM INCENTIVOS E ALCANÇAM OBJETIVO A amizade e o apoio também funcionaram como “combustíveis estimuladores” na quarta edição da Corrida do Cerrado CORREIO de Uberlândia realizada na maior cidade do interior mineiro no dia 24 de agosto deste ano. Sineide Medeiros e sua irmã Sulaine Medeiros correram juntas a prova e dis-

seram ter utilizado o incentivo mútuo para chegar ao fim da disputa com a certeza do dever cumprido. “Uma foi dando força à outra. É assim que conseguimos atingir o objetivo de cruzar a linha de chegada e comemorar o desempenho obtido”, diz Sineide Medeiros.

“Com a companhia dela, me senti mais firme. Não terminei cansada e isso foi muito bom. No decorrer da prova, cheguei a achar que alguma de nós duas teria que arrastar a outra. Mas, depois, tivemos as energias renovadas e concluímos o percurso bem”, afirma Sulaine Medeiros.

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VENCEDORES

PROVAS DE 5 KM E 10 KM TÊM DOIS BICAMPEÕES Disputada no dia 24 de agosto, a quarta edição da Corrida do Cerrado CORREIO de Uberlândia teve trajetos de 5 km e 10 km. Na categoria masculina, a prova teve dois bicampeões. Na disputa dos 5 km, o conferente de qualidade Waldir de Jesus Rodrigues foi o vencedor, com o tempo de 17 minutos e 7 segundos. Ele

repetiu a primeira colocação obtida na edição do ano passado. “Tenho 40 anos e não deixo de treinar para me sair bem nas provas”, disse em entrevista ao CORREIO após concluir o percurso. Quem também se tornou bicampeão foi Flávio de Oliveira Silva Soares, de 33 anos. O corredor profissional completou

os 10 km com o tempo de 31 minutos e 41 segundos. Entre as mulheres, a auxiliar de odontologia Pollyanne Rios, de 27 anos, e a vendedora Ariadenes de Souza Soares, de 24 anos, alcançaram os lugares mais altos nos pódios das corridas de 5 km e 10 km, respectivamente.

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