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Florianópolis/SC

Ano II — Número 17 - Mensal: Novembro de 2018

diretor e editor — Afonso Rocha

Corrente d’Escrita M a g a z i n e d e E s c r i t or e s, L it e r a t u r a , Ar t e , h is t ó r i a e C u l tu r a * S a n t a C a t a r i n a * B r a s i l

185anos anos 185 1908 1983 — Poeta, Pesquisador, Folclorista, Ceramista, Antropólogo, Gravurista, Escritor.

Franklin Cascaes


Corrente d’Escrita

Franklin Cascais 1908—1983

O Poeta de Um Povo Franklin Joaquim Cascaes nasceu em 16 de outubro de 1908, na praia de Itaguaçu. Filho de Joaquim Serafim Cascaes e Maria Catarina Cascaes, Franklin era descendente de açorianos; seus avos paternos, inclusive, desenvolviam atividades típicas dessa cultura, como o trabalho na roça, a pesca, a produçao de farinha e açucar em engenhos e a criaçao de gado. Na decada de 1930, Franklin Cascaes passou a frequentar o Liceu Industrial de Florianopolis no turno da noite, onde trabalhou como auxiliar de mestre e contramestre na oficina de modelagem. Poucos anos mais tarde, foi convidado a dar aulas de desenho na mesma instituiçao, o que marcou o início de sua carreira como professor. Essa carreira, alias, durou por quase trinta anos. Por volta de 1946, Franklin começou a realizar uma vontade antiga: percorrer a Ilha de Santa Catarina em busca de vestígios da cultura açoriana. Preencheu centenas de cadernos com historias, rezas, habitos e costumes tradicionais, sempre procurando respeitar o

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modo de falar do ilheu. Mais tarde, dedicou-se a elaboraçao de peças de arte que retratavam historias e personagens fantasticos, como as famosas bruxas. Tamanho empenho, contudo, nao era visto com bons olhos por todos. Para grande parte do meio academico, por exemplo, faltava a Franklin Cascaes rigor científico, o que parecia invalidar todo o seu trabalho. Tambem foi por conta da falta de rigor científico que Franklin nao foi convidado para participar do Primeiro Congresso de Historia Catarinense, em 1948, cujo tema era o bicentenario da colonizaçao açoriana. Seu trabalho so passou a ser reconhecido por volta da decada de 1970, depois de legalizada sua tutela pelo Museu Universitario. Dois dos principais fatores a contribuírem para esse reconhecimento foram a valorizaçao dos estudos antropologicos dentro das ciencias humanas e uma subita preocupaçao com a cultura local, devido ao processo de urbanizaçao de Florianopolis. Franklin Cascaes faleceu em 15 de março de 1983, deixando toda a sua produçao para o Museu Universitario. Hoje, essa coleçao leva o nome da esposa de Franklin, Elizabeth Pavan Cascaes, e conta com uma vasta biblioteca, produçoes audiovisuais, obras de arte, textos escritos a mao ou datilografados, correspondencias, exemplares de jornais, entre outros. Seg. seguinte >>>>>


Florianópolis/SC

Ano II — Número 17 - Mensal: Novembro de 2018

Franklin Cascais... Franklin Cascaes, em mais de trinta anos de trabalho, reuniu uma grande quantidade de informaçoes sobre o folclore de Florianopolis por meio de pesquisas e entrevistas com antigos moradores da Ilha.

res, que roubam barcos, bruxas que bailam dentro de tarrafas de pescaria e de vassouras bruxolicas.

Bruxas dando nos em caudas e crinas de cavalos. Madame Estoria conta que as mulheres bruxas costumavam, para levar cabo suas malvadezas bruxolicas, roubar cavalos nos pastos e potreiros, faze-los galopar pelos ares e dar nos …”esta ilha, antiga Nossa Senhora do Desterro, mergulhava indesataveis nos rabos e nas crinas deles. (CASCAES / Ilha até há bem poucos anos atrás nas brumas das lendas de seres de Santa Catarina). imaginários: boitatás, lobisomens, fantasmas, feiticeiras, “Ilha rodeada pelo incomensurável, o desconhecido que atrai bruxas e embruxados que arrastavam suas sinas nas horas e assusta, batendo furioso contra as rochas e transportando mortas da noite, pelas matas e na imensidão dos mares”… as bruxas em suas viagens noturnas sobre vassouras ou em trecho do conto Balanço Bruxolico. baleeiras roubadas dos pescadores.” Franklin Cascaes, o Poeta de Um Povo

Seo Francolino, como e conhecido Franklin Joaquim Cascaes, foi um homem, que por meio da arte e da literatura, conseguiu traduzir com muita leveza a cultura recheada de lendas do povo da ilha.

As lendas contam sobre dois tipos de bruxas: a terraquea, bruxa por opçao propria, e a espiritual – predestinada, devido ao fato de ser a primeira ou a setima filha de um casal sem varoes. De acordo com a tradiçao, para se evitar essa maldiçao, a irma mais velha deve batizar a mais nova.

Ainda jovem fez suas primeiras esculturas, e o famoso presepio estilo barroco na Praça XV de Novembro, que desde entao faz parte das tradiçoes natalinas. Ja com os estudos foi diferente. Seu pai achava que, por ser de família pobre, ele deveria trabalhar e nao perder tempo indo para a escola. Foi por isso que Cascaes so começou a vida academica perto de seus 20 anos. E com 33, ja se tornaria professor da Antiga Escola Industrial de Florianopolis.

O Boitatá

Mas foi nos anos 40, como ja se disse, que uma decisao em sua vida promoveu seu trabalho; e fez com que hoje em dia existisse este arsenal de saber ilheu. Cascaes migrou para a vida rural e passou anos recolhendo informaçoes do litoral catarinense, por meio dos pescadores, de suas estorias, enfim, de vidas inteiras de poesias humanas.

Os Lobisomens

“Este Boitatá esta passeando sobre a Ilha de Santa Catarina. É meia-noite. Ele esta apreciando, lá de riba as sessentas praias que ela possue, brancas quiném jasmim. Para afugentá-lo a pessoa que o avista deve chamar a outra que estiver mais perto e gritar assim: zenobra trás a corda do sino mode amarrar o boitatá que ele anda por aqui. Ele foge imediatamente do mundo fascinante da fantasia humana”.

Ja os lobisomens apareciam com muitas formas. E a transformaçao, segundo os ilheus, era assim. Diziam que no meio da noite, o sujeito ia ate o lugar onde um animal estivesse deitado. Qualquer animal: cachorro, boi, vaca, porco. Ele entao levantava o animal, tirava a roupa e rolava no chao, Ele deixou-nos um legado com esculturas, desenhos, livros, no calor do outro animal. Aí ganhava a metamorfose de jornais, e ate instrumentos antigos usados pelos moradores lobisomem, porque ele nasceu com aquele instinto de ser de Florianopolis. Pode encontrar todo este material expos- lobisomem, porque ele ja tinha toda a propensao. to no Museu de Arqueologia e Etnologia ou como tambem e Em 1991 a extinta Rede conhecido Museu Universitario Professor Oswaldo RodriManchete produziu a gues Cabral. minisserie Ilha das BruQuando Seo Francolino morreu nao deixou apenas a sua xas, escrita por Paulo coleçao, mas o significado de crença. Desfavoravel a desFigueiredo a partir da truiçao da natureza pelo homem e suas industrias, lutou ate obra de Franklin. o final contra as bruxas da modernizaçao. Faz viver alegria E em 2008, no centenae memorias no coraçao de todos os manezinhos, que o horio de seu nascimento, menagearam singelamente dando o seu nome para a FunFranklin foi homenageadaçao Cultural de Florianopolis. Francolino e o responsavel do com o livro TREZE por termos, em tempos de videogames e filmes em tres CASCAES, uma coletanea dimensoes, o conhecimento dos personagens que sempre de treze contos de difeestiveram na imaginaçao (ou na realidade) dos filhos da rentes autores, que reilha da magia, nos, moradores da capital catarinense. criaram a historia em Alguns personagens criados por Cascaes: cima de historias de As Bruxas Franklin. O livro e dedicado a resgatar a cultura A Ilha de Santa Catarina traz, junto com sua historia, as lenaçoriana na regiao da das de um lugar encantado e misterioso. Sao lendas que grande Florianopolis. falam de reunioes de bruxas, bruxas que atacam pescadoPágina 3


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Anaís Nin nasceu numa cidade perto de Paris, no ano de 1903. E filha de Joaquim Nin, compositor cubano educado em Espanha, e de Rosa Culmell y Vigaraud, uma cantora classica com origens francesas, cubanas e dinamarquesas. O seu nome completo e Angela Anaís Juana Antolina Rosa Edelmira Nin y Culmell. Destacou-se na literatura com Delta de Vénus, uma obra que explora a visao feminina da sexualidade. Com poucos anos de idade, a pequena Anaís deixou a França para viver em Barcelona. O divorcio dos pais fez com que abandonasse Espanha para ir viver com a mae para Nova Iorque. La estudou ate aos 16 anos, idade em que decidiu abandonar a educaçao classica para se tornar modelo e bailarina. Por essa altura, ja tinha praticamente esquecido o espanhol, mantendo-se, todavia, fluente em frances e ingles. O casamento com o banqueiro e cineasta Hugh Parker Guiler aconteceu em 1923 na cidade de Havana (Cuba). Apos o regresso a Paris, Anaís Nin começou a

O contexto de II Guerra Mundial levou Anaís Nin a regressar para Nova Iorque. Para que os seus livros nao fossem confiscados, a escritora enviou-os para Frances Steloff da Gotham Book Mart. Apesar das publicaçoes, foram os diarios pessoais que distinguiram a escritora. Durante quatro decadas, Nin foi descrevendo pensamentos e experiencias. As primeiras paginas foram escritas quando tinha apenas 12 anos. E sao esses mesmos diarios que sugerem um romance com o tambem escritor Henry Miller, homem com quem tera partilhado uma vida boemia. Por oposiçao, no primeiro e segundo volume dos seus diarios nao ha qualquer referencia ao marido, apesar de se deixar claro que a autora era casada. Isto deve-se tambem ao facto de Guiler ter pedido para nao ser referenciado. Da vida amorosa de Anaís Nin fez tambem parte o ator Rupert Pole. Os dois conheceram-se num elevador a caminho de uma festa em Manhattan (EUA). Depois de uma serie de encontros, aconteceu o casamento na vila de Quartzsite, Arizona. O curioso e que durante esse período, Hugh Parker Guiler manteve-se em Nova Iorque sem saber deste segundo casamento da esposa! Em 1966, diversos problemas fiscais fizeram com que a uniao de Nin e Pole tivesse de ser anulada. Mesmo nao estando oficialmente casados, Nin continuou a viver com Pole. O contributo de Anais Nin para a sexualidade feminina foi extraordinario. Nos varios diarios que escreveu, Anaís conta os episodios da sua vida, falando sobre as relaçoes que teve e

escrever e iniciou um percurso marcante como autora. Em simultaneo, ocupava o tempo com aulas de flamengo. O primeiro livro, D. H. Lawrence: An Unprofessional Study foi lançado em 1932 e julga-se que tera sido escrito em apenas 16 dias.

da sua propria visao da sexualidade. Considerada como um dos principais nomes da literatura erotica, a escritora explora o sexo nao so do ponto de vista físico, como tambem psicologico. >>>>>

ANAÏS NIN Uma vida—Biografia

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Corrente d’Escrita livro de ficçao. Apesar da historia contada nao ser totalmente real, julga-se que Anaís tera mantido uma relaçao incestuosa com o pai. Alguns consideram ate que a decisao tera sido influenciada por um dos terapeutas, como forma de ultrapassar o trauma de ter crescido longe do pai. A exploraçao de tematicas polemicas fez com que o nome de Anaís Nin se tornasse tabu durante decadas. O reconhecimento global chegou por volta dos anos 60, altura em que as suas obras sexualmente desinibidas se tornaram uma bandeira do movimento feminista. Durante esse período, a escritora deu palestras e foi condecorada com varios premios, falecendo em 1977 em Los Angeles (EUA).

“A vida contrai-se e expande-se Alem de Henry Miller, a escritora fez amizades proporcionalmente à coragem do com Antonin Artaud, Edmund Wilson, Gore Vidal, Jaindivíduo” mes Agee, James Leo Herlihy e Lawrence Durrell. Apesar das varias relaçoes, foi Miller quem mais contribuiu para a definiçao de Nin como mulher e como escritora. Em 1986 foi publicado Henry and June: From the Unexpurgated Diary of Anaïs Nin, um livro que fala do relacionamento que existia entre os dois e onde se Palavras (Vadias) incluem referencias a esposa de Henry Miller. A obra inspirou em 1990 o famoso filme Henry & June, dirigi“me nego a viver em um mundo ordinário como do por Philip Kaufman, em que a personagem de uma mulher ordinária. A estabelecer relações ordináAnaís Nin foi interpretada pela atriz portuguesa Maria rias. Necessito de êxtase. Não me adaptarei ao mundo. de Medeiros. Me adapto a mim mesma”. <<<<

“quero fazer minhas próprias descobertas, penetrar o mal que me atrai”.

“O erotismo é uma das bases do conhecimento de nós próprios, tão

“escrever deve ser necessidade, como o mar precisa de tempestades — é a isto que eu chamo respirar”.

indispensável como a poesia” “o inimigo de um amor nunca vem de fora, não é homem ou mulher, é o que falta em nós mesmos”.

Decadas antes, ainda no período em que estava em Paris, Anaís Nin publicou House Incest, o seu primeiro Página 5


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COMO ESCREVER

UM PREFÁCIO Voce recebeu um convite incrível e emocionante: escrever uma apresentaçao de um livro! Um prefacio para uma pessoa que voce admira, para alguem que gostaria que tuas palavras somassem estivessem em um livro em gestaçao. Que delícia, que felicidade. Passada a euforia emocionante, voce entra em completo panico, pois nao tem a mínima ideia de como escrever isso! Pior ainda: e um texto de responsabilidade. Diante de duvidas recorrentes, redigimos um pequeno tutorial com ideias possíveis para se escrever este tipo de texto – apresentaçoes, prefacios. Nao leia como regras e sim sugestoes. Cada livro trata de um assunto completamente diferente do outro, possuem historias diferentes. Tentamos escrever um tutorial generico que servisse de ficçao a nao ficçao, validos tanto para títulos fictícios como reais. O importante e entender que o universo do texto e o livro que sera prefaciado. Mergulhe neste mundo, no livro que esta diante de voce! .

Sugestão de passo a passo: [1] Prazo e extensão: antes de começar certifique-se com quem te pediu a apresentaçao: qual o prazo e qual a extensao do texto? A extensao do texto pode vir em caracteres, palavras ou paginas. Voce recebeu um original completo do livro? Geralmente o envio e feito em pdf. [2] Leia o livro anotando Página 6

tudo que e interessante numa folha, sem se preocupar com o teu texto. Simplesmente sinta o texto. Entregue-se a leitura. Chamarei esta folha de “folha de anotaçoes de leitura”. [3] Aspetos centrais: depois da leitura, sem olhar para a folha de anotaçoes de leitura, elenque tres aspetos centrais da sua apresentaçao. Qual e o assunto do livro? Quais inovaçoes e as maravilhas diferenciais que o livro trara ao publico? Quem escreveu o livro? [4] Contraste os tres aspetos elencados com a folha de anotaçoes de leitura. Momento para listar duvidas, evidenciar descobertas, levantar esquecimentos. Voce consegue vislumbrar uma linha de redaçao? Qual a melhor ordem para os topicos serem dispostos? Faltou algum assunto relevante? Este material preenche a extensao do texto que me pediram? [5] Organize entao o esqueleto da apresentação, ordenando os topicos que pretende abordar e descartando ideias que nao interessam neste momento. Dicas: Selecione duas ou tres citações bonitinhas do livro prefaciado para constar na apresentaçao. E fundamental que a “voz” do livro se faça ouvir na apresentaçao. Divida os topicos, concedendo mais palavras/parágrafos ao que for mais importante (parece obvio, mas a gente adora perder espaço para coisinhas de rodape). Talvez o que for mais relevante seria legal dispor na primeira metade do texto. Qual a ideia que poderia fechar a apresentação e empolgar quem iniciará a leitura? Cont. pag. 12 >>>


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Vida Académica Posse de Laerte Sílvio Tavares >>>>

<<<< Posse de João José Leal

Academia de Letras dos Militares Estaduais e DF >>>>>>>

Vida académica em Santa Catarina Como ja temos noticiado nos ultimos tempos, em 2017 e 2018 foram escolhidos mais seis novos academicos para preencherem as cadeiras vagas na Academia Catarinense de Letras, nomeadamente as cadeiras 8, 10, 14, 16, 21 e 31. Tambem a cadeira 40 foi fruto de Edital, mas ainda nao foi preenchida por nenhum dos concorrentes finais ter obtido o numero de votos requerido pelo Estatuto da ACL. Das seis cadeiras acima referidas, cinco ja tomaram posse, faltando tomar posse Godofredo de Oliveira Neto, que ocupara a cadeira 10. Assim, as referidas cadeiras sao ocupadas por: Apolinário Ternes (10/5/2018) cad. 8; José Isaac Pilati (31/8/2018) cad. 14; Laerte Sívio Tavares (18/10/2018) cad. 16; Maria Tereza de Queiroz Piacentini (21/5/2018) cad. 21 e João José Leal (4/10/2018) cad. 31. Tambem de registrar que no passado dia 10/10/2018 foi instalada a Academia de Letras dos Militares Estaduais do Brasil e Distrito Federal, cuja tomada de posse foi aqui, em Florianopolis. A instituiçao e presidida pelo coronel Roberto Rodrigues de Meneses. Página 9


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Dicas de português...

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Florianópolis Santa Catarina +55 48 991 311 560Telefone: 555-555 -5555 Fax: 555-555-5555 Email: alguém@example.com

Corrente d’ escrita é uma iniciativa do escritor português, radicado em Florianópolis, Afonso Rocha, e tem como objetivo falar de livros, dos seus autores, suas organizações e das atividades que estejam relacionadas com a literatura , a história e a cultura em geral. Chamaremos para colaborar com o Corrente d’ escrita escritores e agentes literários, a qualquer nível, cuja colaboração será exclusivamente gratuita e sem qualquer contrapartida, a não ser, o compromisso para divulgar, propagar e distribuir este Magazine Literário. O envio para publicação de qualquer matéria (texto ou foto) implica a autorização de forma gratuita. As matérias assinadas são da responsabilidade exclusiva de seus autores e não reflete, necessariamente, a opinião de Corrente d’ escrita. As imagens não creditadas são do domínio público que circulam na internet sem indicação de autoria. As matérias não assinada são da responsabilidade da redação.

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Dicas de português...


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Dicas de português... “Sinto um certo mau-estar”. “Ele precavê-se sempre, para não fazer má figura”. “Lá apareceu, passado umas horas”. “Um grande beijinho”. Estas quatro frases tem uma coisa em comum: estao todas incorretas. Diz-se malestar e nao mau-estar, o verbo precaver e um caso singular, portanto o melhor e substitui-lo por prevenir. Quanto ao passado umas horas, atençao a concordancia: e passadas umas horas, nao passado umas horas. E o “grande beijinho”? Beijinho é um diminutivo, por isso so pode ser pequeno — se e para ser grande, entao que seja grande beijo.

Cont pag. 6

Prefácio [6] Uma vez que voce tem o material organizado e o esqueleto rascunhado, voce tera uma organizaçao clara e pode começar efetivamente a escrever! [7] Ao entregar o texto ate um pouquinho antes do prazo para nao matar ninguem do coraçao, nao esqueça de perguntar se a editora conta com profissional de serviço de revisao. E fundamental que o texto seja revisado por quem entenda do assunto. Tambem e legal se colocar a disposiçao para fazer algum ajuste no conteudo, sempre pode passar algo. .

Elementos que podem constar em uma apresentação ou prefácio: – Adiantar o conteúdo do livro, sem entregar de bandeja. As vezes, um resumo do primeiro quarto do livro funciona para este proposito ou um resumo do argumento central. – Inserir uma motivação a quem lê. Imagine que uma pessoa folheia o livro em uma livraria. Le tua apresentaçao. Ficara interessada a ler o restante? – Responder perguntas como: dentro de um universo de obras ja publicadas, qual a diferença deste livro? Em que aspecto o livro e inovador, interessante, maravilhoso? – Apresentar quem escreveu a obra: e interessante constar um recorrido sobre a biografia de quem assina o livro, reforçando quais qualidades esta pessoa possui para ter escrito (vivencias, experiencias de vida, etc). Na dúvida, siga a intuição.

QUER COLABORAR ? Envie seu trabalhos. A publicação será gratuita e a responsabilidade será sempre do autor. Os textos devem estar revisados, num máximo de 4,5 mil toques, com espaços. Enviar para: narealgana@gmail.com


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Livros—divulgação

“Você, leitor, encontra neste estudo apaixonado, uma critica literária que se afirma, com personalidade suficiente para não se acomodar à tirania dos modismos e das correntes críticas que se querem hegemônicas”. É assim que o prof. Dr. Alckmar Luiz Santos, da UFSC, apresenta AS MULHERES ROSIANAS, de Adair de Aguiar Neitzel. Mulheres rosianas baseiase no estudo e interpretação da obra de Guimarães Rosa e em particular em Grande sertão: veredas. Florianópolis, 2004 Ufsc e Univil (editoras)

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Não há qualquer perigo no acesso.

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Palavras de fotógrafo…

Vale do rio Douro - Portugal Rio Douro é um rio português que nasce em Espanha e desagua em Portugal, no Oceano, entre as cidades de Gaia e Porto. Todo o seu percurso da foz até à fronteira com a Espanha é navegável, graças às barragens (diques) equipadas com eclusas, que permitem nivelar o caudal e a navegação de navios de grande porte. Nas suas margens (arribas), e graças à sua própria existência, crescem as videiras que dão origem ao famoso “vinho do Porto”.



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Nesta coletânea de escritores integrantes da Associação das Letras e estudantes de escolas públicas municipais nos proporcionam uma caminhada pelo universo das palavras, onde vivências e referências se mesclam a sonhos , desejos, dores, sentimentos e fantasias. Viagem das Letras 2017, 148 p. Preço/de autor: R$ 15,00

Até mesmo nos terremos mais áridos, observa-se que as letras costumam florescer em abundância, na vida de quem as cultiva. Antologia que reúne textos dos acadêmicos integrantes da Academia de Letras de Biguaçu e alunos classificados em concurso literário “Biguaçu dos meus amores”. Biguaçu dos meus sonhos 2018, 264 p. Preço/de autor: R$ 15,00

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Sangue Lusitano 2016, 190 p. Preço/de autor: R$ 30,00

“Através de histórias imperdíveis, Afonso Rocha leva-nos até 500 anos atrás quando os portugueses, galgavam os mares tenebrosos, chegando ao sul do Brasil, onde enraizaram, formaram família e deram nos terras ao mundo”.

“Com uma narrativa envolvente, o autor nos leva até um passado recente, para mostrar a luta e a insistência pela vida. Um contingente de pessoas, que mesmo diante de forças brutais, seguiu em frente. Ao sabor da história fica-nos, antes de tudo, o registo de uma época”. Olhos d’ Água 2013, 346 p. Preço/de autor: R$ 35,00 Edição Digital E-book R$ 10,00

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Poesia numa roda de amigos. Uma coletânea de poemas e outros pensamentos de Afonso Rocha, enriquecida pelo contributo de mais seis amigos naturais do Brasil, Cabo Verde, Portugal, Moçambique, Angola e Galiza, refletindo a poesia no espaço da lusofonia, até porque “tem loucuras que a gente só faz com muita maturidade”. TROVAS AO VENTO 2014, 140 P. Preço/de autor: R$ 25,00

Esta antologia publicada pela Associação das Letras reúne 25 escritores, com os mais variados estilos. É a união de diferentes mentes criativas que formam uma rede, cujos fios são tramados, letra por letra, culminando em resultado necessário para o fazer literário e o incentivo à leitura. REDE DAS LETRAS 2015, 256 p. Preço/de autor: R$ 15,00

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Um académico Cruz Alta/RS •

Discurso de tomada de posse;

Biografia do acadêmico Afonso Rocha;

Biografia do patrono, António Aleixo;

Juramento; Edição Digital E-book R$ 10,00

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