Corrente 04

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Volume 1—edição 04

Outubro de 2017

diretor e editor — Afonso Rocha

Corrente d’escrita

Vem aí mais um… Vem aí mais um….

ENCONTRO CATARINENSE DE ESCRITORES

Encontro Catarinense de Escritores

Veja nas páginas interiores Ver páginas 2 e 6 >>


Corrente d’escrita

Sob o lema ALÉM DO BOJADOR—Literatura de Viagem e Aventura, irá realizar-se nos dias 24 e 25 de novembro o 5.º Encontro Catarinense de Escritores, organizado sob a tutela da Associação de Letras. Para nos esclarecer sobre os objetivos de tal ENCONTRO, o estado em que se encontra a organização e falar também sobre a Associação das Letras, ouvimos o seu Presidente, Donald Malschitzky. Corrente d’escrita (CE) – Irá ocorrer a 24 e 25 de novembro o V Encontro Catarinense de Escritores. Quais são os seus objetivos? Encontro Catarinense… trata-se de um encontro estadual? Como começou esta iniciativa? Donald Malschitzky (DM) - O Encontro Catarinense de Escritores era realizado há muito tempo, porém, em várias cidades e sem um calendário fixo. Durante bem mais de uma década, não foi mais realizado. Em uma reunião de formação da Associação Confraria das Letras, ainda embrião da Confraria do Escritor, Alcides Buss sugeriu que voltássemos a realizar o Encontro, a ideia foi encampada e logo após a formalização da entidade, começamos a trabalhar em sua organização. O Encontro passou a ser em Joinville, por ser sede da Associação e, na época, contar com mais de 90% dos associados. Basicamente, os objetivos são: promover a integração dos escritores e amantes da literatura, trazer a experiência de escritores de várias áreas através de palestras e debates, ser palco de debates sobre a literatura em geral e catarinense em particular e, vamos ser sinceros, chamar a atenção do público e, especialmente das autoridades, para o fato de que existe uma forte literatura catarinense. O Encontro sempre reuniu catarinenses de várias cidades de Santa Catarina e de outros estados. Neste, isso será muito reforçado. Queremos que toda a teia catarinense de literatura esteja representada.

te na formação, de forma eclética, e temos um grande envolvimento institucional com a comunidade e através de cada associado individualmente. 2) A maior diferença entre a Associação e as Academias é que os membros da Associação não são eleitos, basta a vontade da pessoa de se associar, não precisa, necessariamente, ser escritor, basta que seja amante da literatura, e pode solicitar sua desfiliação na hora que quiser. Pode ser de qualquer lugar e, como não temos número máximo, não há necessidade de vagar uma cadeira para que um novo associado se filie. 3) Quanto ao “espaço”, embora possa haver alguma superposição eventual, acho que está bem definido, e a existência de academias e de associações é altamente salutar. Brincando um pouco: também não existe reserva de mercado; desde que algo seja bom, produtivo e nunca, de maneira alguma, sirva a interesses de egos, é sempre bem-vindo. CE - Sei que em Joinville, sede da Associação, tem existido uma sólida colaboração e até ações conjuntas com a Academia de Letras e a Confraria do Escritor, também de Joinville. Como avalia essa cooperação? É para continuar?

DM - Claro que vai continuar, até porque, a partir do presidente da Academia, há acadêmicos que, antes de sê-lo, pertenciam à Associação e ainda pertencem. Isso tem sido fantástico, e aí temos que incluir a Confraria do Escritor. Por que não só uma? Primeiro, porque, citando Nelson CE – Como está a decorrer a mobili- Rodrigues, “toda unanimidade...”, segunzação para o Encontro? do, porque os objetivos e formas de organização são diferentes. Falei de academiDM - Em várias frentes: visitas a entidades literárias e culturais de diferentes cidades catarinenses, utilização das redes sociais e mídias eletrônicas, montagem e utilização de uma rede de contatos com a imprensa, contatos com fundações culturais e secretarias municipais de educação e assim por diante. Temos que ressaltar que, neste ano, contamos com decisivo apoio da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, que já abriu muitas portas e será um braço forte na divulgação junto à imprensa de todo Estado. CE – Falemos agora da Associação das Letras. Quais seus fundamentos? Não estará a ocupar o “espaço” que pertenceria às Academias de Letras? DM - Ótima pergunta, vamos por partes: 1) o objetivo básico da Associação é o fomento da literatura entre seus membros e a comunidade e as consequências que isso traz. Para isso, focamos bastanPágina 2

as e da associação antes, mas, em Joinville, há também a Confraria do Escritor que não tem estatuto, nem diretoria, nem inscrição, nem mensalidade, mas funciona. É totalmente informal, reúne-se uma vez ao mês com uma pauta específica de interesse geral, vai quem quiser, sem avisar antes. Já passou do sexto aniversário e vai de vento em popa, com muitos membros da Associação e da Academia participando das reuniões. Registre-se que ela é anterior ao ressurgimento da Academia, e a Associação surgiu como um braço, digamos, “legal” da Confraria, e, por ter crescido, ficou independente, não gritando “Independência ou morte”, mas como o filho que amadureceu e segue seu caminho, mas nunca deixa de passar os domingos na casa da mãe. Em Joinville, por exemplo, são realizadas muitas atividades conjuntas, o que melhora em muito a qualidade do que se faz, e estamos trabalhando para que isso se expanda para cada vez mais cidades. É importante salientar que muitos de nossos associados pertencem a academias em Florianópolis, Biguaçu, Jaraguá do Sul, Caçador e à Academia Catarinense de Letras, isso que lembro agora, mas, certamente há bem mais, sem qualquer conflito, muito pelo contrário. CE – Última questão: a AL é reconhecida pelo município como instituição de utilidade pública. Esse reconhecimento traz benefícios e apoios à divulgação da literatura e cultura em geral? A AL procura uma sede social. O município está disponível para colaborar? DM - Sim, e, neste ano, recebemos o reconhecimento de utilidade pública estadual, que já está trazendo muitos benefícios, especialmente para o Encontro Catarinense de Escritores. Já, já, vamos saber mais. Sem dúvida, esse reconhecimento é necessário; é uma chave que abre muitas portas e, em alguns casos, só é possível mantê-las abertas e usufruir positivamente do que há na sala, se há esse reconhecimento oficial, mas o ato de colocar a chave na fechadura, no mínimo, tem que ser nosso. Há poucas semanas, definimos uma série de ações para este ano e realizaremos reuniões, ainda em 2017, para todo um programa no ano que vem com a Secretaria de Educação de Joinville. Começamos, neste ano, a realizar ações em outras cidades, sempre em colaboração com entidades e escritores locais, e isso vai se expandir muito. A sede está bem encaminhada e, a não ser que problemas outros aconteçam, deveremos ter nosso espaço ainda neste ano.


Volume 1—edição 04

Dicas de leitura Nereu do Vale Pereira passeia pela cultura e tradições açorianas, sobretudo na ilha de Santa Catarina, como se estivesse em casa, na verdade ele está em casa, já que é descendente de portugueses açorianos. Neste “contributo

açoriano para a construção do mosaico cultural catarinense” estão presentes a cultura popular açoriana; a origem dos engenhos de farinha; a religiosidade popular açoriana, destacando-se as festas juninas ou joaninas e os Impérios do Divino, desdobrando-se aspetos da origem, celebração e simbolismo das festas do Espírito Santo. Além de tratar com detalhe a história do povoamento de SC, o autor trata em pormenor do ECOMUSEU a funcionar no Ribeirao da Ilha, que ele próprio fundou e mantém a funcionar, graças ao seu

espírito empreendedor, incansável estudioso e militante da causa açoriana, cuja finalidade consiste em identificar um acervo ecocultural, preservando-o e colocando-o à disposição de todos para comunicação, estudo, instrução, memória e lazer. Nereu Pereira nasceu em Desterro/SC, escritor, professor e historiador.

Site do ecomuseu ecomuseuribeirao.wordpress.com

trabalho, descanso, lazer... * Não deixe de ler livros. Entre portas e Janelas… é o título da Antologia de 2017 da Academia de Letras de Biguaçu. Como refere o autor do respetivo prefácio—o académico Felipe Farias Ramos, “se, talvez à exceção da retratada na canção de Vinícius de Morais, toda a casa necessite de fortes paredes e estruturado telhado para o fim de isolar e dar segurança a seus habitantes, é usualmente olvidada a essencialidade das portas e janelas— cotidianamente chamadas de aberturas—para que a construção permaneça, altiva, de pé”. São as portas e as janelas que arejam; que, permitindo a entrada do vento, garantem a intersecção entre o que está dentro e o que está fora dos limites da construção; sem elas o que está para além da murada não conversa com o que se encontra no conforto da habitação. Portas e janelas são, pois, o penhor da experiência do encontro, a garantia de que, malgrado a importante divisão exisPágina 3

tente, o interior da casa estará em constante diálogo com o mundo lá fora, livre de engessamentos e desconexões malsãs.” Importante Antologia com a participação de 37 dos seus 40 membros, mostra bem a vitalidade da ALBIG. Dalvina de Jesus Siqueira, Presidente de Honra da ALBIG e embaixadora cultural da Câmara de Biguaçu.


Corrente d’escrita

A minha biblioteca … | Nesta edição apresento a magnífica obra PRIMÓDIOS DA JUSTIÇA DO BRASIL, de Amilcar D’Avila de Mello, escritor catarinense. Afonso Rocha “Todos nós, ainda no curso primário, aprendemos, quase por resumo pouco profundo, a luta bem grande de Portugal em manter o território brasileiro. Mas com o AMÍLCAR, tudo que sabemos de história ressurge como viagem a um passado real, em documentos que transformam sua obra em monumento. Com prefácio do ministro do STF Marco Aurélio Mendes de Farias de Mello, esta obra, que é uma relíquia de três quilos e meio, em seiscentos e cinquenta e duas páginas de documentos quinhentistas, primor único, é uma contribuição com a alma dele à história jurídica do Brasil. Desafiando a crença de que as primeiras e mais variadas manifestações do direito romano-germânico lavradas na Terra Brasilis brotaram da pena de escrivães portugueses em textos aqui reunidos - até então inéditos no país - foram escritos por funcionários do aparato jurídico-burocrático da Coroa castelhana nas primeiras quatro décadas do século XVI, afirmou um seu conterrâneo”.

PRIMÓRDIOS DA JUSTIÇA DO BRASIL capitanias hereditárias, regime que deu início à colonização lusitana do vasto, selvagem e exótico território povoado por indígenas. São mais de 600 páginas que resgatam importantes histórias do País. Foram seis anos de produção da obra. Com muitas imagens e principalmente cultura, a obra é o resultado de pesquisas realizadas no Arquivo Geral das Índias, de Sevilha, e no Arquivo Nacional de Assunção, Paraguai. “O objetivo principal do livro é fazer os leitores vislumbrarem outras linhas de força que ajudaram a moldar a sociedade brasileira”, afirma o autor.

Amilcar D’Avila de Mello nasceu entre Sant’Ana do Livramento e Rivera (Uruguai), em julho de 1957. Nessas simpáticas cidades gêmeas do Pampa, foi discípulo do erudito uruguaio Osmar Santos, com quem iniciou seus estudos em Arqueologia e Belas Artes. Em Porto Alegre, formou-se em História na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Após incursar em áreas diversas como ensino de línguas, aviação, e comércio internacional, Amílcar mudou-se para a Ilha de Santa Catarina, onde atualmente reside. Obteve especialização em Etnolinguística na Universidade Federal de Santa Catarina.

Os documentos apresentados são os mais antigos do País, antecedendo o ano de 1534, ano em que dom João III institui as

Atenção escritores...

Estão abertos concursos literários e afins em várias instituições, com prazo de entrega, mais à frente indicados. Página 4

Até 2017-10-17 - XII Concurso de Contos do Tijuco — Intuiutaba. Contacto: alamiacademia@yahoo.com.br

so de Contos da Fundacion MAPFRE, América Latina. Contato: www.concursocuentos.fundaci onmapfre.org/contato/

Até 2017-10 - Concurso “A Poesia vai de ônibus”. Região de Criciúma. Poesia. Informações: www.actu.com.br/concurso

2017-11-23 - V Prémio Internacional de Microrrelatos - até 100 palavras. Em inglês, espanhol, árabe e hebreu. Contato: info@museodelapalabra.com

Até 2017-10-31 - 3.º Prémio Flor do Ipê — contos e poemas. Goiás — aberto aos países da CPLP. Contato: concursoflordoimpe@gmail.com

Até 2017-11-30 — eAntologia—Revista Gueto. Contos e poemas. Contato: editorgueto@gmail.com

Até 2017-11-30 - 1.º ConAté 2017-10-31 — Concur- curso Trapiche - Editora Nor-

deste. Contos e poemas. Contato: nordestecartonero@bol.com.br Até 2017-12-31 - II Concurso “Cuéntame Un Cuento” Salamanca. Contos relacionados ao Brasil. Contato: www.cebusal.es/contacte-connosotros/ Até 2017-12-31 - Prémio Literário Dias de Melo — Portugal. Romance, Novela e Conto. Contato: cmlpico@mail.telepac.pt INFORME-SE * CONCORRA


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Na ponta da língua... O amor é cego, e a loucura … * Contam que certa vez, no início dos tempos, se reuniram todos os sentimentos e qualidades dos homens num lugar algures na terra. Quando o aborrecimento havia reclamado pela nonagésima vez, a loucura, como sempre, lhes propôs: - Vamos brincar de esconde-esconde? A intriga levantou a sobrancelha intrigada e a curiosidade, sem poder conterse, perguntou: - Esconde-esconde? Como é isso? - É um jogo, explicou a loucura, em que eu fecho os olhos e começo a contar de um a um milhão, enquanto que vocês se escondem. E quando eu terminar de contar, o primeiro de vocês que eu encontrar ocupará o meu lugar para continuar o jogo. O entusiasmo dançou de contente, seguido pela euforia; a alegria deu saltos de contentamento, acabando por convencer a dúvida e até mesmo a apatia, que nunca se interessava por nada. Mas nem todos quiseram participar. A verdade preferiu não se esconder… para quê se no final todos a encontravam? A soberba opinou que era um jogo muito tonto (no fundo o que a incomodava era que a ideia não tivesse sido dela) e a covardia, preferiu não se arriscar. Um, dois, três, quatro… - Começou a contar a loucura. A primeira a esconder-se foi a pressa, que se tapou na primeira pedra do caminho; a fé subiu ao céu e a inveja escondeu-se atrás da sombra do triunfo que com o seu próprio esforço tinha subido à copa da mais alta árvore; a generosidade quase não consegue esconder-se sempre pensando que cada local seria o mais indicado para um de seus amigos: se era um lago cristalino, ideal para a beleza; se era árvore viçosa, ideal para a timidez, se era o voo de uma borboleta ou uma rajada de vento, ideal para a liberdade... e assim acabou se escondendo num raio de sol. O egoísmo, ao contrário, encontrou um local muito bom para ele desde início, ventilado e cômodo, mas só para ele. A mentira escondeuse no fundo do oceano (mentira, na realidade, escondeu -se atrás do arco-íris) e a paixão e o desejo, no centro dos vulcões. O esquecimento, não me recordo onde se escondeu, mas isso também não é o mais importante. Quando a loucura está lá para os 999.999, o amor ainda não havia encontrado um bom local para se esconder, pois todos já estava ocupados, até que encontrou uma roseira e, carinhosamente, decidiu esconder-se Página 5

entre suas flores. - Um milhão, contou a loucura e começou a busca. A primeira a aparecer foi a pressa, apenas a três passos de distância. Depois encontrou a fé, discutindo com deus no céu sobre zoologia. O egoísmo não teve nem que o procurar; ele sozinho saiu disparado de seu esconderijo, que na verdade era um ninho de vespas. Depois de tanto caminhar, junto a um lado, descobriu-se a beleza. A dúvida foi mais fácil, pois encontrou-a sentada sobre a cerca, sem decidir de que lado se esconder. E assim, foi encontrando todos. O talento entre a erva fresca; a angústia numa cova escura; a mentira atrás dum raio de luz, e até o esquecimento, que já se esquecera de que brincavam ao esconde-esconde. Apenas o amor não aparecia em lugar algum. A loucura procurou atrás de cada árvore; debaixo de cada rocha, e encima de cada montanha… Quando estava a ponto de dar-se por vencida encontrou um roseirão e escutou um doloroso grito: os espinhos tinham ferido o amor nos olhos. A loucura não sabia o que fazer para desculpar-se. Chorou, chorou, implorou, pediu perdão e até prometeu ser seu guia. Desde então, desde que, pela primeira vez se brincou ao esconde-esconde… O amor é cego, e a loucura sempre o acompanha. * autor desconhecido.


Corrente d’escrita

Vida académica... 5.º Encontro Catarinenses de Escritores Programa Local: ACIJ—Associação Comercial e Industrial de Joinville Tema: Além do Bojador—Literatura em Viagem e Aventura Promoção: Associação das Letras 24/11, a partir das 17h: recepção, credenciamento e tempo para que as entidades de outras cidades montem seus espaços; A parir das 18h: coquetel de boas-vindas, confraternização e apresentações artísticas; 19h00, solenidade de abertura, com a palestra: Além do Bojador e muito mais aventuras, e minha experiência literária”, com Amyr Klink. 25/11, a partir das 07h30: café da manhã a todos os participantes; a parir das 08h30: palestras: •

“Mundo por Terra”, com Michelle Weis e Roy Rudnick, de São Bento do Sul, cuja última parada na segunda volta pelo mundo num Land Rover, será em Joinville, durante o Encontro;

“O Mundo em duas rodas e muitos desafios”, com Charles Zimmermann, de Jaraguá do Sul. Autor de “Travessia" e mais livros de viagem, sendo “Travessia” viagem em bicicleta. Há um mês encerrou mais uma viagem pela Ásia;

“Literatura de Viagem: trocas culturais, visões e revisões”, por Miguel Nenevê, nascido em Campo Alegre e atuando na Universidade de Rondônia. Tem mestrado em Literatura Anglo -Americana, doutorado em Inglês e Literaturas Correspondentes, pós-doutorado em Estudos de Tradução e em Literatura Caribenha; 12h30: almoço, por conta de cada participante; 13h30: “Leve pouco e compartilhe tudo”, por Jonas Tilp. 13h45: “O cenário da cultura catarinense e suas perspectivas” por Rodolfo Joaquim Pinto da Luz, presidente da Fundação Catarinense de Cultura. 15h30: Importante Debate: “O papel das academias e outras entidades literárias no desenvolvimento da literatura, com a participação de várias academias de letras e artes e instituições congéneres. 17h15: coquetel de encerramento. •

Academia de Letras de Biguaçu (ALBIG) festeja 21 anos

Foi com pompa e circunstância que no passado dia 20 de novembro a Academia de Letra de Biguaçu festejou o seu 21.º aniversário, sendo homenageada pela Assembleia de Vereadores da cidade. Além do presidente da Câmara e de diversos vereadores, esteve presente o Prefeito da cidade; representantes de Academias e outras organizações que representam e defendem as Letras e as Artes. De destacar que a Câmara de Vereadores homenageou a ALBIG com uma placa em prata relativa ao aniversário. De salientar que o presidente da ALBIG Adauto Beckhauser, além de agradecer a presença dos confrades, amigos e entidades oficiais, se despediu das suas honrosas funções, que por sete anos exerceu como Presidente, passando o testemunho ao novo presidente José Braz da Silveira, que até aqui exercia a vice-presidência (ver notícia na página 11).

Participação gratuita Inscrição obrigatória no site www.associacaodasletras.com.br Entidades municipais e Adauto Beckhauser Página 6


Corrente d’escrita

A nossa vitrine...

“TROVAS AO VENTO” - A poesia que se expressa no português de Camões e Fernando Pessoa, hoje largamente falada nos países de expressão portuguesa—os PALOP’S, países que usam o português como língua oficial: Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, GuinéBissau, Timor Leste, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e ainda Macau, Goa e Galiza. Por questões óbvias não se inclui a Guiné Equatorial, embora faça parte daquela Organização… Com autoria do escritor e poeta Afonso Rocha, recolheu contributos dos poetas Jouvana Caluci /Brasil), Filinto Silva (Cabo Verde), Lurdes Breda (Portugal), John Bella (Angola), Maria Dovigo (Galiza) e Delmar Gonçalves (Moçambique) o que muito honra e engrandece a edição destas TROVAS AO VENTO. Integra também pequenas frases avulsas que refletem o pensamento e a experiência vivencial do autor pelos quatro cantos do mundo, e ainda um conto de natureza erótica. “CENTENÁRIO DE CHAPECÓ: 19172017, é uma fantástica viagem pelos tempos de Chapecó. escrita por Flávio Luiz Pansera, coronel na reserva da PM, emérito académico e membro do Instituto Histórico e Geográfico do Oeste.

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A 25 de agosto de 1917 Chapecó tornase município com mais de quatorze mil km2, com uma população estimada em onze mil pessoas, mas com economia zero, ou seja, apenas cultura de sobrevivência, minguada e nada mais. Em poucos anos Ernesto Bertaso, um italiano aculturado e de aspectos humanitários traz para Chapecó milhares de famílias em busca de novas terras que instalaram moinhos de trigo e milho, olarias, madeireiras e pequenos comércios. No cinquentenário o cenário já era bastante diferente, mas ainda muito carente de energia elétrica, condições sanitárias, saúde e sobretudo de rodovias. Só existiam estradinhas carroçáveis feitas pelos colonos. As estradas ligando distritos mais distantes foram construídas pelo próprio coronel Bertaso que recebia como pagamento novas terras para fracionar e colonizar. Com o fortalecimento da economia, também politicamente Chapecó se fortalece elegendo inúmeros deputados, mais tarde senadores da República, algumas personalidades são convidadas por governadores para secretários de Estado. Atualmente Chapeco é uma cidade com infraestrutura completamente organizada, capaz de satisfazer as exigências de qualquer habitante que queira habitar e viver bem em uma cidade tranquila e sem estres.

“CÃO TERAPEURA” conta-nos a história real de um menino, que nasceu prematuramente com lesão cerebral. Em consequência, não desenvolveu os movimentos e a força muscular necessária para sentar, engatinhar e caminhar. Os problemas de visão, fala e locomoção tornavam sua vida muito difícil, principalmente na escola. Com a orientação de terapeutas e da sua mãe, realizava exercícios e atividades de fisioterapia, fonoaudiologia e alfabetização de forma lúdica, acompanhado por Peleu, o seu cão, que foi o melhor dos terapeutas. Hoje, ele está formado em Direito e, ainda, luta para superar algumas dificuldades. A renda da venda dos livros será doada para instituições que atendem crianças com deficiências. Contato com os autores: gaya.rasia@hotmail.com

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2014, 140 P—Preço R$ 25,00

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Sangue Lusitano 2013, 240 p-Preço R$ 25,00

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O nosso objetivo é falar de livros, dos seus autores, suas organizações e das atividades que estejam relacionadas com a literatura e a cultura em geral. Não nos move qualquer interesse comercial (lucrativo), pelo que, se em contrapartida dos nossos serviços / trabalhos implicar algum pagamento, esse respeita exclusivamente ao seu custo real.

Santa Catarina +55 48 991 311 560 narealgana@gmail.com Loja virtual: narealgana.lojaintegrada.com.br

Chamaremos para colaborar com o “corrente d’escrita” os escritores e agentes literários, a qualquer nível, cuja colaboração será exclusivamente gratuita e sem qualquer contrapartida, a não ser, o compromisso para divulgar, propagar e distribuir, gratuitamente. o presente Boletim Literário.

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Dicas de português...


NaReAlGaNa Como noticiamos na página 6 a Academia de Letras de Biguaçu/SC tem nova diretoria, sendo presidente o académico José Brás da Silveira, que tem como vice a também académica Gabriela Beckhauser Rodrigues. A nova diretoria apresentou-se a sufrágio com uma carta-programa, a qual transcrevemos de seguida:

ALBIG, mas que por alguma razão não tiveram a oportunidade; 6 – Conferir títulos de “Sócios Eméritos” e “Acadêmicos Correspondentes” às personalidades destaque ou que possam representar a nossa Academia em outras regiões; 7 – Atualizar o Estatuto e o Regimento Interno da Academia, promovendo as alterações necessárias, inclusive estabelecendo critérios claros para o convite e o ingresso de novos acadêmicos;

8 – Criar a Academia de Letras da Juventude de Biguaçu, como O primeiro compromisso dos integrantes da Chapa Literatura instrumento de incentivo à literatura para as novas gerações; em Movimento é o de rediscutir a presente proposta, com a 9 – Colocar-se a disposição da municipalidade para a realização finalidade de colher sugestões de cada um dos acadêmicos, de um concurso público para a escolha do Hino de Biguaçu; visando o seu aprimoramento, em reunião especificamente 10 – Atuar em conjunto com outras instituições da cidade e convocada para este fim, a ser realizada em novembro de região na defesa dos interesses coletivos. 2017, partindo-se das seguintes metas: 1 – Criação do Conselho dos Ex-Presidentes, órgão de consulta e assessoramento do Presidente e da Diretoria; 2 - Implantar um Programa de Gestão Participativa, estabelecendo metas e ações que possam oportunizar a participação efetiva de todos os integrantes da ALBIG; 3 - Estimular a produção literária entre os membros da ALBIG e também junto à comunidade, incentivando a formação de novos escritores, inclusive com a realização de cursos, concursos e publicações de obras literárias; 4 – Incentivar a participação dos acadêmicos nos eventos promovidos por outras instituições culturais, pois onde estiver um dos integrantes da nossa Academia a instituição estará bem representada; 5 - Criar o Programa “Cadeira 41”, com a finalidade de homenagear pessoas que tenham o perfil exigido para integrar a


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