Correio da Venezuela 195 by Correio da Venezuela

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www.correiodevenezuela.com

O jornal da comunidade luso-venezuelana

Expropiados por "engano" O terreno destinava-se à construção de um hotel com 90 quartos p. 10

DEPÓSITO LEGAL: 199901DF222 - PUBLICAÇÃO SEMANAL ANO 07 – N.º 195 CARACAS, 22 A 28 DE FEVEREIRO DE 2007 - VENEZUELA: BS.: 1.000,00 / PORTUGAL:

0,75

Demissão de Jardim confunde emigrantes Queda do Governo Regional da Madeira lança dúvidas e divide opiniões sobre a eficácia da decisão de Jardim p.32 A. SPÍNOLA-DN MADEIRA

Marítimo vem dar formação Presidente Carlos Pereira aposta no Centro Marítimo da Venezuela p.30

Informação dos concelhos O CORREIO inicia esta semana a publicação de notícias dos concelhos portugueses. Começamos pela Ribeira Brava, na Madeira. p. 16 e 17

Portugueses na mira da ameaça Os comerciantes portugueses seriam os principais atingidos se Chávez concretizar a ameaça de “nacionalizar” os supermercados p. 8

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EDITORIAL

21/02/2007

CORREIO DA VENEZUELA

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22 A 28 DE FEVEREIRO DE 2007

Falta esclarecer Director: Aleixo Vieira Subdirector Agostinho Silva Coordenação em Caracas Délia Meneses Jornalistas: António da Silva, Jean Carlos de Abreu, Sandra Rodriguez, Tomás Ramirez, Katiuska Martins, Vanessa de Oliveira, Victoria Urdaneta Correspondentes: Carlos Balaguera (Maracay e Valencia) Carlos Marques (Mérida) Trinidad Macedo (Barquisimeto) Colaborações: Raúl Caires (Madeira) António de Abreu, Arelys Gonçalves Luís Barreira, Álvaro Dias Gerente Executivo Aurelio Antunes Contabilidade Sandra Agosta Publicidade e Marketing: Carla Vieira Ventas Ricardo de León Relaciones Públicas María Amelia da Rocha Eventos Yamilem Gonzalez Preparação Gráfica: DN-Madeira Produção: Elsa de Sá Fotografia Paco Garrett José Miguel Carrasquel Distribuição: Juan Fernández e Enrique Figueroa Impressão: Editorial Melvin C. A Calle el rio con Av. Las Palmas Boleita Sur - Caracas Venezuela

Concentrada como nunca na política venezuelana, a comunidade portuguesa tem relegado quase todos os outros temas para segundo plano. Foi isso que aconteceu em relação à recente discussão sobre o Aborto, tal como em relação a tantos outros assuntos que têm consumido as atenções em Portugal. A última segunda-feira, contudo, foi diferente. A abrupta demissão do Presidente do Governo Regional da Madeira, e consequente anúncio de recandidatura, abalaram a comunidade lusa radicada na Venezuela. Ou não fosse ela esmagadoramente originária daquela Região Autónoma... Apreensivos com o que se passa na Venezuela, o que os madeirenses aqui residentes menos esperam é ver também a sua terra natal envolta em instabilidade político-social. A notícia da demissão de Alberto João Jardim caiu como uma "bomba". Até aqui, os contornos do relacionamento institucional

entre Lisboa e Funchal pouco interesse despertavam. Passava-nos ao lado. Por isso, a decisão de Jardim apanha a maior parte dos emigrantes algo desprevenidos. É esta falta de informação, ou melhor, desinteresse pelo desenrolar dos acontecimentos, que agora está a gerar alguma apreensão. Interessa perceber porque é que Jardim tomou esta decisão, quais as vantagens da solução por ele preconizada e, sobretudo, o que têm os portugueses a ganhar com esta convulsão política. Obviamente, a maioria dos madeirenses, incluindo os que estão dispersos pela diáspora portuguesa, continuam a admirar o Presidente do Governo Regional da Madeira. Talvez melhor que os que lá estão na ilha, os emigrantes sabem avaliar a obra de Jardim, pela simples comparação com outras partes do Mundo. Mas falta esclarecer muitas coisas acerca desta demissão. Para podermos avaliá-la.

O cartoon da semana Os funcionários da Embaixada têm um novo estatuto...

Sim. De “empregados” até à uma, passaram a “trabalhadores” até às 4 da tarde!

Endereço: Av. Principal Las Mercedes. Edif. Centro Vectorial (Banco Plaza). Pent House, Urb. Las Mercedes, Baruta Caracas (Ao lado de CONAVI).

A semana O exemplo do El Universal Poucas vezes temos visto a promoção turística de Portugal nos espaços para isso destinados nos meios de comunicação social, aqui na Venezuela.Nesta oportunidade destacamos a iniciativa de uma empresa editorial venezuelana, o diário El Universal, que dedicou recentemente uma página completa ao Funchal. Esperamos que sirva de exemplo às autoridades encarregadas do turismo de Portugal.

Combate à insegurança É verdade que autoridades policiais municipais sentem-se também algo impotentes perante os elevados índices de insegurança, que prejudicam sobretudo os comerciantes. Daí que a iniciativa de incentivá-los a se organizarem e a se converterem em aliados para ajudar a diminuir os números do crime só pode ser positiva. Em Chacao, por exemplo, a realização de cursos com a intenção de explicar os novos "modus operandi" dos ladrões, tem ajudado a enfrentar o problema. Um exemplo a seguir.

Adiamento sem justificação As eleições para um novo mandato dos conselheiros portugueses para representar a Venezuela no respectivo órgão - Conselho das Comunidades Portuguesas - foram adiadas, sem que tenha sido apresentado um motivo suficientemente forte. Esperemos é que a estratégia não esteja relacionada com qualquer manobra para impedir o aparecimento de novos rostos, novas figuras, numa comunidade tão vasta e importante como é a da Venezuela.

Ameaça aos comerciantes

Telefones: (0212) 9932026 / 9571 Telefax: (0212) 9916448 E-mail: correio@cantv.net URL: www.correiodevenezuela.com Tiragem deste número: 15.000 exemplares

A ameaça do Executivo venezuelano de nacionalizar o sector da distribuição alimentar é uma espécie de espada colocada sobre a cabeça de muitos comerciantes portugueses. A análise dos argumentos apresentados pelo governo levam a interpretações totalmente desligadas da realidade, já que apresentam os comerciantes como "deliquentes", quando na realidade trata-se de um sector que tem se distinguido precisamente pela sua capacidade de organização e eficiência.

Fontes de Informação: Agência de Notícias Lusa, Diário de Notícias, Diário de Notícias da Madeira, Ilhapress, Portuguese News Network e intercâmbio com publicações em língua portuguesa, de diferentes partes do Mundo.

Para todos los

gustos

El mejor Bodegón de Caracas con la mayor variedad en vinos Nacionales e Importados C.C.C.T. P.B. (cerca al Banco Provincial) Telfs.: (0212) 959.73.77, 959.67.28 - Caracas - venezuela

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21/02/2007

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22 A 28 DE FEVEREIRO DE 2007 CORREIO DA VENEZUELA

ACTUAL

As familias elogiam a excelente decisão de recuperar estes espaços para passear

Carnaval volta ao 'bulevar' Aleixo Vieira

~îáÉáê~]ÅçêêÉáçÇÉîÉåÉòìÉä~KÅçã

uem preferiu manter-se afastado das praias abarrotadas de gente, teve em Caracas a oportunidade de reviver velhas tradições. E muitos deles souberam como é que se passa um Carnaval na Sabana Grande sem 'buhoneros'. Não só os transeuntes desfrutaram deste espaço amplo público, como também os comerciantes, pois a maioria das lojas abriram as suas 'santamarías' para aproveitar a grande afluência de clientes. Há quem confesse que desde a partida dos vendedores ambulantes as vendas subiram em mais de 50%. Os outros números que alegram os comerciantes revelam uma diminuição na delinquência. Segundo estatísticas da Polícia Metropolitana, entre 1 de Janeiro e 4 de Fevereiro foram registados 20 crimes quando nos meses anteriores a média variava entre os 87 e 110 delitos.

NOVO AMBIENTE SEM STRESS Jorge Pereira, filho de pais oriundos do Norte de Portugal, trabalha há 10 anos no 'bulevar' de Sabana Grande. Quando convidado a pronuncia-se sobre o ambiente que rodeia o seu trabalho, este comerciante começa por destacar a diminuição da

delinquência. "Não vou dizer Sobre o Carnaval, comenque diminuiu por completo, ta que o gosto que sente por porque isso seria mentir, no ter visto "ver tanta gente, tanentanto pelo que vejo, baixou ta família junta a desfrutar 80%", observa, frisando que "as nestes dias feriados". Antes de pessoas são outras e sente-se terminar, faz questão de desmenos stress". ejar boa sorte aos 'buhoneros' e O novo ambiente traz tam- faz votos para que sejam relobém outra dimensão festiva calizados noutros espaços próaos dias de Carnaval. "Foi uma prios e condignos para ao coalegria ver tantas crianças a mércio dos produtos que venquerer mostrar os seus trajes dem. "Eles precisam de de mascarados e tudo num am- trabalhar e, se eles estão bem, biente de festa", conta. Para Pe- também nós estamos bem", obreira, a promessa das autorida- serva. des de recuperar este espaço para as pessoas que aqui pas- "VERY HAPPY" sam e trabalham todos os dias Empregado de mesa há 12 é uma "meta que foi atingida anos na 'fuente em grande medide soda' de Meda". Há quem confesse que trolandia, AbeComerciante lardo Lucena há 25 anos na zodesde a partida dos irradia satisfação na, onde trabalha vendedores ambulantes ao falar sobre o no tradicional as vendas subiram em novo ambiente "Gran Café", Lemais de 50%. que se respira na odoro Andrade zona. "Foi o meldiz estar também satisfeito. "Desde que as autori- hor Carnaval de todos os que dades tomaram conta do as- vivi aqui", assegura, contando sunto, isto parece outra coisa", que os clientes compareceram conta, acrescentando que os com as suas famílias para con"clientes tradicionais e as no- sumir e desfrutar do novo 'buvas famílias estão a regressar levard'. "Todo mundo esteve sem medo da passear pelo 'bu- 'very happy'" "Nos últimos dias viram levar' tal como antes". Andrade não tem dúvidas muitas caras novas, gente tranem afirmar que foi desferido quila", diz, lançando também um "duro golpe contra a droga um convite "a todos para vie a malandragem que frequen- rem a Sabana Grande ver a tava a zona" com a nova "se- limpeza e a segurança policial gurança policial, que agora é da zona". outra". Daí que convide todos a Manuel Albino Gouveia, "desfrutar de novo de Sabana comerciante há mais de 25 Grande". anos na zona, comenta, tam-

bém com entusiasmo, que as vendas subiram e que agora se trabalha com mais tranquilidade. "Antes assaltavam na porta do meu comércio, mas agora não porque existe segurança policial suficiente", observa. Durante os dias de Carnaval a polícia teve de fechar todas as ruas adjacentes à avenida devido à presença de muitas pessoas gente. "Ontem até colocamos um artista a cantar na esplanada e com tanta gente", lembra, de sorriso estampado no rosto.

Albino Gouveia

PASSEANDO COM A FAMÍLIA Acompanhado da família, que ao momento saboreava um gelado numa das esplanadas do 'bulevard', Miguel Benitez observa ao COREIRO que agora se pode "passear com os nossos filhos e sobrinhos porque existe segurança e espaço para caminhar como nos velhos tempos". Mas apela as autoridades para não "baixaram a guarda" no futuro, "porque este espaço deve ser de passeio e não para o comércio ambulante". Arístides Martínez, membro de outra família que apreciava um café nas mesas de um estabelecimento na zona também elogia a "excelente decisão de recuperar estes espaços para a família para passear", por entre os quais "agora não temos medo de passear e frequentar durante o nosso quotidiano".

Jorge Pereira

Leodoro Andrade

Abelardo Lucena

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VENEZUELA

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CORREIO DA VENEZUELA 22 A 28 DE FEVEREIRO DE 2007

Reestruturação consular apresentada dentro de duas semanas o final de uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, o presidente daquele órgão de consulta do Governo para as questões da emigração referiu aos jornalistas que "ainda não há um plano definitivo", estando ainda "em estudo" a futura reestruturação consular. O projecto de reestruturação consular do Governo, anunciado em Dezembro, prevê o encerramento de 17 consulados em oito países. Desde essa altura, as comunidades portuguesas, principalmente as residentes em França e nos Estados Unidos, têm realizado várias manifestações, concentrações, vigílias, petições e abaixo-assinados contra o encerramento dos postos. No encontro, os conselheiros

apresentaram ao ministro a proposta do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) sobre a futura reestruturação consular, que deve ter em conta não só a emissão de actos consulares, mas também a projecção de Portugal no estrangeiro. O CCP manifestou-se desde o início contra o encerramento de consulados defendido pelo Governo. Este encontro foi o primeiro entre os conselheiros do CCP e Luís Amado, reuniões que, segundo Carlos Pereira, vão repetirse com mais frequência no futuro. "O ministro disse que quer intensificar o diálogo com o conselho", salientou, adiantando que Luís Amado prometeu que "depois da presidência portuguesa da União Europeia, no segundo

semestre, vai dedicar-se mais fortemente às comunidades portuguesas". As eleições para o CCP, que deveriam realizar-se em Abril, foi outro dos assuntos abordados. Os 100 membros do CCP são eleitos por sufrágio universal e directo pelos emigrantes para um mandato de quatro anos, acto que deveria acontecer em Abril, mas como a lei que rege o conselho se ainda está na Assembleia da República para aprovação, as eleições não foram marcadas. Carlos Pereira pediu para que as eleições se realizem antes do Verão, tendo Luís Amado prometido que vai pedir ao ministro dos Assuntos Parlamentares para desbloquear a lei. As eleições para o CCP são marcadas pelo secretário de Estado das Comunidades. O CCP

é órgão de consulta do Governo para as questões da Emigração, composto por 100 conselheiros

espalhados pelo mundo e tutelado por um Conselho Permanente.

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21/02/2007

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VENEZUELA

Carnaval dá vida ao clube Mais de 120 jovens participaram nos 'Comparsas' do Centro Português, fazendo, assim, com que as tradições que o centro tem há mais de 10 anos não se percam Jean Carlos de Abreu

àÅÇÉ~ÄêÉì]ÅçêêÉáçÇÉîÉåÉòìÉä~KÅçã

s 'Comparsas' do Centro Português (CP) de Caracas representam a actividade mais esperada pelos sócios ano após ano, que ali se agrupam nesta época carnavalesca. Vários meses antes do Carnaval, os diferentes grupos participantes põem as suas ideias em prática, ensaiam as danças e escolhem os disfarces que vão brilhar na 'noite da gala'. Ao evento, que decorreu a partir das 9:30 da passada segunda-feira de Carnaval, acorreram mais de 1500 pessoas, que foram ao salão nobre do CP para desfrutar de uma noite diferente, ao ritmo da música e das coreografias criadas por 120 jovens. Baby Gym foi o grupo vencedor dos 'Comparsas' 2007, com 126 pontos. Este grupo interpretou a fantasia denominada 'Carnaval no céu', onde crianças e adultos, através de danças, fizeram uma 'viagem' às diferentes

épocas a nível mundial, lembrando grandes artistas musicais que já faleceram. Em segundo lugar ficou Bufonoise, que obteve 114 pontos. O grupo interpretou a utopia 'Atlântida: em busca do império perdido'. Estes jovens recrearam um mundo submarino onde habitava uma civilização mais avançada que o ser humano. Los Punkies, grupo que obteve o terceiro lugar, com 109 pontos, foi o último nesta 'contenda' teatral. 'Num abrir e fechar de olhos' foi a obra musical mostrada por este grupo, que recreou a fantasia de uma criança que, através do sonho, conheceu diferentes paisagens: a navegação, com os colonizadores, as tribos canibais e o mundo submarino onde estava Neptuno (o deus romano do mar). O grupo vencedor ganhou um prémio de quatro milhões de bolívares. Para o segundo lugar, houve uma recompensa de três milhões e meio, e para o terceiro lugar, três milhões.

JÚRI TELEVISIVO Os membros do júri foram profissionais da televisão, mais especificamente da Radio Caracas Televisión (RCTV). Ao avaliarem a interpretação dos diferentes grupos, tiveram em conta a colocação da peça em cena, a coreografia, o vestuário, a música e a cenografia. Aidé Rangel, presidente da mesa do júri, expressou satisfação por fazer parte, pela segunda vez, deste júri, e aplaudiu todo o esforço feito pelos jovens para levar à cena estas "ideias maravilhosas". Mais de 30 crianças participaram nos 'Comparsas' 2007 do CP. Segundo vários membros dos grupos, a boa integração dos mais pequenos viu-se no cenário, na coordenação e preparação dos jovens no momento de desempenhar o seu papel. Segundo os representantes dos três grupos, este evento é o início "da integração dos mais pequenos com os adultos" e uma forma de fazer com que "as tradições que o clube tem há mais de 10 anos não se percam".

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VENEZUELA

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CORREIO DA VENEZUELA 22 A 28 DE FEVEREIRO DE 2007

Sequestro rápido Jean Carlos de Abreu

àÅÇÉ~ÄêÉì]ÅçêêÉáçÇÉîÉåÉòìÉä~KÅçã

vida de Juan Sousa, de 45 anos, esteve, durante algumas horas, em perigo. Este português oriundo de Aveiro, Portugal continental, foi raptado, através do denominado 'sequestro express', por delinquentes que pretendiam roubar o estabelecimento comercial da vítima, situado em Punto Fijo, estado Falcón. Segundo fontes próximas de Juan Sousa, este encontrava-se na sua padaria quando vários sujeitos entraram para roubar o dinheiro da caixa registadora. Depois, obrigaram o comerciante a dirigir-se ao

seu automóvel a fim de sequestrá-lo. O vigilante de um edifício próximo deu o alerta à polícia local, que se dirigiu de imediato para onde tudo tinha acontecido e tomou as medidas de segurança que julgou necessárias. Entretanto, o português foi abandonado pelos meliantes no sector Cujitama de Punto Fijo. Segundo amigos da vítima, esta não foi a primeira vez que lhe aconteceu uma situação do género. Talvez por isso Juan Sousa tenha já manifestado o desejo de regressar ao seu país, até porque vive sozinho na Venezuela, uma vez que a esposa e as filhas já estão em Portugal.

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Cartão para ajuda lar lançado a 5 de Março presidente do lar Padre Joaquim Ferreira, Maurílio dos Santos, avançou que o cartão de crédito oferecido pelo Banco Plaza para apoio aos idosos de Los Anaucos vai ser lançado no próximo dia 5 de Março, no salão de festas Maison Doreé, no

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Telfs.: (0212) 266.23.64 / 266.23.21 Exts.: 103 / 107 / 114

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TRABAJAMOS

PARA BRINDARLE MAS

Centro Cidade Comercial Tamanaco (CCCT). Segundo aquele responsável, o lançamento do novo cartão vai ter lugar durante a ceia da Academia do Bacalhau, com a intenção de que "todos os compadres saibam da existência do cartão" e colaborem com a ajuda aos idosos.

Nesta ceia, vão poder participar homens e mulheres, já que esta actividade, para além de ser de beneficência, é também informativa. "Não haverá discriminação de nenhuma espécie, já que a ceia da Academia costuma ser apenas para homens, mas desta vez haverá uma excepção", comentou.

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22 A 28 DE FEVEREIRO DE 2007 CORREIO DA VENEZUELA

VENEZUELA

Guarenas celebrou 386 anos Victoria Urdaneta Rengifo

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município Plaza do estado Miranda celebrou 386 anos da fundação da cidade de Guarenas, uma ocasião onde houve lugar a diversas actividades e que contou com a presença do presidente da Câmara William Páez, a directora de Relações Institucionais, Yusmely Díaz, e ainda as figuras mais destacadas da cultura, desporto, saúde, história e economia. Entre os participantes na festa esteve António de Freitas, presidente da Câmara de Comércio de Guarenas, que, na sessão especial na Plaza Bolívar, foi condecorado pelo presidente Páez e pelos membros da Câmara Municipal, no acto de abertura da Semana

del Gentilicio Guarenero. especialmente nas cerimóOs funcionários elogiaram nias religiosas como a miso trabalho deste natural de sa católica celebrada na CaPortugal e catalogaram-no tedral Nossa Senhora de como "um cidadão exem- Copacabana, padroeira de plar de constância e trabal- Guarenas. ho, que foi premiado por estas virtudes e pela sua de- "COMUNIDADE PORTUGUESA dicação ao FAZ PARTE desenvolviDA NOSSA mento comerAntónio de Freitas, cial da nossa presidente da Câmara de HISTÓRIA" sociedade e Comércio de Guarenas foi Elio Bolíum digno recondecorado pelo var, catalogapresentante do como o da comunidapresidente Páez e pelos de lusitana". 'cronista da membros da Câmara Por outro cidade de Municipal lado, Anaís Gaurenas', exBarrientos, plicou ao que aprendeu a valorizar a CORREIO que a "a comucultura portuguesa através nidade portuguesa faz pardo seu padrasto, um emi- te da nossa história porque grante da Madeira chama- este é um povo de muitas do Manuel Simonei, ex- raças e uma das que mais pressou que era um orgul- se integrou é a lusitana". ho fazer parte das famílias Bolívar explicou que luso-venezuelas na Semana Guarenas tem sido, desde a del Gentilicio Guaranero, época da emigração, um lu-

gar de trânsito que une a região oriental com a central e que por essa razão os emigrantes que chegavam por Puerto Cabello ou La Guaira "tinham que passar por aqui para atravessar o país e assim uniram-se pouco a pouco ao nosso povo diversas nacionalidades, como a portuguesa", disse o historiador. Exemplos de integração podem ser observados nas numerosas famílias luso-venezuelanas espalhadas nessa terra e inclusive no desporto, pois a época dourada vivida pela equipa de futebol 'Real Guarenas' em finais da década de 60 e durante a década de 70 é ainda recordada, tendo havido "um grande apoio por parte de espanhóis e portugueses, chegando a ser vicecampeã a nível nacional na categoria de amadores", acrescentou Bolívar.

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VENEZUELA

21/02/2007

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CORREIO DA VENEZUELA 22 A 28 DE FEVEREIRO 2007

Expropriações de Chávez ameaçam supermercados de madeirenses Agostinho Silva `çêêÉáç L iìë~

"Quanto maiores forem, mais cuidados devem ter com Chávez", ameaça o próprio presidente da Venezuela, numa declaração dirigida aos grandes proprietários de redes de distribuição alimentar, onde se destacam os mais poderosos empresários madeirenses. "Se tivermos que intervir e expropriar, esperem apenas umas horas". Numa cruzada sem precedentes, o presidente da República Bolivariana de Venezuela vira-se agora para os sectores da distribuição alimentar: se não respeitarem o controlo de preços imposto, os empresários podem ficar sem os seus negócios. Na mira da ameaça presidencial estão muitos empresários portugueses, a maioria da Madeira. Grandes cadeias como a Central Madeirense, Excelsior Gama, Fontana, Unicasa, Hermanos Camacho, San Diego, Castelo Branco, Automercados Plazas, entre muitos outros, dominam o mercado da distribuição em toda a Venezuela. No entanto, para além das grandes cadeias, muitos 'abastos' de menor dimensão polvilham o comércio venezuelano, a maioria na posse de famílias madeirenses. Hugo Chávez advertira que nacionalizará os supermercados, mercearias e armazéns frigoríficos, se os proprietários desrespeitarem os preços máximos de venda ao consumidor de vários produtos, publicados na Gazeta Oficial, alguns dos quais passaram a estar isentos do pagamento de Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA). "Dêem-me a primeira desculpa para nacionalizar o primeiro armazém frigorífico, o primeiro grande supermercado e o primeiro grande matadouro", disse Hugo Chávez, convidando o povo a denunciar eventuais violações da lei. "Denunciem, porque então vamos intervir", incentivou o presidente. "Vamos dar esses estabe-

lecimentos para que os conselhos comunais os administrem". Chávez lançou ainda um aviso aos comerciantes, relembrando que o governo elaborou uma lei contra os especuladores e sublinhando que se não respeitarem a tabela de preços fixada recentemente pelo Executivo, serão punidos com penas de prisão, entre os dois e os seis anos, e com multas pecuniárias. O presidente referiu também que a lei contempla a confiscação de mercadorias, o encerramento temporário até 90 dias, com pagamento obrigatório de salários aos empregados, e a expropriação de bens necessários para garantir o abastecimento de alimentos. Na origem destas duras advertências está o facto de, nos últimos meses, terem escasseado produtos de primeira necessidade nos supermercados, como foi o caso do açúcar, o leite e a carne, com os comerciantes a argumentarem que a regulação de preços não lhes dá a margem adequada de lucro. O vice-presidente do Executi-

vo de Chávez, Jorge Rodriguez, anunciou que a Lei de Defesa Popular contra a Especulação seria aprovada antes deste fim-de-semana, na sequência dos poderes que foram conferidos ao Governo da República Bolivariana para governar por decreto. "Estamos a implementar as medidas necessárias para impedir que os especuladores e sabotadores da soberania alimentar do povo venezuelano levem a sua avante", advertiu o vice-presidente. Acrescentou que a lei a aprovar seria "muito restrita", antes de revelar as inquietações do seu governo: "Não se justifica que no mês de Janeiro se tenha produzido um aumento tão brutal no 'cabaz de compras' básico, a menos que se trate de uma estratégia de conspiração ou um atentado contra os interesses do povo venezuelano". EMPRESÁRIOS ACATAM AMEAÇA MAS PENSAM EM ALTERNATIVAS As organizações empresariais do sector da distribuição alimen-

tar reagiram com prudência às ameaças de Hugo Chávez. Nesta primeira fase, a estratégia passa por evitar o confronto com as entidades oficiais, designadamente o Presidente da República, que tem chamado a si a liderança do processo. Apesar da contenção verbal das associações empresariais, é notório entre os principais comerciantes portugueses um inegável sentimento de revolta, nunca antes visto. A altura não é propícia à alienação de negócios, mas é palpável que, para alguns, o abandono do país começa a ser uma alternativa que está a ser devidamente ponderada. Formalmente, os proprietários de supermercados, mercearias e armazéns frigoríficos na Venezuela afirmaram a intenção de acatar as tabelas de preços que forem aprovadas pelo executivo do Presidente Hugo Chávez, minimizando quaisquer receios de represálias das autoridades venezuelanas. "Assumimos que essa advertência é para todos os que de alguma maneira pensaram em

não cumprir as decisões do executivo. Esperamos que haja boa fé de ambos lados (governo e empresários)" disse o director da ANSA-Associação Nacional de Supermercados e Afins, Luís Rodrigues. "Nós, proprietários de supermercados cumprimos a regulamentação de preços e, obviamente, se acatamos a lei não há lugar para qualquer represália", frisou. Para o dirigente da ANSA os empresários concordam com a regulamentação dos preços de alguns produtos do cabaz básico alimentar, especificamente da carne, e defendem que o governo venezuelano deveria fixar também um preço máximo para outros produtos como os ovos. Já o presidente da Fedecâmaras, José Luís Bettencourt, demonstra menos tolerância: "As declarações de Chávez são uma ameaça. É inaceitável que se ameace a liberdade económica". QUATRO MIL 'ABASTOS' PORTUGUESES Na Venezuela estima-se que haja cerca de quatro mil 'abastos', ou seja, mercearias e supermercados, que são na sua grande maioria propriedade de emigrantes portugueses. Entre estes, raros são os casos de 'abastos' que não sejam de emigrantes oriundos da Madeira ou Porto Santo. Os empresários da comunidade portuguesa dominam, em grandes escalas, sectores importantes como a distribuição alimentar e a restauração. Na capital Caracas, mas também em cidades importantes como Valencia, Maracay, Puerto Ordaz, Maracaibo ou mesmo Puerto de La Cruz, identificamse à distância os estabelecimentos que são propriedade de famílias madeirenses. Desde sempre, a comunidade portuguesa é caracterizada pelo total empenho ao trabalho, prescindindo de intervir em áreas como a política ou a cultura.

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20/02/2007

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22 A 28 DE FEVEREIRO DE 2007 CORREIO DA VENEZUELA

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22 A 28 DE FEVEREIRO DE 2007 CORREIO DA VENEZUELA

VENEZUELA

Eleições adiadas 'Verbena' da cultura

Nenhum dos conselheiros, nem mesmo do Conselho Permanente, sabe o motivo da suspensão momentânea das eleições.

conselheiros realizam fóruns e reuniões a fim de interagir com os portugueses radicados na Venezuela, "mas eles não Conselho Permanente das Co- participam". Graças ao apoio dado pelos conselmunidades Portuguesas (CPCP) tinha eleições marca- heiros das Comunidades Portuguesas de das para o mês de Março, mas outros países aos da Venezuela, foi posestas foram suspensas "até nova ordem" sível trazer para o país os programas de por parte do Governo português, segun- ajuda social, como a ASIC e a ASEC, que do informou António Granja, vice-co- estão a ajudar "os conterrâneos mais neordenador do Conselho Regional da cessitados". "Assim como o fizemos com estes programas, também conseguimos América. A decisão de adiar as eleições foi que alguns ex-combatentes que prestaanunciada por porta-vozes do Governo ram serviço militar na guerra do Ultraportuguês, que informaram aos mem- mar recebam a pensão, entre outras coibros dos Conselhos espalhados pelo sas das quais os portugueses emigrantes beneficiam actualmente", mundo desta decisão. enfatizou. Em declarações ao António Granja conCorreio, Granja referiu António Granja confirmou firmou que a maior parte que nenhum dos conselque a maior parte dos actuais conselheiros heiros, nem mesmo do Conselho Permanente, sados actuais conselheiros não se vai recandidatar a novo período, pois esbe o motivo da suspensão não se vai recandidatar um ta actividade "absorve momentânea das eleições. a um novo período, pois muito tempo". Segundo disse, o GoverNo que diz respeito no deverá avisar "com esta actividade "absorve aos benefícios de ser contempo" sobre a nova data muito tempo". selheiro, Granja deixou para as eleições nestes orclaro que "o maior beneganismos. fício que este posto traz é O vice-coordenador do Conselho Regional da América clari- pessoal", já que é um serviço social que é ficou ainda que os conselheiros não têm prestado à pessoa. "Nós não temos bepoder para adiantar ou atrasar qualquer nefícios, mas sim gastos, que cobrimos tipo de processo ou actividade que seja com o nosso próprio dinheiro". orientada pelo Governo lusitano, "apenas opinam e propõem soluções que benefi- ENCONTRO COM O EMBAIXADOR ciem os emigrantes portugueses". Durante os quatros anos em que tem No passado dia 8 de Fevereiro, os desempenhado funções como conselheiro na secção da Venezuela, Granja su- conselheiros das Comunidades Portublinhou ter conseguido, junto com os guesas, secção da Venezuela, o cônsul companheiros, com que se tenham apro- de Portugal na Venezuela, Fernando Tevado várias leis que ajudam a comuni- les Fazendeiro, o cônsul de Portugal em dade portuguesa na Venezuela e no Valência, Rui Monteiro, e o cônsul honorário de Maracay, Marcelino Canha, reumundo. niram-se com o novo embaixador de Portugal na Venezuela, João Caetano da CRÍTICAS INFUNDADAS Silva, a fim de conversar sobre os pla"Muitas pessoas criticam-nos dizen- nos de trabalho que deverão ser levados do que nós não reunimos com a comuni- a cabo pelo diplomata português. António Granja referiu, a propósito, dade, mas não é assim", comentou ainda aquele conselheiro, explicando que os que o primeiro contacto com o embaixaJean Carlos De Abreu

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dor foi positivo porque "ele quer fomentar a participação dos jovens nas actividades da comunidade, assim como também reconhecer, através de prémios, o talento dos luso-descendentes que se destaquem nas diferentes áreas laborais e profissionais no país".

António Granja aproveitou a ocasião para acrescentar que no próximo dia 25 de Março, vai realizar-se, nas instalações do Centro Português, em Caracas, a 'Verbena'' da Cultura. Neste evento, haverá comidas e bebidas típicas portuguesas. O encontro vai contar com a actuação de grupos folclóricos de clubes de outras comunidades estrangeiras. "Este evento está parado há dois anos, mas devemos conversar primeiro com o director de cultura do clube para ultimar detalhes", disse Granja, quem também é o director do grupo folclórico 'Danças e Cantares do Centro Português'.

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CORREIO DA VENEZUELA 22 A 28 DE FEVEREIRO DE 2007

História de Vida

Maria Otília Ferreira da Rocha Camalha, distrito do Porto, Portugal

"A vida é alegria e melodia"

Jean Carlos De Abreu

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esde pequena que sempre gostei de dançar e participar nas festas do meu povo. Sou da Camalha, uma povoação pertencente ao distrito do Porto, em Portugal. Fui uma rapariga feliz, porque a única coisa que fazia era bailar, correr, brincar com as minhas primas e desfrutar da vida. A minha mãe trabalhou na fábrica de sardinhas em Matosinhos. O meu pai era sapateiro e trabalhava em casa. Ele cuidava dos meus irmãos e de mim enquanto a minha mãe estava fora. Quando eu tinha seis anos, o meu pai veio para a Vene-

zuela. Aos 14, vim para este pa- Caracas, onde residiríamos por ís com a minha família porque muito tempo. A casa não tinha ele tinha uma casinha onde fi- portas, era apenas um bloco, cássemos e um bom trabalho. com um tecto de zinco e corViajámos no navio Santa Ma- tinas. O meu pai tinha conseria. Saímos do porto do Fun- guido trabalho numa fábrica de chal em 1964. quadros, situada Ao pisar o a escassa distânporto de La da minha caO meu pai levava-me para o cia Guaira, o meu sa, e a minha trabalho e ia me buscar. pai recebeu-nos. mãe lavava rouAssustei-me. pa de mulheres Para mim foi um choque Não gostei do ricas. forte, porque eu estava que vi na monLembro-me tanha ao sair do acostumada a sair e a co- que à noite colonavio. O meu um pequerrer pelas ruas em Portugal. cava pai, a brincar, no rádio perto disse que vivedo ouvido para ríamos num ouvir um pro'ranchito' no topo da montan- grama de música portuguesa. ha. Chorei desconsolada, que- Dançava sempre ao som da ria regressar a Portugal. música para me divertir, rir e Chegámos a Boleita, em recordar o meu país. Essa era a

única forma de divertimento, porque o meu pai não me deixava sair com ninguém. Onde eu vivia, viviam também outros portugueses com os quais convivi enquanto estive em Boleita. Não tínhamos televisão nem rádio, éramos pobres. O meu pai levava-me para o trabalho e ia me buscar. Para mim foi um choque forte, porque eu estava acostumada a sair e a correr pelas ruas em Portugal. Havia uma vizinha portuguesa que tinha televisão. Eu e os rapazes portugueses sentávamo-nos na casa da senhora para ver os programas. O meu pai não gostou da ideia de que eu estivesse rodeada de rapazes porque eu era a filha favorita. Por isso proibiu-me de ir lá.

Novo começo Conheci o que viria a ser meu marido perto da minha casa.Ele vivia num 'callejón'abaixo da minha casa.Era de Oliveira de Azeméis.Recordo-me que, para comunicarmos, utilizávamos papelinhos.Ele colocava-os na janela da casa e eu respondia da mesma maneira. Um dia convidou-me para ir a El Junquito.Quando cheguei a casa, o meu pai estava furioso porque eu tinha fugido e desde então nunca mais me falou.Passado um ano casei com o que seria o meu único amor. O meu pai esteve 15 anos sem dirigirme a palavra.Foi doloroso.Não foi ao meu casamento, mas esteve sempre informado sobre mim e os meus filhos. Eu tinha 15 anos quando me casei e o meu marido tinha 19.A minha ilusão durou pouco.Estive casada durante 10 anos, após os quais o meu marido morreu em Portugal com cancro no estômago, aos 29 anos. Tivemos dois filhos, os quais me encheram de satisfação.Por eles trabalhei até não poder mais.Para conseguir sustentar a minha família, tirei um curso de corte e costura e comecei a trabalhar.Depois de alguns anos de experiência, bordei para Margarita Zinc e Ángel Sánchez nos seus ateliers.Agora trabalho com uma estilista luso-descendente, Angélica Fernandes. Gosto muito dos venezuelanos.O ambiente latino evitou que me deprimisse porque sempre fui uma mulher feliz e divertida.Valorizo a comunidade luso-venezuelana por adaptar-se bem a outra comunidade e porque somos exemplo de trabalho para todos. Fui a Portugal em 2004, mas não viveria lá porque estou adaptada à Venezuela.A vida é alegria e uma melodia, por isso devemos desfrutá-la ao máximo.

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RELIGIÃO

Dúvidas da reforma constitucional Pbro. David Rodríguez Afonso

um comunicado emitido em Caracas, o Conselho Nacional de Laicos da Venezuela (CNLV), reunido recentemente em assembleia ordinária, sublinha que "o projecto político para governar o país deve ser alheio tanto ao capitalismo selvagem como à ideologia marxista-leninista, a fim de garantir o respeito à dignidade e à liberdade da pessoa humana".

No comunicado, o CNLV expressa nista da construção do país". O CNLV recusa "todo o tipo de ataa sua total recusa da "concentração de poderes no Presidente da República e que à Igreja, aos seus Pastores, e à relios poderes especiais outorgados pela Lei gião, assim como a manipulação do Habilitante, já que exclui a opinião e a Evangelho e inclusive da pessoa de Cristo". participação dos poderes Reafirma ainda a cenestabelecidos na nossa tralidade da família, por Constituição e as do soOs laicos venezuelanos ser esta "a primeira e funberano povo da Venezueexigem que a reforma damental escola" e que "os la". constitucional se faça direitos e deveres dos pais Os laicos venezuelanos exigem que a reforma correctamente e solicitam na educação dos seus filconstitucional se faça coao Estado a salvaguarda da hos, o direito ao livre desenvolvimento da personarrectamente e solicitam ao pessoa "como valor cuja lidade à justiça social e à Estado a salvaguarda da dignidade não se pode igualdade, sem descrimipessoa "como valor absomenosprezar" nação nem subordinação luto cuja dignidade não se alguma, incluindo as pode menosprezar", a "licrianças e adolescentes berdade de educação, reconhecendo a família como responsá- como sujeitos de pleno direito nas devel fundamental da educação dos seus cisões e acções que lhes concerne", defilhos, superando toda a imposição ide- vem ser defendidos. ológica" e a sociedade "como protagoO CNLV exige ainda "o respeito ao

direito das pessoas à livre expressão de pensamento, ideias e opiniões e mais ainda proclamamos o direito à liberdade de religião e culto, à manifestação pública das crenças religiosas e ao ensino da religião nos centros educativos". Depois de denunciar as ameaças contra os meios de comunicação, os laicos venezuelanos incitam aqueles a cumprir "com a sua responsabilidade de ser potenciais transmissores dos valores fundamentais da dignidade humana". Depois de fazer um apelo a todos os laicos venezuelanos para promover a reconciliação no país, o CNLV renova o seu compromisso "de levar à prática as decisões tomadas no Concílio Plenário da Venezuela, particularmente no seu documento 'O laico católico, fermento do Reino de Deus na Venezuela' e as assumidas no documento final do 6.º Congresso Nacional de Laicos (Fevereiro de 2006).

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CULTURA

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CORREIO DA VENEZUELA 22 A 28 DE FEVEREIRO DE 2007

I encontro internacional 'Danças Luso-Victorianas' Sandra O. Rodriguez G. çäÖ~êá~S]ó~ÜççKÅçã

omemorando o mês dedicado à Juventude, organiza-se, no próximo domingo, dia 25 de Fevereiro, na cidade de La Victoria, o 1.º Encontro Internacional 'Danças Luso-Victorianas', que vai contar com a participação de mais de 15 grupos representantes das comunidades estrangeiras radicadas na Venezuela. Grupos vindos de Caracas, Ocumare del Tuy, Colonia Tovar, Maracay e Valencia, com danças representantes da Alemanha, Chile, Espanha (Ilhas Canárias e Catalunha), Itália, México, Países Africanos e Árabes, Peru, Portugal, República Checa, Uruguay e Venezuela, vão preencher o programa deste evento folclórico. Assim, a partir do meiodia, os grupos vão ser recebidos pelos organizadores na ci-

Os grupos vão ser recebidos pelos organizadores na cidade de La Victoria a fim de participar numa visita guiada aos locais histórica e culturalmente importantes

dade de La Victoria a fim de participar numa visita guiada aos locais histórica e culturalmente importantes, actividade esta coordenada pelo Departamento de Turismo do município. Posteriormente, a concentração dos grupos está marcada para a Praça José Felix Ribas, onde, a 12 de Fevereiro de 1814, o 'procer', junto com jovens estudantes e seminaristas, venceu a 'Batalha de La Victoria'. Neste espaço, será feita uma deposição de flores em homenagem a todos os heróis presentes nesse combate.

Entretanto, na Escola de Música 'Primo Casale', em frente à Praça, o público poderá desfrutar também da 1.ª Exposição Internacional, uma amostra de trajes, imagens e detalhes das diferentes culturas participantes, aberta já desde o dia 11 de Fevereiro. Finalmente, na Casa da Cultura da cidade, pelas três da tarde, vai ter início o 1.º Encontro Internacional 'Danças Luso-Victorianas', cujos organizadores esperam receber mais de 500 pessoas, entre dançarinos e pessoal de logística, que terão a seu cargo o êxito do evento. É importante destacar que a organização deste 1.º Encontro está a cargo da Fundação Danças Luso-Victorianas, grupo presidido por Lúcia Gomes de Rodríguez, que tem dois anos de existência e que nasceu com a finalidade de apoiar o folclore português e venezuelano.

CP tem novas 'princesas' Tomás Ramírez

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oram eleitas, no passado sábado, dia 17 de Fevereiro, a 'princesa' e a 'princesita' do CP para o ano 2007. O evento decorreu no salão Nobre do Centro Português, em Caracas. Oreana Valentina Gonçalves Pinho foi a 'princesita' vencedora, enquanto que Oriana Gonçalves Pereira e Anabel Nunes, foram, respectivamente, primeira e segunda finalista. Mónica Rodrigues foi eleita Miss Fotogénica. A princesa eleita pelo júri foi a jovem Anghi Roxana da Silva de Abreu, de 12 anos, que também foi eleita, pelos fotógrafos presentes no evento, Miss Fotogénica. A Miss Amizade foi escolhida pelas próprias participantes e a escolha recaiu sobre Alejandra Pita Alves. A primeira finalista foi Xisbel Carolina Ferreira Pereira, de 13 anos, e como segunda finalista ficou Ariana Sofia dos Santos Beja, de 12 anos. A nova 'princesa' do CP, Anghi da

Silva, disse sentir uma emoção muito forte porque não esperava ganhar. Ainda assim, diz que "não importa ganhar ou perder, mas sim conviver com as companheiras e fazer novas amizades". Por seu turno, a 'princesita' deste ano, Oreana Valentina, confessou que aprendeu muito sobre como desfilar. "Gostei muito de tudo porque fiz amiguinhas e aprendi a desfilar". O tema principal do evento girou em torno da série juvenil 'High School Musical', cuja canção promocional, 'Together', foi a base musical para a realização da abertura, onde as meninas, junto com o corpo de dança, realizaram uma coreografia de Ferlyn Ramírez. As 'princesitas' e ''princesas desfilaram com o apoio incondicional de familiares e amigos, que, com cornetas, chicarras, matracas e demais artigos sonoros, apoiaram as meninas e encheram o salão nobre de alegria e vivacidade. Os apresentadores do evento foram talentos da RCTV, Laura Chamarras e Junior Ricci, que anunciaram o

show da princesita que estava de saída, Melani Tavares, no qual interpretou o tema 'Reina de la Noche', de Gloria Trevi, junto com as aspirantes deste ano. Minutos mais tarde, foi levado a cabo o desfile em fato de banho, no qual 'princesas' e 'princesitas' mostraram as suas capacidades como modelos. A 'princesa' do ano passado, Sandra Mendes, interpretou outro tema de Glória Trevi, acompanhada pelo corpo de baile e as princesas deste ano. Já no último desfle da noite, as jovens mostraram elegantes vestidos, que deleitaram os olhos do público. Antes do júri emitir a decisão final, o grupo juvenil 'Shesura' animou a noite e fez levantar algumas pessoas das cadeiras com os seus temas contagiantes. O presidente do Centro Português em Caracas, João Gonçalves, sublinhou que todas as meninas são vencedoras, "o mais importante é que estas jovens fiquem com o valor da amizade, da partilha e da união da família".

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LAZER

A cabeça que 'voa' em "Traffic Center"

no ar ligado às oito emissoras do circuto de rádio da FM Center. Estamos ligados em toda a grande Caracas. Traffic Center chega a todos os níveis da sintonia".

Diana Restrepo

o produtor do espaço radiofónico mais ouvido nas emissoras FM Center. Chama-se Alfonso Ferreiras Reyes, nasceu em Caracas mas tem raízes portuguesas. O seu pai, Rufino Ferreira Cardoso, é natural do concelho de Santa Maria da Feira (distrito de Aveiro). Alfonso Ferreira tem 10 anos de trabalho na rádio. Começou na emissora Hot 94. Retirou-se depois durante um tempo e regressou em 2002, ao lado do locutor Gustavo Pierrall como seu 'amigo virtual', falando de tudo o que está relacionado com a informática, nos seus programas matinais de segunda a sexta-feira. Depois de dois anos de trabalho intenso, surgiu a oportunidade de coordenar o espaço de rádio de trânsito Traffic Center, e já está quase há dois anos a levar informação, diariamente, aos ouvintes que sintonizam a rádio nas diferentes emissoras da FM Center.

Porquê que as pessoas gostam tanto de sintonizar o programa Traffic Center? "Primeiro porque conseguimos baixar a tensão e a pressão geradas pelas longa filas. O facto de escutarem Alejandro Cañizales ou Jonathan Cuantit (ambos locutores do programa) a partir da moto, conversar e dizer-lhes: "há fila em tal sítio, tens esta alternativa para seguires ou simplesmente não tens alternativa, tens que esperar que a situação se resolva para poderes chegar ao local". Isso gera um pouco de calma nos cidadãos que nos escutam e as pessoas vão estando sempre atentas à informação que damos a cada momento".

O que é que gosta mais na Venezuela? "Acho que as pessoas. Todos os dias, Caracas oferece-nos uma paisagem e que é o céu. É uma prenda que temos quando voamos no helicóptero. É a satisfação que temos quando chegamos casa e nos sentimos bem por trabalhar dessa maneira. A qualidade do venezuelano é incrível. As pessoas daqui são muito trabalhadoras". Porquê que o seu pai emigrou para a Venezuela?

O que é que gosta mais no trabalho da rádio? "O facto de ter contacto directo com os cidadãos. Dá-nos muita satisfação conversar com as pessoas e ajudá-las, mantendo-as informadas. No Traffic Center, conseguimos com que até mesmo as autoridades comuniquem connosco. É o caso da VIVEX, os polícias de trânsito, os polícias de circulação dos diferentes municípios como Chacao, Baruta, e inclusive a Gobernación de Miranda colaborou connosco. Chegamos a realizar campanhas quando, por exemplo há um buraco na

alguma artéria importante, ou quando alguma rua ou avenida está deteriorada. Actualmente, estamos a colaborar com o INTT na operação para actualizar a documentação dos encartados, que se está a realizar na Base Aérea de La Carlota." Alguma anedota ou experiência no trabalho da rádio… "O mais incrível é que tenho de estar sempre atento, o programa nunca pára. Traffic Center tornou-se indispensável, porque é um termómetro do trânsito. O meu trabalho é ter Alejandro Cañizales

"Acho que foi a razão de toda a gente: abrir novos mundos, procurar novas alternativas. O meu pai chegou aos 18 anos e a partir daí começou a trabalhar. As minhas três irmãs e eu temos aprendido esse carácter constante do europeu; o trabalho, o empenho e o gosto com o qual fazemos o nosso trabalho. Fazer bem o nosso trabalho é o que tem caracterizado desde sempre os portugueses e os seus filhos. Portugal é uma bela terra, sintonizo diariamente o canal português RTP através da TV Cabo e estou constantemente ligado à informação do país". Quais são as suas expectativas para o futuro? "O Traffic Center cresceu: Antes tinha três emissões (manhã, tarde e noite). Juntou-se depois Jonathan Cuantit, que faz as reportagens intermédias do dia. A emissão está no ar das 7:05 até às 19:20, para fechar a reportagem que fazemos diariamente. O trabalho do Traffic Center cresceu e cremos que continuará crescendo no dia a dia".

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CORREIO DA VENEZUELA

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Praia e promenade modernizam Frente Mar da Ribeira Brava A Câmara Municipal da Ribeira Brava, na parte Oeste da ilha da Madeira, orgulha-se da transformação que vem conseguindo no concelho Frente Mar da Ribeira Brava apresenta-se totalmente renovada. Ordenando toda a linha costeira, com a intervenção da Sociedade de Desenvolvimento Ponta Oeste, conseguiu-se organizar o desenvolvimento urbano da vila e valorizar o centro histórico. Para além do património arquitectónico e urbanístico ter sido aproveitado, a frente mar está mais funcional e apresenta grande qualidade, garantindo-se aos utentes mais segurança e conforto, assim como melhores acessibilidades. Distinguem-se duas áreas de intervenção: a que foi feita na zona da praia e piscinas e a que se efectuou ao longo de toda a restante orla costeira daquela vila.

PRAIA E PISCINAS A intervenção nesta zona obedeceu à carência de um espaço balnear que reunisse piscinas, solários, balneários, cafés e acesso ao mar. No lado Nascente, foi feita uma muralha de protecção à ribeira, anexando-se a esta uma rampa de acesso automóvel para eventuais emergências e cargas/descargas de mercadorias. Junto à esplanada do café, construíramse duas piscinas e um vasto espaço para solário com duches no exterior. O acesso ao mar faz-se ao longo de toda a frente das piscinas, permitindo-se assim que os utentes apanhem sol também na praia. Entre o enrocamento e a praia, foi colocado um repuxo de água. PRAÇA E PROMENADE Porque a recuperação da frente mar é um elemento chave no ordenamento da orla costeira e as zonas do litoral são lugares privilegiados para o repouso e desPUB

fruto de actividades lúdicas, decidiu-se renovar completamente toda a Frente Mar da Ribeira Brava. O desenho criado para este espaço público foi estruturado pelo eixo visual e físico que assume a Rua Visconde da Ribeira Brava, fazendo-se prolongar esse eixo através de um passadiço de nível, sendo o mesmo “projectado” sobre a praia de Calhau que caracteriza os limites da costa da vila,

em forma de mirante. Toda a frente é pontuada por um passeio marítimo, com bancos de jardins. Ao longo da ampla praça, surgem espaços de restauração e um anfiteatro ao ar livre, que permite a realização de diversos eventos. Junto à entrada do cais, uma rotunda organiza a circulação automóvel, sendo envolvida por uma praça de táxis. No cen-

tro desta, foi construída uma fonte com jactos de água. De referir, é que o percurso que escala a montanha foi requalificado mediante a construção de um acesso ao miradouro no topo da mesma. Com a intervenção que se fez na Ribeira Brava, o património histórico foi aproveitado, conseguindo-se elevar o nível de qualidade daquela vila.

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RIBEIRA BRAVA 17 PUB

Aos visitantes a Ribeira Brava é caracterizada por ter de tudo um pouco, o que torna esta terra um excelente local para passar férias conciliando as praias com os famosos passeios pelas levadas

A Frente Mar da Ribeira Brava apresenta-se totalmente renovada.

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PORTUGAL

20/02/2007

CORREIO DA VENEZUELA

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22 A 28 FEVEREIRODE 2007

A Linha de Saúde Pública está a atender cerca de 250 chamadas telefónicas diárias, mais do dobro do que o normal nesta época do ano, a maioria devido a infecções respiratórias e gripe, disse o coordenador do serviço.

Breves

Ministério poupado O Ministério da Saúde poupou 460 mil euros na compra de artigos informáticos através de um leilão electrónico realizado pelo Instituto de Gestão Informática e Financeira da

Saúde (IGIF) na plataforma da Bizdirect. A Bizdirect explica, através de uma nota de imprensa divulgada, que um total de 56 instituições tuteladas pelo Ministério da Saúde participaram num leilão que permitiu adquirir quantidades agregadas de consumíveis informáticos com "poupanças na ordem dos 23 por cento". O leilão electrónico (realizado através da solução BizAuction da Bizdirect) contou com a presença de 10 fornecedores.

Acidentes de viação fizeram 15 mortos Quinze pessoas morreram nas estradas portuguesas na semana passada, anunciou a DGV, que já contabilizou 120 mortos desde o início do ano, resultantes de acidentes de trânsito. Na semana de 12 a 18 de Fevereiro, a Guarda Nacional Republicana (GNR) registou, na sua área de intervenção, 13 mortos, 45 feridos graves e 495 ligeiros,

Imposto propriedade O Governo vai cobrar, a partir de 2008, um imposto de propriedade, em vez de

PSP apreende armas Várias armas proibidas que estavam ilegalmente expostas em lojas para serem vendidas ao público,

num total de 553 vítimas de acidentes rodoviários. A PSP registou, em igual período, dois mortos, oito feridos graves e 213 ligeiros, o que perfaz um total de 223 vítimas da sinistralidade rodoviária. Em conjunto, as duas forças de segurança apresentam um balanço de 15 mortos, 53 feridos graves e 708 ligeiros, totalizando 776 vítimas.

circulação, para evitar que os veículos sejam abandonados ou vendidos a sucateiros, privilegiando a sua destruição. De acordo com o Diário de Notícias, dos "170 mil carros que deixam de circular todos os anos", as "autoridades perdem o rasto a 150 mil". "Em 2006, foram destruídas e recicladas por centros autorizados apenas 20.020 viaturas. O que aconteceu às restantes?", questiona o DN.

foram apreendidas pela PSP da Guarda, disse à Agência Lusa fonte do Comando Distrital. Numa acção de fiscalização realizada em mais de meia dezena de estabelecimentos comerciais da cidade da Guarda, a PSP apreendeu 31 navalhas de ponta e mola, 12 navalhas de "borboleta", cinco espadas "tipo samurai", sete sabres, dez matracas e 14 punhais (dois deles com suporte em madeira), segundo aquela fonte.

Até que consiga alcançar "outros voos", garante que continuará "cem por cento empenhada" em colaborar na formação dos futuros oficiais, comandantes e almirantes da Marinha portuguesa.

‘GI Jane’ de Viseu Sofia Miranda tornou-se na primeira mulher comandante de companhia da Escola Naval cabelo rapado que usava quando ingressou na Marinha valeu a Sofia Miranda a alcunha de "G. I. Jane", mas foi graças ao seu empenho e determinação que se tornou na primeira mulher comandante de companhia da Escola Naval. Desde os 13 anos que Sofia Miranda, hoje com 26, sabia que queria um dia entrar para a Marinha, ainda que não tivesse recebido qualquer influência familiar nesse sentido. "Queria ser piloto de helicópteros. Lembro-me que foi no sétimo ano que incuti em mim que tinha de ter esta missão, esta carreira. Via filmes, tudo o que fosse informação sobre a Marinha e gostava", contou à agência Lusa. O cabelo rapado com que se apresentou no primeiro ano fez com que passasse a ser conhecida por "G. I. Jane", nome do filme em que a actriz Demi Moore interpreta o papel de uma oficial dos serviços secretos da Marinha de Guerra que é recrutada para ser a primeira mulher autorizada a treinar para a mais alta unidade de operações secretas, a "Navy Seals". Sofia Miranda só teve

Na semana passada, Sofia Miranda esteve num exercício no Rio Mondego que envolveu cerca de 200 cadetes da Escola Naval oportunidade de ver o filme quase um ano depois de ter sido "rebaptizada", mas identificou-se com a protagonista, apesar das diferenças de contexto. "Identifiquei-me de alguma forma, pela coragem de estar no meio de tantos homens e conseguir desempenhar uma função tal e qual como eles", disse. Com o tempo e a evolução na carreira, à semelhança da personagem de Demi Moore, também Sofia Miranda abriu um precedente, ao tornar-se na primeira mulher comandante de companhia da Escola Naval, no final do ano passado. "Éramos poucas no início, mas os cargos estão a ser agora completados por mulheres", explicou, mostrando-se convencida de que será a primeira de muitas.

Sofia Miranda entrou em Outubro de 1998 para a Marinha e depois de acabar o seu curso, em 2003, foi destacada para uma corveta, onde exerceu durante três anos a função de chefe de serviço de navegação e de comunicações. No final de 2006 passou para a Escola Naval, para comandante de companhia, cargo para o qual foi escolhida de entre "uma panóplia de oficiais disponíveis". Após completar dois ou três anos na Escola Naval, Sofia Miranda quer tentar concretizar o seu sonho de ser piloto de helicópteros. "O meu objectivo é, após cumprir a missão na Escola Naval, tentar concorrer à especialização de piloto de helicópteros. Se eventualmente não conseguir, vou para navegação ou comunicações, que são aquelas áreas que me marcaram muito desde o início e que adorei", avançou. Casada há três meses, garante que a vida militar não lhe afecta a vida pessoal, até porque o seu marido também é oficial. "É mais fácil porque existe compreensão de parte a parte, eu sei o que ele está a fazer e ele sabe o que eu estou a fazer", afirmou.

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20/02/2007

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22 A 28 DE FEVEREIRO DE 2007

CORREIO DA VENEZUELA

PORTUGAL

A remoção dos espaços públicos de símbolos cristãos, como o crucifixo, foi contestada pelo administrador apostólico da Diocese do Porto, D. João Miranda Teixeira, refere a agência noticiosa católica Ecclesia.

Terceira vítima mortal encontrada Corpo foi encontrado uma semana depois do acidente ferroviário na linha do Tua corpo da terceira vítima mortal do acidente ferroviário na linha do Tua foi encontrado segunda-feira a três quilómetros do local do acidente, uma semana depois da queda da automotora do Metro de Mirandela. O corpo foi encontrado com recurso a um helicóptero e foi transferido para o Instituto de Medicina Legal de Mirandela, onde será sujeito a autópsia, devendo ser entregue à família ainda esta semana. As buscas beneficiaram do encerramento das barragens a montante do local do acidente, que reduziu o caudal do Tua e permitiu encontrar o corpo do maquinista da automotora que caiu ao rio há uma semana. O acidente, cujas circunstâncias exactas ainda estão por apurar, arrastou numa queda de 60 metros uma automotora do Metro de Mirandela com cinco ocupantes.

O acidente arrastou numa queda de 60 metros uma automotora do Metro de Mirandela com cinco ocupantes Dois feridos, um rapaz e uma rapariga de 23 anos, foram resgatados no próprio dia do acidente, mas tiveram que esperar duas horas pelo salvamento, dificultado pela inacessibilidade do local onde foram parar. Na manhã de terça-feira, foi encontrado junto à composição o cadáver do revisor da máquina, de 35 anos, residente em Mirandela. As buscas pelos dois desaparecidos alargaram-se ao rio Douro e as equipas concentraram-se em levantar a composição caída no Tua, verificando

que ali não estava nenhum corpo. Militares da Armada, GNR, bombeiros, helicópteros e cães especializados em busca em meio aquático continuaram a procurar no Tua e no Douro e encontraram o corpo do segundo desaparecido, um funcionário da CP, a três quilómetros do local do acidente, próximo de onde foi resgatado o cadáver do último desaparecido. As condições difíceis do terreno provocaram também ferimentos em um bombeiro e um mergulhador empenhados nas operações de busca. O acidente trouxe receios sobre o encerramento da linha do Tua, em que circulam as composições do Metro de Mirandela ao serviço da CP. Segundo a CP e a Refer, responsável pela manutenção, nos últimos anos foram gastos dois milhões de euros na linha em causa.

Na opinião do bastonário, "pode haver outras soluções" que deveriam estar a ser "procuradas por aqueles que se dedicam a estas áreas".

Engenheiros ‘questionam’ Ota Bastonário dos Engenheiros critica estudo de apenas duas localizações bastonário da Ordem dos Engenheiros, Fernando Santo, não percebe porque razão só foram analisadas duas localizações para o futuro aeroporto e adianta, numa entrevista publicada recentemente, que há outras alternativas, apesar de não as revelar. Na entrevista ao Público e Rádio Renascença, divulgada pelo diário, Fernando Santo disse que os problemas técnicos que se vão colocar para construir o aeroporto na Ota são "resolúveis", apesar de obrigarem à colocação de 230 mil estacas com 20 metros de profundidade e à movimentação de 50 milhões de metros cúbicos de terra. "O que eu não percebo é por que é que não aparecem outras soluções e a discussão foi entre Rio Frio, que tem de facto um problema ambiental e está fora de questão, e esta (Ota) que aparece como a solução menos má", referiu. Na opinião do bastonário,

As buscas beneficiaram do encerramento das barragens a montante do local do acidente.

"pode haver outras soluções" que deveriam estar a ser "procuradas por aqueles que se dedicam a estas áreas". Ainda sobre a localização na Ota, o engenheiro apontou como um dos problemas o facto de não se poder ampliar quando o aeroporto ficar saturado. Questionado sobre alternativas para a Ota, Fernando Santo responde: "Não lhe vou dizer". O bastonário adiantou, contudo, que tem ouvido várias sugestões e ideias e lembrou que as fundações e a consolidação dos terrenos na Ota vão demorar cerca de três anos, o que poderia não acontecer se fosse considerado outro terreno sem a "complexidade" do escolhido. Fernando Santo também não quis responder sobre a localização de um terreno alternativo, mas, adiantou que já falou com o ministro dos Transportes e Obras Públicas, Mário Lino, e que o "Governo terá bom senso".

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PORTUGAL

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Valença refuta ministro Presidente da Câmara Municipal rejeita acusações do titular da pasta da Saúde presidente da Câmara de Valença, José Luís Serra, rejeitou as acusações do ministro da Saúde de que foi o "único responsável" pela contestação ao anunciado fim das urgências hospitalares no concelho. "O ministro fez declarações muito graves ao dizer que o presidente da Câmara manipulou a população", disse José Luís Serra à TSF. O autarca, que a Lusa tentou contactar sem êxito, disse que "é de lamentar que o ministro tenha feito declarações desse nível". Em declarações à rádio, o autarca afirmou que foi a po-

pulação que organizou naturalmente o protesto e desafiou Correia de Campos a dizer de uma vez se acaba ou não com as urgências hospitalares em Valença. "O ministro só tem de dizer afinal onde ficam as urgências, se em Valença se em Monção", disse ainda. O ministro da Saúde, Correia de Campos, acusara domingo o presidente da Câmara de Valença de ser o "único responsável" pela contestação popular à exclusão do concelho da rede nacional de urgências. "É o único responsável por esta situação e tem que acarretar com as consequências", disse Correia de Campos, em en-

trevista à RTP. O ministro da Saúde garantiu, no entanto, que a decisão sobre a exclusão do concelho da rede nacional de urgências ainda "não está tomada", sustentando que "a decisão só é tomada quando for escrita, de forma legal". A população de Valença cortou domingo, durante mais de uma hora, o trânsito na ponte internacional que liga aquela localidade a Tui, Espanha, em protesto contra a exclusão do concelho da rede nacional de urgências. A manifestação, com mais de um milhar de pessoas, foi encabeçada pelo presidente da Câmara, José Luís Serra (PS).

"O ministro só tem de dizer afinal onde ficam as urgências, se em Valença se em Monção", disse o autarca valenciano.

16 famílias deportadas regressaram a Toronto As 16 famílias portuguesas repatriadas do Canadá no último ano já regressaram à cidade de Toronto, em situação legal, revelou à Lusa um assistente social que desenvolve trabalho junto da comunidade. "Tenho conhecimento de 16 famílias portuguesas, deportadas há quatro, cinco meses, que já regressaram a Toronto, com

um contrato de trabalho", disse Tony Letra. Para o assistente social português, a situação demonstra a abertura das autoridades canadianas ao regresso de emigrantes desde que o façam legalmente. "No fundo, o que as autoridades dizem é: Se os imigrantes indocumentados partirem, se respeitarem a lei e se tiverem um contrato de trabalho, pode-

Três suspeitos homicidas

Central de compras

Ciência alimentar

A Polícia Judiciária (PJ) anunciou a detenção de três homens suspeitos de um homicídio qualificado que ocorreu no início do mês num bairro social da cidade de Ponta Delgada, nos Açores.

O decreto-lei que cria e aprova os estatutos da Agência Nacional de Compras Públicas (ANCP), que vai concentrar todas as compras do Estado e gerir o parque de veículos, já foi publicado em Diário da República. "Prevê-se que este seja um passo essencial para a reforma, a modernização e a racionalização da actividade administrativa e da gestão dos recursos disponíveis, esperando-se que os resultados da actividade da ANCP possam vir a evidenciar volume significativos de poupança anual", refere o decreto-lei.

Vinte e um alunos de 13 nacionalidades estão a frequentar o mestrado europeu "Ciência, Tecnologia Alimentar e Nutrição", na Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa do Porto, anunciou fonte da Católica.

António Braga, defendeu "o enquadramento legal dos emigrantes portugueses indocumentados" no Canadá.

rão regressar ao país", ainda que tenham tido um processo nos serviços de imigração por terem estado ilegais. Fontes da comunidade portuguesa em Toronto garantem que as deportações de famílias em situação clandestina têm prosseguido, mas os serviços de fronteiras canadianos recusam-se a confirmar com números esta possibilidade.

Breves

ILGA desafia PS A associação de defesa dos direitos dos homossexuais ILGA desafiou o PS a tomar posição sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, depois de a Juventude Socialista ter excluído esta questão das suas prioridades para 2007.

José Lello na NATO José Lello, secretário nacional do PS para as relações Internacionais, foi eleito por unanimidade, em Bruxelas, presidente da Assembleia Parlamentar da NATO, organização onde já assumia uma das vicepresidências.

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OPINIÃO

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Quando todos acreditavam que tinha morrido! (II)

Antonio López Villegas

~äí~íêáÄìå~]ó~ÜççKÅçãKãñ

egunda parte. Falava na primeira parte deste artigo acerca do totalitarismo e das suas consequências no mundo inteiro. Este é um regime infame que menospreza as liberdades e que se opõe às concepções liberais e democráticas da vida política dos países. É unicamente o líder e ele mesmo, através de um 'partido', quer organizar directamente tanto a vida privada como a vida pública. Toda a sociedade, inclusive os mem-

bros do partido que ocupam um lugar com determinado poder, deve estar sujeita a uma organização hierárquica na qual seja submetida à imprevisível 'vontade do líder'. Todos sem excepção devem lealdade a esse único líder; ou seja, apesar de o partido que o apoia ser uma organização de massas, de indivíduos automatizados e isolados, em comparação com outros partidos e movimentos, a sua principal característica externa é a exigência de uma lealdade absoluta e total, sem restrição, incondicional e inalterável dos seus membros perante esse líder. E por outro lado, também se deve render culto à personalidade, sob pena de ser expulso das fileiras do movimento. A sua imagem será repetida muitas vezes em todos os meios de comunica-

ção de massas, paredes, etc., através de vídeos, fotografias, bonecos, pinturas, etc. Algo parecido com um produto que quer ser 'instalado' ou 'semeado' no subconsciente dos 'consumidores'. Um dos regimes mais perversos e totalitários que existiu ao longo da História foi, possivelmente, o movimento nazi. Entre os anos 1939 e 1945, este regime, aproveitando a crise social e económica do momento e sempre em nome da igualdade e da justiça social, nasceu e cresceu até obter maioria de votos e chegar ao poder por via democrática (legitimidade de origem). Por outras palavras, em 1939 Adolfo Hitler, extraordinário líder carismático e populista e o seu partido único, o 'Partido Trabalhista Nacional Socialista Alemão' (NSDAP), consegui-

ram o controlo absoluto da Alemanha por essa via democrática. Todos os poderes da República alemã estavam nas mãos do líder, que exercia poder absoluto. Com o estalar da guerra, provocada e justificada precisamente por este líder, as disposições totalitárias previstas no livro de Hitler, 'Mein Kampf', começaram a aplicarse e mostraram-se com toda a magnitude e o rigor possível. Os regimes totalitários caracterizam-se como autocráticos, déspotas e com o passar do tempo chegam a converterse a pouco e pouco, se o povo o permitir, naturalmente, em absolutismo, tirânico e ditatorial. Lendo os capítulos obscuros da História humana, podemos recordar como finalmente terminou este tenebroso e terrível regime que oxalá não mais se repita.

Uma história financeira da Venezuela (IV)

António de Abreu Xavier ~áåÇ~ñN]ó~ÜççKÅçã

uem investiu durante o Governo de Carlos Andrés Pérez ganhou o 'prémio gordo'. A guerra no Médio Oriente converteu-nos em novos-ricos: num ano, entraram 99 mil milhões de bolívares! Com o 'realero', começaram as nacionalizações. O Governo tentou controlar o mercado de trabalho e, em troca, liberalizou o comércio. Aumentaram as margens de lucro. Investiu-se na produção interna

mas o dinheiro desviou-se para o consumo importado. As pessoas tinham dinheiro. Era a época do 'Miami 'tá barato, dá-me dois'. O país endividou-se e os importadores tiraram os seus dividendos: em 1982, saíram oito mil milhões de dólares. Quem pagou o 'prato roto' foi Luís Herrera Campins e Jaime Lusinchi. O primeiro disse que tinha recebido um país hipotecado, mas o Estado encheu-se com a guerra Irão - Iraque e começou de nova a roleta russa, que terminou com a 'sexta-feira negra', a 18 de Fevereiro de 1983. Houve que renegociar a dívida confiando nos bancos, na indústria e na agricultura. Os 'alegres viajeros' não acreditaram na intenção porque o ministro da Fazenda estava em disputa com o Banco

Central. RECADI ocupou-se de dizer a verdade: não havia dólares. O Estado interveio duramente e como nunca, na economia, para ganhar com os câmbios, mas de cada três dólares negociados, só um regressava! Foi quando Lusinchi se tornou célebre com a frase: 'a Banca enganou-me'. O povo, cego pelo primeiro Governo de Carlos Andrés Pérez, fez-se distraído e escolheu-o pela segunda vez. A História não perdoa: poucos viram a diferença na entrada de dinheiro. O Governo paternalista e populista, redistribuidor de dinheiro e forjador de uma classe média burguesa, estava em queda. Só os ignorantes votaram no passado sem ver o presente. CAP recorreu ao Fundo Monetário Internacional, estabeleceu o famoso 'pacote', in-

terveio mais na economia e controlou os gastos de capitais públicos e privados. Mas o 'povo' queria o seu porque entendia que a democracia era distribuidora mas nada estava a distribuir. Por isso tiraram CAP: por ser um mau 'lançador' (pitcher). Rafael Caldera regressou. De novo o eleitor esqueceu a sua própria história. Caldera dedicou-se outra vez a pacificar o país mas o comerciante nacional sofreu as consequências de outra intervenção estatal: o SENIAT, que para manter o Estado tirava tanto dinheiro do bolso dos venezuelanos como do petróleo. Em conclusão: um país mono-produtor terá sempre um governo de intervenção e autoritário no que diz respeito à economia. É normal. Vamos tomar um 'tecito de coca'.

Diáspora II

Felipe Pereira

ÑÉäáéÉéÉêÉáê~]Å~åíîKåÉí

Quando a noite chegou, chegava todos os dias, vieram outra vez as saudades ao meu coração.Sabem, as pessoas enganam-se pensando que as saudades estão na cabeça. Não, não, estão é no coração.Lembrei-me outra vez da terra, do milhorei (como aproveitavam os marotos para dar umas apertadinhas à frente dos pais), das esfolhadas, das estrelas (feitas pelos maiores), que competiam com as andorinhas, num voar errático, mas sempre ascendente, das camarinhas, do Bobi (o cão do meu avô), dos namoricos nos arraiais, do apanhar das uvas, do pisá-las, de fazer, como por arte de magia, a bebida do baco, do engarrafar, dos pipos ou tonéis, das caves de terra húmida. Do frio do Inverno, do renovar da vida na Primavera, dos dias de nunca acabar do Verão, da força, do aproveitar das colheitas, que há tanto tempo as esperanças ali tinha-mos deixado, do arrumar das coisas, das cores vivas com que pintávamos as nossas casas, do carro de bois todo enfeitado ao domingo, que íamos oferecer a Nossa Senhora, por agradecimento a um bom ano de colheitas, do desgarrar das gargantas nas festas populares, dos cordões de ouro que luziam ao pescoço das lavradoras, mães, mulheres, esposas, que muito o mereciam, pelo trabalho, pelo chorar das crianças, pela ferrugem das panelas, pelo amassar da broa, acaso não era o valor pecuniário o que lhes interessava. Pelo gritar das vareiras (sardinha fresquinha e bem boa, minha senhora, leve lá, que são fresquinhas), pelas sete saias, pelos bois a puxar as redes dos pescadores, que luziam de calças arregaçadas, camisolas de grosso tecido, de pele curtida pelo sal e pelo iodo, de pouco falar e de corações grandes. Fazia frio quando saí à proa, já não queria lembrar-me mais da terra, tinha agora a esperança de uma nova vida, mas o frio troçava-me o corpo, pôs-me os pés no chão, agora já não tinha dúvidas, era emigrante. Português de segunda, português de primeira ou português de terceira, não, não estamos a falar das classes do barco, estamos a falar de realidades.Quantos ainda não se atreveram a conjugar o verbo deixar:eu deixo, tu deixas, ele deixa, quantos…. Outra vez o deixar, outra vez a saudade, e o barco não parava, não parava, não parava…

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CARTAS Venezuelanos de sucesso na Madeira Na edição 193 do CORREIO, saiu publicado um artigo relacionado com a procura do passaporte europeu, contendo a opinião de vários descendentes de emigrantes, entre os quais espanhóis, italianos e uma filha de madeirenses, advogada. Todos eles falaram das vantagens de ter o passaporte europeu e das facilidades que os países dos seus pais lhes podem oferecer. Infelizmente, quando chegou a vez da filha de portugueses, esta referiu-se a Portugal como um país de poucas oportunidades, dizendo que o passaporte é apenas um meio para sair da Venezuela.Ela pensa que será mais fácil para os filhos crescerem na Austrália. Este comentário desagradou-

me muito, uma vez que sou residente na Madeira há 10 anos e até agora não me queixo das oportunidades que a Madeira me deu.Penso que o CORREIO devia escrever um artigo sobre aqueles luso-

dão da comunidade portuguesa na Venezuela. Estão a chegar muitos Venezuelanos aqui, à procura de melhores oportunidades. O curioso é que os Portugueses pouco se interessam por estes destinos. Digo isto porque falei com a minha família do assunto e o que me responderam foi que da

Mais que uma imagem

descendentes que tiveram a iniciativa de sair há mais tempo da Venezuela e estão a residir em Portugal e com histórias de sucesso que se vêem. Quantas histórias de sucesso de luso-descendentes haverá na Austrália, que é um país fora das raízes lusas e não tem nada a ver com a Venezuela nem com Portugal? Vai custar muito aos filhos da advogada madeirense a adaptação a esse país que nada tem a ver com a cultura latina. Espero que não levem a mal este comentário, mas é por pessoas que pensam como ela que alguns madeirenses não podem ver um venezuelano, pois existem pessoas como estas que depreciam a sua herança portuguesa. Nélia Maria Teixeira

"Daqui para o inferno" Sou Portuguesa emigrada na Austrália há 23 anos. Conheço o vosso jornal desde o temporal que afectou as costas venezuelanas e desde então sou assídua leitora do mesmo na internet.Tenho alguma família em Caracas e Valência. Para elas o meu abraço, e muitos parabéns ao jornal pela informação que nos

OPINIÃO

"Venezuela é para o Céu ou para o inferno". Achei curioso que sejam os Venezuelanos a quererem emigrar e os estrangeiros a optarem por ficar aí. Vanda Rodrigues Barros

Dizem que uma imagem vale mais do que mil palavras, será verdade? Será que alguém consegue igualar em imagens todas aquelas palavras escritas no "nosso" CORREIO e o que elas representaram e representam para a nossa comunidade? É de louvar o trabalho de todos os que dão letras à nossa voz, aqueles que conseguiram unir o que durante muitos anos esteve separado. Hoje podemos dizer que temos algo em comum. Estamos longe da nossa terra, mas sentimos que temos um cantinho só nosso aqui e que não nos

deixam esquecer quem somos e de onde viemos. Essa tem sido a grande obra desta publicação. Realmente o CORREIO já não é só de Caracas, o CORREIO é de todos aqueles que, desde a mais pequena aldeia até a grande cidade, levam no coração "A Portuguesa", embora para muitos exista também espaço para fazer uma "Gloria al Bravo Pueblo". Obrigado por fazer de mim um leitor habitual de algo que vale mais do que mil imagens. Pedro Pereira

Antes não era assim Escrevo desde Portugal, onde vivo há mais de vinte e cinco anos, apesar de ter nascido na Venezuela. Como todos aqueles que nasceram nesse lindo país, sinto sempre qualquer coisa quando se fala ou leio sobre a Venezuela. Descobri o vosso site na Internet por indicações de um familiar que vive em Caracas. Não sabia que os portugueses na Venezuela eram tão dinâmicos. Impressiona-me tantas festas, comemorações e sobretudo tantas actividades tradicionais

portuguesas. Atrevo-me mesmo a dizer que na Venezuela celebram mais Portugal que nós mesmos aqui. Agora sou fiel leitor do vosso site na Internet e aguardo todas as sextas-feiras a edição mais recente. Impressiona-me também o facto de terem tantos luso-descendentes a escreverem sobre Portugal e os portugueses. Parabéns. Manuel Garces V

INQUÉRITO: ACHA QUE O PRESIDENTE DO GOVERNO REGIONAL DA MADEIRA AGIU CORRECTAMENTE AO RENUNCIAR À PRESIDÊNCIA PARA VOLTAR A CANDIDATAR-SE ?

Maria Zita de Abreu açå~ ÇÉ Å~ë~

"O poder é muito delicado. Quando estamos muito tempo à frente de algo, podese fazer más interpretações. Há que dar oportunidade a outras pessoas que também têm capacidade para governar e continuar a fazer com que a Madeira progrida. O que o presidente fez pareceume muito bem. Mas se o povo madeirense o escolher de novo, há que apoiá-los".

Elizabeth Teixeira mÉÇ~ÖçÖ~

"Parece-me bem que se retire para dar oportunidades a outras pessoas. Ele fez muito pela Madeira, mas há que dar oportunidade a outras pessoas. Mas se os madeirenses o escolherem, será feita a vontade do povo".

Ana Maria de Ornelas açå~ ÇÉ Å~ë~

"Sim, estou de acordo que o faça, mas se vai candidatar-se, estou certa que vai ganhar, porque fez muito pela Madeira. Penso que é preciso colocar outras pessoas no poder, com novas ideias, mas se Jardim ganhar, que continue a seguir em frente com os seus projectos porque até agora cumpriu a totalidade das suas metas".

Agustina Alves açå~ ÇÉ Å~ë~

"Parece-me excelente que o tenha feito. Se ele não tem problema para ser reeleito e está seguro que o seu trabalho foi bom, vai voltar a ganhar. No entanto, não seria mal que dessa oportunidade a outras pessoas mais jovens e com novas ideias para que continuem com o trabalho de crescimento da Madeira".

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ECONOMIA

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Governo vai cobrar imposto de propriedade de veículos Governo vai cobrar, a partir de 2008, um imposto de propriedade, em vez de circulação, para evitar que os veículos sejam abandonados ou vendidos a sucateiros, privilegiando a sua destruição, revelou o Diário de Notícias (DN). De acordo com o jornal, dos "170 mil carros que deixam de circular todos os anos", as "autoridades perdem o rasto a 150 mil". "Em 2006, foram destruídas e recicladas por centros autorizados apenas 20.020 viaturas. O que aconteceu às restantes?", questiona o DN. Segundo o jornal, os 150 mil veículos em falta podem ter sido vendidos a sucateiras e voltado a circular ou podem estar a andar sem seguro na estrada. Esses veículos podem ainda ter entrado em redes clandestinas de comercialização, exportados ou abandonados, acrescenta. "Todas as hipóteses são válidas, mas ninguém parece estar interessado em conhecer a dimensão do problema", afirma o DN. O matutino afirma que "as autoridades admitem que há milhares de

carros a circular com um registo de propriedade desactualizado, que detectaram viaturas nessa situação, mas não analisaram o problema". "O número de carros entregues para abate e o cancelamento de matrículas anda bastante abaixo do número de veículos em fim de vida", reconheceu ao DN Henrique Mendes, da Direcção-Geral de Viação (DGV), admitindo ainda "não ser possível saber quantos destes carros circulam ilegalmente". As estimativas de 170 mil carros que,

teoricamente, deixam de circular são feitas com base no seguro automóvel, nas vendas de veículos novos, usados e importação de usados, segundo um documento da Valorcar, sociedade gestora dos veículos em fim de vida, diz o DN. Em declarações ao jornal, Ricardo Furtado, director-geral da Valorcar, afirmou que "a informação que existe é apenas uma estimativa, tendo em conta que ninguém sabe quantos veículos são abandonados ou quantos são desmantelados por operadoras não legais".

"O que sabemos é que essas matrículas não são canceladas", disse o responsável, acrescentando que têm referenciados mais de 200 sucateiros ilegais, o que já foi denunciado às autoridades competentes. Contactado pelo DN, o major Lourenço da Silva, da Brigada de Trânsito da GNR, alertou que "há veículos que são vendidos a sucateiros, incluindo os respectivos documentos, e os proprietários devem estar conscientes de que isso pode dar mau resultado". "O veículo pode sofrer uma reparação ligeira, ser vendido e, se tiver algum problema, será a pessoa em nome de quem o mesmo está registado que será responsável", acrescentou. O regime de incentivos à destruição de viaturas tem sido pouco eficaz devido ao excesso de burocracia, por outro lado, os consumidores não são penalizados por não cancelarem a matrícula e até podem ganhar algum dinheiro se o venderem a um sucateiro, diz o DN. "Mas a partir de 2008, passa a ser cobrado um imposto de propriedade, o que significa que a pessoa paga enquanto o registo de propriedade estiver em seu nome, mesmo que o veículo não circule", indica o jornal.

Um novo conceito de comida "Deli" F oi inaugurado, no passado dia 14 de Fevereiro, Dia dos Namorados, um estabelecimento de comida 'Deli' chamado 'Bite's Café', situado na Avenida San Juan Bosco, frente à praça Altamira, em Caracas. Trata-se de um local ao ar livre onde se pode degustar "os snacks mais delicados" para paladares exigentes: sanduíches, saladas, doces, pães. A inauguração foi presidida pelo pároco da Missão Católica Portuguesa (MCP), Alexandre Mendonça, que sublinhou,

depois de benzer o local, ser bom "ver um membro da comunidade luso-venezuelana investir no país" e fez um apelo aos jovens para que lutem com esforço e trabalho pelo que desejam. Compareceram ao evento familiares e amigos da família Gomes, que se encontravam satisfeitos com o novo negócio. Manuel Gomes, dono do estabelecimento, disse que o conceito é seu e deixou claro que a qualidade que oferece nos produtos que vende beneficia o consumidor pelo seu alto teor de proteínas e vitaminas.

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ECONOMIA

Publi-Tips

Maria Amelia da Rocha ameliadarocha@gmail.com

TNT exclusivo para Venezuela Desde o início de Janeiro, o TNT oferece um sinal exclusivo para Venezuela, propiciando uma maior aproximação e identificação entre o canal, a sua programação e o mercado, um dos mais importantes e de maior influência no contexto sul-americano. Para celebrar o êxito desta iniciativa, dirigentes do canal, com sede em Atlanta, deslocaram-se à Venezuela para celebrar juntamente com os anunciantes e meios de comunicação um evento realizado ao pôr do sol, no Hotel Humboldt, nas alturas do majestoso Ávila.

Grupo Stanford adquire Bolsa y Banca

Terapia para a cor do cabelo Dove introduziu no mercado uma nova linha produtos de cuidados para o cabelo denominada 'Dove Color Solutions', a qual foi especialmente desenhada para reparar os danos que se produzem no cabelo das mulheres quando o submetem a uma

mudança de cor. A Dove, marca especializada no cuidado pessoal, procura desta vez ajudar a mulher a entender que tipo de dano sofreu o seu cabelo e em função dessa informação, qual das variedades de Dove Color Solutions é a que oferecerá a melhor terapia.

O grupo financeiro Stanford concretizou a aquisição da empresa Bolsa y Banca, S.A., segundo o que foi dado a conhecer por ambas entidades. Esta é a primeira vez na história da bolsa da Colômbia que uma empresa nacional é adquirida

por um grupo norteamericano O objectivo do grupo Stanford é ampliar a presença na Colômbia, assim como consolidar a qualidade dos produtos e serviços que recebem os clientes de Bolsa y Banca.

Novo Fiat Idea Adventure

"Pa' Hawai con tus 7 panas" Brahma volta a surpreender os consumidores com a promoção "Pa' Hawai con tus 7 panas", que oferece a possibilidade de viver uma experiência inesquecível com os amigos nas paradisíacas ilhas do Hawai. Para concorrer é necessário registar uma factura obtida pela compra de qualquer cerveja

Brahma, através da página da Internet da marca (www.brahma.com.ve) ou telefonando para o 0800BRAHMA-0, indicando o nome do comprador, cédula de identidade, e os dados fiscais da factura até 20 de Maio de 2007. O registo é apenas para maiores de idade.

O novo Fiat Idea Adventure reforça o conceito de versatilidade, oferecendo espaço.O Idea Adventure garante um óptimo desempenho no campo, na praia ou para transitar em terrenos acidentados.

Com este lançamento, a Fiat reforça a presença no segmento de 'offroad' ligeiros, que inaugurou com o Palio Adventure.Desde então é uma referência no segmento, com as versões Palio e Strada na gama Adventure.

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TAP Corporate Plus para fidelizar empresas TAP lançou esta semana no mercado o seu novo programa de fidelização TAP Corporate Plus dirigido ao segmento empresarial, com o qual propõe às empresas uma redução de custos e uma gestão mais eficaz das viagens de negócios. Com o TAP Corporate Plus, todos os bilhetes voados na TAP pelos colaboradores das empresas são creditados

Breves Grandes poupanças com The Economist Faça uma assinatura anual da revista "The Economist" até o 31 de Março de 2007 e acumule 2 000 Milhas Bónus em vez das 1 500 habituais! Desde assuntos correntes, passando pelas finanças e até à tecnologia, desde a política e negócios até à arte, The Economist oferece-lhe uma cobertura abrangente dos assuntos globais todas as semanas. Com mais de três milhões de leitores em 200 países, The Economist é de leitura obrigatória para os líderes globais de hoje. Para além de acumular milhas, poupará até 68% do preço de capa normal e terá acesso gratuito ao site www.economist.com. O desconto pode variar consoante o país de residência.

TAP com promoções entre Portugal e Nova Iorque A TAP lança uma campanha promocional para viagens de ida-e-volta à partida de Lisboa, Porto e Faro para Nova Iorque. Durante os meses de Março, Abril e Maio pode obter passagens para estes percursos a partir de 298 euros. Os valores indicados não incluem taxas e estão sujeitos a condições especiais. Mais informações em www.flytap.com, através do Call Center da TAP pelo telefone 707 205 700 ou nos Agentes de Viagens

numa conta empresa em pontos corporate, que podem depois ser convertidos em viagens gratuitas e upgrades. Quanto mais as empresas adquirirem e voarem na TAP, mais pontos corporate acumulam na sua conta. Com o TAP Corporate Plus, estas vantagens são da empresa, continuando os colaboradores a beneficiar em simultâneo da acumulação de milhas no

programa individual de passageiro frequente Victoria. A adesão ao programa é simples, bastando que as empresas nele se inscrevam através da página www.tap-corporate.com. Alexandra Galhardo, responsável de vendas Corporate da TAP, explica que "no acto de inscrição, as empresas registam os números dos cartões de crédito que vão ser utilizados para

pagamento das suas viagens. Através desses números, o programa apura a receita e credita na conta empresa os respectivos pontos corporate". Com a atribuição de um user e de uma password, ao cliente é dada a possibilidade de, através do site www.tapcorporate.com, verificar o seu saldo de pontos corporate, como foram acumulados e como podem ser utilizados.

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Academia Emeritense no 'Mundialito' António Carlos Da Silva F.

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Academia Emeritense do Estado Mérida, vai representar a Venezuela na 14° edição do mundialmente famoso torneio de futebol de sete, "Mundialito Portugal 2007", que vai decorrer no Estádio principal do Complexo desportivo de Vila Real de Santo António, Algarve, entre 1 e 7 de Abril. Esta Academia é, talvez, a escola de futebol mais importante do país, embora o seu trabalho e importância não tenha sido suficientemente reconhecido, devido ao facto de estar sedeada na província. Quase 600 crianças desde os cinco anos até à equipa principal que joga no Torneio Nacional da Segunda Divisão B,

trabalham a diariamente num de piso sintético, no complegrande Centro de Treinos pro- xo desportivo de Vila Real e mais dois sintéticos em Monte priedade da Academia. Cerca de 100 equipas, qua- Gordo. A grande festa de se 1.200 participantes, 500 por- abertura, com o tradicional tugueses e 700 estrangeiros, desfile de todas as equipas e a vão marcar presença nesta inesquecível festa de encerraedição do Mundialito que se mento, serão os dois pontos altos do evento. realiza pela priA equipa meira vez em Esta Academia é uma das que vai reprePortugal. A prosentar a Acadeva reúne os melescolas de futebol mia Emeritense hores clubes do mais importante do país, está integrada mundo (Roma, embora o seu trabalho por jovens jogaMilão, P S.G, Ree importância não tenha dores nascidos al Madrid, Barsido suficientemente em 1995. Foi celona, Manreconhecido chester, Porto, convidada deviBenfica, entre do a facto de ter outros) e pequeconseguido ser nos jogadores de todas as na- campeã na tradicional "Dana cionalidades. Cup", disputada na Dinamarca Quase 50 jogos por dia se- no ano passado. Os organizarão distribuídos por dez cam- dores do "Mundialito Portupos, seis de relva natural, dois gal 2007", estiveram presentes

A equipa da Academia, campeã na Dinamarca, vai tentar bisar no Algarve.

nas bancadas e gostaram do que viram. A equipa venezuelana foi escalada no grupo 21, juntamente com os andaluzes do Bétis de Sevilha (actual vice-campeão da prova), os marroquinos do KAC Marraquech e os portugueses do G.D. Pescadores da Caparica e os anfitriões do Lusitano VRSA. A delegação crioula vai ser integrada por 20 pessoas, 14 jogadores e 6 treinadores e dirigentes. Vai ser chefiada pelo conhecido Andrew "El Pochi" Páez, ex-jogador do Club Sport Marítimo e da selecção nacional. Irmão do actual se-

leccionador da "Vinotinto", Richard Páez, vai ter assim um regresso a Portugal, onde representou, na década de 1990, a equipa principal do Ovarense. O Complexo Desportivo de Vila Real de Santo António será a sede central do Mundialito para os próximos anos e ali funcionarão os serviços logísticos durante todo o ano (e durante o Torneio). Uma sala de imprensa e gabinete médico, bem como uma sala para conferências de Imprensa, complementam a zona da Organização.

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CORREIO DA VENEZUELA 22 A 28 DE FEVEREIRO DE 2007

Central Madeirense 'desfila' na Copa América Organizadores do evento e personalidades do futebol venezuelano elegeram o trabalho desta escola e especialmente das suas duas equipas Victoria Urdaneta Rengifo

îìêÇ~åÉí~]ÅçêêÉáçÇÉîÉåÉòìÉä~KÅçã

por dizer um dos pequenos futebolistas, "à Central Madeirense e a todos os venezuelanos, asseguramos que estamos treinando o suficiente", para depois rematar, qual hábil jogador, endereçando o convite aos adeptos de futebol para "a acreditar em nós porque estamos jogando com a meta de ser os melhores".

entral Madeirense "marcou" um golaço no espectáculo realizado a 14 de Fevereiro para dar a conhecer as selecções que se enfrentarão na Copa América 2007 ao ter duas das suas equipas presentes neste importante acto, que reuniu autoridades políti- TRABALHO RECONHECIDO cas e desportivas nacionais e internacionais, como o presidente da Venezuela Ante a participação das equipas da Hugo Chávez; o presidente da Confede- Escola de Futebol de Central Madeirense, ração sul-americana de Futebol (Conme- o CORREIO solicitou a opinião de vábol), Nicolás Leoz, assim como o seu se- rias figuras, como Eduardo Álvarez, Micretário, Eduardo de Luca, entre muitos nistro do Poder Popular do Deporte, o outros. qual afirmou que "para nós Um dos conjuntos da é um orgulho ter a todos Central Madeirense que se estes jogadores que são o destacou na "festa do fufuturo do nosso futebol, Um dos conjuntos da tebol" foi o que pertence pois a qualidade destas Central Madeirense que crianças é de muito alto à Paróquia de Catia, o qual está dirigido pelo treinase destacou na "festa do nível e por isso formaram dor Pedro Muñoz, que exiacto especial". futebol" foi o que pertence partePordooutro biu as cores da Argentina. lado, o dià Paróquia de Catia Este foi acompanhado perector técnico do Caracas lo clube que se desenvolFutebol Clube, Noel Sanve em El Junquito, cujos vicente, assinalou que "ter treinadores são Henry a estas crianças como par"Camán" Alvarez e Rafael Giral. te do acto da Copa América reflecte o Na parte musical da cerimónia, as grande valor que tem a comunidade porcrianças futebolistas desfilaram por to- tuguesa na Venezuela, assim como a mardo o teatro ondulando as bandeiras das ca que eles deixaram e seguirão deixando nações que verão em acção no torneio no futebol" assegurou Sanvicente, ex-joamericano, e bailaram ao ritmo da canção gador do Sport Marítimo. oficial da Copa América, interpretada Outro antigo verde-rubro, José Mapor Juan Carlos Luces. O tema intitula-se nuel Rey, peça da selecção Vinotinto, ao "Cree en mí" e relaciona-se precisamen- ter conhecimento da presença das equite com a mensagem dos 'onzes' da Cen- pas da Central Madeirense, elogiou o tratral, que se desenvolvem sob a coorde- balho destas formações, observando que nação de Orlando Farias e da gestão de "são viveiros desportivos que dão um António Rodrigues. contributo muito positivo para a Vene"Aos nossos professores", começou zuela".

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Dois venezuelanos nos sub-20 da Madeira António Carlos Da Silva F.

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contingente de futebolistas "crioulos" que tem "tomado por assalto" a Região Autónoma da Madeira continua a progredir e afirmar-se neste competitivo meio futebolístico. Desta feita são o lateral esquerdo Carlos Freitas e o avançado David de Sousa, quem têm estado em destaque nas últimas semanas. Ambos jogadores luso-descendentes, estiveram a trabalhar sob as ordens do professor Rui Mâncio, director técnico da Associação de Futebol da Madeira e responsável máximo pelas selecções regionais, durante a semana carnavalesca, em duras sessões de treinos que decorreram no Campo Adelino Rodrigues, no Estádio Eng. Rui Alves e no Complexo de Gaula. No caso do "guayanés" Carlos Freitas, não há razões para surpresas, pois o antigo futebolista do Mineros esteve recentemente em Lisboa com o professor Edgar Borges, nos trabalhos da selecção portuguesa de sub-19, sendo esta chamada à selecção madeirense a confirmação de uma época positiva que o venezuelano está a fazer na equipa júnior

Ambos jogadores lusodescendentes, estiveram a trabalhar sob as ordens do professor Rui Mâncio, director técnico da Associação de Futebol da Madeira do Marítimo. Por sua vez, o avançado David de Sousa, que nesta época está a transitar dos juniores para a equipa "b" dos verderubros, recebe esta convocatória num momento ideal. Não sendo certamente a primeira escolha para o lugar na equipa que dirige João Luís, a curta idade do 'camisola 38' dos maritimistas, ainda permite ao jogador uma grande margem de progressão e crescimento. A chamada à Selecção da Madeira pode servir ao ex-aluno do "sabio" Lino Alonso de 'desforra', que não pôde aceitar a convocatória feita por Nelson Carrero no ano passado para reforçar a selecção "Vinotino" de sub-20, que naque-

la altura, estava a preparar o campeonato sul-americano da categoria disputado este passado mes de Janeiro no Paraguay. David tinha partido o nariz ao serviço do clube do Almirante Reis e não conseguiu viajar até Caracas para estrear-se com a selecção "crioula". "São coisas que passam no futebol", afirma o exjogador do Colégio Santo Tomás, que já declarou ao CORREIO a sua preferência aos seleccionados venezuelanas, "pois jogar com o meu país é um dos meus sonhos". A pobre participação da equipa "Vinotinto", que evidenciou uma confrangedora falta de potência na definição e muitas debilidades no ataque, faz pensar que o contributo de David poderia haver dado outro rumo nalguns jogos de essa fase eliminatória. Estes trabalhos são feitos a pensar no Torneio Internacional de Madeira que se avizinha, e os responsáveis aproveitaram estes dias não só para testar as capacidades físicas e técnicas dos atletas, senão que também para ir construindo o espírito de grupo, onde estes dois jogadores luso-descendentes querem desempenhar papeis de grade protagonismo.

David de Sousa no bom caminho.

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CORREIO DA VENEZUELA 22 A 28 DE FEVEREIRO DE 2007

Carlos Pereira envia técnico para relançar Marítimo Agostinho Silva

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presidente do C. S. Marítimo, Carlos Pereira, está a acompanhar com redobradas atenções a recente fusão do Marítimo da Venezuela com o Centro Luso de Caracas (Turumo), aliás impulsionada pelo próprio, aquando da última visita à capital venezuelana, em Novembro passado. A fusão entre as duas instituições foi formalmente ratificada há duas semanas pelos sócios do Centro Luso de Caracas, ao reelegerem com larga margem o presidente Manuel Pereira, cuja candidatura assentava na fusão com os verde-rubros e na alteração do nome da instituição para 'Centro Marítimo da Venezuela'. A aprovação da fusão e da mudança de nome foram os primeiros passos de uma grande transformação que começou a ser delineada em No-

vembro, quando o presidente do Club Sport Marítimo se deslocou a Caracas, para participar no aniversário do CORREIO. Aproveitando a oportunidade, Carlos Pereira reuniu os principais representantes da sua filial e delineou uma estratégia que visava recuperar o Marítimo do marasmo em que caíra há vários anos, após o abandono da competição, forçado por um imbróglio jurídico com a Federação Venezuelana de Futebol que culminou com a intervenção fatal da FIFA. A recuperação passa por 'recomeçar do zero', adaptando e preparando o Centro Marítimo da Venezuela (CVM) para as suas actividades desportivas e sociais. Para tal, Carlos Pereira reuniu recentemente, no Funchal, com um dos antigos presidentes do Marítimo da Venezuela, Mário Pereira, e esteve também em contacto telefónico com Manuel Pereira, primeiro presidente da Junta

Directiva do 'novo' Centro Marítimo da Venezuela. "Estamos a trabalhar uma proposta que será em breve apresentada", confidenciou Carlos Pereira, anunciando que o C. S. Marítimo também vai tornar-se accionista do CMV. Uma estratégia que assenta, segundo o presidente verde-rubro, no envio da Madeira de um técnico "com conhecimentos de gestão" e nomeação, em Caracas, de um executivo para acompanhar e implementar o projecto que for aprovado. Após a deslocação de um técnico dos quadros do clubemãe - tudo indica que Nélson Caldeira venha a ser o indigitado, para dar formação aos técnicos que trabalharão no CVM e não só - o presidente verderubro admite a possibilidade de retornar a Caracas para avaliar e impor novo andamento ao projecto. "Uma das questões a implementar é a nomeação obrigatória de um dirigente executivo", disse.

Carlos Pereira compreende que algumas formalidades demorem algum tempo e defende que os troféus armazenados no Centro Português, em Caracas, devem lá continuar até à mudança definitiva para Turumo. "Pode parecer demorado", explica Pereira, "mas temos de assegurar que tudo será feito seriamente. Nesta hora do "toca a reunir", Pereira não esquece o contributo já dado pelos seus "amigos da Venezuela". No que concerne ao regresso à alta competiçao, Pereira espera primeiro pelo estádio que será a base desportiva do Centro Marítimo da Venezuela. "Contamos com a colaboração de todos. A FVF também quer uma resolução rápida". À cabeça, enumera o presidente do CMV, Manuel Pereira, seguindo-se os antigos presidentes da filial, José Luís Ferreira e Mário Pereira, para além de António Pita e de Aleixo Vieira.

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Porto adia sonho FC Porto e o Chelsea empataram quarta-feira 1-1, em jogo da primeira mão dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões de futebol, disputado no Estádio do Dragão, no Porto, e adiaram a decisão da eliminatória para Londres. Os "dragões" ganharam vantagem ainda antes do quarto-de-hora de jogo, graças a um golo de Raul Meireles, mas Shevchenko fez jus ao facto de ser o segundo melhor marcador de sempre das competições, colocando o Chelsea em avanço na eliminatória. Num lotado e inspirador Estádio do Dragão, as duas equipas frustraram os planos a todos aqueles que previram um jogo calculista e onde a qualidade daria, forçosamente, lugar ao pragmatismo. Aproveitando a temporária superioridade numérica e algum desnorte do adversário, Hélder Postiga trabalhou bem no lado esquerdo e cruzou para a área do Chelsea, estavam decorridos 12 minutos. Makelele cortou de cabeça, mas possibilitou o remate de primeira de Raul Meireles, com a bola ainda a tabelar em Frank Lampard e a

bater Petr Cech. Mourinho, que se preparava finalmente para lançar Obi Mikel, tocou imediatamente de ideias e apostou na velocidade de Robben para partir em busca do empate. O extremo holandês não desiludiu e assistiu Shevchenko para o 11 aos 16 minutos, com o ucraniano a bater Helton na sequência de um remate rasteiro e cruzado. O ritmo apaixonado do encontro não abrandou e Lisandro López ficou muito perto de

devolver a vantagem ao FC Porto aos 20 minutos. Postiga isolou magistralmente o argentino mas este não conseguiu iludir Cech, que efectou uma admirável defesa. A réplica inglesa apareceu cinco minutos depois e teve como protagonista a maior suspeito da formação de Stamford Bridge. Lampard cobrou um livre e solicitou a extraordinária impulsão de Didier Drogba, que viu o seu cabeceamento sair um pouco por cima da barra. No entanto,

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o momento da noite esteve prestes a concretizar-se aos 39 minutos, quando Ricardo Quaresma acertou com estrondo no poste, naquele que seria um golo de antologia. José Mourinho voltou a surpreender ao intervalo com a troca de Robben por Mikel, não abdicando daquela que seria a sua aposta inicial caso o FC Porto não tivesse marcado primeiro. Apesar de a partida ter continuado movimentada, a verdade é que as duas equipas encaixaram melhor uma na outra, denotando os forasteiros superiores níveis de concentração em relação ao evidenciado na etapa inicial. O equilíbrio manteve-se quase até aos 70 minutos, altura em que o Chelsea ganhou algum ascendente. Didier Drogba ainda teve no pé esquerdo uma soberana oportunidade para fazer o 2-1 e sentenciar, praticamente, a eliminatória, mas o avançado da Costa do Marfim imitou Quaresma e acertou no poste da baliza de Helton, a 12 minutos dos 90. O jogo da segunda mão, no Estádio Stamford Bridge, em Londres, está agendado para 06 de Março.

Liga Bwin 18ª Jornada Belenenses - Académica

1-2

Boavista - V. Setúbal

1-1

D. das Aves - Marítimo

1-1

E. Amadora - Beira Mar

2-2

FC Porto - Naval

4-0

Nacional - Benfica

0-2

P. Ferreira - Sporting

1-1

União de Leiria - S. Braga

1-0

Classificação J V E D G 1º FC Porto 2º Benfica 3º Sporting 4º União de Leiria 5º S. Braga 6º P. Ferreira 7º Marítimo 8º Nacional 9º Belenenses 10º Naval 11º E. Amadora 12º Boavista 13º Académica 14º Beira Mar 15º V. Setúbal 16º D. das Aves

18 18 18 18 18 18 18 18

14 1 12 3 11 5 8 4 8 4 6 8 7 4 7 3

3 38-1043 3 36-14 39 2 29-1238 6 15-1628 6 24-2328 4 20-2326 7 21-2325 8 25-2524

18 18 18 18 18 18 18 18

7 6 5 4 5 2 3 2

8 18-18 24 6 15-17 24 7 12-19 21 6 20-2220 9 21-26 19 9 18-33 13 11 10-27 13 12 11-25 10

3 6 6 8 4 7 4 4

19ª Jornada (25/02) Académica - Boavista Beira Mar - FC Porto Benfica - P. Ferreira Marítimo - União de Leiria Naval - Belenenses S. Braga - E. Amadora Sporting - D. das Aves V. Setúbal - Nacional

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w w w. c o r r e i o d e v e n e z u e l a . c o m CORREIO DE VENEZUELA - 22 A 28 DE FEVEREIRO DE 2007

Jardim demite-se mas é candidato Miguel Silva e Élvio Passos (DN / MADEIRA)

decisão foi de Jardim e só ele a anunciou. Primeiro à restrita Comissão Permanente do PSD, depois à Comissão Política Regional e logo a seguir a todo o País. "Decidi apresentar a demissão do Governo Regional", disse o ainda presidente a um invulgar batalhão de jornalistas. "Ao me demitir, provo não estar agarrado ao poder", acrescentou mais tarde. Sentado, sozinho, ao centro da mesa do Salão Nobre do Governo, Alberto João Jardim disse o que já todos sabiam. Que obviamente se demite e que o faz por causa do "poder socialista de Lisboa", sobretudo devido à Lei de Finanças das Regiões Autónomas. E da mesma forma que anunciou a demissão, assumiu a recandidatura. Fá-lo por entender que "a Madeira não merece passar a ter um Governo de medíocres, de incultos, de traumatizados sociais e de subservientes a Lisboa". E assim, diz que fica demonstrado que provoca eleições antecipadas, mas não foge. Os argumentos ontem apresentados para a demissão são os mesmos que vêm sustentando meses de conflito político entre o Funchal e Lisboa. Jardim denuncia a violação da Constituição, do Estatuto Político-administrativo e dos direitos dos madeirenses. Tudo feito pelo "poder socialista de Lisboa, com a cumplicidade e a traição de socialistas locais" e a meio do mandato, o que é classificado como uma "alteração ditatorial" e uma "falta de respeito pelas decisões democráticas do povo madeirense".

MENOS 450 MILHÕES ATÉ 2014 A Lei de Finanças "subtrai" à Madeira cerca de 450 milhões de euros até 2014. Tão significativa quebra, pre-

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vê Jardim, terá consequências ao nível do dinheiro em circulação e no "aumento do desemprego". A juntar a esse "ataque socialista à Madeira" há ainda a "volumosa redução de apoios da União Europeia", circunstância que "obrigava" o Estado a uma maior solidariedade, o que o Governo de Sócrates recusa "instrumentalizando o Estado para fins partidários". Numa declaração de oito páginas, lida em pouco mais de dez minutos e sem direito a perguntas, Jardim adiantou que a sua demissão implica a dissolução da Assembleia Legislativa regional, uma vez que o PSD, como partido maioritário, vai inviabilizar a formação de novo executivo. Logo, vêm aí eleições para um mandato que vai até 2011. "É a oportunidade para os madeirenses e os porto-santenses mostrarem ao País e ao mundo, através do direito de voto de cada um, que repudiam a maldade e a injustiça feitas contra cada um de nós".

Emigrantes divididos entre apoio e defesa da mudança ^ ÇÉÅáëłç Çç éêÉëáÇÉåíÉ Çç dçîÉêåç oÉÖáçå~äI ÉãÄçê~ ëÉ ~ÑáÖìêÉ ÅçåÑìë~ é~ê~ çë éçêíìÖìÉëÉë ê~ÇáÅ~Ççë å~ sÉåÉòìÉä~I åłç ÇÉáñçì ÇÉ Å~ìë~ê ëÉåë~Åáçå~äáëãç åç ëÉáç Ç~ ÅçãìåáÇ~ÇÉK a~Ç~ ~ ÑÉëíáîáÇ~ÇÉ èìÉ íÉã Å~ê~ÅíÉêáò~Çç ÉëíÉë Çá~ëI èìÉ í~ãÄÐã ëłç ~éêçîÉáí~Ççë é~ê~ îáëáí~ê ÅäìÄÉëI éê~á~ë É Ñ~ãáäá~êÉëI ~ éçäÐãáÅ~ ÇÉÅáëłç ÖÉêçì ã~áçê ÅçåÑìëłçK aÉéçáë ÇÉ ÅçãéäÉãÉåí~Ç~ ~ áåÑçêã~žłç ~íê~îÐë Ççë ãÉáçë ÇÉ ÅçãìåáÅ~žłçI ~ë éÉëëç~ë ÅçãéêÉÉåÇÉã ìã éçìÅç ãÉäÜçê ç èìÉ Éëíˇ Éã Å~ìë~ ÉI Éã íê~žçë ÖÉê~áëI êÉÅçåÜÉÅÉã èìÉ Ñçá ìã~ DÜ~ÄáäáÇ~ÇÉD äÉÖÞíáã~ ~èìÉä~ èìÉ ^äÄÉêíç gçłç g~êÇáã ÇÉÅáÇáì Ñ~òÉêK p~äîç ìã~ çì çìíê~ çéáåáłç Åçåíêˇêá~I åçí~JëÉ èìÉ ~ Öê~åÇÉ ã~áçêá~ Ççë ã~ÇÉáêÉåëÉë å~ sÉåÉòìÉä~ ~éçá~ Éëí~ ÇÉÅáëłçK ^ ã~áçêá~ Ç~ë éÉëëç~ë Åçã ~ë èì~áë ç `loobfl ÅçåîÉêëçì Ð ìåŁåáãÉ Éã êÉÅçåÜÉÅÉê ç íê~Ä~äÜç É ~ ÉåíêÉÖ~ Çç ÖçîÉêå~åíÉ éÉäç éêçÖêÉëëç Ç~ j~ÇÉáê~I Ç~Þ èìÉ ç ~éçáÉã å~ êÉÅ~åÇáÇ~íìê~K ?pÉ ç éêÉëáÇÉåíÉ íçãçì Éëë~ ÇÉÅáëłç Ð éçêèìÉ áëëç Ð ç èìÉ ã~áë ÅçåîÐã ˛ j~ÇÉáê~?I ÇáëëÉ ç é~ÇêÉ ^äÉñ~åÇêÉ jÉåÇçåž~I äÉãÄê~åÇç èìÉ ?^äÄÉêíç gçłç g~êÇáã Ð ìã~ éÉëëç~ ÅçåÜÉÅÉÇçê~ Ç~ éçäÞíáÅ~ éçêíìÖìÉë~ É í~ãÄÐã Ð ÅçåëÅáÉåíÉ Ççë ëÉìë ~Åíçë?K m~ê~ ç éˇêçÅç Ç~ jáëëłç `~í³äáÅ~ mçêíìÖìÉë~I ~Öçê~ Ð éêÉÅáëç ÇÉáñ~ê ç ?éçîç ~ ÇÉÅáÇáê? èì~åíç ˛ êÉÅ~åÇáÇ~íìê~ ÇÉ g~êÇáãK ?pÉ ÉäÉ ÇÉîÉ Åçåíáåì~ê åç éçÇÉê çì åłçI áëëç Çáò êÉëéÉáíç ~ç ãìåÇç éçäÞíáÅç É åłç êÉäáÖáçëç?I áêçåáò~K ?cçá ìã ÖçäéÉ ÇÉ áåíÉäáÖðåÅá~ É ÇÉ Éëíê~íÐÖá~ éçäÞíáÅ~ ãÉêÉÅÉÇçê Ççë ãÉäÜçêÉë ÉäçÖáçë?I ÉåíÉåÇÉI éçê ëÉì íìêåçI ^åí³åáç mçåíÉK j~ëI é~ê~ ÉëíÉ ÉãéêÉëˇêáçI ?Éëí~ àçÖ~Ç~ ÄÉã ÑÉáí~? ÇÉîÉ ëÉê ~éêçîÉáí~Ç~ ?é~ê~ ãÉñÉê ìã éçìÅç Åçã ç Öêìéç ÇÉ íê~Ä~äÜç?K nì~åíç ~ íìÇç ç êÉëíçI Çáò êÉëáÖå~ÇçI ?ç éçîç Ð èìÉã ã~åÇ~ É ë~ÄÉãçë èìÉ Åçãç ç ^äÄÉêíç gçłç

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